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Padre Quevedo

ÓSCAR GONZÁLEZ-QUEVEDO BRUZÓN
(88 anos)
 Padre Jesuíta, Professor e Parapsicólogo

☼ Madrid, Espanha (15/12/1930)
┼ Belo Horizonte, MG (09/01/2019)

Óscar González-Quevedo Bruzón, conhecido como Padre Quevedo, foi um professor e padre jesuíta de origem espanhola naturalizado brasileiro desde 1960, nascido em Madrid, Espanha, no dia 15/12/1930.

Padre Quevedo foi professor universitário de parapsicologia no Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL) e do Centro Latino-Americano de Parapsicologia (CLAP) até o ano de 2012, quando se aposentou. No Centro Latino-Americano de Parapsicologia, onde era diretor, realizou estudos, difusão e pesquisa sobre o campo da parapsicologia e psicologia. É considerado um dos maiores expoentes do mundo nessa área, tendo 5 carreiras acadêmicas, sendo licenciado em humanidades clássicas, filosofia e psicologia na Universidade Pontifícia de Comillas na Espanha, doutor em Teologia formado na Faculdade de Nossa Senhora de Assunção em São Paulo, além de ter pós-graduação e doutorado em parapsicologia.

Por seus trabalhos foi distinguido com diploma de gratidão e medalha de ouro da cidade de São Paulo outorgado pela Câmara Municipal, bem como, recebeu diploma de honra do IX Congresso Internacional de Parapsicologia de Milão, além de ser distinguido especialmente com um voto expresso e unânime de agradecimento e reconhecimento pelo seu trabalho, pelos participantes no I Congresso Internacional de Psicotrônica (parapsicologia aplicada) realizado em Praga, na República Checa.

Autor de 17 livros, muitos dos quais traduzidos para outras línguas, sendo os mais famosos: "A Face Oculta da Mente", "As Forças Físicas da Mente" e "Antes Que Os Demônios Voltem". Seus livros já foram considerados por membros da Society For Psychical Research de Londres e a International Foundation Of Parapsychology de Nova York, como a melhor coleção de obras de parapsicologia do mundo.

Padre Quevedo foi também membro de honra do Instituto de Investigações Parapsicológicas de Córdoba, bem como membro de honra de diversas instituições em países como Estados Unidos, Espanha, Portugal, Japão, México, Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Peru, entre outros. Também detém o título de Master Magician, que lhe faz ser um dos pouquíssimos mestres em ilusionismo do mundo.

Além do espanhol e português, lia e falava fluentemente latim, grego, hebraico, inglês, francês, aramaico e italiano, podendo recitar de cor, em latim, toda a Bíblia.

Com um sotaque carregado e sempre polêmico, ficou famoso pelo bordão: "Isso non ecxiste!". Renega posicionamentos supersticiosos de religiosos e ditos paranormais que afirmam que podiam realizar milagres através de intervenção do além, sendo tais práticas consideradas pelo padre como ilusionismo, charlatanismo e curandeirismo. Para o mesmo, uma intervenção supranatural do além para o aquém são raríssimas e só podem ser realizadas exclusivamente por Deus.

Suas ações de explicar fenômenos muitas vezes tidos como inexplicáveis e desmascarar farsantes lhe rederam fama, a qual lhe levou a diversos programas de televisão como Fantástico, Programa do Jô, Programa do Ratinho, Agora é Tarde, SuperPop, Tribuna Independente, Sem Censura, Programa Livre, De Frente Com Gabi, O Estranho Mundo de Zé do Caixão, Programa Silvia Poppovic, QG Podcast, entre diversos outros, além de programas da TV argentina, espanhola e portuguesa, para explicar cientificamente a origem de diversos fenômenos tidos como sobrenaturais.

Demonstrava que na maioria dos casos, os mesmos se tratavam de truques de ilusionismo ou raramente eventos parapsicológicos que podiam ser explicados à luz da ciência.

Infância

Óscar González-Quevedo Bruzón é filho do espanhol Manuel González-Quevedo Monfort, deputado tradicionalista de Madrid, ligado à corte do rei Alfonso XIII, e da inglesa Ángeles Bruzón.

Quando tinha três anos de idade viu o seu pai ser preso pela Frente Popular Espanhola por criticar o regime vigente no país, a qual a vinha perseguindo o catolicismo, queimando conventos e matando padres e freiras, sendo assim levado para um campo de trabalhos forçados.

Aos 7 anos de idade, quando visitou seu pai pela última vez, o viu recomendar que sua mãe, juntamente com o irmão dela, se passassem por um casal e fugissem do país para garantir a seguranças das crianças, pois para ele o seu destino como mártir cristão já tinha sido definido. Posteriormente, sua mãe, que tinha sofrido um atentado de assassinato e perdido três irmãos devido a perseguição governamental, comunicou a Quevedo logo quando este fez a primeira comunhão no norte da Espanha que seu pai teria sido fuzilado durante a Guerra Civil Espanhola, sendo suas últimas palavras: "Viva Cristo Rei!". O Papa São João Paulo II teria lhe beatificado como mártir.

Vivendo um exílio forçado em seu próprio país, foi morar clandestinamente em Gibraltar. Passou a viver com seus tios, sendo um deles, Horácio, chefe espírita em Gilbraltar e outro chefe teósofo em Tânger. O primeiro recomendou a Quevedo a leitura de diversos livros de espiritismo, esoterismo, teosofismo e ocultismo, o que segundo o próprio Quevedo, teria enchido sua cabeça de minhocas.

