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Athayde Patreze

ATHAYDE DE MELO PATREZE
(63 anos)
Empresário, Apresentador de Televisão e Socialite

☼ Mirassol, SP (20/12/1942)
┼ São Paulo, SP (03/03/2006)

Athayde de Melo Patreze foi um empresário, apresentador de televisão e socialite nascido em Mirassol, SP, no dia 20/12/1942.

Filho de Nestor e Rosaria Gonçalves de Melo, foi herdeiro de uma fortuna deixada por seu pai.

Athayde Patreze iniciou na televisão nos anos 70, na TV Tupi, TV Record e TV Globo, como auxiliar de Silvio Santos.

Na década de 90 teve seus anos de maior sucesso, com o programa "Athayde Patreze Repórter" e, em seguida, com "Ricos e Famosos", ambos no SBT. Athayde Patreze também foi colunista social.

Seus programas cobriam viagens, festas da alta sociedade, principalmente a sociedade paulista, eventos do mundo empresarial e entrevistas com ricos e famosos. Athayde Patreze foi o criador do bordão "Simplesmente Um Luxo" e utilizava sempre um microfone dourado em seus programas, que afirmava ser "de ouro dezoito quilates".


Athayde Patreze possuía apenas um dos rins, pois havia doado o outro ao filho Marcos, nascido de seu primeiro casamento. O outro órgão começou a apresentar problemas com o tempo, obrigando-o a realizar sessões freqüentes de hemodiálise.

Em 2002, Athayde Patreze depôs na CPI do Tráfico de Órgãos na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, pois o mesmo havia declarado semanas antes em um programa da RedeTV! que um médico do Hospital Sírio-Libanês havia lhe oferecido um transplante de rim por 50 mil dólares. Athayde Patreze declarou estar juntando o dinheiro - já havia vendido sua BMW por 25 mil dólares - quando se arrependeu da intenção. Tudo isso está documentado nos anais da CPI de Tráfico de Órgãos e no livro "Transplantes de Orgãos - O Que a Máfia Não Quer Que Você Saiba", de Paulo Pavesi.

No final de sua vida, Athayde Patreze trabalhava simultaneamente na TV Comunitária (UHF) de São Paulo e na TV Milênio (TVA) com o programa "Athayde Patrese, o Repórter".

Athayde Patreze era pai de Marcos, Ricardo, Athayde, Débora e Patrícia.

Morte

Athayde Patreze faleceu por volta das 22h00 de sexta-feira, 03/03/20016, aos 63 anos, na Clínica de Nefrologia Santa Rita, na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo. Ele sofreu uma arritmia cardíaca logo após terminar uma sessão de hemodiálise, processo de filtragem e depuração do sangue por meio de uma máquina.

Segundo Fernando Morais, amigo da família, Athayde Patrese possuía apenas um dos rins, depois de ter doado o outro a um de seus filhos, Marcos, do primeiro casamento. Com o tempo, o órgão que restou começou a apresentar problemas e Athayde Patrese teve de iniciar o tratamento de hemodiálise - à época ele fazia três sessões por semana. Ele estava a espera de um transplante renal, sem no entanto encontrar um doador compatível.

"Parece que ele pressentia a própria morte", disse Marcelo Serrano, enfermeiro da clínica. Segundo ele, embora não aparentasse qualquer problema, o apresentador teria dito que já tinha vivido bastante e que seu fim estava próximo.

Indicação: Marco Antonio
#FamososQuePartiram #AthaydePatreze

Tônia Carrero

MARIA ANTONIETA PORTOCARRERO THEDIM
(95 anos)
Atriz

☼ Rio de Janeiro, RJ (23/08/1922)
┼ Rio de Janeiro, RJ (03/03/2018)

Tônia Carrero, nome artístico de Maria Antonieta Portocarrero Thedim, foi uma atriz brasileira de cinema, teatro e televisão, nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 23/08/1922.

