Alexandre jardim foi um cantor nascido no dia 27/05/1959.
Alexandre Jardim ficou conhecido como Príncipe Cantor devido ao quadro "Boa Noite Cinderela" do programa Silvio Santos que era apresentado na década de 70.
Alexandre Jardim gravou o single "É Mentira / Uma Garota e Uma Guitarra" em 1979 pela gravadora Copacabana.
Morte
Alexandre Jardim faleceu na sexta-feira, 04/08/1989, aos 30 anos, após sofrer três paradas cardíacas. Ele estava com pneumonia e era portador de AIDS, doença causada pelo vírus HIV.
Paulo Gonçalves foi um ator e dublador nascido em Belém, PA, no dia 04/08/1924.
Paulo Gonçalves começou sua carreira como rádio-ator na Rádio Clube do Brasil. Posteriormente foi para a Rádio Cruzeiro do Sul.
Em 1949, foi para a Rádio Mayrink Veiga, aonde seguiu carreira.
Inicialmente, atuou em peças, como "Assim é o Teatro" (1949), produzido por Dimas Joseph, além de ter participado do programa teatral "Teatro das Três e Meia" (1953).
Paulo Gonçalves depois passou a se dedicar à televisão. Passou vinte anos trabalhando na TV Globo, e só se afastou nesse período por alguns meses. Teve rápida passagem no cinema e no teatro.
Na televisão, Paulo Gonçalves fez vários trabalhos. Começou na TV Globo em 1966 na novela "O Sheik de Agadir" e depois atuou em "Anastácia, a Mulher Sem Destino" (1967).
Em 1968 foi para a TV Rio aonde fez a novela "Acorrentados" (1968).
Em 1969 voltou para a TV Globo onde trabalhou em "A Ponte dos Suspiros" (1969), "Assim na Terra, Como no Céu" (1970), "Bandeira 2" (1971) e o seriado "Caso Especial", produzido e exibida pela TV Globo entre 10/09/1971 e 05/12/1995.
A vida artística de Paulo Gonçalves foi praticamente toda na TV Globo.
Em 1980 afastou-se da TV Globo e foi para a TV Bandeirantes, onde atuou em "Dulcinéa Vai à Guerra" . Voltou para a TV Globo no ano seguinte e atuou em "Terras do Sem Fim" (1981).
No cinema, participou de dois filmes, "Os Herdeiros" (1970) e "Quatro Rodas" (1982).
Paulo Gonçalves foi casado com a cantora do rádio Rosita Gonzalez, conhecida como "A Rainha do Bolero".
Morte
Paulo Gonçalves faleceu na terça-feira, 01/07/1986, aos 61 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de um câncer no pâncreas.
Paulo Gonçalves e sua esposa, a cantora Rosita Gonzales
Pedro Antônio Simeão, mais conhecido como Pedrinho ou ainda Pedrinho Gaúcho, foi um jogador de futebol que atuava como ponta-direita. Pedrinho Gaúcho jogou em times como o Internacional, Atlético Mineiro, Bangu, América, Vasco da Gama, Coritiba e Avaí.
Nascido em Lajeado, RS, Pedrinho Gaúchodeu seus primeiros passos no futebol com a camisa do Colorado em 1973. Com o passar do tempo, fez parte da geração histórica, ao se sagrar tetracampeão gaúcho e, também, campeão brasileiro no Internacional em 1975 e 1976, ao lado de nomes como Manga, Falcão, Valdomiro e Caçapava. O ponta era uma das opções do técnico Rubens Minelli para o decorrer das partidas.
Depois de uma passagem pelo América - SP, desembarcou em outra equipe que entraria para a história, o Atlético Mineiro. Tendo como companheiros João Leite, Luizinho, Toninho Cerezo, Palhinha e Éder Aleixo, conquistaria um tricampeonato Estadual. Além disto, chegaria à decisão do Campeonato Brasileiro de 1980, perdida para o Flamengo.
Depois de uma passagem pelo Coritiba, Pedrinho Gaúcho chegou ao Vasco e voltou a fazer história. No jogo decisivo do Campeonato Carioca, o ponta cobrou escanteio para a área e, no primeiro pau, Marquinho estufou a rede para garantir o triunfo por 1 x 0 sobre o Flamengo.
Pedrinho Gaúcho ainda tem passagem pelo Bangu e encerrou sua carreira no Avaí. Também fez parte do grupo da Seleção Olímpica do Brasil, que disputou as Olimpíadas de Munique em 1972.
Marcelo, Pedrinho Gaúcho e Dreyfus
Morte
Pedrinho Gaúcho faleceu na quarta-feira, 19/06/2019, aos 65 anos, em Porto Alegre, RS. Ele não resistiu a complicações respiratórias devido a uma pneumonia.
Seu corpo foi velado na quinta-feira, 20/06/2019, entre as 18h00 e 23h00, na capela do Sport Club Internacional.
Pedrinho, primeiro jogador agachado depois do massagista, na Seleção Olímpica de 1972
Joaquim Domingos Roriz foi um político brasileiro nascido em Luziânia, GO, no dia 04/08/1936. Foi governador do Distrito Federal por quatro mandatos, ministro da Agricultura e Reforma Agrária nas duas primeiras semanas do governo Fernando Collor e senador, cargo ao qual renunciou em 04/07/2007, após sofrer acusações de corrupção.
Foi casado desde 1960 com Weslian Roriz e tiveram três filhas: Wesliane, Liliane e Jaqueline.