Sua prima, Tereza González-Quevedo, mas conhecida como Teresita, que foi proclamada venerável pelo Papa São João Paulo II, lhe ensinou os primeiros truques de mágica com cartas, o que fez Quevedo se admirar ainda mais pelo ilusionismo. Tempo depois, após ter entrado na faculdade e ter feito longos estudos de livros de parapsicologia, abandonou os ensinos espíritas, teosóficos, esotéricos e ocultistas e criou uma verdadeira paixão pelas explicações racionais para os fenômenos através da parapsicologia, sendo que todos os seus trabalhos, seminários para licenciaturas, mestrado e doutorado sempre foram voltadas para a área. Posteriormente, ele passou a explicar o que aprendera através da parapsicologia ao seu tio Horácio, contribuindo assim para sua conversão ao catolicismo.

Ao estudar Humanidades Clássicas na Universidade Pontifícia de Comillas na Espanha, descobriu sua vocação religiosa, posteriormente formou-se em Filosofia e Psicologia na Universidade de Santander e decidiu ir para um seminário jesuíta. Nesse tempo aprofundou seus estudos sobre o além, particularmente sobre magia e ilusionismo e acabou se tornando conhecido no campus da faculdade.

Brasil

O então reitor da Faculdade de Filosofia, Padre Vicente González, conhecendo o interesse de Quevedo pelo ocultismo, recomendou que o mesmo viesse para o Brasil, um campo fértil para pesquisadores do sobrenatural, visto a forte superstição da cultura popular.

Quevedo desembarcou no Rio de Janeiro e foi para um seminário em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, onde residiu por 3 anos e em 1961 foi ordenado Padre após estudar teologia no Colégio.

Naturalizado brasileiro, passou a afirmar de maneira orgulhosa que se considerava mais brasileiro do que os próprios brasileiros nascidos no Brasil, porque estes últimos não tiveram a opção de nascer ou não no Brasil, mas ele teria optado em querer ser brasileiro, e brincava dizendo que por não ser perfeito ainda tinha tido 29 anos como espanhol.

Polêmica: Voto de Silêncio

Quando chegou ao Brasil, surgiram dificuldades e mal entendidos, e sofreu pressões por oito anos. Posteriormente um de seus superiores da Companhia de Jesus achou que Parapsicologia era herética e mandou-o ficar em silêncio, proibindo, mesmo sem ler, a venda de seu livro "Antes Que Os Demônios Voltem". Quevedo pelo voto de obediência, ficou em silêncio por seis anos até que Dom Luciano Mendes buscou tomar medidas referentes ao caso. Dom Paulo Evaristo Arns foi a Roma esclarecer o caso perante a Igreja, a qual desconhecia os eventos.

Os membros da Santa Sé ao lerem o livro se maravilharam com o conteúdo, sendo a partir de então recomendado em diversas universidades. As incompreensões foram superadas, o seu superior foi substituído, Quevedo saiu do silêncio e o Centro Latino-Americano de Parapsicologia (CLAP) foi reaberto e desde então o padre passou a ter o apoio dos jesuítas e também dos bispos. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) solicitou-lhe durante muitos anos que ministrasse anualmente curso de parapsicologia para sacerdotes e agentes de pastoral, até o dia que o mesmo se aposentou das atividades.

Participações na TV

Na década de 1970, a TV Globo trouxe ao Brasil o ilusionista Uri Geller, o qual afirmava que dominava eventos paranormais. Após um encontro de cinco horas no ar com o Padre Quevedo, este último demonstrou que o que Uri Geller fazia de entortar colheres, garfos, facas, chaves e quebrar relógios não passava de truques de ilusionismo. No dia seguinte, o próprio Uri Geller reconheceu que tudo não passava de técnicas, contudo, para não ter que se retratar em público, Roberto Marinho e Adolpho Bloch prometeram ao Padre Quevedo que em troca de uma retratação por parte Uri Geller, ele pegaria o primeiro voo e nunca mais se falaria nele tanto na TV Globo como na extinta Rede Manchete. A Rede Manchete até cogitou a possibilidade de lançar, no dia seguinte, em sua revista o resultado do confronto, onde o padre aparecia levitando Uri Geller e com o seguinte título: "Padre Quevedo VS Uri Geller, Nocaute No 1º Round".

Na década de 1980, outro refutado pelo padre parapsicólogo foi o médium Thomas Green Morton, que afirmava ter poderes de entortar talheres, exalar perfume e que fazia luzes emanar de seu corpo. O Padre Quevedo demonstrou que a luz que Thomas Green Morton afirmava emanar do corpo, se tratava de um truque através de uso de fósforo que se inflamava em contato com o ar.

Especialmente durante a década de 1990, participou de diversos programas televisivos onde debatia com médiuns, pastores, ufólogos, ateus e curandeiros. Sempre quando alguém alegava um poder excepcional, Padre Quevedo dava uma explicação científica ou ainda realizava a mesma coisa que o dito mediúnico.

No programa no SBT de Silvia Poppovic, que abordava o tema mediunidade, o médium Ivan Trilha, atravessou um fio pela garganta de um pessoa da plateia, afirmando que se tratava um poder excepcional, e que ela não sangraria nem sentiria dor, embora a mulher se queixasse de dores e sangue. No mesmo momento que o dito médium realiza a apresentação, Padre Quevedo atravessou a própria garganta com um grande alfinete de fralda, sem sangue ou dor, alegando que o que Ivan fazia ele também fazia, pois se tratava de faquirismo e não um poder mediúnico.

No programa Globo Repórter, o Padre Quevedo demonstrou que as ditas materializações no algodão realizadas por Dona Ederlazil Munhoz Cardoso, eram truques realizadas pela autora através de truque e não pelos ditos milagres. A mulher escondia uma das mão e depois trazia os objetos e jogava sobre o algodão molhado.

