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Chico de Oliveira

FRANCISCO MARIA CAVALCANTI DE OLIVEIRA
(85 anos)
Sociólogo

☼ Recife, PR (07/11/1933)
┼ São Paulo, SP (10/07/2019)

Francisco Maria Cavalcanti de Oliveira, mais conhecido como Chico de Oliveira, foi um sociólogo nascido em Recife, PE, no dia 07/11/1933.

Doutor por notório saber pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) em 1992, participou do grupo inicial de pesquisadores do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP) e foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT), com o qual rompeu em 2003.

Graduado em Ciências Sociais em 1956 na Faculdade de Filosofia da Universidade do Recife, atual Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), pertenceu aos quadros técnicos do Banco do Nordeste do Brasil S.A. (BNB), entre 1956 e 1957, e da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) entre 1959 e 1964, onde trabalhou com Celso Furtado.

Após o golpe de 1964, ficou preso por dois meses. Posteriormente, deixou a cidade do Recife e mudou-se para o Rio de Janeiro.

Professor de Sociologia do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), foi aposentado compulsoriamente pelo Ato Institucional Número Cinco (AI-5).

Ingressou no Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP) em 1970, a convite de Octavio Ianni. Do grupo inicial do CEBRAP, também fizeram parte Boris Fausto, Cândido Procópio Ferreira de Camargo, Carlos Estevam Martins, Elza Berquó, Fernando Henrique Cardoso, Francisco Weffort, José Arthur Giannotti, José Reginaldo Prandi, Juarez Rubens Brandão Lopes, Leôncio Martins Rodrigues, Luciano Martins, Octavio Ianni, Paul Singer e Roberto Schwarz.

No Partido dos Trabalhadores (PT), integrou 1ª Diretoria Executiva da Fundação Wilson Pinheiro - fundação de apoio partidária instituída pelo Partido dos Trabalhadores (PT) em 1981, antecessora da Fundação Perseu Abramo. Coordenador-executivo do Centro de Estudos dos Direitos da Cidadania (CENEDIC) da Universidade de São Paulo (USP), deixou o Partido dos Trabalhadores (PT) e filiou-se ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).


Em 2003, ano em que deixou o Partido dos Trabalhadores (PT), Chico de Oliveira disse que Lula nunca foi de esquerda.

Em 25/08/2006, foi-lhe concedido o título de Doutor Honoris Causa na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por iniciativa do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Em 28/08/2008, foi-lhe concedido o título de Professor Emérito pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP).

Nas eleições de 2010 afirmou que "Lula é mais privatista que FHC. Privatista numa escala que o Brasil nunca conheceu!".

Em 22/11/2010, foi-lhe concedido o título de Doutor Honoris Causa na Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Em 2012, durante entrevista no programa Roda Viva, da TV Cultura, desabafou: "Lula é sem caráter e oportunista!".

Em 2016 disse não acreditar nas acusações contra o ex-presidente: "Não é verdade. Lula não é nenhum ladrão, para meter a mão no dinheiro público!", disse ao Zero Hora.

Chico de Oliveira foi candidato a reitor da Universidade de São Paulo (USP), representando a chapa de oposição. Contudo, não poderia se eleger segundo o estatuto da Universidade, pois era aposentado. Ele reconheceu, contudo, que o problema da Universidade de São Paulo se explicava mais pelo "anacronismo de suas regras estatutárias e legais, e menos pela má qualidade de seus gestores" e era forte crítico do estatuto disciplinar da Universidade, que ele avaliava como sendo uma herança do período ditatorial. Também defendia a autonomia universitária e seu caráter de conquista popular, posicionando contra o corte ou deslocamento de verbas públicas: "Isso é conversa de economista liberal!".

Morte

Chico de Oliveira faleceu na madrugada de quarta-feira, 10/07/2019, aos 85 anos, enquanto se recuperava, em casa, de uma pneumonia. A causa da morte não foi divulgada.

Prêmios Homenagens

Chico de Oliveira recebeu o prêmio Jabuti em 2004, na categoria Ciências Humanas, pelo livro "Crítica à Razão Dualista / O Ornitorrinco", publicado pela editora Boitempo.

Em 2013, foi o homenageado do IV Curso Livre Marx-Engels, organizado pela editora Boitempo e pelo Serviço Social do Comércio (SESC).

