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Carlos Zéfiro

ALCIDES AGUIAR CAMINHA
(70 anos)
Ilustrador, Quadrinista, Compositor e Funcionário Público

☼ Rio de Janeiro, RJ (26/09/1921)
┼ Rio de Janeiro, RJ (05/07/1992)

Carlos Zéfiro, pseudônimo de Alcides Aguiar Caminha, com o qual ilustrou e publicou, durante as décadas de 1950 a 1970, histórias em quadrinhos de cunho erótico que ficaram conhecidas por "catecismos", foi um desenhista e funcionário público nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 26/09/1921.

Alcides Aguiar Caminha, carioca boêmio, ilustrou e vendeu cerca de 500 trabalhos desenhados em preto e branco com tamanho de 1/4 de folha ofício (chegou a publicar num outro formato, 14 x 21 cm), um quadro por página contendo de 24 a 32 páginas que eram vendidos dissimuladamente em bancas de jornais, devido ao seu conteúdo porno-erótico, ficando conhecidos como "catecismos" e chegaram a tiragens de 30.000 exemplares.

Casado desde os 25 anos, com Serat Caminha, teve 5 filhos e sempre escondeu de toda a família sua atividade paralela de desenhista. Alcides aposentou-se como funcionário público do setor de Imigração do Ministério do Trabalho.

Sua identidade somente se tornou pública em uma reportagem de Juca Kfouri para revista Playboy (onde era editor na época) que foi publicada em 1991, um ano antes de sua morte.

Autodidata no desenho e concluinte do curso de segundo grau somente quando tinha 58 anos, manteve o anonimato sobre sua verdadeira identidade por temer ter seu nome envolvido em escândalo o que lhe traria problemas por se tratar de funcionário público submetido à Lei 1.711 de 1952 que poderia punir com a demissão o funcionário público por "incontinência pública escandalosa" e retirar os proventos com os quais mantinha a família.

Carreira

Os "catecismos" eram desenhados diretamente sobre papel vegetal, eliminando assim a necessidade do fotolito, e impresso em diferentes gráficas, em diferentes Estados da Federação, gerando, inclusive, diversos imitadores.

Em 1970, durante a ditadura militar, foi realizada em Brasília uma investigação para descobrir o autor daquelas obras pornográficas. Chegou-se a prender por três dias o editor Hélio Brandão, amigo do artista, mas a investigação terminou inconclusa.

Sem formação em desenho, seus quadrinhos eram naif e inspirados em quadrinhos românticos mexicanos publicados pela editora Editormex (cujas histórias possuíam apenas dois quadros por página) e em fotonovelas pornográficas de origem sueca.

O nome Carlos Zéfiro foi tirado de um autor mexicano de fotonovelas.

Para o jornalista Gonçalo Junior, os "catecismos" de Carlos Zéfiro não possuem nenhuma relação com os tijuana bibles, quadrinhos eróticos publicados nos Estados Unidos entre as décadas de 1930 e 1950, que usava como protagonistas personagens de desenhos animados, quadrinhos e até celebridades.

Além de seus trabalhos como ilustrador, Alcides Caminha foi compositor, inscrito na Ordem dos Músicos do Brasil e parceiro de Guilherme de Brito e Nelson Cavaquinho, com quem compôs quatro sambas para a Mangueira, entre eles os sucessos: "Notícia", gravado por Roberto Silva na década de 1950, e "A Flor e o Espinho".

Alcides Caminha revelou sua identidade nas páginas da revista Playboy em 1991, após saber que o quadrinista baiano Eduardo Barbosa havia declarado ser o verdadeiro Carlos ZéfiroEduardo Barbosa chegou a desenhar alguns "catecismos", entretanto Alcides Caminha foi identificado por Hélio Brandão. Em novembro do mesmo ano participou da I Bienal de Quadrinhos.

Em 1992 recebeu o Troféu HQ Mix, pela importância de sua obra.

Impacto na Cultura Popular

Na década de 1980, o quadrinista Sebastião Seabra adotou o pseudônimo Sebastião Zéfiro para não comprometer o trabalho que possuía como ilustrador de livros didáticos.