Tempos depois, o Padre Quevedo provou que um dita casa fantasma que pegava fogo tinham as chamas geradas por truque através de barbantes embebidos em querosene. Certa vez Padre Quevedo foi convidado a gravar uma entrevista sobre Nossa Senhora de Guadalupe e seu milagre. A TV Globo queria que ele falasse se tratar de fenômeno espírita. Como não concordou, pois afirmara ser milagre, sua participação nunca mais aconteceu na emissora.

O Caçador de Enigmas

Parapsicólogo famoso, comumente chamado em programas de auditório brasileiros para dar explicações sobre fenômenos desconhecidos, lhe fez uma figura famosa no Brasil. Tal notoriedade também lhe rendeu uma série dentro do programa Fantástico, chamada de "O Caçador de Enigmas", em que tinha como objetivo dar a interpretação para fenômenos paranormais. O programa sucedeu o de Mr. M, e o objetivo inicial era que Quevedo fizesse o personagem cujo título seria Mr. Q. Porém negou, mesmo porque seu superior, José Antônio Netto, da Ordem dos Jesuítas era contra a associação da imagem do padre com a do mágico estadunidense.

O programa ia ao ar nos domingos a cada 15 dias, entre 02/01/2000 a 05/05/2000 com audiência que atingia picos de 42 pontos. Entre os diversos episódios, o referente a telecinésia, ele comprovou que os objetos que eram arremessados contra as paredes ou contra pessoas em um dita casa mal assombrada não tinham nada de sobrenatural, mas eram eventos fabricados por uma das filhas do casal, conforme registrado pelas câmeras de filmagens instaladas.

Em outro episódio o Padre Quevedo ficou cara a cara com Marcos Fabian Vieira, um homem que afirmava ter feito um pacto com o diabo e que o incorporava. Na oportunidade o padre entrevistou o dito Lúcifer incorporado e começou a falar com ele em hebraico, uma língua semelhante ao aramaico, que Jesus falava e a qual teria sido usada por Satanás para lhe tentar no deserto. Sem entender uma palavra o mesmo começou a se irritar, então o Padre Quevedo, de joelhos, pediu para que com seus poderes lhe dobrasse o dedo, mas o dito Lúcifer falou que tinha algo reservado para o padre. Sem titubear o Padre Quevedo lhe pediu para que o matasse, mas o mesmo apenas disse que a morte lhe estava reservada. Treplicando, Padre Quevedo pediu que marcasse uma data, pois de maneira jocosa fez graça com a situação afirmando que era cardíaco e como tal, uma hora morreria como qualquer outra pessoa. Padre Quevedo, afirmou que com boa ou má intenção Marcos Fabian Vieira não sabia nada sobre o que ou quem era Lúcifer, estando o tempo todo errado.

Mesmo com um aumento médio de 5 pontos na audiência em comparação ao programa anterior do Mr. M, a série foi finalizada em maio de 2000. Embora o Padre Quevedo tenha demonstrado um grande apreço pela equipe do Fantástico, é possível que a série tenha sido interrompida por um dos chefes da TV Globo por achar desagradável a desmistificação de suas crenças. Provavelmente os argumentos do Padre Quevedo começaram a ser resumidos nos episódios, depois começaram a cortar os desafios. Se em um episódio se desvendava fraudes espíritas, logo um programa dedicado ao espiritismo vinha em outra grade da emissora. Até que o programa chegou ao fim.

Desafios

Após o final do contrato com a TV Globo, o Padre Quevedo voltou a participar de debates e entrevistas em outras redes de televisão no Brasil e na América Latina. Um dos debates mais marcantes ocorreu entre o mesmo e Inri Cristo, o qual dizia ser a reencarnação de Jesus Cristo. O debate ocorreu na programa TV Tribuna, da TV Iguaçu, filiada ao SBT, onde o Padre Quevedo para provar que aquele que se intitulava a reencarnação de Jesus Cristo era um farsante, falou com ele em latim, grego e hebraico, mas, Inri Cristo não entendia o que ele dizia. Em seguida lhe pediu que acrescentasse um dedo ao presidente Lula, o que só irritava ainda mais Inri Cristo. Posteriormente, ambos se encontraram no Programa do Ratinho, onde o Padre Quevedo desafiou que Inri Cristo dobrasse-lhe o dedo com os seus poderes ditos divinos, o padre chegava a chamá-lo de "Inri Crista", porque seria muita crista dele comparasse a Jesus Cristo.

Por desafiar pessoas que afirmavam que tinham o poderes sobrenaturais sobre este mundo, como deixar alguém doente ou até matar uma pessoa através de feitiçaria, sempre desdenhoso e rindo dos feiticeiros pedia que estes fizessem feitiços contra ele:
"Venham todos contra mim. Não tem poder nenhum. Isso não existe!"
Normalmente sempre lançava a aposta de 10 mil dólares se alguém através de ditos poderes sobrenaturais pudesse lhe dobrar o dedo:
"Te doou 10 mil dólares se com teus poderes me dobrares esse dedo!"
Em sua última apresentação em TV aberta, no programa Agora é Tarde, apresentado por Danilo Gentilli, o Padre Quevedo apresentou um cheque de 200 mil reais, afirmando que o daria para aquele que com o poderes sobrenaturais pudesse dobrar o seu dedo.

No ano de 2012, o Padre Quevedo resolveu atender ao pedido da Companhia de Jesus e encerrou suas atividades devido sua idade avançada. A partir de então passou a residir em Belo Horizonte, na residência jesuíta Irmão Brandão, onde ficava recluso e não dava mais entrevistas, embora continuasse escrevendo e enviando suas informações para São Paulo onde eram postadas por sua equipe na internet.

