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Genival Lacerda

GENIVAL LACERDA
(89 anos)
Cantor e Compositor

☼ Campina Grande, PB (15/04/1931)
┼ Recife, PE (07/01/2021)

Genival Lacerda foi um cantor e compositor de forró, nascido em Campina Grande, PB, no dia 15/04/1931. Seus principais sucessos são, dentre outros, "Severina Xique Xique", "De Quem é Esse Jegue?" e "Radinho de Pilha". Sua carreira começou na Região Nordeste e, ao longo dela, gravou 70 discos.

Em 1956 lançou pela gravadora Mocambo o seu primeiro disco interpretando o "Coco de 56" (Genival Lacerda e João Vicente) e o xaxado "Dance o Xaxado" (Genival Lacerda e Manoel Avelino).

Em 1957, gravou o rojão "Dança do Bombo" (Antônio Barros) e o coco "Balança o Coco" (Antônio Barros).

Em 1961, gravou a moda de roda "Noé, Noé" (Rosil Cavalcanti) e o "Coco de Roda" (Rosil Cavalcanti). 

Em 1962 gravou a moda de roda "Vasante da Maré" (Genival Lacerda e Antônio Clemente) e o "Coco de Cajarana" (Genival Lacerda e Jacinto Silva). No mesmo ano adaptou com Antônio Clemente o coco "Mariá" de motivo popular e compôs com Rosil Cavalcanti o coco "O Delegado Deu Ordem".


Em 1963 gravou de sua autoria e Antônio Clemente o coco "Cajueiro abalou" e o arrasta-pé "Tomaram o meu amor".

Em 1975 gravou com enorme sucesso "Severina Xique-Xique", que fez parte do LP "Aqui Tem Catimberê". Graças a essa composição de sua autoria e João Gonçalves vendeu cerca de 800 mil cópias. 

Em 1976 lançou pela Copacabana o LP "Vamos Mariquinha", interpretando, entre outras, "É Aí Que Você Se Engana" (Genival Lacerda e João Gonçalves), "Forró da Gente" (Onildo Almeida), "Sanfoneiro Alagoano" (Brito Lucena), "Eu Preciso Namorar" (Gordurinha) e "A Mulher da Cocada" (Genival Lacerda e João Gonçalves). No mesmo ano, gravou pela Polyfar, outro LP com o título "Genival Lacerda", onde registrou, entre outras, "Esse Coco é Bom" (Genival Lacerda e Genival Santos), "Ninguém Vive Sem Amar" (Juarez Santiago), "Quero Me Casar" (Gordurinha) e "Chegue Mais Pra Cá" (Genival Lacerda e Francisco Azulão).

Em 1977, lançou o LP "O Homem Que Tinha Três Pontinhos", no qual interpretou "Gente Quase Boa" (Cecéu e Graça Góis), "Mamã" (Cecéu e Graça Góis), "Segure a Cabra" (Cecéu e Graça Góis), "O Homem Que Tinha Três Pontinhos" (Genival Lacerda e Luiz Santa Fé)  e "Sacolejando" (Genival Lacerda e Luiz Santa Fé).

Em 1985 lançou pela RCA o LP "Caldinho de Mocotó".


Em 1987 gravou com grande sucesso o LP "A Fubica Dela", pela RCA, com arranjos e regência de Sivuca e com a participação dos músicos Sivuca e Dominguinhos no acordeom e Coroné, integrante do Trio Nordestino na zabumba. Desse disco destacaram-se as composições "É Nóis Aqui Forrumbando" (Genival Lacerda e Accioly Neto), "A Cobra de Camelô" (Genival Lacerda e João Gonçalves), "Fio Dental" (Genival Lacerda e Jorge de Altinho) e "Seu Amor é Mesmo Um Doce" (Genival Lacerda e Cecílio Nena).

Alguns de seus maiores sucessos foram "Radinho de Pilha" (Namd e Graça Góis), posteriormente regravado pelo conjunto de rock Camisa de Vênus, "Tem Pouca Diferença" (Durval Vieira), que ele gravou acompanhado pelo grupo Capital do Sol e "Mate o Véio, Mate". Com estilo satírico e picante, em cerca de 40 anos de carreira, já havia gravado 38 LPs.

Em 1999, participou do disco "Marinês e Sua Gente - 50 Anos de Forró", cantando ao lado de Marinês "Forró do Beliscão" (Ary Monteiro, João do Vale e Leôncio).

Em 2000 lançou, pela gravadora CID, o CD "Genival Lacerda Ao Vivo", em comemoração aos seus 50 anos de carreira, contando com as participações especiais de DominguinhosOsvaldinho do Acordeom e de Durval Pereira, em show realizado na casa de espetáculos Coringa em São Paulo. No CD estão presentes diversos sucessos de sua carreira, entre os quais "Severina Xique-Xique", "Radinho de Pilha", "Mate o Véio" e "Caldinho de Mocotó".


