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Lúcio Mauro

LÚCIO DE BARROS BARBALHO
(92 anos)
Ator e Humorista

☼ Belém, PA (14/03/1927)
┼ Rio de Janeiro, RJ (11/05/2019)

Lúcio Mauro, nome artístico de Lúcio de Barros Barbalho, foi um ator e humorista nascido em Belém, PA, no dia 14/03/1927. Foi um dos pioneiros na televisão no Brasil. Passou pela TV Rio, TV Tupi, Excelsior e TV Globo. Era conhecido pelos personagens humorísticos que interpretava.

Nascido em Belém do Pará, era irmão do político paraense e empresário radialista Laércio Wilson Barbalho, sendo assim tio paterno do político Jader Barbalho.

Já atuava em teatro estudantil quando, com pouco mais de vinte anos, foi convidado para trabalhar na companhia teatral do ator Mário Salaberry, marido da atriz Zilka Salaberry. Após o falecimento de Mário Salaberry em acidente, Lúcio Mauro participou da companhia de teatro de Barreto Júnior. Nessa época, casou-se com Arlete Salles.

Em 1960, com a inauguração da TV Rádio Clube de Pernambuco, ele fez seu primeiro programa de humor na televisão, "Beco Sem Saída", contracenando com José Santa Cruz no quadro "Jojoca e Zé das Mulheres".

Em 1963, Lúcio Mauro e Arlete Salles se mudaram para o Rio de Janeiro, indo trabalhar na TV Rio. Depois, foi para a TV Tupi, período em que atuou em episódios do "Grande Teatro Tupi".

Lúcio Mauro com o jogador Zico e Sônia Mamede em "Balança Mas Não Cai", onde surgiu a dupla de personagens Fernandinho e Ofélia, em 1968
Em 1966, estreou na TV Globo, no humorístico "TV0–TV1".

Lúcio Mauro foi conhecido principalmente por suas atuações em quadros de programas humorísticos de televisão, especialmente, nos programas de Chico Anysio, os quais lhe deram seus dois personagens mais emblemáticos: Aldemar Vigário e Da Júlia. O primeiro era um aluno bajulador na "Escolinha do Professor Raimundo", que gostava de inventar histórias a respeito do passado do professor com o intuito de agradá-lo, mas que geralmente o colocava em situações constrangedoras. O segundo personagem, que fazia parte de sketch do "Chico Anysio Show" e depois de outros programas, era o assistente que buscava orientar o ator Alberto Roberto, personagem de Chico Anysio, que, embora fosse considerado excepcional, era ignorante e arrogante.

Outro personagem de sucesso veio em "Balança Mas Não Cai": Fernandinho era um homem rico e sofisticado, cuja esposa, a ignorante Ofélia, interpretada por Sônia Mamede, embora por quem fosse completamente apaixonado, causava-lhe grande constrangimento devido às suas gafes perante convidados ilustres. Em 1999, o quadro ganhou nova versão no extinto "Zorra Total", atualmente "Zorra", com Lúcio Mauro e Cláudia Rodrigues interpretando Fernandinho e Ofélia.

Em 1980, entrou para o elenco da peça "Além da Vida", escrita por Chico Xavier e Divaldo Franco.

Em 1989, integrou o elenco de "Os Trapalhões".

Lúcio Mauro e seu filho Lúcio Mauro Filho
Em 2008, Lúcio Mauro estreou a peça "Lúcio 80-30", dividindo o palco com Lúcio Mauro Filho, autor e diretor do espetáculo, e com outros dois filhos, Alexandre Barbalho e Luly Barbalho.

Em 2014, Lúcio Mauro e a filha Luly Barbalho participaram do penúltimo episódio de "A Grande Família". Os dois foram pai e irmã do intérprete de Tuco no seriado, Lúcio Mauro Filho.

Em 2015, Lúcio Mauro fez uma participação especial da releitura da "Escolinha do Professor Raimundo", programa comemorativo que foi ao ar na TV Globo e no canal Viva.