Carreira Política
Vereador de Luziânia, Deputado Federal e Vice-Governador
Joaquim Roriz foi eleito vereador de sua cidade natal nos anos 70. Em 1978 candidatou-se a deputado estadual por Goiás e venceu, sendo o candidato mais votado pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) no Estado.
Foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT) em Luziânia, no ano de 1980.
Já no Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) foi eleito deputado federal em 1982.
Em 1986 venceu a eleição para o cargo de vice-governador de Goiás, na chapa do governador Henrique Santillo.
Prefeito, Governador do Distrito Federal e Ministro
Em 1987, teve breve passagem pela prefeitura de Goiânia, na qualidade de interventor.
Em 1988, o então presidente da República, José Sarney, o nomeou governador do Distrito Federal, na época em que essa Unidade da Federação ainda não elegia o próprio governador, situação chamada popularmente de governo biônico.
Entre 15 de março e 29 de março de 1990, foi ministro da Agricultura e Reforma Agrária no governo de Fernando Collor, renunciando ao cargo para disputar o Governo do Distrito Federal.
Governador do Distrito Federal
Teve sua pretensão novamente ao Distrito Federal contestada pelos adversários sob o argumento de que, como já exercera o mandato há poucos meses do pleito, não poderia concorrer à reeleição para um cargo executivo. Contudo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) validou sua candidatura ao considerar que, no período em que Joaquim Roriz governou o Distrito Federal, o fizera por nomeação e não por eleição.
Em outubro de 1990, foi eleito em primeiro turno pelo extinto Partido Trabalhista Renovador (PTR), após anos filiado ao MDB/PMDB. Na primeira eleição distrital para governador, Joaquim Roriz teve como vice-governadora Márcia Kubitschek, filha de Juscelino Kubitschek.
Em 01/01/1991, data prevista pela Constituição Federal de 1988, o Distrito Federal ganhou autonomia política, tal como as demais Unidades Federativas do país e, nesse mesmo dia, tomaram posse Joaquim Roriz e sua vice, Márcia Kubitschek.
Em 1994, o candidato a governador apoiado por Joaquim Roriz, Valmir Campelo, perdeu as eleições. Com isso, Roriz entregou o governo a Cristovam Buarque, então no Partido dos Trabalhadores (PT).
Joaquim Roriz foi responsável por muitas obras em Brasília, pela fundação de muitas das cidades-satélites. É tido por seus aliados como um grande "Tocador de Obras", como a Ponte JK, vários viadutos e o Metrô de Brasília o qual, em pouco mais de dez anos, consumiu bilhões de reais em recursos e já possui linhas mais extensas que o do Rio de Janeiro.
Seus adversários e a classe média brasiliense o acusam de ter depauperado e favelizado o Distrito Federal, com a distribuição em massa de lotes semi-urbanizados em cidades-satélite, incentivando a forte migração de pessoas de baixa renda, aumentando em mais de um milhão de habitantes a população do Distrito Federal.
Retorno ao Governo do Distrito Federal
Nas eleições de 1998, disputou contra Cristovam Buarque e foi eleito no segundo turno governador pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) , ao lado de Benedito Domingos, do antigo Partido Progressista Brasileiro (PPB), atual Partido Progressista (PP), como vice-governador, em uma eleição ganha por pequena vantagem de votos, 51,26% a 48,74%.
Em 2002 Joaquim Roriz foi reeleito, derrotando no segundo turno Geraldo Magela, do Partido dos Trabalhadores (PT). Roriz venceu mais uma vez, em disputa apertada, e assumiu seu quarto mandato como governador do Distrito Federal.
Após treze anos intercalados como governador do Distrito Federal (1988/1990, 1991/1995, 1999/2006), Joaquim Roriz renunciou em favor de sua vice, Maria Abadia para lançar-se candidato ao Senado Federal pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) em 2006.
Sua sucessora disputou a reeleição pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) com o intuito de permanecer no cargo até 2010, mas foi derrotada no primeiro turno pelo então pefelista José Roberto Arruda.
Senador
Em 2006, se candidatou ao Senado pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e foi eleito em 01/10/2006. Assumiu em 01/02/2007 e renunciou ao cargo em 04/07/2007, após se envolver no escândalo do Banco Regional de Brasília (BRB), escapando do processo de cassação do mandato que poderia deixa-lo 8 anos inlegível. Depois de renunciar, não abandonou a política.
Saída do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB)
Em 24/05/2009, num encontro regional do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), houve um bate boca com seu antigo aliado, o deputado federal Tadeu Filippelli, a quem Joaquim Roriz chamou de "vagabundo" e "mentiroso". A confusão aconteceu quando Tadeu Filippelli resolveu discutir a vida política de Jaqueline Roriz, deputada distrital e filha do ex-governador, filiada ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), ao dizer que ela seria aliada do governador José Roberto Arruda do Democratas (DEM).
No dia 16/09/2009, Joaquim Roriz anunciou sua saída do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e que seria candidato ao Governo do Distrito Federal, filiando-se ao Partido Social Cristão (PSC) em 30/09/2009.
Título de Cidadão Honorário de Brasília
Em 04/08/2015, Joaquim Roriz recebeu o título de Cidadão Honorário de Brasília.
Denúncias de Corrupção
Escândalo do Banco Regional de Brasília (BRB)
Após denúncias oriundas de grampos telefônicos, que pesaram contra ele com relação a recursos do Banco Regional de Brasília (BRB), e pressões de setores políticos, Joaquim Roriz renunciou ao cargo de senador no dia 04/04/2007, ao que parece foi o mandato mais rápido da história do Brasil, deixando um impasse sobre quem seria o próximo a ocupar sua vaga, já que seu primeiro suplente, Gim Argello possuía inúmeras acusações, além do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) agendar para agosto o julgamento sobre crime eleitoral, que poderia cassar a chapa inteira, Roriz e os dois suplentes. No dia 17/07/2007, Gim Argello assumiu, e no mesmo dia foi protocolado um documento contra ele no Senado Federal.
