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Nelson Hoineff

NELSON HOINEFF
(71 anos)
Jornalista, Escritor, Crítico de Cinema, Produtor e Diretor de Televisão e Cinema

☼ Rio de Janeiro, RJ (04/09/1948)
┼ Rio de Janeiro, RJ (15/12/2019)

Nelson Hoineff foi um jornalista, produtor e diretor de televisão e cinema, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 04/09/1948.

Nelson Hoineff especializou-se em HDTV e novas tecnologias de distribuição de TV em New York, onde fez seu mestrado e doutorado, e Tóquio. Ele estagiou na produção de conteúdo em HDTV analógico na Nippon Hōsō Kyōkai (NHK), oficialmente em inglês, Japan Broadcasting Corporation, organização nacional de radiodifusão pública do Japão, em 1988.

Além de fundador e por quatro vezes presidente da Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro (ACCRJ), Nelson Hoineff era co-fundador, da Associação Brasileira de Produtores Independentes de Televisão (ABPITV), da qual foi vice-presidente por duas gestões. Participou ainda da fundação do Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro (CPCB). Foi membro do Conselho Consultivo da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura. Foi membro também do Conselho Superior de Cinema da Presidência da República e do Conselho Consultivo do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD)

Diretor de Televisão

Na televisão, Nelson Hoineff, dirigiu o Departamento de Programas Jornalísticos da Rede Manchete e foi diretor de programas jornalísticos no SBT, Rede Bandeirantes, GNT, TV Cultura e TVE do Rio de Janeiro, onde também atuou como consultor de programação.

Entre as séries e programas que dirigiu destaca-se o "Documento Especial". Premiado várias vezes no Brasil, e também em Monte-Carlo e Berlim, foi ao ar em três redes abertas, tornando-se em cada uma um dos líderes de audiência: Rede Manchete (1989-1992), SBT (1992-1995) e Bandeirantes (1996-1997). Ao todo, foram produzidos 430 programas. Entre 2008 e 2010, cerca de 80 programas foram reprisados pelo Canal Brasil, em versões ligeiramente reduzidas de 45 para 30 minutos.

Também dirigiu "Primeiro Plano" (GNT, depois Cultura, sobre as vanguardas artísticas brasileiras), "Programa de Domingo" (Manchete), "Realidade" (Bandeirantes), "Curto-Circuito" (TVE), e inúmeras séries, entre as quais "Celebridades do Brasil" (Canal Brasil), "As Chacretes" (Canal Brasil) e "Vanguardas" (Canal Brasil).

Produtor

Como produtor, Nelson Hoineff, realizou em 2000 o primeiro filme brasileiro inteiramente gravado, editado e exibido em alta definição: "Antes: Uma Viagem Pela Pré-História Brasileira". Exibido durante todo o ano de 2000 na Mostra do Redescobrimento, "Brasil+500", no Ibirapuera, São Paulo, foi visto por mais de 1,8 milhão de pessoas. Para tal exibição, criou, com Marcello Dantas, o Cinecaverna, um cinema digital temático em forma de caverna para 450 espectadores, que se constituiu em um dos 14 módulos da exposição.

Em 2012, produziu e fez a supervisão geral da série "Trash!", dirigida por Cristian Caselli, para o Canal Brasil; a série "Marcados Para Morrer", dirigida por Luis Santoro, para a TruTV; a série "Teoria da Conspiração", dirigida por Daniel Camargo e Lúcio Fernandes, para a TruTV. No mesmo ano, iniciou a produção das séries "Televisão e Grandes Autores" e "A Televisão Que o Brasil Está Pensando", ambas para a TV Brasil/EBC, idealizadas pelo Instituto de Estudos de Televisão.

Em 2013, produziu a série "Cinema de Bordas", dirigida por Leonardo Luiz Ferreira para o Canal Brasil.

Ao todo, dirigiu mais de 700 documentários, seja na forma de séries de televisão, produtos isolados para televisão ou filmes de longa-metragem. Dentre os feitos especialmente para televisão, figuram: "O Século de Barbosa Lima Sobrinho", "TV Ano Zero", "O Filtro da Imprensa", "Nilo Machado - Um Cineasta Brasileiro" e "Timóteo, Política e Paixão".

Para o "Retratos Brasileiros" foi também produtor e supervisor-geral de "Antonio Meliande - Pau Pra Toda Obra", dirigido por Daniel Camargo em 2011, "Boca do Lixo", também dirigido por Daniel Camargo, em 2012, "Trash!" e "Cinema de Bordas".

Diretor de Cinema

Seu primeiro documentário de longa-metragem foi "O Homem Pode Voar", sobre a obra de Alberto Santos-Dumont, que teve como roteirista o físico brasileiro Henrique Lins de Barros.

Dirigiu ainda "Alô, Alô, Terezinha!", exibido inicialmente no Festival de Cinema do Recife em 2009, onde levantou os prêmios de Melhor Filme do júri oficial, Melhor Filme do júri popular, Melhor Montagem e o Troféu Gilberto Freire. Lançado em 30/10/2009, foi um dos indicados ao prêmio de Melhor Documentário do Ano da Academia Brasileira de Cinema.

Também dirigiu "Caro Francis", sobre Paulo Francis, um dos maiores jornalistas brasileiros, filmado no Rio de Janeiro, São Paulo e New York. Foi lançado em DVD durante a entrega do Prêmio Esso de Jornalismo no Rio de Janeiro. A versão para cinema, ligeiramente modificada, foi exibida pela primeira vez no Festival de Cinema de Paulínia, em julho de 2009, onde conquistou o prêmio de Melhor Documentário pelo Júri do Público. O filme foi também exibido no Festival do Rio e na Mostra Internacional de São Paulo de 2009. Foi exibido em outras mostras antes de ser lançado nacionalmente em 08/01/2010.

Em 2013, terminou "Cauby - Começaria Tudo Outra Vez", sobre o cantor Cauby Peixoto. O filme foi lançado nacionalmente em 28/05/2015, e ficou 16 semanas em cartaz, um recorde para documentários independentes.

Em março de 2014, iniciou a produção de um novo documentário de longa-metragem, "82 Minutos", sobre os preparativos do Carnaval da Portela para 2015. O filme foi concluído em maio de 2015. Foi convidado para participar do Festival Internacional de Programas Audiovisuais (FIPA), em Biarritz, França, em janeiro de 2016, e foi lançado nacionalmente no segundo semestre de 2016.

Seu mais recente longa-metragem, "Eu, Pecador", baseia-se no cantor, compositor e político Agnaldo Timóteo, e tem lançamento previsto para 2019.

Seus documentários são comumente exibidos em festivais, como Festival do Rio, Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Festival Internacional de Brasília, Vitória Cine Video, dentre outros.

Outras Atividades

Nelson Hoineff foi editor-executivo do Jornal do Brasil, além de ter passado, como editor, redator, colunista ou articulista, por veículos como Veja, O Globo, Folha de S.Paulo, Bravo!, Última Hora, Diário de Noticias, O Jornal, O Cruzeiro, Observatório da Imprensa, entre muitos outros.

No Jornal do Brasil e no Observatório da Imprensa publicou mais de 800 artigos sobre televisão, políticas do audiovisual e cultura brasileira. Foi editor-chefe dos Cadernos de Televisão, revista quadrimestral sobre estudos avançados de televisão, publicada pelo Instituto de Estudos de Televisão (IETV).

