Mostrando postagens com marcador 10/08. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 10/08. Mostrar todas as postagens

Eliane de Grammont

ELIANE APARECIDA DE GRAMMONT
(25 anos)
Cantora e Compositora

☼ São Paulo, SP (10/08/1955)
┼ São Paulo, SP (30/03/1981)

Eliane Aparecida de Grammont, foi uma cantora e compositora, nascida em São Paulo, SP, no dia 10/08/1955, tornada célebre por ter sido vítima de feminicídio por parte de seu ex-marido Lindomar Castilho, crime este que marcou a história do país como parte da campanha de combate à violência contra a mulher.

Eliane de Grammont era filha da compositora Elena de Grammont, e seus irmãos na maioria seguiram a carreira jornalística e no rádio, caso de sua irmã Helena de Grammont, jornalista da TV Globo. Seu pai morreu de miocardiopatia, doença que também vitimou dois de seus irmãos.

Em 1977 Eliane conheceu na gravadora RCA Victor o cantor de boleros Lindomar Castilho, que então experimentava um grande sucesso popular, havendo vendido em um de seus LPs mais de 800 mil cópias - número bastante expressivo para a época. Começaram um namoro e após dois anos se casaram, em 1979.


A família de Eliane foi contra a união, mas ela contrariou os parentes para unir-se ao cantor. Também insistiu em que o casamento se desse pela separação de bens, para deixar claro que não estava com ele em razão de seu sucesso e fortuna. Lindomar Castilho exigiu que ela parasse de cantar.

Durante o breve relacionamento o casal teve uma filha e, diante do abuso de álcool pelo cantor, dado a crises violentas de ciúme, episódios de agressão, separações e reconciliações, culminou com o desquite após pouco mais de um ano de casamento, em 1980.

Seis meses depois do fim do casamento ela ainda tentou uma reconciliação, mas Lindomar Castilho exigiu que ela assinasse um documento contendo dez compromissos, entre os quais pedir perdão à empregada que há anos trabalhava para ele e que fora motivo de brigas do casal.

Eliane havia descoberto que também era portadora a miocardiopatia que matara seus familiares, e ainda assim tentou retomar a carreira como cantora. Foi então que recebeu o convite de Carlos Randall para se apresentar no Café Belle Époque, e com ele passou a ter um romance.

O Crime

Eliane de Grammont, que interrompeu a carreira com o nascimento da filha, estava há cerca de um ano separada de Lindomar Castilho e se apresentava num bar em São Paulo quando o cantor a alvejou com vários tiros, atingindo ainda o músico que a acompanhava, o violonista Carlos Roberto da Silva, conhecido pelo nome artístico de Carlos Randall, ferido no abdome. Carlos Randall era primo de Lindomar Castilho, que o levou para São Paulo em 1974.

Lindomar Castilho desconfiava do envolvimento amoroso de Carlos Randall com sua ex-mulher, situação que foi agravada quando este também se separou da mulher. Após o crime, Lindomar Castilho tentou fugir mas foi detido e espancado por populares, que o amarraram até a chegada da polícia. Ferida mortalmente, Eliane chegou a ser levada a um pronto-socorro, mas chegou sem vida.

No momento em que fora assassinada Eliane cantava a música de Chico Buarque, "João e Maria", justamente no momento dos versos que diziam "Agora era fatal que o faz-de-conta terminasse assim".

Durante o julgamento a defesa de Lindomar Castilho explorou alegações de que a vítima era uma mãe que não cumpria com as suas obrigações, além de ser uma mulher infiel e de conduta reprovável. Durante o tempo em que durou, mulheres protestavam diante do tribunal pelo direito à vida, e aos poucos, homens foram se juntando para provocá-las, sob o argumento de um "direito" de matar em casos de "defesa da honra" masculina.

Através de eufemismos então em voga, seu advogado Waldir Troncoso Perez arguiu que o réu agiu tomado por "violenta emoção". Na época, tais crimes eram justificados com escusas como passionalidade, perda da paz ou "legítima defesa da honra". Atuou na assistência de acusação o então presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcio Thomaz Bastos e cinco dos sete jurados votaram pela condenação.

Contexto Histórico e Cultural

Ainda em liberdade, Lindomar Castilho respondeu ao júri em 1984 e mulheres se manifestaram diante do fórum. No segundo dia do julgamento muitos homens foram levados até lá (segundo relatos, contratados para tal) e passaram a jogar ovos nas manifestantes e a gritar-lhes palavras como "mulher que bota chifre tem que virar sanduíche".