Sebastião Seabra conseguiu junto a Editora Maciota que fosse publicado o trabalho de Carlos Zéfiro (na época ainda no anonimato). Chegou a se especular que os artistas fossem parentes.

O jornalista Geraldo Galvão Ferraz foi um dos primeiros a escrever um artigo sobre Carlos Zéfiro, o cartunista e jornalista Ota publicou um livro sobre o quadrinista, Joaquim Marinho também escreveu um livro sobre Carlos Zéfiro.

Após sua morte, Carlos Zéfiro teve um trabalho publicado como homenagem póstuma em 1997 na capa e no encarte do CD "Barulhinho Bom - Uma Viagem Musical" da cantora Marisa Monte.

Em 1998, as vinhetas de abertura e intervalos do Video Music Brasil 1998, da MTV Brasil foram claramente inspiradas nos folhetins de sua obra.


Em agosto de 1999, em Anchieta, bairro em que morava, foi inaugurada a Lona Cultural Carlos Zéfiro, com show da Velha Guarda da Portela e Marisa Monte. A cantora e o jornalista Juca Kfouri, que revelou a verdadeira identidade de Carlos Zéfiro nas páginas da Playboy, são os padrinhos da Lona Cultural, fundada e dirigida por um grupo de artistas locais, que tinha à frente Adailton Medeiros.

Em 2005, a arquiteta Christianne Gomes defendeu como projeto final de graduação de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal Fluminense, o projeto Centro Erótico Carlos Zéfiro, que visava a criação de um espaço na zona portuária do Rio de Janeiro onde as mais diferentes formas de sexo poderiam ser discutidas e/ou experimentadas. O projeto previa a criação de um museu erótico, vilas de prostituição, motel, cafés, cinemas, salas de exposições, um centro de tratamento de DST, um posto da delegacia de crimes sexuais e clínicas de psicologia avançada e foi recebido em 2006 pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.

Em 2009, ao fazer uma crítica a corrupção do Senado Federal, o Jornal Extra do Rio de Janeiro publicou uma galeria de imagens por João Arruda e Ary Moraes inspiradas nos quadrinhos de Carlos Zéfiro.


Em janeiro de 2011, os trabalhos de Carlos Zéfiro foram expostos ao lado de outros quadrinhos eróticos do resto mundo no Museu do Sexo, em Nova York.

Em março de 2011, Carlos Zéfiro foi tema da peça de teatro "Os Catecismos Segundo Carlos Zéfiro" escrito e dirigido por Paulo Biscaia Filho.

Em outubro de 2018, o jornalista Gonçalo Junior publicou o livro "Deus da Sacanagem - A Vida e o Tempo de Carlos Zéfiro" (Editora Noir).

Inicialmente publicado de forma independente e sendo constantemente pirateado, a partir da década de 1980, os quadrinhos de Carlos Zéfiro passaram a ter reimpressões pelas editoras Maciota, Record (revistas editadas por Ota), Marco Zero.

Nos anos 2000, A editora Cena Muda publicou o primeiro quadrinho erótico de Carlos Zéfiro, "Sara", criado em 1949 no formato 16 x 23 cm. Segundo a editora Adda Di Guimarães, a revista é maior que os catecismo, já que a versão original foi publicada em formatinho.

Morte

Carlos Zéfiro faleceu no domingo, 05/07/1992, aos 70 anos, no Rio de Janeiro, RJ, no bairro de Anchieta.

Fonte: Wikipédia
FamososQuePartiram #CarlosZefiro

Ibsen Pinheiro

IBSEN VALLS PINHEIRO
(84 anos)
Jornalista, Advogado e Político

☼ São Borja, RS, (05/07/1935)
┼ Porto Alegre, RS (24/01/2020)

Ibsen Valls Pinheiro foi um jornalista, advogado e político, nascido em São Borja, RS, no dia 05/07/1935. 

Ibsen Pinheiro era filiado ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), foi promotor de justiça e procurador de justiça. Foi deputado estadual no Rio Grande do Sul e presidente da Câmara dos Deputados durante o processo de impeachment de Fernando Collor de Mello.

Filho de Ricardo Pinheiro Bermudes e Lilia Valls Pinheiro. Formou-se em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) na década de 1960.