Entre 1958 e 1970, Lúcio foi casado com a atriz Arlete Salles com quem teve dois filhos: Alexandre Barbalho (ator) e Gilberto Salles (cineasta).

Lúcio Mauro era casado desde 1974 com Ray Luiza Araujo Barbalho, com quem teve três filhos: Luciane Maria, Lúcio Mauro Filho (ator) e Luanna Barbalho.

Em 2012, Lúcio Mauro foi internado após ter caído num restaurante, passando por uma cirurgia para correção de uma fratura no fêmur.

Em abril de 2016, Lúcio Mauro sofreu um derrame, que afetou uma área da garganta, comprometendo a fala e a mastigação.

Morte

Lúcio Mauro faleceu no fim da noite de sábado, 11/05/2019, aos 92 anos, no Rio de Janeiro, RJ. Ele estava internado na Clínica São Vicente, na Zona Sul do Rio de Janeiro, havia cerca de dois meses, com problemas respiratórios.

O corpo de Lúcio Mauro será velado na segunda-feira, 13/05/2019, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A cerimônia, aberta ao público, acontecerá das 9h00 às 14h00. 

Carreira

Televisão
  • 2015 - Escolinha do Professor Raimundo ... Seu Aderaldo, o faxineiro (Participação Especial)
  • 2014 - A Grande Família ... Rui Nabuco
  • 2012 - Gabriela ... Eustáquio Ferreira
  • 2009 - Caminho das Índias ... Amarit Chami (Diretor de Bollywood)
  • 2008 - Casos e Acasos ... Drº Rangel
  • 2008 - A Favorita ... Sabiá (Pai de Dodi)
  • 2008 - Faça Sua História ... Baby de Moraes (Episódio: "O Califa de Copacabana")
  • 2007 - Malhação ... Delegado Silva (Participação Especial)
  • 2007 - Paraíso Tropical ... Veloso (Participação Especial)
  • 2005 - Carga Pesada ... Episódio: "Sem Identidade"
  • 2004 - Programa Novo ... Chefe
  • 2004 - Sob Nova Direção ... Geraldo (Episódio: "Duas Penetras Convidadas")
  • 2001 - Os Normais ... Jair (Episódio: "Desconfiar é Normal")
  • 1999/2011 - Zorra Total ... Vários Personagens
  • 1999 - O Belo e as Feras ... Arturo
  • 1998 - Pecado Capital ... Nonato
  • 1998 - Meu Bem Querer ... Juiz
  • 1998 - Sai de Baixo ... Drº Sabóia (Episódio: "Ah, Eu Tô Maluco")
  • 1998 - Dona Flor e Seus Dois Maridos ... Neca do Abaeté
  • 1996 - Caça Talentos ... Marvin
  • 1995 - Malhação ... Ferreira
  • 1992 - Você Decide ... Episódio: "Palavras de Amor"
  • 1990/1994 - Escolinha do Professor Raimundo ... Aldemar Vigário
  • 1988 - Chico Anysio Show ... Aldemar Vigário
  • 1988 - O Pagador de Promessas ... Drº Quindim
  • 1983 - Caso Verdade ... Chico Xavier (Episódio: "Chico Xavier, Um Infinito Amor")
  • 1983 - A Festa é Nossa
  • 1982 - Chico Anysio Show
  • 1978 - A Praça da Alegria
  • 1973 - Chico City
  • 1972 - Uau, a Companhia
  • 1968 - Balança Mas Não Cai ... Fernandinho
  • 1967 - A Moça do Sobrado Grande
  • 1967 - I Love Lúcio
  • 1966 - TV0-TV1
  • 1965 - Essa Gente Inocente ... Apresentador
  • 1963 - A, E, I, O... Urca! ... Diretor
  • 1960 - Beco Sem Saída

