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Waldo

WALDO MACHADO DA SILVA
(84 anos)
Jogador de Futebol

☼ São Gonçalo, RJ (09/09/1934)
┼ Valência, Espanha (25/02/2019)

Waldo Machado da Silva, mais conhecido apenas como Waldo, foi um jogador de futebol, que atuava como atacante, tendo começado nas categorias de base do Fluminense Atlético Clube, Niterói, nascido em São Gonçalo, RJ, no dia 09/09/1934.

Waldo começou a sua carreira profissional no Fluminense Football Club em 1954, tendo permanecido no time até 1961 e atuado com destaque também na Seleção Carioca e na Seleção Brasileira, antes de emigrar para a Espanha, onde jogaria com destaque no Valencia, e já no final de carreira, no Hércules.

Atacante veloz, forte e com faro de gol, Waldo foi ídolo no Fluminense e no Valencia
Fluminense

No Fluminense Waldo conquistou o Campeonato Carioca de 1959, foi campeão da Zona Sul da Taça Brasil de 1960 e conquistou dois títulos do Torneio Rio-São Paulo, em 1957 e em 1960, sendo até hoje o maior artilheiro da história deste clube, não tendo marcado um único gol de pênalti sequer em sua carreira, o que ajuda muito a aumentar as estatísticas de vários artilheiros.

Com 319 gols e uma média de aproximadamente 0,79 gols por partida pelo Fluminense, ele é até hoje o maior artilheiro da história do clube carioca e detém a maior média de gols entre os maiores artilheiros dos grandes clubes cariocas e a terceira maior entre os maiores artilheiros dos grandes clubes do Brasil.

Seu estilo era rompedor, sem firulas, e, por isto mesmo, perdia pouquíssimos gols, fazendo-os de todas as formas, mas geralmente com simplicidade e objetividade. No Fluminense, Waldo foi artilheiro do Campeonato Carioca de 1956 e dos Torneios Rio-São Paulo de 1957 e 1960.

Na época em que comandou o ataque do Fluminense, o time teve o ataque mais positivo dos Torneios Rio-São Paulo em 1954, 1957 e 1960 (sendo que, em 1956, não houve torneio), assim como aconteceu na Taça Brasil de 1960. Waldo fez 41 gols em 59 jogos atuando pelo Fluminense na história do Torneio Rio-São Paulo, sendo também o maior artilheiro do Fluminense nesta competição.

Em 1959, Waldo marcou o recorde de gols de um jogador pelo Fluminense em uma única temporada, quando registou 62 gols, recorde esse que permanece até os dias atuais, embora algumas fontes apontem 69 gols.

Waldo atuou pela primeira vez em Valência defendendo o Fluminense em partida que homenageou o também jogador brasileiro Válter Marciano, que faleceu em um acidente automobilístico, marcando o gol da vitória do Fluminense por 2 x 1, perante 30.000 torcedores.

Após o jogo, Julio de Miguel, presidente do Valencia, enviou Vicente Peris, gerente de futebol do clube espanhol, ao Brasil para negociar a contratação de Waldo, negociação que terminou bem sucedida para o clube valenciano.

Carreira na Espanha

Em 1962, Waldo transferiu-se para o Valencia, sendo até 2006 o segundo maior artilheiro da história do clube espanhol, com 160 gols em 296 partidas oficiais, atrás somente do jogador espanhol Mundo (Edmundo Suárez).

Na temporada 1966-1967, foi o artilheiro da Liga Espanhola e, até 2006, era o brasileiro com maior número de gols nessa liga, 115, só então sendo superado por Ronaldo, que acabaria por fazer 117 gols.

Incluindo os jogos amistosos, Waldo teria feito 182 gols pelo Valencia, sendo campeão da Copa UEFA em 1962 e 1963 (artilheiro desta competição em 1962), além de campeão da Copa do Rei em 1967.

Depois de sair do Valencia, Waldo atuou 19 partidas pelo Hercules, marcando 2 gols.

Após terminar a sua carreira como jogador, Waldo radicou-se na cidade de Valência.

Morte

Waldo faleceu na tarde de segunda-feira, 25/02/2019, aos 84 anos, em Valência, Espanha. Waldo sofria de Alzheimer, vivia em uma clínica na Espanha. O sepultamento ocorreu na quarta-feira, 27/02/2019, no Tanatorio Municipal de Valencia.

