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Chico de Oliveira

FRANCISCO MARIA CAVALCANTI DE OLIVEIRA
(85 anos)
Sociólogo

☼ Recife, PR (07/11/1933)
┼ São Paulo, SP (10/07/2019)

Francisco Maria Cavalcanti de Oliveira, mais conhecido como Chico de Oliveira, foi um sociólogo nascido em Recife, PE, no dia 07/11/1933.

Doutor por notório saber pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) em 1992, participou do grupo inicial de pesquisadores do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP) e foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT), com o qual rompeu em 2003.

Graduado em Ciências Sociais em 1956 na Faculdade de Filosofia da Universidade do Recife, atual Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), pertenceu aos quadros técnicos do Banco do Nordeste do Brasil S.A. (BNB), entre 1956 e 1957, e da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) entre 1959 e 1964, onde trabalhou com Celso Furtado.

Após o golpe de 1964, ficou preso por dois meses. Posteriormente, deixou a cidade do Recife e mudou-se para o Rio de Janeiro.

Professor de Sociologia do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), foi aposentado compulsoriamente pelo Ato Institucional Número Cinco (AI-5).

Ingressou no Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP) em 1970, a convite de Octavio Ianni. Do grupo inicial do CEBRAP, também fizeram parte Boris Fausto, Cândido Procópio Ferreira de Camargo, Carlos Estevam Martins, Elza Berquó, Fernando Henrique Cardoso, Francisco Weffort, José Arthur Giannotti, José Reginaldo Prandi, Juarez Rubens Brandão Lopes, Leôncio Martins Rodrigues, Luciano Martins, Octavio Ianni, Paul Singer e Roberto Schwarz.

No Partido dos Trabalhadores (PT), integrou 1ª Diretoria Executiva da Fundação Wilson Pinheiro - fundação de apoio partidária instituída pelo Partido dos Trabalhadores (PT) em 1981, antecessora da Fundação Perseu Abramo. Coordenador-executivo do Centro de Estudos dos Direitos da Cidadania (CENEDIC) da Universidade de São Paulo (USP), deixou o Partido dos Trabalhadores (PT) e filiou-se ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).


Em 2003, ano em que deixou o Partido dos Trabalhadores (PT), Chico de Oliveira disse que Lula nunca foi de esquerda.

Em 25/08/2006, foi-lhe concedido o título de Doutor Honoris Causa na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por iniciativa do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Em 28/08/2008, foi-lhe concedido o título de Professor Emérito pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP).

Nas eleições de 2010 afirmou que "Lula é mais privatista que FHC. Privatista numa escala que o Brasil nunca conheceu!".

Em 22/11/2010, foi-lhe concedido o título de Doutor Honoris Causa na Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Em 2012, durante entrevista no programa Roda Viva, da TV Cultura, desabafou: "Lula é sem caráter e oportunista!".

Em 2016 disse não acreditar nas acusações contra o ex-presidente: "Não é verdade. Lula não é nenhum ladrão, para meter a mão no dinheiro público!", disse ao Zero Hora.

Chico de Oliveira foi candidato a reitor da Universidade de São Paulo (USP), representando a chapa de oposição. Contudo, não poderia se eleger segundo o estatuto da Universidade, pois era aposentado. Ele reconheceu, contudo, que o problema da Universidade de São Paulo se explicava mais pelo "anacronismo de suas regras estatutárias e legais, e menos pela má qualidade de seus gestores" e era forte crítico do estatuto disciplinar da Universidade, que ele avaliava como sendo uma herança do período ditatorial. Também defendia a autonomia universitária e seu caráter de conquista popular, posicionando contra o corte ou deslocamento de verbas públicas: "Isso é conversa de economista liberal!".

Morte

Chico de Oliveira faleceu na madrugada de quarta-feira, 10/07/2019, aos 85 anos, enquanto se recuperava, em casa, de uma pneumonia. A causa da morte não foi divulgada.

Prêmios Homenagens

Chico de Oliveira recebeu o prêmio Jabuti em 2004, na categoria Ciências Humanas, pelo livro "Crítica à Razão Dualista / O Ornitorrinco", publicado pela editora Boitempo.

Em 2013, foi o homenageado do IV Curso Livre Marx-Engels, organizado pela editora Boitempo e pelo Serviço Social do Comércio (SESC).