Quem mantinha contato com ele eram os funcionários do Instituto Padre Quevedo de Parapsicologia, que já avisaram que o museu Paixão de Quevedo estava concluído.

Carreira

Conforme o Drº Francisco Vásquez, especialista em cirurgia digestiva e Geral da Academia de Ciências Médicas de Catalunha e da Segurança Social Espanhola, o Padre Óscar Gonzalez-Quevedo, através do seus cursos de divulgação abriu, ao numeroso público, as portas do conhecimento do enigma humano. Médicos, psicólogos, licenciados e universitários em geral puderam matizar e precisar conceitos dentro desse vasto mundo oculto, do qual o psiquismo humano é portador inconsciente.

Seus livros foram acolhidos como extraordinário interesse e a prova são as numerosas edições. Tornando-se o Centro Latino-Americano de Parapsicologia (CLAP) orgulho para o Brasil e referência em parapsicologia para toda América Latina, por ser ele, farol constante de esclarecimentos e de veracidade, para onde dirigem seus olhares, entre outros, os países da velha Europa.

Como cientista, Padre Quevedo estudou os fenômenos parapsicológicos em todo o mundo para apresentar à sociedade uma explicação reta e científica referente aos eventos naturais. Como sacerdote, deteve-se a eliminar os erros de interpretação, separar a verdade da superstição e diferenciar o verdadeiro do falso milagre.

Segundo o mesmo "O Brasil seria um país mais supersticioso do mundo!", campo fértil para charlatões das mais diversas espécies. Assim argumentava que a primeira hipótese para os casos ditos miraculosos é sempre a fraude, onde o charlatão busca enganar os demais através de truques e técnicas de ilusionismo. A segunda hipótese e bem mais rara seria a manifestação de um fenômeno parapsicológico que não pode ser controlado pelo seu autor, e por fim, rarissimamente o milagre que só pode ser realizado exclusivamente por Deus, nunca por ação de homens ou espíritos dos mortos.

Padre Quevedo, dentre diversas obras, abordou sobre os eventos parapsicológicos na obra "A Face Oculta da Mente" e sua continuação "As Forças Físicas da Mente". Em ambos os livros o jesuíta afirma que os fenômenos parapsicológicos de efeitos físicos são muito mais raros que os efeitos psíquicos. Mesmo entre as pessoas dotadas capazes de produzi-los é muito comum manifestar apenas os fenômenos de efeitos físicos mais simples como: Tipologia (golpes e pancadas sobre a mesa ou paredes sem contato ou com contato suficiente), Fotogênese (luzes errantes) ou em último caso bem mais raro, a Telecinesia (movimentos de objetos sem contato).

O Centro Latino-Americano de Parapsicologia (CLAP)

Após decidir morar em São Paulo, por causa da Faculdade Anchieta, vinculada a comunidade Jesuíta. Fundou em 11/05/1970, o Centro Latino-Americano de Parapsicologia (CLAP), dedicando-se ao estudo, pesquisa e difusão da Parapsicologia. Nesse lugar, funcionava a maior biblioteca de parapsicologia do mundo, com quase 10 mil livros sobre o assunto, além de slides, fitas de vídeo, fotos, documentos, bem como uma biblioteca de mágica, considerada por especialistas como a melhor biblioteca de ilusionismo do mundo.

O Padre Quevedo se aposentou e sua equipe fundou o Instituto Padre Quevedo de Parapsicologia, prosseguindo os trabalhos com as mesmas finalidades e objetivos. Neste Instituto, além de ampla Biblioteca, do Memorial Padre Quevedo (com todo o acervo de sua vida e obras) se mantém um Museu da Parapsicologia, que coleciona objetos usados em rituais de ocultismo, esoterismo, cultos afro-brasileiros, muitos dos quais foram encontrados na rua e o Padre Quevedo foi recolhendo para colecionar e mostrar as pessoas que aqueles objetos não tinham poder algum sobre o homem. Segundo Padre Quevedo, o único milagre que se poderia encontrar lá seria alguma sala sem a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, da qual era devoto.

Charlatanismo

Como maneira necessária para desmascarar charlatões, o Padre Quevedo se tornou um exímio ilusionista, embora muitas vezes não tivesse os instrumentos necessários para realizar um truque, todavia, conhecia as técnicas usadas por falsários como maneira de iludir a população seja através de técnicas de faquirismo, cirurgias espirituais ou alegação de dominação de faculdades parapsicológicas ou comunicação com os mortos.

Muitos casos de charlatanismo estavam relacionados a práticas de curandeirismo, outros ligados a suposto controle de domínios parapsicológicos afirmavam que com poderes da mente, dos extraterrestres ou ainda dos mortos, poderiam entortar colheres, materializar objetos, emanar luzes, criar fogo ou levitar uma pessoa. Em todos casos apresentados, o Padre Quevedo sempre apresentava uma explicação natural para os eventos, sendo na maioria dos casos técnicas de ilusionismo que o próprio sacerdote também demonstrava perante o público para comprovar que tudo não passava apenas de uma técnica de ilusionismo que os charlatões se utilizavam para enganar o público.

Curanderismo

Padre Quevedo desde o início de sua carreira no Brasil teve uma preocupação em combater o charlatanismo e curanderismo pregados por supostos médiuns. Afirmava com veemência que os curandeiros muitas vezes não cobravam diretamente pelos seus serviços, mesmo assim de maneira indireta muitos deles recebiam verdadeiras fortunas.

Os grandes curandeiros estariam sempre ligados a uma máquina propagandística e as cirurgias espirituais era na verdade exercício ilegal da medicina, onde o médium perante a paciente sugestionava a mesma a neutralizar a dor, mas deixava-lhe a doença. Entrevistando muitas pessoas que consultaram o médium Zé Arigó, Padre Quevedo afirmava que 90% das pessoas sugestionadas pelo médium diziam que os problemas de saúde não tinham sido resolvidos.

