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Major Elza

ELZA CANSANÇÃO MEDEIROS
(88 anos)
Militar

* Rio de Janeiro, RJ (21/10/1921)
+ Rio de Janeiro, RJ (08/12/2009)

Major Elza era filha do médico sanitarista Tadeu de Araújo Medeiros, amigo de Alberto Santos Dumont e auxiliar direto de Oswaldo Cruz na campanha contra a febre amarela.

Com os pais, alagoanos aprendeu a atirar ainda na adolescência. Com as governantas alemãs que serviram a sua família na Copacabana da década de 30, aprendeu música e idiomas. Foi à primeira brasileira a se apresentar como voluntária, na Diretoria de Saúde do Exército, para lutar na Segunda Guerra Mundial, aos 19 anos de idade. Embora sonhasse em lutar na linha de frente, teve que se conformar em seguir como uma das 73 enfermeiras no Destacamento Precursor de Saúde da Força Expedicionária Brasileira, uma vez que o Exército Brasileiro, à época, não aceitava mulheres combatentes.

Com a criação do Quadro de Enfermeiras da Reserva do Exército pelo Decreto nº 6097 de 13/12/1943 e dado o pequeno número de enfermeiras profissionais existentes, foram aprovadas as instruções para o Curso de Emergência de Enfermeiras da Reserva do Exército (CEERE), do qual participou, na sua primeira turma, em 1944.

A instrução ministrada pelo Curso de Emergência de Enfermeiras da Reserva do Exército, na cidade do Rio de Janeiro, ocorria em três turnos ao longo do dia: logo cedo pela manhã, no Hospital Central do Exército, havia a prática hospitalar. A partir da 13 horas, instrução teórica no Quartel General do Exército e das 15 horas em diante, ordem unida, no Colégio Militar. Nos outros dias da semana, ocorriam os treinamentos de educação física na fortaleza de São João na Urca e de natação, na Tijuca.

A 25/03/1944, o Boletim Interno nº 70 publicava a relação da classificação intelectual da primeira turma de enfermeiras formadas pelo Curso de Emergência de Enfermeiras da Reserva do Exército. Foram três as primeiras colocadas no curso, todas com o grau de 9,5: Maria do Carmo Correa e Castro, Berta Moraes e Elza Cansanção Medeiros. Elza, por ser a mais nova dentre as três ficou em terceiro lugar na classificação final de curso. Coube a ela, porém, a honra de ser a oradora da turma e mais tarde, quando do envio das tropas brasileiras à Itália, foi ela a primeira convidada para integrar o Destacamento Precursor de Saúde que seguiu para aquele país, em 09/07/1944.

Concluído o Curso de Emergência de Enfermeiras da Reserva do Exército, as ex-alunas foram nomeadas Enfermeiras de 3º classe. Elza, e mais quatro colegas concluintes do curso foram integradas, em 22/04/1944, ao Destacamento Precursor de Saúde que tinha por missão embarcar a 08 de julho com destino à Nápoles, e lá chegando - o que ocorreu a 15 de julho - recepcionar os cinco mil brasileiros do 1º Escalão da Força Expedicionária Brasileira bordo do navio General Mann.

Mas na mesma noite de sua chegada à Nápoles, Elza havia sido informada que os alemães estavam cientes da movimentação brasileira e de que haviam prometido uma festa de boas vindas para a tropa que deveria chegar no dia seguinte. A noite inteira foi feita uma barragem de artilharia antiaérea. O espetáculo era muito bonito, uma vez que os disparos das antiaéreas eram com balas traçantes verde e vermelho.

"Depois de apreciar o espetáculo por algum tempo, resolvi ir deitar-me . Para abafar o barulho da artilharia, coloquei sobre a cabeça o travesseiro e dormi."

Na manhã do dia 16 de julho, deu-se o batismo de fogo da enfermeira Elza. Designada para a seção hospitalar brasileira do 45th Field Hospital, Elza foi incumbida de receber cerca de 300 brasileiros que chegaram baixados do General Mann e que para aquele hospital haviam sido encaminhados. Distribuídos nas várias enfermarias que compunham o 45th Hospital, os pracinhas ficaram também sob os cuidados das enfermeiras e dos médicos norte-americanos. Dado que os brasileiros e os norte-americanos não compreendiam o idioma um do outro, a enfermeira Elza foi também intérprete, tendo seu nome bradado pelos alto-falantes do hospital inúmeras vezes:

"Miss Medeiros, please, ward 5th! Miss Medeiros, Ward 9th!"

De volta ao Brasil, passou os dois anos seguintes viajando e, em 1947, ingressou, por concurso público, no serviço médico do Banco do Brasil, cargo que ocupou nos doze anos seguintes, período o qual se graduou jornalista, recebeu sua carta patente de 2º Tenente, além de vários elogios e medalhas pelo seus serviços de campanha, das quais a de Guerra, a de Bronze, a da Cruz Vermelha Brasileira e a de Santos Dumont. Publicou também seu primeiro livro sobre a odisséia da Força Expedicionária Brasileira nos campos da Itália: "Nas Barbas do Tedesco" (1955).

Por força da lei nº 3160, de 01/06/1957, as enfermeiras voluntárias da Força Expedicionária Brasileira que desejassem poderiam requerer sua reversão ao serviço ativo, no Serviço de Saúde do Exército, no posto de 2º Tenente. Elza, por ocasião da lei é convocada e, a 19/09/1957, reingressa no Exército, ficando adida à Diretoria Geral de Saúde.