A Operação Aquarela acabou levando para cadeia o ex-presidente do Banco Regional de Brasília (BRB), Tarcísio Franklin de Moura, que presidiu a organização durante os 8 anos de governo de Joaquim Roriz no Distrito Federal.
Durante a sua prisão, a polícia encontrou relógios caros, dinheiro vivo e uma carta do lobista Maurício Sampaio Cavalcanti sobre cobrança de dívidas ao governador Joaquim Roriz. Maurício Sampaio Cavalcanti era diretor da agência de propaganda do Banco Regional de Brasília (BRB), Jimenez & Associados.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios abriu denuncia contra Joaquim Roriz e mais cinco pessoas por improbidade administrativa. O Grupo foi acusado de utilizar o Banco Regional de Brasília (BRB) para simular um transação bancária para repassar dinheiro a Joaquim Roriz em 2007.
O Ministério Público pediu ainda que os investigados devolvessem R$ 223 milhões aos cofres públicos.
Em abril de 2010, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) acatou a denúncia do Ministério Público Federal e Joaquim Roriz foi acusado de desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal.
Operação Caixa de Pandora
Joaquim Roriz teve seu nome envolvido no Escândalo do Mensalão no Distrito Federal, deflagrado a partir da Operação Caixa de Pandora, em 27/11/2009. O noticiário político sustentava a versão de que Durval Barbosa, autor das gravações que incriminariam José Roberto Arruda e seu grupo político, fez as denúncias para beneficiar Joaquim Roriz, com vistas à eleição para governador do Distrito Federal em 2010.
Segundo reportagem do Correio Braziliense de 03/12/2009:
"Uma série de eventos ocorridos nos últimos dois meses criaram a convicção no grupo de José Roberto Arruda de que o ex-governador Joaquim Roriz sabia da investigação da Polícia Federal (PF) que culminou com a Operação Caixa de Pandora."
"Aliados de Roriz vinham criando um clima no meio político de que em breve denúncias graves relacionadas ao governo atual viriam à tona. Também se falava bastante nos bastidores que as fitas gravadas por Durval Barbosa estavam circulando e sendo exibidas a diversas pessoas em salas fechadas."
A mesma matéria informava ainda:
"Há dois meses, o ex-governador deu uma entrevista na qual apontou que Arruda não seria candidato à reeleição. Ele chegou a declarar que sabia o motivo, mas não poderia revelar. Pessoas próximas do ex-governador relatam que seus aliados mais próximos ofereceriam uma sessão das fitas comprometedoras com bastante desenvoltura. E garantiam que em breve o material viria a público. O próprio Roriz afirmou que em breve mudaria a história política da cidade."
"Um dia antes da ação da Polícia Federal, Roriz disse a um grupo de interlocutores, num jantar na casa do Pastor Ricardo Espíndola, que a política do Distrito Federal sofreria em breve um forte abalo e um revés. Ele não deu detalhes, mas estava confiante sobre as chances reais de ver seu adversário político abatido por acusações graves que seriam apresentadas publicamente."
Acusação de Pagamento de Propina
Em depoimento ao Ministério Público, o ex-governador José Roberto Arruda disse que Joaquim Roriz teria pago propina para não ser denunciado pela Justiça.
Lei da Ficha Limpa
Impugnação da Candidatura ao Governo do Distrito Federal
No dia 04/08/2010, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Distrito Federal negou por 4 votos a 2 a candidatura de Joaquim Roriz ao Governo do Distrito Federal, com base na Lei da Ficha Limpa. Em 2007, Joaquim Roriz renunciou ao mandato de senador para escapar da cassação por quebra de decoro parlamentar do Conselho de Ética do Senado.
No 25/08/2010, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou o suposto esquema de corrupção no Governo do Distrito Federal aprovou o relatório que pedia o indiciamento dos ex-governadores Joaquim Roriz (PSC) e José Roberto Arruda (Sem Partido), além de outras 20 pessoas. No mesmo dia o Ministério Público Eleitoral encaminhou o parecer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em que o mesmo se manifestava contra a liberação da candidatura de Joaquim Roriz.
No dia 31/08/2010, por seis votos a favor e um contra, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o pedido da candidatura de Joaquim Roriz (PSC) ao Governo do Distrito Federal.
No dia 09/09/2010, o ministro Carlos Ayres Britto do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou uma reclamação apresentada pela defesa de Joaquim Roriz, candidato do Partido Social Cristão (PSC) ao Governo do Distrito Federal que teve seu pedido de candidatura negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em sessão inédita ocorrida no dia 23/09/2010 o Supremo Tribunal Federal (STF) com votos dos 10 ministros, o quorum da casa no total é de onze membros, deixou empatada a decisão cabendo ao tribunal escolher entre 3 alternativas que beneficiaria ou não Joaquim Roriz entre outros:
Empate: Beneficiaria a Lei da Ficha Limpa;
Escolha de um novo ministro pelo presidente da república após as eleições;
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) poderia utilizar um segundo voto conforme estatuto regimental interno do tribunal, desempatando e promulgando seu resultado
Desistência da Candidatura ao Governo do Distrito Federal
Em 24/09/2010, temendo o veredicto do Supremo Tribunal Federal (STF), desistiu de disputar o Governo do Distrito Federal se reunindo com sua assessoria em Brasília, indicando em seu lugar a esposa Weslian Roriz, após avaliar que seria um risco esperar pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a validade da Lei da Ficha Limpa, pois se Joaquim Roriz vencesse em primeiro turno à 3 de outubro poderia não assumir, e se levasse a disputa para o segundo turno não poderia disputar ou não seria possível trocar o candidato.
