Mostrando postagens com marcador 09/11. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 09/11. Mostrar todas as postagens

Gal Costa

GAL MARIA DA GRAÇA PENNA BURGOS COSTA
(77 anos)
Cantora, Compositora e Multi-Instrumentista

☼ Salvador, BA (26/09/1945)
┼ São Paulo, SP (09/11/2022)

Gal Maria da Graça Penna Burgos Costa, nascida Maria da Graça Costa Penna Burgos e conhecida como Gal Costa, foi uma cantora, compositora e multi-instrumentista nascida em Salvador, BA, no dia 26/09/1945. Gal Costa foi eleita como a sétima maior voz da música brasileira pela revista Rolling Stone Brasil em 2012.

Gal Costa era filha de Mariah Costa Penna, sua grande incentivadora, falecida em 1993, e de Arnaldo Burgos. Sua mãe contava que durante a gravidez passava horas concentrada ouvindo música clássica, como num ritual, com a intenção de que esse procedimento influísse na gestação e fizesse que a criança que estava por nascer fosse, de alguma forma, uma pessoa musical. O pai de Gal Costa, morto quando ela tinha quatorze anos, sempre foi uma figura ausente, vazio plenamente preenchido pelo amor de sua mãe, além dos parentes.

Por volta de muito tempo se tornou amiga das irmãs Sandra e Dedé (Andreia) Gadelha, futuras esposas dos compositores Gilberto Gil e Caetano Veloso, respectivamente.

Em 1959 ouviu pela primeira vez o cantor João Gilberto cantando "Chega de Saudade" (Tom Jobim e Vinícius de Moraes) no rádio. João Gilberto também exerceu uma influência muito grande na carreira da cantora, que também trabalhou como balconista da principal loja de discos de Salvador da época, a Roni Discos.

Em 1963 foi apresentada a Caetano Veloso por Dedé Gadelha, iniciando-se a partir daí uma grande amizade e profunda admiração mútua.

Vida e Carreira

Gal Costa era discreta quanto a sua vida pessoal. Durante sua vida manteve relacionamentos estáveis, mas nunca foi oficialmente casada. De 1991 a 1992 viveu junto com o empresário Marco Pereira. Ela era assumidamente bissexual, e ao longo dos anos ficaram conhecidos seus relacionamentos afetivos com mulheres anônimas e famosas, dentre elas a cantora Marina Lima e a atriz Lúcia Veríssimo.

Em entrevistas revelou nunca ter conseguido engravidar devido a obstrução nas trompas, doença que surgiu ainda na adolescência, e que tentou o processo de fertilização, mas não obteve êxito. Seguindo os conselhos de sua mãe, decidiu entrar na fila de adoção, mas só quando tivesse emocionalmente certa deste passo.

Em 2007, conseguiu adotar um menino de dois anos de idade, que sofria de raquitismo devido às condições de miserabilidade extrema na qual vivia em uma favela carioca antes de ir para o abrigo. Ela o batizou como Gabriel. Em entrevistas, informou que o processo de adoção foi rápido, pois a criança não contemplava as características físicas que a maioria dos adotantes procurava.

Vivendo no Rio de Janeiro desde os anos 60, voltou a viver em Salvador nos fim dos anos 80, e em 2014 mudou-se com seu filho para São Paulo, vivendo em uma mansão nos Jardins. Revelou para a mídia gostar de viver na Capital Paulista, tendo se adaptado rapidamente a grande metrópole, e que tornou-se um ser humano melhor após a chegada de seu filho. Eventualmente era vista na mídia acompanhada de homens e mulheres anônimos.

No início da carreira e no primeiro compacto, a cantora se apresentava como Maria da Graça. Por sugestão do produtor Guilherme Araújo, no entanto, adotou o nome artístico Gal. Caetano Veloso não gostou da mudança, argumentando que "Gal." é abreviatura de general, de modo que o nome Gal Costa a fazia parecer homônima do então Presidente da República, o Gal. Costa e Silva.

Em entrevista concedida a Jô Soares, em 2013, a Gal Costa revelou que havia alterado o registro civil para incluir o apelido pelo qual ficou conhecida nacionalmente, passando a se chamar oficialmente Gal Maria da Graça Penna Burgos Costa.

Na religião, Gal Costa frequentava o candomblé, tendo sido iniciada no Terreiro do Gantois, por Mãe Menininha do Gantois.

Década de 1960

Gal Costa estreou ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Tom Zé e outros, o espetáculo "Nós, Por Exemplo..." (22/08/1964), que inaugurou o Teatro Vila Velha, em Salvador. Neste mesmo ano participou de "Nova Bossa Velha, Velha Bossa Nova", no mesmo local e com os mesmos parceiros.

Deixou Salvador para viver na casa da prima Nívea, no Rio de Janeiro, seguindo os passos de Maria Bethânia, que havia estourado como cantora no espetáculo "Opinião". A primeira gravação em disco se deu no disco de estreia de Maria Bethânia (1965): O duo "Sol Negro" (Caetano Veloso), seguido do primeiro compacto, com as canções "Eu Vim da Bahia" (Gilberto Gil) e "Sim, Foi Você" (Caetano Veloso) - ambos lançados pela RCA, que posteriormente transformou-se em BMG (atualmente Sony BMG) - gravadora à qual Gal Costa retornaria em 1984, com o álbum "Profana". No fim do ano conheceu João Gilberto pessoalmente.

Gal Costa participou do I Festival Internacional da Canção, em 1966, interpretando a canção "Minha Senhora" (Gilberto Gil e Torquato Neto), que não emplacou.

O primeiro LP foi lançado em 1967, ao lado do também estreante Caetano Veloso, "Domingo", pela gravadora Philips, que posteriormente transformou-se em Polygram (atualmente Universal Music), permanecendo neste selo até 1983. Deste disco fez grande sucesso a canção "Coração Vagabundo" (Caetano Veloso).

Participou também do III Festival de Música Popular Brasileira defendendo as canções "Bom Dia" (Gilberto Gil e Nana Caymmi) e "Dadá Maria" (Renato Teixeira), esta última em dueto com Sílvio César no festival e com Renato Teixeira na gravação.

Em 1968, participou do disco "Tropicália ou Panis et Circencis" (1968), com as canções "Mamãe Coragem" (Caetano VelosoTorquato Neto), "Parque Industrial" (Tom Zé), "Enquanto Seu Lobo Não Vem" (Caetano Veloso), além de "Baby" (Caetano Veloso), o primeiro grande sucesso solo, que se tornou um clássico. Em novembro participou do IV Festival da Record defendendo a canção "Divino Maravilhoso" (Caetano Veloso e Gilberto Gil).

Lançou o primeiro disco solo, "Gal Costa" (1969), que além de "Baby" (Caetano Veloso) e "Divino Maravilhoso" (Caetano Veloso e Gilberto Gil) trouxe "Que Pena (Ele Já Não Gosta Mais de Mim)" (Jorge Benjor) e "Não Identificado" (Caetano Veloso), todas grandes sucessos. No mesmo ano gravou o segundo disco solo, "Gal", conhecido como o psicodélico, que traz os hits "Meu Nome é Gal" (Roberto Carlos e Erasmo Carlos) e "Cinema Olympia" (Caetano Veloso), e deste disco foi gerado o espetáculo "Gal!"