De 1957 a 1962 serviu em várias unidades, foi condecorada pelo governo do Paraguai com a medalha Abnegacion y Constancia Honor al Merito, apresentou trabalhos em congressos de Medicina Militar e de Enfermagem e proferiu palestras às turmas de formação da Escola de Saúde do Exército. Em todas as atividades que participou destacou-se pelo profissionalismo e recebeu inúmeros elogios. Como resultado, a 21/09/1962, o Ministro da Guerra resolveu promovê-la ao posto de 1º Tenente Enfermeira, a contar de 25 de agosto daquele ano.

De 1963 a 1965 ficou agregada, a fim de reassumir suas funções no Banco do Brasil. Em janeiro de 1965 passou a disposição do Serviço Nacional de Informações lá permanecendo até junho de 1966. Reverteu uma vez mais ao serviço ativo do Exército em 22/11/1965. A 24 de outubro deste ano foi agraciada com a Medalha do Pacificador. Serviu na Policlínica Central do Exército e na Clínica de Cardiologia. Continuou a proferir palestras na Escola de Saúde e a receber elogios de todos que lhe privam da vida profissional.

Por força do agravamento de seu estado de saúde e de um diagnóstico confirmado de espondilo artrose anquilisante - moléstia adquirida em zona de combate - a 12/04/1976, aos 54 anos, a 1º Tenente Enfermeira Elza foi reformada dois postos acima na hierarquia militar, como Major. Atualmente, neste posto, foi reconhecida como a Decana das mulheres militares do Brasil.

Além de brilhante carreira militar, formou-se em Jornalismo, História das Américas, Psicologia, Parapsicologia, Turismo e Relações Humanas. Com conhecimentos de mecânica, escultura, pintura e tapeçaria, deu a volta ao mundo duas vezes, esteve na Antártida, aprendeu a pilotar ultraleves aos sessenta anos de idade.

Fundou e dirigiu duas revistas e assinou várias colunas em jornais do Rio de Janeiro e de Recife, tendo escrito três livros sobre a sua participação na Segunda Guerra. Apresentou ainda inúmeros trabalhos em congressos de medicina militar, com especial destaque para as Sugestões para a criação de um Corpo Auxiliar Feminino para as Forças Armadas, base para a abertura das Forças Armadas do Brasil à participação das mulheres.

Membro da Academia Alagoana de Cultura, atualmente, dedicava-se à preservação da memória fotográfica da Força Expedicionária Brasileira. Major Elza é detentora de 36 condecorações militares e paramilitares, destacando-se a:

  • Ordem do Mérito Militar - Nos graus de Cavaleiro e Oficial;
  • Medalha de Campanha da Força Expedicionária Brasileira;
  • Medalha do Mérito Tamandaré;
  • Meritorius Service United Plaque (Exército dos Estados Unidos);
  • Medalha de Guerra;
  • Medalha do Soldado Polonês Livre;
  • Medalha Ancien Combatant du Tatre du Operacion du L’Orope - França (única mulher a ser agraciada).

Major Elza faleceu vitima de complicações após uma queda em que o fêmur foi fraturado. O corpo da Major Elza foi cremado após o velório que aconteceu no salão nobre do Palácio Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

Fonte: Rota Aérea

Oswaldo Sargentelli

OSWALDO SARGENTELLI
(77 anos)
Radialista, Apresentador de TV e Empresário Artístico


* Rio de Janeiro, RJ (08/12/1924)
+ Rio de Janeiro, RJ (13/04/2002)

Com sua voz grave peculiar, Sargentelli foi locutor de rádio no fim da década de 1940. Na extinta TV Tupi apresentou programas como O preto no branco e Advogado do Diabo, nos quais fazia perguntas polêmicas aos seus entrevistados.

Em 1964, Sargentelli foi proibido pelo regime militar de continuar com o programa. Então partiu para o samba. Abriu a casa de espetáculos "Sambão", em Copacabana, em 1969. Em 1970, abriu a "Sucata" e, em 1973, o "Oba-Oba". Casado três vezes, a primeira com Lúcia (por 8 anos), a segunda com Vera (por 11 anos) e a terceira com Almary (por 13 anos); foi pai de 7 filhos e, desde 1978, estava solteiro e tinha planos de abrir, em parceria com o empresário Ricardo Amaral, uma boate no mesmo local onde funcionara o antigo "Sucata", na Lagoa.


Sargentelli sofreu um Ataque Cardíaco Agudo justamente quando foi convidado para fazer uma participação especial na telenovela O Clone. Ele seria um dos freqüentadores do bar de Dona Jura, personagem da atriz Solange Couto, e local por onde já haviam passado importantes personalidades brasileiras, como por exemplo Pelé. Era uma maneira de homenagear Sargentelli, responsável por ter revelado Solange Couto como uma das mulatas dos shows de suas casas noturnas. Sargentelli se autodefinia como mulatólogo. Ele foi um dos grandes ícones da história do samba no Brasil.

Na data de seu aniversário é comemorado o Dia da Mulata.

Fonte: Wikipédia

Tom Jobim

ANTÔNIO CARLOS BRASILEIRO DE ALMEIDA JOBIM
(67 anos)
Cantor, Compositor, Maestro, Pianista, Arranjador e Violonista

☼ Rio de Janeiro, RJ (25/01/1927)
┼ Nova York, Estados Unidos (08/12/1994)

Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim era filho de Jorge de Oliveira Jobim e de Nilza Brasileiro de Almeida, nascido na Tijuca, Rio de Janeiro, em 25/01/1927. Mudou-se para Ipanema em 1931 e lá viveu com os avós maternos, Mimi e Azor, os pais e sua única irmã, Helena Jobim.

Depois da morte prematura do pai, sua mãe casou-se com Celso Frota Pessoa, que lhe deu muito incentivo para a vida musical, chegando a lhe presentear com um piano. Em 1940, sua mãe fundou o Colégio Brasileiro de Almeida.