O Fluminense decretou luto oficial de três dias.
"Queria agradecer a todos no Brasil pelo carinho que vocês tinham pelo meu pai. Foi uma coisa rápida. Essa semana mesmo ele já não queria comer nada. Hoje de manhã a médica me ligou e disse que estava delicado. Ele não sofreu nada e foi na paz. Agradeço muito a toda torcida do Fluminense!"
(Walmar, filho de Waldo)

Seleção Brasileira e Seleção Carioca

Antes de emigrar para a Espanha, Waldo fez ainda 2 gols pela Seleção Brasileira, tendo sido campeão da Taça do Atlântico 1960 e 6 pela Seleção Carioca, podendo ter feito ao total 511 gols na carreira segundo a listagem de seus gols.

Partidas Pela Seleção Brasileira
  • Brasil 7-1 Malmö FF (08/05/1960)
  • Brasil 4-3 Dinamarca (10/05/1960)
  • Brasil 4-0 Chile (29/06/1960)
  • Brasil 2-1 Paraguai (03/07/1960)
  • Brasil 5-1 Argentina (12/07/1960)

Títulos

Fluminense
  • 1960 - Zona Sul da Taça Brasil
  • 1960 - Torneio Rio-São Paulo
  • 1960 - Taça Ramon Cool J
  • 1960 - Taça Canal Collor (México)
  • 1960 - Taça Embotelladora de Tampico SA
  • 1959 - Campeonato Carioca
  • 1959 - Taça Movelaria Avenida
  • 1959 - Taça CSA versus Fluminense
  • 1957 - Torneio Rio-São Paulo
  • 1957 - Taça Vice-Presidente Adolfo Ribeiro Marques
  • 1957 - Taça Cidade do Rio de Janeiro
  • 1956 - Torneio Início
  • 1956 - Taça Presidente Afonsio Dorázio
  • 1954 - Torneio Início
  • 1954 - Taça Desafio

Valencia
  • 1961-1962 - Taça das Cidades com Feiras
  • 1962-1963 - Taça das Cidades com Feiras
  • 1966-1967 - La Liga

Seleção Brasileira
  • 1960 - Taça do Atlântico

Prêmios Individuais
  • 1966-1967 - Pichichi

Artilharias
  • 1956 - Campeonato Carioca (22 gols)
  • 1957 - Torneio Rio-São Paulo (13 gols)
  • 1960 - Torneio Rio-São Paulo (11 gols)
  • 1961-1962 - Taça das Cidades com Feiras (9 gols)
  • 1962-1963 - Taça das Cidades com Feiras de (6 gols)
  • 1963-1964 - Taça das Cidades com Feiras (6 gols)
  • 1966-1967 - La Liga (24 gols)

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio
#famososquepartiram #waldomachado

Mr. Catra

WAGNER DOMINGUES DA COSTA
(49 anos)
Cantor e Compositor

☼ Rio de Janeiro, RJ (05/11/1968)
┼ São Paulo, SP (09/09/2018)

Mister Catra, nome artístico de Wagner Domingues Costa, foi um compositor, cantor e rapper brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 05/11/1968.

Filho de Manoel e Elza Costa, nascido e criado no Morro do Catrambi, no Complexo do Borel, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. Filho de criação de Edgar, primo de João Luiz Duboc Pinaud, Secretário Estadual de Direitos Humanos do Rio de Janeiro. Morador do bairro da Glória, Zona Sul do Rio de Janeiro.

Na década de 1980 estudou no Colégio Pedro II, na Tijuca, onde atuou como líder estudantil, participando da criação do Grêmio Estudantil. Na adolescência, foi guitarrista de uma banda de rock. Também aprendeu a tocar bateria.

Como violonista, no início de carreira montou uma banda de rock, O Beco que se apresentava em festas particulares, escolas e faculdades. Considerado um dos expoentes do Funk Proibidão, sub-gênero que fala da violência, tráfico de drogas e é pouco divulgado fora das favelas, sendo considerado adversário do sub-gênero Funk Sensual.

Na década de 1990, em parceria com o ex-VJ da MTV, o paulista Primo Preto, criou a empresa Rapsoulfunk, gravadora, griffe de roupas e organizadora de bailes funk e shows hip hop no Rio de Janeiro e São Paulo.

Por intermédio do Vídeo Jockey (VJ) Primo Preto, de São Paulo, assinou contrato com a gravadora independente Zâmbia Records, a mesma dos Racionais MCs.


No ano de 1995, pela Zâmbia Records, lançou "O Bonde Dos Justos", o primeiro CD, do qual se destacou o sucesso "Vida Na Cadeia" com o seguinte trecho: "A vida na cadeia não dá nem pra imaginar / acredite meu amigo, só vendo pra falar".

Em 1996, lançou pela mesma gravadora, o CD "O Segredo do Altíssimo".