Bibliografia

Entre suas principais obras, destacam-se:
  • Hegemonia às Avessas: Economia, Política e Cultura na Era da Servidão Financeira
  • A Economia Brasileira: Crítica à Razão Dualista / O Ornitorrinco
  • Elegia Para Uma Re(li)gião
  • O Elo Perdido: Classe e Identidade de Classe em Salvador
  • Os Direitos do Antivalor
  • Os Cavaleiros do Antiapocalipse (Em colaboração com Álvaro Comin)
  • Os Sentidos da Democracia (Em colaboração com Maria Célia Paoli)
  • Brasil: Uma Biografia Não Autorizada


Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #ChicodeOliveira

João Paulo Adour

JOÃO PAULO ADOUR DA CÂMARA
(78 anos)
Ator

☼ Rio de Janeiro, RJ (07/11/1939)
┼ Rio de Janeiro, RJ (03/09/2018)

João Paulo Adour da Câmara foi um ator brasileiro nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 07/11/1939.

João Paulo Adour fez fama nos anos 1970, após a estreia na TV Globo, em "A Ponte dos Suspiros" (1969). Atuou em tramas de Dias Gomes, como "Verão Vermelho" (1970), "Assim na Terra Como no Céu" (1970), "Bandeira 2" (1971) e "O Bem-Amado" (1973), como Cecéu, filho do prefeito Odorico Paraguaçu, interpretado por Paulo Gracindo.

João Paulo Adour se ausentou da TV após "Novo Amor" (1986), novela de Manoel Carlos exibida na extinta Rede Manchete. Ele também acumulou experiências no cinema e no teatro. Em matéria da revista Contigo! publicada anos atrás, o ator afirmou ter se afastado da profissão para administrar os negócios da família.

Morte

João Paulo Adour faleceu na segunda-feira, 03/09/2018, aos 78 anos, no bairro da Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro, RJ. Ele vivia sozinho e foi encontrado morto. A família disse que vizinhos desconfiaram de falta de movimentação e entraram no apartamento, onde o encontraram sem vida. Agentes da Polícia Militar constataram que o imóvel foi revirado.

Carreira

Televisão

  • 1986 - Novo Amor ... Miguel
  • 1984 - Corpo a Corpo ... Orlando
  • 1981 - Brilhante ... Sérgio
  • 1980 - As Três Marias ... Afonso
  • 1980 - Olhai os Lírios do Campo ... Ernesto
  • 1977 - Dona Xepa ... Ivan
  • 1975 - O Grito ... Rogério
  • 1975 - Gabriela ... Osmundo Pimentel
  • 1973 - O Bem-Amado ... Cecéu Paraguaçu
  • 1972 - Selva de Pedra ... Guido
  • 1972 - Bandeira 2 ... Luiz Cláudio
  • 1971 - Assim na Terra Como no Céu ... Marcos
  • 1970 - Verão Vermelho ... Eduardo
  • 1969 - Um Gosto Amargo de Festa ... Rogério
  • 1969 - A Ponte dos Suspiros
Cinema

  • 1968 - As Sete Faces de um Cafajeste ... Sérgio
  • 1967 - Cara a Cara ... Amigo

Fonte: Wikipédia e O Fuxico
#FamososQuePartiram #JoaoPauloAdour

Ary Barroso

ARY DE RESENDE BARROSO
(60 anos)
Compositor e Locutor

* Ubá, MG (07/11/1903)
+ Rio de Janeiro, RJ (09/02/1964)

Filho do deputado estadual e promotor público João Evangelista Barroso e Angelina de Resende. Aos oito anos, órfão de pai e mãe, Ary Barroso foi adotado pela avó materna, Gabriela Augusta de Resende.

Realizou estudos curriculares na Escola Pública Guido Solero, externato mineiro do professor Cícero Galindo, Ginásio São José, Ginásio Rio Branco, Ginásio de Viçosa, Ginásio de Leopoldina e Ginásio de Cataguases.

Estudou teoria, solfejo e piano com a Tia Ritinha. Com doze anos já trabalhava como pianista auxiliar no Cinema Ideal, em Ubá. Aos treze anos trabalhou como caixeiro da loja A Brasileira e com quinze anos fez a primeira composição, um cateretê "De Longe".