Padre Quevedo afirmara:
"O curandeiro é sempre perigoso e, quando cura, é criminoso! Porque tira a dor, mas deixa a doença, tira o sintoma, mas deixa a causa!"
Para desmascarar o charlatões, Padre Quevedo, como ilusionista, aprendeu as técnicas usadas pelos médiuns para fazer cirurgias espirituais. Muitas vezes usando de facas ocas que derramavam sangue pelo cabo, dando a falsa impressão que o paciente teria sido cortado, em seguida fazia-se pressão sobre o abdômen do paciente e com habilidades técnicas dava-se a impressão que tumores ou até mesmo objetos estão saindo de dentro do sugestionado através das mãos do médium. Muitas vezes eram usadas vísceras de animais, principalmente galinhas. Ao final, limpava-se a região supostamente cortada com algodão, dando a falsa impressão que a pessoa teria passado por uma cirurgia espiritual, assim teria uma cicatrização perfeita, sem marcas de cortes.

Padre Quevedo dedicou uma obra denominada "Curanderismo: Um Mal Ou Um Bem?" que também foi lançado com o nome "O Poder da Mente na Cura e a Doença" para tratar de assuntos relacionados ao poder do psiquismo e as doenças a ele relacionado, fazendo uma abordagem referente aos serviços, diagnósticos e adivinhação realizado pelos curandeiros, além de curas parapsicológicas, curas a distância e a medicina psicossomática.

Demonologia

O pioneirismo do Padre Quevedo ao escrever livro "Antes Que os Demônios Voltem" lançado em 1981 e retirado da censura no início de 1989, tornou-se uma das melhores obras já realizadas sobre demonologia. A obra examina com profundo critério científico e abarcando os mais diversos ângulos da história, teologia, filosofia, psiquiatria e parapsicologia sobre os eventos. O livro destaca os mais fantásticos casos de demonologia explicados através de fenômenos parapsicológicos: Levitação, estigmas, feitiços, movimentos de objetos, penetração da matéria, adivinhações, entre outros.

Em seus estudos o padre parapsicólogo busca apresentar a questão de fenômenos atribuídas aos demônios do ponto de vista doutrinal e experimental; filosófico e teológico, além de psicológico e parapsicológico, unificando as teorias e a ciência em explicações naturais. Com uma rica bibliografia a obra visa tomar posicionamentos maduros através da fé e da razão, dando sentido teológico para o que é espiritual e explicação científicas para as questões naturais.

Morte

Padre Quevedo faleceu na madrugada do dia 09/01/2019, aos 88 anos, em Belo Horizonte, MG, vítima de complicações cardíacas. Padre Quevedo faleceu na Casa Irmão Luciano Brandão, no Bairro Planalto, onde são atendidos jesuítas idosos e com problemas de saúde. Ele morava no local desde 2012.

O velório foi realizado no Ginásio da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia. O sepultamento ocorreu no dia 10/01/2019, às 11h00, no Cemitério Bosque da Esperança, no Bairro Jaqueline, Belo Horizonte, MG.

Publicações
  • O Que é Parapsicologia
  • A face Oculta da Mente
  • As Forças Físicas da Mente
  • O Poder da Mente na Cura e na Doença
  • Antes Que os Demônios Voltem
  • Os Espíritos e os Fenômenos Parafísicos
  • Há Provas de Que os Mortos Agem?
  • Identificação dos Mortos?
  • As Provas da Ciência
  • Palavra de Iahweh
  • Nossa Senhora de Guadalupe
  • Milagres - A Ciência Confirma a Fé
  • Os Milagres e a Ciência
  • Alguns Milagres na História da Igreja
  • Corpos Incorruptos
  • Revitalizações na História Sagrada.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #PadreQuevedo

Isolda

ISOLDA BOURDOT
(61 anos)
Compositora e Cantora

☼ São Paulo, SP (09/01/1957)
┼ São Paulo, SP (16/12/2018)

Isolda foi uma compositora e cantora nascida em São Paulo, SP, no dia 09/01/1957. Uma de suas composições mais importantes e conhecidas foi gravada pelo cantor Roberto Carlos, a música "Outra Vez". Isolda era irmã do também cantor e compositor Milton Carlos, falecido em São Paulo, SP, no dia 21/10/1976, aos 21 anos, vítima de um acidente automobilístico.

Seu bisavô e avó maternos foram maestros e compositores. Desde criança, Isolda interessou-se por artes em geral. Sua aproximação com a música começou em brincadeiras com o irmão e futuro parceiro Milton Carlos, fazendo músicas e histórias para teatrinhos de boneca. Isolda queria ser jornalista mas, ainda na adolescência, começou a participar, juntamente com o irmão, de festivais de música pelos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Conhecida como "A Compositora do Rei", por ser a compositora de "Outra Vez", um dos maiores sucessos de Roberto Carlos, participou de vários festivais nos quais o irmão Milton Carlos interpretava músicas de autoria deles.

Em 1970, teve as primeiras composições lançadas pelo irmão que foi convidado a gravar um LP. Foram elas, "Desta Vez Te Perdi", "Tudo Parou", "Eu Vou Caminhar" e "Um Presente Para Ela".

Em 1971, Milton Carlos gravou "Um Presente Para Ela" e Marcos Roberto "Eu Jurei". A partir daí, passou a receber pedidos de músicas de outros cantores e cantoras.


