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Zeni Pereira

ZENI PEREIRA
(77 anos)
Atriz

* Salvador, BA (09/12/1924)
+ Rio de Janeiro, RJ (21/03/2002)

A baiana Zeni Pereira estreou em 1952, fazendo a Tia Nastácia do "Sítio do Pica-Pau Amarelo", na TV Tupi do Rio de Janeiro.

Em 1973, voltou a viver a personagem, mas no cinema, no filme "O Pica-Pau Amarelo", de Geraldo Sarno.

Sua primeira novela foi "O Doce Mundo de Guida", exibida pela TV Tupi, em 1969. No mesmo ano atuou em "Véu de Noiva", de Janete Clair, na TV Globo.

No cinema, Zeni Pereira participou de vários filmes de sucesso. Confira abaixo a relação dos filmes mas ficou conhecida nacionalmente pelo papel da cozinheira Januária da novela "Escrava Isaura", da TV Globo em 1976.

Zeni Pereira foi uma das atrizes que mais trabalhou com o novelista Gilberto Braga - atuou em seis produções escritas por ele, incluindo o grande sucesso "Escrava Isaura", no qual interpretou a cozinheira Januária. Os outros trabalhos foram: "Dona Xepa", "Corpo a Corpo", "Vale Tudo", "Anos Rebeldes" e o último, "Pátria Minha".

Assim como vários atores negros de sua geração, Zeni Pereira iniciou sua carreira no Teatro Experimental do Negro, ao lado de Ruth de Souza, Haroldo Costa, Léa Garcia, Abdias do Nascimento, entre outros.

Pelo Teatro Experimental do Negro ela atuou em peças como "Aruanda", em 1948, e viveu Clio, mãe do personagem-título de primeira montagem de "Orfeu da Conceição".

Em 1951, Zeni Pereira atuou em "Paiol Velho", de Abílio Pereira de Almeida, no Teatro Brasileiro de Comédia, ao lado de Cacilda Becker.

Zeni Pereira faleceu em 21 de março de 2002, no Rio de Janeiro, vítima de Falência Múltipla dos Órgãos, em decorrência de um derrame cerebral.

Marcos Nanini e Zeni Pereira na novela Carinhoso
Cinema
  • 1987 - Running Out Of Luck
  • 1987 - Brasa Adormecida
  • 1985 - Femmine In Fuga
  • 1984 - Blame It On Rio
  • 1983 - Gabriela, Cravo E Canela
  • 1978 - Uma Aventura Na Floresta Encantada
  • 1975 - O Trapalhão Na Ilha Do Tesouro
  • 1975 - Os Pastores Da Noite
  • 1974 - O Comprador De Fazendas
  • 1974 - O Pica-Pau Amarelo
  • 1973 - Salve-se Quem Puder
  • 1972 - Um Marido Sem… É Como Um Jardim Sem Flores
  • 1972 - Quando O Carnaval Chegar
  • 1972 - Som Amor E Curtição
  • 1971 - Como Ganhar Na Loteria Sem Perder A Esportiva
  • 1971 - Rua Descalça
  • 1970 - Pais Quadrados… Filhos Avançados
  • 1968 - Jovens Pra Frente
  • 1965 - Samba
  • 1964 - Um Morto Ao Telefone
  • 1961 - Teus Olhos Castanhos
  • 1961 - Samba Em Brasília
  • 1959 - Orfeu Negro
Beatriz Lyra e Zeni Pereira na novela "Escrava Isaura"
Televisão
  • 1994 - Pátria Minha ... Isaura
  • 1992 - Anos Rebeldes ... Talita
  • 1989 - Kananga Do Japão ... Maria Santa
  • 1988 - Vale Tudo ... Maria José
  • 1988 - O Pagador De Promessas ... Mãe Maria
  • 1986 - Sinhá Moça ... Margarida
  • 1984 - Corpo A Corpo ... Odete Paiva Manhães
  • 1982 - Caso Verdade, Borboleta Na Cabeça ... Vovó Ana
  • 1977 - Dona Xepa ... Corina
  • 1976 - Escrava Isaura ... Januária
  • 1975 - Escalada ... Braulina
  • 1973 - Carinhoso ... Donana
  • 1972 - A Patota ... Basília
  • 1972 - Bicho Do Mato ... Dora
  • 1971 - O Homem Que Deve Morrer ... Conceição
  • 1970 - Irmãos Coragem ... Virgínia
  • 1970 - Verão Vermelho
  • 1969 - Véu De Noiva
  • 1969 - O Doce Mundo De Guida
  • 1952 - Sítio do Pica-Pau Amarelo ... Tia Nastácia