Em 1920, com o falecimento do tio Sabino Barroso, ex-Ministro da Fazenda, recebeu uma herança de 40 contos (milhões de reis). Então, aos 17 anos veio ao Rio de Janeiro estudar Direito, ali permanecendo sob a tutela do Drº Carlos Peixoto.

Aprovado no vestibular, ingressa em 1921 na então Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A faculdade seria importante na consolidação da veia artística, esportiva e política.

Quando calouro, foram colegas de faculdade mais chegados: Luís Gallotti (Jurista, Dirigente Esportivo e posteriormente Ministro do STF), João Lira Filho (Jurista e Professor), Gastão Soares de Moura Filho (Dirigente Esportivo), João Martins de Oliveira, Nonato Cruz, Odilon de Azevedo (Ator), Taques Horta, Anésio Frota Aguiar (Jurista, Político e Escritor).

Adepto da boêmia, é reprovado na faculdade, abandonando os estudos no segundo ano. Suas economias exauriram o que o fez empregar-se como pianista no Cinema Íris, no Largo da Carioca e, mais tarde, na sala de espera do Teatro Carlos Gomes com a orquestra do maestro Sebastião Cirino. Tocou ainda em muitas outra orquestras.

Em 1926 retoma os estudos de Direito, sem deixar a atividade de pianista. Dois anos depois é contratado pela orquestra do maestro Spina, de São Paulo, para uma temporada em Santos e Poços de Caldas. Nessa época, Ary Barroso resolve dedicar-se à composição. Compõe "Amor de Mulato", "Cachorro Quente" e "Oh! Nina", em parceria com Lamartine Babo, seu contemporâneo na Faculdade de Direito.

Em 1929 obtém, finalmente, o bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais. Seu colega de faculdade e grande incentivador, Mário Reis, grava "Vou a Penha" e "Vamos Deixar de Intimidades", que se tornou o primeiro sucesso popular.

Nos anos 1930, escreveu as primeiras composições para o teatro musicado carioca. "Aquarela do Brasil" teve a primeira audição na voz de Aracy Côrtes e regravada diversas vezes no Brasil e no exterior. Recebeu o diploma da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood pela trilha sonora do longa-metragem "Você Já Foi à Bahia?" (1944), de Walt Disney.

A partir de 1943, manteve durante vários anos o programa "A Hora do Calouro", na Rádio Cruzeiro do Sul do Rio de Janeiro, no qual revelou e incentivou novos talentos musicais. Também trabalhou como locutor esportivo (proporcionado momentos inusitados ao sair para comemorar os gols do seu time, o Flamengo).

Autor de centenas de composições em estilos variados, como choro, xote, marcha, foxtrote e samba. Entre outras canções, compôs "Tabuleiro da Baiana" (1937), "Os Quindins de Yayá" (1941), "Boneca de Piche", e outras.

Durante os a década de 1940 e a década de 1950 compôs vários dos sucessos consagrados por Carmem Miranda no cinema. Ao compor "Aquarela do Brasil" inaugurou o gênero samba-exaltação. 

No centenário do compositor Ary Barroso, em 2003, a Rede STV SESC SENAC foi a única a produzir um documentário especial de 60 minutos sobre a vida deste brasileiro único, intitulado "O Brasil Brasileiro de Ary Barroso", com depoimentos de Sérgio Cabral (Biógrafo), Dalila Luciano, Carminha Mascarenhas, Carmélia Alves, Roberto Luna, e a filha de Ary Barroso, Mariúza. A direção foi de Dimas Oliveira Junior e produção de WeDo Comunicação.

Ary Barroso também era locutor esportivo. Torcedor confesso do Flamengo, torcia descaradamente a favor do rubro-negro nas transmissões que eram feitas pelo rádio. Quando o Flamengo era atacado, ele dizia mensagens do tipo: "Ih, lá vem os inimigos. Eu não quero nem olhar!", se recusando claramente a narrar o gol do adversário. Quando o embate era realizado entre equipes que não fossem o Flamengo, sempre que saía um gol, primeiro ele narrava, e depois tocava uma gaita.

Fonte: Wikipédia

Maria Dealves

MARIA ALVES
(60 anos)
Atriz

* Lagarto, SE (07/11/1947)
+ Rio de Janeiro, RJ (08/05/2008)

Foi uma atriz, cantora, dançarina, instrumentista, diretora e professora de interpretação que era conhecida como Maria Alves, e depois passou a ser creditada como Maria Dealves.