Como crítico de cinema, atuou desde 1968 em veículos como O Jornal, Diário de Noticias, Última Hora, O Cruzeiro, Manchete, Filme Cultura, O Globo, IstoÉ, Veja, A Noticia, O Dia, Jornal do Brasil e criticos.com, entre outros. Foi crítico e correspondente no Brasil do Variety, dos Estados Unidos.

No início da carreira, teve passagem pela imprensa esportiva, como repórter, redator e editor de esportes no O Jornal e Última Hora, para onde cobriu a Copa do Mundo de 1974. Nesses veículos e em outros, foi editor de cultura, editor internacional, secretário de redação e editor-chefe.

Autor de vários livros sobre televisão, muitos deles antecipando em anos o advento de novas tecnologias, descrevendo-as e discutindo o seu futuro impacto sobre o meio. Neste caso figuram "TV em Expansão - Novas Tecnologias, Segmentação, Abrangência e Acesso na Televisão Moderna" (ed. Record) onde, ainda no final dos anos 80, discutia temas como TV por Assinatura, operações satelitais domésticas e TV de Alta Definição (HDTV).

Em "A Nova Televisão - Desmassificação e o Impasse das Grandes Redes" (ed. Relume-Dumará), debatia assuntos como a iminência da convergência de meios e a implantação das plataformas digitais.


Nelson Hoineff foi coordenador do curso de Radialismo (Audiovisual) da Faculdade de Comunicação Helio Alonso (FACHA) e, na mesma instituição, fundou e coordenou da Faculdade de Cinema e Audiovisual, que começou a operar no segundo semestre de 2015. Nelson Hoineff  lecionou durante 30 anos na instituição, deixando-a em 2017.

Lecionou também Televisão Digital em MBAs da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Universidade Cândido Mendes, ambas no Rio de Janeiro. Antes disso, foi professor de jornalismo na Sociedade Barramansense de Ensino Universitário (SOBEU).

Em 2001, Nelson Hoineff  criou o Instituto de Estudos de Televisão (IETV), do qual foi presidente. O Instituto promove eventos permanentes como o Festival Internacional de Televisão, o Fórum Internacional de TV Digital e o Seminário Esso-IETV de Telejornalismo. Também em 2001, foi curador de uma grande retrospectiva de Nam June Paik no Oi Futuro, no Rio de Janeiro, eleito pelo Jornal do Brasil como uma das dez melhores exposições no Rio daquele ano.

Nelson Hoineff criou em 2007 séries em episódios para celulares: "E aí, Dr Py?", "Por Onde Andam As Chacretes" e "É Com Você, JP".

Em 2011 realizou, também para o Canal Brasil, a série de quatro episódios "As Vanguardas", sobre as vanguardas brasileiras contemporâneas. No mesmo ano dirigiu o média-metragem "Primeiro Mundo", e foi supervisor-geral do documentário "Hijas del Monte", sobre a vida das mulheres que abandonam as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), dirigido por Patrizia Landi.

Entre mais de 50 júris em que teve participação, figuram os do Prêmio Esso de Telejornalismo, Festival Internacional de Televisão de Monte-Carlo, Festival Internacional de Cinema de Tel-Aviv, júri da Fipresci no Festival Internacional de Cinema de Berlim, Festival Internacional de Cinema de Londres (presidente), Festival Internacional de Documentários de Yamagata, Festival Internacional de Documentários de Amsterdã (presidente), Festival Internacional de Cinema de Sochi, além de vários festivais brasileiros, como os do Rio de Janeiro, Gramado, Brasília, Fortaleza, Recife, Florianópolis, Goiânia e muitos outros.

Morte

Nelson Hoineff faleceu no domingo, 15/12/2019, aos 71 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de complicações causadas pelo diabetes.

O sepultamento ocorreu na segunda-feira, 16/12/2019, no Cemitério Israelita do Caju.

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #NelsonHoineff

Rogéria

ASTOLFO BARROSO PINTO
(74 anos)
Atriz, Maquiadora, Transexual e Vedete

☼ Cantagalo, RJ (25/06/1943)
┼ Rio de Janeiro, RJ (04/09/2017)

Rogéria, nascida Astolfo Barroso Pinto, foi uma atriz e transformista brasileira. Foi maquiadora na extinta TV Rio e vedete. Morou no exterior, apresentando vários shows, e em 1979 recebeu o Troféu Mambembe, pelo espetáculo que fez ao lado de Grande Otelo.

Rogéria nasceu em Cantagalo, no interior do Estado do Rio de Janeiro, no dia 25/06/1943, a mesma cidade de outra figura célebre - como declarou: "Em Cantagalo, nasceu a maior bicha do Brasil, no caso eu, e o maior macho do Brasil, Euclides da Cunha".

Desde sua infância tinha consciência da homossexualidade e na adolescência virou transformista e assumiu uma carreira de maquiadora. Antes disso, virou figura assídua no auditório da Rádio Nacional, particularmente nos programas estrelados pela cantora Emilinha Borba e de quem era fã incondicional.

Ao vencer um concurso de fantasias no carnaval de 1964, tentaram renomeá-la de Astolfo, "que fazia demais a 'linha executivo'", para Rogério, que levou o público a gritos de Rogéria, inspirando o nome artístico dela.


Rogéria começou sua carreira como maquiadora da TV Rio, e ao conviver com inúmeros atores célebres teve o que descreveu como equivalente de uma estadia no Actors Studio, sendo estimulada a interpretar. Sua estreia ocorreu em 29/05/1964, em um notório reduto gay de Copacabana, a Galeria Alaska.

Na televisão, participou do programa de Chacrinha e atuou como repórter do "Viva a Noite", programa de auditório, em 1986. Depois, vieram participações na novela "Tieta" (1989), em "Sai de Baixo" (1997), "Brava Gente" (2001), "Desejo de Mulher" (2002), entre outras produções audiovisuais.

No cinema, a atuação começou na década de 60. Ela estreou em 1968 com "Enfim Sós... Com o Outro", no qual interpretou o personagem Glorinha. Outros filmes contaram com a participação da atriz: "O Homem Que Comprou o Mundo" (1968), "O Sexualista" (1975), "Vestido Dourado" (2000), "Copacabana" (2001), dentre outros. 


A participação mais recente no cinema ocorreu sob direção da atriz e cineasta Leandra Leal, no filme "Divinas Divas" (2016), inspirado em um espetáculo encenado por Rogéria ao lado de Camille K e transformistas desde 2004. O documentário venceu a categoria no Festival do Rio de 2016, pelo voto popular.

Rogéria foi coreógrafa da comissão de frente da Escola de Samba São Clemente, representando Maria, a Louca, num enredo que tratava dos 200 anos da vinda da família real ao Brasil. Em sua passagem, foi recebida com carinho pelo público.

Em 2016, lançou sua biografia "Rogéria - Uma Mulher e Mais Um Pouco", de Marcio Paschoal.

De voz grave, sem papas na língua e reconhecida pela expressividade, Rogéria se dizia satisfeita com o órgão sexual masculino e se mostrava avessa a fazer uma operação para troca de gênero. Bem-humorada, se dizia "o travesti da família brasileira", uma forma de ironizar o preconceito e o moralismo característicos da formação cultural do país. 