Morte
Joaquim Roriz faleceu às 7h50 de quinta-feira, 27/09/2018, aos 82 anos, em Brasília, DF, após um choque séptico decorrente de complicações de infecção pulmonar. A informação foi confirmada pela família e pelos médicos.
O velório de Joaquim Roriz começará às 12h00 de quinta-feira, 27/09/2018, no Memorial JK, no centro de Brasília. A data e o horário do sepultamento, no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, ainda não foram confirmados.
Joaquim Roriz estava internado no Hospital Brasília desde 24/08/2018, após sofrer um quadro de pneumonia e febre.
Na quarta-feita, 26/09/2018, o quadro clínico do ex-governador piorou. Segundo familiares, ele sofreu um infarto à tarde e duas paradas cardíacas e respiratórias no fim da noite, além de enfrentar um quadro infeccioso. Nas primeiras horas da noite, um padre foi chamado para ministrar a extrema-unção, ligada à tradição católica.
Nos últimos anos, Joaquim Roriz lidava com diversas doenças crônicas como diabetes, mal de Alzheimer, demência, hipertensão e insuficiência renal.
Ele deixou a esposa, Weslian, as filhas Jaqueline, Liliane e Wesliane, e quatro netos.
Fonte: Wikipédia e G1 #FamososQuePartiram #JoaquimRoriz
Luiz Carlos dos Santos, mais conhecido como Luiz Melodia, foi um ator, cantor e compositor brasileiro nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 07/01/1951. Era filho do sambista e compositor Oswaldo Melodia, de quem herdou o nome artístico.
Luiz Melodia nasceu no Morro do Estácio, bairro da cidade do Rio de Janeiro. Filho de Oswaldo e Eurídice, descobriu a música ao ver o pai tocando em casa:
"Fui pegando a viola dele, tirando uns acordes, observando. Ele não deixava eu pegar a viola de 4 cordas que era uma relíquia, muito bonita, onde eu aprendi a tocar umas coisas!"
Apesar da precoce afinidade com a música, Luiz Melodia acabou contrariando seu pai, que sonhava vê-lo um "doutor" formado:
"Ele não apoiava, não adiantou coisíssima alguma, até porque as coisas foram acontecendo. Depois ele veio a curtir para caramba, quando ele faleceu, perdi um grande fã!"
Luiz Melodia começou sua carreira musical em 1963 com o cantor Mizinho, ao mesmo tempo em que trabalhava como tipógrafo, vendedor, caixeiro e músico em bares noturnos.
Em 1964 formou o conjunto musical Os Instantâneos, com Manoel, Nazareno e Mizinho.
Depois de abandonar o ginásio Luiz Melodia passou a adolescência compondo e tocando sucessos da Jovem Guarda e bossa nova, com o grupo Instantâneos formado com amigos. Essa experiência, juntamente com a atmosfera em que vivia, do tradicional samba dos morros cariocas, resultaram em uma mescla de influências que renderam a Luiz Melodia um estilo único. Logo acabou por chamar atenção de um assíduo frequentador do Morro do Estácio, o poeta Waly Salomão e de Torquato Neto.
Através de Waly Salomão, Gal Costa acabou conhecendo um de seus compositores prediletos, resultando na gravação de "Pérola Negra" no disco "Gal a Todo Vapor" (1972). Pouco depois era vez de "Estácio, Holly Estácio", ganhar sua interpretação na voz de Maria Bethânia. Foi nesta época que o artista assumiu então o nome de Luiz Melodia, apropriando o sobrenome artístico de seu pai Oswaldo, e lançou no ano seguinte , 1973, seu primeiro e antológico disco "Pérola Negra".
Sua postura porém, mantinha a mesma irreverência e inquietude, do garoto que tocava Iê-Iê-Iê nos berços de samba carioca, que lhe rendeu um estilo musical inconfundível, assim como críticas que o consideravam um artista "maldito", ao lado de nomes como Fagner e João Bosco, por exemplo.
"Não éramos pessoas que obedeciam. Burlávamos, pode-se dizer assim, todas as ordens da casa, da gravadora. Rompíamos com situações que não nos convinham. Sempre acreditei naquilo que fiz e faço!"
(Luiz Melodia)
Sua carreira acabou por consolidar-se no disco seguinte, "Maravilhas Contemporâneas" (1976), popularizado pela canção "Mico de Circo", que seria gravado em seu retorno ao Rio de Janeiro.
Nas décadas seguintes, Luiz Melodia lançou diversos álbuns e realizou shows, inclusive internacionais.
Em 1987 apresentou-se em Chateauvallon, na França e em Berna, Suíça, além de participar em 1992 do III Festival de Música de Folcalquier, na França, e em 2004 do Festival de Jazz de Montreux à beira do lago Lemán, onde se apresentou no auditório Stravinski, palco principal do festival.
Já conhecido do público e tendo alcançado seu espaço no cenário da Música Popular Brasileira, Luiz Melodia lançou "Nós" (1980), incluindo "Codinome Beija-Flor".
No disco seguinte, "Relíquias" (1985), fez uma releitura com novos arranjos para sucessos como "Ébano" e "Subanormal".