Década de 1970

Em 1970, viajou para Londres para visitar Caetano Veloso e Gilberto Gil, exilados pela ditadura militar, e dessa viagem trouxe algumas músicas incluídas em seu disco seguinte, "Legal", cuja capa foi produzida por Hélio Oiticica. Do repertório desse trabalho fizeram grande sucesso as músicas "London London" (Caetano Veloso) e "Falsa Baiana" (Geraldo Pereira).

Em 1971, gravou um compacto duplo importantíssimo em sua carreira, onde estão os grandes sucessos "Sua Estupidez" (Roberto Carlos e Erasmo Carlos) e "Você Não Entende Nada" (Caetano Veloso). Nesse mesmo ano realizou um dos shows mais importantes da música brasileira, "Fa-Tal", dirigido por Waly Salomão e que gravado ao vivo gerou o disco que até hoje é considerado por muitos críticos como o mais importante de sua carreira, o "Fa-Tal / Gal a Todo Vapor", que traz grandes sucessos como "Vapor Barato" (Jards Macalé e Waly Salomão), "Como 2 e 2" (Caetano Veloso) e "Pérola Negra" (Luiz Melodia).

Em 1973, gravou o disco "Índia", dirigido por Gilberto Gil, que trazia os sucessos "Índia" (J. A. Flores e M. O. Guerreiro - versão José Fortuna) e "Volta" (Lupicínio Rodrigues), e desse disco fez outro show muito bem sucedido, também dirigido por Waly Salomão, "Índia". Nesse mesmo ano participou do Festival Phono 73, que gerou três discos, onde Gal Costa gravou com sucesso as músicas "Trem das Onze" (Adoniran Barbosa) e "Oração de Mãe Menininha" (Dorival Caymmi), em dueto com Maria Bethânia.

Em 1974, gravou o disco "Cantar", dirigido por Caetano Veloso, que trazia os sucessos "Barato Total" (Gilberto Gil), "Flor de Maracujá" (João Donato e Lysia Enio), "Até Quem Sabe" (João Donato e Lysia Enio) e "A Rã" (João Donato e Caetano Veloso). Desse disco gerou o show "Cantar", que não foi bem recebido por seu público por se tratar de um disco muito suave, contrastando com a imagem forte que a cantora criou a partir do Movimento Tropicalista.

Gal Costa, Gilberto Gil, Maria Bethânia e Caetano Veloso
Em 1975, fez imenso sucesso ao gravar para a abertura da novela da TV Globo "Gabriela" a canção "Modinha Para Gabriela" (Dorival Caymmi). Desse ano também é o sucesso "Teco Teco" (Pereira da Costa e Milton Vilela), lançada em compacto. O grande sucesso da canção de Dorival Caymmi motivou a gravação do disco "Gal Canta Caymmi", lançado em 1976, que trazia os hits "Só Louco", "Vatapá", "São Salvador" e "Dois de Fevereiro", todas de Dorival Caymmi. Nesse mesmo ano, ao lado dos colegas Gilberto Gil, Caetano Veloso e Maria Bethânia, participou do show "Doces Bárbaros", nome do grupo batizado e idealizado por Maria Bethânia, espetáculo que rodou o Brasil e gerou o disco e o filme "Doces Bárbaros". O disco é considerado uma obra-prima e apesar disto, curiosamente na época do lançamento, 1976, foi duramente criticado. Doces Bárbaros foi um dos mais importantes grupos da contracultura dos anos 70 e, ao longo dos anos, foi tema de filme, DVD, enredo da escola de samba GRES Estação Primeira de Mangueira em 1994 com o enredo "Atrás da Verde-e-Rosa Só Não Vai Quem Já Morreu", comandaram trio elétrico no carnaval de Salvador, espetáculos na praia de Copacabana.

Inicialmente o disco seria gravado em estúdio, mas por sugestão de Gal Costa e Maria Bethânia, foi o espetáculo que ficou registrado em disco, sendo quatro daquelas canções gravadas pouco tempo antes no compacto duplo de estúdio, com as canções "Esotérico", "Chuckberry Fields Forever", "São João Xangô Menino" e "O Seu Amor", todas gravações raras.

Em 1977, lançou o disco "Caras & Bocas", que trazia os sucessos "Tigresa" e "Negro Amor", além da música homônima ao disco que Maria Bethânia e Caetano Veloso escreveram para Gal Costa. Desse disco gerou-se o show "Com a Boca no Mundo".

Em 1978, lançou aquele que seria o primeiro disco de ouro de sua carreira, "Água Viva", que trouxe os sucessos "Folhetim" (Chico Buarque), "Olhos Verdes" (Vicente Paiva) e "Paula e Bebeto" (Milton Nascimento e Caetano Veloso). Desse disco surgiu o espetáculo "Gal Tropical", onde Gal Costa deu uma virada em sua carreira, mudando drasticamente de imagem, passando de musa hippie para uma cantora mais mainstream. O show "Gal Tropical" foi um imenso sucesso de público e crítica, e gerou o disco "Gal Tropical", em que Gal Costa cantou alguns dos maiores sucessos de sua carreira, como "Balancê" (João de Barro e Alberto Ribeiro), "Força Estranha" (Caetano Veloso), "Noites Cariocas" (Jacob do Bandolim e Hermínio Bello de Carvalho), além das regravações dos grandes sucessos "Índia" e "Meu Nome é Gal".

Década de 1980

Desde a década de 1960, quando surgiram os especiais do Festival de Música Popular Brasileira (TV Record) até o final da década de 1980, a televisão brasileira foi marcada pelo sucesso dos espetáculos transmitidos. Apresentando os novos talentos registravam índices recordes de audiência. Gal Costa participou do especial "Mulher 80" da TV Globo, um desses momentos marcantes da televisão. O programa exibiu uma série de entrevistas e musicais cujo tema era a mulher e a discussão do papel feminino na sociedade de então, abordando esta temática no contexto da música nacional e da inegável preponderância das vozes femininas, com Maria Bethânia, Gal Costa, Elis Regina, Fafá de Belém, Zezé Motta, Marina Lima, Simone, Rita Lee, Joanna e as participações especiais das atrizes Regina Duarte e Narjara Turetta, que protagonizaram o seriado "Malu Mulher".

Em 1980, gravou o disco "Aquarela do Brasil", focado na obra do compositor Ary Barroso, e que trouxe hits como "É Luxo Só" (Ary Barroso e Luiz Peixoto), "Aquarela do Brasil" (Ary Barroso), "Na Baixa do Sapateiro" (Ary Barroso), "Camisa Amarela" (Ary Barroso) e "No Tabuleiro da Baiana" (Ary Barroso).

