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João Bá

JOÃO BATISTA OLIVEIRA
(87 anos)
Cantor, Compositor, Poeta, Ator e Contador de Histórias

☼ Crisópolis, BA (25/06/1932)
┼ Caldas, MG (03/10/2019)

João Batista Oliveira, conhecido como João Bá, foi um compositor e cantor nascido em Crisópolis, no sertão da Bahia, no dia 25/06/1932. João Bá atuou também como ator, poeta e contador de histórias.

Filho de lavradores pobres, começou a trabalhar quando criança para ajudar a família. Segundo João Bá, quando caiu o primeiro dente, seu pai sentenciou que ele já estava preparado para trabalhar. Foi então que começou a ajudar na pequena lavoura.

As dificuldades da infância pobre e difícil o levaram a observar a natureza ainda no trabalho, formando assim um tema recorrente até os dias de hoje em suas canções.

Aos 12 anos, começou a compor e cantar. Hoje, sua obra reúne mais de duzentas músicas, muitas delas gravadas por artistas de referência no cenário musical brasileiro como Hermeto Pascoal, Almir Sater, Diana Pequeno, Dércio Marques, Marlui Miranda, entre outros.

João Bá foi considerado um dos mais respeitados cantadores na Bahia, Minas Gerais e São Paulo. Se definia um "compositor orgânico", ou seja, ligado organicamente à natureza, um músico que explorava seus sentidos e interligações para chegar a uma forma musical. Definia sua estética como simples, mas intensa. Seu trabalho busca despertar o senso crítico e a compreensão consciente de que todas as coisas estão interligadas entre si e suas raízes.

Pesquisador da cultura popular brasileira, trazia na sua poesia e composições o canto de resistência da natureza, o jeito simples de louvar a terra, a vida, o respeito à história e à memória da cultura popular.

Início da Carreira e Participação em Festivais

João Bá começou a trabalhar na roça muito cedo. Do final de sua infância até o fim de sua adolescência (período que se inicia em 1944 e vai até 1952), sempre mostrou interesse pela arte, engajando-se em atividades artísticas na pequena cidade de Crisópolis, BA. Atuava em pequenas peças teatrais, compunha cantigas sertanejas e ensaiava seus primeiros poemas.

Aos 20 anos, deixou o sertão da Bahia e chegou a São Paulo em busca de uma vida melhor. Empregou-se em uma farmácia no tradicional bairro da Mooca, localizado na região centro-leste de São Paulo. Nesse período, inscreveu-se para estudar no Ginásio - atual Ensino Fundamental - onde ficou sabendo de um concurso de poesia realizado pela Rádio Bandeirantes. Mesmo não vencendo, decidiu continuar tentando.

Depois de 14 anos morando em São Paulo e fazendo amizades no meio artístico, surgiu a oportunidade de participar da primeira edição do Festival da Música Popular Brasileira, realizado em 1966, pela TV Record. No entanto, sua música "Madeira Encarnada" foi censurada pela Ditadura Militar por, supostamente, fazer referência a um oficial de nome "Sargento Madeira". De acordo com o artista, o adjetivo "encarnada", foi interpretado como uma provocação velada ao militar, de personalidade tempestiva e autoritária, que costumava perseguir artistas considerados subversivos ao Regime. Além disso, a letra fazia críticas sociais nos versos "olha o índio querendo viver" (referência às mortes provocadas por latifundiários no campo) e "olha o preço subindo, amargando/olha o povo querendo comer" (referência à situação de miséria e fome do país).

Embora não tenha participado desse festival histórico, o caso da censura deu visibilidade a João Bá no meio musical, pois sua música passou a ser comentada nos bastidores como uma das favoritas ao título de melhor canção.

Para João Bá, foi a oportunidade de estar ao lado de grandes compositores, como Chico Buarque, Paulinho da Viola, Gilberto Gil, além de intérpretes, como Elis Regina, Jair Rodrigues, Elza Soares e MPB-4. Foi nesse período que também conheceu dois grandes ícones da música nordestina: Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. De acordo com João Bá, Gonzagão foi quem o motivou a dar prosseguimento à carreira, dizendo que o artista baiano "tinha uma cara boa". Ainda no final dos anos 1960, conheceu Tom Zé.

Em 1979, destacou-se no Festival 79 da TV Tupi, com a música "Facho de Fogo" feita em parceria com Vidal França e defendida por Diana Pequeno. Embora não tenha ganhado, sua música esteve novamente ao lado da de grandes personalidades, como Fagner e Oswaldo Montenegro, vencedores do festival. Desde então, vinha se apresentando em shows, festivais, mostras e temporadas em espaços culturais de todo o país para seu público cativo.

Participações na Televisão

Em 1984, escreveu "Cercanias de Canudos", programa apresentado pela TV Cultura e considerado o melhor daquele ano.

Em 1985, apresentou "Casa dos Cantadores", especial da TV Cultura que contava com a participação de grandes nomes da música regional. Em "Casa dos Cantadores" tem-se o registro histórico de uma das primeiras aparições de Almir Sater na televisão, que se tornaria famoso por suas participações em novelas. Como ator, participou do especial "Lampião", também realizado pela TV Cultura em meados dos anos 1980.

Com Almir Sater, compôs faixas da trilha "Corpo e Alma", especial da TV Globo sobre o Pantanal Mato-grossense. Gravou ainda o especial "Casa de Farinha" que foi exibido em um canal francês.

Apresentou-se inúmeras vezes nos programas "Som Brasil" (TV Globo), "Empório Brasileiro" (Bandeirantes), "Empório Brasil" (SBT), "Bambalalão" (TV Cultura) e "Viola, Minha Viola" (TV Cultura).

Em novembro de 2005, participou do programa "Sr. Brasil", interpretando "Bicho da Seda", ao lado de Nanah Correia. Sua mais recente aparição foi em 2009, no programa "Feira Moderna", da TV Minas. Na ocasião, cantou ao lado de Nádia Campos e Dercio Marques, que era também um de seus principais parceiros musicais.

Atuação no Cinema

João Bá fez participações como ator e compositor de trilhas sonoras. Em 1987, atuou no filme "Fronteira das Almas", dirigido por Hermano Penna. Sua segunda participação foi em 2000, no longa-metragem "Mário", também dirigido por Hermano Penna. Seu papel foi o de um pescador nativo.

Em 2007, assinou a trilha sonora do documentário "Nas Terras do Bem-Virá", de Alexandre Rampazzo, junto com a cantora Nanah Correia e com o músico Julian Tirado.

Outra produção que conta com sua participação é o documentário em homenagem a Glauber Rocha, "Entre o Sertão e o Mar", dirigido por Tatiana Garcia. "Candeia", uma das faixas dessa trilha era a canção de João Bá que Glauber Rocha mais gostava.

Em julho de 2019, João Bá, acompanhado pelo violeiro João Arruda, participou do projeto Composição Ferroviária, em Poços de Caldas.

João Bá viveu os últimos anos de sua vida no sítio Rosa dos Ventos, na cidade de Caldas, Sul de Minas Gerais.

Premiações no Teatro

Além do cinema e da televisão, João Bá teve passagem no teatro. Em 1981, participou do Festival de Teatro do SESC Consolação, ganhando os prêmios de Melhor Trilha Sonora e Melhor Figurino, com o espetáculo "Marrueiro". Em entrevista concedida à revista HP Variedades, João Bá lembrou desse momento:
"Me lembro que das peças que participei como ator e ajudei no texto, uma foi campeã do Festival de Teatro de São Paulo, chamada 'Marrueiro'. Marrueiro é o maior estágio do vaqueiro. Quando o vaqueiro chega a esse estágio, é porque ele é doutor do gado. Aí ele sabe tudo. 'Marrueiro' é de Catulo da Paixão Cearense.
Nessa peça participei como ator e fiz quase toda a trilha sonora, com exceção de uma música do Catulo, o 'Luar do Sertão' e outra do Elomar. Também ajudei no texto adaptado de Cassiano Moreira, um grande ator de teatro. Foi ele quem que me convidou para entrar na peça, e para olhar o texto. Senti então a necessidade de incluir no texto de Catulo uma figura saliente, de alto relevo do movimento de vaqueiros no Brasil, que é a Missão do Vaqueiro, em homenagem ao grande Raimundo Jacob.
Ganhamos três prêmios no festival, inclusive melhor trilha sonora. Fazíamos a música ao vivo. Isso foi em 1981, no SESC Consolação!"

João Arruda, Sinhá Rosária, Tião Mineiro e João Bá
Livros

No final de 1982, escreveu o cordel "Natal na Cultura Popular", para a Fundação Roberto Marinho, General Motors e SESC Carmo, com tiragem de aproximadamente 30.000 exemplares.

Sua obra é referência para estudiosos da Cultura Popular Brasileira e suas composições são indicadas pelo Ministério da Educação (MEC) na Cartilha de Referencial Curricular Nacional Infantil - Volume 3.