Fonte: Wikipédia e Por Onde Anda

Luiz Carlos Alborghetti

LUIZ CARLOS ALBORGHETTI
(64 anos)
Jornalista Policial, Radialista, Showman de TV e Político

* Andradina, SP (12/02/1945)
+ Curitiba, PR (09/12/2009)

Luiz Carlos Alborghetti foi deputado estadual no Paraná por dezesseis anos. Entre suas características marcantes estavam o tom inflamado, desafiador, e o discurso ácido, não raro com o uso de termos chulos para expressar sua indignação. Seu estilo e formato de apresentação pioneiros influenciaram outras personalidades do rádio e televisão policial no Brasil.

Nascido em Andradina, mudou-se para o Rio de Janeiro aos dezesseis anos para estudar. Iniciou sua carreira em 1976, numa rádio de Londrina, Paraná, com um programa policial de nome Cadeia em que relatava os crimes ocorridos na cidade. Três anos mais tarde, Alborghetti estreou um programa de televisão, também chamado Cadeia, inicialmente para a cidade de Londrina, sendo ampliado posteriormente para todo o estado do Paraná em 1982. Neste mesmo ano, Alborghetti foi eleito vereador pela cidade e, dois anos depois, deputado estadual pela primeira vez, sendo reeleito em 1990.

Em 1992, Alborghetti estreou o Cadeia Nacional, levando seu programa para todo o Brasil, através da Rede OM de Televisão (hoje Central Nacional de Televisão), que possuía em seu quadro de afiliadas, entre elas a TV Gazeta, canal 11 de São Paulo. Várias características marcaram a atuação de Alborghetti na televisão: o discurso ácido, uma toalha dependurada sobre os ombros, os óculos de leitura, uma caneta entre os dedos da mão direita e um porrete de madeira, que ele usava para descontar sua raiva batendo em qualquer objeto que visse (principalmente em sua mesa) sempre que algo o enfurecia.

Um dos seus influenciados foi o apresentador de televisão Carlos Roberto Massa, o Ratinho, que trabalhou como repórter policial para ele por doze anos, tendo sido lançado em seu programa.

Seu tom inflamado e desafiador contra os criminosos sempre foi uma característica marcante. Por exemplo, ao denunciar o tráfico no Rio de Janeiro, nos anos 1990, chamou a facção criminosa Comando Vermelho de "bando de bichas". Também, ao comentar sobre o PCC, chamou seu líder Marcos Camacho (o Marcola) de "bundeiro" e "dador de bunda". Outro fato marcante ocorreu em 1997: através do Ministério Público ele impediu que a banda Planet Hemp se apresentasse no Paraná, devido a apologia às drogas (em particular a maconha) relatada em suas composições.

Dois anos mais tarde, Alborghetti deixou, provisoriamente, o comando de seu programa para concorrer à deputado estadual. Foi eleito pela terceira vez e, ao retornar ao programa, mudou de emissora e passou a concorrer com o antigo programa, com transmissão voltada apenas para o estado do Paraná. Em 1998, deixa o comando deste para tentar a sua terceira reeleição, sendo bem-sucedido. Pouco tempo depois, retorna ao comando de seu programa, também veiculado na CNT. Em 2002 tentou novamente a reeleição, sem sucesso. Perdeu por cinco mil votos.

Em 2006, Alborghetti estreou o programa Cadeia Sem Censura, veiculado de segunda a sexta-feira na Rede Intervalo de Comunicação, uma rádio pela Internet posteriormente transformada em programa de televisão, baseada em Curitiba. Ficou seis meses no ar, até agosto do mesmo ano. Por falta de patrocinadores, o programa saiu do ar, fazendo com que Alborghetti migrasse para a Rádio Colombo, também de Curitiba.

Na mesma época, a sua relação com a Internet e as redes sociais se intensificaram. Nas mídias digitais é referenciado como "Mestre", "Mestre Dalborgha" ou mais recentemente, "Charles Dal". Alguns de vídeos acabaram se popularizando da Internet, como o episódio em que ele comenta o filme 300. Ele também passou a ser referenciado na televisão: o programa Hermes e Renato, da MTV Brasil, fez uma paródia entre 2007 a 2008 do programa de Alborghetti no quadro "Chapa Quente", em que o apresentador Bradock faz o papel de jornalista policial e mais recentemente no progama Pânico na TV da Rede TV! com vinhetas do jornalista dizendo O Capeta existe e outros vídeos clássicos de quando Alborghetti liga pra polícia e diz que só tem duas viaturas para atender toda a cidade de Curitiba(capital do estado do Paraná). Outras manifestações também ocorreram na música: a banda curitibana de ska rock Boi Mamão compôs "Vagabundo" em homenagem ao apresentador, e o músico Rogério Skylab faz uma alusão à Alborghetti na canção "Cadê meu Pau".