Na política começou em 1976, quando foi eleito vereador da cidade de Porto Alegre e, em 1978, deputado estadual, sempre pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). A carreira como deputado federal pelo Rio Grande do Sul começou em 1982.

Em 1986 foi eleito deputado constituinte e, de fevereiro de 1991 a fevereiro de 1992, foi o presidente da Câmara dos Deputados, tendo conduzido o processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello.


Em 1994, teve seu mandato cassado após ser acusado de enriquecimento ilícito e irregularidades fiscais pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou as irregularidades no Orçamento da União, acusado pela revista Veja de participar do Escândalo dos Anões do Orçamento, um esquema de desvio de verbas, e condenado a ficar afastado da vida pública por oito anos.

Em 2000, o Supremo Tribunal Federal (STF) arquivou o processo em que era acusado de sonegação fiscal.

Na primeira eleição em que concorreu após a retomada de seus direitos políticos, em 2002, concorreu a deputado federal, mas não se elegeu. Porém, em 2004, retornou à política, elegendo-se vereador de Porto Alegre, tendo sido o candidato mais votado naquela eleição.

Em 2006, foi eleito novamente deputado federal. Aliado do governo Lula, votou a favor da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), mas bateu de frente com os interesses do Presidente ao enviar em 2009 a Emenda Ibsen Pinheiro, que retirou royalties do petróleo dos Estados produtores, para divisão igual entre os Estados brasileiros.

Ibsen Pinheiro foi um dos deputados estaduais que se posicionaram contra o impeachment de Dilma Rousseff.

Ibsen Pinheiro também fez parte do conselho deliberativo do Sport Club Internacional e era procurador de Justiça aposentado.

Morte

Ibsen Pinheiro faleceu na sexta-feira, 24/01/2020, aos 84 anos, em Porto Alegre, RS, vítima de uma parada cardiorrespiratória.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #IbsenPinheiro

Hélio Bicudo

HÉLIO PEREIRA BICUDO
(96 anos)
Jurista, Político e Militante dos Direitos Humanos

☼ Mogi das Cruzes, SP (05/07/1922)
┼ São Paulo, SP (31/07/2018)

Hélio Pereira Bicudo foi um jurista e político brasileiro, militante de direitos humanos, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, turma de 1947, nascido em Mogi das Cruzes, SP, no dia 05/07/1922.

Durante o governo Carvalho Pinto, em São Paulo, foi o primeiro presidente das Centrais Elétricas de Urubupungá (Celusa), construtora das usinas de Jupiá e de Ilha Solteira.

Foi ministro interino da Fazenda no governo João Goulart, substituindo Carvalho Pinto de 27 de setembro a 4 de outubro de 1963.

Como procurador de Justiça no Estado de São Paulo, destacou-se, juntamente com o então promotor de Justiça Dirceu de Mello, no combate ao Esquadrão da Morte. Em razão do combate ao Esquadrão da Morte e de todas as outras investigações de violações dos Direitos Humanos que conduziu neste período, teve o seu nome incluído no Serviço Nacional de Informações.

Em 1981, integrou a primeira diretoria executiva da Fundação Wilson Pinheiro, fundação de apoio partidário instituída pelo Partido dos Trabalhadores (PT), antecessora da Fundação Perseu Abramo.


Em 1986 foi candidato ao senado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), ficando em terceiro lugar, atrás dos eleitos Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso, ambos do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).

Foi secretário dos Negócios Jurídicos do município de São Paulo na gestão de Luíza Erundina de 1989 a 1990, ano em que se elegeu Deputado Federal.

Em fevereiro de 2000, foi empossado como presidente da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, com sede em Washington, Estados Unidos. Foi o terceiro brasileiro a ocupar a presidência da entidade.

Hélio Bicudo foi vice-prefeito de São Paulo de 2001 a 2004, durante a gestão de Marta Suplicy.

Um dos aproximadamente 100 professores que fundaram o chamado inicialmente Partido dos Trabalhadores em Educação e depois Partido dos Trabalhadores (PT) em 1980, sendo filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), desde a sua fundação, da primeira ata.