Fatos da Carreira

Seu primeiro disco, "Carrancas", contou com a participação de Hermeto Pascoal, que é homenageado com a música "Mico-Leão Dourado". João Bá compara seu amigo ao macaquinho de pelos vermelhos por conta das longas barbas, cabelos dourados e pele vermelha de Hermeto Pascoal.

O projeto gráfico de quase todos os seus discos foi assinado pelo artista plástico Elifas Andreato, de quem João Bá era amigo pessoal.

Quando Luiz Gonzaga morreu, João Bá foi convidado pela gravadora do artista para ser seu substituto, chegando a reservar o mesmo figurino de Gonzagão para João Bá. João Bá recusou o convite de imitar um de seus maiores mestres.

A origem do sobrenome "Bá" surgiu de uma engraçada situação na qual o músico, aos 12 anos, ficou surpreso ao ser questionado pela apresentadora do show de calouros em sua cidade, qual seria o seu nome artístico. Assustado com a pergunta, o músico, que preenchia uma ficha com seu nome, parou com a caneta exatamente no "Ba".

A partir de então, João Batista passou a usar o nome artístico de João Bá, que também, segundo ele próprio é uma referência ao "Batista", "baiano" e "baixinho".

João Bá foi um dos primeiros artistas a lançar Almir Sater na televisão, quando o violeiro era ainda muito novo e tímido. Almir Sater participou do especial "Casa de Cantadores", realizado pela TV Cultura.

João Bá, ao lado da filha Jade Monalisa
Morte

João Bá faleceu na quinta-feira, 03/10/2019, aos 87 anos, no município de Caldas, MG, onde morava.

O corpo de João Bá foi velado na manhã de sexta-feira, 04/10/2019, no Velório da Santa Casa, em Caldas, MG. O cortejo rumo ao cemitério da cidade começou por volta das 17h30.

Discografia

Artista independente, João Bá sempre lançou seus álbuns com recursos próprios ou com apoio de amigos e parceiros musicais, o que lhe garantiu total liberdade para decidir sobre suas produções, desde a escolha do repertório até a decisão sobre quais músicos participariam das gravações.

A falta de interesse das grandes gravadoras em relação à música regional e a recusa do cantor em adotar a linguagem das rádios, foram as principais razões de seu primeiro álbum ter sido lançado somente 22 anos após sua primeira incursão no cenário musical, ainda na época dos festivais da década de 60.

Sem gravadora, "Carrancas" foi produzido com a ajuda do músico Klécius Albuquerque. As participações especiais foram de Hermeto PascoalDercio Marques, Vidal França, entre outras. A música "Facho de Fogo", lançada por Diana Pequeno, no disco "Eterno Como Areia" (1979), tornou-se conhecida pela primeira vez na voz de João Bá. Constam, ainda, obras de referência como "O Menino e o Mar" e "Ladainha de Canudos".

Os álbuns seguintes seguiram praticamente a mesma proposta adotada em "Carrancas", sempre coerentes com as raízes culturais de João Bá e com uma estética musical muito própria, além da qualidade dos músicos e das composições.


  • 1988 - Carrancas (Independente, LP)
  • 1994 - Carrancas I - II (Independente, CD)
  • 1997 - Ação dos Bacuraus Cantantes (Devil Discos, CD)
  • 2003 - Pica-Pau Amarelo (Americano, CD)
  • 2004 - 50 Anos de Carreira Independente (Coletânea)
  • 2005 - Aruanã (Warner - Chapelli / Y Records)
  • 2010 - João Bá Para Crianças - Amigo Folharal (Independente, CD)
  • 2014 - Cavaleiro Macunaíma - João Bá 80 Anos (Independente, CD)

Fonte: Wikipédia

Luizinho Lemos

LUIZ ALBERTO SILVA LEMOS
(66 anos)
Jogador de Futebol e Técnico

☼ Niterói, RJ (03/10/1952)
┼ Nova Iguaçu, RJ (02/06/2019)

Luiz Alberto Silva Lemos, mais conhecido como Luizinho Lemos ou Luizinho Tombo, foi um jogador e técnico de futebol nascido em Niterói, RJ, no dia 03/10/1952.

Considerado um dos maiores ídolos do America, é o maior artilheiro da história deste clube, com 311 gols. É irmão dos também atacantes Caio Cambalhota e César Maluco que fizeram história no futebol brasileiro

Assim como Caio Cambalhota, jogou no America, seu clube do coração em 1973 e 1974, e de 1982 a 1984, tornando-se o maior artilheiro da história do clube rubro com 311 gols e sagrando-se campeão do Torneio dos Campeões em 1982, da Taça Guanabara de 1974 e da Taça Rio em 1982.

Luizinho Lemos jogou ainda com destaque, também com Caio Cambalhota, no Flamengo, de 1975 a 1977, no Sport Club Internacional em 1977 e 1978, Botafogo em 1978 e 1979. Também como César Maluco, no Palmeiras em 1984 e 1985. Jogou em clubes no exterior como na Espanha, México e Catar, tendo feito 434 gols apenas atuando pelos clubes brasileiros, sem contar os seus gols no exterior.

Luizinho Lemos foi artilheiro do Campeonato Carioca de 1974 e 1983, pelo America. Foi o terceiro maior artilheiro do estádio do Maracanã.

Após encerrar a carreira como jogador, tornou-se técnico de futebol, treinando o mesmo America, e depois, clubes do Catar.

Morte

Luizinho Lemos faleceu na manhã de domingo, 02/06/2019, aos 66 anos, em Nova Iguaçu, RJ, uma semana após sofrer um infarto agudo do miocárdio durante uma partida do America, contra o Nova Cidade, pela segunda divisão do Campeonato Carioca.

Luizinho Lemos se sentiu mal aos 28 minutos do segundo tempo, sendo encaminhado para atendimento médico do Hospital Juscelino Kubitschek, em Nilópolis, e depois transferido para o Hospital Geral de Nova Iguaçu, onde veio a falecer.

O velório de Luizinho Lemos ocorreu na segunda-feira, 03/06/2019, entre 9h00 e 12h30, no Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro, RJ. Logo após, às 13h00, seu corpo foi cremado.

Títulos

America
  • 1982 - Torneio dos Campeões
  • 1982 - Taça Rio
  • 1974 - Taça Guanabara

Flamengo
  • 1975 - Torneio Quadrangular de Jundiaí
  • 1975 - Taça José João Altafini "Mazzola"
  • 1975 - Taça Jubileu de Prata da Rede Tupi de TV
  • 1976 - Torneio Quadrangular de Mato Grosso
  • 1976 - Taça Nelson Rodrigues
  • 1976 - Taça Geraldo Cleofas Dias Alves
  • 1976 - Troféu Governador Roberto Santos
  • 1976 - Taça Prefeitura Municipal de Manaus
  • 1976 - Taça Duque de Caxias

Internacional
  • 1978 - Campeonato Gaúcho
  • 1978 - Copa Governador Estado
  • 1978 - Torneio Viña del Mar

Fonte: Wikipédia
Indicação Miguel Sampaio

Sérgio de Carvalho

SÉRGIO MAGALHÃES DE CARVALHO
(69 anos)
Produtor Musical

☼ Rio de Janeiro, RJ (03/10/1949)
┼ Rio de Janeiro, RJ (26/01/2019)

Sérgio Magalhães de Carvalho foi um produtor musical nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 03/10/1949.

Irmão de Mú Carvalho (Tecladista, compositor e produtor musical), Dadi (Baixista, compositor e cantor) e Heloisa Tapajós (Pesquisadora de MPB). Primo, pelo lado paterno, de Beto Carvalho (Radialista e produtor musical) e Guti Carvalho (Produtor musical). Tio de Daniel Carvalho (Músico e produtor musical). Primo, pelo lado materno, do pianista Homero Magalhães e de seus filhos músicos Homero Magalhães Filho, Alain Pierre, Alexandre Caldi e Marcelo Caldi.

Entre 1965 e 1970, integrou grupos musicais amadores, atuando como baterista. Ingressou na Faculdade de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) em 1971, deixando o curso três anos depois para se dedicar integralmente à atividade de produtor musical.

Iniciou sua carreira profissional em 1972, como produtor musical contratado pela PolyGram, tendo permanecido na gravadora até 1981.

Em 1974, produziu um projeto com Leon Russell e músicos brasileiros, gravado nos estúdios RCA.

Polygram Discos Anos 70
Em 1975, produziu duas faixas do artista Mick Jagger, gravadas no Brasil para um projeto solo.

Em 1976 foi responsável pela criação do grupo "A Cor do Som", integrado por Dadi, Mú Carvalho, Armandinho, Gustavo e Ary Dias. Ainda neste ano criou a série "Música Popular Brasileira Contemporânea" (PolyGram), que abriu importante espaço para a música instrumental brasileira.

Em 1978, atuou como diretor musical de dois especiais de Chico Buarque: "Fados Tropicais", para a Rádio Televisão Portuguesa, em Lisboa, e "Cálice", para a TV Bandeirantes.

