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Ruth Escobar

MARIA RUTH DOS SANTOS ESCOBAR
(82 anos)
Atriz, Produtora Cultural e Empresária

☼ Porto, Portugal (31/03/1935)
┼ São Paulo, SP (05/10/2017)

Maria Ruth dos Santos Escobar foi uma atriz e produtora cultural luso-brasileira, nascida na cidade do Porto, norte de Portugal, no dia 31/03/1935.

Tornou-se uma atriz de destaque e uma das mais importantes produtoras culturais do Brasil e destacada personalidade do teatro brasileiro, empreendedora de muitos projetos culturais especialmente comprometidos com a vanguarda artística.

Nascida numa família pobre, aos 16 anos, em 1951, emigrou com sua mãe, Marília do Carmo, para o Brasil. Casou-se com o filósofo e dramaturgo Carlos Henrique Escobar, e juntos, em 1958, partiram para a França, onde Ruth fez cursos de interpretação. Ao retornar ao Brasil, montou companhia própria, a Novo Teatro, em parceria com o diretor Alberto D'Aversa.

Protagonizou "Antígone América", texto de seu marido, em 1962, após algumas experiências de palco, como "Mãe Coragem e Seus Filhos", de Bertolt Brecht, em 1960, e "Males da Juventude", de Ferdinand Bruckner, em 1961, ambas dirigidas por Alberto D'Aversa.

No mesmo ano que estreia "Antígone América", seu casamento com Carlos Henrique Escobar se desfaz. Ao mesmo tempo começa a reunir recursos para financiamento do seu teatro.

Em 1964, decide fazer teatro popular e adapta um ônibus, transformando-o em palco, para levar espetáculos à periferia de São Paulo, iniciativa que recebeu o nome de Teatro Popular Nacional. Por essa nova experiência teatral passaram Antônio Abujamra, que dirigiu "A Pena e a Lei", de Ariano Suassuna e Silnei Siqueira, que encenou "As Desgraças de uma Criança", de Martins Pena, entre outros. As atividades do Teatro Popular Nacional se encerraram em 1965.

Inauguração do Teatro Ruth Escobar

Ainda em 1964, Ruth Escobar inaugurou seu próprio teatro, que recebeu o seu nome, situado no bairro da Bela Vista, na cidade de São Paulo.

Separou-se do primeiro marido e casou-se com o arquiteto Wladimir Pereira Cardoso, que se tornou cenógrafo das produções da companhia. Entre outras, são encenadas em seu teatro a "A Ópera dos Três Vinténs", de Bertolt Brecht e Kurt Weill, com direção de José Renato, em 1964, "O Casamento do Sr. Mississipi", de Dürrenmatt, dirigida por Jô Soares, em 1965, "As Fúrias de Rafael Alberti", outra encenação de Antônio Abujamra, em 1966, "O Versátil Mr. Sloane", de Joe Orton, sob a direção de Antônio Ghigonetto, em 1967, e "Lisístrata", de Aristófanes, encenação de Maurice Vaneau, em 1968.

Em 1968, com a vinda para o Brasil do diretor argentino Victor García, convidado para a montagem de "Cemitério de Automóveis", adaptação do próprio Victor García para a obra de Fernando Arrabal, uma antiga garagem na rua Treze de Maio foi totalmente remodelada. A encenação destacou Ruth Escobar como atriz e produtora.

Seu prestígio aumentou, em 1969, com a produção de "O Balcão", de Jean Genet, encenada por Victor Garcia, cenografada por Wladimir Pereira Cardoso. A produção arrebatou todos os prêmios importantes do ano, e Ruth Escobar foi agraciada com o Troféu Roquette Pinto para a personalidade do ano.

Polêmicas sempre cercaram a atriz e produtora. Uma delas ocorreu em 1972, quando produziu "Missa Leiga", de Chico de Assis, direção de Ademar Guerra, e foi proibida de utilizar a Igreja da Consolação como palco e foi montada numa fábrica.