Cinema
  • 2016 - Vai Que Dá Certo 2 ... Seu Altamiro
  • 2013 - Vai Que Dá Certo ... Seu Altamiro
  • 2010 - Muita Calma Nessa Hora ... Mascarenhas
  • 2009 - A Mulher Invisível ... Governador
  • 2008 - Feliz Natal ... Miguel
  • 2008 - Bezerra de Menezes - O Diário de Um Espírito ... Líder do Centro Espírita
  • 2008 - Polaroides Urbanas ... Fernando
  • 2007 - O Homem Que Desafiou o Diabo ... Escrivão
  • 2006 - Cleópatra ... Ptolomeu XII
  • 2004 - Redentor ... Tísico
  • 1968 - O Rei da Pilantragem ... Pessoa na Rua
  • 1966 - 007 1/2 no Carnaval ... Zé das Medalhas
  • 1963 - Terra Sem Deus ... Capanga do Coronel

Fonte: Wikipédia e G1

Sílvio Barbato

SÍLVIO SÉRGIO BONACCORSI BARBATO
(50 anos)
Maestro e Compositor de Ópera e Balé

* Rio de Janeiro, RJ (11/05/1959)
+ Oceano Atlântico, (01/06/2009)

Silvio Sérgio Bonaccorsi Barbato foi um maestro e compositor de ópera e balé ítalo-brasileiro, importante personalidade da música erudita, estava a bordo do Airbus da Air France, que desapareceu no Oceano Atlântico durante o voo 447 de 01/06/2009.

Silvio Barbato era filho de Daniele Barbato e de Rosalba Bonaccorsi, filha de Silvio e Alvara Bonaccorsi e neta de Celestino e Luigi Bonaccorsi, primeiros descendentes dos irmãos Bonaccorsi, originarios de Fornaci di Barga, Itália, imigrados no Brasil no final do século XIX. Seus pais eram ambos médicos em Candeias. O pai faleceu em Brasília, vitima de infarto, na década de 1990, quando era professor na Universidade da capital.

Sílvio Barbato estudou composição e regência com Claudio Santoro. Em 1984 recebeu o diploma de mérito na Accademia Musicale Chigiana de Siena.

No Conservatório Giuseppe Verdi, em Milão, recebeu o Diploma de Alta Composição na classe de Azio Corghi, e foi homenageado com a Medalha de ouro em Alta Composição - tendo sido o único brasileiro depois de Carlos Gomes a receber tal honraria. Ainda na Itália freqüentou a classe de Franco Ferrara, colaborando com o maestro Romano Gandolfi no Teatro Alla Scala. Em Chicago, obteve seu PhD em Ópera Italiana sob a orientação de Philip Gossett.

Em 1985 foi contatado para ser Assessor Musical no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e regeu a primeira ópera, "Tosca", com apenas 25 anos, ganhando o apelido de "Menudo", porque usava cabelos compridos.

Em 1996, no centenário de Carlos Gomes, a convite de Plácido Domingo, foi o curador da ópera "O Guarani", que abriu a temporada da Washington Opera. A versão foi aquela do 1870, nunca mais apresentada desde a sua "prima" no Teatro Alla Scala de Milão.

Em 2001, foi premiado com o "Grande Prêmio Cinema Brasil" por seu trabalho como diretor musical do filme "Villa Lobos, Uma Vida de Paixão", na categoria de melhor trilha musical. Pelo trabalho que foi realizando na área cultural, em 2002 Silvio Barbato recebeu a Medalha da Ordem do Mérito Cultural da Presidência da República e foi promovido ao grau de Comendador da Ordem de Rio Branco.

O balé "Terra Brasilis", composto pelo maestro, teve sua estréia mundial em 30 de setembro de 2003, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, com coreografia de Antonio Gaspar, com o Ballet e a Orquestra Sinfônica Ópera Brasil, sob a regência do compositor e a direção geral de Fernando Bicudo. O balé foi apresentado também no Teatro Massimo Bellini de Catânia , na Itália, em 2005. Nesse histórico teatro siciliano é que foram esgotadas as lotações de suas nove últimas apresentações, com o Ballet Ópera Brasil e a Orquestra do Teatro Massimo Bellini, sob a regência do próprio Barbato.