Nascida e criada na Zona Sul do Rio de Janeiro, Maria Antonieta de Farias Portocarrero, seu nome de solteira, era filha do general Hermenegildo Portocarrero e de Zilda de Farias Portocarrero. Também era descendente do marechal Hermenegildo de Albuquerque Porto Carrero, Barão de Forte de Coimbra.

Apesar de graduada em Educação Física, a formação de Tônia Carrero como atriz foi obtida em cursos de teatro em Paris. Antes de partir para a França, fez um pequeno papel no filme "Querida Susana". Foi a estrela da Companhia Cinematográfica Vera Cruz, tendo atuado em diversos filmes.

Seu primeiro casamento durou de 1940 a 1950 com o artista plástico Carlos Arthur Thiré, com quem teve um único filho, o ator Cecil Thiré.


De 1951 a 1962, foi casada com o ator e diretor italiano Adolfo Celi. Seu terceiro e último casamento foi de 1964 a 1977, com o engenheiro César Thedim, de quem assinava o sobrenome. Após o último matrimônio, manteve outros relacionamentos, mas não quis mais casar-se.

A estreia em teatro foi no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), em São Paulo, com a peça "Um Deus Dormiu Lá Em Casa", onde teve como parceiro o ator Paulo Autran. Após a passagem pelo Teatro Brasileiro de Comédia, formou com seu marido à época, o italiano Adolfo Celi, e com o amigo Paulo Autran, a Companhia Tônia-Celi-Autran (CTCA), que nos anos 1950 e 1960 revolucionou a cena do teatro brasileiro ao constituir um repertório com peças de autores clássicos, como Shakespeare e Carlo Goldoni, e de vanguarda, como Sartre.

Na televisão, um dos seus personagens mais marcantes foi a sofisticada e encantadora Stella Fraga Simpson em "Água Viva" (1980), de Gilberto Braga. Tônia Carrero viria a trabalhar novamente com o autor, em 1983, na novela "Louco Amor", dessa vez interpretando a não menos charmosa e chique Mouriel.

Tanto em "Água Viva" como em "Louco Amor", Tônia Carrero perdeu o papel de vilã para Beatriz Segall e Tereza Rachel, respectivamente. Mesmo assim os dois personagens que interpretou foram um sucesso.


Tônia Carrero era mãe do ator Cecil Thiré, e avó dos atores Miguel Thiré, Luísa Thiré e Carlos Thiré.

Cécil Thiré, em entrevista ao jornal Extra declarou, pela primeira vez, sobre o real estado de saúde da mãe. Segundo ele, Tônia Carrero sofria de uma doença chamada de hidrocefalia oculta. Sem dar mais detalhes, Cécil Thiré contou que o quadro de Tônia Carrero era estável mas que, devido a doença, não se comunicava mais nem conseguia andar normalmente. Vivia em seu apartamento no Leblon, cercada de familiares e sempre recebia visitas de amigos próximos.

Tônia Carrero participou de 54 peças, 19 filmes e 15 novelas ao longo de sua carreira. Sua última novela foi "Senhora do Destino" (2004), na qual fez uma participação especial. No cinema, sua última aparição foi em "Chega de Saudade" (2008).

Homenageada do Prêmio Shell de 2008, ela atuou no teatro pela última vez em 2007, em "Um Barco Para o Sonho", peça produzida pelo filho Cécil Thiré e dirigida pelo neto Carlos Thiré.

Morte

Tônia Carrero faleceu aos 95 anos, no sábado, 03/03/2018, pouco depois das 22h00, em uma clínica no Rio de Janeiro, vítima de uma parada cardíaca enquanto realizava um procedimento cirúrgico para tratar de uma úlcera no sacro.

Havia alguns anos, sua saúde estava debilitada por conta de uma hidrocefalia oculta, doença que a acometeu já idosa e que a impedia de falar e se locomover.

Tônia Carrero começou a ser velada na tarde de domingo, 04/12/2018, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O velório, programado para ter oito horas de duração, foi até as 22h00.

Cecil Thiré, filho único da atriz, chegou ao velório por volta das 15h00. Também prestaram as últimas homenagens, os netos, bisnetos e amigos da TV e do teatro.