Em 1972 teve cinco músicas gravadas por importantes nomes da música naquele momento: "Minha Musa 1910", com Os Incríveis, "Perto Tão Perto", por Nilton César, "Calça Lee", por Nalva Aguiar, "Dados Biográficos", por Antônio Marcos e "Pinte De Amarelo", por Sylvinha.

Em 1973 conheceu o primeiro grande sucesso quando Roberto Carlos ouviu, através do amigo comum Eduardo Araújo, a música "Amigos, Amigos", parceria de Isolda com Milton Carlos e resolveu gravá-la. No mesmo ano, Milton Carlos gravou "Samba Quadrado" e "Você Precisa Saber das Coisas", Joelma lançou "Errado Ou Certo"Antônio Marcos "Quando O Amor Muda De Casa"

Obteve novo sucesso em 1974 na voz de Roberto Carlos com a canção "Jogo de Damas". No ano seguinte, Milton Carlos gravou mais cinco composições suas: "Amanhã É Outro Dia", "Foi Ela Um Tema De Amor", "Eu Juro Que Te Morreria Minha", "Cantiga Nº 1" e "Tele-Rodovia". Ainda em 1974 teve nova canção gravada por Roberto Carlos, "Elas Por Elas", além de "Na Boca Do Povo", gravada por Wando.

Em 1976, teve mais duas composições gravadas com grande sucesso na voz de Roberto Carlos: "Um Jeito Estúpido De Te Amar" e "Pelo Avesso"Milton Carlos gravou "Um Acalanto", "Uma Valsa, Por Favor", "Último Samba-Canção", "Me Mata" e "Vexame". Ainda nesse ano, Angela Maria gravou "Nunca Mais" e Agnaldo Rayol, "Eu Levo Uma Cruz Na Corrente".

Seu maior sucesso veio em 1977, com a música "Outra Vez", que tomou lugar na galeria dos maiores hits da carreira de Roberto Carlos. Composta no mesmo ano da morte de Milton Carlos, foi a primeira em que fez sozinha letra e música. "Outra Vez" foi um grande sucesso no ano seguinte e recebeu regravações de Altemar Dutra, Simone, Emílio Santiago dentre outros, além de ser gravada no exterior por Pepino di Capri, Armando Manzanero e Ray Conniff. Nesse ano, mais seis de suas parcerias com Milton Carlos foram gravadas por ele em seu último disco, "Eu E Companhia", "Enredo", "Ana Cláudia", "Maria De Tal", "Feira De Artesanato" e "Saudade do Bexiga".


Em 1978, Ronnie Von gravou "Por Todas As Coisas" e "Cara e Coragem" e Roberto Carlos, "Tente Esquecer".

Em 1979, Isolda gravou um LP com as músicas "Boleríssimo", "Um Jeito Estúpido De Amar", "Você Precisa Saber Das Coisas", "Questão De Dias", "Não Faça Assim", "Outra Vez", "Confidências", "Apague A Luz", "Ilegal, Imoral Ou Engorda", "Dois Encontros Casuais", "Sem Desespero" e "Tente Esquecer".

Em 1981, Ronnie Von gravou "Seu Lugar"

Em 1982, teve nova música gravada por Roberto Carlos, "Como É Possível". Nesse ano, fez com Armando Mazanero as canções "Como Quiseres", "Preciso De Você", "Repartir", "Vontade Tenho", "Meu Problema", "Te Escrevo Uma Canção", "Se Duvidas Desse Amor" e "Se Existe Alguém", gravadas pelo próprio Armando Manzanero.

Em 1983, Nelson Gonçalves gravou "A Volta".

Em 1985, Roberto Carlos gravou "De Coração Pra Coração" e no ano seguinte, "Quando Vi Você Passar".

Em 1990, Manolo Otero gravou "Esqueço Tudo" e a cantora Joana, "Meu Jogo".

Em 1999, "Outra Vez" foi regravada por Maria Bethânia, Tânia Alves e Trovadores Urbanos.

Em 2001 foi a vez de Gal Costa e Sérgio Reis gravarem "Outra Vez".

Isolda e Roberto Carlos (Setembro / 2018)
Em 2003, foi relançado em CD um disco de Milton Carlos no qual ele canta "Jogo De Damas", "Um Acalanto", "Último Samba-Canção" e "Me Mata".

Com mais de 400 composições, lançou, em 2007, o livro "Você Também Faz Músicas", em que dá orientações a iniciantes, a partir de tudo que aprendeu durante os 20 anos de carreira. Os capítulos ensinam a compor, editar e registrar músicas. No mesmo ano, gravou o disco "Tudo Exatamente Assim". O disco saiu pelo selo Toca Disco, da própria compositora e conta com "Outra Vez", seu maior sucesso, "Graças A Deus" e "Um Jeito Estúpido De Amar", também sucesso na voz de Roberto Carlos.

Em 2008, sua composição "Outra Vez", que fora grande sucesso na interpretação de Roberto Carlos nos anos 1970, recebeu destaque ao integrar a trilha sonora do filme "Meu Nome Não É Johnny", lançado em circuito nacional, sendo interpretada pelo ator Selton Melo, no papel de João Guilherme Estrela. O filme, dirigido por Mauro Lima e produzido por Mariza Leão, recebeu grande acolhida da crítica, sendo apontado como grande campeão de bilheteria em todo o Brasil.

Em setembro de 2018, Isolda foi ao show de Roberto Carlos no Espaço das Américas e postou uma foto com o amigo.

Morte

Isolda faleceu na noite de domingo, 16/12/2018, aos 61 anos, vítima de um infarto. O corpo de Isolda foi velado e sepultado na terça-feira, 18/12/2018, no Cemitério São Pedro, Cemitério da Vila Alpina.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB, Veja e G1
#FamososQuePartiram #Isolda

Henrique César

HENRIQUE CÉSAR
(84 anos)
Ator

☼ Canguçu, RS (11/01/1933)
┼ Rio de Janeiro, RJ (09/01/2018)

Henrique César foi um ator brasileiro nascido em Canguçu, RS, no dia 11/01/1933.