Em 1999 a Warner Music lançou o disco "O Fiel". Logo depois, afastou-se da gravadora por achar que a mesma não trabalhou o CD, executando apenas uma das faixas de apelo sensual, muito comum na época. Várias de suas composições foram incluídas nas coletâneas piratas "Proibidão do Rap", por suas músicas enaltecerem facções criminosas do Rio de Janeiro.

Em meados da década de 2000, começou a obter notoriedade nacional com seus funks paródicos. Como "Adultério", paródia do hit dos anos 80 "Tédio", da banda Biquini Cavadão. A música entrou em diversas coletâneas de funk e tocou em rádios do Rio de Janeiro. Mr. Catra então passou a adotar um discurso mais apelativo para o lado sexual em suas letras de forma humorosa e explícita.

Em 2001 foi incluído na coletânea "Bonde do Tesão", da gravadora Pipos Records, disco do qual também participaram Gorila e Preto, Cidinho e Doca, Equipe Pipo's, Bonde do Tigrão, MC Tati Quebra-Barraco e Lady Lú. Ainda em 2001, junto a MV Bill, lançou o Partido Popular Poder Para a Maioria (PPPomar), partido que abandonou no ano de 2002 por divergência com Celso Athayde, dono da Produtora Hutus e empresário de MV Bill e Racionais MC's.


Em 30/12/2002 a Polícia Militar carioca apreendeu mais um lote de CDs piratas da série "Probidão do Rap", disco no qual constavam algumas composições de sua autoria. Versos como "Não corre/não treme/mete bala no PM" são comuns nestes discos.

Em março de 2004 apresentou-se em Paris, na casa de shows Favela Chic. Na ocasião, apresentou-se em dupla com o MC, Joe Kaps, gravando um disco independente. Neste mesmo ano, com a banda Os Apóstolos, finalizou o disco "Leões de Judá", que contou com a participação de Gérson King Combo e ainda participou da coletânea "Proibidão Liberado", no qual interpretou as faixas "O Lucro Parte II" e "Aba Roedor", em parceria com Beto da Caixa. Entre suas composições mais divulgadas estão "Cachorro", referindo-se à Polícia Militar na qual relata em um trecho da letra:
Cachorro
Se quer ganhar um dindin
Vende o X-9 pra mim
O patrão tava preso, mas mandou avisar
que a sua sentença nós vamos executar
É com bala de HK
Por causa destes versos foi processado pela Polícia Militar carioca por apologia ao crime. Para se defender alegou que "O crime faz parte da cultura da favela. Não sou cúmplice do crime, sou cúmplice da favela. Não estou fazendo apologia, estou é relatando uma realidade!".

Ainda em 2004, suas composições são incluídas na série de CDs piratas "Proibidão do Rap", ao lado de músicas que enaltecem facções criminosas do Rio de Janeiro. Sobre essas gravações, certa vez declarou em entrevista ao Jornal do Brasil: "Aquilo não era nem pra ser gravado e comercializado. Simplesmente vamos aos bailes, às rádios e cantamos com a rapaziada!"


Continuando 2004, sua empresa Rapsoulfunk foi responsável pela contratação de artistas do universo hip hop para o "Festival Hip Hop Manifesta", o principal da América do Sul. O evento aconteceu no Riocentro e entre os nomes internacionais contratados destacaram-se os rappers norte-americanos Snoop Dogg e Ja Rule.

Em, 2009, Mr. Catra fez uma participação na música "Mansão Thug Stronda" do Bonde da Stronda.

Em 2010, Mr. Catra fez uma participação na música "A Gente Faz a Festa" do grupo Exaltasamba.

Em 2011 a tese de doutorado "A Estética Funk Carioca: Criação e Conectividade em Mr. Catra", da antropóloga Mylene Mizrahi, do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), recebeu o Prêmio IPP-Rio Maurício de Lima Abreu 2011 como primeira colocada. Mr. Catra radicou-se na cidade de Mogi das Cruzes, em São Paulo.

Em 2012 lançou pela internet o CD "Com Todo Respeito Ao Samba", que contou com faixas como "Tão Lindo" (Márcio Local), "Triste Fim Da Mina" (Mr. Catra), "Mangueira é Uma Mãe" (Serginho Meriti), "Líquido Do Amor" (Mr. Catra), "Antes, Durante e Depois" (Mr. Catra), "Preta Luxo" (Márcio Local), entre outras. Fez uma participação na música "Mama", de Valesca Popozuda e gravou junto com Neymar e Alexandre Pires o clipe da música "Kong".