Em 2004, Genival Lacerda foi homenageado pelos mais de 50 anos de carreira, cantando com a cantora Clemilda, durante o IV Fórum de Forró de Aracaju, no Teatro Atheneu. Na ocasião realizou um concorrido show durante o evento.

Em 2008, fez uma turnê pelos principais centros do forró nordestino, dentre os quais Aracaju, Caruaru, João Pessoa e Juazeiro. Essa turnê deu origem, no mesmo ano, a um documentário "É Tudo Verdade - O Rei da Munganga". O filme, que acompanha Genival Lacerda na sua mais recente viagem pelo nordeste, teve produção, roteiro e direção de Carolina Paiva, e contou com a participação especial da Orquestra Sinfônica Jovem do estado da Paraíba, que acompanhou o cantor em algumas músicas.

Durante o documentário, que foi dedicado à memória de Marinez, sua ex-esposa, são tocados sucessos como "Severina Xique-Xique", "Maristela" e "Minha Origem".

Em maio de 2020, Genival Lacerda sofreu um AVC, além disso também sofria do Mal de Alzheimer. Estava internado na UTI do Hospital Unimed Unidade I, em Recife, PE desde o início de dezembro de 2020, por complicações da COVID-19.

Morte

Genival Lacerda faleceu na quinta-feira, 07/01/2021, aos 89 anos, em Recife, PE, por complicações da Covid-19, doença causada pelo Coronavírus. Ele estava internado na UTI desde o dia 30/11/2020, segundo recentes comunicados da assessoria de imprensa dele, seu estado era grave e ele respirava com a ajuda de aparelhos.

Discografia

  • 2015 - Brasil Popular (CD)
  • 2012 - Canta Luiz Gonzaga (CD)
  • 2010 - 60 Anos de Forró Com Muita Alegria (CD)
  • 2007 - Se Não Fosse o Forró (CD)
  • 2007 - Maristela (CD)
  • 2007 - Ao Vivo no Parque do Povo em Campina Grande (CD)
  • 2000 - Genival Lacerda Ao Vivo
  • 1998 - Tributo a Jackson do Pandeiro (CD)
  • 1997 - O Photografo (CD)
  • 1996 - O Brinquedo da Menina (CD)
  • 1995 - Forró Dance By Genival Lacerda (LP/K7/CD)
  • 1992 - O Rambo do Sertão (LP)
  • 1991 - Aqui Só Tem Forró (LP)
  • 1990 - Negócio da China, Com Aquilo! (LP)
  • 1989 - Ripa na Chulipa (LP)
  • 1988 - Galeguim do Zói Azu (LP)
  • 1987 - A Fubica Dela (LP)
  • 1986 - Hot-Dog Baiano (LP)
  • 1985 - Caldinho de Mocotó (LP)
  • 1984 - Troque as Pilhas, Só Não Mate o Véio (LP)
  • 1983 - Presente de Nordestino (LP)
  • 1982 - Genival Lacerda (LP)
  • 1981 - Me Dê o Gravador (LP)
  • 1980 - O Rei da Munganga (LP)
  • 1980 - As Riquezas do Brasil (LP)
  • 1979 - Genival Lacerda (LP)
  • 1979 - Não Despreze Seu Coroa (LP)
  • 1978 - Cabeça Chata (LP)
  • 1977 - O homem Que Tinha Três Pontinhos (LP)
  • 1976 - Vamos Mariquinha (LP)
  • 1976 - Genival Lacerda (LP)
  • 1975 - Aqui Tem Catimberê (LP)
  • 1974 - Ralador de Coco 'O Bom' (LP)
  • 1973 - Tomaram Meu Amor (LP)
  • 1972 - Mungangueiro Pra Daná Nº 2 (LP)
  • 1971 - Mungangueiro Aloprado (LP)
  • 1970 - O Senador do Rojão - Mungangueiro Pra Daná (LP)
  • 1970 - Genival Lacerda e Lúcio Mauro - As Trapalhadas de Cazuza e Seu Barbalho - Música! Alegria! Humorismo! (LP)
  • 1969 - Eu Sou Assim (LP)
  • 1968 - O Senador do Rojão (LP)
  • 1966 - Este é o Cobra do Norte (LP)
  • 1965 - Meu Nordeste (LP)
  • 1964 - O Rei da Munganga (LP)
  • 1963 - Cajueiro Abalou / Tomaram o Meu Amor (Compacto)
  • 1962 - Noé, Noé / Coco de Roda (Compacto)
  • 1962 - Vasante da Maré / Coco da Cajarana (Compacto)
  • 1962 - Salve Cosme e Damião / Rei do Cangaço (Compacto)
  • 1962 - Mariá / O Delegado Deu Ordem (Compacto)
  • 1962 - Forró de Zé Lagoa / Maria de Belém (Compacto)
  • 1961 - Rojão Nacional / Eu Vou Pra Lua (Compacto)
  • 1957 - Dança do Bombo / Balança o Coco (Compacto)
  • 1956 - Coco de 56 / Dance o Xaxado (Compacto)