Nos anos subsequentes, Ruth Escobar ficou à frente do Centro Latino-Americano de Criatividade, projeto abortado por falta de recursos, e centralizou no seu teatro importantes manifestações contra o Regime Militar, inclusive a fundação do Comitê da Anistia Internacional.

Ruth Escobar, 1982
Festival Internacional de Teatro

Com o I Festival Internacional de Teatro, em 1974, Ruth Escobar passou a apresentar periodicamente em São Paulo o melhor da produção cênica mundial. A cidade pôde conhecer, entre outros, o trabalho de Bob Wilson, "Time And Life Of Joseph Stalin", que a censura obrigou a mudar para "Time And Life Of David Clark", a premiada montagem de "Yerma", por Victor García, com Nuria Espert, além dos encenadores Andrei Serban e Jerzy Grotowski.

Em 1974, centralizou a produção para circuito internacional de "Autos Sacramentales", outra encenação de Victor García baseada em "Calderón de La Barca". Depois de estrear em Shiraz, no Irã, a realização teve êxito na Bienal de Veneza, em Londres e em Portugal.

Em 1976, outro projeto de fôlego, a Feira Brasileira de Opinião, reuniu textos dos mais destacados dramaturgos da época, mas foi interditado pela Censura, o que obrigou Ruth Escobar a arcar com os prejuízos da montagem em andamento.

No II Festival Internacional de Teatro, de 1976, chegaram ao país o grupo catalão Els Joglars, com "Allias Serralonga", os City Players, do Irã, com uma inusitada montagem de "Calígula", de Albert Camus, a companhia Hamada Zenya Gekijo, do Japão, o grupo G. Belli, da Itália, com "Pranzo di Famiglia", dirigida por Tinto Brass, entre outros.

Ruth Escobar, 2001
Volta à Cena e Outras Produções

Em 1977, Ruth Escobar resolveu voltar à cena. Para interpretar a exasperada Ilídia de "A Torre de Babel", trouxe a São Paulo o autor Fernando Arrabal para dirigi-la.

Produziu "A Revista do Henfil", de Henfil e Oswaldo Mendes, sob a direção de Ademar Guerra, em 1978.

Em 1979, voltou à cena em "Caixa de Cimento", encenação do argentino Juan Uviedo. Ainda em 1979, produziu "Fábrica de Chocolate", texto de Mário Prata que aborda a tortura.

Entre as grandes atrações do III Festival Internacional de Teatro, em 1981, estavam o grupo norte-americano Mabu Mines, o belga Plan K, o La Cuadra, de Sevilha, além do uruguaio Galpón e do português A. Comuna.

Política e Últimos Festivais

Nos anos 1980, Ruth Escobar afastou-se parcialmente do teatro. Eleita deputada estadual para duas legislaturas, dedicou-se a projetos comunitários.

Em 1994, voltou aos festivais internacionais, então mais discretos, porém ampliando sua abrangência ao trazer grupos de teatro, de dança, de formas animadas ou aqueles que uniam todas essas linguagens, como o Aboriginal Islander Dance Theatre, o Bread And Puppet, o Cricot 2, os Dervixes Dançantes.

A quinta edição, de 1995, acentuou a forte tendência à diversificação ao trazer para o país a dança de Carlota Ikeda e o grupo japonês Dumb Type, o russo Lev Dodine com "Gaudeamus", Michell Picolli, entre outros.

Em 1996, Philippe Decouflé, o grupo Dong Gong Xi Gong, de Taiwan, e Josef Nadj foram os destaques da 6ª edição.

Em 1987, Ruth Escobar lançou "Maria Ruth - Uma Autobiografia", contando parte da sua trajetória, na qual a produção cultural se mescla, de modo indissolúvel, à sua atuação social, voltada sobretudo para o inconformismo com as regras estabelecidas.

Em 1990, retornou aos palcos, numa encenação de Gabriel Villela"Relações Perigosas", de Heiner Müller.

Entre 1994 e 1997, voltou a produzir festivais internacionais, com o nome Festival Internacional de Artes Cênicas.