O corpo chegou ao teatro por volta de 13h20. Antes da cerimônia ser aberta ao público, somente a família teve acesso ao interior do prédio. Os portões do prédio foram abertos por volta das 14h15 e um dos primeiros amigos a chegar foi o ator Ney Latorraca.

O corpo de Tônia Carrero será cremado em cerimônia restrita para a família no início da tarde de segunda-feira, 05/03/2018.

Carreira

Cinema
  • 1947 - Querida Susana
  • 1949 - Caminhos do Sul
  • 1950 - Quando a Noite Acaba
  • 1952 - Apassionata Sílvia
  • 1952 - Tico-Tico no Fubá ... Branca
  • 1954 - É Proibido Beijar ... June
  • 1955 - Mãos Sangrentas ... Cantora
  • 1961 - Alias Gardelito ... Pilar
  • 1962 - Copacabana Palace
  • 1962 - Esse Rio Que Eu Amo
  • 1962 - Sócio de Alcova
  • 1969 - Tempo de Violência ... Marta
  • 1976 - Gordos e Magros ... Helena
  • 1987 - Sonhos de Menina Moça ... Yolanda
  • 1988 - A Bela Palomera ... Mãe de Orestes
  • 1988 - Fogo e Paixão
  • 1990 - O Gato de Botas Extraterrestre ... Avó
  • 2005 - Vinicius ... Ela Mesma
  • 2008 - Chega de Saudade ... Alice


Televisão
  • 1952/1960 - Grande Teatro Tupi ... Vários Personagens
  • 1966 - A Mulher Que Amou Demais ... Míriam Porto
  • 1969 - Sangue do Meu Sangue ... Pola Renon
  • 1970 - A Próxima Atração ... Maria da Glória
  • 1970 - Pigmalião 70 ... Cristina Melo de Guimarães Cerdeira
  • 1971 - O Cafona ... Beatriz
  • 1972 - Uma Rosa com Amor ... Roberta Vermont
  • 1972 - O Primeiro Amor ... Maria do Carmo
  • 1979 - Cara a Cara
  • 1980 - Água-Viva ... Stella Fraga Simpson
  • 1981 - O Amor é Nosso ... Gilda
  • 1983 - Louco Amor ... Mouriel
  • 1987 - Sassaricando ... Rebeca
  • 1989 - Kananga do Japão ... Letícia Viana
  • 1993 - Cupido Electrónico ... Dona Nenette
  • 1995 - Sangue do Meu Sangue ... Cecile Renon
  • 2000 - Esplendor ... Mimi Melody
  • 2004 - Um Só Coração ... Ela própria (Participação especial em um capítulo)
  • 2004 - Senhora do Destino ... Madame Berthe Legrand

Teatro
  • 1949 - Um Deus Dormiu Lá em Casa
  • 1950 - Amanhã, Se Não Chover
  • 1953 - Uma Certa Cabana
  • 1954 - Uma Mulher do Outro Mundo
  • 1954 - Cândida
  • 1956 - Otelo
  • 1956 - A Viúva Astuciosa
  • 1956 - Entre Quatro Paredes
  • 1958 - Calúnia
  • 1960 - Calúnia
  • 1960 - Seis Personagens à Procura de um Autor
  • 1962 - Tiro e Queda
  • 1964 - Qualquer Quarta-Feira
  • 1965 - A Dama do Maxim's
  • 1968 - Navalha na Carne
  • 1971 - Casa de Bonecas
  • 1976 - Doce Pássaro da Juventude
  • 1978 - Quem Tem Medo de Virgínia Woolf?
  • 1984 - A Amante Inglesa
  • 1984 - A Divina Sarah
  • 1986 - Quartett
  • 1999 - Um Equilíbrio Delicado
  • 2003 - A Visita da Velha Senhora
  • 2005 - Chega de História
  • 2007 - Um Barco Para O Sonho