Teatro

Foram muitas as incursões de Rogéria nos palcos do Brasil e do mundo. Foi vedete de Carlos Machado e em 1979 ganhou o Troféu Mambembe por uma peça que fazia com Grande Otelo.

Em fevereiro de 1976, participou de um espetáculo chamado "Alta Rotatividade", comédia na qual contracenava com a atriz Leila Cravo e os atores Agildo Ribeiro e Ary Fontoura.

No ano de 2007, estreou o espetáculo "7, O Musical", sob a direção de Charles Möeller e Cláudio Botelho. No espetáculo, atuou ao lado de Zezé Motta, Eliana Pittman, Alessandra Maestrini, Ida Gomes, Jarbas Homem de Mello e outros. O espetáculo estreou em São Paulo no ano de 2009.

Desde 2004 ao lado da atriz Camille K, fazia uma peça com outros notórios transformistas no Teatro Rival do Rio, "Divinas Divas"

Morte

Rogéria faleceu na noite de segunda-feira, 04/08/2017, no Rio de Janeiro, RJ aos 74 anos. Rogéria foi internada no Hospital Unimed Barra, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, com um caso de infecção urinária, mas teve uma complicação após uma crise convulsiva.

O Hospital Unimed-Rio informou que a causa da morte de Rogéria foi um choque séptico. De acordo com a unidade hospitalar, ela estava internada na unidade desde 08/08/2017 devido a um quadro de infecção urinária.

No dia 25/08/2017, Rogéria chegou a receber alta da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do hospital e foi levada para o quarto.

Em julho de 2017, Rogéria foi hospitalizada em uma clínica em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio de Janeiro, após apresentar fortes dores nas costas, época em que o diagnóstico apontou infecção generalizada.

Filmografia

Televisão
  • 1986 - Viva a Noite ... Repórter
  • 1989 - Tieta ... Ninete (Valdemar Alencar)
  • 1997 - Sai de Baixo ... Brigite (Episódio: "Adivinha Quem Vem Para Jantar")
  • 1999 - Você Decide ... Episódio: "Mulher 2000"
  • 2000 - Zorra Total ... Ela Mesma (Rosto a Rosto Com Alberto Roberto)
  • 2001 - Brava Gente  ... Sissi (Episódio: "O Enterro da Cafetina")
  • 2002 - Desejos de Mulher ... Regina
  • 2002 - A Grande Família ... Carla (Episódio: "O Velho Gostoso")
  • 2006 - Cilada ... Marilene (Episódio: "Carnaval")
  • 2007 - Paraíso Tropical ... Carolina da Silva
  • 2007 - Toma Lá Dá Cá ... Tia Dolly (Episódio: "Dolly Pancada Seca")
  • 2008 - Duas Caras ... Astolfo Barroso
  • 2008 - Dicas de um Sedutor ... Lulu (Episódio: "Amor Não Tem Idade")
  • 2009 - A Praça é Nossa ... Ela Mesma
  • 2010 - Os Caras de Pau ... Rogéria ''Seu Astolfo'' (Episódio: "Dia dos Pais")
  • 2011 - Amor & Sexo ... Ela Mesma
  • 2012 - Malhação ... Carmém Rios / Rômulo Rios
  • 2012 - Lado a Lado ... Alzira Celeste
  • 2013 - Com Frescura ... Apresentadora
  • 2013 - Divertics ... Vários Personagens
  • 2014 - Pé na Cova ... Patrícia Swanson
  • 2015 - Babilônia ... Úrsula Andressa (Oswaldo Alvarenga)
  • 2015 - Tá No Ar: A TV Na TV ... Ela Mesma
  • 2017 - A Força do Querer ... Ela Mesma


Cinema
  • 1968 - Enfim Sós... Com o Outro ... Glorinha
  • 1968 - O Homem Que Comprou o Mundo
  • 1975 - O Sexualista
  • 1978 - O Gigante da América
  • 1979 - Gugu, o Bom de Cama
  • 1991 - A Maldição do Sanpaku ... Loura
  • 1994 - A Causa Secreta ... Participação Especial
  • 1999 - Hi Fi (Curta Metragem)
  • 2000 - Vestido Dourado
  • 2001 - Copacabana ... Rogéria
  • 2016 - Divinas Divas ... Ela Mesma

Indicação: Soraya Veras, Fadinha Veras, Gaby Terra, Roner Marcelo e Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #Rogeria

Pena Branca

JOSÉ RAMIRO SOBRINHO
(70 anos)
Cantor

* Igarapava, SP (04/09/1939)
+ São Paulo, SP (08/02/2010)

Foi um cantor de música sertaneja e formou a dupla sertaneja "Pena Branca & Xavantinho" junto com seu irmão Ranulfo Ramiro da Silva, o Xavantinho. A dupla foi encerrada em outubro de 1999 com a morte de Xavantinho. Pena Branca continuou seguindo carreira solo, ganhando o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Sertaneja: "Semente Caipira".

Faleceu em 8 de fevereiro de 2010, aos 70 anos, vítima de infarto.

Fonte: Wikipédia

Piolim

ABELARDO PINTO
(76 anos)
Palhaço

* Ribeirão Preto, SP (27/03/1897)
+ São Paulo, SP (04/09/1973)

Seu pai Galdino Pinto, circense brasileiro, nasceu no interior do estado de São Paulo, de pais fazendeiros. Estudou na cidade de Rezende no Rio de Janeiro, e foi nesta cidade, durante um espetáculo circense que assistiu, que se apaixonou por uma atriz. O resultado é que acabou por ir embora com o circo, tornando-se mais tarde ele próprio um homem de circo. Tornou-se proprietário do Circo Americano, onde teve início sua dinastia.

A dinastia Galdino Pinto tem como seu membro mais ilustre seu filho Abelardo Pinto, o famoso Palhaço Piolim. Nasceu em Ribeirão Preto, no estado de São Paulo em 27 de março de 1897.

Abelardo Pinto viveu sua infância dentro do circo, envolvido nas mais diferentes atividades. Seu treinamento teve início desde muito cedo, e aprendeu as modalidades de ciclista, saltador, casaca de ferro, acrobata e contorcionista, tendo se destacado nesta última enquanto criança. Aos oitos anos de idade apresentava-se no circo de seu pai como "o menor contorcionista do mundo". Mesmo obtendo sucesso, o menino Abelardo não gostava de suas exibições, como revela mais tarde em seu depoimento ao Museu da Imagem e do Som: "Com oito anos fazia um contorcionismo primário, que só criança pode fazer".

Em entrevista dada ao Jornal Folha de São Paulo em 1957, diz:

"Não fui como os outros meninos, que entravam no circo por baixo do pano. Nasci dentro dele e levava uma vida que causava inveja aos outros garotos. Eu, do meu lado, tinha inveja deles. Eles tinham uma casa, tinham seus brinquedos comuns e podiam ir diariamente à escola. Eu começava a freqüentar um colégio e o circo se transferia. Lá ficava eu sem escola".

Revela ainda ao mesmo jornal que seu sonho era ser engenheiro, queria construir casas, pontes, estradas e castelos. Construiu apenas castelos de sonhos de muita gente. "Sou, de qualquer maneira, um engenheiro e estou feliz com isso".