No contexto social da época a impunidade era gritante. Na época a canção de Sidney Magal pregava: "Se te agarro com outro / Eu te mato / Te mando algumas flores / E depois escapo".

Mesmo condenado Lindomar Castilho recorreu livre.

Na época o adultério era considerado um crime pelo Código Penal Brasileiro vigente, e tramitava ainda no Congresso um projeto que excluía esse tipo delituoso.

Impacto Cultural e Defesa da Mulher

O crime, onde Lindomar Castilho alegava ter sido traído pela mulher, ganhou grande repercussão no Brasil, não somente por envolver nomes bastante conhecidos da música popular da época, como também por ter a imprensa assumido, então, importante papel na mudança da visão social dos chamados "crimes passionais", recebendo da mídia ampla cobertura.

Depois de uma missa em homenagem a Eliane de Grammont, celebrada na Igreja da Consolação no dia 04/04/1981, mais de mil mulheres vestidas de preto marcharam em protesto contra a violência masculina, com palavras de ordem como "Quem ama não mata!", até o Cemitério do Araçá.

Diversas instituições de luta pelos direitos da mulher surgiram em razão dos protestos contra esse feminicídio. Uma delas foi o "Grupo Masculino de Apoio à Luta das Mulheres", integrado por diversos intelectuais e que lançou então um "Manifesto Contra a Barbárie".

O cartunista Henfil, que apresentava um quadro chamado "TV Homem" no programa diário de televisão TV Mulher, publicava uma seção na revista ISTOÉ onde escrevia cartas à sua mãe e comentava fatos da semana. Na edição de 08/04/1981, ao comentar o fato de que policiais haviam vestido um assaltante de mulher e o fizeram assim desfilar pelas ruas, como humilhação, escreveu ironicamente:
"Por que é que vestir um homem de mulher é humilhar, é desmoralizar? Por que ser mulher é a coisa mais humilhante e desmoralizada que tem? Pior que ser cachorro, pato ou galinha? (...) Pois. É por isso que um (dois, três, mil) Lindomar Castilho tem o legítimo direito de matar a Eliane de Grammont. Ah, ele é apenas misericordioso. Quis livrar a Eliane da humilhação, da desmoralização de ser... uma mulher."
Em novembro de 1982, respondendo em liberdade pelo crime, Lindomar Castilho foi impedido por centenas de mulheres de se apresentar num show em Goiânia, com a distribuição de um panfleto que trazia uma foto dele com a esposa e a filha Liliane e os dizeres: "Eliane Gramont(sic) não vai cantar hoje. Ela está morta!".

Homenagens

Na capital paulista, no bairro da Barra Funda, foi dado o nome Eliane Aparecida de Grammont a uma de suas ruas já em dezembro de 1981.

Eliane de Grammont também é nome de rua na cidade Londrina, no Paraná.

Em São Paulo existe a Casa Eliane de Grammont, instituição Estatal destinada a dar apoio psicossocial e jurídico a mulheres em situação de violência de gênero, mantida pela prefeitura de São Paulo.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #ElianedeGrammont

Severo Gomes

SEVERO FAGUNDES GOMES
(68 anos)
Empresário e Político

* São Paulo, SP (10/08/1924)
+ Angra dos Reis, RJ (12/10/1992)

Foi Ministro da Agricultura no governo Castelo Branco, Ministro da Indústria e do Comércio no governo Geisel e Senador de 1983 a 1991 por São Paulo. Findo o mandato de Senador, foi escolhido Secretário da Ciência e Tecnologia do estado de São Paulo durante o governo de Luiz Antônio Fleury Filho.

Detentor de grande fortuna pessoal, notabilizou-se nacionalmente ao conciliar sua relevante vida política com as atividades empresariais de criação de gado na Amazonia e comando da sua fábrica dos cobertores Parahyba instalada em São José dos Campos, cidade localizada no Vale do Paraíba.

Faleceu em acidente aéreo junto a sua esposa Anna Maria Henriqueta Marsiaj. Além deles faleceram no acidente Ulysses Guimarães e a esposa Mora Guimarães, juntamente com o piloto do helicóptero de propriedade do Moinho São Jorge, que caiu no mar.