Bibliografia

Entre suas principais obras, destacam-se:
  • Hegemonia às Avessas: Economia, Política e Cultura na Era da Servidão Financeira
  • A Economia Brasileira: Crítica à Razão Dualista / O Ornitorrinco
  • Elegia Para Uma Re(li)gião
  • O Elo Perdido: Classe e Identidade de Classe em Salvador
  • Os Direitos do Antivalor
  • Os Cavaleiros do Antiapocalipse (Em colaboração com Álvaro Comin)
  • Os Sentidos da Democracia (Em colaboração com Maria Célia Paoli)
  • Brasil: Uma Biografia Não Autorizada


Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #ChicodeOliveira

Paulo Henrique Amorim

PAULO HENRIQUE DOS SANTOS AMORIM
(76 anos)
Apresentador de Televisão, Jornalista, Empresário e Blogueiro

☼ Rio de Janeiro, RJ (22/02/1943)
┼ Rio de Janeiro, RJ (10/07/2019)

Paulo Henrique dos Santos Amorim foi um jornalista, blogueiro, empresário e apresentador de televisão nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 22/02/1943.

Paulo Henrique Amorim atuava no ramo de jornalismo desde 1961, escrevia para diversos jornais e revistas do país e mantinha o blogue chamado "Conversa Afiada".

Entre 2006 e 2019, foi apresentador e repórter do programa "Domingo Espetacular" pela TV Record.

Formado em Sociologia e Política, filho do jornalista e estudioso do espiritismo Deolindo Amorim, tem dois irmãos. Seguindo os passos do pai, estudou em escolas da cidade onde nasceu e começou a trabalhar já adolescente, com a imprensa.

Paulo Henrique Amorim trabalhou em jornais, revistas, televisão, internet e publicou livros. Cobriu eventos com repercussão internacional como a eclosão do vírus ebola na África (1975 a 1976), as eleições de 1992, a posse do então novo presidente norte-americano Bill Clinton em 1993, os distúrbios raciais em 1992, o terremoto de Los Angeles em 1994, a guerra civil de Ruanda e a rebelião zapatista no México em 1994.


O primeiro emprego como jornalista foi no jornal A Noite, no Rio de Janeiro em 1961, ano em que fez a cobertura para o jornal, a renúncia do presidente Jânio Quadros e a tentativa do governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, o qual formou a Cadeia da Legalidade para garantir a posse do vice, João Goulart, que seria derrubado em 1964.

Paulo Henrique Amorim trabalhou em New York, nos Estados Unidos como correspondente internacional. Foi contratado pela Editora Abril para ser repórter e correspondente internacional, primeiro da revista Realidade, depois da revista Veja, sendo seu primeiro correspondente internacional.

Paulo Henrique Amorim passou pelas emissoras de televisão, Manchete e TV Globo, tendo aberto sucursais para esses veículos em New York, Estados Unidos, passando parte da sua vida trabalhando no exterior.

Em 1996, deixou a TV Globo pela TV Bandeirantes, onde passou a apresentar o telejornal Jornal da Band e o programa político Fogo Cruzado, que por adotar postura independente, já produziu desentendimentos com diversos políticos ao vivo.

Em agosto de 1998, acusou no telejornal Jornal da Band, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva por adquirir apartamento e carro por meio ilegal, em meio a campanha eleitoral presidencial. No entanto, investigações comprovaram a legalidade e Lula entrou com processo contra o apresentador, a Rede Bandeirantes, conseguido direito de resposta.


Em 13/01/1999, deixou de comparecer á emissora e a apresentação do telejornal foi substituída. Segundo a imprensa, o não comparecimento foi por conta do protesto contra direção da emissora de implantar a Unidade Produtora de Jornalismo, planejada para gerar reportagens para os noticiários da rede, padronização que tiraria a autonomia e a diferença do Jornal da Band. Quando a emissora decidiu demiti-lo por abandono de emprego, passou acusar a emissora, por meio de imprensa, vários crimes, os quais renderam-lhe cinco processos. Paulo Henrique Amorim também processou o canal por multa contratual, tendo ganho em primeira instância.

Ainda em 1999, a TV Cultura o contratou, apresentando o talk-show "Conversa Afiada", produzido por sua empresa PHA Produções, que chegou ser exibido também pela TVE Brasil e na TV NBR. O programa durou até o final de 2002, quando terminou o contrato.