Fonte: Wikipédia
Indicação: Valmir Bonvenuto
#FamososQuePartiram #ToniaCarrero

Blota Júnior

JOSÉ BLOTA JÚNIOR
(79 anos)
Advogado, Locutor, Político, Apresentador e Produtor de TV

* Ribeirão Bonito, SP (03/03/1920)
+ São Paulo, SP (22/12/1999)

Formou-se na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Tentou por cinco vezes entrar para o rádio, mas foi reprovado. Mais tarde, ingressou na Radio Cosmos, hoje Radio América, mudando-se depois para a Radio Cruzeiro do Sul onde foi diretor artístico, sendo contratado em 1943 pela Radio Record onde exerceu todas as funções, desde comentarista esportivo até diretor da emissora.

Foi locutor da "Voz da América" da NBC de New York. Quando da inauguração em 1953, da TV Record, apresentou o show inaugural junto com sua mulher Sônia Ribeiro. Foi também diretor superintendente da Rádio Panamericana (Jovem Pan) e vice presidente da fábrica de bicicletas Caloi.

Ingressou na carreira política como deputado estadual, cumprindo três legislaturas, e deputado federal de 1975 a 1979, sendo líder de dois governos e presidente da Comissão de Constituição e Justiça, tendo sido também o primeiro Secretário de Esportes e Turismo do Estado de São Paulo. Seu último cargo público foi o de Secretário de Comunicações, no governo de Paulo Maluf.

Blota Júnior e sua esposa, a radialista Sônia Ribeiro, eram os apresentadores-oficiais do "Troféu Roquette Pinto", do qual foi criador, "Show do Dia 7" e "Festivais da Música Popular Brasileira" (1966-1971), na TV Record.

Apresentou programas na TV Bandeirantes e no SBT. Ainda fez as locuções esportivas da Copa do Mundo de Futebol, de 1974, na Alemanha e os Jogos Olímpicos de 1988, na Coréia do Sul. Foi vice presidente da Associação dos Pioneiros da Televisão, presidente da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo (ACEESP) e diretor da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT). Nos últimos tempos apresentava diversos sorteios realizados pela televisão.

Tornou-se viúvo de Sônia Ribeiro, com quem teve três filhos: Sônia Ângela, José Blota e José Francisco, além de cinco netos.

Blota Júnior faleceu vítima de falência múltipla dos órgãos em decorrência de uma pneumonia.

Fonte: Wikipédia

Noilde Ramalho

NOILDE PESSOA RAMALHO
(90 anos)
Professora

* Nova Cruz, RN (03/03/1920)
+ Durante Cruzeiro (25/12/2010)

Noilde Ramalho foi uma educadora potiguar, exemplo de dedicação ao ensino, símbolo de um modelo educacional.

Fez os estudos primários em Natal e foi aluna da Escola Doméstica, onde, a partir de 1940, passaria a lecionar. Em 1945, foi nomeada diretora em terras natalenses. Desde então, a professora Noilde Ramalho permaneceu no cargo que assumiu com apenas 25 anos de idade.

Em seus primeiros anos, a escola foi dirigida por diretoras estrangeiras e seguiu fundamentos básicos europeus, mais precisamente suíços. A partir de 1945, o seu ensino começou a ter adaptações gradativas, em busca de padrões brasileiros, graças principalmente ao discernimento e à sensibilidade de Noilde Ramalho.

À frente da Escola DomésticaNoilde Ramalho imprimiu por mais de meio século, a marca da eficiência, do trabalho, do amor ao ensino. Entre outras realizações, inaugurou o pavilhão de puericultura, fundou a Associação das Ex-alunas, revalidou o curso doméstico de nível colegial, construiu um parque esportivo com ginásio coberto, quadras de vôlei e basquete, piscina e pista de atletismo, construiu e instalou a Biblioteca Auta de Souza, o Centro de Ciências Juvenal Lamartine e um teatro escola com capacidade pra 300 pessoas.


Mais recentemente, criou a Faculdade Natalense Para o Desenvolvimento do Rio Grande do Norte, com cursos de Direito e Administração de Empresas, entre outros.