Em 7 de maio de 2007, passou a apresentar seu programa Cadeia Sem Censura exclusivamente pela Internet, de segunda a sexta-feira, de 10 às 12 horas, e disponibilizava os programas em sua comunidade oficial do Orkut. Estreou em 3 de março de 2008 o programa Plantão Mais, exibido de segunda a sexta-feira, das 17 às 19 horas, na Rádio Mais AM 1120. Em 4 de agosto de 2008 passou a apresentar o Cadeia Sem Censura na Fusão TV, que foi exibido de segunda a sexta-feira, de 17 às 18 horas no endereço.

Depois de meses longe do trabalho para se dedicar a tratamentos, Alborghetti morreu em Curitiba, em 9 de dezembro de 2009, vítima de câncer de pulmão

Fonte: Wikipédia

Clarice Lispector

HAIA PINKHASOVNA LISPECTOR
(56 anos)
Escritora

Tchetchelnik, Ucrânia (10/12/1920)
+ Rio de Janeiro, RJ (09/12/1977)

Clarice Lispector, nascida Haia Pinkhasovna Lispector foi uma escritora e jornalista brasileira, nascida na Ucrânia e naturalizada brasileira.

De origem judaica, Clarice Lispector foi a terceira filha de Pinkouss e de Mania Lispector. Nasceu na cidade de Tchetchelnik enquanto seus pais percorriam várias aldeias da Ucrânia por conta da perseguição aos judeus durante a Guerra Civil Russa de 1918-1921. Chegou ao Brasil quando tinha dois meses de idade, e sempre que questionada de sua nacionalidade, Clarice Lispector afirmava não ter nenhuma ligação com a Ucrânia: "Naquela terra eu literalmente nunca pisei: fui carregada de colo" - e que sua verdadeira pátria era o Brasil.

A família chegou a Bragança Paulista em março de 1922, sendo recebida por Zaina, irmã de Mania Lispector, e seu marido e primo José Rabin. Por iniciativa de seu pai todos mudaram de nome, exceto Tânia, sua irmã. O pai passou a se chamar Pedro; Mania, Marieta; Leia, sua irmã, Elisa; e Haia, por fim, Clarice.

Pedro, seu pai,  passou a trabalhar com José Rabin, já um próspero comerciante. Com dificuldades de relacionamento com José Rabin e sua família, Pedro decidiu mudar-se para Recife, então a cidade mais importante do Nordeste.

Clarice Lispector começou a escrever logo que aprendeu a ler, na cidade de Recife, onde passou parte da infância no bairro de Boa Vista. Estudou no Ginásio Pernambucano de 1932 a 1934. Falava vários idiomas, entre eles o francês e o inglês. Cresceu ouvindo no âmbito domiciliar o idioma materno, o iídiche.

Sua mãe morreu em 21 de setembro de 1930, quando Clarice tinha apenas 9 anos, após vários anos sofrendo com as consequências da Sífilis, supostamente contraída por conta de um estupro sofrido durante a Guerra Civil Russa, enquanto a família ainda estava na Ucrânia. Clarice Lispector sofreu com a morte da mãe, e muitos de seus textos refletem a culpa que a autora sentia e figuras de milagres que salvariam sua genitora.

Quando tinha 15 anos seu pai decidiu mudar para o Rio de Janeiro. Sua irmã Elisa conseguiu um emprego no ministério, por intervenção do então ministro Agamenon Magalhães, enquanto seu pai teve dificuldades em achar uma oportunidade na capital. Clarice Lispector estudou em uma escola primária na Tijuca, até ir para o curso preparatório para a Faculdade de Direito. Foi aceita para a Escola de Direito na então Universidade do Brasil em 1939. Se viu frustrada com muitas das teorias ensinadas no curso, e descobriu um escape: a literatura. Em 25 de maio de 1940, com apenas 19 anos, publicou seu primeiro conto "Triunfo" na Revista Pan.