No registro intimista intenso de "Acústico - Ao Vivo" (1999), em que Luiz Melodia passeia novamente por sua obra, agora através da espontaneidade de um disco gravado ao vivo durante sua turnê nacional, considerado sucesso de público e crítica.
Década de 70
Em 1972, sua música "Pérola Negra" foi gravada por Gal Costa no LP "Gal a Todo Vapor", através dos poetas-compositores Waly Salomão e de Torquato Neto, que o ouviram no bairro carioca do Estácio, onde morava o compositor. Nesse mesmo ano, Maria Bethânia gravou sua composição "Estácio, Holly Estácio".
Em 1973, lançou o primeiro LP, "Pérola Negra", registrando suas composições "Magrelinha", "Estácio, Holly Estácio", "Vale Quanto Pesa", "Farrapo Humano", entre outras.
Dois anos depois, em 1975, foi finalista do Festival Abertura, da TV Globo, com a música "Ébano".
Em 1976 sua música "Juventude Transviada" foi incluída na trilha sonora da novela "Pecado Capital" da TV Globo e gravada no seu LP "Maravilhas Contemporâneas".
Ainda nos anos 1970, quando começou a ser mais conhecido, participou do Projeto Pixinguinha, dividindo o palco com Zezé Motta.
No ano de 1978 gravou o LP "Mico de Circo".
Décadas de 80 e 90
Na década de 80 lançou os LPs "Nós" (1980), "Felino" (1983), "Claro" (1985) e "Pintando o Sete" (1989). Este último incluiu um de seus maiores sucessos, "Codinome Beija-Flor" (Cazuza, Ezequiel Neves e Reinaldo Arias.
Em 1991, gravou "Codinome Beija-Flor" para a trilha sonora de "O Dono do Mundo", novela da TV Globo.
No ano de 1995 lançou o CD "Relíquias", e fez participação especial no CD "Guitarra Brasileira", de Renato Piau, no qual interpretou "Me Beija" (Luiz Melodia, Renato Piau e Tureko). No disco também interpretou "Fadas" (Luiz Melodia).
Em 1997 lançou o CD "14 Quilates".
Em 1998, participou do disco-homenagem "Balaio do Sampaio", de Sérgio Sampaio, produzido por Sérgio Natureza, no qual interpretou a faixa "Cruel" (Sérgio Sampaio).
Em 1999, lançou "Luiz Melodia: Acústico, Ao Vivo", gravado no Teatro Rival, no Rio de Janeiro, com a participação de Renato Piau (violão de aço e náilon) e Perinho Santana (violão de náilon e guitarra). Interpretou também músicas de outros compositores, como Zé Kéti e Hortêncio Rocha na faixa "Diz Que Fui Por Aí".
2000 - 2006
No ano 2000 realizou o mesmo show no Garden Hall, no Rio de Janeiro.
Em 2001, lançou o CD "Retrato do Artista Quando Coisa", com arranjos de cordas e sopros. O disco, produzido pelo guitarrista Perinho Santana, com arranjos sofisticados de sopros e cordas na maioria das faixas, contou com a participação de Ricardo Silveira (guitarra) e Luiz Alves (baixo acústico). No repertório incluiu suas composições "Feeling da Música" (Luiz Melodia, Ricardo Augusto e Hyldon), "Gotas de Saudade" (Luiz Melodia e Perinho Santana), "Lorena" (Luiz Melodia, Renato Piau e Mahal), que contou com a participação de seu filho Mahal, "Brinde" (Luiz Melodia e Ricardo Augusto), "Esse Filme Eu Já Vi" (Luiz Melodia e Renato Piau), "Perdido" (Luiz Melodia e Cara Feia), "Boa Atmosfera" (Luiz Melodia e Cara Feia), "Quizumba" (Luiz Melodia e Cara Feia), e a faixa-título, sobre versos de Manoel de Barros, além de "Otimismo" (Célio José e Marize Santos), "Levanta a Cabeça" (Ivan Nascimento e Osvaldo Nunes), "Sempre Comigo" (William Duba e Anísio Silva) e "Poderoso Gangster" (Guida Moira).
Lançou no ano de 2002 o CD e o DVD "Luiz Melodia Convida - Ao Vivo", gravado no Pólo Cine Vídeo, no Rio de Janeiro, com a participação de Zeca Pagodinho, Zezé Motta e Luciana Mello, entre outros artistas. O CD ganhou como faixa bônus "Presente Cotidiano", dueto com Gal Costa gravado em estúdio.
Apresentou-se, em 2005 no Parque dos Patins, no Rio de Janeiro, dentro do projeto Vivo na Lagoa. Neste mesmo ano participou do CD "Um Pouco de Mim - Sérgio Natureza e Amigos", no qual interpretou "Vela no Breu" (Paulinho da Viola e Sérgio Natureza).
Em 2006, apresentou-se no Teatro Rival BR, no Rio de Janeiro e foi capa da revista Carioquice, editada pelo Instituto Cultural Cravo Albin. Neste mesmo ano, ao lado de Eudes Fraga, Wanda Sá e Claudia Telles, participou do CD "Par ou Ímpar", de Marcelo Lessa e Paulinho Tapajós, no qual interpretou a faixa "Veludo Azul".
MTV 2008 - Estação Melodia MTV
Há sete anos, Luiz Melodia acalentava a ideia de um projeto sobre samba. Paralelo a isso, em meados de 2006, o cantor foi convidado para fazer um show especial em comemoração aos 70 anos do Teatro Rival, no Rio de Janeiro. Focado em sambas de várias épocas, o espetáculo seria o embrião, por assim dizer, do disco "Estação Melodia", cujo repertório é a base do espetáculo que originou estes CD, DVD e programa Especial MTV.