Desde o ano de 2000, após fazer numerologia, ela usava o nome Maria Dealves, deixando entre parênteses o nome antigo. Creditada, por vezes, também como Maria DeAlves.

Maria Dealves teve uma carreira cinematográfica extensa, indo da metade dos anos 1960 até os anos 2000.

Maria Dealves estreou com um personagem de destaque no filme "Perdida", de 1973, mas seu primeiro filme mesmo, com pequena participação, foi em l964, "Lana Rainha Das Amazonas", uma co-produção alemã com a Atlântida, com Cyll Farney e Géza Von Cziffra.

Depois de atuações em filmes de Carlos Hugo Christensen e Zelito Viana, teve papel de destaque em "Perdida" (1973), de Carlos Alberto Prates Correia (1973) - indicada como Melhor Atriz Coadjuvante para o APCA - Associação Paulista de Críticos de Arte. A partir daí, marcou presença em vários filmes, de cineastas importantes como Bruno Barreto, Hector Babenco e Walter Salles.

Com Hugo Carvana, Maria Dealves teve boa presença em `Se Segura Malandro´, em 1978, e voltou a atuar sob as lentes do ator e diretor em 1987, em "Vai Trabalhar Vagabundo II".

Teve longa carreira também na TV, onde estreou em novelas em "Irmãos Coragem" (1970), e atuou em várias outras, como "Baila Comigo" (1981), de Manoel Carlos, por cujo trabalho recebeu o Prêmio Coadjuvante de Ouro, por Artur da Távola, além de, minisséries, seriados e especiais.

Mesmo com o extenso trabalho na TV, Maria Dealves não deixou sua carreira cinematográfica de lado. Alguns outros destaques de seu trabalho de atriz são em "O Cortiço", "Para Viver Um Grande Amor", "Noites do Sertão" e "Sombras de Julho".

Ela também dirigiu, roteirizou e atuou no curta "Elisa" (2001) e no média "Ator Profissão Amor" (2002) - esse último, selecionado para o Festival BR 2003 e para ser exibido na Biblioteca Nacional de Paris no evento França/Brasil 2005.

Sua última participação no cinema foi no filme "Sólo Dios Sabe", de 2006.

No teatro, participou, dentre outras peças, dos elencos dos musicais "Gota D´Água" e "Ópera do Malandro".

Em 2007, Maria Dealves tomou posse do cargo de Diretora para Assuntos Institucionais do Sindicatos dos Artistas do Rio de Janeiro (SATED/RJ), na gestão de Jorge Coutinho.

Ela morreu no Rio de Janeiro, vítima de câncer.

Principais Trabalhos no Cinema:

2006 - Sólo Dios Sabe ... Duda
1999 - Mauá - O Imperador e o Rei ... Matilde
1996 - O Lado Certo da Vida Errada
1995 - Sombras de Julho
1991 - A Grande Arte
1991 - Vai Trabalhar, Vagabundo II
1991 - Demoni 3
1987 - La Via Dura
1987 - Romance da Empregada
1985 - Fonte da Saudade
1984 - Para Viver Um Grande Amor
1984 - Noites do Sertão ... Dô-Nhã
1981 - O Seqüestro ... Petrolina
1981 - A Mulher Sensual
1979 - Gargalhada Final
1979 - O Bom Burguês
1978 - Coronel Delmiro Gouveia
1978 - Se Segura, Malandro! ... Marilu
1978 - O Cortiço
1977 - Gente Fina É Outra Coisa
1977 - O Jogo da Vida
1976 - Perdida
1975 - A Extorsão
Na Televisão:

2001 - As Filhas da Mãe
1999 - Louca Paixão ... Iracema Rangel
1997 - Por Amor ... Maria
1996 - Xica da Silva ... Rosa
1995 - História de Amor ... Nazaré
1994 - A Viagem ... Francisca
1993 - Fera Ferida
1993 - Você Decide
1991 - Felicidade ... Maria
1991 - Na Rede de Intrigas (Minissérie)
1990 - Rosa dos Rumos ... Maurina (Minissérie)
1989 - Kananga do Japão ... Isaura
1987 - Mandala ... Carmem
1986 - Selva de Pedra
1985 - Tenda dos Milagres (Minissérie)
1985 - O Tempo e o Vento (Minissérie)
1983 - Voltei Pra Você ... Paciência
1982 - Sol de Verão
1982 - Lampião e Maria Bonita (Minissérie)
1979 - Marrom-Glacê ... Bizuca
1979 - Plantão de Polícia ... Odete
1970 - Irmãos Coragem