Tom Jobim iniciou seus estudos de música em 1941, com aulas de piano com o professor Hans Joachim Koellreuter. Estudou, ainda, com Lúcia Branco, Tomás Terán, Leo Peracchi e Alceu Bocchino. Cursou a Faculdade de Arquitetura, chegando a trabalhar em um escritório, por um curto período.

Em 1949, casou-se com Thereza Hermanny e, no ano seguinte, nasceu seu primeiro filho, Paulo Jobim, que se tornaria músico como o pai.

Em 1953, mudou-se para o apartamento 201 da Rua Nascimento Silva, 107, em Ipanema, endereço que viria a ser tema da música "Carta ao Tom 74", de Toquinho e Vinicius de Moraes.

Em 1957, nasceu Elizabeth Jobim, sua primeira filha, que se tornaria artista plástica e participaria da Banda Nova, grupo que o acompanhou nos últimos anos de sua carreira, atuando no coro feminino característico de seus últimos trabalhos.

Em 1962, mudou-se, com a família, para a casa da Rua Barão da Torre, em Ipanema. Seu primeiro neto, Daniel Jobim, nasceu em 1973. Tornou-se músico e, após a morte do avô, formou, ao lado do pai, Paulo Jobim, de Jaques e Paula Morelenbaum, o quarteto Jobim-Morelenbaum.

Em 1976, nasceu Dora, irmã de Daniel Jobim. Foi neste ano que Tom Jobim conheceu a fotógrafa Ana Beatriz Lontra, então com 19 anos, com quem saiu em lua-de-mel, em 1978, vindo a se casar, oficialmente, somente em 1986. Ana lhe deu mais dois filhos: João Francisco, em 1979, e Maria Luiza Helena, em 1987. Ana Beatriz Lontra também participou do coro feminino da Banda Nova, acompanhando o marido em shows e gravações, e lançou, em 1988, um livro de fotos sobre o maestro intitulado "Ensaio Poético".

Em 1998, morreu, aos 18 anos, João Francisco, seu primeiro filho com Ana Jobim, em conseqüência de um acidente de carro no Rio de Janeiro.


Carreira

No início de sua carreira, trabalhou como pianista em casas noturnas cariocas, como Drink, Bambu Bar, Arpège, Sacha's, Monte Carlo, Night And Day, Casablanca, Tasca e Alcazar. Muitas vezes revezava com Newton Mendonça de quem se tornou grande amigo e com quem iniciou uma bem sucedida parceria musical, que gerou canções como "Desafinado""Samba de Uma Nota Só", entre outras.

Em 1952 foi contratado pela Continental Discos, com a função de fazer transcrições de músicas para registro. Decidido a trocar a vida boêmia e noturna pela diurna, declarou:

"Resolvi mudar de vida, de repente. Para ser bicho diurno, arranjei emprego na Continental Discos. Levava a minha pastinha, com algumas partituras. Alguém cantava uma música, batendo na caixa de fósforo, e eu punha a melodia no papel."
(Jobim, Helena p. 85)
O primeiro registro fonográfico de uma composição de sua autoria ocorreu em 1953, quando sua canção "Incerteza" (Tom JobimNewton Mendonça) foi lançada pela gravadora Sinter, no disco de 78 rpm de Mauricy Moura. Nesse mesmo ano, Ernâni Filho gravou, também pela Sinter, "Pensando Em Você" e "Faz Uma Semana" (Tom Jobim e Juca B. Stockler). Em seguida, atuou como arranjador, auxiliado, no início, pelo maestro Radamés Gnattali.

Seus primeiros arranjos gravados pela Continental foram em discos de 78 rpm. O primeiro foi para a composição "Outra Vez", também de sua autoria, gravada por Dick Farney, em 1954. Fez arranjo, ainda para músicas gravadas por Dóris Monteiro, Nora Ney, Orlando Silva, Dalva de Oliveira, entre vários outros.

Seu primeiro sucesso foi "Tereza da Praia" (Tom Jobim e Billy Blanco), gravada em 1954 por Dick Farney e Lúcio Alves. Também nesse ano, lançou, com Billy Blanco, o LP "Sinfonia do Rio de Janeiro", pela Continental, com arranjos de Radamés Gnattali. Essa obra foi incluída, mais tarde, na trilha do filme "Esse Rio Que Eu Amo", de Carlos Hugo Christensen. Ainda em 1954, teve músicas gravadas por Nora Ney, Elizeth CardosoLúcio Alves, entre outros. A partir de então, suas músicas vêm sendo gravadas, ano após ano, por centenas de artistas nacionais e estrangeiros.



Com o prestígio cada vez maior, foi chamado para comandar, em São Paulo, o programa "Bom Tom", no qual recebia convidados como Lúcio AlvesSylvia Telles, entre outros.

Em 1956, foi apresentado a Vinicius de Moraes, que viria a se tornar seu parceiro mais importante. O encontro se deu através de Lúcio Rangel, no Bar Gouveia, em frente à Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio de Janeiro. Nessa ocasião, foi convidado por Vinicius de Moraes a musicar a peça "Orfeu da Conceição". O espetáculo estreou no dia 25/09/1956, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e, no mesmo ano, foi lançado o LP da peça. Ainda em 1956, começou a trabalhar na gravadora Odeon, como diretor artístico. Além de Vinicius de Moraes, teve outros parceiros importantes. Com Dolores Duran compôs "Se é Por Falta de Adeus", "Estrada do Sol" e "Por Causa de Você", um repertório pequeno, mas bastante expressivo na Música Popular Brasileira.