Em 1998 recebeu, do governo francês, a condecoração da Legião de Honra.

Em 2001, criou uma versão de "Os Lusíadas", de Camões, seu último trabalho nos palcos, como produtora.

Alzheimer e Patrimônio

Em 2000, Ruth Escobar foi diagnosticada com a Doença de Alzheimer, que, ao longo dos anos, se intensificou e atingiu nível avançado, comprometendo sua memória e toda sua atividade profissional.

Em 2006, sua filha Patrícia Escobar conseguiu interditar na justiça o patrimônio de Ruth, que passou a ser gerido por um escritório de advocacia.

Em 2011, Inês Cardoso, outra de suas filhas, fez uma carta aberta como pedido de ajuda ao expor o fato da mãe não ter plano de saúde e estar em situação de abandono médico. A filha ainda denunciou que o escritório não estaria cuidando devidamente do patrimônio, que inclui algumas casas e também o acervo pessoal da artista, com documentos históricos do moderno teatro brasileiro. Nelson Aguiar, outro filho de Ruth Escobar, culpa a irmã Patrícia pela escolha da interdição que ocasionou a má administração do legado.

Morte

Ruth Escobar faleceu na tarde de quinta-feira, 05/10/2017, aos 82 anos, informou a Associação de Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado de São Paulo (APETESP), organização que é proprietária do Teatro Ruth Escobar. Ela faleceu entre 13h30 e 14h00, no Hospital 9 de Julho, na Bela Vista.

Ruth sofria de Alzheimer e estava internada havia um mês no Hospital Nove de Julho. Ela deixa quatro filhos, um quinto já morreu.

O velório começou a ser realizado na tarde de quinta-feira, 05/10/2017, no próprio teatro. O local do enterro não foi confirmado, mas deve começar às 11h00 de sexta-feira, 06/10/2017.

Ruth Escobar, 2001
Trabalhos

Como Intérprete
  • 1959 - Festival Branco e Preto (Também Diretora)
  • 1960 - Mãe Coragem
  • 1961 - Os Males da Juventude
  • 1962 - Antígone América
  • 1964 - A Ópera dos Três Vinténs
  • 1964 - A Farsa do Mestre Patelin
  • 1964 - As Desgraças de Uma Criança
  • 1965 - Soraia Posto 2
  • 1965 - Histórias do Brasil
  • 1965 - O Casamento do Senhor Mississipi
  • 1966 - As Fúrias
  • 1966 - Os Trinta Milhões do Americano
  • 1967 - O Estranho Casal
  • 1967 - O Versátil Mr. Sloane
  • 1968 - Roda Viva
  • 1968 - Cemitério de Automóveis
  • 1968 - Lisístrata
  • 1968 - Os Sete Gatinhos
  • 1969 - O Balcão
  • 1969 - Romeu e Julieta
  • 1969 - Os Monstros
  • 1971 - Os Dois Cavaleiros de Verona
  • 1972 - A Massagem
  • 1974 - Capoeiras da Bahia
  • 1974 - I Festival Internacional de Teatro
  • 1976 - II Festival Internacional de Teatro
  • 1977 - Torre de Babel
  • 1978 - Revista do Henfil
  • 1979 - Fábrica de Chocolate
  • 1979 - Caixa de Cimento
  • 1981 - III Festival Internacional de Teatro
  • 1982 - Irmã Maria Ignácio Explica Tudo
  • 1989 - Relações Perigosas
  • 1994 - IV Festival Internacional de Artes Cênicas
  • 1995 - V Festival Internacional de Artes Cênicas
  • 1996 - VI Festival Internacional de Artes Cênicas
  • 1997 - VII Festival Internacional de Artes Cênicas
  • 1999 - VIII Festival Internacional de Artes Cênicas