Fonte: Wikipédia e Dramaturgia Brasileira - In Memoriam

Anselmo Duarte

ANSELMO DUARTE BENTO
(89 anos)
Ator, Roteirista, Diretor, Produtor e Editor

* Salto, SP (21/04/1920)
+ São Paulo, SP (07/11/2009)

O ator, roteirista e cineasta Anselmo Duarte Bento, mais conhecido como Anselmo Duarte, começou no cinema como molhador de tela, aos 10 anos de idade. No tempo das fitas mudas, o projetor ficava atrás da tela e a esquentava. Era preciso jogar água a cada dois rolos de filme para evitar incêndios.

Na infância, Anselmo Duarte queria ser projecionista, como o irmão Alfredo. Essa experiência foi usada em um dos filmes de Anselmo Duarte, "O Crime do Zé Bigorna", ambientado em 1928. Na trama, enquanto Charles Chaplin agitava a tela, Lima Duarte e Stênio Garcia a molhavam.

O primeiro trabalho de Anselmo Duarte como ator foi no filme inacabado de Orson Welles "It's All True" (1942).

Anselmo Duarte foi o maior galã do cinema brasileiro nos anos 40 e 50, estrelando obras na Cinédia, na Atlântida e na Vera Cruz. Seu primeiro trabalho como diretor, "Absolutamente Certo" (1957), era uma comédia como aquelas que lhe deram fama como ator e estrelada por ele e Dercy Gonçalves.

Em 1962, lançou "O Pagador de Promessas", o único filme brasileiro a receber o maior prêmio mundial do cinema, a Palma de Ouro no Festival de Cannes. O jovem diretor venceu concorrentes que pertencem à história cinematográfica, como Luis Buñuel, "O Anjo Exterminador", Michelangelo Antonioni, "O Eclipse", e Robert Bresson, "O Julgamento de Joana d'Arc".

Na premiação em Cannes, a embaixada brasileira em Paris não emprestou a bandeira brasileira para o Festival. Depois de alguma confusão, Anselmo Duarte teve de tomar uma bandeira emprestada, que tinha metade do tamanho oficial. Por isso, só foi hasteada a bandeira do vencedor, pois, caso as outras fossem abertas, ela destoaria.

De volta ao Brasil, os diretores do Cinema Novo moveram uma campanha que contra "O Pagador de Promessas".

"Fizeram de tudo para denegrir a minha conquista, que foi referendada em vários outros festivais naquele ano."
(Anselmo Duarte)


Segundo ele, a campanha se manteve com o filme seguinte, "Veredas da Salvação" (1964), duramente criticado na imprensa brasileira e elogiado no exterior, em especial no Festival de Berlim. O filme, estrelado por Raul Cortez, Lélia Abramo, José Parisi e Maria Isabel de Lizandra hoje é considerado cult.

Como ator, um de seus filmes preferidos é "Sinhá Moça" (1953), de Tom Payne, no qual ele faz um belo discurso em favor da liberdade. Anselmo Duarte contracena com Eliane Lage nessa história do século 19, de uma jovem que se apaixona por advogado e vive um grande drama de amor, numa época em que as idéias abolicionistas ganhavam força e eram violentamente combatidas. O filme, produção da Vera Cruz, ganhou o Prêmio Especial do Júri, em Veneza. A atuação de Anselmo Duarte também foi elogiada no papel do compositor Zequinha de Abreu, em "Tico-Tico no Fubá" (1952) ao lado de Tônia Carrero.

Dos filmes feitos na Cinédia, o destaque é "Pinguinho de Gente" (1947). Na Atlântida, Anselmo Duarte atuou e refez o roteiro de "Carnaval no Fogo", do diretor Watson Macedo. Foi também ator em "Independência ou Morte" (1972) e seu último trabalho foi no filme "Brasa Adormecida" na década de 80, estrelado por Maitê Proença e Edson Celulari. Nesse filme ele atuou ao lado da ex-mulher, a atriz Ilka Soares, que ele conheceu na Vera Cruz e com quem teve um filho.