O circo Americano estava sem seu principal numero: o palhaço havia ido embora. Então. O Sr. Galdino Pinto foi a São Paulo com o intuito de tentar conseguir um substituto. O filho Abelardo, diante dessa situação, resolveu assumir a profissão de palhaço e sobre essa decisão revela mais tarde – "Pensei: se ele fez, eu também posso fazer palhaçadas".

A partir deste momento, o Circo Americano adquire um artista que seria, mais tarde, aclamado como "O Imperador do Riso".

O "Palhaço Piolim" – apelido dado por uns artistas espanhóis que, ao verem o pequeno trabalhador Abelardo, diziam que ele parecia um "piolim" (barbante muito fino) – surgiu em 1918. Uma outra versão da história, contada pelo Jornal Folha de São Paulo, diz que o apelido foi devido a um favor que Abelardo fez ao um cômico e músico violinista espanhol que se apresentou com ele em um espetáculo beneficente da Cruz Vermelha: a corda do violino do espanhol quebrou-se em cena e Abelardo correu para o camarim e trocou a corda quebrada, substituindo-a por uma de seu próprio violino.

O dia de seu nascimento foi escolhido para a data comemorativa do Dia do Circo no Brasil. Foi pai da atriz Ana Ariel, falecida em 2004.

Fonte: http://www.iar.unicamp.br/docentes/luizmonteiro/piolim.htm e Wikipédia

Milton Moraes

MANOELITO SOARES MORAES
(62 anos)
Ator

* Fortaleza, CE (04/09/1930)
+ Rio de Janeiro, RJ (15/02/1993)

Milton Moraes iniciou a carreira no circo, ainda em sua cidade natal, e mudou-se para o Rio de Janeiro aos 19 anos.

Sua estréia foi em 1947 com a montagem teatral "Rua Nova". Em 1957, junto ao Teatro Nacional de Comédia, protagonizou a bem sucedida montagem "Pedro Mico". Entre as mais de 100 peças em que atuou, destacam-se "Festival de Ladrões" (1979), "O Canto da Cotovia", "Casa de Chá do Luar de Agosto", "A Venerável Madame Goneau", "Um Edifício Chamado 200", entre outras.

Atuando em cinema desde os anos 50, o ator conta com cerca de 30 longas em sua carreira. Nos anos 60 participou de "Assassinato em Copacabana" (1962), "A Montanha dos Sete Ecos" (1963) , "Presidente dos Valentes" (1963), "Nudismo à Força" (1966) e "Mineirinho, Vivo ou Morto" (1967).


Seguiram-se "O Barão Otelo no Barato dos Bilhões" (1971), "Os Devassos" (1971), "Um Marido Contagiante" (1977), "Os Homens Que Eu Tive" (1973), "O Homem de Papel" (1976), "Bonitinha Mas Ordinária" (1981), "Beijo na Boca" (1982), entre outros.

"Os Trapalhões e o Rei do Futebol" (1986), foi seu último trabalho no cinema.

Na TV, o ator participou dos tele-teatros da Rede Tupi e popularizou-se em novelas produzidas pela Rede Globo. Seu papel principal foi em "O Espigão", onde interpretou o visionário Lauro Fontana, em 1974. Estreou na TV Globo onde participou também das novelas "Bandeira 2" (1971), "O Bofe" (1972), "Cavalo de Aço" (1973), "Escalada" (1975), "Saramandaia" (1976),  "Espelho Mágico" (1977), "Dancin' Days" (1978), "Cabocla" (1979), "Água Viva" (1980), "O Homem Proibido" (1982),  "Louco Amor" (1983)  e "De Quina Pra Lua" (1985).

Seu último desempenho foi em 1990, como o Vicente, da novela "Meu Bem, Meu Mal".

Seus personagens foram sempre marcados por um estilo descontraído e malandro.

Milton Moraes faleceu aos 62 anos, em 15/02/1993.

Foi casado com as atrizes Glauce Rocha, Norma Blum, Mara Regina e Carlota Pauline.


Cinema


  • 1986 - Os Trapalhões e o Rei do Futebol ... Dr. Barros Barreto
  • 1984 - Aguenta, Coração
  • 1983 - O Trapalhão na Arca de Noé ... Morel
  • 1982 - Beijo na Boca ... Pai de Celeste
  • 1982 - Pra Frente, Brasil ... Policial
  • 1981 - O Sequestro ... Argola
  • 1981 - Bonitinha Mas Ordinária ou Otto Lara Rezende ... Peixoto
  • 1980 - Os Paspalhões em Pinóquio 2000
  • 1979 - A República dos Assassinos
  • 1978 - O Amante de Minha Mulher
  • 1977 - Barra Pesada ... Florindo
  • 1977 - Um Marido Contagiante ... Mário
  • 1976 - O Homem de Papel ... Carlos
  • 1976 - Ninguém Segura Essas Mulheres ... Gil
  • 1973 - Um Edifício Chamado 200 ... Gamela
  • 1973 - Os Homens que Eu Tive ... Torres
  • 1973 - Sagarana, o Duelo
  • 1971 - Os Devassos
  • 1971 - O Barão Otelo no Barato dos Bilhões ... Alquimista
  • 1970 - Os Senhores da Terra
  • 1970 - É Simonal
  • 1969 - A Um Pulo da Morte
  • 1968 - Maria Bonita, Rainha do Cangaço ... Lampião
  • 1967 - Perpétuo contra o Esquadrão da Morte ... Perpétuo
  • 1967 - Mineirinho Vivo ou Morto ... Arubinha
  • 1966 - Nudista à Força
  • 1963 - A Montanha dos Sete Ecos
  • 1963 - Gimba, Presidente dos Valentes
  • 1962 - Assassinato em Copacabana ... Pascoal
  • 1956 - A Estrada



Teatro


  • Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues
  • O Berço do Herói, de Dias Gomes
  • Um Edifício Chamado 200, de Paulo Pontes



Televisão


  • 1991 - O Dono do Mundo ... Lopes Resende
  • 1990 - Rainha da Sucata ... Vicente
  • 1988 - Abolição ... Coronel Hipólito Macedo Tavares
  • 1986 - Anos Dourados ... Cláudio
  • 1985 - De Quina Pra Lua ... José João Batista
  • 1985 - A Gata Comeu (Participação Especial)
  • 1984 - Amor Com Amor Se Paga ... Barreto
  • 1983 - Louco Amor ... Sérgio
  • 1982 - Final Feliz ... Alaor
  • 1982 - O Homem Proibido ... Getúlio
  • 1982 - Caso Verdade
  • 1981 - O Amor é Nosso ... Roberto
  • 1980 - Plumas e Paetês (Participação Especial)
  • 1980 - Coração Alado ... Ângelo
  • 1980 - Marina ... Mário
  • 1980 - Água Viva ... Sérgio
  • 1979 - Cabocla ... Joaquim
  • 1979 - Feijão Maravilha
  • 1978 - Dancin' Days ... Jofre
  • 1977 - Espelho Mágico ... Vicente Drummond
  • 1976 - Duas Vidas ... Alexandre
  • 1976 - Saramandaia ... Carlito Prata
  • 1975 - Escalada ... Armando
  • 1974 - O Espigão ... Lauro Fontana
  • 1973 - Cavalo de Aço ... Carlito
  • 1972 - O Bofe ... Sérgio Marreta
  • 1971 - Bandeira 2 ... Quidoca
  • 1969 - Enquanto Houver Estrelas ... Gílson
  • 1969 - O Retrato de Laura ... Júlio
  • 1965 - 22-2000 Cidade Aberta