Em 1981 realizou estágio de produção musical e gravação no Trafalgar Record Studios, em Roma.

De 1981 a 1994, exerceu a função de produtor musical contratado da TV Globo, tendo sido responsável por diversos especiais e trilhas de novelas da emissora. Atuou, também, como produtor de discos autônomo, realizando trabalhos para diversas gravadoras, e também como produtor musical de trilhas sonoras para cinema.

Gravação da Cor do Som, 1981.
Entre 1972 e 1994, assinou a produção musical dos discos:
  • Chico Buarque"Calabar, O Elogio Da Traição", "Sinal Fechado", "Meus Caros Amigos", "Cálice", "Vida", "Joana, A Francesa", "Os Saltimbancos", "A Ópera Do Malandro" e "Chico Em Español".
  • Caetano Veloso e Chico Buarque: "Caetano E Chico Juntos E Ao Vivo" (1972) e "Ao Vivo Com Convidados" (1986).
  • Chico Buarque e Milton Nascimento: "Cio Da Terra".
  • Fafá de Belém"Banho De Cheiro".
  • Emílio Santiago: "Emílio", "O Canto Crescente", "Guerreiro Coração" e "Amor De Lua".
  • Edu Lobo: "Camaleão" e "Tempo Presente".
  • Gal Costa.
  • Elba Ramalho.
  • Luiz Melodia: "Pérola Negra".
  • Quinteto Violado: "A Feira" e "A Missa Do Vaqueiro".
  • Nara Leão: "Meu Primeiro Amor".
  • Simone: "Delírios, Delícias".
  • Léo Jaime: "Direto Do Meu Coração Pro Seu".
  • João Bosco: "Bosco".
  • Francis Hime: "Essas Parcerias" e "Clareando".
  • Altamiro Carrilho: "Antologia Do Chorinho".
  • MPB-4: "Lindo Balão Azul" e "Caminhos Livres".
  • Quarteto Em Cy.
  • Nara Leão e MPB-4: "Música Popular Infantil".
  • Guilherme Lamounier: "Um Toque De Amor" e "Enrosca".
  • A Cor do Som: "Magia Tropical".
  • MPB-4 e Quarteto Em Cy: "Vinicius De Moraes, A Arte Do Encontro".
  • Zizi Possi: "Pedaço De Mim".
  • Raul Seixas: "Há Dez Mil Anos Atrás" e "Raul Rock Seixas".
  • Mercedes Sosa: "San Vicente".
  • Ana Belém: "Ana Em Rio".

Dentre tantos outros cantores, totalizando 102 álbuns produzidos.

Sérgio de Carvalho assinando contrato com Lobão.
Como produtor musical da TV Globo, dirigiu diversos especiais de artistas, como Roberto Carlos, destacando-se 10 especiais de Natal do cantor, Rita Lee ("Saúde"), "Chico Buarque & Caetano Veloso" (Série de 12 programas com a participação de vários artistas brasileiros, como Tom Jobim, Gal Costa, Maria Bethânia, Elza Soares, Pablo Milanês, Sílvio Rodrigues, Mercedes Sosa, Jorge Benjor ("Energia"), Djavan ("Facho De Luz"), Elba Ramalho ("Coração Brasileiro"), Luiz Gonzaga ("Danado De Bom"), Blitz ("Contra O Gênio Do Mal"), Baby e Pepeu ("Masculino/Feminina"), Ivan Lins ("Juntos"), Leandro & Leonardo (Série de especiais e especial na Disney World), Simone ("Raio De Luz"), David Bowie, StingCyndi Lauper, dentre outros.

Ainda na TV Globo, assinou a direção musical do Festival dos Festivais e dos projetos Canta Brasil I e II, e a produção musical das transmissões dos eventos Hollywood Rock e Free Jazz Festival, além de ter realizado a produção musical de trilhas sonoras, e seus respectivos discos, de novelas e minisséries, como "Fera Radical", "Bambolê", "O Primo Basílio" e "O Salvador Da Pátria"

Como produtor musical de trilhas sonoras para cinema, participou dos filmes "Joana, A Francesa", de Cacá Diégues, "Vai Trabalhar, Vagabundo" e "Se Segura, Malandro", ambos de Hugo Carvana, "A Noiva Da Cidade", de Alex Viany, "Certas Palavras Com Chico Buarque", de Maurício Beru, "Eu Te Amo", de Arnaldo Jabor, "O Cavalinho Azul", de Eduardo Escorel, e "Sole Nudo", do diretor italiano Tonino Cervi

De 1994 a 1997, exerceu a função de diretor artístico da gravadora BMG, onde, com um cast de 43 artistas, foi responsável por 97 discos de músicos como Chico Buarque, Paulinho da Viola, Gal Costa, Elba Ramalho, Joanna, Zé Ramalho, Grupo Raça, Roupa Nova, José Augusto, Amado Batista, Eliana, Engenheiros do Hawaii, Gian & Giovani, Chiclete Com Banana, Lulu Santos, Fábio Jr., Fagner, entre outros. Nesse período contratou, além de outros, o grupo de samba Os Morenos e o grupo de pop-rock Pato Fu, consolidados posteriormente como expoentes desses segmentos.


Em 1996, além de responsável pela direção artística da gravadora, produziu o CD "Bebadosamba", de Paulinho da Viola, que valeu ao compositor e cantor seu primeiro disco de ouro e o Prêmio Sharp em cinco categorias: Melhor Disco, Melhor Música, Melhor Arranjo, Melhor Cantor e Melhor Capa.

Ainda na BMG, desenvolveu a carreira do grupo Só Pra Contrariar, que atingiu a vendagem de seis milhões de cópias em quatro discos produzidos nesse período, com destaque para o CD "Só Pra Contrariar-97", primeiro disco de diamante triplo da história da indústria fonográfica brasileira, por ter atingido a vendagem recorde de três milhões de CDs.

Em 1997, transferiu-se para a Universal Music, que então iniciava suas atividades no Brasil, com a tarefa de montar um cast de artistas locais, exercendo o cargo de diretor artístico. Nessa gravadora, consolidou a carreira da dupla Claudinho & Buchecha, cujo disco "A Forma" foi contemplado com um disco de diamante (Um milhão de cópias vendidas), além de ter sido responsável pelos CDs de Ed Motta "Manual Prático", contemplado com seu primeiro disco de platina, e "Remix E Aperitivos", disco de ouro. Contratou o conjunto Os Morenos, que também recebeu ali seu primeiro disco de ouro, e o cantor Wando, disco de ouro com "Palavras Inocentes", além de Elza Soares, Bezerra da Silva e Lobão.

Em 1999, assinou a produção musical do CD "Claudinho & Buchecha Ao Vivo", sendo indicado para o Grammy Latino na categoria Melhor Produtor.

Após a fusão da Universal com a PolyGram, em janeiro de 1999, permaneceu na mesma função, assinando a direção artística de discos de Ney Matogrosso, Zizi Possi, É O Tchan , Netinho, Os Morenos, Claudinho & Buchecha, Banda Beijo, Grupo Raça Negra, As Meninas, Alcione e João Gilberto.


Em 2002, retornou à BMG, produzindo uma série de dezesseis discos do programa "Fama" (TV Globo) e, a partir deste projeto, permaneceu nessa gravadora como consultor de A&R, participando da produção de diversos artistas, como Ana Carolina, Danny CarlosTitãs, entre outros.

Em 2005, como produtor autônomo, foi responsável pelos seguintes projetos: "Rock'n'road All Night" (CD) e "Rock'n'road Live" (CD e DVD), de Danni Carlos, "Alexia Bomtempo" (CD), "Bem Demais" (CD), de Gláucia Nasser, e "A Cor Do Som Acústico" (CD e DVD), do grupo A Cor do Som. No final desse mesmo ano, assumiu a Gerência de A&R da BMG Music Publishing.

Paralelamente ao seu trabalho na editora, continuou exercendo a atividade de produtor musical, tendo sido responsável, em 2006, pelo CD "Rock'n'road Movies", de Danni Carlos.

Ao longo de sua trajetória profissional, como produtor musical e diretor artístico, sua atuação na indústria fonográfica gerou uma participação da vendagem de mais de 38 milhões de discos e um total de 86 discos de ouro, 29 discos de platina, 20 discos de platina duplo, 12 discos de Platina triplo, 2 discos de diamante, 1 disco de diamante duplo e 1 disco de diamante triplo, e ainda o prêmio Grammy da 43ª edição da Academia Norte Americana, na categoria Best World Music Álbum, pelo CD "Voz e Violão", de João Gilberto.

Sérgio de Carvalho era membro votante da National Academy Of Recording Arts & Sciences (Naras) e da Latin Academy Of Recording Arts & Sciences (Laras), responsáveis pelos Prêmios Grammy.

Morte

Sérgio de Carvalho faleceu no sábado, 26/01/2019, aos 69 anos e a causa da morte não foi informada. O velório ocorreu no domingo, 27/01/2019, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio de Janeiro, das 10h00 às 15h00, na Capela 5. Às 16h00, ocorreu uma cerimônia de despedida no crematório São Francisco Xavier, no Caju.