No carnaval de 2016, o repertório foi fechado e um desejo antigo começava a se delinear. Assim, cinco anos depois de seu último CD em estúdio, Luiz Melodia voltava à cena com um trabalho de interpretação, que não deixa, em última instância, de ser também de composição: a assinatura que o cantor imprime às canções é tão particular, que perpassa a nítida impressão de co-autoria.
Álbum Zerima (2014)
Em 2011 participou do quarto disco solo do titã Sérgio Britto, lançado em setembro de 2011, "Purabossanova".
Em 2013 apresentou-se no Teatro Rival, no Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, foi lançada a caixa "Três Tons de Luiz Melodia", contendo três álbuns gravados pelo cantor em três décadas diferentes: "Pérola Negra" (1973), "Felino" (1983) e "Pintando o Sete" (1991).
Em 2014 lançou em show no Teatro Rival BR, no Rio de Janeiro, o CD "Zerima", seu 13º disco solo. Há 13 anos sem um disco de inéditas, Luiz Melodia voltou ao seu típico gênero musical. O samba e outras bossas, ouvido nas 14 faixas é tão pessoal e intransferível quanto sua ótima qualidade vocal.
Cheio da classe e do suingue habituais, Luiz Melodia apresenta novas composições como "Cheia de graça" (Luiz Melodia), cujos versos "o desejo é fera que devora" dão a tônica amorosa que perpassa o trabalho. Um amor dolente com jeito de fossa, como em "Dor de Carnaval" (Luiz Melodia), que conta com a participação especial da cantora e compositora paulista Céu.
Prêmios
Em 2015 ganhou o Prêmio Música Popular Brasileira na Categoria MPB - Canção Popular - Melhor Cantor pelo disco "Zerima". Neste mesmo ano fez turnê de lançamento do CD "Zerima", por Belo Horizonte, Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, em show no Circo Voador, na Lapa, zona boêmia da cidade.
Morte
Luiz Melodia morreu na madrugada de sexta-feira, 04/08/2017, por volta das 5h00, aos 66 anos. Luiz Melodia lutava contra um câncer na medula. Ele chegou a ser submetido a um transplante. O câncer voltou e o estado de saúde do cantor se agravou bastante na última quinta-feira, 03/08/2017.
O hospital Hospital Quinta D'Or em que Luiz Melodia faleceu informou através de uma nota:
"A direção do Hospital Quinta D'Or informa que Luiz Carlos dos Santos, o cantor Luiz Melodia, faleceu na madrugada desta sexta-feira, 04/08 em decorrência do agravamento do câncer de medula óssea, que estava em tratamento no Centro de Oncologia da unidade"
O velório ocorrerá na sexta-feira, 04/08/2017, a partir das 18h00, aberto ao público, na quadra da Escola de Samba Estácio de Sá, na Cidade Nova, Zona Central do Rio de Janeiro. O sepultamento acontecerá às 10h00 de sábado, 05/08/2017, no Cemitério do Catumbi, Zona Norte do Rio de Janeiro.
Luiz Melodia foi casado com a cantora, compositora e produtora Jane Reis de 1977 até sua morte, e era pai do rapper Mahal Reis.
Dick Farney foi um cantor, pianista e compositor brasileiro nascido no Rio de Janeiro, no dia 14/11/1921. Aprendeu lições de piano ainda na infância, quando começou a estudar música erudita com o pai, enquanto a mãe lhe ensinava noções de canto.
Apresentou-se, os 14 anos, na Rádio Mayrink Veiga, no programa "Picolino", de Barbosa Júnior, quando executou ao piano a "Dança Ritual do Fogo", do compositor espanhol Manuel de Falla (1876-1946).
Depois veio o interesse pela música norte-americana e tornou-se pianista do conjunto "Swing Maníacos", ao lado do irmão Cyll Farney, que era baterista. O "Swing Maníacos" acompanhou Edu da Gaita na gravação de "Canção da Índia", do compositor russo Nikolay Rimsky-Korsakov.
Em 1937 estreava como cantor na Rádio Cruzeiro do Sul, interpretando "Deep Purple" (David Rose). No ano seguinte, foi para a Rádio Mayrink Veiga, onde cantava músicas norte-americanas, acompanhando-se ao piano.
Na década seguinte, apresentou-se no Cassino da Urca, como integrante da orquestra de Carlos Machado, e em muitas casas noturnas do Rio de Janeiro e de São Paulo, como pianista e crooner.
Em 1946 lançou sua primeira gravação de sucesso, o samba-canção "Copacabana" (João de Barros e Alberto Vieira).
Dick Farney participou de vários filmes da era pré-chachadas, entre eles "Somos Dois" (1950), de Milton Rodrigues, "Carnaval Atlântida" (1952), de José Carlos Burle e "Perdidos de Amor" (1953), de Eurides Ramos.
Em 1959 passou a apresentar, na TV Record de São Paulo, o programa "Dick Farney Show", e foi uma das estrelas da inauguração da TV Globo do Rio de Janeiro em 1965, onde fez o programa "Dick e Betty 17", ao lado de Betty Faria, durante seis meses.
Dick Farney foi proprietário das boates Farney´s e Farney´s Inn, ambas em São Paulo.
Em 1971 formou um trio com Sabá (Contrabaixo) e Toninho Pinheiro (Bateria).
Entre 1973 a 1978 tocava piano e cantava na boate Chez Régine, em São Paulo.