Em 1981, estreou o show "Fantasia", um grande fracasso de crítica, mas que gerou um dos mais bem sucedidos discos de sua carreira, tanto de público quanto de crítica, o premiado "Fantasia", que trouxe vários sucessos, como "Meu Bem, Meu Mal" (Caetano Veloso), "Massa Real" (Caetano Veloso), "Açaí" (Djavan), "Faltando Um Pedaço" (Djavan), "O Amor" (Caetano Veloso, Ney Costa Santos e Vladmir Maiakovski), "Canta Brasil" (David Nasser e Alcir Pires Vermelho) e "Festa do Interior" (Moraes Moreira e Abel Silva). Com o grande sucesso do disco, Gal Costa convidou Waly Salomão para dirigir o show "Festa do Interior" que a redimiu do grande fracasso do show "Fantasia". Ainda em 1981, em seu especial produzido e exibido na TV Globo no programa "Grandes Nomes", no qual o nome do seu especial foi seu nome de batismo, "Maria da Graça Costa Penna Burgos", no fim do especial, Gal Costa usou uma roupa de franjas rosas, que foi comparado a um boneco infantil da época. Os críticos disseram que o que salvou o especial foi sua apresentação com a renomada, e considerada por muitos, a maior cantora popular brasileira Elis Regina. Nessa participação, Gal Costa começou cantando "Amor Até o Fim", música que fazia parte da discografia das duas, e Elis Regina fez um dueto com a Gal Costa. Logo após, Elis Regina cantou uma música recém lançada sua, "Aprendendo a Jogar", e em seguida mais dois duetos "Ilusão à Toa" e "Estrada do Sol".

Em 1982, gravou outro disco de sucesso, "Minha Voz", em que se destacaram as gravações de "Azul" (Djavan), "Dom de Iludir" (Caetano Veloso), "Luz do Sol" (Caetano Veloso), "Bloco do Prazer" (Moraes Moreira e Fausto Nilo), "Verbos do Amor" (João Donato e Abel Silva) e "Pegando Fogo" (Francisco Mattoso e José Maria de Abreu).


Em 1983, gravou outro disco bem sucedido comercialmente, "Baby Gal", que também se tornou um show, e que trouxe os sucessos "Eternamente" (Tunai, Sérgio Natureza e Liliane), "Mil Perdões" (Chico Buarque), "Rumba Louca" (Moacyr Albuquerque e Tavinho Paes), além da regravação de "Baby".

Originalmente idealizado para a montagem do ballet teatro do Balé Teatro Guaíra (Curitiba, 1982), o espetáculo "O Grande Circo Místico" foi lançado em 1983. Gal Costa integrou o grupo seleto de artistas da MPB que viajaram pelo país apresentando o projeto, um dos maiores e mais completos espetáculos teatrais, para uma plateia de mais de duzentas mil pessoas, em quase duzentas apresentações. Gal Costa interpretou a canção "A História de Lili Braun", musicado pela dupla Chico Buarque e Edu Lobo. O espetáculo contava a história de amor entre um aristocrata e uma acrobata e a saga da família austríaca proprietária do Circo Knie, que vagava pelo mundo nas primeiras décadas do século.

Em 1984, deixou a gravadora Philips e assinou contrato com a RCA, onde gravou o disco "Profana", que trazia os hits "Chuva de Prata" (Ed Wilson e Ronaldo Bastos), "Nada Mais (Lately)" (Stevie Wonder - Versão: Ronaldo Bastos), "Atrás da Luminosidade" (Caetano Veloso) e "Vaca profana" (Caetano Veloso).

Em 1985, gravou o disco "Bem Bom", com os sucessos "Sorte" (Celso Fonseca e Ronaldo Bastos), cantada em dueto com Caetano Veloso, e "Um Dia de Domingo" (Michael Sullivan e Paulo Massadas), em dueto com Tim Maia.

Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura e feminismo, cantou no coro da versão brasileira de "We Are The World", o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ou "USA For Africa". O projeto "Nordeste Já" (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes numa criação coletiva. Surgiu o compacto, de criação coletiva, com as canções "Chega de Mágoa" e "Seca D´água". Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro. Em atitude que surpreendeu muitos dos fãs, em fevereiro deste mesmo ano, posou nua para a edição 127 da extinta revista Status, poucos meses antes de completar quarenta anos.

Em 1987, lançou o disco e o espetáculo "Lua de Mel Como o Diabo Gosta", um fracasso de crítica, mas que trouxe mais alguns sucessos à carreira da cantora como, "Lua de Mel" (Lulu Santos), "Me Faz Bem" (Milton Nascimento e Fernando Brant) e "Viver e Reviver (Here, There, And Everywhere)" (John Lennon e Paul McCartney - Versão: Fausto Nilo).

Em 1988, gravou com grande sucesso a música "Brasil" (Cazuza, Nilo Romero e George Israel) para a abertura da novela da TV Globo "Vale Tudo".

Década de 1990

Em 1990, gravou o disco "Plural", que trazia os sucessos de "Alguém Me Disse" (Jair Amorim e Evaldo Gouveia), "Nua Ideia" (João Donato e Caetano Veloso) e "Cabelo" (Jorge Benjor e Arnaldo Antunes).

Em 1992, lançou o disco "Gal", com repertório em boa parte extraído do show "Plural", e do qual fez sucesso a música "Caminhos Cruzados" (Tom Jobim e Newton Mendonça).

Em 1993, lançou o premiado disco "O Sorriso do Gato de Alice", produzido por Arto Lindsay, com o sucesso "Nuvem Negra" (Djavan). Desse disco gerou-se o show de mesmo nome, com direção de Gerald Thomas, que causou polêmica por Gal Costa cantar a música "Brasil" com os seios à mostra.

Em 1994, reuniu-se com Gilberto Gil, Caetano Veloso e Maria Bethânia, na quadra da escola de samba Mangueira, para o show "Doces Bárbaros na Mangueira", que comemorou os 18 anos dos Doces Bárbaros.

Em 1995, lançou "Mina D'água do Meu Canto", trazendo apenas composições de Chico Buarque e Caetano Veloso, do qual fez sucesso a música "Futuros Amantes" (Chico Buarque).

Em 1997, gravou o CD "Acústico MTV", sucesso de vendas, no qual cantou vários sucessos de sua carreira e lançou com sucesso uma nova versão de "Lanterna dos Afogados", cantando ao lado do autor da canção, Herbert Vianna.

Em 1998, gravou o CD "Aquele Frevo Axé", com o hit "Imunização Racional (Que Beleza)" (Tim Maia).

Em 1999, lançou um disco duplo ao vivo "Gal Costa Canta Tom Jobim Ao Vivo", realizando o projeto do maestro, que era fazer um disco com a cantora, embora sozinha.

Década de 2000

Em 2001, gravou o CD "Gal de Tantos Amores", contendo a música "Caminhos do Mar" (Dorival Caymmi, Danilo Caymmi e Dudu Falcão). Nesse mesmo ano, foi incluída no Hall Of Fame do Carnegie Hall, sendo a única cantora brasileira a participar do Hall Of Fame, após participar do show "40 Anos de Bossa Nova", em homenagem a Tom Jobim, ao lado de César Camargo Mariano e outros artistas.

Em 2002, lançou o CD "Bossa Tropical", no qual registrou a faixa "Socorro" (Alice Ruiz e Arnaldo Antunes), sucesso originalmente gravado pela cantora Cássia Eller.

Em 2003, lançou o CD "Todas as Coisas e Eu", contendo clássicos da MPB, como "Nossos Momentos" (Haroldo Barbosa e Luis Reis), que fez sucesso.

Em 2005, lançou pela gravadora Trama o CD "Hoje", produzido por César Camargo Mariano, onde reuniu várias canções novas de compositores pouco conhecidos do grande público, tendo se destacado "Mar e Sol" (Carlos Rennó e Lokua Kanza).