O poeta e escritor Diógenes da Cunha Lima, no livro "Natal - Biografia de Uma Cidade", a considera um instante nobre da educação brasileira. E acrescenta:

"Noilde Ramalho exerce a sua função como se estivesse no primeiro ano de atividades. E confessa o seu entusiasmo. Assim é que está sempre imaginando e realizando novas melhorias (na Escola Doméstica), porque entende que a educação é um processo de mudança e aperfeiçoamento."

Eulália Duarte Barros, ex-aluna da Escola Doméstica e autora do livro "Uma Escola Suíça Nos Trópicos", declara:

"A Escola Doméstica mudou a vida da mulher do Rio Grande do Norte em sua identidade civil. Ao formar moças das décadas primeiras deste século, com uma educação esclarecida do seu papel como personagem transformadora da sociedade, a Escola inovou. Inovou, incomodou e persistiu."

A história da Escola Doméstica de Natal confunde-se com a biografia de Noilde Ramalho e vice-versa.

Dona Noilde Ramalho faleceu no dia 25/12/2010, vítima de um edema pulmonar enquanto fazia um cruzeiro pelo sul do Brasil.

Fonte: Wikipédia

Teixeirinha

VÍTOR MATEUS TEIXEIRA
(58 anos)
Cantor, Compositor e Ator


☼ Rolante, RS (03/03/1927)
┼ Porto Alegre, RS (04/12/1985)

Vítor Mateus Teixeira, mais conhecido pelo seu nome artístico Teixeirinha ou o Rei do Disco, pelos recordes de vendas, foi um cantor, compositor e ator brasileiro, nascido em Rolante, distrito de Mascaradas, RS, no dia 03/03/1927.

Teixeirinha era filho de Saturnino Teixeira e Ledurina Mateus Teixeira, e teve um irmão e duas irmãs. Com 6 anos perdeu o pai e, com 9 anos, perdeu a mãe, ficando órfão. Foi morar com parentes, mas estes não tinham condições de sustentá-lo. Saiu de sua terra ainda menino, seguindo sua caminhada pelo mundo fazendo de tudo um pouco.

Aprendeu a ler nos poucos meses que frequentou a escola, e fez sua morada as muitas cidades por onde passou: Taquara, Santa Cruz do Sul, Soledade, Passo Fundo e Porto Alegre. Para sobreviver trabalhou em granjas no interior. Seu primeiro emprego foi em Porto Alegre, na pensão de Dona Aidê, carregando malas, vendendo doces como ambulante, entregador de viandas, vendedor de jornais, enfim fazia qualquer atividade para poder sobreviver.

Com Dezesseis anos se auto-registrou como Cidadão Brasileiro. Aos dezoito anos se alistou no Exército, mas não chegou a servir. Nesta ocasião foi trabalhar no Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER), como operador de máquinas, durante seis anos. Dali saiu para tentar a carreira artística, cantando nas rádios do interior nas cidades de Lajeado, Estrela, Rio Pardo e Santa Cruz do Sul. Nesta última conheceu sua esposa Zoraida Lima Teixeira.

Casaram-se em 1957 e foram morar em Soledade, em seguida mudaram-se para Passo Fundo, onde compraram um "Tiro ao Alvo" que era cuidado por ele e sua esposa. Durante a noite Teixeirinha se apresentava na Rádio Municipal de Passo Fundo.

Com o coração voltado para a música, nas horas vagas já era solicitado para animar festas, iniciando assim sua carreira com shows. Sem estudar canto nem música, possuía muita capacidade de improvisação e repentismo. A beleza simples de suas letras e a melodia comunicativa de suas músicas eram frutos de inspiração espontânea, gerados por sua vivência, seu amor à vida e aos seus semelhantes.

Em 1959 foi convidado para gravar em São Paulo. Viajou na segunda classe de um trem. Gravou seu primeiro 78RPM onde de um lado tinha a música "Xote Soledade" e do outro "Briga no Batizado".