Como Produtora
  • 1959 - Festival Branco e Preto
  • 1960 - Antígone América
  • 1964 - A Pena e a Lei
  • 1964 - A Ópera dos Três Vinténs
  • 1964 - As Desgraças de Uma Criança
  • 1966 - As Fúrias
  • 1967 - O Estranho Casal
  • 1967 - O Versátil Mr. Sloane
  • 1968 - Cemitério de Automóveis
  • 1968 - Os Sete Gatinhos
  • 1968 - Roda Viva
  • 1969 - O Balcão
  • 1969 - Romeu e Julieta
  • 1969 - Os Monstros
  • 1970 - Cemitério de Automóveis
  • 1972 - Missa Leiga
  • 1972 - A Massagem
  • 1972 - A Viagem
  • 1973 - Missa Leiga
  • 1974 - Autos Sacramentais
  • 1974 - Capoeiras da Bahia
  • 1974 - I Festival Internacional de Teatro
  • 1976 - II Festival Internacional de Teatro
  • 1978 - Revista do Henfil
  • 1979 - Fábrica de Chocolate
  • 1979 - Caixa de Cimento
  • 1981 - III Festival Internacional de Teatro
  • 1982 - Irmã Maria Ignácio Explica Tudo
  • 1989 - Relações Perigosas
  • 1994 - IV Festival Internacional de Artes Cênicas
  • 1995 - V Festival Internacional de Artes Cênicas
  • 1996 - VI Festival Internacional de Artes Cênicas
  • 1997 - VII Festival Internacional de Artes Cênicas
  • 1999 - VIII Festival Internacional de Artes Cênicas
  • 2001 - Os Lusíadas

Fonte: Wikipédia e Veja
#FamososQuePartiram #RuthEscobar

J. B. Tanko

JOSIP BOGOSLAV TANKO
(87 anos)
Cineasta

* Sisak, Croácia (21/04/1906)
+ Rio de Janeiro, RJ (05/10/1993)

Foi um cineasta da antiga Iugoslávia, que após a Segunda Guerra Mundial fixou residência no Brasil, onde deu prosseguimento a sua carreira.

Nascido na cidade croata de Sisak, desde a infância foi apaixonado pelo cinema. Começou a trabalhar na Áustria, criando versões iugoslavas de filmes alemães e austríacos. Na década de 1930, trabalhou no Sascha-Filmindustrie AG e no Wlen-Film GMBH, em Viena, e no Tobis Filmkunst, Terra Filmkunst e UFA, em Berlim, chegando a função de assistente de direção.

A partir de 1937, em Viena, participou das equipes da Wien-Film, criada por Goebbels. No início da Segunda Guerra Mundial, assumiu o Departamento de Cinema Documental do Exército, em Belgrado. Quando a Iugoslávia foi invadida pela Alemanha, filmou o bombardeio de Belgrado. Fugiu para Berlim com o filme, e em 1942 retornou para Viena. Com o fim da Segunda Guerra, na qual perdeu toda a família, decidiu emigrar.

Em 1948 fixou residência no Rio de Janeiro, contribuindo muito para a profissionalização do cinema brasileiro com sua diversificada experiência. Seu primeiro trabalho foi na Cinelândia Filmes, como assistente de direção e roteirista de "Escrava Isaura", adaptação do romance de Bernardo Guimarães.

Sem abandonar a Cinelândia, começou a trabalhar também na Atlântida, onde desempenhou vários papéis, chegando a diretor. Realizou alguns dramas, que não tiveram sucesso de público, levando-o às comédias.

Em 1955 passou a trabalhar para Herbert Richers, para o qual dirigiu 18 filmes, dentre os quais uma série de comédias, estreladas por atores como Ankito, Grande Otelo, Zé Trindade e Ronald Golias. Contudo, continou com os dramas, filmes policiais e infantis.

Em 1967, dirigiu "Adorável Trapalhão", no qual conheceu Renato Aragão, com o qual estabeleceria sólida parceria. J.B. Tanko viria a dirigir 11 filmes de Os Trapalhões.