Em 2006, realizou temporada na casa de shows Blue Note, em New York, espetáculo que foi gravado e lançado em setembro no CD "Gal Costa Live At The Blue Note", lançado originalmente nos Estados Unidos e Japão e somente em 2007 no Brasil. Ainda em 2006, lançou pela gravadora Trama o CD e DVD "Gal Costa Ao Vivo", gravados durante a temporada do show "Hoje".

Em 2009, reclusa nos últimos anos para se dedicar ao filho, Gabriel, Gal Costa voltou aos palcos como convidada de Dionne Warwick em show que estreou no Rio de Janeiro, passando por Curitiba, São Paulo e Porto Alegre. "Aquarela do Brasil", o samba-exaltação de Ary Barroso que deu título a discos lançados tanto por Gal Costa (em 1980) como por Dionne Warwick (em 1995), é um dos duetos do show.

Década de 2010

Em dezembro de 2011, lançou o álbum "Recanto", produzido por Caetano Veloso e Moreno Veloso. Álbum com arranjos eletrônicos idealizado por Caetano Veloso, Moreno Veloso e Kassin. Elogiadíssimo pela crítica, foi eleito o melhor álbum de 2011.

Em 2012, foi eleita a sétima maior voz da música brasileira de todos os tempos, pela revista Rolling Stone Brasil.

Depois de sete anos longe de disco e show inéditos, Gal Costa estreou a turnê do elogiado álbum "Recanto" no Rio de Janeiro. Com direção de Caetano Veloso, autor de todas as músicas do CD, o show inaugurou a sofisticada casa de shows, à beira da lagoa Rodrigo de Freitas, Miranda. No repertório, além de canções inéditas como "Neguinho", "Segunda", "Tudo dói" e "Miami Maculelê", sucessos da carreira da cantora, entre eles, "Um Dia de Domingo", "Baby", "Meu Bem, Meu Mal", "Modinha Pra Gabriela", "Força Estranha", "Vapor Barato" e canções que há muito ela não cantava, como "Da Maior Importância" e "Mãe". No palco, Gal Costa está acompanhada pelo Domenico Lancellotti (bateria e MPC), Pedro Baby (guitarra e violão) e Bruno Di Lullo (baixo e violão). O show seguiu em turnê pelo país e pelo exterior, como Portugal, Holanda, Israel, Itália e terminou na Festa Literária de Paraty em 2014, seguido de um último show no Uruguai.

No segundo semestre de 2014, lançou o elogiadíssimo show "Espelho D'água", título extraído da canção homônima que ganhou dos irmãos Camelo, e resgatou antigos sucessos como "Sua Estupidez", "Tuareg", "Caras e Bocas" e "Tigresa". Nesse ano ainda foi lançado em CD e LP o registro de um show que Gal Costa e Gilberto Gil fizeram em Londres em novembro de 1971, gravado em estéreo diretamente da mesa de som no Student Centre da City University London, "Live In London '71". O repertório inclui muitas músicas do show "Fa-tal" que estreou um mês antes no Rio de Janeiro. Um destaque do disco é a enérgica gravação ao vivo de "Acauã", onde Gal Costa e Gilberto Gil cantam juntos.

Em 2015, realizou uma turnê em homenagem ao centenário de nascimento de Lupicínio Rodrigues (1914-2014). Idealizado pelo cantor, compositor e produtor musical J. Velloso e produzido por Mauricio Pessoa, o show "Ela Disse-me Assim," foi dirigido por J. Velloso e e pelo jornalista Marcus Preto. No fim de maio foi lançado o disco "Estratosférica", comemorando seus cinquenta de carreira, recheado de compositores novos como Céu, Criollo, Artur Nogueira, Malu Magalhães, e antigos colegas como Marisa Monte, Arnaldo Antunes, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Tom Zé, Guilherme Arantes e João Donato. Com direção também assinada por Marcus Preto.

Em 2016, Marcus Preto lançou um documentário sobre Gal Costa, incluindo imagens do show "Fa-tal" gravadas pelo diretor Leon Hirszman em 1971. Ainda em 2016, Gal Costa foi ouvida pelo mundo, tendo sua voz em canções como "Até Quem Sabe", "Pontos de Luz" e "Vapor Barato" sendo regravadas ou sampleadas por artistas e DJ's. Neste ano também, integrou um grupo de artistas, como Zélia Duncan, Elba Ramalho, Zeca Baleiro e Maria Gadú, que saíram em turnê com o Prêmio da Música Brasileira em homenagem à Gonzaguinha.

Em 2017, lançou um CD e DVD, baseado no show "Estratosférica". No dia 25 de novembro, o Multishow exibiu, ao vivo, Gal Costa, Gilberto Gil, e Nando Reis no show da turnê "Trinca de Ases", que também virou um CD e DVD em 2018.

Em 2018, lançou o elogiado CD, "A Pele do Futuro". A sonoridade do álbum busca remeter ao estilo musical Soul e Disco da década de 1970. As canções de trabalho foram "Palavras nCorpo", "Sublime" e "Cuidando de Longe", e o título do álbum foi retirado da letra da canção "Viagem Passageira".

Em 2019, lançou o elogiado show "A Pele do Futuro", com direção musical de Pupillo e direção geral de Marcus Preto, que virou um CD duplo e DVD.

Morte

Gal Costa faleceu na quarta-feira, 09/11/2022, aos 77 anos, em São Paulo, SP. A causa da morte por suposto infarto agudo do miocárdio foi divulgada pela imprensa, que acabou desmentida pela assessoria da cantora, que não esclareceu o motivo concreto do óbito.

Gal Costa havia completado 57 anos de carreira e era uma das atrações do festival Primavera Sound, que aconteceu em São Paulo no fim de semana anterior ao falecimento. A participação de Gal Costa foi cancelada de última hora em razão da necessidade de recuperação da cantora após ter sido submetida a uma cirurgia para retirada de um nódulo na fossa nasal direita.

Gal Costa encontrava-se em plena atividade antes do procedimento e viajava o Brasil com a turnê "As Várias Pontas de Uma Estrela", na qual interpretava sucessos da MPB dos anos 1980. Além de espetáculos próprios, Gal Costa estava na lista de diversos festivais de música nacionais e programava-se para uma turnê pela Europa, que se iniciaria em novembro de 2022.