Desfiliou-se do partido em 2005, passando a criticá-lo depois do envolvimento do partido no Escândalo do Mensalão, afirmando que o partido havia "se afastado dos ideais éticos e morais!".

Em 2010, declarou apoio a Marina Silva no primeiro turno, e a José Serra no segundo turno. Em 25 de outubro daquele ano, recebeu a grã-cruz da Ordem do Ipiranga do Governo do Estado de São Paulo.


Em 2012, apoiou novamente José Serra na disputa municipal paulista.

Hélio Bicudo criou e presidiu de 2003 a 2013, a Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos (FidDH), entidade que atuou junto à Comissão Interamericana de Direitos Humanos denunciando e acompanhado casos de desrespeito aos direitos humanos no Brasil.

Os processos denunciados e demais sob sua responsabilidade foram transferidos aos cuidados de diversas entidades de mesma finalidade. O encerramento das atividades da Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos (FidDH) se deu por falta de recursos financeiros. Seu acervo bibliotecário foi doado à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo no mesmo ano de encerramento de suas atividades, em ato solene.

Em 2015, protocolou na Câmara dos Deputados, um pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O jurista, Miguel Reale Júnior e os movimentos sociais pró-impeachment decidiram aderir ao requerimento de Hélio Bicudo, que contou também como apoio de parlamentares e boa parte da sociedade civil que organizou um abaixo-assinado em apoio ao impeachment da Presidente da República, enquanto outros parlamentares e militantes petistas, se posicionaram em defesa do mandato da presidente ré.

O pedido de Hélio Bicudo foi, no mesmo ano, acatado por Eduardo Cunha, então presidente da Câmara dos Deputados, depois de várias reuniões para instruir os reclamantes. Tal pedido culminou com a deposição da petista no dia 31/08/2016, pelo Senado Federal, por 61 votos a favor da deposição, e 20 votos contra.

Morte

Hélio Bicudo faleceu na terça-feira, 31/07/2018, aos 96 anos, em sua casa na região dos Jardins, em São Paulo. Ele vinha passando por problemas cardíacos havia vários meses. A saúde de Hélio Bicudo era frágil desde 2010, quando sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Debilitou-se ainda mais em março de 2018, quando morreu sua esposa, Déa Pereira Wilken Bicudo, após 71 anos de casamento. Hélio Bicudo deixou sete filhos, netos e bisnetos.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #HelioBicudo

Dom Pedro Henrique de Orléans e Bragança

PEDRO HENRIQUE AFONSO FILIPE MARIA GASTÃO MIGUEL GABRIEL RAFAEL GONZAGA DE ORLÉANS E BRAGANÇA E BOURBON
(71 anos)
Príncipe de Orléans e Bragança, Príncipe do Grão-Pará, Príncipe Imperial do Brasil, Chefe da Casa Imperial do Brasil

* Boulogne-Billancourt, França (13/09/1909)
+ Vassouras, RJ (05/07/1981)

Príncipe de Orléans e Bragança de 1909 a 1921, príncipe do Grão-Pará de 1909 a 1920, Príncipe Imperial do Brasil de 1920 a 1921 (após a morte do pai) e chefe da Casa Imperial do Brasil de 1921 em diante (após a morte da avó), então com 12 anos de idade, com apoio dos monarquistas e de seu tio, Dom Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança.

Se fosse Imperador, teria reinado com o título Sua Majestade Imperial, Dom Pedro III, Por Graça de Deus, e Unânime Aclamação dos Povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil.

Primeiro varão de Dom Luís de Orléans e Bragança, Principe Imperial do Brasil, e de Maria Pia de Bourbon, princesa real das Duas Sicílias. Casou-se em 19 de agosto de 1937 com a princesa Maria Isabel da Baviera.

Infância e Juventude

Quando nasceu, a Família Imperial Brasileira já estava exilada na França, havia 20 anos. Como seu tio, Dom Pedro de Alcântara , havia renunciado aos seus eventuais direitos ao trono do Brasil em 1908, seu pai, Dom Luís de Orléans e Bragança, foi elevado a Principe Imperial do Brasil, e ele ao nascer recebeu o título de Príncipe do Grão-Pará, conforme o artigo 105 da Constituição Brasileira de 1824. Foi batizado na capela do Castelo d'Eu com as águas levadas do Chafariz do Largo da Carioca, no Rio de Janeiro, tendo como padrinhos sua avó paterna, a Princesa Isabel, e o avô materno, D. Alfonso, Conde de Caserta e chefe da Casa Real das Duas Sicílias.