Sua vasta propriedade residencial em São José dos Campos foi transformada em espaço de convívio comunitário denominado Parque da Cidade Roberto Burle Marx.

Fonte: Wikipédia

Feliz

FELISBERTO DUARTE
(69 anos)
Humorista e Apresentador de TV


* São Paulo, SP (31/10/1938)
+ Santos, SP (10/08/2008)

Conhecido como "Feliz", ele era responsável pelas notícias do tempo tanto na primeira quanto na segunda versão do telejornal Aqui Agora, do SBT.

Famoso pelo bordão "Piriri, pororó", Feliz estava internado no Hospital Beneficência Portuguesa, em Santos, no Litoral Sul de São Paulo, onde havia passado por uma cirurgia no intestino e fígado. Ele deu entrada no hospital após um quadro de infecção intestinal causado por uma depressão e estava em coma desde o dia 9 de agosto.

Fonte: Wikipédia

Jorge Amado

JORGE LEAL AMADO DE FARIA
(88 anos)
Escritor, Jornalista e Político

* Itabuna, BA (10/08/1912)
+ Salvador, BA (06/08/2001)

Jorge Leal Amado de Faria foi um dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de todos os tempos. Ele é o autor mais adaptado da televisão brasileira, verdadeiros sucessos como "Tieta do Agreste", "Gabriela, Cravo e Canela" e "Teresa Batista Cansada de Guerra" são criações suas, além de "Dona Flor e Seus Dois Maridos" e "Tenda dos Milagres".

A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas de samba por todo o Brasil. Seus livros foram traduzidos em 55 países, em 49 idiomas, existindo também exemplares em braille e em fitas gravadas para cegos.

Jorge Amado foi superado, em número de vendas, apenas por Paulo Coelho mas, em seu estilo - o romance ficcional -, não há paralelo no Brasil. Em 1994 viu sua obra ser reconhecida com o Prêmio Camões.

Existem dúvidas sobre o exato local de nascimento de Jorge Amado. Alguns biógrafos indicam que o seu nascimento deu-se na Fazenda Auricídia, à época município de Ilhéus. Mais tarde as terras da Fazenda Auricídia ficaram no atual município de Itajuípe, com a emancipação do distrito ilheense de Pirangi. Entretanto, é certo que Jorge Amado foi registrado no povoado de Ferradas, pertencente a Itabuna.



No ano seguinte ao de seu nascimento, uma praga de varíola obrigou a família a deixar a fazenda e se estabelecer em Ilhéus, onde viveu a maior parte da infância, que lhe serviu de inspiração para vários romances.

Foi para o Rio de Janeiro, então capital da república, para estudar na Faculdade de Direito da então Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Durante a década de 1930, a faculdade era um polo de discussões políticas e de arte, tendo ali travado seus primeiros contatos com o movimento comunista organizado.

Foi jornalista, e envolveu-se com a política ideológica, tornando-se comunista, como muitos de sua geração. São temas constantes em suas obras os problemas e injustiças sociais, o folclore, a política, crenças e tradições, e a sensualidade do povo brasileiro, contribuindo assim para a divulgação deste aspecto do mesmo. Suas obras são umas das mais significativas da moderna ficção brasileira, com 49 livros, propondo uma literatura voltada para as raízes nacionais.

Em 1945, foi eleito deputado federal pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), o que lhe rendeu fortes pressões políticas. Como deputado, foi o autor da emenda que garantiu a liberdade religiosa, viu o sofrimento dos que seguiam os cultos vindos da África, no Ceará viu protestantes saqueados por fanáticos com uma cruz à frente, então correu atrás de assinaturas até conseguir a aprovação da sua emenda, e desde então a liberdade religiosa tornou-se lei. Também foi autor da emenda que garantia direitos autorais. Por outro lado votou com o Partido Comunista Brasileiro a favor da emenda nº 3.165, do deputado carioca Miguel Couto Filho, emenda que proibia a entrada no país de imigrantes japoneses de qualquer idade e de qualquer procedência.


Jorge Amado e Zélia Gattai
Jorge Amado foi casado com Zélia Gattai, também escritora, que o sucedeu na Academia Brasileira de Letras. Teve três filhos: João Jorge, sociólogo, Paloma, e Eulália.