Em 1957, foi lançado, pela Odeon, o LP "Carícia", de Sylvia Telles, com o samba-canção "Foi a Noite" (Tom Jobim e Newton Mendonça). Nesse ano, recebeu, da prefeitura do Distrito Federal, o prêmio de Melhor Compositor.

Compôs, com Vinicius de Moraes, a canção "Chega de Saudade", que marcou o início da bossa nova e que foi lançada por Elizeth Cardoso, em 1958, no emblemático LP "Canção do Amor Demais", para o qual assinou os arranjos e a direção musical. Nesse disco, João Gilberto aparece pela primeira vez em gravação, tocando, no violão, a batida que caracterizaria a bossa nova - nas faixas "Chega de Saudade" e "Outra Vez". Também nesse ano, compôs a trilha sonora para o filme de Haroldo Costa "Pista de Grama", no qual apareceu tocando piano ao lado de João Gilberto, ao violão, e Elizeth Cardoso, interpretando a música "Eu Não Existo Sem Você", de sua parceria com Vinicius de Moraes. Ainda em 1958, Sylvia Telles gravou o LP "Amor de Gente Moça", contendo nove composições inéditas de sua autoria, e a soprano Lenita Bruno lançou o LP "Por Toda a Minha Vida", contendo canções de Tom JobimVinicius de Moraes. Também nesse ano, recebeu diversos prêmios como compositor, entre eles o Microfone de Ouro, da Radiolândia.

Compôs, em 1960, com Vinicius de Moraes, a pedido do então presidente Juscelino Kubitschek, "Brasília, Sinfonia da Alvorada" e, no ano seguinte, a trilha sonora para o filme "Porto das Caixas" (1962), de Paulo César Saraceni.

Ainda com Vinicius de Moraes, compôs, em 1962, uma das músicas mais gravadas em todo o mundo: "Garota de Ipanema". Nesse mesmo ano, realizou show no restaurante Au Bon Gourmet, em Copacabana, Rio de Janeiro, ao lado de Vinicius de Moraes, João Gilberto, Os Cariocas e dos músicos Otávio Bailly (contrabaixo) e Milton Banana (bateria). Nesse show, suas músicas "Só Danço Samba""Garota de Ipanema", ambas parceria com Vinicius de Moraes, e "Samba do Avião", entre outras, foram ouvidas pela primeira vez pelo público. Recebeu prêmio conferido por The National Academy of Recordings Arts And Sciences, na categoria Best Background Arrangement, pelo disco "João Gilberto". Ainda em 1962, viajou pela primeira vez aos Estados Unidos, onde participou, ao lado de outros artistas brasileiros, do Show da Bossa Nova, apresentado no Carnegie Hall de Nova York.



Lançou, nos Estados Unidos, os LPs "The Composer Of Desafinado Plays" (Verve, 1963), com arranjos de Claus Oggerman, e "The Wonderful World Of Antonio Carlos Jobim" (Warner Bros, 1964). Seu sucesso nos Estados Unidos foi tão grande que, ainda no início da década de 1960, teve uma versão instrumental de "Desafinado" gravada por Stan Getz e Charles Byrd, que chegou a vender um milhão de cópias.

Em 1964, foi para Los Angeles encontrar-se com Ray Gilbert, que faria as versões de suas músicas para o inglês.  Em visita ao Rio de Janeiro, o cantor de bossa nova norte-americano Paul Winter fez uma interessante revelação: Por conta do sucesso de suas músicas, Tom Jobim vinha sendo constantemente assediado por Frank Sinatra, que tentava convencê-lo a permitir a reedição de suas composições nos Estados Unidos.

Em 1965 lançou os LPs "Antônio Carlos Jobim" e "A Certain Mr. Jobim", pela Warner Bros, ambos com arranjos de Claus Ogerman.

Em 1967 gravou com Frank Sinatra o LP "Francis Albert Sinatra & Antônio Carlos Jobim". Ainda nesse ano, compôs a trilha sonora para o filme "Garota de Ipanema", de Leon Hirszman. Também em 1967 recebeu indicação para o Grammy.

Em 1968 venceu o III Festival Internacional da Canção (FIC), realizado no Rio de Janeiro, com a música "Sabiá" (Tom Jobim e Chico Buarque), tirando o primeiro lugar na fase nacional e na fase internacional, sob vaias do público, que torcia pela canção "Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores", de Geraldo Vandré. Ainda nesse ano, logo depois de chegar de uma bem sucedida viagem aos Estados Unidos, gravou depoimento para o Museu da Imagem e do Som, coordenado pelo então diretor Ricardo Cravo Albin, auxiliado por Vinicius de Moraes, Dori Caymmi, Chico Buarque e Oscar Niemeyer.

Em 1969, compôs mais uma trilha para o cinema, desta vez para o filme "Os Aventureiros". A trilha foi gravada em Londres, com arranjos e regência de Eumir Deodato. Em seguida, assinou a trilha sonora dos filmes "Tempo de Mar", dirigido por Pedro de Moraes, filho de Vinicius de Moraes, e "A Casa Assassinada", de Paulo César Saraceni.

Em 1970, Tom Jobim lançou o LP "Stone Flower", com arranjos de Eumir Deodato, que também foi o arranjador do LP de Frank Sinatra, "Sinatra & Cia", lançado no ano seguinte, que continha cinco músicas de sua autoria.




Uma das canções mais representativas de sua trajetória como compositor é "Águas de Março", cuja primeira gravação saiu em um compacto encartado no semanário O Pasquim, em 1972. A música contaria depois com a célebre gravação que fez em dueto com Elis Regina, no disco "Elis & Tom", gravado em Los Angeles e lançado em 1974.