Filmografia

  • 2009 - O Rei da Munganga ... Ele Mesmo (Documentário)
  • 1990 - Beijo 2348/72 ... Cantor de Forró
  • 1985 - Made In Brazil ... Cantor de Forró
  • 1979 - Vamos Cantar Disco Baby ... Cantor de Forró
#FamososQuePartiram #GenivalLacerda

Lady Francisco

LEYDE CHUQUER VOLLA BORELLI FRANCISCO DE BOURBON
(84 anos)
Atriz, Produtora e Diretora

☼ Belo Horizonte, MG (07/01/1935)
┼ Rio de Janeiro, RJ (25/05/2019)

Leyde Chuquer Volla Borelli Francisco de Bourbon, mais conhecida como Lady Francisco, foi uma atriz, produtora e diretora nascida em Belo Horizonte, MG, no dia 07/01/1935.

Lady Francisco era uma das três filhas de Mathilde e José Francisco, que era descendente de espanhóis, italianos e sírios e trabalhava como mascate. Depois de vender mercadorias de porta em porta, abriu uma loja de artigos infantis em Belo Horizonte chamada Casa do Guri, e tornou-se rico e influente.

Seu casarão no bairro nobre Floresta era frequentado por políticos, pelo prefeito, governador e senadores da República. Até mesmo o então deputado federal Juscelino Kubitschek era íntimo de seu pai. Por causa dessas ocasiões, o comerciante obrigava as filhas a se apresentarem muito bem vestidas.

Lady Francisco relatou que sofria bullying de sua própria mãe, que a considerava a mais feia das irmãs. Na época, a menina apresentava um comportamento agitado e tinha desmaios que eram atribuídos a uma suposta mediunidade. Isso fez com que seus pais a levassem a consultas com um psiquiatra, em cujo consultório era submetida a choques elétricos.

Mesmo tendo passado por aquelas experiências na infância, foi aeromoça e depois radialista. Participava também de concursos de beleza, em que conquistou diversos títulos, antes de tornar-se atriz na TV Itacolomi, pertencente ao grupo Diários Associados, de Assis Chateaubriand, que era amigo do seu pai e também frequentava a mansão da família.


Com cerca de vinte anos, Lady Francisco chegou a marcar casamento com um engenheiro, mas no dia da cerimônia descobriu que ele já tinha outra família. Não houve o casamento, mas passaram a viver juntos e tiveram dois filhos, Oscar Victor e Andrea. Separaram-se quando ela foi para o Rio de Janeiro em 1972, sozinha, para ingressar na TV Tupi e depois na TV Globo.

Nessa época, seu pai havia perdido quase toda a fortuna no jogo, perdendo as propriedades para pagar as dívidas, ficando a família praticamente na miséria.

Lady Francisco foi para o Rio de Janeiro decidida a vencer na carreira artística, e teve um começo muito difícil na cidade, chegando a ser assaltada e viver de favores, mas sempre ia para a porta da TV Tupi, até que um dia foi chamada para compor o júri do programa de Flávio Cavalcanti.

Sua trajetória a levou depois para a TV Globo onde, conta ela, chegou a sofrer abusos sexuais de um diretor de TV que ela só revela o nome se ele morrer primeiro. A atriz revelou também que sofreu um abuso sexual ainda mais pavoroso, tendo sido estuprada por quatro homens na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, ao desembarcar de um táxi. Um mês depois descobriu que estava grávida e realizou um aborto.

Lady Francisco nunca se casou, depois do relacionamento que teve em Belo Horizonte com o pai de seus filhos. Ela revelou que seu único "caso" mais sério foi com o dramaturgo Dias Gomes, depois que sua esposa e também dramaturga Janete Clair morreu.

Sua maior paixão, segundo relatou, foram os animais, pelos quais se declarava "violentamente apaixonada".


Para defender os animais e idosos, chegou a se candidatar a Deputada Estadual pelo Rio de Janeiro pelo Partido Republicano Brasileiro (PRB).

Lady Francisco começou a carreira artística na sua cidade natal, Belo Horizonte, no rádio e na TV Itacolomi, do grupo Diários Associados.