A Morte

O diretor estava internado no Hospital das Clínicas, em São Paulo, desde o dia 28 de outubro de 2009, após ter sofrido o terceiro Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ele também lutava contra um câncer na bexiga, diagnosticado em agosto do mesmo ano.

Segundo o filho do diretor, o empresário Ricardo Duarte, o corpo do cineasta foi levado para a cidade natal do diretor, Salto, no interior paulista. Lá, recebeu uma breve homenagem da prefeitura e foi enterrado no Cemitério Municipal da cidade.

Além de Ricardo Duarte, o diretor também é pai de Anselmo Duarte Júnior, Lídia Soares Duarte e Regina Hooper Duarte.

Carreira Ator
  • 1987 - Brasa Adormecida
  • 1982 - Tensão No Rio
  • 1979 - Feijão Maravilha (Novela)
  • 1978 - Embalos Alucinantes
  • 1976 - Paranóia
  • 1976 - Já Não Se Faz Amor Como Antigamente
  • 1976 - Ninguém Segura Essas Mulheres
  • 1975 - A Casa Das Tentações
  • 1974 - A Noiva Da Noite
  • 1974 - O Marginal
  • 1972 - Independência Ou Morte
  • 1968 - A Madona De Cedro
  • 1968 - Juventude E Ternura
  • 1967 - O Caso Dos Irmãos Naves
  • 1967 - A Espiã Que Entrou Em Fria
  • 1961 - As Pupilas Do Senhor Reitor
  • 1960 - Un Rayo De Luz
  • 1958 - O Cantor E O Milionário
  • 1957 - Absolutamente Certo
  • 1957 - Arara Vermelha
  • 1956 - Depois Eu Conto
  • 1956 - O Diamante
  • 1955 - Carnaval Em Marte
  • 1955 - Sinfonia Carioca
  • 1953 - Sinhá Moça
  • 1952 - Veneno
  • 1952 - Apassionata
  • 1952 - Tico-Tico No Fubá
  • 1951 - Maior Que O Ódio
  • 1950 - Aviso Aos Navegantes
  • 1950 - A Sombra Da Outra
  • 1949 - Pinguinho De Gente
  • 1949 - O Caçula Do Barulho
  • 1949 - Carnaval No Fogo
  • 1948 - Terra Violenta
  • 1948 - Inconfidência Mineira
  • 1947 - Querida Susana
  • 1947 - Não Me Digas Adeus

Carreira Roteirista

  • 1979 - O Caçador De Esmeraldas
  • 1977 - O Crime Do Zé Bigorna
  • 1976 - Já Não Se Faz Amor Como Antigamente
  • 1976 - Ninguém Segura Essas Mulheres
  • 1973 - O Descarte
  • 1972 - Independência Ou Morte
  • 1971 - Um Certo Capitão Rodrigo
  • 1969 - O Impossível Acontece
  • 1969 - Quelé Do Pajeú
  • 1964 - Vereda De Salvação
  • 1962 - O Pagador De Promessas
  • 1961 - As Pupilas Do Senhor Reitor
  • 1957 - Absolutamente Certo
  • 1956 - Depois Eu Conto
  • 1955 - Carnaval Em Marte
  • 1952 - Amei Um Bicheiro
  • 1949 - Carnaval No Fogo

Carreira Diretor

  • 1979 - Os Trombadinhas
  • 1977- O Crime Do Zé Bigorna
  • 1976 - Já Não Se Faz Amor Como Antigamente
  • 1976 - Ninguém Segura Essas Mulheres
  • 1973 - O Descarte
  • 1971 - Um Certo Capitão Rodrigo
  • 1969 - O Impossível Acontece
  • 1969 - Quelé Do Pajeú
  • 1964 - Vereda De Salvação
  • 1962 - O Pagador De Promessas
  • 1957 - Absolutamente Certo

Carreira Produtor

  • 1973 - O Descarte
  • 1972 - Independência Ou Morte
  • 1968 - A Madona De Cedro
  • 1968 - Os Carrascos Estão Entre Nós
  • 1964 - Vereda De Salvação
  • 1961 - As Pupilas Do Senhor Reitor
  • 1956 - Depois Eu Conto
  • 1955 - Carnaval Em Marte

Carreira Editor

  • 1956 - Depois Eu Conto
  • 1955 - Carnaval Em Marte
  • 1949 - Carnaval No Fogo

Fonte: Wikipédia e Dramaturgia Brasileira In Memoriam