Henrique César estreou na televisão em 1964, na novela "Ilsa". Com um vasto currículo na televisão, no teatro e no cinema, Henrique César atuou nas novelas "Passo dos Ventos" (1968), sexta novela das 20h00 da TV Globo, "Bambolê" (1987), "A Viagem" (1994), "O Cravo e a Rosa" (2000), "Cabocla" (2004), "Páginas da Vida" (2006), "O Profeta" (2006), "Beleza Pura" (2008), "Caras & Bocas" (2009), "Passione" (2010), "Morde & Assopra" (2011) e "Guerra dos Sexos" (2012).

Seu trabalho mais recente foi uma participação em "Babilônia" (2015), como um cadeirante que protestou após tentar usar a rampa da calçada e ser impedido por causa do carro de Luís Fernando (Gabriel Braga Nunes).

Henrique César, sua esposa Riva Nimitz e o fiho do casal.
Já no cinema, Henrique César coleciona mais de 10 filmes, entre eles "Memórias Póstumas" (2001), que foi seu último trabalho no cinema, "Elite Devassa" (1984), "Viúvas Precisam de Consolo" (1979), "Cinco Vezes Favela" (1962), "Couro de Gato" (1961) e "Vou Te Contá" (1958), seu primeiro filme.

Intitulado "O ator que mais participou de novelas em todos os tempos", Henrique César estrelou folhetins nas extintas TV Excelsior, Rede Manchete e TV Tupi, além de ter brilhado com papéis marcantes em produções da TV Record, Bandeirantes, SBT e TV Globo.

Em 2007 e 2008 apresentou-se no teatro com a peça "A Pane", de Friedrich Dörrenmatt e direção de José Henrique Moreira.

Henrique César foi casado com a atriz Riva Nimitz.

Morte

Henrique César faleceu na segunda-feira, 08/01/2018, aos 84 anos, três dias antes de completar 85 anos, vítima de câncer, após ficar internado no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, no bairro de Acarai, Zona Norte do Rio de Janeiro.

Henrique César estava com pneumonia e metástase de um carcinoma, e tratava de um câncer no estomago.

O velório de Henrique César foi realizado na quarta-feira, 10/01/2018, na Capela Histórica do Cemitério Ordem Terceira da Penitência ao lado do Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro. A partir das 14h00 ocorreu a cremação no Crematório São Francisco Xavier.

Carreira

Televisão
  • 2015 - Babilônia ... Cadeirante (Participação)
  • 2012 - Guerra Dos Sexos ... Juiz
  • 2011 - A Vida Da Gente ... Ivo
  • 2011 - Morde & Assopra ... Padre Aluísio
  • 2010 - Passione ... Senhor que socorre Agostina
  • 2010 - Força-Tarefa ... Isaque
  • 2010 - Malhação ID ... Samad
  • 2009 - Caras & Bocas ... Epitácio
  • 2008 - Beleza Pura ... Genealogista
  • 2006 - O Profeta ... Juiz
  • 2006 - Páginas Da Vida ... Drº Moretti
  • 2006 - Malhação ... Almirante
  • 2005 - Mano A Mano ... Bóris
  • 2004 - Cabocla ... Delegado André
  • 2004 - Um Só Coração
  • 2002 - Desejos De Mulher ... Nelson
  • 2000 - O Cravo E A Rosa ... Ursulino Montenegro
  • 2000 - Esplendor ... Delegado
  • 1995 - Tocaia Grande ... Drº Eusébio
  • 1994 - A Viagem ... Duarte
  • 1994 - Castelo Rá-Tim-Bum ... Eugênio, o Gênio
  • 1990 - A História De Ana Raio E Zé Trovão ... Ranulfo
  • 1988 - Vida Nova ... Juca
  • 1987 - Bambolê ... Osório
  • 1985 - Jogo Do Amor ... Bonifácio (Boni)
  • 1983 - Vida Roubada
  • 1983 - Razão De Viver ... Lindolfo
  • 1983 - Sombras do Passado
  • 1982 - O Coronel E O Lobisomem ... Juju Bezerra
  • 1982 - Pic-nic Classe C ... Ferreri
  • 1980 - Um Homem Muito Especial ... Chico
  • 1980 - Pé De Vento ... Juca
  • 1979 - Os Gigantes
  • 1976 - Papai Coração ... Pompeo
  • 1976 - Canção Para Isabel
  • 1974 - O Machão ... Rachid
  • 1972 - Os Fidalgos Da Casa Mourisca
  • 1971 - Quarenta Anos Depois
  • 1971 - Os Deuses Estão Mortos
  • 1970 - As Pupilas Do Senhor Reitor ... Malaquias
  • 1969 - João Juca Jr.
  • 1969 - A Última Testemunha ... Fernando
  • 1968 - Passo Dos Ventos ... Genvillon
  • 1966 - Redenção
  • 1966 - As Minas De Prata ... Batista
  • 1966 - Ninguém Crê Em Mim
  • 1965 - A Grande Viagem ... Pardini
  • 1965 - Vidas Cruzadas ... Secretário
  • 1964 - Ilsa ... Zé