Em 2014, participou da coletânea "Pancadão Das Marchinhas" (Som Livre), produzida pelo DJ Dennis, para a qual gravou "A Pipa Do Vovô Não Sobe Mais" (Manoel Ferreira, Ruth Amaral e Silvio Santos) e "Índio Quer Apito" (Haroldo Lobo e Milton de Oliveira).

Em Janeiro de 2015, anunciou o projeto de uma banda rock pesado intitulada Mr. Catra & Os Templários, banda de rock na qual atuou como vocalista ao lado dos músicos Marcello Nunes (bateria), Stanley Zvaig (baixo), Reinaldo Gore Doom (guitarra), Wellington Coelho e Morgan Stern (Percussão). Participou do show de Lulu Santos apresentado no Palco Mundo, o palco principal do festival Rock In Rio, sendo o primeiro artista do funk a participar do festival.

Em 2016 apresentou o programa "Bagulho Louco Com Mr. Catra", exibido ao vivo pelo canal Multishow, no qual recebeu convidados como Caetano Veloso, Lulu Santos, Xande de Pilares, Marcelo D2, Preta Gil. Seu filho Lucke atuou como DJ do programa.

Pai de 32 filhos, Mr. Catra alega ter se convertido ao judaísmo após uma visita ao Muro das Lamentações. Mr. Catra era formado em direito e falava 5 idiomas além do português: Inglês, francês, alemão e hebraico.

Em dezembro de 2017, revelou publicamente estar enfrentando um câncer no estômago. Ele descobriu a doença no início de 2017, após sentir fortes dores e realizar um check-up de rotina. Para ele, a doença se desenvolveu pelo excesso de álcool e noites sem dormir.

Morte

Mr. Catra morreu, na tarde de domingo, 09/09/2018, aos 49 anos, em São Paulo, SP, vítima de câncer.
Mr. Catra estava internado no Hospital do Coração de São Paulo, tratando de um câncer gástrico, mas não resistiu. Ele chegou a perder 35kg e chocou os fãs ao publicar uma foto nas redes sociais.

Mr. Catra deixou 32 filhos e três mulheres, com quem mantinha um relacionamento poli amoroso.

Discografia

  • 1994 - O Bonde dos Justos (Zâmbia Records)
  • 1996 - O Segredo do Altíssimo (Zâmbia Records)
  • 1999 - O Fiel (Warner Music)
  • 2001 - Bonde do Tesão (Pipos Records)
  • 2004 - Proibidão Liberado (Link Records)
  • 2007 - Humildade é Tudo (Universal Records)
  • 2008 - Poder da Favela (Warner Music)
  • 2012 - Com Todo Respeito ao Samba (Independente)
  • 2014 - Pancadão das Marchinhas (Som Livre)


Filmografia

  • 2005 - Sou Feia, Mas Tô Na Moda ... Ele Mesmo
  • 2012 - Saturday Night Live ... Episódio 16
  • 2015 - Vai Que Cola ... Episódio 3
  • 2016 - O Roubo da Taça Albino
  • 2017 - Internet: O Filme Deus

Fonte: Wikipédia, Dicionário Cravo Albin da MPB e Correio Brasiliense
#FamososQuePartiram #MrCatra

Coronel Ubiratan

UBIRATAN GUIMARÃES
(63 anos)
Coronel da PM e Político

* São Paulo, SP (19/04/1943)
+ São Paulo, SP (09/09/2006)

Foi o responsável pela invasão da Polícia Militar de São Paulo ao Complexo Penitenciário do Carandiru, em 1992. O coronel foi morto em seu apartamento em São Paulo num crime ainda não esclarecido.

Uma briga entre membros de facções rivais no Pavilhão 9 que deveria terminar como mais um tumulto da Casa de Detenção, no complexo do Carandiru, zona norte de São Paulo, acabou se tornando uma rebelião subversiva. Uma intervenção policial, que a promotoria do caso classificou como "desastrosa e mal-preparada", comandada pelo Coronel Ubiratan resultou na morte de 111 detentos. O episódio ficou conhecido como Massacre do Carandiru como a mídia e as organizações dos direitos humanos classificaram.

O coronel foi acusado de homicídio e condenado, em junho de 2001, a 632 anos por 102 das 111 mortes (seis anos por cada homicídio e vinte anos por cinco tentativas de homicídio). No ano seguinte, foi eleito deputado estadual por São Paulo, após a sentença condenatória, durante o trâmite do recurso da setença de 2001. Por este motivo, o julgamento do recurso foi realizado pelo Órgão Especial do TJ, ou seja, pelos 25 desembargadores mais antigos do estado de São Paulo, em 15 de fevereiro de 2006. O Órgão reconheceu, por vinte votos a dois, que a sentença condenatória, proferida em julgamento pelo Tribunal do Júri, continha um equívoco. já que o coronel havia sido atingido e teve que ser hospitalizado durante a retomada do presídio. Essa revisão acabou absolvendo o réu.