Entre 1972 e 1973, já na cidade do Rio de Janeiro, atuou na novela "Jerônimo, o Herói do Sertão" na TV Tupi. Depois transferiu-se para a TV Globo, onde atuou na novela "A Escrava Isaura" (1976), "Marrom Glacê" (1979), "Baila Comigo" (1981) e "Louco Amor" (1983).

Entre 2015 e 2016, participou da série "República do Peru", exibida pela TV Brasil em 26 episódios. Sua última participação na televisão foi em "Malhação: Vidas Brasileiras" (2018), da TV Globo.

Sua estreia no cinema deu-se na década de 1970, atuando nos filmes "Um Varão Entre as Mulheres" (1974), "O Padre Que Queria Pecar" (1975), "O Crime do Zé Bigorna" (1977) e "Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia" (1977). Também participou na direção de "O Preço do Prazer" (1979).

Na década de 1980, atuou em "Anjos do Sexo" (1981), que também co-dirigiu, "Os Rapazes das Calçadas" (1981), "Profissão Mulher" (1982) e "Punk - Os Filhos da Noite" (1986).

Seu último trabalho no cinema foi em 2019, no filme "Goitaca".

Música

A música brasileira já presenciou vários casos de canções que servem de referência e inspiração para novas composições. É o caso de "A Moça do Fuscão", curiosamente gravada pela atriz Lady Francisco em 1983, logo após o sucesso do Almir Rogério com "Fuscão Preto".

A música foi lançada num compacto simples da gravadora CID com poster Lady Francisco.

Morte

Em abril de 2019, Lady Francisco sofreu uma queda em sua casa, fraturando o fêmur. Em 02/05/2019 foi internada em um hospital na Barra da Tijuca para realizar um tratamento para correção da fratura, mas sofreu complicações respiratórias e precisou ser transferida para a UTI.

Três semanas depois da internação, o quadro clínico se agravou por causa de uma isquemia, tendo sido submetida a uma traqueostomia.

Lady Francisco faleceu na tarde de sábado, 25/05/2019, vítima de falência múltipla de órgãos, decorrente de isquemia enteromesentérica (transtorno vascular agudo dos intestinos).

Francisco Cuoco e Lady Francisco
Carreira

Televisão
  • 2018 - Malhação: Vidas Brasileiras ... Lorraine
  • 2015 - República do Peru ... Arlete
  • 2015 - Totalmente Demais ... Fátima
  • 2014 - Geração Brasil ... Marlene
  • 2013 - Saramandaia ... Silmara, a Mulher Barbada
  • 2013 - Louco Por Elas ... Loretta
  • 2012 - Cheias de Charme ... Madame Kastrup
  • 2009 - Chamas da Vida ... Safira
  • 2007 - Duas Caras ... Odete
  • 2005 - Alma Gêmea ... Generosa
  • 2000 - Marcas da Paixão ... Marinalva
  • 1998 - Por Amor ... Madame Consuelo
  • 1997 - O Amor Está no Ar ... Candoca Guimarães Ribeiro (Candê)
  • 1995 - Explode Coração ... Carmem
  • 1992 - As Noivas de Copacabana ... Dona da pensão onde Maryrose morava
  • 1990 - Barriga de Aluguel ... Yara
  • 1984 - Transas e Caretas ... Liana
  • 1983 - Louco Amor ... Gisela
  • 1981 - Baila Comigo ... Ondina
  • 1979/1982 - Os Trapalhões ... Vários Personagens
  • 1979 - Marron Glacê ... Eleonora
  • 1979 - Plantão de Polícia
  • 1978 - Pecado Rasgado ... Helena / Wânia
  • 1978 - O Pulo do Gato ... Regina
  • 1977 - Locomotivas ... Carla Lambrini
  • 1976 - Escrava Isaura ... Juliana
  • 1976 - O Feijão e o Sonho ... Tude
  • 1975 - Pecado Capital ... Rose
  • 1975 - Cuca Legal ... Berta Lammar
  • 1972 - Jerônimo, o Herói do Sertão ... Suzana / Ana Beatriz