O príncipe e sua família viviam entre o Castelo d'Eu e o palacete de Boulogne-sur-Seine, ambos pertencentes à Família Imperial. Foi educado primeiramente por sua avó, a Princesa Isabel Leopoldina, e por inúmeros preceptores imbuídos em educá-lo como futuro imperador do Brasil.

Em 1920, seu pai falece em Cannes, França, vitimado pelos ferimentos adquiridos nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial. Ainda em 1920, o decreto de banimento é revogado, pelo então presidente da República Epitácio Pessoa. O avô de D. Pedro Henrique, Gastão de Orléans, Conde d'Eu, conduz parte da Família Imperial de volta ao Brasil, todavia, sua avó, a Princesa Isabel Leopoldina, não vai, pois estava idosa e adoentada, fazendo com que a viagem não lhe fosse recomendada. Mesmo assim, ficaram pouco no Brasil, pois suas vidas estavam consolidadas na Europa, e resolveram para lá voltar.

Tendo em vista o falecimento do pai em 1920, tornou-se Principe Imperial do Brasil, mas em 14 de novembro de 1921, falece no Castelo d’Eu a Princesa Isabel, e aos 12 anos ele se torna o Chefe da Casa Imperial do Brasil.

Com a revogação, em 3 de setembro de 1920, do banimento imposto à Família Imperial em 21 de dezembro de 1889, sua mãe, Dona Maria Pia de Bourbon, resolveu continuar morando na França, onde achava que ele poderia receber educação mais adequada, com seus irmãos Dom Luís Gastão de Orléans e Bragança e Dona Pia Maria Raniera de Orléans e Bragança. Formou-se em Ciências Políticas e Sociais pela Universidade de Sorbonne, na França.

Em 1925, aos 16 anos, o governo brasileiro indefiriu o seu pedido para servir nas Forças Armadas.

Casamento

Casou em Leutstetten 17 de agosto de 1937 e religiosamente na capela do castelo de Nymphenbourg, em Munique, em 19 de agosto de 1937 com Maria Isabel de Wittelsbach, batizada Marie Elisabeth Françoise Josèphe Thérèse de Wittelsbach (ali nascida em Nymphenburg em 9 de setembro de 1914), princesa da Baviera, filha primogênita de Francisco de Wittelsbach, Príncipe real da Baviera e de Isabel de Croÿ, Princesa de Croÿ. Tiveram 12 filhos. Esse casamento serviu de pretexto ao duque da Baviera para confrontar o governo nazista, pois estavam convidados dois soberanos e vários Chefes de Casas Reais, entre eles a grã-duquesa Charlotte I de Luxemburgo e o rei espanhol Alfonso XIII, exilado devido à Guerra Civil Espanhola. Os altos comandantes do partido nazista não foram convidados.

O casal residiu primeiramente na França. Durante várias vezes tentaram morar no Brasil, mas foram impedidos devido às dificuldades de locomoção geradas pela Segunda Guerra Mundial.

Mudança Para o Brasil

A Família Imperial só conseguiu voltar para o Brasil em 1945, quando findou a guerra. Eles se instalaram primeiramente em Petrópolis, Rio de Janeiro, no Palácio do Grão-Pará, e depois em casa no bairro do Retiro, em Petrópolis.

No Brasil, Dom Pedro Henrique viu sua posição consolidada, embora, periodicamente Dom Pedro Gastão fizesse investidas. Dom Pedro Henrique, talvez por não acreditar na possibilidade de restauração da monarquia, nunca se preocupou, embora instado a assumir algum papel em momentos de grave crise institucional, como em 1964 no início do golpe militar.

Em 1951, Dom Pedro Henrique comprou uma propriedade agrícola, a Fazenda Santa Maria, na cidade de Jacarezinho, interior do Paraná, onde se lançou como agricultor. Em 1965, retornou ao estado do Rio de Janeiro, instalando-se em Vassouras, cidade importante nos tempos do Império, quando era pólo cafeeiro. No chamado Sítio Santa Maria Dom Pedro Henrique residiu até o final de sua vida.