Curiosidade

Em seu primeiro trabalho no teatro, deveria subir ao palco com sapatos de verniz, comprados com dinheiro adiantado pela produção. Apaixonado pelos cavalos, perdeu tudo nas corridas e precisou entrar em cena com um par de galochas, o que lhe valeu por muito tempo o apelido de "Milton Galocha". Depois, acabou tornando-se proprietário de mais de 20 cavalos no Jockey Club do Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia

Paulo Gracindo

PELÓPIDAS GUIMARÃES BRANDÃO GRACINDO
(84 anos)
Ator

* Rio de Janeiro, RJ (16/07/1911)
+ Rio de Janeiro, RJ (04/09/1995)

Pelópidas Guimarães Brandão Gracindo nasceu em 16 de junho de 1911, no Rio de Janeiro. Era filho do ex-senador Demócrito Gracindo, falecido em 1928. Mudou-se ainda criança com a família para Maceió, em Alagoas, onde se formou em direito e teve seu primeiro contato com o teatro amador, para desgosto de seu pai, que o proibiu de atuar nos palcos.

Aos 20 anos, após a morte do pai, mudou-se para o Rio de Janeiro e adotou o nome artístico de Paulo Gracindo. Na então capital federal, participou das maiores companhias de teatro dos anos 1930 e 1940, entre as quais, as de Alda Garrido, Procópio Ferreira, Elza Gomes e Dulcina de Moraes. Foi locutor e apresentador de diversos programas musicais na época áurea da Rádio Nacional, entre os quais o "Noite de Estrelas" e o próprio "Programa Paulo Gracindo". Trabalhou como radioator, produtor, compositor e comediante. Um dos seus papéis mais famosos dessa época foi o Alberto Limonta, na clássica trama de "O Direito de Nascer".

Ainda na  Rádio Nacional, integrou o elenco da versão original do programa "Balança, Mas Não Cai" (1953), escrito por Max Nunes, no qual fez grande sucesso, ao lado de Brandão Filho, no quadro do "Primo Pobre e do Primo Rico". Anos mais tarde, tanto o programa quanto o quadro ganhariam nova versão nas telas da TV Rio e, em seguida, da TV Globo, repetindo o êxito anterior.

Começou a trabalhar na TV Globo no final da década de 1960. Atuou nas primeiras novelas da emissora, como "A Rainha Louca" (1967) e "A Gata de Vison" (1968), escritas pela cubana Glória Magadan. Em seguida, trabalhou em "A Próxima Atração" (1970), de Walther Negrão, e "O Cafona" (1971), de Bráulio Pedroso.

Seu primeiro personagem de destaque foi o bicheiro Tucão, na novela "Bandeira 2" (1971), de Dias Gomes. A consagração veio, dois anos depois, em outra novela de Dias Gomes, "O Bem-Amado", na qual viveu o antológico Odorico Paraguaçu, prefeito de Sucupira, pelo qual ganhou o prêmio de melhor ator da Associação Paulista de Críticos de Arte. Em 1976, o ator também recebeu o Prêmio Televisa, oferecido pela rede mexicana, por sua atuação na novela.

Dias Gomes e Paulo Gracindo já haviam trabalhado juntos no teatro, na primeira montagem de "O Santo Inquérito", e na televisão, em tele-teatros da TV Rio. Em "O Bem-Amado", primeira novela produzida e exibida totalmente em cores, um marco na televisão brasileira, a parceria imortalizou ambos. Adaptada de uma peça do autor Dias Gomes, a novela também tinha no elenco Lima Duarte, Emiliano Queiroz, Zilka Sallaberry e Gracindo Júnior, filho de Paulo Gracindo, entre outros.

Essa não era a primeira vez, também, que pai e filho trabalhavam juntos na TV Globo. A primeira novela de Paulo Gracindo na emissora, "A Rainha Louca", também teve Gracindo Júnior no elenco. Depois, vieram os trabalhos em "O Bem-Amado" e em "Os Ossos do Barão" (1973), de Jorge Andrade. Ainda na década de 1970, em "O Casarão" (1976), de Lauro César Muniz, os dois viveram o mesmo personagem, o João Maciel, aos 20 e aos 50 anos, respectivamente. Também trabalharam juntos em "Araponga" (1990), de Dias Gomes, Ferreira Gullar e Lauro César Muniz.

Após o sucesso em  "O Bem-Amado", que transformou o famoso apresentador de programas do rádio e talentoso ator de teatro Paulo Gracindo em um ícone da televisão, seguiu-se o trabalho em outra grande produção da TV Globo que marcou época: "Gabriela" (1975), adaptação do romance de Jorge Amado feita por Walter George Durst. Na novela, que ganhou o Grande Prêmio concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte, Paulo Gracindo deu vida ao Coronel Ramiro Bastos. Até o final da década de 1970, vieram os trabalhos em "Sinal de Alerta" (1978), de Dias Gomes, e "Pai Herói" (1979), de Janete Clair.

Em 1980, a obra de
Dias Gomes deu origem ao seriado "O Bem-Amado", escrito pelo próprio autor e, mais uma vez, com Paulo Gracindo no papel principal. Ainda na década de 1980, o ator voltou a comandar um programa de auditório, o "8 ou 800", desta vez ao lado de Silvia Falkenburg (Sílvia Bandeira). Em seguida, atuou nas novelas "Roque Santeiro", de Dias Gomes e Aguinaldo Silva, no papel do Padre Hipólito, em "Hipertensão" (1986), de Ivani Ribeiro, e fez uma participação especial na novela "Mandala" (1987), de Dias Gomes.


Na década de 1990, Paulo Gracindo voltou a viver um personagem que caiu no gosto popular, o Betinho, marido da vilã Laurinha Figueroa, interpretada por Glória Menezes, em "Rainha da Sucata" (1990), de Silvio de Abreu. Nos anos seguintes, atuou nas novelas "Vamp" (1991), de Antônio Calmon, e "Mulheres de Areia" (1993), adaptada da obra de Ivani Ribeiro por Solange Castro Neves. Também fez uma participação especial na minissérie "Agosto" (1993), adaptada do romance de Rubem Fonseca por Jorge Furtado e Giba Assis Brasil, no papel de Emílio.

Ator reconhecido por seu trabalho no teatro, na televisão e no rádio, Paulo Gracindo trabalhou em mais de 20 filmes, alguns marcantes, como
"A Falecida" (1965), de Leon Hirszman, "Terra em Transe" (1967), de Glauber Rocha, e "Cara a Cara" (1967), de Júlio Bressane.

Paulo Gracindo morreu, aos 84 anos, em decorrência de um Câncer de Próstata, Era casado com Dulce Xavier de Araújo Gracindo.
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Waldick Soriano

EURÍPEDES WALDICK SORIANO
(75 anos)
Cantor e Compositor

☼ Caetité, BA (13/05/1933)
┼ Rio de Janeiro, RJ (04/09/2008)

Eurípedes Waldick Soriano, mais conhecido por Waldick Soriano, foi um cantor e compositor nascido em Caetité, BA, no dia 13/05/1933.