Cinema
  • 2017 - Goitaca ... Mãe Ci/Iara - Mãe d'água
  • 2017 - Ódio ... Estela
  • 2010 - A Casa Errada ... Velha
  • 1987 - Sexo Selvagem dos Filhos da Noite
  • 1985 - O Verdadeiro Amante Sexual ... Marta
  • 1984 - Amenic - Entre o Discurso e a Prática
  • 1984 - Aguenta, Coração ... Tutuca
  • 1982 - Punk's - Os Filhos da Noite
  • 1982 - Profissão Mulher ... Vera
  • 1981 - Anjos do Sexo ... Lourdes
  • 1981 - Rapazes da Calçada ... Luís
  • 1979 - Uma Estranha História de Amor Mônica
  • 1979 - Viúvas Precisam de Consolo ... Dolores
  • 1979 - O Preço do Prazer
  • 1979 - Os Foragidos da Violência ... Paula
  • 1978 - Os Melhores Momentos da Pornochanchada ... Ela Mesma
  • 1978 - Desejo Violento
  • 1977 - Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia ... Lígia
  • 1977 - O Crime do Zé Bigorna ... Marlene
  • 1975 - Com as Calças na Mão ... Mulher no Bar
  • 1975 - O Roubo das Calcinhas ... Kátia
  • 1975 - O Padre Que Queria Pecar ... Mulher do Síndico
  • 1975 - As Deliciosas Traições do Amor Petúnia
  • 1975 - As Loucuras de um Sedutor
  • 1974 - Um Varão Entre as Mulheres ... Sandra

Fonte: Wikipédia
Indicação: Patrícia Veras
#FamososQuePartiram #LadyFrancisco

Luiz Melodia

LUIZ CARLOS DOS SANTOS
(66 anos)
Cantor, Compositor e Ator

☼ Rio de Janeiro, RJ (07/01/1951)
┼ Rio de Janeiro, RJ (04/08/2017)

Luiz Carlos dos Santos, mais conhecido como Luiz Melodia, foi um ator, cantor e compositor brasileiro nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 07/01/1951. Era filho do sambista e compositor Oswaldo Melodia, de quem herdou o nome artístico.

Luiz Melodia nasceu no Morro do Estácio, bairro da cidade do Rio de Janeiro. Filho de Oswaldo e Eurídice, descobriu a música ao ver o pai tocando em casa:
"Fui pegando a viola dele, tirando uns acordes, observando. Ele não deixava eu pegar a viola de 4 cordas que era uma relíquia, muito bonita, onde eu aprendi a tocar umas coisas!"
Apesar da precoce afinidade com a música, Luiz Melodia acabou contrariando seu pai, que sonhava vê-lo um "doutor" formado:
"Ele não apoiava, não adiantou coisíssima alguma, até porque as coisas foram acontecendo. Depois ele veio a curtir para caramba, quando ele faleceu, perdi um grande fã!"
Luiz Melodia começou sua carreira musical em 1963 com o cantor Mizinho, ao mesmo tempo em que trabalhava como tipógrafo, vendedor, caixeiro e músico em bares noturnos.

Em 1964 formou o conjunto musical Os Instantâneos, com Manoel, Nazareno e Mizinho.

Depois de abandonar o ginásio Luiz Melodia  passou a adolescência compondo e tocando sucessos da Jovem Guarda e bossa nova, com o grupo Instantâneos formado com amigos. Essa experiência, juntamente com a atmosfera em que vivia, do tradicional samba dos morros cariocas, resultaram em uma mescla de influências que renderam a Luiz Melodia um estilo único. Logo acabou por chamar atenção de um assíduo frequentador do Morro do Estácio, o poeta Waly Salomão e de Torquato Neto.


Através de Waly Salomão, Gal Costa acabou conhecendo um de seus compositores prediletos, resultando na gravação de "Pérola Negra" no disco "Gal a Todo Vapor" (1972). Pouco depois era vez de "Estácio, Holly Estácio", ganhar sua interpretação na voz de Maria Bethânia. Foi nesta época que o artista assumiu então o nome de Luiz Melodia, apropriando o sobrenome artístico de seu pai Oswaldo, e lançou no ano seguinte , 1973, seu primeiro e antológico disco "Pérola Negra".

Sua postura porém, mantinha a mesma irreverência e inquietude, do garoto que tocava Iê-Iê-Iê nos berços de samba carioca, que lhe rendeu um estilo musical inconfundível, assim como críticas que o consideravam um artista "maldito", ao lado de nomes como Fagner e João Bosco, por exemplo.
"Não éramos pessoas que obedeciam. Burlávamos, pode-se dizer assim, todas as ordens da casa, da gravadora. Rompíamos com situações que não nos convinham. Sempre acreditei naquilo que fiz e faço!"
(Luiz Melodia)

Sua carreira acabou por consolidar-se no disco seguinte, "Maravilhas Contemporâneas" (1976), popularizado pela canção "Mico de Circo", que seria gravado em seu retorno ao Rio de Janeiro.

Nas décadas seguintes, Luiz Melodia lançou diversos álbuns e realizou shows, inclusive internacionais.