Comunicado da família:

"Queridos amigos,
É com enorme tristeza que a família comunica o falecimento do Sérgio de Carvalho, uma das pessoas mais incríveis que já passaram por este plano."

#FamososQuePartiram # SergioDeCarvalho

Genésio Arruda

GENÉSIO ARRUDA
(69 anos)
Ator, Cantor, Compositor, Radialista, Cineasta e Produtor

* Campinas, SP (28/05/1898)
+ Campinas, SP (03/10/1967)

Genésio Arruda foi um dos pioneiros na representação do caipira em peças e filmes. Antes da aparição de Mazzaropi incorporando o nosso caipira, Genésio Arruda já levava esta imagem aos palcos e as telas da época. Infelizmente esses grandes nomes nuncam são citados como as fontes de inspiração destes grandes artistas que se consagraram. Raramente se ouve falar no nome de Genésio Arruda na história de nossa dramaturgia.

Genésio Arruda fez dupla com o ator que fazia um estilo de "caipira italiano"

Em 1930 formou sua própria companhia de teatro. Genésio Arruda é considerado um dos precursores do cinema brasileiro. Apresentava-se em espetáculos ao lado de sua esposa Noemia Liendo, seus filhos e músicos, sempre representando o caipira.

Ganhou o Troféu Saci como melhor ator coadjuvante no filme "Tristeza do Jeca" onde fazia o personagem chamado Coronel Policarpo.

Genésio foi também um dos pioneiros da música sertaneja. Apresentou-se em diversos programas de rádio. Em 1929, gravou seu primeiro disco interpretando a marcha "Vai, Santinha", dele e de Jorge Peixoto e o foxtrote "Odalisca", de Edgardo Ferreira. No mesmo ano participou do primeiro filme sonoro brasileiro, "Acabaram-se os Otários", no qual fazia o papel de um caipira.

No final da década de 1930, teve um programa radiofônico na Rádio Tupi de São Paulo. No mesmo ano filmou "Lua de Mel".

Formou o grupo "Genésio Arruda e Sua Gente". Ainda em 1930, gravou o cateretê "Trovas do Sertão", de Luiz Gomes Cruz. No mesmo ano, gravou com Raul Torres a embolada "O Piá da Nambu", e a canção cômica "Uma Festa no Arraial", de sua autoria. Gravou também as paródias "O Tango Tá na Moda" e "Cinembra Falado", ambos de sua autoria.

Em 1931 dirigiu o filme "Campeões de Futebol", com Otília Amorim e o cantor paulista Paraguassu. Nos anos 1930 dirigiu a "Companhia Genésio Arruda de Teatro de Revista", que encenou, dentre outras, a revista "Moinho do Jeca", com J. Aimberê como maestro.

Em fins dos anos 1930 teve um programa na Rádio Tupi de São Paulo. No mesmo período fez parte do elenco da "Casa de Caboclo", casa de espetáculos dirigida pelo dançarino e compositor Duque no Rio de Janeiro. Em 1941, gravou com o grupo "Sua Gente" os gêneros humorísticos "Viagem do Genésio", de sua autoria e de Januário França, e "Olhar e Gostar", de Heitor dos Prazeres e Sílvio Galicho. Nessas gravações contou com a participação de Luiz Gonzaga, então em começo de carreira, na sanfona.

Nos anos 1950, apresentou o programa de rádio "A Hora dos Municípios". Em 1961 atuou no filme "Tristeza do Jeca", de Mazzaropi. No final da carreira apresentou shows intitulados "Genésio Arruda e Sua Bandinha".

Obras

Cinembra Falado
Do Sertão as Capitá
Na Estação (Com Januário França)
Num Vagão de Segunda (Com Tom Bill / Cayaffa)
O Papagaio do Compadre (Com Januário França)
O Tango Tá na Moda
Onde Mora o Coronel (Com Tom Bill / Cayaffa)
Pindurassaia (Com Johan Joanna)
Uma Festa no Arraial
Vai, Santinha (Com Jorge Peixoto)
Viagem do Genésio (Com Januário França)

Discografia

1941 - Viagem do Genésio / Olhar e Gostar
1941 - O Papagaio do Compadre / Alavantu
1941 - Vida de Casado / Na Estação
1930 - Isso é Enguiço / Isso Mesmo é Que eu Quero
1930 - Trovas do Sertão / Mussurungo
1930 - Num Vagão de Segunda / Onde Mora o Coronel
1930 - O Piá da Nambu / Uma Festa no Arraial
1930 - O José Pelin / Do Sertão às Capitá,
1930 - O Tango Tá na Moda / Cinembra Falado
1929 - Vai, Santinha / Odalisca
1929 - Pindurassaia / Pamanho
1929 - Deixei de Ser Otário / Pé no Chão

Emilinha Borba

EMÍLIA SAVANA DA SILVA BORBA
(82 anos)
Cantora

☼ Rio de Janeiro, RJ (31/08/1923)
┼ Rio de Janeiro, RJ (03/10/2005)

Emília Savana da Silva Borba, conhecida como Emilinha Borba, foi uma cantora nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 31/8/1923. Emilinha Borba é considerada uma das mais populares intérpretes do século XX no Brasil.

Emilinha Borba nasceu no Rio de Janeiro, na Rua Visconde de Niterói, na Vila Savana, bairro da Mangueira. Filha de Eugênio Jordão Borba e Edith da Silva Borba.

Com uma família de seis irmãos, dentre os quais, José, seu irmão gêmeo, passou grande parte da sua infância na Mangueira. Em seguida, mudou-se com a família para o bairro de Jacarepaguá.

Desde menina, Emilinha gostava de cantar e imitar as grandes cantoras do rádio, como Carmen Miranda.

Em 31/08/1957, casou-se formalmente com Artur Sousa Costa, corredor automobilístico e filho do Ministro da Fazenda do governo Getúlio Vargas. Com ele teve seu único filho, Artur Emílio.

Dados Artísticos

Emilinha Borba começou frequentando programas de calouros, apesar da relutância de sua mãe. Ganhou seu primeiro prêmio, aos 14 anos, na "Hora Juvenil", da Rádio Cruzeiro do Sul. Cantou também no programa "Calouros de Ary Barroso", obtendo a nota máxima ao interpretar "O X do Problema" (Noel Rosa). Logo depois, começou a fazer parte dos coros das gravações da Columbia. Formou, na mesma época, uma dupla, "As Moreninhas", com Bidú Reis (Edila Luísa Reis), com a qual se apresentou em várias rádios, durante cerca de um ano e meio. Depois, gravou para a "Discoteca Infantil" um disco em 78 rpm com "A História da Baratinha", em adaptação de João de Barro.

Desfeita a dupla, foi contratada pela Rádio Mayrink Veiga, ocasião em que recebeu de César Ladeira o slogan Garota Nota Dez.

Em 1939, gravou sua primeira participação em disco pela Columbia, cantando a marchinha "Pirulito" (João de Barro), em dupla com Nilton Paz, depois de um convite do compositor João de Barro, autor da música. Em março de 1939, gravou seu primeiro disco solo pela Columbia, com acompanhamento de Benedito Lacerda e Seu Conjunto, com o samba-choro "Faça o Mesmo" (Antônio Nássara e Frazão) e o samba "Ninguém Escapa..." (Frazão). Na época, aparecia no selo do disco como Emília Borba. Ainda em 1939, gravou com acompanhamento de Napoleão Tavares e Seus Soldados Musicais, o choro-rumba "Vem Cantar Também" (Paulo Pinheiro e J. Ferreiro), o samba "Qual a Razão?" (Antônio Almeida e Mário Lago), e a marcha "Faça de Conta" (Custódio MesquitaMário Lago). Continuando 1939, conseguiu ser apresentada, por intermédio de Carmen Miranda, de quem sua mãe Edith da Silva Borba era camareira, ao empresário Joaquim Rolla, proprietário do Cassino da Urca, que a contratou como crooner. Na ocasião, Carmen Miranda emprestou-lhe um vestido e sapatos plataforma, para que ela, que era menor de idade, e que por isso, teve de alterar seu registro de nascimento, fizesse seu teste. Emilinha Borba passou no teste, tornando-se uma das principais atrações do Cassino da Urca. Também no mesmo ano, atuou no filme "Banana da Terra" (1939), de Alberto Bynton e Rui Costa.

Em 1940, gravou com acompanhamento de Radamés Gnattali e Sua Orquestra os sambas "O Cachorro da Lourinha" (Gomes Filho e Juraci Araújo) e "Meu Mulato Vai ao Morro" (Gomes Filho e Juraci Araújo). Nesse ano, apareceu nos filmes "Laranja da China", de Rui Costa e "Vamos Cantar", de Leo Marten.