Recebeu, por três vezes, o prêmio da Broadcast Music Inc. (BMI), como Great National Popularity, com "The Girl From Ipanema", versão de "Garota de Ipanema", em 1970. "Meditation", versão de "Meditação", em 1974, e "Desafinado", em 1977.

Gravou, com Miúcha, em 1978, o LP "Miúcha & Antônio Carlos Jobim".

Sua composição "Luiza" foi tema de abertura da novela "Brilhante", da TV Globo, em 1981.

Ainda na década de 1980, compôs a trilha sonora dos filmes "Eu Te Amo", de Arnaldo Jabor, e "Gabriela", dirigido por Bruno Barreto. Com Chico Buarque, compôs a trilha do filme "Para Viver Um Grande Amor", de Miguel Faria. Recebeu o prêmio Shell na categoria Melhor Compositor do ano de 1982, na festa realizada na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro.

Em 1984, foi convidado pelo diretor Marco Altberg para fazer a trilha sonora do filme "Fonte da Saudade", baseado no romance "Trilogia do Assombro", de Helena Jobim. Com esta trilha, ganhou o Kikito de Melhor Música no Festival de Gramado. Nesse mesmo ano, fez a trilha para o filme "O Tempo e o Vento", baseado no romance homônimo de Érico Veríssimo. Ainda em 1984, formou a Banda Nova, grupo que o acompanharia em shows e gravações até o fim de sua vida. Ao lado de Paulo Jobim (violão), Danilo Caymmi (flauta e voz), Jaques Morelenbaum (violoncelo), Tião Neto (baixo), Paulo Braga (bateria) e do coro formado por Ana Jobim, Elizabeth Jobim, Paula Morelenbaum, Maucha Adnet e Simone Caymmi, realizou show no Carnegie Hall, em Nova York.

Em 1985, junto com a Banda Nova, apresentou-se, com João Gilberto, na abertura do Festival de Montreux, na Suíça. Nesse ano, ganhou o título de "Grand Commandeur Da Ordre Des Arts Et Des Lettres", concedido pelo governo francês, através de seu Ministério da Cultura.

Tom Jobim e Vinicius de Moraes no Catetinho
Em 1986, recebeu o prêmio Millionaired Songs, conferido pela Broadcast Music Inc. (BMI) aos autores de canções que foram ao ar mais de um milhão de vezes. Nesse mesmo ano, compôs a trilha sonora para o filme "Brasa Adormecida", dirigido por Djalma Limonji Batista. Ainda em 1986, compôs "Anos Dourados", que foi tema de abertura da minissérie homônima exibida pela TV Globo e que, posteriormente, ganhou letra de Chico Buarque. Também nesse ano, lançou com a Banda Nova, o LP "Passarim", pelo qual recebeu o primeiro Disco de Ouro de sua carreira e os Prêmios Sharp de Melhor Disco MPB e Melhor Música do ano.

Em 1987, participou do disco "Há Sempre um Nome de Mulher", álbum duplo dedicado à campanha do aleitamento materno e do qual se venderam 600.000 cópias apenas nas agências do Banco do Brasil. A gravação foi realizada em sua própria casa, tocando apenas ao piano a canção "Luiza", registro considerado um dos seus melhores momentos como cantor. No encarte do disco, o produtor Ricardo Cravo Albin escreveu:


"Tom é hoje uma coleção completa de boa parte do que ocorreu com a MPB de 1956 para cá."

Em 1990, tornou-se membro da Academia Nacional de Música Popular Americana. Foi ainda nomeado reitor e, depois, presidente do Conselho Diretor da Universidade Livre de Música, situada em São Paulo, e Doutor Honoris-Causa pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Mais tarde, recebeu o mesmo título da Universidade de Lisboa.

Foi homenageado pela escola de samba Estação Primeira de Mangueira, em 1992, com o samba-enredo "Se Todos Fossem Iguais a Você", título da canção que fez em parceria com Vinicius de Moraes.

Tom Jobim gravou inúmeros programas para as TVs brasileiras e americanas, entre os quais o especial com Milton Nascimento, exibido, em 1993, pela TV Bandeirantes.

Em 1994, realizou mais uma apresentação no Carnegie Hall, desta vez ao lado do guitarrista Pat Metheny e do pianista Herbie Hancock, e lançou o último trabalho de sua carreira, o CD "Antônio Brasileiro", pelo qual recebeu os Prêmios Sharp de Melhor Disco Música Popular Brasileira e Melhor Música-Samba, com "Piano na Mangueira", composta em parceria com Chico Buarque. O CD foi, também, contemplado com o Prêmio Grammy, na categoria Best Latin Jazz Performance. Ainda em 1994, a prefeitura do Rio de Janeiro concedeu-lhe a Medalha Pedro Ernesto.



Morte

Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim morreu no dia 08/12/1994, em Nova York. Ele teve uma parada cardíaca, depois de complicações pós-operatórias. Tom Jobim havia feito uma cirurgia para retirar dois tumores na bexiga, realizada no Hospital Mount Sinai. Ele sofreu um infarto antes de se submeter a uma angioplastia, que deixaria seu coração em condições de suportar uma operação de grande porte, como a para extirpar o câncer na bexiga.

Manuel Bandeira, Chico Buarque, Tom Jobim e Vinícius de Moraes
Legado

Em 1996, Helena Jobim lançou o livro "Um Homem Iluminado", uma biografia do irmão. No ano seguinte, Sérgio Cabral publicou "Antonio Carlos Jobim - Uma Biografia". O selo Revivendo, de Curitiba, PR, lançou o CD "Meus Primeiros Passos e Compassos", contendo as primeiras gravações de suas músicas.