Discografia

Álbuns de Estúdio
  • 1967 - Domingo (Com Caetano Veloso)
  • 1968 - Tropicalia ou Panis et Circencis (Com Caetano Veloso, Gilberto Gil, Nara Leão, Os Mutantes e Tom Zé)
  • 1969 - Gal Costa
  • 1969 - Gal
  • 1970 - Legal
  • 1973 - Índia
  • 1974 - Cantar
  • 1976 - Gal Canta Caymmi
  • 1977 - Caras & Bocas
  • 1978 - Água Viva
  • 1979 - Gal Tropical
  • 1980 - Aquarela do Brasil
  • 1981 - Fantasia
  • 1982 - Minha Voz
  • 1983 - Baby Gal
  • 1984 - Profana
  • 1985 - Bem Bom
  • 1987 - Lua de Mel Como o Diabo Gosta
  • 1990 - Plural
  • 1992 - Gal
  • 1993 - O Sorriso do Gato de Alice
  • 1995 - Mina d'Água do Meu Canto
  • 1998 - Aquele Frevo Axé
  • 2001 - Gal de Tantos Amores
  • 2002 - Bossa Tropical
  • 2003 - Todas as Coisas e Eu
  • 2005 - Hoje
  • 2011 - Recanto
  • 2015 - Estratosférica
  • 2018 - A Pele do Futuro
  • 2021 - Nenhuma Dor

Álbuns Ao Vivo
  • 1971 - Fa-Tal - Gal a Todo Vapor
  • 1974 - Temporada de Verão (Com Caetano Veloso e Gilberto Gil)
  • 1976 - Doces Bárbaros (Com Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia)
  • 1997 - Acústico MTV
  • 1999 - Gal Costa Canta Tom Jobim
  • 2006 - Ao Vivo
  • 2006 - Live At The Blue Note
  • 2013 - Recanto Ao Vivo
  • 2014 - Live In London '71 (Com Gilberto Gil)
  • 2017 - Estratosférica Ao Vivo
  • 2018 - Trinca de Ases (Com Gilberto Gil e Nando Reis)
  • 2019 - A Pele do Futuro ao Vivo

DVD
  • 1997 - Acústico MTV
  • 1999 - Gal Costa Canta Tom Jobim
  • 2004 - Outros (Doces) Bárbaros
  • 2005 - Ensaio
  • 2005 - Roda Viva
  • 2006 - Ao Vivo
  • 2013 - Recanto Ao Vivo
  • 2017 - Estratosférica Ao Vivo
  • 2018 - Trinca de Ases (Com Gilberto Gil e Nando Reis)

Outros Álbuns
  • 2010 - Divina, Maravilhosa
  • 2005 - Puerto Rico Heineken Jazz 2005

Prêmios

  • 1969 - Troféu Imprensa (Melhor Revelação Feminina)
  • 1970 - Troféu Imprensa (Melhor Cantora)
  • 1983 - Troféu Imprensa (Melhor Cantora)
  • 1985 - Troféu Imprensa (Melhor Música "Chuva de Prata")
  • 1985 - Troféu Imprensa (Melhor Cantora)
  • 1986 - Troféu Imprensa (Melhor Música "Um Dia de Domingo")
  • 1986 - Troféu Imprensa (Melhor Cantora)
  • 1999 - Melhores do Ano (Melhor Cantora)
  • 2011 - Prêmio Grammy Latino à Excelência Musical (Conjunto da Obra)
  • 2012 - Prêmio Contigo! MPB FM (Melhor Álbum de MPB "Recanto")
  • 2012 - Prêmio Multishow (Melhor Show)
  • 2013 - Prêmio Contigo! MPB FM (Melhor Cantora)
  • 2015 - Prêmio Multishow (Prêmio Especial - 50 anos de Carreira)
  • 2016 - Prêmio da Música Brasileira (Melhor Cantora Pop/Rock/Reggae/Hip-Hop/Funk)

Turnês

  • 1973 - Índia
  • 1974 - Cantar
  • 1977 - Com a Boca no Mundo
  • 1979 - Tropical
  • 1980 - Tropical
  • 1981 - Fantasia
  • 1982 - Festa do Interior
  • 1983 - Baby
  • 1984 - Baby
  • 1984 - Profana
  • 1985 - Profana
  • 1988 - Lua de Mel Como o Diabo Gosta
  • 1990 - Plural
  • 1991 - Plural
  • 1994 - O Sorriso do Gato de Alice
  • 1995 - Mina D'Água do Meu Canto
  • 1997 - Acústico
  • 1998 - Acústico
  • 1998 - Aquele Frevo Axé
  • 1999 - Aquele Frevo Axé
  • 2004 - Todas as Coisas e Eu
  • 2005 - Hoje
  • 2012 - Recanto
  • 2014 - Espelho D'água
  • 2015 - Ela Disse-me Assim
  • 2015 - Estratosférica
  • 2017 - Trinca de Ases (Com Gilberto Gil e Nando Reis)

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #GalCosta

Rolando Boldrin

ROLANDO BOLDRIN
(86 anos)
Ator, Apresentador, Cantor e Compositor

☼ São Joaquim da Barra, SP (22/10/1936)
┼ São Paulo, SP (09/11/2022)

Rolando Boldrin foi um apresentador, ator, cantor e compositor nascido em São Joaquim da Barra, SP, no dia 22/10/1936.

Desde pequeno, já tocava viola e aos 12 anos de idade, começou uma empreitada musical com o seu irmão, formando a dupla Boy e Formiga, que era bem sucedida na rádio do município.

Aos 16 anos, devido a incentivos por parte de seu pai, Rolando Boldrin foi para a capital São Paulo, de carona em um caminhão. Lá, antes de emplacar na carreira de cantor, foi sapateiro, frentista, carregador, garçom e ajudante de farmacêutico.

Aos 18 anos serviu o exército no quartel de Quitaúna e, nos anos que se seguiram, dedicou-se à atividade musical.

Rolando Boldrin debutou na música, em 1960, como participante do disco de sua futura esposa, que se tornou sua produtora na época, Lurdinha Pereira.

Em 1974, lançou seu primeiro disco solo, pela Continental, "O Cantadô".


Rolando Boldrin
também teve uma grande experiência como ator de teleteatros da TV Tupi, entre o final da década de 50 e começo da de 60, ao lado de vários nomes como Lima Duarte, Laura Cardoso, Dionísio Azevedo dentre outros.

O livro "A TV Antes do VT" mostra várias passagens do ator na emissora, em fotos registradas das gravações dos programas da TV Tupi, antes da implantação do videotape.

Como ator de televisão, entre as décadas de 1960 e 1980, Rolando Boldrin atuou em diversas novelas na TV Record, TV Tupi e Bandeirantes, em aproximadamente 30 novelas.

Como apresentador de televisão, na década de 80, esteve à frente dos programas "Som Brasil" (TV Globo), "Empório Brasileiro" (Bandeirantes) e "Empório Brasil" (SBT). Seu ultimo trabalho como apresentador foi o programa "Sr. Brasil", pela TV Cultura de São Paulo.

Após atuar como Pedro Melo em "O Tronco" (1999), filme baseado no romance homônimo do escritor goiano Bernardo Élis, recebeu o prêmio de melhor ator coadjuvante no Festival de Brasília.

Rolando Boldrin era casado com Patricia Maia Boldrin, produtora e cenógrafa.

Divulgação da Cultura Brasileira

Aproveitando o espaço na televisão, Rolando Boldrin foi um dos maiores divulgadores da música sertaneja brasileira. Em agosto de 1981, estreou o programa "Som Brasil", na TV Globo, com o objetivo de divulgar a música brasileira de inspiração regional.

Rolando Boldrin contava causos, dançava e exibia peças teatrais e pequenos documentários. Mas o destaque eram as atrações musicais, cujo repertório incluía músicas de cantores e compositores que tinham como fonte a cultura popular brasileira.

Rolando Boldrin deixou o programa em 1984, mas levou a ideia a outros programas apresentados por ele, "Empório Brasileiro", "Empório Brasil" e "Sr. Brasil".