Em 1941, assinou contrato com a Odeon, gravadora onde sua irmã, a cantora Nena Robledo, casada com o compositor Peterpan era contratada e lançou os sambas "Quem Parte Leva Saudades" (Francisco Scarambone) e "Levanta José" (Haroldo Lobo e Valdemar de Abreu). Nesse disco já apareceu com o nome artístico que a consagrou. Gravou ainda um segundo disco na Odeon com o samba "O Fim da Festa" (Nelson Teixeira e Nelson Trigueiro) e a marcha "Eu Tenho um Cachorrinho" (Georges Moran e Osvaldo Santiago).

Em 1942, foi contratada pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro, desligando-se meses depois. Nesse ano participou das filmagens do filme inacabado "It's All True", de Orson Welles.

Em setembro de 1943, retornou ao cast da mesma emissora, a PRE-8 e durante os 27 anos que lá permaneceu consagrou-se como sua Estrela Maior. Na Rádio Nacional, tornou-se uma das cantoras mais queridas e populares do Brasil. Participou, efetivamente, de todos os programas musicais da PRE-8 e foi a campeã absoluta em correspondência por 19 anos consecutivos, até quando durou a pesquisa naquela emissora. Sua popularidade muitas vezes esteve associada ao programa de César de Alencar, que era transmitido para todo o Brasil, aos sábados à tarde. Ainda em 1943, apareceu no filme "Astros em Desfile", de José Carlos Burle, na Atlântida.

Em 1944, estreou no selo Continental da gravadora Columbia com o choro "Infância" (J. Cravo Jr. e Carlito Moreno), a marcha "Ganhei Um Elefante" (Peterpan e Russo do Pandeiro) e o samba "Se Eu Tivesse Com Que..." (Afonso Teixeira e Peterpan), com acompanhamento de Napoleão Tavares e Seus Soldados Musicais. Nesse ano, apareceu nos filmes "Romance de um Mordedor", de José Carlos Burle, e "Tristezas Não Pagam Dívidas", de José Carlos Burle e Rui Costa, os dois na Atlântida.


Em 1945, gravou os sambas "Como Eu Sambei" (Peterpan e Afonso Teixeira), "Você e o Samba" (Peterpan e Ari Monteiro), "O Outro Palpite" (Grande Otelo e Garoto) e o choro "Divagando" (Nelson Miranda e Luiz Bittencourt). Nesse ano, atuou no filme "Não Adianta Chorar", da Atlântida, dirigido por Watson Macedo.

Em 1946, gravou para o carnaval de 1947 o samba "Madureira" (Peterpan e Jorge de Castro). Atuou ainda no filme "Segura Essa Mulher", da Atlântida, com direção de Watson Macedo.

Em 1947, fez sucesso com a rumba "Escandalosa" (Moacir Silva e Djalma Esteves). Gravou também a "Rumba de Jacarepaguá" (Haroldo Barbosa), o samba "Se Queres Saber" (Peterpan), "Já é de Madrugada" (Peterpan e Antônio Almeida), e a marcha "Telefonista" (Peterpan), todas sucesso, especialmente as duas primeiras.

Para o carnaval de 1948, lançou as marchas "Barnabé" (Haroldo Barbosa e Antônio Almeida) e "Que Carnaval" (Arlindo Marques Junior e Roberto Roberti). Nesse ano, lançou mais dois sambas "Quem Quiser Ver, Vá Lá" (Peterpan e René Bittencourt) e "Meu Branco" (Peterpan e René Bittencourt). Participou do filme de grande sucesso "Este Mundo é um Pandeiro", da Atlântida, dirigido por Watson Macedo. Com a orquestra de José Maria de Abreu gravou os sambas "Contraste" (José Maria de Abreu e Alberto Ribeiro) e "Esperar Por Quê?" (José Maria de Abreu e Alberto Ribeiro). Atuou nos filmes "Folias Cariocas", de Hélio Tys e "É Com Esse Que Eu Vou", dirigido na Atlântida por José Carlos Burle.

Em 1949, lançou para o carnaval um de seus maiores sucessos, a marcha "Chiquita Bacana" (João de Barro e Alberto Ribeiro). Fez-se presente nos filmes "Poeira de Estrelas", da Fenelon Produções, dirigido por Moacyr Fenelon e "Estou Aí", da Cinédia, direção de José Cajado Filho. Ainda em 1949, gravou a marcha "Boca Negra" (Antônio Almeida e Alberto Ribeiro), e os sambas "Porta Bandeira" (Antônio Nássara e Roberto Martins) e "Tem Marujo no Samba" (João de Barro), este último em dueto com Nuno Roland com acompanhamento de Severino Araújo e Sua Orquestra Tabajara. Continuando 1949, fez sucesso com o samba "Eu Sei Estar na Bahia" (José Maria de Abreu e Osvaldo Santiago), gravado em dueto com Blecaute. Ainda em 1949, em concurso tradicional para eleger a Rainha do Rádio do ano, perdeu o título para a grande rival Marlene. Na época, os jornais davam destaque para a polêmica criada pelos fã-clubes das duas estrelas.


Em 1950, Emilinha BorbaMarlene surpreendem o público ao gravarem em dueto "Eu Já Vi Tudo" (Peterpan), "Casca de Arroz" (Arlindo Marques Júnior e Roberto Roberti) e "A Bandinha do Irajá" (Murilo Caldas). Atuou no filme "Todos Por Um", dirigido na Cinédia por José Cajado Filho, mesmo ano em que gravou os baiões "Paraíba" (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira) e "Baião de Dois" (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira), que obtiveram grande sucesso, e os sambas "Boa" (Marília Batista e Henrique Batista) e "Jurei" (Antônio Nássara e Valdemar de Abreu).

Em 1951, lançou a marcha-baião "Bate o Bombo" (Humberto Teixeira), a marcha "Tomara Que Chova" (Paquito e Romeu Gentil), um de seus grandes sucessos carnavalescos, com acompanhamento de Guio de Moraes e Seus Parentes, a marcha "Festa Brava" (João de Barro) e o samba "Perdi Meu Lar" (Geraldo Pereira e Arnaldo Passos), com acompanhamento de Radamés Gnattali e Sua Orquestra. Participou ainda de outro filme de sucesso, "Aviso Aos Navegantes", dirigido na Atlântida por Watson Macedo. Atuou também em "Aí Vem o Barão", também na Atlântida, e do mesmo diretor. Com Ivon Curi gravou a toada "Noite de Luar" (José Maria de Abreu, Alberto RibeiroIvon Curi).

Em 1952, Emilinha Borba atuou em mais dois filmes, "É Fogo na Roupa", de Watson Macedo e "Barnabé Tu És Meu", da Atlântida, com direção de José Carlos Burle. Nesse ano, gravou o samba "Fora do Samba" (Peterpan, Amadeu Veloso e Paulo Gesta), a marcha "Nem de Vela Acesa" (Paquito e Romeu Gentil) e com Jorge Goulart, o samba "Sua Mulher Vai ao Baile Comigo" (Caribé da Rocha e Evenor).

Em 1953, participou dos filmes "O Destino em Apuros", da Multifilmes e "Aí Vem o General", de Alberto Atillio. Gravou as marchas "Bananeira Não dá Laranja" (João de Barro), "Catumbi Encheu" (Rutinalo e Norival Reis), os sambas "Você Sabe Muito Bem" (Lourival Faissal, Bené Alexandre e Getúlio Macedo) e "Pelo Amor de Deus" (Humberto Teixeira e Felícia Godoy). Gravou na Todamérica com Albertinho Fortuna a marcha "Felipeta" (Antônio Almeida) e o samba "Olha a Corda" (Antônio AlmeidaJoão de Barro). Ainda em 1953, foi eleita a Rainha do Rádio pela Associação Brasileira do Rádio apenas com o voto popular, sem patrocínio comercial obtendo praticamente o triplo dos votos da segunda colocada.


Atuou nos filmes "Caprichos do Amor", de H. Rangel e "O Petróleo é Nosso", de Watson Macedo em 1954, ano em que gravou com o Trio Madrigal o bolero "Vaya Com Dios" (Russel e Pepper - Versão de Joubert de Carvalho). Gravou também nessa época o samba "Parabéns São Paulo!" (Rutinaldo), a marcha "Aí Vem a Marinha" (Moacir Silva e Lourival Faissal), o samba-canção "Os Meus Olhos São Teus" (Peterpan) e o bolero "Noite de Chuva" (Peterpan e José Batista). Nesse ano, gravou na RCA Victor em dueto com o radialista César de Alencar a valsa "Noite Nupcial" (Peterpan) e o samba "Os Quindins de Iaiá" (Ary Barroso).