Chefia da Casa Imperial

Antes mesmo de vir para o Brasil, Dom Pedro Henrique já se comunicava com o novo Movimento Monárquico existente no país. Era o Patrianovismo, uma organização da direita católica, formada por intelectuais.

Apesar das controvérsias geradas depois da renúncia de Dom Pedro de Alcântara, Dom Pedro Henrique consolidou sua posição como Chefe da Casa Imperial do Brasil, principalmente entre as Casas Reais Européias, depois de seu casamento com a Princesa Bávara. Ainda assim, o sucessor de Dom Pedro de Alcântara, Pedro de Alcântara Gastão de Orléans e Bragança, continuou a fazer eventuais investidas, afirmando-se como Chefe da Casa Imperial, embora ficasse sempre desacreditado pela maioria dos monarquistas brasileiros.

Mesmo enfrentando o anonimato e a Cláusula Pétrea das constituições republicanas, Dom Pedro Henrique foi atuante politicamente no período em que viveu no Brasil. Chegou a ser convidado por militares a dar um golpe de Estado, e restaurar a monarquia, mas ele recusou-se prontamente, alegando que não iria usar das táticas e artifícios aos quais à República sempre soube usar. Disse também que só queria uma monarquia dentro da vontade democrática, e que voltasse por meio do povo, em um referendo.

Títulos de Dom Pedro Henrique do Nascimento à Morte

- S.A.I.R.  D. Pedro Henrique de Orléans e Bragança, Príncipe do Grão-Pará;

- S.A.I.R.  D. Pedro Henrique de Orléans e Bragança, príncipe de Orleáns e Bragança;

- S.A.I.R.  D. Pedro Henrique de Orléans e Bragança, Príncipe Imperial do Brasil;

- S.M.I.  D. Pedro III, Imperador Constitucional de Defensor Perpétuo do Brasil (de jure).

Além desses títulos ele foi Grão-Mestre das Ordens Imperiais do Cruzeiro, de Dom Pedro I, da Rosa, de São Tiago da Espada, São Bento de Aviz e de Nosso Senhor Jesus Cristo, além de ser Grão-Cruz da Ordem Constantiniana de São Jorge, da realeza napolitana.

Morte

Em 5 de julho de 1981, Dom Pedro Henrique falece em Vassouras. Em seus funerais comparecem centenas de monarquistas de todo o Brasil, em prova do fascínio da monarquia sobre a população. Foi sucedido pelo seu filho primogênito, Dom Luís Gastão de Orléans e Bragança (1938), que costuma denominar Dom Pedro Henrique, como "Condestável das Saudades e da Esperança".

Fonte: Wikipédia

Wanda Kosmo

WANDA NERINE LUIZI
(76 anos)
Atriz, Escritora e Diretora de TV e Cinema

* São Bento do Sapucaí, MG (05/07/1930)
+ Rio de Janeiro, RJ (27/01/2007)

Wanda Nerine Luizi, mais conhecida como Wanda Kosmo, foi uma escritora, atriz e diretora brasileira de cinema e televisão.  Seu pai era engenheiro autodidata, que veio da Itália com 15 anos e logo começou a construir casas. Casou-se com Angelina de Franco e tiveram a filha Wanda, na cidade mineira de São Bento de Sapucaí, em plena Revolução de 30.

Wanda tinha vários irmãos. A mãe não quis abandonar a cidade e ficou ali com Wanda, a caçula, pois resolveu cozinhar e atender os soldados invasores.

Wanda era muito estudiosa e queria ser advogada. Por motivos de saúde da mãe, a família mudou-se para Belo Horizonte e, posteriormente, para o Rio de Janeiro.

No Rio de Janeiro, em 1953, Wanda conheceu Olavo de Barros, um dos diretores da TV Tupi do Rio de Janeiro. No começo era só uma carinha jovem a mais, mas, um ano depois, já escrevia sua primeira história para a televisão. Logo, Wanda casou-se com o ator José Luiz Pinho, com quem teve o primeiro filho, Luizinho.