Paulo Henrique Amorim trabalhou no WebTV, do extinto ZAZ e em 2000 inaugurou o UOL News no UOL.

Em 2003, foi contratado pela TV Record, onde apresentou o telejornal noturno Jornal da Record 2ª Edição, extinto em 05/01/2007, e o Edição de Notícias.

De 2004 até o final de janeiro de 2006, passou a apresentar a revista eletrônica exibida no final de tarde "Tudo a Ver", com Janine Borba e posteriormente com Patrícia Maldonado.


Em fevereiro de 2006, passou a apresentar o programa "Domingo Espetacular", com Fabiana Scaranzi, Janine Borba e Adriana Araújo na TV Record.

Paulo Henrique Amorim ficou no comando da revista eletrônica até 23/06/2019, quando foi afastado do comando da atração.

Em agosto de 2006, foi contratado pelo portal iG, para ser blogueiro do "Conversa Afiada", mesmo molde que tinha na época da TV Cultura, mas em versão on-line, em cuja página principal tinha um quadro de destaque permanente.

Diversos políticos e jornalistas, entre eles, Mino Carta e José Dirceu, tinham estreado os seus blogs na época. No entanto, ficou pouco mais de um ano meio, sendo demitido em 2008. Paulo Henrique Amorim relançou o blog "Conversa Afiada" no mesmo dia, precariamente, apenas em um link provisório, posteriormente mudado para um definitivo, e afirmou que o contrato havia sido encerrado devido às críticas que fez ao suspeito processo de fusão da Brasil Telecom e a Oi, formando a Br Oi, segundo o qual o jornalista afirmava que várias personalidades políticas se beneficiaram ilicitamente no processo, sob tolerância pelo Governo Federal.

Paulo Henrique Amorim contratou o advogado Marcos Bitelli para entrar na Justiça contra o site a fim de obter mandado de segurança, almejando recuperar todos os arquivos e posts publicados.

Controvérsias

Paulo Henrique Amorim era um forte crítico da imprensa, e um dos criadores da sigla PiG, comportamento este que já levou a ser condenado por injúria e difamação por profissionais da imprensa. Um dos seus maiores alvos na imprensa era a TV Globo.

Em 2015, lançou o livro "O Quarto Poder - Uma Outra História".

Paulo Henrique Amorim também era um crítico da "Operação Lava Jato". Em março de 2016, num vídeo que publicou no YouTube, ele acusou a Polícia Federal do Brasil de atuar de forma golpista, irresponsável, subversiva e criminosa, sugerindo que a então presidente Dilma Rousseff demitisse todos os servidores do órgão, "do diretor-geral ao contínuo que serve cafezinho".

Condenações na Justiça

Injúria e difamação

Paulo Henrique Amorim foi condenado a indenizar por injúria e difamação diversas pessoas. Algumas delas são:
  • Nélio Machado
  • Daniel Dantas
  • Lasier Costa Martins
  • Gilmar Mendes
  • Ali Kamel
  • Sérgio Menezes
  • Merval Pereira3]

Injúria Racial
  • Heraldo Pereira.

Morte

Paulo Henrique Amorim faleceu na madrugada de quarta-feira, 10/07/2019, aos 76 anos, em casa, no Rio de Janeiro, RJ, quando sofreu um infarto fulminante, informação confirmada por sua esposa. Ele deixou a mulher, Geórgia Pinheiro, uma filha e dois netos.

Os familiares e amigos darão o último adeus a Paulo Henrique Amorim na quinta-feira, 11/07/2019, das 10h00 às 15h00, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Rua Araújo Porto Alegre, 71, Centro, Rio de Janeiro.

Na noite da terça-feira, 09/07/2019,  Paulo Henrique Amorim havia saído para jantar com amigos.

Prêmios

  • 1972 - Prêmio Esso na categoria Prêmio Esso de Informação Econômica pela reportagem "A Renda dos Brasileiros" na revista Veja.
  • 1999 - Programa Jornal da Band, apresentado por Paulo Henrique Amorim, ganhou o prêmio de Melhor Telejornal de 1998 da APCA.
  • 1999 - Programa Fogo Cruzado ganhou o prêmio de Melhor Programa Jornalístico da APCA.
  • 2016 - Site Conversa Afiada ganhou o Prêmio Influenciadores Digitais 2016 na categoria "Economia, Política e Atualidades".