Filho de Manuel Sebastião Soriano, comerciante de ametistas no distrito de Brejinho das Ametistas, em sua cidade natal. Fato marcante de sua infância foi o abandono do lar pela mãe, a quem era muito apegado.

Em Caetité viveu sua juventude, sempre boêmia, até um incidente num clube local, que o fez buscar o destino fora da cidade. Desde muito novo era um inveterado namorador e aventureiro e, seguindo o caminho de muitos sertanejos, foi tentar a vida em São Paulo.

Antes de ingressar na carreira artística, trabalhou como lavrador, engraxate e garimpeiro. Apesar das dificuldades, conseguiu se tornar conhecido nos anos 50 com a música "Quem És Tu?".

Waldick Soriano se destacava por suas canções sobre dor-de-cotovelo e seu visual revolucionário para a época: Sempre usava roupas negras e óculos escuros.

Seu maior sucesso foi "Eu Não Sou Cachorro, Não", que foi regravada em inglês macarrônico por Falcão. Também se tornaram conhecidas outras músicas suas, tais como "Paixão de um Homem", "A Carta", "A Dama de Vermelho" e "Se Eu Morresse Amanhã".

O Fenômeno Waldick

A posição quase marginal que o ritmo cafona ocupou, mereceu uma análise mais acurada e científica, já na 5ª edição, pelo historiador e jornalista Paulo César de Araújo.

Intitulado "Eu Não Sou Cachorro, Não - Música Popular Cafona e Ditadura Militar"  (2005), a obra traz, já em seu título, uma referência a este cantor e sua música de maior sucesso. Ali o autor contesta, de forma veemente, o papel de adesista ao regime de exceção implantado a ferro e fogo no Brasil pelos militares, por parte dos músicos bregas. Waldick Soriano, segundo ele, é um dos exemplos, tendo sua música "Tortura de Amor" censurada em 1974, quando foi por ele reeditada. Apesar de ser uma composição de 1962, o regime não tolerava que se falasse a palavra "Tortura"...

A revista Nossa História, de dezembro de 2005, refere-se a Waldick Soriano como "o mais folclórico dos cafonas" (Ano 3, nº 26, Ed. Vera Cruz).

Num dos programas do apresentador Jô Soares, o músico Ubirajara Penacho dos Reis, o Bira, declarou que nos anos 60 tocava apenas os sucessos de Waldick Soriano.

Na sua cidade natal, Waldick Soriano sempre foi tratado com certo menosprezo. Aristocrática, Caetité mantinha apenas nas camadas mais populares uma fiel admiração. Ali teve dois de seus filhos, gêmeos, de forma quase despercebida, em 1966.

Em meados da década de 90, porém, a cidade teve num político o resgate do filho ilustre. O vereador Edilson Batista protagonizou uma grande homenagem, que nomeou uma das principais avenidas com o nome de Waldick Soriano. Pouco tempo depois, o SBT realizava ali um documentário, encenado por moradores locais, retratando a juventude de Waldick Soriano, sua paixão pela professora Zilmar Moura, a mudança para o sul.

Sílvio Santos aliás, protagonizou com Waldick Soriano uma das mais inusitadas cenas da televisão brasileira: No abraço que deram, foram perdendo o equilíbrio até ambos caírem, abraçados, no chão. Ali, então, simularam um affair, provocando hilaridade.

Por tudo isto, Waldick Soriano faz-se símbolo, no Brasil inteiro, de um estilo, de uma classe social, e da sua manifestação cultural, pulsante e criativa.

Em 2007, Patrícia Pillar dirigiu um documentário sobre o cantor, "Waldick, Sempre No Meu Coração".

Morte

Waldick Soriano teve diagnosticado um câncer de próstata em 2006. Em 2 de julho de 2008 foi divulgado que seu estado de saúde era grave, pois já ocorrera metástase da doença.

Waldick Soriano faleceu na quinta-feira, 04/09/2008, aos 75 anos, no Instituto Nacional do Câncer (INCA), em Vila Isabel, Zona Norte do Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia
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Antônio Carlos Magalhães

ANTÔNIO CARLOS PEIXOTO MAGALHÃES
(79 anos)
Empresário, Médico e Político

☼ Salvador, BA (04/09/1927)
┼ São Paulo, SP (20/07/2007)

Antônio Carlos Peixoto de Magalhães foi um médico, empresário e político com base eleitoral na Bahia, estado que governou por três vezes (duas vezes foi nomeado pelo Regime Militar Brasileiro), além de ter sido eleito senador em 1994 e em 2002. Egresso da União Democrática Nacional (UDN), Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e Partido Democrático Social (PDS), teve o Partido da Frente Liberal (PFL) / Democratas (DEM) como sua última agremiação partidária. Era conhecido pelo acrônimo ACM.

Filho de Francisco Peixoto de Magalhães Neto e Helena Celestina de Magalhães, iniciou sua vida política já nos tempos de estudante, tendo sido presidente do grêmio estudantil do Colégio Estadual da Bahia, do Diretório Acadêmico da Faculdade de Medicina e do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Formou-se então em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia em 1952 e logo foi alçado ao posto de professor-assistente no ano seguinte. Em 1954 foi eleito deputado estadual pela União Democrática Nacional (UDN), legenda pela qual foi eleito deputado federal em 1958 e 1962.

Arguto, foi um dos grandes amigos do presidente Juscelino Kubitschek apesar de pertencerem a partidos opostos. Simpático aos movimentos que redundaram na deposição do presidente João Goulart através do Golpe Militar de 1964 e na consequente instauração do Regime Militar, ingressou na Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e foi reeleito deputado federal em 1966, entretanto quase não exerceu o mandato em virtude de ter sido nomeado prefeito de Salvador em 10/02/1967 pelo governador Luiz Viana Filho, renunciando ao cargo em 06/04/1970. Meses depois foi indicado como governador da Bahia pelo presidente Emílio Garrastazu Médici sendo referendado pela Assembleia Legislativa para um mandato de quatro anos.

Ávido por fazer o sucessor, sua preferência recaia sobre Clériston Andrade, teve que se conformar com a indicação de Roberto Santos para sucedê-lo no Palácio de Ondina. Após passar oito meses fora do poder foi nomeado presidente da Eletrobrás pelo presidente Ernesto Geisel em novembro de 1975, cargo ao qual renunciou em 1978 a fim de ser indicado, com sucesso, para o seu segundo mandato como governador da Bahia, mandato cumprido integralmente.


Antônio Carlos Magalhães protagonizaria um dos episódios mais tensos da história política brasileira.

Na ocasião, Tenório Cavalcanti, ainda no mandato de deputado federal, discursava na Câmara dos Deputados. No discurso, acusava o então presidente do Banco do Brasil, Clemente Mariani, de desvio de verbas. Antônio Carlos Magalhães, então deputado e baiano como Clemente Mariani, defendera o conterrâneo respondendo que "vossa excelência pode dizer isso e mais coisas, mas na verdade o que vossa excelência é mesmo, é um protetor do jogo e do lenocínio, porque é um ladrão."