Três anos depois, após uma cirurgia simples para a retirada de sua vesícula biliar, seu pai Pedro morreu vítima de complicações do procedimento. As filhas ficaram arrasadas com as circunstâncias da morte tão inesperada, e como consequência Clarice Lispector se afastou da religião judaica. No mesmo ano, Clarice Lispector chamou a atenção, provavelmente com o conto "Eu e Jimmy", de Lourival Fontes, então chefe do Departamento de Imprensa e Propaganda, órgão responsável pela censura no Estado Novo de Getúlio Vargas, e foi alocada para trabalhar na Agência Nacional, responsável por distribuir notícias aos jornais e emissoras de rádio da época. Lá conheceu o escritor Lúcio Cardoso, por quem se apaixonou, não correspondida, já que Lúcio era homossexual, e de quem se tornou amiga íntima.



Em 1943, no mesmo ano de sua formatura, casou-se com o colega de turma Maury Gurgel Valente, futuro pai de seus dois filhos. Maury foi aprovado no concurso de admissão na carreira diplomática, e passou a fazer parte do quadro do Ministério das Relações Exteriores. Em sua primeira viagem como esposa de diplomata, Clarice Lispector morou na Itália onde serviu durante a Segunda Guerra Mundial como assistente voluntária junto ao corpo de enfermagem da Força Expedicionária Brasileira. Também morou em países como Inglaterra, Estados Unidos e Suíça, países para onde Maury foi escalado. Apesar disso, sempre falou em suas cartas a amigos e irmãs como sentia falta do Brasil.

Em 10 de agosto de 1948, nasceu em Berna, Suíça o seu primeiro filho, Pedro. Quando criança Pedro se destacou por sua facilidade de aprendizado, porém na adolescência sua falta de atenção e agitação foram diagnosticados como esquizofrenia. Clarice Lispector se sentia de certa forma culpada pela doença do filho, e teve dificuldades para lidar com a situação.

Em 10 de fevereiro de 1953, nasceu Paulo, o segundo filho de Clarice Lispector e Maury Gurgel Valente, em Washington, D.C., nos Estados Unidos.

Em julho de 1959 se separou do marido que ficou na Europa e voltou permanentemente ao Rio de Janeiro com seus filhos, passando a morar no Leme. No mesmo ano assinou a coluna "Correio Feminino - Feira de Utilidades", no jornal carioca Correio da Manhã, sob o pseudônimo de Helen Palmer. No ano seguinte, assumiu a coluna "Só Para Mulheres", do Diário da Noite, como ghost-writer da atriz Ilka Soares.

Provocou um incêndio ao dormir com um cigarro acesso em 14 de setembro de 1966. Seu quarto ficou destruído e a escritora foi hospitalizada entre a vida e a morte durante três dias. Sua mão direita foi quase amputada devido aos ferimentos, e depois de passado o risco de morte, ainda ficou hospitalizada por dois meses.

Em 1975 foi convidada a participar do I Congresso Mundial de Bruxaria, em Cali na Colômbia. Fez uma pequena apresentação na conferência, e falou do seu conto "O Ovo e a Galinha", que depois de traduzido para o espanhol fez sucesso entre os participantes. Ao voltar ao Brasil, a viagem de Clarice Lispector ganhou ares mitológico, com jornalistas descrevendo (falsas) aparições da autora vestida de preto e coberta de amuletos. Porém, a imagem se formou, dando a Clarice Lispector o título de "a grande bruxa da literatura brasileira". Seu próprio amigo Otto Lara Resende disse sobre a obra de Clarice Lispector: "Não se trata de literatura, mas de bruxaria."


Morte

Foi hospitalizada pouco tempo depois da publicação do romance "A Hora da Estrela" com câncer inoperável no ovário, diagnóstico desconhecido por ela. Faleceu no dia 09/12/1977, um dia antes de seu 57° aniversário. Foi enterrada no Cemitério Israelita do Caju, no Rio de Janeiro, em 11/12/1977. Até a manhã de seu falecimento, mesmo sob sedativos, Clarice Lispector ainda ditava frases para sua amiga Olga Borelli.

Durante toda sua vida Clarice Lispector teve diversos amigos de destaque como Fernando Sabino, Lúcio Cardoso, Rubem Braga, San Tiago Dantas e Samuel Wainer, entre diversos outros literários e personalidades.


Obra

Em dezembro de 1943, publicou seu primeiro romance, "Perto do Coração Selvagem". Escrito quando tinha 19 anos, o livro apresenta Joana como protagonista, a qual narra sua história em dois planos: a infância e o início da vida adulta. A literatura brasileira era nesta altura dominada por uma tendência essencialmente regionalista, com personagens contando as dificuldades da realidade social do país na época. Clarice Lispector surpreendeu a crítica com seu romance, seja pela problemática de caráter existencial, completamente inovadora, seja pelo estilo solto, elíptico e fragmentário. Este estilo de escrita se tornou marca característica da autora, como pode ser observado em seus trabalhos subsequentes.