Cinema
  • 2001 - Memórias Póstumas
  • 1984 - Elite Devassa
  • 1980 - Alguém
  • 1979 - Viúvas Precisam De Consolo
  • 1978 - O Estripador De Mulheres
  • 1978 - J.J.J., O Amigo Do Super-Homem
  • 1976 - Quem É O Pai Da Criança?
  • 1975 - Cada Um Dá O Que Tem
  • 1975 - As Secretárias... Que Fazem De Tudo
  • 1962 - Cinco Vezes Favela
  • 1962 - O Vigilante Rodoviário
  • 1961 - Couro De Gato
  • 1958 - O Grande Momento
  • 1958 - Vou Te Contá

Indicação: Valmir Bonvenuto
#FamososQuePartiram #HenriqueCesar

Robertinho do Acordeon

JOSÉ CARLOS FERRAREZI
(66 anos)
Acordeonista

* Lucélia, SP (09/01/1939)
+ São Paulo, SP (03/01/2006)

Desde criança, ouvia música caipira nos alto-falantes das praças de Lucélia, SP, onde nasceu e se criou. Neto e sobrinho de músicos (seu avô regia no teatro Scala, e seu tio seria maestro em Guaraçaí), foi matriculado pelo pai na Escola de Música de Armando Patti em Valparaíso, para onde sua família mudara. Não se deu bem com os estudos formais, porém seus professores apostavam em seu talento e em seu "ouvido".

Aos 11 anos, integrou o trio: Palmeirinha, Lenço Verde e Zezinho - ele, o sanfoneiro -, cujo sucesso começou a interferir nos estudos, obrigando o pai a tirá-lo do trio.

Palmeirinha, anos depois, se consagraria como Tião Carreiro, da dupla Tião Carreiro & Pardinho.

Com a mudança da família para São Paulo, em 1951, Robertinho resolveu tentar a sorte em programas de calouros, e foram vários - o "Calouros Piratininga" na Rádio Piratininga, o "Clube Papai Noel" na Rádio Tupi, o "Peneira Rodhine" na Rádio Cultura, entre outros, sempre obtendo o primeiro lugar como instrumentista. No entanto, foi gongado no programa "A Hora do Pato", comandado por Manuel de Nóbrega na antiga Rádio Nacional, o que o fez desistir desse recurso e tentar se profissionalizar.

Robertinho do Acordeon faleceu em 03/01/2006 vítima de um câncer no pulmão.

Marisa Gata Mansa

MARISA VERTULLO BRANDÃO
(69 anos)
Cantora

* Rio de Janeiro, RJ (27/04/1933)
+ Rio de Janeiro, RJ (09/01/2003)

O apelido "Gata Mansa" ela recebeu do jornalista Djalma Sampaio por causa de seu jeito calmo de falar. Nascida numa família entusiasta da boa música, cresceu nesse ambiente que a incentivou a cantar. Foi casada com o compositor e pianista César Camargo Mariano, que compôs em sua homenagem a música "Marisa", tema da cerimônia religiosa de seu casamento com o compositor.

Marisa gravou o primeiro compacto, de 78 rotações, "Você Esteve Com Meu Bem" (João Gilberto e Russo do Pandeiro), pela RCA Victor. Uma trajetória marcada por um viés jazzístico, foi crooner do Golden Room do Copacabana Palace e substituindo Dolores Duran no Bacará. Típica voz de bares noturnos, cantava no Beco das Garrafas, ao lado de outros nomes da bossa nova.

Marisa Gata Mansa morreu às 20:00 hs do dia 09/01/2003. Ela estava internada no Hospital Miguel Couto, no Rio de Janeiro, desde o começo da semana. A cantora tinha 69 anos e faleceu devido a uma insuficiência respiratória aguda, conseqüência de uma isquemia cardíaca.

No ano de sua morte, Marisa iria completar 50 anos de carreira, iniciada com a benção de João Gilberto e que prosseguiu com a geração inicial da bossa nova. 

Fonte: Wikipédia

Benjamin Cattan

BENJAMIN CATTAN
(69 anos)
Ator, Escritor e Diretor

* São Paulo, SP (1925)
+ São Paulo, SP (09/01/1994)

Benjamin Cattan foi um dos pioneiros da televisão brasileira. Estreou na TV Tupi de São Paulo, como diretor do principal programa teleteatral da emissora, o "TV de Vanguarda" e, depois, se transformou em diretor artístico da emissora. Ainda na TV Tupi, escreveu telenovelas como "Hospital" (1971) e "Simplesmente Maria" (1970), esta última também dirigida por ele.

Atuou como ator nas novelas "A Muralha" (1961), "Vitória Bonelli" (1972), "Maria Antonieta", entre outras. Foi, depois, para a Rede Bandeirantes de Televisão, para a TV Cultura e, por fim, para a TV Globo, onde trabalhou em cinco produções entre 1989 e 1992, quase em seguida: "O Salvador da Pátria" (1989), "Gente Fina" (1990), "Araponga" (1991), "Felicidade" (1991) e "As Noivas de Copacabana" (1992), seu último trabalho.

Em 1964, organizou, o Primeiro Concurso de Peças Nacionais, vencido por Oduvaldo Viana Filho, com "O Matador", Osmar Lins, com "A Ilha no Espaço", e Plínio Marcos, com "Estória de Subúrbio". Atuava nos palcos eventualmente, sempre em papéis marcante.

No teatro, Benjamin Cattan, dirigiu as primeiras apresentações da peça "Dois Perdidos Numa Noite Suja" de Plínio Marcos, em 1966.

No cinema, começou na Vera Cruz e participou de algumas chanchadas dos anos 50, como "Uma Pulga na Balança" (1953). Também fez filmes como "O Beijo da Mulher Aranha" (1985), de Hector Babenco e "Dias Melhores Virão" (1989), de Cacá Diegues.

Benjamin Cattan faleceu em São Paulo, onde nasceu e sempre viveu, vítima de um Acidente Vascular Circulatório.