Em 2000, foi lançada a caixa "Raros Compassos" (Revivendo), contendo três CDs com músicas do início de sua carreira, interpretadas por vários artistas. Nesse mesmo ano, foi lançado o CD "Tom Canta Vinicius", com a gravação ao vivo do show realizado no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, em janeiro de 1990. A cantora Gal Costa lançou, ainda, um CD interpretando suas composições, projeto que idealizou quando o maestro ainda vivia.

Diversas homenagens póstumas foram realizadas, como a polêmica mudança do nome da Avenida Vieira Souto, situada em Ipanema, para Avenida Tom Jobim. Com isso se criaria a esquina Tom Jobim com Vinicius de Moraes, antiga Rua Montenegro, onde situava-se o Bar do Veloso, hoje Garota de Ipanema, muito frequentado por Tom JobimVinicius de Moraes, e onde nasceu a inspiração para compor "Garota de Ipanema". As placas chegaram a ser trocadas, mas a família Vieira Souto apelou para a justiça e a troca foi desfeita. Mais tarde, o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro passou a se chamar Aeroporto Internacional Maestro Antônio Carlos Jobim, por pressão junto ao Congresso Nacional de uma comissão de notáveis, formada por Chico Buarque, Oscar Niemeyer, João Ubaldo Ribeiro, Antônio Cândido, Antônio Houaiss e Edu Lobo, criada e pessoalmente coordenada pelo crítico Ricardo Cravo Albin. Foi criado o Parque Tom Jobim, na Lagoa Rodrigo de Freitas e lançada a caixa "Tom Jobim - Inédito", contendo dois CDs.

Em 2000, foi lançada a edição de luxo do "Cancioneiro Jobim", contendo partituras de 42 de suas composições, textos biográficos, fotos e reproduções de manuscritos. Esgotada a primeira edição, a publicação ganhou novo formato, dividido em dois volumes, um contendo texto biográfico e imagens e o outro contendo as partituras.

Em 2001, foi lançado o "Cancioneiro Jobim - Obras Completas", reunindo partituras e letras de todas as músicas do maestro divididas em 5 volumes, com ilustração de Elizabeth Jobim. Nesse mesmo ano, foi inaugurado, com a exposição "Nas Trilhas do Tom", o Instituto Antonio Carlos Jobim, presidido por Paulo Jobim e dirigido por Ana Lontra Jobim, Elizabeth Jobim e Wanda Mangia Klabin, tornando acessível a músicos e pesquisadores a obra e o acervo particular do compositor.


Em 2003, foram lançados o CD e o DVD "Jobim Sinfônico", contendo suas peças orquestrais. O projeto foi idealizado e produzido por Mario Adnet e Paulo Jobim, registrando o espetáculo homônimo gravado em 2002, na Sala São Paulo, em São Paulo, com a Orquestra Sinfônica de São Paulo, sob a regência de Roberto Minczuk, assistente da Filarmônica de Nova York, e a participação de Milton Nascimento e 80 músicos. Ainda em 2003, chegou às livrarias o "Cancioneiro Vinicius de Moraes: Orfeu" (Jobim Music), songbook do espetáculo "Orfeu da Conceição", encenado em 1956 no Teatro Municipal, trazendo 14 partituras das canções compostas com Vinicius de Moraes para o musical, além de desenhos de Carlos Leão e Carlos Scliar, cartazes, críticas, capas de discos, textos de Sérgio Augusto, Susana de Moraes, Paulo Jobim e Cacá Diégues, uma edição assinada por Maria Lúcia Rangel dos textos do poeta sobre a criação da peça e a correspondência mantida com Vinicius de Moraes sobre a primeira adaptação da obra para o cinema, realizada por Marcel Camus, em 1959, com o título de "Orfeu Negro".

Em 2004, o crítico Ricardo Cravo Albin propôs à Associação Comercial do Rio de Janeiro que se promovesse junto ao Aeroporto Maestro Antônio Carlos Jobim um memorial a ele dedicado, por ocasião dos 10 anos de seu falecimento.

Entre os artistas estrangeiros que gravaram suas canções estão Frank Sinatra, Miles Davis, Stan Getz, Quincy Jones, Dizzie Gillespie, Charlie Byrd, Sara Vaughan, Clare Fischer, Ella Fitzgerald, Louis Armstrong, Oscar Peterson, Joe Pass, Sting, entre outros.

Em 2004, foi lançado o CD "Antonio Carlos Jobim em Minas ao Vivo Piano e Voz", registro do recital apresentado pelo compositor, em 1981, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte.

Em 2005, "The Girl From Ipanema" histórica gravação de Astrud Gilberto, ao lado de João Gilberto, Stan Getz e do próprio compositor, realizada em 1963, foi escolhida como uma das 50 grandes obras musicais da humanidade pela Biblioteca do Congresso Americano. Também em 2005, a Jobim Biscoito Fino relançou o álbum duplo "Tom Jobim Inédito". O disco, gravado em 1987 para a Odebrecht, com produção de Jairo Severiano e Vera Alencar, teve distribuição comercial em tiragem limitada, no final de 1995.

Tom Jobim e Elis Regina, 1974
Em 2006, foi lançado, também pela Jobim Biscoito Fino, o DVD "Tom Jobim ao Vivo em Montreal", registro do show gravado em 1986, no Festival Internacional de Jazz daquela cidade. Ao lado do compositor, os músicos Jaques Morelenbaum (violoncelo), Paulo Jobim (violão), Danilo Caymmi (flauta), Tião Neto (Contrabaixo), Paulo Braga (bateria), e do vocal de Paula Morelenbaum, Maucha Adnet, Simone Caymmi, Ana Jobim e Elizabeth Jobim. O DVD traz ainda uma entrevista concedida pelo compositor em sua casa, no bairro do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, em 1981, ao jornalista Roberto D'Ávila.