Jorge Amado viveu exilado na Argentina e no Uruguai (1941 a 1942), em Paris (1948 a 1950) e em Praga (1951 a 1952). Escritor profissional, viveu exclusivamente dos direitos autorais dos seus livros. Na década de 1990, porém, viveu forte tensão e expectativa de um grande baque nas economias pessoais, com a falência do Banco Econômico, onde tinha suas economias. Não chegou porém a perder as economias, já que o banco acabou socorrido pelo Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (PROER), controvertido programa governamental de auxílio a instituições financeiras em dificuldades. O drama pessoal de Jorge Amado chegou a ser utilizado pelo lobby que defendia a intervenção no banco, para garantir os ativos dos seus correntistas.

Jorge Amado e Mãe Menininha de Gantois
Crenças

Mesmo dizendo-se materialista, era simpatizante do candomblé, religião na qual exercia o posto de honra de Obá de Xangô no Ilê Opó Afonjá, do qual muito se orgulhava. Amigos que Jorge Amado prezava no candomblé as mães-de-santo Mãe Aninha, Mãe Senhora, Mãe Menininha do Gantois, Mãe Stella de Oxóssi, Olga de Alaketu, Mãe Mirinha do Portão, Mãe Cleusa Millet, Mãe Carmem e o pai-de-santo Luís da Muriçoca.

Como Érico Veríssimo e Rachel de Queiroz, é representante do Modernismo Regionalista, segunda geração do Modernismo.


Premiações

Em 1951, recebeu o Prêmio Stalin da Paz, depois renomeado para Prêmio Lênin da Paz. Recebeu também títulos de Comendador e de Grande Oficial, nas ordens da Argentina, Chile, Espanha, França, Portugal e Venezuela, além de ter sido feito Doutor Honoris Causa por dez universidades no Brasil, Itália, Israel, França e Portugal. O título de Doutor pela Sorbonne, na França, foi o último que recebeu pessoalmente, em 1998, em sua derradeira viagem a Paris, quando já estava doente.

Jorge Amado recebeu no estrangeiro os seguintes prêmios:

  • 1951 - Prêmio Lênin da Paz (Moscou)
  • 1971 - Prêmio de Latinidade (Paris)
  • 1976 - Prêmio do Instituto Ítalo-Latino-Americano (Roma)
  • 1984 - Prêmio Risit d'Aur (Udine, Itália)
  • 1984 - Prêmio Moinho (Itália)
  • 1986 - Prêmio Dimitrof de Literatura (Sofia, Bulgária)
  • 1989 - Prêmio Pablo Neruda, Associação de Escritores Soviéticos (Moscou)
  • 1990 - Prêmio Mundial Cino Del Duca da Fundação Simone e Cino Del Duca (1990)
  • 1995 - Prêmio Camões

No Brasil:

  • 1959 - Prêmio Nacional de Romance do Instituto Nacional do Livro
  • 1959 - Prêmio Graça Aranha
  • 1959 - Prêmio Paula Brito
  • 1959 - Prêmio Jabuti (1959)
  • 1959 - Prêmio Luísa Cláudio de Sousa, do Pen Club do Brasil
  • 1959 - Prêmio Carmen Dolores Barbosa
  • 1970 - Troféu Intelectual do Ano
  • 1982 - Prêmio Fernando Chinaglia
  • 1982 - Prêmio Nestlé de Literatura
  • 1982 - Prêmio Brasília de Literatura - Conjunto de Obras
  • 1984 - Prêmio Moinho Santista de Literatura
  • 1985 - Prêmio BNB de Literatura
  • 1995 - Prêmio Jabuti

Jorge Amado escrevendo Dona Flor, ao lado o gato Nacib
Traduções das Obras

Jorge Amado é um dos autores brasileiros mais publicados em todo o mundo, atrás apenas de Paulo Coelho. Sua obra foi editada em 55 países, e vertida para 49 idiomas e dialetos: albanês, alemão, árabe, armênio, azeri, búlgaro, catalão, chinês, coreano, croata, dinamarquês, eslovaco, esloveno, espanhol, esperanto, estoniano, finlandês, francês, galego, georgiano, grego, guarani, hebraico, holandês, húngaro, iídiche, inglês, islandês, italiano, japonês, letão, lituano, macedônio, moldávio, mongol, norueguês, persa, polonês, romeno, russo (também três em braille), sérvio, sueco, tailandês, tcheco, turco, turcomano, ucraniano e vietnamita.