Depois de uma carreira brilhante acompanhado de um repertório inesquecível e, ao longo de 47 anos de atividades artísticas, gravou 29 LPs, especialmente a partir da década de 40, faleceu aos 65 anos em São Paulo, SP, no dia 04/08/1987, vitimado por um edema pulmonar.
George Otto foi um ator brasileiro nascido em Sorocaba, SP, no dia 20/02/1955. Tornou-se conhecido por seus trabalhos em telenovelas na TV Globo e no SBT.
George Otto teve apenas uma participação no cinema, no filme "Maldita Coincidência", de 1979.
George Otto faleceu pouco tempo depois de concluir sua participação em "Meu Bem, Meu Mal" (1990). Ele teve um infarto fulminante aos 36 anos de idade e nem teve tempo de ser socorrido, no dia 04/08/1991.
Ele teve apenas uma esposa e deixou só uma filha, de nome Stephanie. Na ocasião de sua morte, a menina estava com pouco mais de três anos de idade.
Sua filha Stephanie, e que era dona de uma comunidade no Orkut em sua homenagem, deixou um depoimento que aqui está transcrito na íntegra:
"Ele nasceu em Sorocaba, interior de São Paulo em 20/02/1955, teve uma única filha, e uma única mulher, faleceu quando eu tinha de 3 para 4 anos de idade, com 36 anos, em uma de suas ponte aéreas para São Paulo. Morreu dia 04/081991, de um infarto fulminate durante a noite, sem tempo de chegar ao hospital, em São Caetano do Sul, no Grande ABC."
Trabalhos
1990 - Meu Bem, Meu Mal
1989 - Cortina de Vidro ... Nicolau
1989 - O Salvador da Pátria ... Roberto
1988 - Fera Radical ... Rafael Mendes
1987 - Helena ... Peter
1987 - Anarquistas, Graças a Deus ... Terruccio Celentano
Considerado um dos mais talentosos compositores de samba, para muitos o maior da primeira fase do samba carioca.
Filho de um pintor, admirador dos grandes chorões da época, foi estimulado pela família a estudar flauta, piano e violão.
Casou-se cedo, aos 17 anos, com a portuguesa Henriqueta Ferreira, tendo que labutar para sustentar os três filhos. Em fins da primeira década do século passado, tornou-se pianista profissional, animando os bailes de agremiações dançantes, como o "Dragão Clube Universal" e o "Grupo Dançante Carnavalesco Tome a Bença da Vovó". Não perdia nenhuma roda de samba na casa da baiana Tia Ciata, onde encontrava os também sambistas Germano Lopes da Silva, João da Mata, Hilário Jovino Ferreira e Donga.
Ficou surpreso quando Donga, em 1917, registrou como sendo dele (em parceria com Mauro de Almeida) o samba carnavalesco Pelo Telefone, que na casa da Tia Ciata todos cantavam com o nome de O Roceiro. A canção, que até hoje é motivo de discussões, gerou uma das maiores polêmicas da história da música brasileira, com vários compositores, entre eles Sinhô, reividicando sua autoria. Para alimentar a polêmica, compôs, em 1918, Quem São Eles, numa clara provocação aos parceiros de Pelo Telefone. Acabou levando o troco. Exclusivamente para ele, foram compostas Fica Calmo que Aparece, de Donga, Não és tão falado assim, de Hilário Jovino Ferreira, e Já Te Digo, de Pixinguinha e seu irmão China, que traçaram-lhe um perfil nada elegante: ("Ele é alto e feio/ e desdentado/ ele fala do mundo inteiro/ e já está avacalhado..."). Pagou a ambos com a marchinha O Pé de Anjo, primeira composição gravada com a denominação marcha.
O gosto pela sátira lhe trouxe alguns problemas mais sérios, quando compôs "Fala Baixo", em 1921, um brincadeira com o presidente Artur Bernardes. Teve de fugir para casa de sua mãe para não ser preso. Cultivou a fama de farrista, promovendo grandes festas em bordéis, o que não o impediu de ganhar o nobre título de "O Rei do Samba" durante a Noite Luso-Brasileira, realizada no Teatro da República, em 1927.
Durante o ano de 1928, ministrou aulas de violão a Mário Reis, que se tornaria o seu intérprete preferido e que lançaria dois dos seus maiores sucessos: Jura e Gosto Que Me Enrosco. Compôs o último samba, O Homem da Injeção, em julho de 1930, um mês antes de sua morte, no entanto a letra e a melodia deste samba desapareceram misteriosamente, não chegando ao conhecimento do público.
Morte
Morreu na cidade do Rio de Janeiro, aos 41 anos, a bordo da velha barca que fazia a travessia entre a Ilha do Governador e o Cais Pharoux. Conta-se que sua última companheira queimou tudo o quanto lhe pertencia e vendeu seu violão gravado em madrepérola. Historiadores dizem que ele foi um dos poucos que deram à luz ao genuíno samba, saindo da semelhança com a polca que tinha até então. Sua obra é considerada a crônica viva da cidade do Rio de Janeiro de sua época.