Em 1955, gravou a toada "Jerônimo" (Getúlio Macedo e Lourival), música tema da novela de aventuras "Jerônimo, o Herói do Sertão", de grande sucesso, apresentada na Rádio Nacional tornando-se assim, a primeira cantora a gravar, comercialmente, uma música tema de trilha sonora de novela radiofônica. Nesse ano, atuou em cinco filmes diferentes, "Eva no Brasil" de Pierre Caron, "Carnaval em Marte" de Watson Macedo, "O Rei do Movimento" de Vitor Lima, "Trabalhou Bem Genival" de Luiz de Barros, e "Guerra ao Samba" de Carlos Manga. Nesse período, gravou mais três composições de Peterpan: o cântico "Saudações aos Peregrinos", o samba "Nova Canaã" e a "Toada do Amor". Ainda em 1955, tornou-se a primeira cantora a cantar distante da orquestra quando estando em excursão ao Rio Grande do Sul cantou ao telefone nos estúdios da Rádio Gaúcha de Porto Alegre o bolero "Em Nome de Deus" acompanhada pela orquestra do maestro Ercolli Vareto que estava nos estúdios da Rádio Nacional no Rio de Janeiro. Nessa ocasião defendia o primeiro lugar desse bolero na "Parada dos Maiorais - Pastilhas Valda" do "Programa César de Alencar".

Em 1956, gravou com acompanhamento de Radamés Gnattali e sua orquestra, a valsa "Lembrando Paris" (Lourival Faissal e Jorge de Castro), e o samba "Insensato Coração" (Antônio Maria e Paulo Soledade). Em dueto com Bill Farr gravou o fox-marcha "Bate o Bife" (João de Barro), razoável sucesso naquele carnaval. Atuou também no filme "Vamos Com Calma", dirigido na Atlântida por Carlos Manga.


Em 1957, fez grande sucesso no carnaval com a maliciosa marcha "Vai Com Jeito" (João de Barro), que deu ensejo ao filme "Com Jeito Vai", dirigido na Herbert Richers por J. B. Tanko. Nesse ano, atuou também nos filmes "Garotas e Samba", dirigido na Atlântida por Carlos Manga e "De Pernas Pro Ar" de Vitor Lima, lançado pela Herbert Richers e Sino-Cinedistri. Tornou-se nesse ano, a primeira cantora a gravar, comercialmente, um samba-enredo de escola de samba, "Brasil Fontes das Artes" (Djalma Costa, Eden Silva e Nilo Moreira), do Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro, com acompanhamento da bateria dessa escola de samba.

Em 1958, atuou no filme "É de Chuá", dirigido na Herbert Richers e Sino-Cinedistri, por Vitor Lima. Fez sucesso nesse ano com o bolero "Botões de Laranjeira" (Getúlio Macedo e Lourival Faissal). Gravou também as marchas "Noites de Junho" (João de Barro e Alberto Ribeiro), e "Primavera no Rio" (João de Barro). Em seu disco na Continental, o LP "Calendário Musical", registrou sucessos como "Botões de Laranjeiras" (Lourival Faissal e Getúlio Macedo) e "Fevereiro" (João de Barro).

Após 13 anos, deixou a Continental e ingressou na Columbia estreando com o samba-canção "Outra Prece de Amor" (René Bittencourt) e o cha-cha-cha "Cachito" (Velesquez e Bourget). Com esta música, tornou-se a primeira cantora a gravar através do sistema de colocar a voz sobre a parte inicialmente gravada pela orquestra. Esta música foi lançada simultaneamente em dezenas de estações de rádio em todo o país.

Em 1959, gravou a marcha-rancho "Meu Santo Antônio" (Irani de Oliveira), o bolero "Em Meus Braços" (Irani de Oliveira e Almeida Rego), os sambas "Amor de Outrora" (Getúlio Macedo e Lourival Faissal) e "Renunciei" (Arsênio de Carvalho). Nesse ano, participou dos filmes "Mulheres à Vista", "Entrei de Gaiato", "Vai Que é Mole" e "Garota Enxuta", dirigidos na Herbert Richers, por J. B. Tanko.


Em 1960, gravou os sambas "Gelo" (J. Piedade e Orlando Gazzaneo), "A Danada da Saudade" (Rutinaldo), as marchas "Pensar... Professor" (José Costa e Fernandinho), "Qual é o Pó" (João Roberto Kelly e G. Gonçalves), "Marcha do Pintinho" (Hilton Simões, Alventino Cavalcanti e Oldemar Magalhães), o bolero "Alguém" (Getúlio Macedo e Lourival Faissal). Nesse ano, atuou no filme "Cala a Boca Etelvina", de Eurides Ramos. Lançou o LP "Emília no País dos Sucessos", que tinha entre outras músicas, "Chiquita Bacana" (Alberto RibeiroJoão de Barro) "Música Divina" (Waldir Rocha), "Eu e o Samba" (Nelson Castro), e "Dez Anos" (Rafael Hernandes).

Emilinha Borba foi mais de 50 vezes capa da famosa "Revista do Rádio" e recordista em receber cartas de fãs. Possuiu as colunas "Diário da Emilinha", "Álbum da Emilinha", "Emilinha Responde" e "Coluna da Emilinha" através das quais se comunicava com os fãs nas "Revista do Rádio", "Radiolândia" e no jornal "A Noite". Foi a estrela principal de inúmeros programas na Rádio Nacional. Foi a primeira artista brasileira a realizar uma excursão nacional com patrocínio exclusivo. Foi eleita por três anos consecutivos a Melhor Cantora do Rádio.

Gravou em 1961 as músicas "Milhões de carinhos"; "Juntinhos é melhor", de Fernando Costa, Rossini Pinto e Fernando Barreto; os sambas "Demorei", de João de Oliveira e Oldemar Magalhães, e "Chora que eu vou gargalhar", de Claudionor Santos e Ivo Santos, e as marchas "Papai e mamãe" e "Meu cavalo não manca", de Rutinaldo e Brasinha. Atuou também no filme "Férias no Arraial", da produtora Arabela. Também nesse ano foi eleita a "Rainha do Jubileu de Prata da Rádio nacional". Entre meados da década de 1950 e 1960 teve marcante atuação na televisão cantando e apresentando programas. Apresentou "Emilinha canta", com Blota Júnior na TV Record, de São Paulo; "Emilinha canta", com Levy Freire na TV Itacolomi de Belo Horizonte; "Big show peixe", com César de Alencar na TV Record de São Paulo; "O show é ODD", com Paulo Gracindo na TV Rio; "Minha querida Emilinha", na TV Rio; "Emilinha aos sábados", na TV Excelsior, do Rio de Janeiro; "A grande premiada", com Aerton Perlingeiro na TV Tupi, Rio de Janeiro; "Festival de músicas para o carnaval", com João Roberto Kelly na TV Tupi do Rio. Por diversas ocasiões substituiu o apresentador Chacrinha no programa "Discoteca do Chacrinha", nas Tvs Excelsior e Rio. Fez shows nos Estados Unidos, Israel e Inglaterra entre outros países.


Em 1962, gravou três canções da dupla Rossini Pinto e Fernando Costa, "Filhinho querido", "Benzinho" e "Quero outra vez sentir", e também "Castigo meu amor", de Fernando Barreto e Fernando Costa. Gravou também a primeira composição de sua autoria "É brasa", parceria com Fernando Costa e Rossini Pinto.

No ano seguinte, fez sucesso no carnaval com a marcha "Pó de mico", de Dora Lopes, Renato Araújo e Arildo Souza. Nesse ano, lançou o LP "Benzinho", música título da dupla Fernando Costa e Rossini Pinto, da qual gravou também "Vem comigo dançar" e "Quero outra vez sentir teu coração", além de "Porque foi que voltei", de João Roberto Kelly. Fez sucesso no carnaval de 1964 com a "Marcha do remador", de Antônio Almeida e Oldemar Magalhães. Em 1965, foi eleita "Rainha do Quarto Centenário da Cidade do Rio de Janeiro". Nesse ano, fez sucesso no carnaval com a marcha "Mulata iê-iê-iê", de João Roberto Kelly. Gravou 117 discos, entre 1939 e 1965, tornando-se uma das cantoras de maior expressão nacional de todos os tempos. Atuou em 1966 nos filmes "007 1/2 no Carnaval", da Copafilmes Copacabana, com direção de Vitor Lima, e "Virou bagunça", da Cinedistri, com direção de Watson Macedo. Também no mesmo ano, lançou o LP "Amor da minha vida", música título de Rossini Pinto que incluía ainda "Amor maior do mundo", de sua autoria e Fernando Costa, "Viver sem teu amor não é viver", de Peterpan, e "Minha renúncia", de Média Vuelta e Neusa da Costa. No ano seguinte, atuou em "Carnaval barra-limpa", na Herbert Richers, filme de J. B. Tanko.

Em 1968, completou 13 anos consecutivos escolhida em primeiro lugar no concurso "Os Mais Queridos do Rádio e da Televisão". Nesse ano, afastou-se da vida artística por problemas de saúde. Teve edema nas cordas vocais, foi submetida a três cirurgias e passou por um longo período de estudo para reeducar sua voz. Seu retorno ocorreu em espetáculo realizado pelo Sistema Globo de Rádio, diretamente do campo de futebol do Clube de Regatas Vasco da Gama no Rio de Janeiro, exatamente no Dia dos Marinheiros, em 1972.