Tenório Cavalcanti, então, sacou o seu revólver e berrou: "Vai morrer agora mesmo!". Todos os membros da Câmara Federal correram para tentar impedir o assassinato. Segurando o microfone, Antônio Carlos Magalhães não se deu por vencido, mas tremendo gritou: "Atira!"Tenório Cavalcanti, no fim, resolveu não atirar.

O deputado Tenório Cavalcanti teve suas armas apreendidas e seus direitos políticos cassados pelo governo militar em 1964 com a interveniência direta de Antônio Carlos Magalhães.

Após a reformulação partidária filiou-se ao Partido Democrático Social (PDS) em fevereiro de 1980 mantendo incólume sua condição de líder político apesar do duro golpe sofrido às vésperas das eleições de 1982 quando um acidente aéreo vitimou Clériston Andrade, candidato situacionista ao governo da Bahia. Refeito da tragédia, Antônio Carlos Magalhães indicou João Durval Carneiro como candidato a governador, opção afinal vitoriosa.

Entusiasta da candidatura de Mário Andreazza à sucessão do presidente João Figueiredo, opôs-se firmemente ao nome de Paulo Maluf como candidato após sua vitória sobre Mário Andreazza na convenção nacional do Partido Democrático Social (PDS) realizada em 11/08/1984 pela contagem de 493 votos a 350. Episódio singular de sua postura anti-malufista aconteceu três semanas após a convenção pedessista quando, na inauguração do novo terminal de passageiros do aeroporto de Salvador, o Ministro da Aeronáutica, Délio Jardim de Mattos, criticou a postura dos dissidentes do Partido Democrático Social (PDS) em favor da candidatura de Tancredo Neves no que Antônio Carlos Magalhães respondeu: "Trair a Revolução de 1964 é apoiar Maluf para presidente".

Decisivo para a vitória oposicionista no Colégio Eleitoral em 15/01/1985, Antônio Carlos Magalhães foi indicado Ministro das Comunicações por Tancredo Neves sendo confirmado no cargo por José Sarney, aliás, foi o único ministro civil que permaneceu no cargo durante os cinco anos de governo do maranhense. Curiosamente Antônio Carlos Magalhães foi guindado à condição de ministro de estado ainda filiado ao Partido Democrático Social (PDS) visto que só ingressaria no Partido da Frente Liberal (PFL) em 06/01/1986.

Seu grupo político sofreu uma derrota em 1986 quando Waldir Pires venceu Josaphat Marinho na disputa pelo governo do Estado, ano em que enfrentou um drama familiar sem precedentes: a morte de sua filha, Ana Lúcia Maron de Magalhães. No dia da eleição, agrediu um repórter da TV Itapoan, então afiliada do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT).

De volta à seara política o poderio de Antônio Carlos Magalhães na política estadual foi revigorado a partir da renúncia de Waldir Pires ao governo em 14/05/1989 com o fito de concorrer ao cargo de vice-presidente da República pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) na chapa de Ulysses Guimarães, intento que não sobreviveu ao primeiro turno das eleições. Ainda em 1989 Antônio Carlos Magalhães sofreu um infarto e teve que passar por uma cirurgia, o que não o impediu de ser eleito governador do estado em 1990 ainda em primeiro turno.


Aliado de Fernando Collor até a última hora, teve uma influência política reduzida durante o governo Itamar Franco, mas reverteu tal situação ao se posicionar como um dos artífices da aliança entre o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e o Partido da Frente Liberal (PFL) que elegeu o senador Fernando Henrique Cardoso presidente da República em 1994, mesmo ano em que Antônio Carlos Magalhães foi eleito senador pela Bahia e Paulo Souto governador do Estado.

Embora aliado importante do Governo Federal, seu filho, Luís Eduardo Magalhães, presidiu a Câmara dos Deputados entre 1995/1997.

Antônio Carlos Magalhães se opôs com firmeza à liquidação do Banco Econômico expondo assim sua face de "Toninho Malvadeza", epíteto usado por adversários políticos que qualificavam sua ação política como "truculenta". Já seus acólitos preferiam identificá-lo como "Toninho Ternura".

Em 1996 seus aliados venceram as eleições para a prefeitura de Salvador pela primeira vez na história com a candidatura de Antônio Imbassahy, que seria reeleito no ano 2000 na mais evidente prova de que o "carlismo" era a maior força política da Bahia.

Eleito presidente do Senado Federal para o biênio 1997/1999 sofreu um duríssimo golpe com a morte de seu filho Luís Eduardo Magalhães em 21/04/1998, mesmo assim colheu importantes vitórias àquele mesmo ano com a reeleição de Fernando Henrique Cardoso para a presidência da República e a de César Borges para o governo da Bahia.

Foi reeleito presidente do Senado Federal para o biênio 1999/2001, tendo antes ocupado a presidência da República entre 16 e 24 de maio de 1998 em razão de uma viagem do titular ao exterior, visto que tanto o vice-presidente Marco Maciel, quanto o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, estavam impedidos de assumir o cargo durante o período eleitoral sob pena de inelegibilidade.

Renúncia

A partir de abril do ano 2000 protagonizou uma série de ofensas e trocas de acusações com o senador paraense Jader Barbalho, contenda que tinha como plano de fundo a sucessão de Antônio Carlos Magalhães na presidência do Senado Federal. À medida que era criticado por seu contendor, Antônio Carlos Magalhães respondia elevando cada vez mais o tom das críticas, fato que recrudesceu às vésperas da eleição para a mesa diretora do Senado em 14/02/2001 quando Jader Barbalho, enfim, derrotou o senador Arlindo Porto (PTB-MG) e foi alçado à presidência da casa. Ao longo de seus embates com Jader Barbalho, que recebera o apoio do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) para se eleger, Antônio Carlos Magalhães desfere críticas ao Governo Federal, a quem acusa de conivência com a corrupção, postura que leva à demissão os ministros Waldeck Ornélas (Previdência Social) e Rodolpho Tourinho (Minas e Energia), ambos indicados por ele, o que enfraqueceu sua posição nas hostes situacionistas.

Dias depois surge a informação de que Antônio Carlos Magalhães tivera acesso a uma lista de votação onde constava o voto de cada um dos senadores que participaram da sessão que cassou o mandato do senador Luiz Estevão (PMDB-DF), acusado de envolvimento na obra superfaturada da sede do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. A referida lista teria sido apresentada a Antônio Carlos Magalhães pelo senador José Roberto Arruda (PSDB-DF), então líder do governo.

Alvos de um pedido de quebra de decoro parlamentar após uma investigação conduzida pelo Conselho de Ética do Senado, os dois parlamentares negaram envolvimento no caso, porém a confissão de Regina Borges, então diretora da Empresa de Processamento de Dados do Senado, de que a lista foi entregue por ela a José Roberto Arruda a pedido do próprio senador e depois mostrada por este último a Antônio Carlos Magalhães tornou insustentável a posição dos dois que, sem saída, apresentaram seus pedidos de renúncia para evitar a cassação de seus mandatos e a consequente perda dos direitos políticos.

Assim, José Roberto Arruda renunciou em 24/05/2001 e Antônio Carlos Magalhães no dia 30/05/2001. Em lugar de Antônio Carlos Magalhães foi empossado seu filho, o empresário Antônio Carlos Magalhães Júnior.