Em 1987 apresentou-se em Chateauvallon, na França e em Berna, Suíça, além de participar em 1992 do III Festival de Música de Folcalquier, na França, e em 2004 do Festival de Jazz de Montreux à beira do lago Lemán, onde se apresentou no auditório Stravinski, palco principal do festival.

Já conhecido do público e tendo alcançado seu espaço no cenário da Música Popular Brasileira, Luiz Melodia lançou "Nós" (1980), incluindo "Codinome Beija-Flor".

No disco seguinte, "Relíquias" (1985), fez uma releitura com novos arranjos para sucessos como "Ébano" "Subanormal".

No registro intimista intenso de "Acústico - Ao Vivo" (1999), em que Luiz Melodia passeia novamente por sua obra, agora através da espontaneidade de um disco gravado ao vivo durante sua turnê nacional, considerado sucesso de público e crítica.

Década de 70

Em 1972, sua música "Pérola Negra" foi gravada por Gal Costa no LP "Gal a Todo Vapor", através dos poetas-compositores Waly Salomão e de Torquato Neto, que o ouviram no bairro carioca do Estácio, onde morava o compositor. Nesse mesmo ano, Maria Bethânia gravou sua composição "Estácio, Holly Estácio"

Em 1973, lançou o primeiro LP, "Pérola Negra", registrando suas composições "Magrelinha", "Estácio, Holly Estácio", "Vale Quanto Pesa""Farrapo Humano", entre outras.

Dois anos depois, em 1975, foi finalista do Festival Abertura, da TV Globo, com a música "Ébano".

Em 1976 sua música "Juventude Transviada" foi incluída na trilha sonora da novela "Pecado Capital" da TV Globo e gravada no seu LP "Maravilhas Contemporâneas".

Ainda nos anos 1970, quando começou a ser mais conhecido, participou do Projeto Pixinguinha, dividindo o palco com Zezé Motta.

No ano de 1978 gravou o LP "Mico de Circo".

Décadas de 80 e 90

Na década de 80 lançou os LPs "Nós" (1980), "Felino" (1983), "Claro" (1985) e "Pintando o Sete" (1989). Este último incluiu um de seus maiores sucessos, "Codinome Beija-Flor" (Cazuza, Ezequiel Neves e Reinaldo Arias.

Em 1991, gravou "Codinome Beija-Flor" para a trilha sonora de "O Dono do Mundo", novela da TV Globo.

No ano de 1995 lançou o CD "Relíquias", e fez participação especial no CD "Guitarra Brasileira", de Renato Piau, no qual interpretou "Me Beija" (Luiz Melodia, Renato Piau e Tureko). No disco também interpretou "Fadas" (Luiz Melodia).

Em 1997 lançou o CD "14 Quilates".

Em 1998, participou do disco-homenagem "Balaio do Sampaio", de Sérgio Sampaio, produzido por Sérgio Natureza, no qual interpretou a faixa "Cruel" (Sérgio Sampaio).

Em 1999, lançou "Luiz Melodia: Acústico, Ao Vivo", gravado no Teatro Rival, no Rio de Janeiro, com a participação de Renato Piau (violão de aço e náilon) e Perinho Santana (violão de náilon e guitarra). Interpretou também músicas de outros compositores, como Zé Kéti e Hortêncio Rocha na faixa "Diz Que Fui Por Aí".

2000 - 2006

No ano 2000 realizou o mesmo show no Garden Hall, no Rio de Janeiro.

Em 2001, lançou o CD "Retrato do Artista Quando Coisa", com arranjos de cordas e sopros. O disco, produzido pelo guitarrista Perinho Santana, com arranjos sofisticados de sopros e cordas na maioria das faixas, contou com a participação de Ricardo Silveira (guitarra) e Luiz Alves (baixo acústico). No repertório incluiu suas composições "Feeling da Música" (Luiz Melodia, Ricardo Augusto e Hyldon), "Gotas de Saudade" (Luiz Melodia e Perinho Santana), "Lorena" (Luiz Melodia, Renato Piau e Mahal), que contou com a participação de seu filho Mahal, "Brinde" (Luiz Melodia e Ricardo Augusto), "Esse Filme Eu Já Vi" (Luiz Melodia e Renato Piau), "Perdido" (Luiz Melodia e Cara Feia), "Boa Atmosfera" (Luiz Melodia e Cara Feia), "Quizumba" (Luiz Melodia e Cara Feia), e a faixa-título, sobre versos de Manoel de Barros, além de "Otimismo" (Célio José e Marize Santos), "Levanta a Cabeça" (Ivan Nascimento e Osvaldo Nunes), "Sempre Comigo" (William Duba e Anísio Silva) e "Poderoso Gangster" (Guida Moira).