Em 2007, a gravadora Biscoito Fino lançou o CD "Tom Jobim ao Vivo em Montreal", contendo o áudio do DVD homônimo, lançado no ano anterior. No repertório, suas canções "Água de Beber", "Chega de Saudade", "A Felicidade" e "Garota de Ipanema", todas com Vinicius de Moraes, "Samba de Uma Nota Só" (Tom Jobim e Newton Mendonça), "Two Kites", "Wave", "Borzeguim", "Falando de Amor", "Gabriela", "Samba do Avião" e "Waters Of March".

Em 2007 foi lançado o DVD "A Casa do Tom - Mundo, Monde, Mondo", filme de Ana Jobim que conta a história de amor do compositor com a música, a família e a natureza. Narrado pela própria Ana Jobim, o documentário inclui falas, fotos, filmes caseiros e filmes profissionais, poemas, uma longa entrevista e uma trilha sonora composta de 24 músicas.

Em 2010, foi relançado o CD "Minha Alma Canta", com interpretações suas de músicas de outros compositores, gravadas ao lado de amigos como Edu Lobo, Chico Buarque e Gal Costa para alguns dos songbooks produzidos por Almir Chediak. Nesse mesmo ano, a remontagem do musical "Orfeu da Conceição", com trilha sonora de sua parceria com Vinicius de Moraes, estreou turnê nacional no Canecão, Rio de Janeiro, com direção geral de Aderbal Freire-Filho e direção musical de Jaques Morelenbaum e Jaime Alem, com elenco formado por Érico Brás, Wladimir Pinheiro, Jéssica Barbosa e Isabel Fillardis, coreografia de Carlinhos de Jesus e figurino de Kika Lopes.


Em 2011, o musical "Passarim - As Peripécias de um Sabiá Apaixonado Por Luiza", com direção e roteiro de Rony Guilherme, estreou no Teatro das Artes, no Rio de Janeiro, com canções de sua autoria, entre as quais "Eu Sei Que Vou Te Amar" (Tom JobimVinicius de Moraes), "Imagina" (Tom Jobim e Chico Buarque), "Brasil Nativo", "Borzeguim", "Passarim" e "Wave". Nesse mesmo ano, numa parceria do Instituto Cultural Cravo Albin com o selo Discobertas, foi lançado o box "100 Anos de Música Popular Brasileira", contendo 4 CDs duplos, com áudio restaurado por Marcelo Fróes da coleção de 8 LPs da série homônima produzida por Ricardo Cravo Albin, em 1975, com gravações raras dos programas radiofônicos "MPB 100 ao Vivo" realizadas no auditório da Rádio MEC, em 1974 e 1975. O compositor participou do volume 5 da caixa, com suas canções "Se é Por Falta de Adeus" (Tom Jobim e Dolores Duran), na voz de Dóris Monteiro, "Foi a Noite" (Tom Jobim e Marino Pinto), na voz de Lúcio Alves, "Desafinado" (Tom Jobim e Newton Mendonça), na voz de Alaíde Costa, e ainda com  as seguintes canções em parceria com Vinicius de Moraes: "Se Todos Fossem Iguais a Você", "Eu Sei Que Vou Te Amar" e "A Felicidade", todas na voz de Lúcio Alves, "Eu Não Existo Sem Você", na voz de Alaíde Costa, e "Garota de Ipanema", interpretada em dueto por Johnny Alf e Alaíde Costa.

Em 2012, estreou no Brasil o documentário "A Música Segundo Tom Jobim", de Nelson Pereira dos Santos e Dora Jobim, com roteiro de Nelson Pereira dos Santos e Miúcha, após passar pelos festivais de Nova York, Copenhague, Santa Maria Feira, em Portugal, e ainda pelo Festival Internacional de Documentários de Amsterdã, considerado como o mais importante festival mundial do gênero. Nesse mesmo ano, foi lançado o livro "Histórias de Canções - Tom Jobim", de Wagner Homem e Luiz Roberto Oliveira (Leya Brasil). Pelo conjunto de sua obra, foi homenageado com o Lifetime Achievement Award do Grammy 2012, premiação pela primeira vez conferida a um artista brasileiro.

Em 2013, entrou no circuito cinematográfico o documentário "A Luz do Tom", de Nelson Pereira dos Santos, no qual o compositor tem sua vida narrada por vozes femininas. Nesse mesmo ano, foi o homenageado da 24ª edição do Prêmio da Música Brasileira. O evento contou com a participação de vários artistas, entre os quais Gal Costa, João Bosco, Ney Matogrosso e Leny Andrade, que interpretaram canções de sua autoria.

Em 2014, em comemoração aos 20 anos de sua morte, foi inaugurada uma estátua sua em tamanho real na orla da praia de Ipanema, próximo ao Arpoador, no Rio de Janeiro. A escultora Christina Motta afirmou que se baseou em uma antiga foto de Tom Jobim com o amigo Vinicius de Moraes para fazer a estátua, que demorou 4 meses para ficar pronta e foi encomendada pela Prefeitura do Rio de Janeiro. O evento contou com a participação do Sexteto Terra Brasilis, convidado pela família do músico.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB

Milton Carneiro

MILTON CARNEIRO
(76 anos)
Ator e Humorista

☼ Rio de Janeiro, RJ (25/09/1923)
┼ Rio de Janeiro, RJ (08/12/1999)

Milton Carneiro foi um ator e comediante brasileiro. Era muito conhecido no Brasil pelo seu personagem Atanagildo, do programa humorístico "Escolinha do Professor Raimundo".