Publicações

Livros
  • De Olho No Dinheiro
  • Plim-Plim: A Peleja de Brizola Contra a Fraude Eleitoral
  • O Quarto Poder - Uma Outra História
  •  Manual Inútil da Televisão e Outros Bichos Curiosos
Capítulos
  • O Primeiro Golpe de Estado Já Houve. E o Segundo? (Em "A Mídia nas Eleições de 2006)
  • O PIG e o Cunha (Em "Golpe 16")

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #PauloHenriqueAmorim

Bita do Barão

WILSON NONATO DE SOUZA
(86 anos)
Umbandista

☼ Codó, MA (10/07/1932)
┼ Teresina, PI (18/04/2019)

Wilson Nonato de Souza, mais conhecido por Bita do Barão, foi um umbandista nascido no povoado Santo Antônio dos Pretos, na zona rural de Codó, MA, no dia 10/07/1932. Bita do Barão é considerado um dos grandes líderes umbandistas do Brasil.

Na infância, Wilson Nonato era muito agitado, então ganhou dos pais o apelido de Bita que, na linguagem da cidade, quer dizer "bode". Já a alcunha de Barão faz referência ao Barão de Guaré, que é a entidade que o pai de santo incorporava.

A descoberta de Bita do Barão como médium deu-se ainda na juventude, quando, incorporando Barão de Guaré, conseguiu desvendar o roubo de uma arma na cidade, dizendo o local e quem havia roubado o objeto.

Nascido em uma família pobre do povoado de São Antônio dos Pretos, onde se dançava o Terecô nas matas, por causa da repressão policial, a trajetória de Bita do Barão na religião afro-brasileira é regada a muitos mistérios. A fama, além da dedicação aos cultos, deve-se às amizades com nomes influentes da política brasileira.


Em Codó, município de cerca de 110 mil habitantes que fica distante pouco mais de 290 quilômetros de São Luís, MA, existe uma vertente regional da umbanda, o Terecô. O ritual possui um conceito de "encantamento". Segundo o ensinamento, as pessoas não morrem. Tornam-se almas vagantes que podem ser invocadas quando necessário. Estima-se que a cidade possua mais de 300 terreiros de Terecô.

A cidade mais umbandista do país, conhecida como a meca da feitiçaria, tinha um dos pais de santo mais prestigiados do Brasil, o Bita do Barão.

Dentre as diversas histórias, conta a lenda que os tambores soaram dia e noite, por sete dias, nos idos de 1985, quando Tancredo Neves morreu e deixou a presidência da República ao então vice, José Sarney. Recentemente, boatos também indicam que semanas antes da votação do impeachment que derrubou Dilma Rousseff do poder, Michel Temer fez uma visita ao babalorixá. Outro que também já teria se consultado com Bita do Barão seria o ex-presidente Fernando Collor de Mello.

Bita do Barão com a filha Janaína e José Sarney, em visita a Brasília.
O Bita do Barão não revelava sua idade. De acordo com as diretrizes do Terecô, quanto mais velho o pai de santo, menos poderes ele mantém. Por isso a negativa. Mas na época acreditava-se que Bita do Barão tinha mais de 100 anos.

Poderoso todos os anos, no mês agosto, a cidade de Codó para durante uma semana inteira para celebrar o Festejo da Tenda Espírita em que Bita do Barão era mestre. Na ocasião, os 500 filhos e filhas de santo que o seguiam dançavam em louvação. Havia distribuição de brinquedos a crianças e banquete à vontade.

Com uma vida cercada de mistérios e muito marketing, Bita do Barão, em entrevista de 2014 a Globo News, arrematou: "A umbanda é uma religião que está crescendo. Mudou muito. Graças a Deus!".

Bita do Barão conduzia a Tenda Espirita de Umbanda Rainha de Iemanjá Palácio de Iansã, na cidade de Codó, no Maranhão. 

Morte

Wilson Nonato de Sousa, conhecido como o famoso pai de santo Bita do Barão, no início da tarde de quinta-feira, 18/04/2019, aos 86 anos, após cinco dias internado no Hospital São Paulo, em Teresina, PI, devido a uma infecção pulmonar, que se agravou para um problema renal e de pressão alta.

Bita do Barão sofria de vários problemas de saúde quando foi internado em Teresina, PI, chegando a ficar na UTI em coma.