Em 1953, Wanda e o marido foram para Portugal com a companhia teatral de Alda Garrido. Quando voltaram resolveram ir para São Paulo, onde existia o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), onde fez com sucesso, a peça teatral "Véu de Noiva"Depois, Wanda foi para a Companhia Maria Della Costa, onde encenou a peça "O Canto da Cotovia".

Wanda contava que havia sido um período difícil, não só por problemas financeiros, mas, também, pelo preconceito contra a vida artística, a ponto de chegar a ser presa por ter saído sem uma "carteirinha".

Depois de atuar na peça "A Moratória", Wanda Kosmo passou a fazer televisão, indo trabalhar na TV Tupi. Na TV Tupi havia um teatro que era organizado pelas companhias teatrais sempre às segundas feiras, às 21:00 hs. Grandes sucessos, grandes nomes, grandes espetáculos. Foi nessa emissora que Wanda Kosmo começou a dirigir espetáculos. Logo em sua primeira direção, ganhou um prêmio de Ayrton Rodrigues, "Os Melhores da Semana". Nessa época, já tinha dois filhos e dedicava-se intensamente a televisão.

Depois, passou a dirigir, também na TV Tupi, o "TV de Vanguarda". Nessa época, começava o vídeo-teipe e Wanda inovava a cada espetáculo, além de escrever também os roteiros, sempre com os filhos a tira-colo.



O seu teatro começou a viajar o Brasil inteiro, com Wanda atuando como atriz. Essa fase durou bem mais de 10 anos e na companhia Wanda fazia de tudo: cortava, bordava, costurava, maquiava e decorava texto com os demais atores.

Da TV Tupi foi para a TV Bandeirantes, para a TV Record e, por fim, para a TV Globo. Ali foi muito bem recebida por Boni, que a queria não só como atriz, mas também dirigindo. Participou de algumas novelas, mas, não suportando o clima do Rio de Janeiro, pediu demissão e voltou para São Paulo, especialmente por causa da escola de seus filhos.

Montou uma peça "Um Assunta fazer 21", e ganhou o Prêmio Molière, como melhor atriz de teatro. Depois voltou para a TV Globo, e fez novelas como "Amor Com Amor Se Paga" (1984) e "Roque Santeiro" (1985).

Mas aí Wanda Kosmo perdeu um filho que já era formado em medicina, em um acidente de carro. Não sabe bem se foi por isso, a verdade é que, como ela mesmo disse: "Eu desisti de ser. Passei a não ser. Eu trabalhei muito, não por fama ou dinheiro, mas pelos meus filhos!"

Wanda Kosmo faleceu no Rio de Janeiro em 27/01/2007, aos 76 anos.


Trabalhos na TV

  • 1992 - Tereza Batista (Atriz)
  • 1991 - Ilha das Bruxas ... Constância (Atriz)
  • 1990 - Fronteiras do Desconhecido
  • 1987 - O Outro ... Yolanda (Atriz)
  • 1985 - Roque Santeiro ... Marcelina (Atriz)
  • 1984 - Amor Com Amor Se Paga ... Elvira (Atriz)
  • 1979 - Cara a Cara ... Amália (Atriz)
  • 1977 - O Espantalho ... Manoela (Atriz)
  • 1976 - Saramandaia ... Fifi (Atriz)
  • 1973 - O Bem Amado ... Ruth
  • 1970 - Tilim (Atriz e Diretora)
  • 1970 - Pigmalião 70 ... Baronesa (Atriz)
  • 1969 - Algemas de Ouro ... Adélia (Atriz)
  • 1968 - O Coração Não Envelhece (Autora)
  • 1968 - Sozinho No Mundo (Atriz e Diretora)
  • 1967 - Estrelas No Chão (Atriz)
  • 1966 - O Anjo e o Vagabundo (Diretora)
  • 1966 - Calúnia (Diretora)
  • 1965 - A Cor de Sua Pele (Diretora)
  • 1965 - Olhos Que Amei (Diretora)
  • 1965 - O Mestiço (Diretora)
  • 1965 - O Pecado de Cada Um ... Ester (Autora, Atriz e Diretora)
  • 1964 - Gutierritos, o Drama dos Humildes (Atriz e Diretora)
  • 1964 - Se o Mar Contasse ... Tia Bé (Atriz)
  • 1962 - Prelúdio, A Vida de Chopin ... Justina Chopin (Atriz)
  • 1958 - David Copperfield (Atriz)