No início de 1973, em transmissão direta feita pela TV Tupi do Rio de Janeiro, apresentou-se no Canecão, no Festival de músicas para o carnaval, iniciativa do Museu da Imagem e do Som (MIS), e com a marcha "Israel" (João Roberto Kelly), venceu, mais uma vez.

Em 1975, apareceu no filme "Assim era a Atlântida", de Carlos Manga.

Emilinha Borba e Marlene
Em 1981, participou pela primeira vez de espetáculos culturais sobre a memória da Música Popular Brasileira, na Sala Sidney Miller da Funarte, estrelando os shows: "Oh! As Marchinhas", com o cantor Jorge Goulart, que seria convertido em LP com o mesmo nome e "Quero Kelly", com João Roberto Kelly, ambos criados e dirigidos por Ricardo Cravo Albin para a série "Carnavalesca". No LP "Oh! As Marchinhas", lançado pela Phonodisc, interpretou clássicos carnavalescos como "Balzaqueana" (Wilson Batista e Nássara), "O Teu Cabelo Não Nega" (Lamartine Babo e Irmãos Valença), "Pirata da Perna de Pau" (João de Barro), "Touradas em Madrid" (Alberto RibeiroJoão de Barro) e "As Pastorinhas" (João de Barro e Noel Rosa). No mesmo ano, gravou de maneira independente, o LP "Força Positiva" onde cantou "Meu Amor Não Envelhece" (Arthur Moreira e Osmar Navarro), "O Herói da Noite" (Renato Barbosa e Míriam Batucada), "Eu Vou Até de Manhã" (Lauro Maia), "O Milagre da Luz" (Esdras Silva e Klécius Caldas) e "Ninguém Fica Pra Semente" (Vovó Ziza e Noca da Portela).

Em 1988, participou do LP duplo "Há Sempre Um Nome de Mulher", do Banco do Brasil/ LBA, criado por Ricardo Cravo Albin para a Campanha do Aleitamento Materno, ocasião em que gravou novamente o repertório carnavalesco de sempre, ao lado da rival Marlene.

Em 1991, recebeu o prêmio de Cidadã Benemérita da Cidade do Rio de Janeiro".

Em 1995, recebeu o prêmio de Cidadã Paulistana.

Em 1996, foi laureada com o Troféu Imprensa.

Durante boa parte da década de 1990 participou, quase anualmente, do baile de carnaval brasileiro realizado no Woldorf Astória Hotel em Nova York.

Em 2003, lançou seu primeiro disco depois de 22 anos sem gravar, "Emilinha Pinta e Borda", que contou com as participações especiais de Ney Matogrosso na faixa "Não Existe Pecado ao Sul do Equador" (Chico Buarque e Ruy Guerra) e do grupo Forroçacana na faixa "ETC" (Nando Reis, Marisa Monte e Carlinhos Brown). Nesse ano, por ocasião dos seus 80 anos, concedeu longa entrevista ao Jornal do Brasil, conduzida por Ney Matogrosso, na qual falou sobre sua carreira.


No carnaval de 2004, apresentou-se no concorrido Baile Popular da Cinelândia, centro do Rio de Janeiro. No mesmo ano, gravações suas feitas entre 1939 e 1954 foram incluídas pelo selo Revivendo no CD "Se Queres Saber" entre as quais, "Rumba em Jacarepaguá", "Tico Tico na Rumba", "Escandalosa", "Dez Anos" e "Vem Cantar Também".

Emilinha Borba ficou conhecida como "A Favorita da Marinha", além de ser vista também por seus fãs como a "Eterna Rainha do Rádio".

Em setembro de 2008, pouco antes de se completarem 3 anos de sua morte, o Fã Clube Nacional Emilinha Borba realizou no Rio Scenarium na Lapa, a exposição "Emilinha: Um Acervo à Procura de Um Espaço". Na mesma época, o Jornal do Brasil publicou reportagem sobre a dificuldade do Fã Clube da cantora encontrar um espaço para alojar o acervo da artista:
"Quem diria: O legado da Favorita da Marinha está à procura de um porto seguro. Às vésperas do terceiro aniversário de morte de Emilinha Borba, lembrado em 3 de outubro, os objetos pessoais da cantora, que rivalizou com Marlene no auge da era do rádio, precisam encontrar alguém que cuide deles. São camisolas de cetim e algodão, o prato que Emilinha almoçou pela última vez, bijuterias, vestidos usados em shows, o estojo de maquiagem usado no dia em que morreu e ainda centenas de revistas, fotografias, discos, diplomas, prêmios e mais de 240 faixas dadas de presente à musa por fãs - itens típicos das décadas de 50 e 60."
Em 2010, Emilinha Borba foi a homenageada especial do show "Cantando a Era de Ouro do Rádio" apresentado no teatro Rival pela cantora, atriz e sua fã assumida, Tânia Alves.

Uma prova da vitalidade do culto à cantora é que seu fã clube, criado oficialmente em 1952, chegou a 2010, cinco anos após a morte da cantora contando com mais de dois mil fãs cadastrados.

Morte

Emilinha Borba faleceu por volta de 14h30 de segunda-feira, 03/10/2005, aos 82 anos, vítima de um infarto fulminante enquanto almoçava em sua casa, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro.

Em junho de 2005, Emilinha Borba foi hospitalizada por causa de uma queda que provocou traumatismo craniano e hemorragia intracraniana, mas conseguiu se recuperar.

O velório, aconteceu no saguão de entrada da Câmara de Vereadores, no Centro do Rio de Janeiro.

O corpo de Emilinha Borba foi sepultado na terça-feira, 4/10/2005, no Cemitério do Caju, Zona Portuária do Rio de Janeiro, em uma cerimônia que contou com a presença de parentes, amigos, entre eles a cantora Alcione e o presidente da Mangueira, Álvaro Caetano, e uma multidão de fãs.

Carregado por integrantes da Marinha vestidos em traje de gala, o caixão de Emilinha Borba, coberto com a bandeira da Mangueira, deixou o velório na Câmara Municipal em meio a aplausos e seguiu em um carro do Corpo de Bombeiros, em cortejo, até o Cemitério do Caju.

O prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, decretou luto de três dias na cidade do Rio de Janeiro. A missa de Sétimo Dia foi realizada na segunda-feira,  10/10/2005, às 10h00, na igreja da Candelária, no centro do Rio de Janeiro.

A homenagem dos militares lembrou que desde 1949 Emilinha Borba era a "Favorita da Marinha", espécie de madrinha da corporação. A cantora Marlene, considerada sua eterna rival nos palcos, é a "Favorita da Aeronáutica".

Discografia

LP e CD
  • 1959 - Calendário Musical (Continental)
  • 1960 - Emília no País dos Sucessos (CBS)
  • 1963 - Benzinho (CBS)
  • 1965 - Amor da Minha Vida (CBS)
  • 1969 - Os Grandes Sucessos de Emilinha Borba (CBS)
  • 1970 - Calendário Musical (Continental)
  • 1975 - Os Grandes Sucessos de Emilinha Borba (CBS)
  • 1976 - Ídolos da MPB (Continental)
  • 1981 - Força Positiva
  • 1982 - Oh! As Marchinhas (Continental / PhonoDisc)
  • 1984 - Sempre Emilinha (CBS)
  • 1988 - Ídolos do Rádio (Collector's)
  • 1988 - Sempre Favorita (Revivendo)
  • 1990 - O Maravilhoso Mundo Musical de Emilinha Borba, Vol. 2 (CBS)
  • 1990 - Presença de Emilinha (CBS)
  • 1991 - Emilinha Borba (Revivendo)
  • 2003 - Emilinha Pinta e Borda
  • 2004 - Se Queres Saber (Revivendo)