Em 2006 regeu a primeira audição européia da ópera Colombo, poema coral sinfônico em quatro partes de Albino Falanca, musica de Antônio Carlos Gomes, no Teatro Massimo Bellini em Catania, Italia. Foi um evento muito importante, que chamou a atenção da imprensa internacional sendo que, em 114 anos, a opera nunca foi apresentada na Europa, mas somente no Continente Americano. Pela ocasião foi realizado um álbum pela "Edizioni Musicali Bongiovanni" de Bologna. Sempre no mesmo ano recebeu o encargo e de orquestrar o concerto que fechou o ano Mozartiano, no famoso Teatro Olímpico de Vicenza.

Desde 2006, Barbato era Diretor Musical da Sala Palestrina do Palazzo Pamphilj, sede da embaixada brasileira em Roma e lugar sagrado da música de concerto em Roma.

Em maio de 2008, em Brasília, regeu a Orquestra Camerata Brasil, formada por ele, no concerto "Tributo ao Pavarotti", com a participação de Luciana Tavares, Thiago Arancam, Andreas Kisser e Fernanda Abreu.

Em novembro estreou sua segunda ópera, Carlos Chagas, em versão pocket, na Sala Palestrina, com a presença de membros da Pontificia Accademia delle Scienze e de oito laureados com o prêmio Nobel.

Nos últimos anos, Sílvio Barbato dedicava-se muito à composição, tendo estreado duas óperas: "O Cientista", baseada na vida de Oswaldo Cruz, sob a direção do Maestro Eduardo Alvares, e "Chagas", sobre a vida de Carlos Chagas Filho. Estava elaborando sua terceira ópera, sobre Simon Bolívar.

Na Itália regeu em Roma, Catania, Spoleto, San Remo, Palermo, Vicenza, Lecce. Entre os artistas internacionais com quem trabalhou, destacam-se: Aprile Millo, Montserrat Caballé, Plácido Domingo, Roberto Alagna e Angela Gheorghiu.

Barbato foi Diretor Musical e Regente Titular da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro por duas vezes, de 1989 a 1992 e de 1999 a 2006.

Atualmente era Regente Titular da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Diretor Artistico do Teatro Nacional Cláudio Santoro em Brasilia e Diretor Musical da Sala Palestrina, em Roma.

O Maestro Silvio Barbato desapareceu tragicamente no dia 1° de junho de 2009, durante o voo 447 da Air France, quando estava a caminho de Kiev, Ucrânia (com conexão em Paris), onde iria fazer uma palestra sobre música russa e música brasileira e apresentar sua ópera "Carlos Chagas" em versão integral.

No dia 28 de abril 2010, o teatro do SESC "Presidente Dutra" de Brasilia, localizado no Setor Comercial Sul, foi nomeado "Teatro Silvio Barbato" em homenagem ao maestro. O tributo foi marcado com um concerto de músicas eruditas, tocada pela Orquestra Camerata Brasil e regida pelo maestro Joaquim França.

O presidente do SESC, Adelmir Santana destacou a importância do Maestro Silvio Barbato para o SESC: "Ao nomear o teatro, queremos lembrar de Silvio Barbato permanentemente".

Fonte: Wikipédia


Ademir

ADEMIR MARQUES MENEZES
(73 anos)
Jogador de Futebol

* Recife, PE (08/11/1922)
+ Rio de Janeiro, RJ (11/05/1996)

Apelidado de "Queixada" devido ao queixo proeminente, Ademir foi um cultuado artilheiro revelado pelo Sport Club do Recife, para muitos o maior jogador a ostentar no peito o escudo do leão e a Cruz de Malta, símbolos do rubro-negro Recifense e do Vasco da Gama.