Segundo depoimento de um dos membros da Gravadora Chantecler, Drº Biaggio Baccarin, o sucesso assim aconteceu:

Como se constata, "Coração de Luto" ocupou o lado B do quarto disco gravado por Teixeirinha, o qual foi lançado sem qualquer preocupação de sucesso que, no entanto, aconteceu espontaneamente após seis meses de seu lançamento.

As primeiras reações vieram de Sorocaba, SP, e em pouco tempo já era sucesso nas demais cidades da região. Foi nessa ocasião que a gravadora Chantecler resolveu trazer o cantor para São Paulo a fim de trabalhar o disco, cujo trabalho teve início com um show na cidade de Sorocaba, SP e, posteriormente, nas demais cidades do Estado de São Paulo, até o triângulo mineiro.

O sucesso aconteceu em todo o Brasil, com venda superior a um milhão de cópias no ano de 1961. Um acontecimento inédito na história da música popular brasileira. Para se ter uma idéia deste fato, o disco "Coração de Luto" chegou a ser vendido no câmbio negro em Belém, PA, onde haviam filas para comprá-lo.

A gravadora não tinha condições de atender aos pedidos e era obrigada a distribuir cotas para cada loja. O fato de Belém foi registrado pelo saudoso Edgard Pina, então agente da Chantecler naquela capital.

Teixeirinha voltou a Passo Fundo, vendeu o "Tiro ao Alvo" e se mudou para Porto Alegre. Foi chamado novamente pela Chantecler, desta vez para morar em São Paulo e continuar a divulgação do sucesso "Coração de Luto", no entanto, recusou domiciliar-se em São Paulo, voltando para Porto Alegre.


Com o que ganhou na excursão em São Paulo, comprou uma casa, no bairro da Glória em Porto Alegre, onde viveu toda sua vida e uma Kombi para viajar por todo o Brasil. Então, definitivamente Teixeirinha assumiu a carreira artística, passando a trabalhar em circos, parques, teatros, cinemas e demais casas de espetáculos. Como o próprio cantor relatou em uma de suas últimas entrevistas à imprensa:

"... onde o povo me pediu para estar, eu fui!"
(RBS/TV - julho/1985)

Teixeirinha começou a viajar por todo o Brasil como o "Gaúcho Coração do Rio Grande".

Em 1963, ganhou o troféu Chico Viola outorgado pela TV Record de São Paulo, no programa "Astros do Disco", um programa de gala da televisão brasileira que tinha por objetivo premiar os melhores do disco de cada ano, e Teixeirinha ganhou por ter sido o cantor campeão de vendagem por dois anos consecutivos, em 1962 e 1963.

Internacionalmente ganhou o troféu Elefante de Ouro como maior vendagem de discos em Portugal.

A música "Coração de Luto", até hoje, vendeu mais de 25 milhões de cópias.

Em 1964, Teixeirinha escreveu a história do filme "Coração de Luto", que foi produzido pela Leopoldis Som, em 1966, se transformando em outro recorde de bilheteria.

Em 1969, encenou no filme "Motorista Sem Limites" juntamente com Walter D’Avila, produzido por Itacir Rossi.

Em 1970 criou sua própria produtora Teixeirinha Produções Artísticas Ltda., pela qual escreveu, produziu e distribuiu dez filmes: "Ela Tornou-se Freira" (1972), "Teixeirinha 7 Provas" (1973), "Pobre João" (1974), "A Quadrilha do Perna Dura" (1975), "Carmem a Cigana" (1976), "O Gaúcho de Passo Fundo" (1978), "Meu Pobre Coração de Luto" (1978), "Na Trilha da Justiça" (1978), "Tropeiro Velho" (1980) e "A Filha de Iemanjá" (1981).