Academia Brasileira de Letras

Jorge Amado foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 6 de abril de 1961, ocupando a cadeira 23, cujo patrono é José de Alencar. De sua experiência acadêmica, bem como para retratar os casos dos imortais da Academia Brasileira de Letras, escreveu "Farda, Fardão, Camisola de Dormir", numa alusão clara ao formalismo da entidade e à senilidade de seus membros, então.


Cartas

São mais de cem mil páginas em processo de catalogação, as cartas trocadas com gente do mundo inteiro, guardadas num acervo isolado da Fundação Casa de Jorge Amado, em Salvador. A doação foi entregue com uma ressalva, por escrito: "Jorge escreveu que somente cinquenta anos após sua morte esse material devia ser aberto ao público", segundo a poeta Myriam Fraga, que dirige a casa desde sua criação, há vinte anos.

De relatos sobre livros e obras de arte a fatos do cotidiano, grandes escritores, poetas e intelectuais de seu tempo se corresponderam com ele: Graciliano Ramos, Érico Veríssimo, Mário de Andrade, Carlos Drummond de Andrade, Monteiro Lobato e Gilberto Freyre, entre outros brasileiros. Pablo Neruda, Gabriel García Márquez e José Saramago, entre tantos outros estrangeiros. No campo da política, a correspondência se estabeleceu com nomes os mais variados como Juscelino Kubitschek, François Mitterrand e Antônio Carlos Magalhães.

As cartas mostram como o escritor recebia os mais imprevistos pedidos, apresentava pessoas umas às outras, em época em que era intenso o diálogo via postal. A correspondência pessoal de Jorge Amado pode oferecer inestimável fonte de pesquisa.

Alguns trechos retirados de reportagem exclusiva, por Josélia Aguiar, à Revista Entre Livros - Ano 2 - nº 16:

De Gláuber Rocha, sem data, sobre a nova película "A Idade da Terra" de 1980:


"Comecei o dia chorando a morte de Clarice (Lispector)", inicia assim a carta para adiante falar sobre o novo filme: "Está sendo feito como você escreve um romance. Cada dia filmo de dois a sete planos, com som direto, improvisado a partir de certos temas. (…) Estou, enfim, tendo a sensação de 'escrever com a câmera e com o som', tentando um caminho que fundiu a cuca do Jece (Valadão, ator) (…)".

Mário de Andrade, logo após ler "Mar Morto", em 1936, elogia o que chama de "realidade honesta" e a "linda tradição de meter lirismo de poesia na prosa":

"Acaba de se doutorar em romance o jovem Jorge Amado, grande promessa do mundo intelectual".

Monteiro Lobato, também sob forte impressão após ler "Mar Morto", em 1936:

"Lí-o com a mesma emoção trágica que seus livros sempre me despertam", e conta que, ao visitar o cais do porto de Salvador, havia "previsto" que a obra seria escrita: "Qualquer dia o Jorge Amado presta atenção e pinta os dramas que devem existir aqui. Adivinhei."

Pablo Neruda em carta breve, com data de 16 de outubro e ano incerto, escrita a mão:

"Será que no Brasil eu poderia fazer um ou dois recitais pagos?" (…) "Haverá algum empresário interessado em organizar com seriedade essa turnê?" (…)


Obras

  • 1930 - O País do Carnaval (Romance)
  • 1933 - Cacau (Romance)
  • 1934 - Suor (Romance)
  • 1935 - Jubiabá (Romance)
  • 1936 - Mar Morto (Romance)
  • 1937 - Capitães da Areia (Romance)
  • 1938 - A Estrada do Mar (Poesia)
  • 1941 - ABC de Castro Alves (Biografia)
  • 1942 - O Cavaleiro da Esperança (Biografia)
  • 1943 - Terras do Sem-Fim (Romance)
  • 1944 - São Jorge dos Ilhéus (Romance)
  • 1945 - Bahia de Todos os Santos (Guia)
  • 1946 - Seara Vermelha (Romance)
  • 1947 - O Amor do Soldado (Teatro)
  • 1951 - O Mundo da Paz (Viagens)
  • 1954 - Os Subterrâneos da Liberdade (Romance)
  • 1958 - Gabriela, Cravo e Canela (Romance)
  • 1961 - A Morte e a Morte de Quincas Berro d'Água (Romance)
  • 1961 - Os Velhos Marinheiros ou o Capitão de Longo Curso (Romance)
  • 1964 - Os Pastores da Noite (Romance)
  • 1964 - O Compadre de Ogum (Romance)
  • 1966 - Dona Flor e Seus Dois Maridos (Romance)
  • 1969 - Tenda dos Milagres (Romance)
  • 1972 - Teresa Batista Cansada de Guerra (Romance)
  • 1976 - O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá (Historieta Infanto-Juvenil)
  • 1977 - Tieta do Agreste (Romance)
  • 1979 - Farda, Fardão, Camisola de Dormir (Romance)
  • 1979 - Do Recente Milagre dos Pássaros (Contos)
  • 1982 - O Menino Grapiúna (Memórias)
  • 1984 - A Bola e o Goleiro (Literatura Infantil)
  • 1984 - Tocaia Grande (Romance)
  • 1988 - O Sumiço da Santa (Romance)
  • 1992 - Navegação de Cabotagem (Memórias)
  • 1994 - A Descoberta da América Pelos Turcos (Romance)
  • 1997 - O Milagre dos Pássaros (Fábula)
  • 2008 - Hora da Guerra (Crônicas)