Em 2010, Rolando Boldrin foi tema do desfile da escola de samba Pérola Negra no carnaval de São Paulo com o enredo "Vamos Tirar o Brasil da Gaveta". O seu empenho em ressaltar a cultura nacional foi um dos pontos centrais do desfile.

Em 2022, a TV Cultura homenageou Rolando Boldrin pelos seus 85 anos de vida com a exibição do documentário "Eu, a Viola e Deus", dirigido por João Batista de Andrade.

Morte

Rolando Boldrin faleceu na quarta-feira, 09/11/2022, aos 86 anos, em São Paulo, SP, vítima de insuficiência respiratória e renal, segundo informações da TV Cultura. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein havia dois meses.

O velório de Rolando Boldrin será realizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) na quinta-feira, 10/11/2022, das 8h00 às 15h00, e será aberto ao público. Ele será velado no Hall Monumental, e o acesso para visitação do público será feito pelo portão do estacionamento localizado na Av. Pedro Álvares Cabral, 201, apenas para pedestres. O sepultamento ocorrerá no Cemitério Gethsêmani Morumbi, às 17h00.

Carreira

Cinema
  • 2017 - O Filme da Minha Vida ... Giuseppe
  • 1999 - O Tronco ... Pedro Melo
  • 1987 - Ele, o Boto ... Narrador
  • 1978 - Doramundo ... Pereira
  • 1958 - Os Miseráveis

Televisão Como Apresentador
  • 2005-2022 - Sr. Brasil (TV Cultura)
  • 1995-1996 - Estação Brasil (TV Gazeta com a Rede CNT)
  • 1989-1990 - Empório Brasil (SBT)
  • 1984-1986 - Empório Brasileiro (Bandeirantes)
  • 1981-1984 - Som Brasil (TV Globo)

Televisão Como Ator
  • 1981 - Os Imigrantes ... Décio
  • 1980 - Pé de Vento ... Junqueira
  • 1980 - Cavalo Amarelo ... Alberto
  • 1979 - Cara a Cara ... Orestes
  • 1978 - Roda de Fogo ... Eduardo
  • 1977 - O Espantalho ... Juca
  • 1977 - O Profeta ... João Henrique
  • 1975 - A Viagem ... Alberto
  • 1975 - Ovelha Negra ... Júlio Monteiro
  • 1974 - Os Inocentes ... Otávio Queiróz
  • 1973 - Mulheres de Areia ... César
  • 1972 - Quero Viver ... Alfredo
  • 1972 - O Tempo Não Apaga ... Bernardo
  • 1971 - Quarenta Anos Depois ... Leôncio
  • 1971 - Os Deuses Estão Mortos ... Barão
  • 1970 - As Pupilas do Senhor Reitor ... Padre José
  • 1969 - Algemas de Ouro ... Cícero
  • 1969 - Seu Único Pecado ... Hélio
  • 1968 - Ana ... César
  • 1968 - O Direito dos Filhos ... Ernesto
  • 1966 - Calúnia ... Belot
  • 1965 - Fatalidade
  • 1965 - Olhos Que Amei ... Alexandre
  • 1964 - Gutierritos, o Drama dos Humildes ... Pedro
  • 1964 - O Direito de Nascer ... Ricardo
  • 1964 - Quem Casa Com Maria? ... Igor
  • 1964 - Se o Mar Contasse ... Padre Juca
  • 1964 - Alma Cigana ... Afonso
  • 1963 - Moulin Rouge, a Vida de Toulouse-Lautrec ... Van Gogh
  • 1962 - A Estranha Clementine
  • 1960 - TV de Vanguarda
  • 1959 - Senhorita Reed ... Johnson
  • 1958 - O Mordomo e a Dama
  • 1958 - O Comediante ... Cornier
  • 1958 - O Preço da Glória ... Resfriado
  • 1958 - O Grande Amor de Maria Waleska
  • 1954 - A Muralha ... Don Jerônimo Taveira

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #RolandoBoldrin

Reinaldo, O Príncipe do Pagode

REINALDO GONÇALVES ZACARIAS
(65 anos)
Cantor e Compositor

☼ Rio de Janeiro, RJ (09/11/1954)
┼ São Paulo, SP (18/11/2019)

Reinaldo Gonçalves Zacarias, mais conhecido como Reinaldo, O Príncipe do Pagode, foi um cantor nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 09/11/1954. Interpretava canções de diversos compositores como Ronaldo Barcellos, Arlindo Cruz, dentre outros.

Nascido no bairro de Cavalcanti, na Zona Norte do Rio de Janeiro, Reinaldo era frequentador da Em Cima da Hora, escola de samba do bairro, famosa por imortalizar o samba-enredo "Os Sertões".

Reinaldo criou o grupo O Samba Nosso de Cada Dia para alegrar festas e eventos, até que começou a acompanhar gente de peso no samba como Dona Ivone Lara, João Nogueira e Roberto Ribeiro.

Paralelo à música, Reinaldo era bancário do Citibank, até que em 1982 abandonou o emprego, mudou-se para São Paulo, onde se tornaria um dos precursores do pagode na cidade, fenômeno já consagrado no Rio de Janeiro.

Em São Paulo, não só foi bem sucedido, como gravou seu primeiro disco "Retrato Cantado De Um Amor" (1986) e se tornou conhecido no Brasil inteiro.

O apelido O Príncipe do Pagode, que marcaria eternamente na carreira veio por acaso: Em 1987, um locutor de uma rádio FM do Rio de Janeiro costumava apelidar artistas anunciados por ele. Um dia, ao anunciar Reinaldo, que despontava no cenário musical, o locutor diz: "Reinaldo, O Príncipe do Pagode".


Em 1987, Leci Brandão interpretou "Me Perdoa Poeta" (Reinaldo e Leci Brandão), no disco "Dignidade", pela gravadora Continental. Neste mesmo ano, de 1987, lançou o disco "Aquela Imagem", disco no qual interpretou "Coisa De Amante" (Adilson Bispo e Zé Roberto), "Nos Pagodes Da Vida" (Roberto Serrão e Guilherme Nascimento), "Que Pecado" (Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho e Acyr Marques), "Falso Rubi" (Adilson Bispo e Zé Roberto), "Faça de Conta" (Jorge Aragão), "Coco de Catolê" (Beto Sem Braço e Joel Menezes), "Aquela Imagem" (Riko Dorilêo e Marquinhos China) com participação de Ana Clara, "Como Te Esquecer" (Wilson Ney e Jorge Carioca), "Por Que Não Amar" (Adilson Victor e Sombrinha), "Segredo Omitido" (Mário Sergio, Zé Carlinhos, Ivan, Paulinho Pires e Guinão), "Amor De Verdade" (Vaguinho e Rachado) e "Existe Um Traidor Entre Nós" (Chico Santana) com participação da Velha Guarda da Portela.