Composições
- Achou Ruim Faz Meio Dia
- Ai Uê Dendê
- A Favela Vai Abaixo
- A Medida do Senhor do Bonfim
- Alegrias de Caboclo
- Alivia Estes Olhos (Eu Queria Saber)
- Alô Samba
- Alta Madrugada - Adão Na Roda
- Amar A Uma Só Mulher
- Amor de Poeta
- Amor Sem Dinheiro
- Amostra A Mão
- Ao Futebol
- Aos Pés de Deus
- Ave de Rapina
- Beijo de Colombina
- Bem Que Te Quero
- Benzinho
- Bem Te Vi
- Black Time
- Bobalhão
- Bofe Pamin DGE
- Burro de Carga (Carga de Burro)
- Burucuntum (sob o pseudônimo J. Curangy)
- Cabeça de Promessa
- Cabeça é Ás
- Cabecha Inchada
- Cada Um Por Sua Vez
- Cais Dourado
- Câmbio a Zero
- Canção do Ciúme
- Canção Roceira (Casinha de Sapê)
- Caneca de Couro
- Canjiquinha Quente
- Cansei
- Capineiro
- Carinhos de Vovô
- Carta do ABC (Pegue na Cartilha)
- Cassino Maxixe (com letra de Bastos Tigre)
- Cateretê na Poeira
- Cauã
- Chegou a Hora
- Chequerê
- Cocaína
- Como se Gosta
- Confessa, Meu Bem
- Confissão
- Confissões de Amor
- Correio da Manhã
- Corta Saia
- Criaturas (Vou Me Benzer)
- Custe o Que Custar
- Dá Nele
- De Boca em Boca (Segura o Boi)
- Deixe Deste Costume (Maldito Costume)
- Demo Demo
- Deus Nos Livre do Castigo das Mulheres
- Dia de Exame
- Dia de Gazeta
- Disse Me Disse
- Esponjas
- Estás Crescendo e Ficando Bobo
- Eu Ouço Falar (Seu Julinho)
- Fala Baixo
- Fala Macacada
- Fala, Meu Louro
- Falando Sozinho
- Fique Firme
- Força e Luz (com letra de C. Castro)
- Garoto
- Gegê
- Golpe Feliz
- Gosto Que Me Enrosco
- Guitarra
- Hip Hurra
- Iracema
- Já é Demais
- Já Já
- Jura
- Juriti (Por Que Será?)
- Kananga do Japão
- Lei Seca
- Leonor
- Macumba Gegê
- Maitaca
- Mal de Amor
- Maldito Costume
- Meu Brasil
- Meus Ciúmes
- Mil e Uma Trapalhadas (com Wilson Batista)
- Minha Branca
- Minha Paixão
- Missanga (Ô Rosa)
- Mosca Vareja (com letra de Durval Silva)
- Murmúrios
- Não Posso Me Amofinar
- Não Quero Saber Mais Dela (Samba da Favela)
- Não Sou Baú
- Não Te Quero Mais
- Não Tens Futuro
- Nossa Senhora do Brasil
- Ó Mão de Lixa
- O Pé de Anjo
- O Que é Nosso
- Ojaré
- Oju Burucu
- Olhos de Centelha (com J. Costa Júnior)
- Ora Vejam Só
- Os Olhos da Cabocla
- Pé de Pilão
- Pega-Rapaz
- Pegue Seu Bode
- Penosas No Conforto
- Pianola
- Pingo D'Água (talvez seja a mesma Queda D'água)
- Quando A Mulher Quer
- Quando Come Se Lambuza
- Que Vale A Nota Sem O Carinho da Mulher
- Queda D'água
- Quem Fala de Mim
- Quem São Eles?
- Ratos de Raça
- Recordar é Viver (Lembranças da Choça)
- Reminiscência do Passado (Dor de Cabeça)
- Resposta da Inveja
- Sabiá (houve uma segunda versão, com poema de motivo folclórico)
- Sai da Raia
- Salve-se Quem Puder
- Saudades
- Se Ela Soubesse Ler
- Se Meu Amor Me Vê
- Sem Amor
- Sempre Voando
- Sete Coroas
- Só Na Casa Aguiar
- Só Por Amizade
- Sonho de Gaúcho
- Sou da Fandanga (sob o pseudônimo J. Curangy)
- Super-Ale (com Ernesto Silva)
- Tem Papagaio no Poleiro
- Tesourinha
- Tinteiro Virado
- Tirando o Retrato (Oia Ele, Nascimento)
- Três Macacos no Beco
- Tu Maltratas Coração
- Vida Apertada
- Virou Bola
- Viruta & Chicarron
- Viva a Penha
- Volta à Palhoça
Fonte: Wikipédia, www.mpbnet.com.br e www.dec.ufcg.edu.br
☼ Rio de Janeiro, RJ (11/08/1941) ┼ Rio de Janeiro, RJ (04/08/2010)
Joffre Rodrigues foi um ator, cineasta e produtor cinematográfico nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 11/08/1941. Era filho do teatrólogo e escritor Nelson Rodrigues. Joffre Rodrigues começou a carreira no cinema, como ator, ainda que com nove anos, no filme "Somos Dois" (1950), com roteiro de seu pai e com seu tio, Milton Rodrigues, como diretor.
Antes de estrear como diretor, Joffre Rodrigues trabalhou como produtor de filmes baseados na obra de seu pai, como "Bonitinha Mas Ordinária" (1963), "A Falecida" (1965) e "Boca de Ouro" (1990).
Estreou como diretor em 2006 no filme "Vestido de Noiva", baseada na peça homônima de seu pai e tendo como protagonistas Marília Pêra, Simone Spoladore e Letícia Sabatella.
Morte
Joffre Rodrigues faleceu na noite de quarta-feira, 04/08/2010, no Rio de Janeiro, aos 68 anos. Ele estava no hospital por conta de uma cirurgia realizada há duas semanas, em que foram trocadas válvulas no coração, colocadas nos anos 90. O corpo de Joffre Rodrigues foi cremado.