Teixeirinha e Mazzaropi foram os maiores fenômenos populares do cinema sul-americano regional. No caso do cantor gaúcho, seus filmes chegaram a superar 1,5 milhões de espectadores, obtidos apenas nos três Estados do sul do país. A fórmula era semelhante: baseavam-se em músicas de autoria de Teixeirinha, que interpretava a si mesmo. Eram coproduzidos por distribuidores e exibidores locais, que lhes asseguravam a permanência em cartaz. Sua última produção, "A Filha de Iemanjá", foi distribuída pela Embrafilme, com fracos resultados.

Durante 20 anos, apresentou programas de rádio diariamente com duas edições: "Teixeirinha Amanhece Cantando" (Manhã), "Teixeirinha Comanda o Espetáculo" (Noite) e "Teixeirinha Canta Para o Brasil "(Domingos pela manhã) em diversas rádios da capital, com transmissão para o interior e outros Estados brasileiros.

Teixeirinha recebeu 9 discos de ouro, foi cidadão emérito de vários municípios como Passo Fundo, Santo Antônio da Patrulha e Rolante.

Em 1973 foi contratado para fazer 15 apresentações nos Estados Unidos.

Em 1975 foi para o Canadá, onde realizou 18 espetáculos.

Teixeirinha fez shows na maioria dos países da América do Sul.

Durante 22 anos Mary Terezinha lhe acompanhou com acordeon em shows, rádio e cinema.

Teixeirinha teve um recorde de venda de discos sendo que até 1983, lançou 70 LPs, compôs por volta de 1200 canções e vendeu mais de 80 milhões de cópias.

Teixeirinha teve sete filhas e dois filhos: Sirley, Liria Luisa, Victor Filho, Margareth, Elizabeth, Fátima, Márcia Bernadeth, Alexandre e Liane Ledurina.

Morte

Teixeirinha faleceu vítima de câncer, aos 58 anos, em Porto Alegre, RS, no dia 04/12/1985, e está sepultado no Cemitério da Santa Casa de Misericórdia, em Porto Alegre, Quadra 04, Túmulo 04.

Sua viúva, Zoraida Lima Teixeira, com quem Teixeirinha se casara em 1956, faleceu em 2014.

Discografia

  • 1961 - O Gaúcho Coração do Rio Grande
  • 1961 - Assim é Nos Pampas
  • 1961 - Um Gaúcho Canta Para o Brasil
  • 1962 - O Gaúcho Coração do Rio Grande, Volume 4
  • 1963 - Saudades de Passo Fundo
  • 1963 - Êta Gaúcho Bom
  • 1963 - Teixeirinha Interpreta Músicas de Amigos
  • 1964 - Teixeirinha Show
  • 1964 - Gaúcho Autêntico
  • 1964 - Canarinho Cantador
  • 1965 - O Rei do Disco
  • 1965 - Bate-bate Coração
  • 1965 - Disco de Ouro
  • 1966 - Teixeirinha no Cinema
  • 1967 - Coração de Luto (Trilha Sonora do Filme)
  • 1967 - Mocinho Aventureiro
  • 1967 - Dorme Angelita
  • 1968 - Doce Coração de Mãe
  • 1968 - Última Tropeada
  • 1969 - O Rei
  • 1969 - Volume de Prata
  • 1970 - Carícias de Amor
  • 1970 - Doce Amor
  • 1971 - Num Fora de Série
  • 1971 - Entre a Cruz e o Amor
  • 1971 - Chimarrão da Hospitalidade
  • 1972 - Ela Tornou-se Freira (Trilha Sonora do Filme)
  • 1972 - Minha Homenagem
  • 1973 - O Internacional
  • 1973 - Sempre Teixeirinha
  • 1974 - Última Gineteada / Menina Que Passa
  • 1975 - Pobre João (Trilha Sonora do Filme)
  • 1975 - Aliança de Ouro
  • 1975 - Lindo Rancho
  • 1977 - Novo Som de Teixeirinha
  • 1977 - Norte a Sul
  • 1977 - Canta Meu Povo / Fronteira Gaúcha
  • 1978 - Amor de Verdade / Inseparável Violão
  • 1978 - Menina da Gaita / O Centro-Oeste Brasileiro
  • 1979 - 20 Anos de Glória
  • 1979 - Menina da Gaita
  • 1980 - Menina Margareth / Vida e Morte
  • 1981 - Rio Grande de Outrora / Crime de Amor
  • 1981 - Iemanjá (Trilha Sonora do Filme)
  • 1982 - Que Droga de Vida / Infância Frustrada
  • 1982 - Os Reis do Desafio - Dez Desafios Inéditos (Teixeirinha e Mary Terezinha)
  • 1983 - Chegando de Longe / Apenas Uma Flor
  • 1984 - Guerra dos Desafios - Teixeirinha e Nalva Aguiar
  • 1984 - Quem é Você Agora / Amor Desfeito
  • 1985 - Amor Aos Passarinhos
  • 1993 - Milonga da Fronteira (Póstumo)
  • 1994 - Teixeirinha Canta Com Amigos (Póstumo)