Lançou no ano de 2002 o CD e o DVD "Luiz Melodia Convida - Ao Vivo", gravado no Pólo Cine Vídeo, no Rio de Janeiro, com a participação de Zeca Pagodinho, Zezé Motta e Luciana Mello, entre outros artistas. O CD ganhou como faixa bônus "Presente Cotidiano", dueto com Gal Costa gravado em estúdio.

Apresentou-se, em 2005 no Parque dos Patins, no Rio de Janeiro, dentro do projeto Vivo na Lagoa. Neste mesmo ano participou do CD "Um Pouco de Mim - Sérgio Natureza e Amigos", no qual interpretou "Vela no Breu" (Paulinho da Viola e Sérgio Natureza).

Em 2006, apresentou-se no Teatro Rival BR, no Rio de Janeiro e foi capa da revista Carioquice, editada pelo Instituto Cultural Cravo Albin. Neste mesmo ano, ao lado de Eudes Fraga, Wanda Sá e Claudia Telles, participou do CD "Par ou Ímpar", de Marcelo Lessa e Paulinho Tapajós, no qual interpretou a faixa "Veludo Azul".

MTV 2008 - Estação Melodia MTV

Há sete anos, Luiz Melodia acalentava a ideia de um projeto sobre samba. Paralelo a isso, em meados de 2006, o cantor foi convidado para fazer um show especial em comemoração aos 70 anos do Teatro Rival, no Rio de Janeiro. Focado em sambas de várias épocas, o espetáculo seria o embrião, por assim dizer, do disco "Estação Melodia", cujo repertório é a base do espetáculo que originou estes CD, DVD e programa Especial MTV.

No carnaval de 2016, o repertório foi fechado e um desejo antigo começava a se delinear. Assim, cinco anos depois de seu último CD em estúdio, Luiz Melodia voltava à cena com um trabalho de interpretação, que não deixa, em última instância, de ser também de composição: a assinatura que o cantor imprime às canções é tão particular, que perpassa a nítida impressão de co-autoria.

Álbum Zerima (2014)

Em 2011 participou do quarto disco solo do titã Sérgio Britto, lançado em setembro de 2011, "Purabossanova".

Em 2013 apresentou-se no Teatro Rival, no Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, foi lançada a caixa "Três Tons de Luiz Melodia", contendo três álbuns gravados pelo cantor em três décadas diferentes: "Pérola Negra" (1973), "Felino" (1983) e "Pintando o Sete" (1991).

Em 2014 lançou em show no Teatro Rival BR, no Rio de Janeiro, o CD "Zerima", seu 13º disco solo. Há 13 anos sem um disco de inéditas, Luiz Melodia voltou ao seu típico gênero musical. O samba e outras bossas, ouvido nas 14 faixas é tão pessoal e intransferível quanto sua ótima qualidade vocal.

Cheio da classe e do suingue habituais, Luiz Melodia apresenta novas composições como "Cheia de graça" (Luiz Melodia), cujos versos "o desejo é fera que devora" dão a tônica amorosa que perpassa o trabalho. Um amor dolente com jeito de fossa, como em "Dor de Carnaval" (Luiz Melodia), que conta com a participação especial da cantora e compositora paulista Céu.

Prêmios

Em 2015 ganhou o Prêmio Música Popular Brasileira na Categoria MPB - Canção Popular - Melhor Cantor pelo disco "Zerima". Neste mesmo ano fez turnê de lançamento do CD "Zerima", por Belo Horizonte, Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, em show no Circo Voador, na Lapa, zona boêmia da cidade.

Morte

Luiz Melodia morreu na madrugada de sexta-feira, 04/08/2017, por volta das 5h00, aos 66 anos. Luiz Melodia lutava contra um câncer na medula. Ele chegou a ser submetido a um transplante. O câncer voltou e o estado de saúde do cantor se agravou bastante na última quinta-feira, 03/08/2017.

O hospital Hospital Quinta D'Or em que Luiz Melodia faleceu informou através de uma nota:
"A direção do Hospital Quinta D'Or informa que Luiz Carlos dos Santos, o cantor Luiz Melodia, faleceu na madrugada desta sexta-feira, 04/08 em decorrência do agravamento do câncer de medula óssea, que estava em tratamento no Centro de Oncologia da unidade"
O velório ocorrerá na sexta-feira, 04/08/2017, a partir das 18h00, aberto ao público, na quadra da Escola de Samba Estácio de Sá, na Cidade Nova, Zona Central do Rio de Janeiro. O sepultamento acontecerá às 10h00 de sábado, 05/08/2017, no Cemitério do Catumbi, Zona Norte do Rio de Janeiro.

Luiz Melodia foi casado com a cantora, compositora e produtora Jane Reis de 1977 até sua morte, e era pai do rapper Mahal Reis.