Pela seleção brasileira, foi campeão sul-americano em 1949 e artilheiro da Copa do Mundo de 1950, com nove gols.

Início de Carreira

Ademir iniciou sua carreira em 1938 no Infantil do Sport Club do Recife. Após brilhar no time juvenil e participar do elenco profissional em 1938 e 1939, se profissionalizou em 1941, quando conquistou o título de Campeão Pernambucano e a artilharia com 11 gols.

Ainda em 1941, o Sport participou de alguns amistosos no Rio de Janeiro, e seu futebol logo foi notado pelos times da cidade, o que lhe rendeu uma transferência para o Vasco da Gama, onde integrou um dos maiores times da história do clube, e para muitos do futebol mundial: o "Expresso da Vitória".

O "Expresso da Vitória"

A estréia do "Queixada" foi contra o América no campo do Botafogo, em Março de 1942. Estava em disputa o Troféu da Paz e o Vasco o conquistou ao vencer por 2 a 1, gols de Viladônica e Nelsinho para os rubros. A partir de então, os confrontos envolvendo Vasco e América ficaram sendo conhecidos como Clássico da Paz.

Na equipe, Ademir teve como companheiros Barbosa, Augusto, Laerte, Eli, Danilo, Jorge, Alfredo, Ipojucan, Maneca, Friaça, Tesourinha, Dejair e Chico, dentre outros.

Ida Para o Fluminense

Apesar de seu passe ter custado apenas 800 mil-réis, Ademir foi o primeiro profissional a exigir luvas (40 contos), mas o Vasco pagou 45 contos e venceu a disputa com o Fluminense para tirá-lo do Sport Club do Recife. Seu salário era de 500 mil réis.

No ano de 1946, porém, o técnico Gentil Cardoso, contratado pelo Fluminense, em uma célebre frase afirmou: "Dêem-me Ademir e eu lhes darei o campeonato".

Ao marcar o gol da vitória de 1 a 0 sobre o Botafogo no jogo final, em São Januário, o Tricolor sagrou-se campeão em 1946, naquele que é considerado o mais emocionante Campeonato Carioca da história, pois sendo disputado por pontos corridos terminou com quatro equipes empatadas em primeiro lugar, sendo necessária uma disputa extra entre eles que ficou conhecida como Supercampeonato.

Segundo Ademilson Marques de Menezes, seu irmão, antes de jogar no Vasco Ademir era tricolor: "Nossa família sempre torceu para o Fluminense. O time de botão do Ademir era o do Fluminense. Como ele vinha para o Fluminense e ficou no Vasco, fez amizade com os portugueses e tornou-se vascaíno. Foram doze anos de Vasco".

Retorno ao Vasco e Final de Carreira

Ao voltar ao Vasco, em 1948, Ademir ajudou a equipe a conquistar um de seus mais importantes títulos, o Campeonato Sul-Americano de Campeões, num empate em 0x0 com o River Plate de Di Stéfano.

Porém, devido à trágica derrota na final da Copa do Mundo de 1950, onde o Vasco cedeu 8 jogadores, sendo 6 titulares (Barbosa, Augusto, Danilo, Maneca, Ademir e Chico), o esquadrão cuz-maltino não teve um reconhecimento ainda maior na história. Nesta competição, Ademir foi o artilheiro com nove gols.

Seu último título foi o campeonato carioca de 1952; em 1956, abandona a carreira atuando pelo mesmo clube pelo qual começou, o Sport.

Ademir explicou o encerramento de sua carreira com uma simples frase: "Abandonei o futebol antes que ele me abandonasse", segundo ele "quando um jogador encerra sua carreira, ele está contrariando a ele mesmo, por isso é tão difícil parar."