Participação Especial

  • 1981 - A Grande Noite da Viola (Ao Vivo)


Filmografia

  • 1967 - Coração de Luto
  • 1969 - Motorista Sem Limites
  • 1972 - Ela Tornou-se Freira
  • 1973 - Teixeirinha a 7 Provas
  • 1974 - O Pobre João
  • 1976 - Na Trilha da Justiça
  • 1976 - Carmen a Cigana
  • 1976 - A Quadrilha do Perna Dura
  • 1978 - Meu Pobre Coração de Luto
  • 1978 - Gaúcho de Passo Fundo
  • 1979 - Tropeiro Velho
  • 1981 - A Filha de Iemanjá

Fonte: Wikipédia

Carlos Leite

CARLOS LEITE
(51 anos)
Humorista

☼ Recife, PE (14/07/1939)
┼ São Paulo, SP (03/03/1991)

Carlos Leite mudou-se para o Rio de Janeiro ainda jovem, para conseguir uma oportunidade profissionalmente.

Na década de 1970, atuou em vários programas humorísticos da TV Globo, como "Chico City" onde fazia par romântico com Zezé Macedo, interpretando o personagem Adolfo Valentim, "Balança Mas Não Cai", "Faça Humor, Não Faça Guerra", onde interpretou o personagem Beleza, sujeito que, apesar de feio, fazia sucesso com as mulheres, "Satiricom" e "Planeta dos Homens"Nesta mesma década, atuou em peças de teatro, como "Elas Querem Leite", bem como em filmes de pornochanchada, tais como "Divórcio à Brasileira" (1973), "Ainda Agarro Essa Vizinha" (1974) e "Manicures a Domicílio" (1978).

Ainda na TV Globo, interpretou a Onça Galileu no especial infantil "A Turma do Pererê", em 1983. Anos mais tarde, transferiu-se para a TV Bandeirantes, onde esteve no elenco de "Praça Brasil" onde interpretava um guarda gay (substituindo o Guarda Juju do ator Roberto Marquis que, assim como quase todo o elenco de "Praça Brasil", migrou para "A Praça é Nossa do" SBT), e, em seguida, para o SBT, onde trabalhou no humorístico "A Praça é Nossa". Nesta época, Carlos Leite interpretou seus personagens mais famosos: Mauro Maurício e Kelé, o Metaleiro.

Carlos Leite faleceu em 03/03/1991, em São Paulo no Hospital Emílio Ribas, vítima do vírus da AIDS, sendo sepultado no dia 05/03/1991 no Cemitério Vila Alpina em São Paulo.

Curiosidades

  • O personagem Mauro Maurício foi criado por Chico Anysio para o programa "Chico City", em 1977, inicialmente como um galã de televisão, irmão de Alberto Roberto. Posteriormente, Mauro Maurício, que afirmava ter vindo de Araraquara e possuía problemas de fala, foi interpretado por Carlos Leite e, anos mais tarde, por Robson, o Bailarino, em "A Praça é Nossa".
  • Após seu falecimento, o personagem Metaleiro passou a ser interpretado por Saulo Laranjeira.

Fonte: Wikipédia
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