Em 1969, fundou a JBTV - J. B. Tanko Filmes Ltda (1969) e dirigiu diversas comédias para adolescentes. Trabalhando com Os Trapalhões, realizou "O Trapalhão Nas Minas Do Rei Salomão", uma das maiores bilheterias do cinema brasileiro em todos os tempos (cerca de 6 milhões de espectadores), e também "Os Saltimbancos Trapalhões", considerado o melhor filme do grupo.

Produziu e dirigiu filmes diversificados, como o drama erótico "As Borboletas Também Amam", com a atriz Angelina Muniz, e o musical "Vamos Cantar Disco, Baby?", com o conjunto As Melindrosas, à época popular. Em 1983, produziu o filme "Perdoa-Me Por Me Traíres", dirigido por Braz Chediak, baseado na obra de Nelson Rodrigues.

Quando Dedé Santana, Zacarias e Mussum separaram-se de Renato Aragão, criando a DeMuZa Produções, J. B. Tanko produziu a comédia "Atrapalhando A Suate". Aos 81 anos dirigiu seu último filme: "Os Fantasmas Trapalhões".

Filmografia

1987 - Os Fantasmas Trapalhões
1982 - Os Trapalhões na Serra Pelada
1982 - Os Vagabundos Trapalhões
1981 - Os Saltimbancos Trapalhões
1979 - Vamos Cantar Disco, baby?
1978 - As Borboletas Também Amam
1977 - O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão
1976 - Simbad, o Marujo Trapalhão
1976 - O Trapalhão no Planalto dos Macacos
1975 - O Trapalhão na Ilha do Tesouro
1974 - Robin Hood, o Trapalhão da Floresta
1973 - Aladim e a Lâmpada Maravilhosa
1972 - Salve
1971 - Som, Amor e Curtição
1971 - Rua Descalça
1970 - Como Ganhar na Loteria Sem Perder a Esportiva
1969 - Pais Quadrados, Filhos Avançados
1968 - Massacre no Supermercado
1967 - Carnaval Barra
1967 - Adorável Trapalhão
1966 - Engraçadinha Depois dos 30
1964 - Asfalto Selvagem
1964 - Um Ramo Para Luiza
1961 - O Dono da Bola
1961 - Bom Mesmo é Carnaval
1960 - Vai Que É Mole
1960 - Marido de Mulher Boa
1959 - Mulheres À Vista
1959 - Garota Enxuta
1959 - Entrei de Gaiato
1958 - E o Bicho Não Deu
1957 - Metido a Bacana
1957 - Com Jeito Vai
1956 - Saí de Baixo
1956 - Com Água na Boca
1954 - A Outra Face do Homem
1951 - Areias Ardentes
1946 - Amerika Hilft Oesterreích

Teve um filho, Alexander Tanko, que também atuou na produção cinematográfica e na produção de diversos comerciais e vinhetas de clips musicais para divulgação em televisão.

Morreu aos 87 anos, de Enfarto, deixando enorme contribuição para o cinema brasileiro.

Fonte: Wikipédia

Hélio Souto

HÉLIO DA SILVA COTÊ FIGUEIREDO DE ALMEIDA COUTINHO
(72 anos)
Ator

☼ Rio de Janeiro, RJ (25/03/1929)
┼ Atibaia, SP (05/10/2001)

Hélio da Silva Cotê Figueiredo de Almeida Coutinho, mais conhecido como Hélio Souto, foi um ator de teatro, cinema e televisão brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 25/03/1929.

Hélio Souto, nos anos 50, era considerado o sex-symbol das extintas TV Tupi e TV Excelsior, e chamado de "Galã Vitamina" em razão de seu porte atlético.

Participou do primeiro filme colorido brasileiro, "Destino Em Apuros" (1953), ao lado de Paulo Autran.

Após a juventude, conservou o charme e sustentou a persona de galã maduro, fazendo sucesso em pornochanchadas como "Viúvas Precisam de Consolo" (1979) e em novelas cômicas como "Guerra dos Sexos" (1983) e "Brega & Chique" (1987).