Em 1995 iniciou-se o processo de revisão de sua obra por sua filha Paloma e os livros ganharam novo projeto gráfico.

Fonte: Wikipédia

Irving São Paulo

JOSÉ IRVING SANTANA SÃO PAULO
(41 anos)
Ator

* Feira de Santana, BA (26/10/1964)
+ Rio de Janeiro, RJ (10/08/2006)

Irving São Paulo foi um ator nascico em Feira de Santana, BA, no dia 26/10/1964.

Filho do ator e diretor Olney São Paulo e irmão do também ator Ilya São Paulo, Irving integrou o elenco das novelas "Torre de Babel" (1998), "A Viagem" (1994), "Mulheres de Areia" (1993), "Perigosas Peruas" (1992), "A História de Ana Raio e Zé Trovão" (1990), "Final Feliz" (1982), "Bebê a Bordo" (1988), entre outras. Também esteve nas minisséries "A Muralha" (2000) e "Um Só Coração" (2004), além de participar de episódios do programa "Você Decide".

No cinema esteve presente em filmes como "O Veneno da Madrugada" (2004), de Ruy Guerra, "Cascalho" (2004), de Tuna Espinheira, "Luz del Fuego" (1982) e "Muito Prazer" (1979), ambos de David Neves, e "A Noiva da Cidade" (1978), de Alex Viany.

Morte

Irving São Paulo morreu vítima de Falência Múltipla dos Órgãos, no Rio de Janeiro, em 10 de agosto de 2006, aos 41 anos de idade.

Ele estava internado desde 31 de julho na UTI do Hospital Copa D'or, com quadro de Pancreatite Necro-Hemorrágica. O ator chegou ao hospital já com um quadro avançado de inflamação do pâncreas. Segundo a assessoria, ele chegou a ser submetido a algumas cirurgias, mas não resistiu.

O corpo do ator foi velado na capela 3 do Cemitério São João Batista, no bairro carioca de Botafogo. O enterro ocorreu na sexta-feira, dia 11/08/2006, às 11:00 hs, no mesmo cemitério.

Trabalhos

Televisão
  • 2004 - Um Só Coração ... Geraldo Ferraz
  • 2002 - Sabor da Paixão ... Juiz
  • 2001 - Estrela-Guia ... Operador da Bolsa de Valores
  • 2001 - Sítio do Pica-Pau Amarelo ... Episódio: Viagem a Lua
  • 2000 - A Muralha ... Capanga de Banto Coutinho
  • 1998 - Torre de Babel ... Gilberto
  • 1995 - Você Decide
  • 1994 - A Viagem ... Zeca
  • 1993 - Mulheres de Areia ... José Luiz
  • 1992 - Perigosas Peruas ... Johann
  • 1991 - Ilha das Bruxas
  • 1990 - A História de Ana Raio e Zé Trovão ... Minho
  • 1989 - O Sexo dos Anjos ... Zé Paulo
  • 1988 - Vida Nova ... Alcebíades
  • 1988 - Bebê a Bordo ... Bad Cat
  • 1983 - Champagne ... Zé Rodolfo
  • 1982 - Final Feliz ... Rafael

Cinema
  • 2004 - Cascalho
  • 2004 - O Veneno da Madrugada
  • 1982 - Luz del Fuego
  • 1979 - Muito Prazer
  • 1978 - A Noiva da Cidade

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #IrvingSaoPaulo