De volta a Bahia acompanhou os eventos que levariam Jader Barbalho a renunciar ao mandato de senador e nas eleições de 2002 colheu as últimas vitórias de seu esquema político com a volta de Paulo Souto ao governo e a conquista de mais um mandato de senador.

De Volta Ao Senado

Empossado em 01/02/2003, logo Antônio Carlos Magalhães interrompeu a "trégua política" concedida a Luiz Inácio Lula da Silva e passou a fazer uma oposição veemente ao governo e aos aliados deste, todavia o definhar de sua até então inabalável e incontestável liderança tomou forma em 2004 quando o oposicionista João Henrique Carneiro (PDT) foi eleito prefeito de Salvador em segundo turno ao derrotar o "carlista" César Borges e no ano seguinte foi a vez de Antônio Imbassahy deixar o Partido da Frente Liberal (PFL) e se abrigar no Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

Em 2006 seus candidatos a governador, Paulo Souto, e a senador, Rodolpho Tourinho, não foram reeleitos sendo derrotados respectivamente por Jaques Wagner (PT) e João Durval Carneiro (PDT), este último pai do prefeito de Salvador.

Embora seu filho Antônio Carlos Magalhães Júnior tenha pendores políticos, a continuidade de sua vida política do clã parece uma tarefa que cabe a seu neto Antônio Carlos Magalhães Neto, eleito deputado federal em 2002, 2006 e 2010.

Governo da Bahia

Exerceu Antônio Carlos Magalhães três mandatos como governador da Bahia.

No primeiro governo foi eleito por via indireta - em plena Ditadura Militar - pelos deputados estaduais, Antônio Carlos Magalhães representava a Aliança Renovadora Nacional (ARENA), partido do Regime, e vinha de uma administração da prefeitura de Salvador onde arregimentara poderes que o capacitaram a receber o apoio total do sistema. Tomou posse a 15/03/1971, e o "carlismo" - então uma força restrita à capital - ganha todo o Estado. Já em seu discurso de posse, Antônio Carlos Magalhães não nega sua ambição:

"São palavras evangélicas: aquele a quem muito se entregou, muito mais se exigirá. Sei que recebo muito, diria mesmo que recebo tudo, e estou consciente de que os baianos poderão exigir de mim trabalho, seriedade no trabalho da administração, uma vida permanentemente voltada para o bem comum."

Antônio Carlos Magalhães atuou durante a fase do Milagre Econômico. A Bahia entrou em um processo acelerado de industrialização, com a instalação, em Camaçari, de indústrias no Polo Petroquímico. Na Capital, Salvador, governada por um fiel aliado Clériston Andrade, Antônio Carlos Magalhães realizou obras de grande impacto, abrindo as chamadas "Avenidas de Vale", modernizando o tráfego da cidade e driblando sua topografia acidentada da parte velha. Também no turismo Salvador deu um importante salto: de 400 apartamentos em 1970, passou para 2400 ao fim de sua administração.

Ao largo das realizações da sua administração, crescia também a sua importância política no Estado: fez o sucessor, Roberto Santos, além de manter sob sua égide o prefeito da capital. O "carlismo" consolida-se como a maior força política do Estado, e que cruzaria todo o final do século XX adentrando o XXI.

No segundo governo tomou posse à 15/03/1979, sucedendo a Roberto Santos - numa continuidade clara da primeira administração.

Antônio Carlos Magalhães, gozando de grande popularidade, mantinha sob sua égide a maioria ampla dos mais de trezentos prefeitos do Estado, e a quase totalidade das bancadas de deputados federais e estaduais - o que lhe credenciam a, pela primeira vez, intervir com voz ativa em assuntos federais, estando no poder o presidente João Batista de Oliveira Figueiredo.

Em seu discurso de posse atesta esse domínio:

"Desde 1970, tive a honra de conduzir e liderar as insofismáveis vitórias da Arena em nosso estado, de tal forma que nem o mais impenitente adversário pôde levantar dúvidas quanto ao merecimento e à lisura do nosso trabalho. E foram essas vitórias que situaram, tão bem, a Bahia no cenário nacional."

Também o prefeito da capital é homem de sua confiança, Mário Kertész, que já lhe servira como secretário, no governo anterior. Estende seu poder também ao Poder Judiciário, ao nomear seu Chefe da Casa Civil, o advogado Paulo Furtado, para o cargo de desembargador - sem que este jamais houvesse exercido a magistratura na Bahia. Este mandato também fora conquistado de forma indireta.

No terceiro governo, com a renúncia do governador Waldir Pires em 14/05/1989, Antônio Carlos Magalhães chamou novamente a si a tarefa de disputar o cargo máximo do Estado. Pela primeira vez disputando um pleito direto, já dono de vasta rede de telecomunicações, tem como seu adversário o ex-afilhado Roberto Santos. A oposição é derrotada e Antônio Carlos Magalhães reconquista o poder ainda no primeiro turno.

O "carlismo" assenta-se, de forma quase definitiva, na Bahia, referendado desta vez pela legitimidade das eleições. Antônio Carlos Magalhães não voltou a perder mais o governo do Estado, nele colocando seus aliados, por sucessivos mandatos. Dirigiu então, cada vez mais, suas atenções para Brasília, paulatinamente promovendo a imagem de seu filho Luís Eduardo Magalhães.

Morte

Antônio Carlos Magalhães já estava internado havia cerca de quarenta dias, depois de uma infecção generalizada a qual o forçou a ser sedado e depender de aparelhos. Sofreu uma parada cardiorrespiratória, que piorou o quadro clínico do político, levando-o ao falecimento às 11h40 do dia 20/07/2007, no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (InCor), por falência múltipla dos órgãos e insuficiência cardíaca.

Com sua morte, aos 79 anos, Antônio Carlos Magalhães foi substituído por seu filho, Antônio Carlos Magalhães Júnior, que assumiu a vaga como suplente até o final da legislatura já iniciada pelo senador, que se encerrou no ano de 2011.

Antônio Carlos Magalhães foi enterrado no Cemitério do Campo Santo, no centro da capital baiana, ao lado de seu outro filho, Luís Eduardo Magalhães.

Empreendimentos da Família

Seu filho, Antônio Carlos Magalhães Júnior, é presidente da Rede Bahia, que engloba diversas empresas do estado, principalmente de comunicação. São elas:

  • 88.7 Bahia FM
  • 102,1 FM Sul (Rádio FM em Itabuna)
  • Correio da Bahia (Jornal)
  • Globo FM (Rádio FM em Salvador)
  • Gráfica Santa Helena
  • iContent (Produtora)
  • iBahia.com (Portal de Internet)
  • Construtora Santa Helena
  • TV Bahia (Afiliada da Rede Globo em Salvador e região)
  • TV São Francisco (Afiliada da Rede Globo em Juazeiro e região)
  • TV Oeste (Afiliada da Rede Globo em Barreiras e região)
  • TV Santa Cruz (Afiliada da Rede Globo em Itabuna e região)
  • TV Subaé (Afiliada da Rede Globo em Feira de Santana e região)
  • TV Sudoeste (Afiliada da Rede Globo em Vitória da Conquista e região)
  • TV Salvador (Canal fechado, transmitido em UHF ou por assinatura)

Fonte: Wikipédia
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