A informação do óbito foi confirmado por sua filha, JanaínaBita do Barão sofria com problemas renais, respirava com a ajuda de aparelhos e seu único rim estava parado. 

O velório aconteceu na Tenda Espírita de Umbanda Rainha Iemanjá, criado por ele, no bairro Santa Filomena, em Codó, a 290 km de São Luís, MA. Orações e rituais da umbanda foram realizados durante todo velório.

Acompanhado por uma multidão, o corpo de Bita do Barão foi levado em cortejo pelas ruas de Codó e sepultado por volta das 18h30 de sábado, 20/04/2019, no Cemitério Central. Antes, um ritual conhecido como "Tambor de Choro" foi realizado pelos filhos de santo de Bita do Barão.

Entidades, políticos e órgãos governamentais emitiram notas de pesar sobre o falecimento de Bita do Barão. Famoso, ele gozava de prestígio principalmente na classe política e artística. A Federação de Umbanda e Culto Afro-Brasileiro do Maranhão (FUCABMA) afirmou que Bita do Barão teve uma esplendorosa trajetória espiritual no plano terrestre. Por fim, a nota assinada pelo presidente Biné Gomes, expressou grande honra pela oportunidade de aprendizado junto com o pai de santo.

O governo do Estado do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Igualdade Racial (SEIR), lamentou o falecimento do religioso e se solidarizou com a comunidade umbandista, a família de Bita do Barão e com as lideranças religiosas dos cultos afros.

Pastor Washington Luis
Profecia

Após a morte de Bita do Barão, um vídeo, gravado três dias antes, viralizou na internet. Trata-se de uma profecia sobre sua morte:
"O maior bruxo do Maranhão vai cair, o Senhor me disse. Dei muitas oportunidades para que ele reconhecesse que Eu sou Deus e ele não quis! Aquela nuvem vai sugar ele do Maranhão e logo logo você vai estar vendo em tudo é jornal e dizendo: Eu estava naquele culto aonde a nuvenzinha trabalhou"
(Pastor Washington Luiz - Assembleia de Deus Comadesma - Araguaína, TO)

O pastor Washington Luiz é bastante conhecido no Brasil por profetizar a queda do Governo do PT, a queda de um avião no Brasil e a morte do prefeito de Tucuruí, PA.

O pastor confirmou a mensagem e disse que a recebeu de Deus durante um evento realizado em Chapadinha nos dias 15 e 16 de abril. Bita do Barão faleceu no dia 18.

Yolanda Cardoso

YOLANDA CARDOSO
(78 anos)
Atriz

* Rio de Janeiro, RJ (28/09/1928)
+ Rio de Janeiro, RJ (10/07/2007)

Yolanda morava no Retiro dos Artistas desde 2001 e sofria de pneumonia. Tinha 35 anos de carreira, e interpretou mais de 40 personagens na TV e no teatro. Entre os destaques, estão suas atuações na primeira edição do "Sítio do Pica-Pau Amarelo", no seriado "Os Bandidos da Falange" e na novela "O Direito de Amar".

O último trabalho na televisão foi o episódio "Filho Porque Qui-lo", interpretando a personagem Carolina Koifner no humorístico Sai de Baixo, em 1998.

Desde 2001 vivia no Retiro dos Artistas, que conheceu junto com a grande amiga Beatriz Veiga:

"Eu queria conhecer o retiro e ela me trouxe. Fiquei encantada! Lembro que tomamos um chá aqui enquanto eu ficava admirada com o local. Hoje, já há anos aqui, me sinto muito feliz", disse em uma entrevista.

Yolanda morreu de pneumonia e infecção generalizada, no Hospital Municipal Álvaro Ramos no Rio de Janeiro, e foi sepultada no Cemitério Jardim da Saudade em Sulacap, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia e Dramaturgia Brasileira - In Memoriam

Jackson do Pandeiro

JOSÉ GOMES FILHO
(62 anos)
Cantor e Compositor

* Alagoa Grande, PB (31/08/1919)
+ Brasília, DF (10/07/1982)

Jackson do Pandeiro, nome artístico de José Gomes Filho, foi um cantor e compositor de forró e samba, assim como de seus diversos subgêneros, a citar: baião, xote, xaxado, coco, arrasta-pé, quadrilho, marcha, frevo, dentre outros. Também era chamado de "O Rei do Ritmo".