O ator e humorista interpretou desde textos de Bernard Shaw até montagens de teatro mambembe em seus mais de 50 anos de carreira. Seu último trabalho na TV foi no programa humorístico "Zorra Total", da TV Globo. No programa, Milton Carneiro fazia o papel de diretor da escola no quadro "Escolinha do Professor Raimundo".

"Apesar de ter câncer e de ser cardíaco, ele nunca deixou que isso atrapalhasse seu trabalho e seu bom humor", conta a atriz Berta Loran. Essa energia ele herdou dos tempos em que fazia teatro popular. "Viajei com meu grupo de teatro mambembe por todo o País, nos anos 50, em lombo de burro, em caminhão, ônibus, o que conseguíssemos", lembrou certa vez.

O idealismo do começo da carreira, quando ainda era estudante e começou a carreira ao lado de Cacilda Becker, evoluiu para o profissionalismo na TV Globo, para onde foi em 1965. Na emissora, esteve em quase todos os programas humorísticos, entre eles "O Planeta dos Homens" e "Viva o Gordo", forjando bordões como o do personagem Waldir, que ao ser afrontado dizia: "Ah é, é?".

Milton Carneiro participou, também, de algumas novelas na década de 60.

Milton Carneiro morreu no Rio de Janeiro, em 08/12/1999, vítima de infarto aos 76 anos de idade. Deixou mulher e duas filhas.

Milton Carneiro e Berta Loran
Cinema

  • 1944 - Gente Honesta
  • 1944 - O Brasileiro João de Souza
  • 1945 - Vidas Solitárias
  • 1946 - Jardim do Pecado
  • 1946 - Sob a Luz de Meu Bairro
  • 1949 - Dominó Negro
  • 1950 - Katucha
  • 1952 - Tudo Azul
  • 1958 - Massagista de Madame
  • 1959 - Entrei de Gaiato
  • 1959 - Garota Enxuta
  • 1961 - Um Candango na Belacap
  • 1963 - Bonitinha Mas Ordinária
  • 1963 - Sonhando Com Milhões
  • 1964 - Crônica da Cidade Amada
  • 1964 - Asfalto Selvagem
  • 1966 - 007 1/2 no Carnaval
  • 1968 - Como Matar um Playboy
  • 1970 - Memórias de um Gigolô
  • 1970 - Pais Quadrados... Filhos Avançados
  • 1971 - Edy Sexy, o Agente Positivo
  • 1973 - As Moças Daquela Hora
  • 1974 - Motel
  • 1974 - As Mulheres Que Fazem Diferente
  • 1975 - As Loucuras de um Sedutor
  • 1975 - Eu Dou o Que Ela Gosta
  • 1976 - O Pai do Povo
  • 1976 - O Trapalhão no Planalto dos Macacos
  • 1976 - Tem Alguém na Minha Cama
  • 1977 - Gente Fina é Outra Coisa
  • 1978 - Se Segura, Malandro!
  • 1978 - Como Matar Uma Sogra
  • 1978 - Os Melhores Momentos da Pornochanchada

Milton Carneiro e Jô Soares
Televisão

  • 1965 - Rosinha do Sobrado
  • 1965 - Rua da Matriz ... Inventor
  • 1965 - TNT ... Dono da agência
  • 1968 - Balança Mas Não Cai
  • 1970 - Faça Humor, Não Faça Guerra
  • 1973 - Satiricom
  • 1976 - Planeta dos Homens
  • 1982 - Chico Anysio Show
  • 1983 - Guerra dos Sexos ... Souza
  • 1990 - Escolinha do Professor Raimundo ... Atanagildo

Fonte: Wikipédia

Valentino Guzzo

VALENTINO GUZZO
(62 anos)
Ator, Produtor de TV, Cantor, Compositor, Humorista e Palhaço

☼ São Paulo, SP (26/03/1936)
┼ São Paulo, SP (08/12/1998)

Valentino Guzzo foi um ator, produtor de televisão, cantor, compositor e humorista nascido em São Paulo, SP, no dia 26/03/1937.

Valentino começou a carreira no cinema em um pequeno papel no filme "Absolutamente Certo" (1957), dirigido por Anselmo Duarte. Ainda no cinema fez "Uma Certa Lucrécia" (1957), "O Mistério do Taurus" (1965) e "Ninguém Segura Essas Mulheres" (1976).

Para chegar a TV, trabalhou como contra-regra e maquinista até se tornar produtor e diretor. Passou por quase todas emissoras brasileiras, como TV Tupi, TV Paulista, TV Excelsior, SBT e TV Record.

Na TV estreou na série "Vigilante Rodoviário" e depois fez alguns programas humorísticos, até virar diretor e produtor.

Valentino produziu vários programas na TVS e depois no SBT, entre eles o "Ratinho Livre" e o "Show de Calouros" apresentado pelo próprio Sílvio Santos.

Valentino tornou-se nacionalmente famoso ao interpretar a personagem Vovó Mafalda, no extinto "Programa do Bozo", exibido pelo SBT na década de 80. Depois disso, apresentou os programas  "Dó Ré Mi", "Sessão Desenho" e "Sessão Desenho no Sítio da Vovó".

Produziu os programas de Bibi Ferreira, Silvio Santos, Chacrinha, Flávio Cavalcanti, Raul Gil, Bolinha e Ratinho.

Morte

Valentino Guzzo faleceu na terça-feira, 08/12/1998, aos 62 anos, em São Paulo, SP, vítima de um ataque cardíaco.

Valentino era casado com Cleuza Guzzo, pai da cantora Beth Guzzo e da produtora de TV Vanessa Guzzo.

Fonte:  Wikipédia
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