Morte

Já afastado do meio artístico, Hélio Souto, morreu na noite de sábado, 05/10/2001, aos 72 anos, vítima de um infarto, no seu sítio em Atibaia, SP. Hélio Souto foi sepultado no dia 07/10/2001, no Cemitério do Morumbi, em São Paulo, SP.

Carreira

Televisão

  • 1998 - Serras Azuis ... Reginaldo Paiva
  • 1994 - Memorial de Maria Moura ... Hércules
  • 1991 - O Fantasma da Ópera ... Gastão Andreatti
  • 1991 - Floradas na Serra ... Drº Jaime Freire
  • 1990 - A História de Ana Raio e Zé Trovão ... Bruno
  • 1990 - La Mamma ... Manfredão
  • 1988 - Olho Por Olho ... Valdemar Sampaio
  • 1987 - Brega & Chique ... Amadeu Correia
  • 1985 - Uma Esperança no Ar
  • 1985 - Meus Filhos, Minha Vida
  • 1983 - Guerra dos Sexos ... Nenê Gomalina
  • 1983 - Acorrentada ... Carlos
  • 1982 - A Filha do Silêncio ... Gregório
  • 1982 - Nem Rebeldes, Nem Fiéis
  • 1980 - Dulcinéa Vai à Guerra ... Mateus Sampaio Godói
  • 1979 - Como Salvar Meu Casamento ... Mário
  • 1978 - Salário Mínimo ... Lincoln
  • 1978 - Te Contei? ... Pedro
  • 1977 - Locomotivas ... Tião
  • 1977 - O Espantalho ... Drº Munhoz
  • 1973 - Vidas Marcadas
  • 1973 - Vendaval ... Alfredo
  • 1972 - O Tempo Não Apaga ... Raul
  • 1971 - A Fábrica ... Pádua
  • 1969 - Super Plá ... Baby Stompanato
  • 1968 - A Grande Mentira ... Renato
  • 1967 - A Ponte de Waterloo ... Roy
  • 1967 - A Intrusa ... Bill
  • 1967 - Sublime Amor ... César
  • 1966 - Os Irmãos Corsos ... Luciano / Mauro
  • 1966 - A Ré Misteriosa ... Marcelo
  • 1966 - A Inimiga ... Ricardo
  • 1965 - Um Rosto Perdido ... David
  • 1965 - Olhos Que Amei ... Vladimir
  • 1965 - O Mestiço ... Renato
  • 1965 - Pecado de Mulher
  • 1964 - A Moça que Veio de Longe ... Raul
  • 1964 - É Proibido Amar ... Sérgio
  • 1952 - Helena

Cinema

  • 1987 - Sonhos de Menina Moça
  • 1982 - Um Casal de 3
  • 1982 - Pecado Horizontal
  • 1981 - A Volta de Jerônimo
  • 1981 - Mulher Objeto
  • 1980 - Motel, Refúgio do Amor
  • 1980 - Noite de Orgia
  • 1979 - Viúvas Precisam de Consolo
  • 1979 - Desejo Selvagem
  • 1979 - O Cinderelo Trapalhão
  • 1978 - Mulher Desejada
  • 1976 - A Noite da Fêmeas
  • 1976 - Já Não Se Faz Amor Como Antigamente
  • 1975 - Bacalhau
  • 1972 - Os Desclassificados
  • 1963 - Mord In Rio (Noites Quentes de Copacabana)
  • 1963 - O Cabeleira
  • 1960 - Conceição
  • 1959 - Fronteiras do Inferno
  • 1957 - Dioguinho
  • 1955 - Três Garimpeiros
  • 1955 - Armas da Vingança
  • 1953 - Destino em Apuros
  • 1953 - O Homem dos Papagaios
  • 1953 - Agulha no Palheiro
  • 1952 - Luzes nas Sombras
  • 1951 - O Comprador de Fazendas
  • 1950 - Garota Mineira

Fonte: Wikipédia

Sarah Kubitschek

SARAH LUÍSA GOMES DE SOUSA LEMOS
(87 anos)
Primeira Dama Brasileira

* Belo Horizonte, MG (05/10/1908)
+ Brasília, DF (04/02/1996)

Foi primeira-dama brasileira de 1956 a 1961, tendo sido a esposa de Juscelino Kubitschek, ex-presidente do Brasil, com quem teve duas filhas Márcia Kubitschek e Maria Estela Kubitschek.