Discografia
  • 1973 - Pérola Negra
  • 1976 - Maravilhas Contemporâneas
  • 1978 - Mico de Circo
  • 1980 - Nós
  • 1983 - Felino
  • 1987 - Decisão
  • 1988 - Claro
  • 1991 - Pintando o Sete
  • 1995 - Relíquias
  • 1997 - 14 Quilates
  • 1999 - Acústico ao Vivo
  • 2001 - Retrato do Artista Quando Coisa
  • 2003 - Luiz Melodia Convida
  • 2007 - Estação Melodia
  • 2008 - Especial MTV - Estação Melodia Ao Vivo
  • 2014 - Zerima

Fonte: Wikipédia e Veja
Indicação: Miguel Sampaio, Valmir BonvenutoJoão Veras e Neyde Veras
#FamososQuePartiram #LuizMelodia

J. Silvestre

JOÃO SILVESTRE
(77 anos)
Ator, Escritor, Jornalista e Apresentador de TV

* Salto, SP (14/12/1922)
+ Fort Lauderdale, Estados Unidos (07/01/2000)

J. Silvestre começou a sua carreira profissional no rádio, no ano de 1941, atuando como locutor. De 1941 a 1945 trabalhou na Rádio Bandeirantes, da capital paulista, ganhando experiência como ator, sonoplasta, contra-regra, ensaiador e autor. Escreveu, nesse período, seus primeiros contos, novelas e peças para radio-teatro, com uma produção nesse campo que cresceu rapidamente.

Em 1945 transferiu-se para a Rádio Tupi, no Rio de Janeiro, de onde partiu para realizar seu primeiro trabalho em propaganda, na Standard.

Em 1946 voltou para São Paulo e para o radioteatro, na Rádio Cultura, atuando como ator, autor e diretor.

Foi nessa estação, Rádio Cultura, em 1947, que se iniciou na carreira de animador e apresentador de programa de calouros.

Retornou em 1950 à Rádio Tupi e no mês de setembro participou, como apresentador, da primeira transmissão da TV Tupi em caráter experimental, num programa estrelado por Frei José Mojica. Daí em diante, foi cada vez mais absorvido pela televisão.


Em 1952 transferiu-se novamente para São Paulo, permanecendo na TV Tupi, e foi, na época, dos primeiros profissionais brasileiros a escrever e interpretar telenovelas. Entre elas a de maior destaque, "Os Quatro Filhos" (1965).

Acumulou, no curso de quatro anos, uma vasta bagagem de contos, novelas e peças de radioteatro (encontrou tempo para uma experiência teatral, como ator e autor, no Teatro de Arena) e foi em 1956, na televisão, que J. Silvestre registrou o seu grande sucesso como apresentador de "O Céu é o Limite".

Já então trabalhando exclusivamente na televisão, inaugurando várias emissoras em todo o país, ainda pôde dedicar-se à propaganda e viveu um período profissional de contínuas viagens no eixo Rio - São Paulo, para atender a compromissos nas duas cidades. Com o advento da Embratel, lançou o primeiro programa em cadeia no Brasil, "Domingo Alegre da Bondade", originado na TV Tupi do Rio de Janeiro.

Em 1972 afastou-se da televisão, só voltando em 1976 com um programa jornalístico diário de fim de noite. Esse período, ausente do vídeo, dedicou-se ao livro "Como Vencer na Televisão" apresentado aos leitores brasileiros.

João Oscar e J. Silvestre
Foi convidado pelo presidente da República e nomeado presidente da Radiobrás em Brasília durante a gestão do então presidente João Figueiredo.

Prosseguiu em sua carreira nos anos 80, no SBT com os programas "Show Sem Limite" e, na TV Bandeirantes os programas "Programa J. Silvestre", no mesmo formato de "O Show Sem Limite", e "Essas Mulheres Maravilhosas", sempre com muito sucesso, sempre líder de audiência no seu horário. Ainda na TV Bandeirantes, J. Silvestre criou uma serie de programas diários de prêmios e variedades com novos apresentadores.

Em apresentações especiais na Rede Globo, homenageou personalidades como Renato Aragão e Xuxa com um de seus quadros mais conhecidos: "Esta é a Sua Vida". Estes programas especiais foram repetidos varias vezes emissora.

Em 1997, na TV Manchete em um novo programa: "Domingo Milionário". Pela primeira vez J. Silvestre não teve participação na produção ou formulação deste programa. O programa nunca refletiu suas idéias. Mas este programa ficou pouco tempo no ar, e J. Silvestre não voltaria mais para a televisão falecendo em 2000.

Fonte: Programa J. Silvestre