Observou-se o paralelismo (simetria) entre as regras previstas na Constituição Federal e na Constituição do Estado de São Paulo e, por este motivo, o foro especial ao deputado estadual é considerado constitucional.

Vida Política

Transformado num nome conhecido do grande público após o massacre, Ubiratan entrou na política. Ele tomou posse como suplente de deputado estadual pelo PSD, por duas vezes: de janeiro de 1997 a abril de 1998 e de janeiro a março de 1999, sendo eleito posteriormente (com o número 14111) deputado estadual por São Paulo com 56.155 votos, em 2002.

Foi membro das CPIs do Crime Organizado e da Favela Naval. Estava em seu segundo mandato e era membro das Comissões de Segurança Pública e Administração Pública e presidia a Comissão de Assuntos Municipais. Considerado como uma figura importante na defesa da venda de armas aos cidadãos, no referendo sobre o desarmamento de 2005. Ubiratan também era visto por dirigentes de seu partido como grande "puxador" de votos para a bancada da bala.

Na Assembléia Legislativa de São Paulo, o coronel atuou em defesa da valorização do policial e seu discurso ganhou ainda mais força depois das ondas de ataques do crime organizado em São Paulo, orquestrados pelo Primeiro Comando da Capital.

No lugar do coronel, assumiu a suplente na chapa, Edir Sale, do PL, partido coligado ao PTB em São Paulo.

Morte

Por volta das 22h30min de 10 de setembro de 2006, um dos assessores de Ubiratan o encontrou morto, com um tiro, em seu apartamento nos Jardins, em São Paulo. Aparentemente não havia sinais de luta corporal no local, e a porta dos fundos estava apenas encostada.

O corpo do coronel estava deitado de barriga para cima, coberto apenas por uma toalha. O tiro acertou a parte debaixo do mamilo direito e saiu pelas costas.

Na madrugada do dia 11 de setembro, a perícia suspeitava que o crime teria ocorrido entre a noite de sábado e a madrugada de domingo. Na tarde do mesmo dia, a Polícia Civil já estimava que o crime teria ocorrido provavelmente na noite de sábado.

O corpo de Ubiratan foi enterrado na tarde do dia 11 de setembro, no Cemitério do Horto Florestal, na zona norte de São Paulo. O cortejo chegou ao cemitério por volta das 17h. Estava prevista a parada na capela, mas a família optou por cancelá-la porque o local não comportaria o número de pessoas que acompanhava a cerimônia.

No muro do prédio onde morava foi pichado "Aqui se faz, aqui se paga", com referência ao Massacre do Carandiru que o Coronel foi o comandante da operação.

Investigações

O homicídio está sendo investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), sob o comando do delegado Armando de Oliveira Costa Filho que ouviu em 11 de setembro cerca de dez depoimentos, entre eles o da então namorada de Ubiratan, a advogada Carla Cepollina, que disse informalmente que esteve com Ubiratan durante a manhã de sábado em uma hípica e que, depois, participaram de um evento político e seguiram para o apartamento do coronel. Ela teria dito também que, por volta das 18h, discutiram, após Ubiratan receber um telefonema. O depoimento formal de Cepollina deve ocorrer no dia seguinte.

Indícios

- A porta da sala estava trancada, mas a porta de serviço estava encostada. Lá a perícia retirou fragmentos de digitais para análise;

- O corpo foi encontrado no tapete da sala, de barriga para cima, enrolado em uma toalha. A carteira não foi levada;

- Havia dois copos contendo bebida alcóolica: um na cozinha; e o outro, no quarto;

- Havia uma mensagem de texto no celular do coronel, que foi recebida às 19h01 por uma pessoa chamada Renatinha;

- Foram recolhidas seis armas da coleção pessoal de Ubiratan. Familiares alegaram a falta de um revólver calibre 38, o mesmo da bala que matou o coronel.

111

O Coronel Ubiratan sempre esteve ligado ao número 111, mas sempre garantiu que o número nada tinha a ver com os 111 mortos do Massacre do Carandiru como ainda se acredita. O coronel defendia que 111 era o número do cavalo que montava nos seus tempos de Regimento de Cavalaria. Nas Eleições 2006, seu número era 14.111, por conta disso, o partido pretende "conservá-lo" como homenagem ao coronel. Coincidentemente, Ubiratan foi sepultado no nº 111 da Rua Luís Nunes, na zona norte da capital paulista.

Fonte: Wikipédia