Em 1989, pela gravadora Continental, lançou o LP "Reinaldo". Neste disco, a faixa "Vem Pra Ser Meu Refrão" (Zeca Pagodinho e Arlindo Cruz), foi uma das mais divulgadas. Presentes também no disco as faixas, "Pra Ser Minha Musa" (Arlindo Cruz, Chiquinho e Marquinhos PQD), "Me Dê Uma Chance" (Wilson Ney), "Lotação" (Arlindo Cruz e Bandeira Brasil), "Pra Desabafar" (Paquera), "Meu Amor" (Paulo Santana e Jorge Santana), "Agonia Da Gente" (Flávio Coelho Neto, Ronaldo Batera e Mauro Passarinho), "Quem Diria" (Dhema), "Tempo De Paz" (Rico Dorliêo e Henrique Damião) e "Falando Dos Astros" (Sereno, Mauro Diniz e Jorge Aragão). Neste mesmo ano participou da coletânea "Tropical FM Volume 1", na qual interpretou as faixas "Trapaças Do Amor" (César Rodrigues e Cabo Velho) e "Falsas Juras" (Neguinho da Beija-Flor e Nicinha), LP no qual também participaram Pedrinho da Flor, Elymar Santos, Mauro Diniz, Djane, Ana Clara, Dominguinho do Estácio, Elza Soares, Marquinhos Satã e Elson do Forrogode.

No ano de 1990, pela gravadora Continental, lançou o disco "Coisa Sentimental", no qual interpretou composições como "Gafieira Maneira" (Lourenço e Adilson Victor), "Disco De Bolero" (Sombra e Paulo César Pinheiro), "Corpo" (Altay Veloso) e "Doce Lembrança" (Almir Guineto e Adalto Magalha), além das músicas "Ela Não Entendeu" (Arlindo Cruz e Acyr Marques), "Coisa Sentimental" (Zé Rodrix, Reina e Beto), "Melhor Pra Nós Dois" (Rainier Carvalho), "Coisa Da Raça" (Luizinho SP), "Doce Lembrança" (Almir Guineto e Adalto Magalha), "Onde Está?" (Sombrinha e Arlindo Cruz) e "Ira De Hortelã" (Mário Sérgio).


Em 1991, ao lado de Grupo Malakacheta, Zélia Bastos, Lourenço, Bruno Maia, Grupo Pirraça, Mauro Diniz, Eros, Royce do Cavaco, Ana Clara, Criolo Doido e Dunga, foi incluído na coletânea "Sucessos da Rádio Princesa FM", na qual interpretou a faixa "Saudade Inocente" (Délcio Luis, Geraldão e Euci Cabral).

No ano 2000, ao lado de Zeca Pagodinho, Leci BrandãoAlmir Guineto, Grupo Fundo de Quintal e Beth Carvalho, participou do disco "Os Melhores Do Ano II", gravado ao vivo em São Paulo. Neste CD, interpretou "Pra Ser Minha Musa". Neste mesmo ano, lançou pela gravadora Continental o CD "Reinaldo E Seus Convidados - Pagode Pra Valer". O disco contou com a participação de Marcelo D2 na faixa "Malandragem Dá Um Tempo", sucesso de Bezerra da Silva, Beo na faixa "Lama Nas Ruas" e do grupo Racionais MC's na música "Mãos".

Em 2011, foi homenageado pelo Jornal Capital Cultural com o Troféu de Melhor Show de 2010 realizado na casa Parada da Lapa, no Rio de Janeiro, RJ.

Em 2012, se candidatou a uma vaga de vereador na cidade de São Paulo pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), mas não conseguiu ser eleito.

Em 2013 comemorou a marca de 50 mil cópias vendidas do DVD "Reinaldo E Convidados", em show apresentado no Clube Renascença, no Rio de Janeiro, onde foi homenageado com o Disco de Ouro. Reinaldo foi uma das principais atrações do palco montado na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, para as comemorações do Réveillon de 2013.

Em 2014, foi uma das atrações principais do palco montado na Praia da Moreninha, na Ilha de Paquetá, RJ, para as comemorações do Réveillon de 2014.

Morte

Reinaldo faleceu na madrugada de segunda-feira, 18/11/2019, aos 65 anos, em Osasco, SP, após uma parada cardiorrespiratória. Ele tratava de um câncer de pulmão diagnosticado há quatro anos, mas seguia apresentando-se.

Discografia


  • 1986 - Retrato Cantado De Um Amor
  • 1987 - Aquela Imagem
  • 1989 - Reinaldo
  • 1991 - Papel Assinado
  • 1992 - Soneto De Prazer
  • 1995 - Samba Meu Brasil
  • 1997 - Traz De Volta Minha Paz
  • 1999 - Pagode Pra Valer - Volume 1
  • 2000 - Pagode Pra Valer - Volume 2
  • 2000 - Coisa Sentimental
  • 2001 - Pagode Pra Valer - Volume 3
  • 2002 - 15 Anos De Samba
  • 2009 - Reinaldo E Convidados
  • 2011 - Canto Do Rei
  • 2013 - Reinaldo E Seus Convidados
  • 2017 - 30 Anos: Uma Vida De Muito Samba

Indicação: Miguel Sampaio

Eva Todor

EVA FODOR NOLDING
(98 anos)
Atriz

☼ Budapeste, Hungria (09/11/1919)
┼ Rio de Janeiro, RJ (10/12/2017)

Eva Todor, nome artístico de Eva Fodor Nolding, foi uma consagrada atriz brasileira nascida na Hungria, no dia 09/11/1919. Eva Todor possuía um vasto currículo no teatro, cinema e televisão construído ao longo de 80 anos de carreira.

Nascida como Eva Fodor Nolding, filha de Alexander Fodor e Gizella Rothstein, judeus húngaros ligados ao meio artístico, Eva Todor começou nos palcos ainda criança, como bailarina da Ópera Real de Budapeste. Por conta das dificuldades financeiras que a Europa enfrentava no período pós-Primeira Guerra, a família Fodor abandonou sua terra natal e emigrou para o Brasil, em 1929.

No ano seguinte, 1930, Eva Todor, retomou a carreira como bailarina, no Rio de Janeiro. Aos 10 começou a estudar dança clássica com Maria Olenewa, no Theatro Municipal. Foi quando adotou o sobrenome artístico de Todor no lugar do original Fodor, cuja pronúncia no Brasil remeteria a um palavrão.

Eva Todor e o primeiro marido Luiz Iglesias
Aos 12 anos, Eva Todor fez um teste para o Teatro Recreio e em 1934 estreou como atriz no espetáculo "Quanto Vale Uma Mulher", de Luiz Iglesias. Permaneceu na companhia e acabou por se casar com Luiz Iglesias em 1936, tornando-se a primeira atriz daquela companhia de revistas. Logo seu talento para os papéis cômicos se revelou, o que levou seu marido a escrever peças com personagens concebidas especialmente para sua verve. Era especialista em papéis de moças ingênuas.

No ano de 1940, fundou a Companhia Eva e Seus Artistas, que estreou com "Feia", de Paulo de Magalhães, sob a direção de Esther Leão.

Eva Todor naturalizou-se brasileira na década de 1940, quando Getúlio Vargas foi ver uma peça no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e ficou encantado. Foi ao camarim e perguntou a Eva Todor: "Você quer ser naturalizada?", o que aconteceu em seguida.

Em 1942, Eva Todor participou da peça "Deus Lhe Pague" no batismo cultural de Goiânia, a nova cidade planejada concebida para ser a capital do Estado de Goiás. A peça ocorreu no recém-inaugurado Teatro Goiânia e contou com a presença do então presidente Getúlio Vargas e do governador Pedro Ludovico Teixeira. Eva Todor assistiu de perto Getúlio Vargas e  Pedro Ludovico entregarem a chave da cidade para o novo prefeito, o professor Venerando de Freitas Borges.