Trabalhos no Cinema

  • 1984  - A Doutora é Boa Paca
  • 1983 - Elas Só Transam No Disco
  • 1982 - Excitação Diabólica ... Prostituta
  • 1982 - A Noite das Taras II
  • 1980 - Motel, Refúgio do Amor
  • 1980 - A Praga
  • 1975 - Cada Um Dá o Que Tem
  • 1975 - O Sexualista
  • 1975 - O Predileto
  • 1975 - A Filha do Padre
  • 1974 - O Exorcismo Negro ... Malvina
  • 1974 - O Signo de Escorpião
  • 1973 - Sob o Domínio do Sexo
  • 1972 - As Mulheres Amam Por Conveniência
  • 1957 - O Pão Que o Diabo Amassou
  • 1950 - Caraça, Porta do Céu


Direção

  • 1958 – Dirigiu a peça "Casa de Bonecas", de Henrik Ibsen, pela TV Tupi, no programa "Grande Teatro Tupi".

Fonte: Wikipédia

Consuelo Leandro

MARIA CONSUELO DA COSTA ORTIZ NOGUEIRA
(67 anos)
Atriz e Humorista

* Lorena, SP (27/05/1932)
+ São Paulo, SP (05/07/1999)

Maria Consuelo da Costa Ortiz Nogueira, que adotou o nome artístico de Consuelo Leandro em homenagem à avó Consuelo e ao avô Leandro, nasceu em Lorena, interior de São Paulo, em 27 de maio de 1932.

Aos 11 anos, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, onde fez balé clássico no Teatro Municipal e seu primeiro papel nos palcos veio no Teatro do Estudante. Entre 1949 e 1950, fez teatro amador, com Paschoal Carlos Magno e percebeu sua veia cômica durante uma apresentação da peça "O Aniversário", de Tchecov, quando a plateia caia na gargalhada quando ela entrava em cena.

Com o sucesso da apresentação, Consuelo Leandro se viu com duas opções para iniciar uma carreira profissional: o Teatro de Revista ou a comédia. Ela optou pela primeira e, em 1953, estreou, com a Companhia Zico Ribeiro, a peça "Carrossel de Mulheres", em Copacabana, Rio de janeiro.

Depois da estréia no teatro, Consuelo Leandro partiu para o rádio e sua voz ficou famosa no Brasil todo por meio da Rádio Nacional, onde ela fazia radioteatro e o humorístico "Balança Mas Não Cai", mais tarde adaptado para televisão.

Seu primeiro filme foi "Três Recrutas", de Eurípedes Ramos. Ao todo fez mais de 20 filmes, dirigida por grandes nomes do cinema nacional nas décadas de 1950 e 1960, sendo vários deles como protagonista. Mas sua participação mais comentada veio no final da década de 1970 quando fez "O Bem Dotado, o Homem de Itu" ao lado de Nuno Leal Maia e grande elenco.

Conhecida pelo seu jeito debochado, pelas caretas e risadas altas, Consuelo Leandro se destacou na TV em humorísticos como "Noites Cariocas", "Praça da Alegria", "A Praça é Nossa" (fazia a Cremilda, a esnobe mulher do marido Oscar) e "A Escolinha do Golias", no SBT. Na mesma emissora, participou também da novela "Brasileiras e Brasileiros" e na TV Globo, participou de "Cambalacho", novela de Sílvio de Abreu onde viveu a inesquecível Lili Bolero.


Ela foi casada duas vezes e não teve filhos. A primeira com o também comediante Agildo Ribeiro e a segunda com Stephan Gardemann.

Em 1987, Consuelo Leandro foi submetida a uma cirurgia de emergência para a implantação de três Pontes de Safena no coração. Ela já sofria de insuficiência coronária.

No dia 5 de julho de 1999, morreu vítima de insuficiência coronária, em São Paulo.

Fonte: Wikipédia 
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