Paraibano, ele era filho de uma catadora de coco, Flora Mourão, que lhe deu o seu primeiro instrumento: o pandeiro.

Seu nome artístico nasceu de um apelido que ele mesmo se dava: Jack, inspirado em um mocinho de filmes de faroeste, Jack Perry. A transformação para Jackson foi uma sugestão de um diretor de programa de rádio. Dizia que ficaria mais sonoro e causaria mais efeito quando fosse ser anunciado.

Somente em 1953, já com trinta e cinco anos, Jackson do Pandeiro gravou o seu primeiro grande sucesso: "Sebastiana", de Rosil Cavalcanti. Logo depois, emplacou outro grande sucesso intitulado "Forró em Limoeiro", rojão composto por Edgar Ferreira.

Almira Castilho e Jackson do Pandeiro
Foi na rádio pernambucana que ele conheceu Almira Castilho de Alburquerque, com quem se casou em 1956, vivendo com ela até 1967. Depois de doze anos de convivência, Jackson do Pandeiro e Almira Castilho se separaram e ele se casou com a baiana Neuza Flores dos Anjos, de quem também se separou pouco antes de falecer.

No Rio de Janeiro, já trabalhando na Rádio Nacional, Jackson do Pandeiro alcançou grande sucesso com "O Canto da Ema", "Chicletes com Banana", "Um a Um" e "Xote de Copacabana". Os críticos ficavam abismados com a facilidade de Jackson do Pandeiro em cantar os mais diversos gêneros musicais: baião, coco, samba-coco, rojão, além de marchinhas de carnaval.

O fato de ter tocado tanto tempo nos cabarés aprimorou sua capacidade jazzística. Também é famosa a sua maneira de dividir a música, e diz-se que o próprio João Gilberto aprendeu a dividir com ele. Muitos o consideram o maior ritmista da história da Música Popular Brasileira e, ao lado de Luiz Gonzaga, foi um dos principais responsáveis pela nacionalização de canções nascidas entre o povo nordestino.

Sua discografia compreende mais de 30 álbuns lançados no formato LP. Desde sua primeira gravação, "Forró em Limoeiro", em 1953, até o último álbum, "Isso é Que é Forró!", de 1981, foram 29 anos de carreira artística, tendo passado por inúmeras gravadoras.


Morte

Durante excursão empreendida pelo país, Jackson do Pandeiro que era diabético desde os anos 60, morreu aos 62 anos, no dia 10 de julho de 1982, na cidade de Brasília, em decorrência de complicações de Embolia Pulmonar e Cerebral. Ele tinha participado de um show na cidade uma semana antes e no dia seguinte passou mal no aeroporto antes de embarcar para o Rio de Janeiro. Ele ficou internado na Casa de Saúde Santa Lúcia. Foi enterrado em 11 de julho de 1982 no Cemitério do Cajú na cidade do Rio de Janeiro com a presença de músicos e compositores populares, sem a presença de nenhum medalhão da Música Popular Brasileira.

Discografia


  • 1955 - Jackson do Pandeiro
  • 1956 - Forró do Jackson
  • 1957 - Jackson e Almira - Os Donos do Ritmo
  • 1958 - Forró do Jackson
  • 1959 - Jackson do Pandeiro
  • 1960 - Sua Majestade - O Rei do Ritmo
  • 1960 - Cantando de Norte a Sul
  • 1961 - Ritmo, Melodia e a Personalidade de Jackson do Pandeiro
  • 1961 - Mais Ritmo
  • 1962 - A Alegria da Casa
  • 1962 - ...É Batucada!
  • 1963 - Forró do Zé Lagoa
  • 1964 - Tem Jabaculê
  • 1964 - Coisas Nossas
  • 1965 - ...E Vamos Nós!
  • 1966 - O Cabra da Peste
  • 1967 - A Braza do Norte
  • 1970 - Aqui Tô Eu
  • 1971 - O Dono do Forró
  • 1972 - Sina de Cigarra
  • 1973 - Tem Mulher, Tô Lá
  • 1974 - Nossas Raízes
  • 1975 - A Tuba da Muié
  • 1976 - É Sucesso
  • 1977 - Um Nordestino Alegre
  • 1978 - Alegria Minha Gente
  • 1980 - São João Autêntico de Jackson do Pandeiro
  • 1981 - Isso é Que é Forró!

Fonte: Wikipédia