Seu primeiro papel dramático foi em "Cândida", de George Bernard Shaw, um dos maiores sucessos da temporada carioca de 1946, e que ficou quatro meses em cartaz. Seguiu-se no ano seguinte "Carta", de Somerset Maugham.

Pela Companhia Eva e Seus Artistas, que duraria até fins da década de 1950, passaram grandes nomes da cena teatral de então, como André Villon, Jardel Jércolis, Elza Gomes e Henriette Morineau.

Em 1958, Eva Todor ficou viúva, o que a deixou muito mal por um tempo.

O estilo de atriz cômica de Eva Todor seria abandonado em 1966, com a estreia do drama "Senhora da Boca do Lixo", de Jorge Andrade, sob a direção de Dulcina de Moraes. O gênero cômico continuou sendo seu favorito, mas a atriz abriu o leque de sua interpretação em peças como "De Olho na Amélia" de Georges Feydeau, que lhe valeu o Prêmio Molière de melhor atriz em 1969, "Em Família", de Oduvaldo Vianna Filho, com direção de Sérgio Britto, 1970, e "Quarta-Feira Lá Em Casa, Sem Falta", de Mario Brasini, 1977.

No cinema, Eva Todor estreou em "Os Dois Ladrões" (1960), produção de Carlos Manga e um dos últimos filmes de sucesso do gênero das chanchadas. Ao lado de Oscarito protagonizou uma das mais célebres passagens do cinema brasileiro, a "cena do espelho".

Eva Todor e Paulo Nolding, o segundo marido
Em 1964 atuou em "Pão, Amor e… Totobola", de Henrique Campos. Nesse mesmo ano de 1964, casou-se pela segunda vez, com seu noivo, com quem estava há alguns anos, o diretor teatral Paulo Nolding, de quem ficou viúva em 1989, e de quem até hoje assina o sobrenome. O fato de ter ficado viúva duas vezes a abalou demais, tanto que não casou-se novamente. Apesar de ter tentado nos dois casamentos, a atriz não conseguiu ter filhos.

Mas seria na televisão que Eva Todor se tornaria mais famosa. Foram 21 trabalhos em telenovelas, minisséries e especiais. No gênero, seu papel mais marcante foi o de Kiki Blanche, na novela "Locomotivas" (1977).

Retomou a carreira cinematográfica quase 40 anos depois de seu último filme, protagonizando o delicado curta-metragem "Achados e Perdidos", de Eduardo Albergaria, como uma mulher que recebe um carta de amor escrita para ela há mais de 50 anos. Eva Todor atuou também em "Xuxa Abracadabra", dirigido por Moacyr Góes. Seu filme mais recente foi "Meu Nome Não é Johnny".

Em 2007, com 87 anos de idade, lançou seu livro de memórias, intitulado "O Teatro da Minha Vida", escrito por Maria Ângela de Jesus.


Um dos últimos trabalhos na TV foi na novela "Caminho das Índias" (2009), onde deu vida a divertida e amorosa Dona Cidinha. A atriz ficou triste por não poder aparecer nos últimos capítulos da trama de Glória Perez, em decorrência de fortes dores no estômago devido a uma hérnia de hiato, problema de saúde que sofria desde a infância. Eva Todor precisou ser internada e passou por uma cirurgia, de que se recuperou rapidamente.

Foi convidada para reviver a personagem Kiki Blanche na nova versão de "Ti Ti Ti" (2010). Eva Todor fez a personagem numa participação especial, que fez na novela "Locomotivas" (1977).

Eva Todor estava afastada da televisão e dos palcos por conta da Doença de Parkinson, que a deixou muito limitada. Sem familiares, vivia reclusa em sua casa, cuidada por enfermeiras.

Em março de 2017, Eva Todor  foi internada na clínica São José, no Humaitá, Zona Sul do Rio de Janeiro.

Seu último trabalho na TV foi na novela "Salve Jorge", de 2012.

Morte

Eva Todor faleceu em sua casa às 8h50 de domingo, 10/12/2017, aos 98 anos. A causa da morte foi pneumonia. O velório será realizado na segunda-feira, 11/12/2017, das 9h00 às 11h00, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Eva Todor será cremada.

Eva Todor sofria de Mal de Parkinson e Alzheimer, além de problemas cardíacos, e vivia reclusa em sua casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Trabalhos

Televisão
  • 1961 - As Confissões de Eva
  • 1970 - E Nós, Aonde Vamos?
  • 1975 - Roque Santeiro ... Ambrosina Abelha (Dona Pombinha)
  • 1977 - Locomotivas ... Maria Josefina Cabral (Kiki Blanche)
  • 1978 - Te Contei? ... Lola
  • 1979 - Memórias de Amor ... Agripina
  • 1980 - Coração Alado ... Hortência Alencar
  • 1982 - Sétimo Sentido ... Maria Santa Bergman Rivoredo (Santinha)
  • 1983 - Sabor de Mel ... Marta
  • 1984 - Partido Alto ... Cecília Amoedo
  • 1985 - A Gata Comeu ... Ela Mesma - Participação
  • 1987 - O Outro ... Liúba
  • 1989 - Top Model ... Morgana Kundera
  • 1992 - De Corpo e Alma ... Maria Carolina Pastore (Calu)
  • 1993 - Olho No Olho ... Veridiana
  • 1994 - Incidente Em Antares ... Venusta
  • 1996 - Quem É Você? ... Augusta
  • 1998 - Hilda Furacão ... Loló Ventura
  • 1999 - Suave Veneno ... Maria do Carmo Canhedo
  • 2000 - O Cravo e a Rosa ... Josefa Lacerda de Moura
  • 2002 - Sítio do Pica-Pau Amarelo ... Maria José (Mazé)
  • 2002 - Malhação ... Isaura
  • 2002 - Brava Gente  ... Tia (Episódio: "A Casa Errada")
  • 2004 - Sob Nova Direção (Episódio: "O Casamento do Meu Melhor Inimigo")
  • 2004 - A Diarista (Episódio: "Parece Mas Não É")
  • 2005 - América ... Miss Jane
  • 2006 - JK ... Carlota Bueno
  • 2007 - Amazônia, de Galvez a Chico Mendes ... Branquinha
  • 2008 - Casos e Acasos ... Dona Alba (Episódio: "O Trote, o Filho e o Fora")
  • 2009 - Caminho das Índias ... Ana Aparecida Albuquerque Cadore (Dona Cidinha)
  • 2010 - Ti Ti Ti ... Kiki Blanche (Participação)
  • 2012 - As Brasileiras ... Dona Conchita (Episódio: "A Vidente de Diamantina")
  • 2012 - Salve Jorge ... Dália

Cinema
  • 1960 - Os Dois Ladrões ... Madame Gaby
  • 1964 - Pão, Amor e... Totobola ... Mulher de Costa
  • 2002 - Achados e Perdidos ... Dona Mariana
  • 2003 - Xuxa Abracadabra ... Avó da Chapeuzinho
  • 2008 - Meu Nome Não é Johnny ... Dona Marly

Fonte: Wikipédia
Indicação: Valmir Bonvenuto e Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #EvaTodor