Na época da publicação, muitos associaram o seu estilo literário introspectivo a Virginia Woolf ou James Joyce, embora ela afirme não ter lido nenhum destes autores antes de ter escrito seu romance inaugural. A epígrafe de Joyce e o título, inspirado em citação do livro de Joyce "Retrato do Artista Quando Jovem", foram sugeridos por Lúcio Cardoso após o livro ter sido escrito. "Perto do Coração Selvagem" ganhou o prêmio da Fundação Graça Aranha de melhor romance de estreia, em outubro de 1944.

Em 1946, em uma viagem ao Rio de Janeiro, lançou seu segundo livro "O Lustre".

Em 1949, lançou o livro "A Cidade Sitiada", o seu terceiro romance.

Em 1961, "A Maçã no Escuro".

Em 1964 Clarice Lispector lançou dois livros: "A Legião Estrangeira", uma coletânea de contos, e o romance "A Paixão Segundo G.H.". Ambos foram publicados pela Editora do Autor, liderada pelos amigos Fernando Sabino e Rubem Braga.

Em 1969 "Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres".


Em 1970, começou a escrever um novo livro com o título de "Atrás do Pensamento: Monólogo Com a Vida". Mais tarde foi renomeado de "Objeto Gritante". Finalmente foi lançado em 1973 com o título definitivo de "Água Viva". O livro foi sucesso de crítica e público, ao ponto de o cantor Cazuza o ter lido diversas vezes.

Durante a década de 1970, após ser demitida do Jornal do Brasil (todos os judeus que trabalhavam na publicação foram demitidos neste período), a autora começou a traduzir obras do francês e do inglês para a Editora Artenova. Entre as obras estão contos de Edgar Allan Poe, "O Retrato de Dorian Gray" de Oscar Wilde, dois romances de Agatha Christie e "Entrevista Com o Vampiro" de Anne Rice.



Em 1974, publicou mais dois livros de contos, novamente pela Artenova: "A Via Crucis do Corpo" e "Onde Estivestes de Noite". A primeira edição deste último foi retirada de circulação porque foi colocado um ponto de interrogação no título, erroneamente. Já "A Via Crucis do Corpo"  levantou polêmica com seu alto caráter sexual, e por não ter sido considerado à altura dos outros trabalho de Clarice Lispector, a revista Veja e o Jornal do Brasil chegaram a chamar a obra de "lixo".

A obra de Clarice Lispector ultrapassa qualquer tentativa de classificação. A escritora e filósofa francesa Hélène Cixous chegou ao ponto de dizer que há uma literatura brasileira A.C. (Antes da Clarice) e D.C. (Depois da Clarice).

Além de escritora, Clarice Lispector foi colunista do Jornal do Brasil, do Correio da Manhã e Diário da Noite. As colunas, que foram publicadas entre as décadas de 60 e 70, eram destinadas ao público feminino, e abordavam assuntos como dicas de beleza, moda e comportamento.

Em meados de 1970, Clarice Lispector começou a trabalhar no livro "Um Sopro de Vida: Pulsações", publicado postumamente. Este livro consiste de uma série de diálogos entre o "autor" e sua criação, Angela Pralini, personagem cujo nome foi emprestado de outro personagem de um conto publicado em "Onde Estivestes de Noite". Esta abordagem fragmentada foi novamente utilizada no seu penúltimo e, talvez, mais famoso romance, "A Hora da Estrela". No romance, Clarice Lispector conta a história de Macabéa, uma datilógrafa criada no Estado de Alagoas que migra para o Rio de Janeiro e vai morar em uma pensão, tendo sua rotina narrada por um escritor fictício chamado Rodrigo S.M. O livro descreve a pobreza e a marginalização no Brasil a partir de um ângulo único que, fugindo dos clichês de um sofrimento simplesmente causado pela pobreza, e do estereótipo das questões existenciais como burguesas, encontra sua principal personagem no lugar exato e singular de sua (in)existência. A história de Macabéa foi publicada poucos meses antes da morte de Clarice Lispector.

Em artigo publicado no jornal The New York Times, no dia 11 de março de 2005, a escritora foi descrita como o equivalente de Kafka na literatura latino-americana. A afirmação foi feita por Gregory Rabassa, tradutor para o inglês de Jorge Amado, Gabriel García Márquez, Mario Vargas Llosa e de Clarice Lispector.

Fonte: Wikipédia
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