Ao lado de Darcy Vargas e Ruth Cardoso, foi uma das primeiras-damas mais ativas do país, engajando-se em obras sociais.

Sarah Luísa Gomes de Sousa Lemos nasceu em uma família tradicional de Belo Horizonte, Minas Gerais. Era filha do deputado federal Jaime Gomes de Sousa Lemos e de Luísa Negrão. Tinha quatro irmãos: Amélia, Maria Luísa, Geraldo e Idalina. Sua irmã, Amélia, era casada com o político Gabriel de Rezende Passos. Através de sua mãe, ela tinha dois primos famosos: Francisco Negrão de Lima e Otacílio Negrão de Lima. O avô paterno de Sarah, José, era natural de Lousã, Portugal.


Sarah e Juscelino Kubitschek

Na juventude, ela se apaixonou perdidamente por Juscelino Kubitschek de Oliveira. Porém, quando ele decidiu fazer especialização em urologia na Europa, Juscelino Kubitschek rompeu o noivado e passou a não responder suas cartas. Apesar disso, aconselhada por sua mãe, Sarah resolveu esperá-lo.

No dia 30 de dezembro de 1931, SarahJuscelino casaram-se na cidade do Rio de Janeiro. No dia seguinte, comemoraram o casamento no ano novo no famoso Hotel Copacabana Palace.

Logo após o casamento passou a assinar Sara Luísa Lemos de Oliveira. Anos depois, quando Juscelino Kubitschek assumiu a presidência, seu nome passou a ser Sarah Luisa Lemos Kubitschek de Oliveira, para não assinar diferente do marido.

Sarah Kubitschek desejava ter muitos filhos, mas foram onze anos de tentativas até nascer Márcia Kubitschek. Anos depois, o casal adotou Maria Estela Kubitschek, um ano mais velha do que Márcia.

Uma mulher de forte temperamento, Sarah Kubitschek era uma mulher enérgica, determinada e bem-educada. Seu marido chegou a dizer que "às vezes tinha a impressão de que se casara com um tigre". Contudo, era conservadora e não gostava de política.

Dona Sarah foi a fundadora da Organização das Pioneiras Sociais, que realizou uma notável obra de assistencialismo em Minas Gerais. Incluía fundação de escolas no interior, creches e distribuição de roupas, alimentos, cadeiras de rodas e aparelhos mecânicos para deficientes físicos. Além disso, fundou hospitais-volantes na maioria dos Estados e hospitais flutuantes, vindos da Alemanha, para o Amazonas.

Depois de ficar viúva, ela passou a viver da pensão de Juscelino Kubitschek. Residia em um apartamento alugado na Capital, quando morreu aos oitenta e sete anos de idade, vítima de Parada Cardiorrespiratória.

Em sua homenagem, leva seu nome o Hospital Sarah Kubitschek, referência no tratamento de politraumatizados, com unidades em sete capitais brasileiras: Fortaleza, Macapá, Belo Horizonte, Brasília, São Luís, Rio de Janeiro, Belém e Salvador. Graças ao apoio de Sarah Kubitschek, existe hoje o Memorial JK, projetado por Oscar Niemeyer.


Dilermando Reis, Francisco Assis Barbosa, Juscelino Kubitschek, Sarah Kubitschek e Antônio Houaiss


Representações Na cultura e Homenagens

Sarah Kubitschek já foi interpretada pelas atrizes Marília Pêra (na fase madura) e Débora Falabella (na fase jovem) na minissérie "JK", de 2006, feita pela TV Globo.

Em 30 de julho de 1957 recebeu a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo e em 28 de fevereiro de 1961 recebeu a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #SarahKubitschek