78 RPM
  • 1939 - Faça de Conta (Columbia)
  • 1939 - Faça o Mesmo / Ninguém Escapa (Columbia)
  • 1939 - Vem Cantar Também / Qual a Razão (Columbia)
  • 1940 - O Cachorro da Lourinha / Meu Mulato Vai ao Morro (Columbia)
  • 1941 - Quem Parte Leva Saudade / Levanta José (Odeon)
  • 1942 - O Fim da Festa / Eu Tenho Um Cachorrinho (Odeon)
  • 1944 - Ganhei Um Elefante / Se Eu Tivesse Com Que (Continental)
  • 1945 - Ai! Luzia (Continental)
  • 1945 - Como Eu Sambei / Você e o Samba (Continental)
  • 1945 - Infância (Continental)
  • 1945 - O Outro Palpite / Divagando (Continental)
  • 1946 - Antes Eu Nunca Te Visse / Acapulco (Continental)
  • 1946 - É Um Horror! / Madureira (Continental)
  • 1947 - Escandalosa / Rumba de Jacarepaguá (Continental)
  • 1947 - Já é De Madrugada / Telefonista (Continental)
  • 1947 - Tico Tico Na Rumba (Com Ruy Rey) / Se Queres Saber (Continental)
  • 1948 - Barnabé / Que Carnaval! (Continental)
  • 1948 - Chiquita Bacana / Porta Bandeira (Continental)
  • 1948 - Contraste / Esperar Porque? (Continental)
  • 1948 - Quem Quiser Ver, Vá Lá / Meu Branco (Continental)
  • 1949 - Boca Negra / Tem Marujo no Samba (Continental)
  • 1949 - Cabide de Molambo / Caramba! Isto é Samba (Continental)
  • 1949 - Capelinha de Melão / Dona Felicidade (Continental)
  • 1949 - Casca de Arroz / Eu Já Vi Tudo (Continental)
  • 1949 - Deixe Que Amanheça / Eu Sei Estar Na Bahia (Continental)
  • 1949 - Escocesa / Boca Rica (Continental)
  • 1950 - A Bandinha do Irajá (Continental)
  • 1950 - Baião de Dois / Paraíba (Continental)
  • 1950 - Bate o Bumbo / Tomara Que Chova (Continental)
  • 1950 - Boa / Jurei (Continental)
  • 1950 - Festa Brava / Perdi Meu Lar (Continental)
  • 1950 - Vizinho do 57 / Bico Doce (Continental)
  • 1951 - Canção de Dalila (Com Trio Madrigal) /Feliz Natal (Com Trio Madrigal e Trio Melodia) (Continental)
  • 1951 - Dançando a Rumba (Continental)
  • 1951 - Dez Anos / Mambo do Gato (Continental)
  • 1951 - Noite de Luar (Continental)
  • 1951 - Urubu Rei / O Beijo da Paz (Continental)
  • 1952 - Aconteceu / Bandolins ao Luar (Continental)
  • 1952 - Bananeira Não dá Laranja / Catumbi Encheu (Continental)
  • 1952 - Cacimbão / Filho de Mineiro (Continental)
  • 1952 - Filipeta / Olha a Corda (Todamérica)
  • 1952 - Fora do Samba / Nem de Vela Acesa (Continental)
  • 1952 - Mucho Gusto (Continental)
  • 1952 - Nosso Amor / Camponesa (Continental)
  • 1952 - Se Você Me Deixar / A Música Que Eu Não Ouvi (Continental)
  • 1952 - Sua Mulher Vai ao Baile Comigo (Continental)
  • 1953 - A Louca Chegou (Continental)
  • 1953 - Acende A Vela / Calúnia (Continental)
  • 1953 - Baião de São Pedro (Continental)
  • 1953 - É o Maior (Com Trio Madrigal) / Segure Teu Destino (Continental)
  • 1953 - Quando Tu Não Estás / Outono (Continental)
  • 1953 - Renunciei / Vai Fazer Um Mês (Continental)
  • 1953 - Semana Inteira / Caboclo (Continental)
  • 1953 - Você Sabe Muito Bem / Pelo Amor de Deus (Continental)
  • 1954 - A Melhor Fruta da Terra / Ninguém Bebe Por Prazer (Continental)
  • 1954 - Aí Vem a Marinha (Continental)
  • 1954 - Ai! Que Medo / Senhorita (Continental)
  • 1954 - Noite Nupcial / Os Quindins de Iaiá (RCA Victor)
  • 1954 - Os Meus Olhos São Teus / Noite de Chuva (Continental)
  • 1954 - Vaya Com Dios (Com Trio Madrigal) / Parabéns São Paulo (Continental)
  • 1955 - A Água Lava Tudo (Continental)
  • 1955 - Canta Canta Passarinho / Toada de Amor (Continental)
  • 1955 - Chega de Índio / Marcha do Varunca (Continental)
  • 1955 - Deixa Eu, Nego / Canto do Cisne (Continental)
  • 1955 - Em Nome De Deus / Jerônimo (Continental)
  • 1955 - Istambul / Lavadeira (Continental)
  • 1955 Pescador Granfino/Vou Me Acabar (Continental)
  • 1955 - Saudação aos Peregrinos / Nova Canaã (Continental)
  • 1956 - A Ordem do Rei / Vai Com Jeito (Continental)
  • 1956 - Bate o Bife (Continental)
  • 1956 - Brasil Fonte das Artes / Só Não Vejo Você (Continental)
  • 1956 - Fandango / Samba Moderno (Continental)
  • 1956 - Feliz Ano Novo / É Natal (Continental)
  • 1956 - Lembrando Paris / Insensato Coração (Continental)
  • 1956 - Meu Benzinho / Beijar (Continental)
  • 1956 - Não é Só o Luar / Jóia Rara (Continental)
  • 1956 - No Tempo do Vintém / Tarará Tarará (Continental)
  • 1957 - Aqueles Olhos Verdes / Desengano (Continental)
  • 1957 - Arranca Minha Vida / Três Caravelas (Continental)
  • 1957 - Canção das Fãs / Mentirosa (Continental)
  • 1957 - Chora na Lama / Fevereiro (Continental)
  • 1957 - Corre, Corre Lambretinha (Todamérica)
  • 1957 - Mulheres da Terceira Dúzia / Não Há Remédio (Continental)
  • 1958 - Férias de Julho / Canção de Agosto (Continental)
  • 1958 - Flor de Março / Chuvas de Abril (Continental)
  • 1958 - La Machicha / Patrícia (Columbia)
  • 1958 - Noites de Junho / Botões de Laranjeira (Continental)
  • 1958 - Outra Prece de Amor / Cachito (Columbia)
  • 1958 - Primavera no Rio / Em Outubro Vou Pagar (Continental)
  • 1958 - X9 - O Samba Impossível / Resolve (Columbia)
  • 1959 - Amor de Outrora / Renunciei (Columbia)
  • 1959 - Mamãe Eu Vou às Compras / Na Paz de Deus (Columbia)
  • 1959 - Maria das Dores / Serapião (Columbia)
  • 1959 - Menina Direitinha / Vedete (Columbia)
  • 1959 - Meu Santo Antônio / Em Meus Braços (Columbia)
  • 1959 - Não Comprem Este Disco / Fiorim Fiorelo (Columbia)
  • 1960 - A Danada da Saudade / Alguém (Columbia)
  • 1960 - Boa Noite Meu Bem / História da Minha Vida (Columbia)
  • 1960 - Gelo / Marcha do Pintinho (Columbia)
  • 1960 - Me Leva Pro Céu / Intriga (Columbia)
  • 1960 - Pensar... Professor / Qual é o Pó? (Columbia)
  • 1961 - Chora Que Eu Vou Gargalhar / Meu Cavalo Não Manca (Columbia)
  • 1961 - Milhões de Carinhos / Juntinhos é Melhor (Columbia)
  • 1961 - Papai e Mamãe / Demorei (Columbia)
  • 1962 - Alegria de Pobre / É Brasa (Columbia)
  • 1962 - Benzinho / Quero Outra Vez Sentir (Columbia)
  • 1962 - Castigo Meu Amor / Filhinho Querido (Columbia)
  • 1962 - Pó de Mico / E o Bicho Não Deu (Columbia)
  • 1963 - Juro Por Nossa Senhora / É Triste a Minha Canção (Columbia)
  • 1963 - Marcha do Remador / Até o Luar (Columbia)
  • 1963 - Minha Verdade / Choro Com Razão (Columbia)
  • 1963 - Retrato de Cabral / Cuidado Menina (Columbia)
  • 1964 - Menina da Areia / Quando Você Me Apareceu (CBS)

Filmografia
  • 1967 - Carnaval Barra Limpa
  • 1966 - 007 1/2 no Carnaval
  • 1960 - Virou Bagunça
  • 1959 - Garota Enxuta
  • 1959 - Mulheres à Vista
  • 1958 - É de Chuá!
  • 1957 - Garotas e Samba
  • 1957 - Com Jeito Vai
  • 1956 - De Pernas Pro Ar
  • 1956 - Eva no Brasil
  • 1956 - Guerra ao Samba
  • 1956 - Vamos Com Calma
  • 1955 - Trabalhou Bem, Genival
  • 1955 - Carnaval em Marte
  • 1954 - O Rei do Movimento
  • 1954 - O Petróleo é Nosso
  • 1952 - Barnabé, Tu És Meu
  • 1952 - É Fogo na Roupa
  • 1952 - Tudo Azul
  • 1950 - Aviso Aos Navegantes
  • 1950 - Todos Por Um
  • 1949 - Estou Aí
  • 1948 - É Com Este Que Eu Vou
  • 1948 - Folias Cariocas
  • 1948 - Poeira de Estrelas
  • 1947 - Este Mundo é um Pandeiro
  • 1946 - Fantasma Por Acaso
  • 1946 - Segura Esta Mulher
  • 1945 - Não Adianta Chorar
  • 1944 - Romance de um Mordedor
  • 1943 - The Story Of Samba
  • 1943 - Tristezas Não Pagam Dívidas
  • 1942 - Astros em Desfile
  • 1941 - Vamos Cantar
  • 1939 - Banana da Terra

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB
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