Em São Januário Novamente, Agora Como Técnico

Após o fim de sua carreira, Ademir Menezes, que tantas alegrias havia dado à imensa torcida vascaína como jogador, agora assumia o cargo de técnico do Vasco no ano de 1967, estreitando ainda mais seus laços com o Clube da Colina do qual Ademir é um dos maiores ídolos da história até hoje. A carreira de Ademir como técnico, porém, não chegou nem perto de ser bem sucedida como sua carreira de jogador. Ademir ficou menos de um ano no comando do Vasco. Após a experiência como técnico, Ademir se tornou comentarista.

Estilo de Jogo

Seu estilo de jogo deu origem à posição de "ponta de lança"; sua versatilidade em atuar em qualquer posição do ataque e sua habilidade nas arrancadas a caminho do gol obrigou a adoção de novos sistemas de jogo pelos técnicos para tentar contê-lo.

Não tomava grande distância da bola para chutar, sem mudar o passo, partia para bola surpreendendo muitas vezes o goleiro.

No time que jogava, longos lançamentos eram feitos para aproveitar sua velocidade. No Vasco teve lançadores como Ipojucan e Danilo ("o Príncipe").

Seleção (1945 - 1953)

Pela Seleção Brasileira, disputou a Copa América, Copa Rocca, Copa do Mundo, Copa Rio Branco, Copa Oswaldo Cruz e Torneio Pan-Americano.

Estréia: 21 de Janeiro de 1945 (Brasil 3 x 0 Colômbia – Copa América, Santiago do Chile)

Despedida: 15 de Março de 1953 (Brasil 1 x 0 Uruguai – Copa América, Lima).

Em 41 partidas venceu 30, empatou 5 e perdeu 6, com 77,20% de aproveitamento. Goleador, Ademir fez 32 gols em 41 jogos internacionais pela Seleção Brasileira.

Copa do Mundo: 9 gols
Copa América: 12 gols
Copa Rio Branco: 6 gols
Copa Roca: 3 gols
Torneio Pan-Americano: 2 gols

Média: 0,82 gols por partida

No total, Ademir marcou 37 gols em 41 partidas pela seleção brasileira; média superior a 0,9 gols por partida.

A Revanche de 1950

O Peñarol era a base da Seleção Uruguaia de 1950 (nove jogadores), e em 1951 o Vasco teve o gosto da vingança, principalmente para Maneca, que ficou de fora da decisão por contusão.

Para os vascaínos, era uma questão de honra. Maneca foi o destaque do jogo de 8 de Abril de 1951, que entrou para a história como o "Jogo da Vingança", diante de 65 mil pessoas no Estádio Centenário, no Uruguai. Sua atuação foi considerada tão fantástica que a torcida do Peñarol aceitou a derrota por 3 a 0, e os jornais brasileiros e uruguaios só falavam em seu nome no dia seguinte. Ademir marcou o segundo e Ipojucan o terceiro aos 38' do segundo tempo.

Vasco: Barbosa; Augusto e Clarel; Eli, Danilo e Alfredo (Jorge); Tesourinha, Ademir (Ipojucan), Friaça (Jansen), Maneca e Dejair.

Peñarol: Maspoli; Matias Gonzales e Romero; J. C. Gonzales, Obdulio Varela e Oturme; Ghiggia, Hohberg, Miguez (Abadie), Schiafino e Vidal (Perez).

O árbitro foi o uruguaio Cataldi, auxiliado por Latorre e Otonelli.

Duas semanas depois, no Rio, no dia 22 de abril, o Peñarol perdeu a revanche, o Vasco venceu novamente, desta vez por 2x0.

E em 8 de julho de 1951 o Vasco enfrentou o Nacional, a outra grande equipe uruguaia pela I Copa Rio. Nova vitória por 2 a 0, e uma invencibilidade de mais de 20 partidas internacionais consecutivas.

Curiosidades

Ademir era alto, fino de corpo e tinha as pernas alinhadas. No rosto sobressaía o queixo, daí o apelido de "Queixada".

Ademir: Vasco x Flamengo

"Neste jogo, um jogador pode se consagrar ou ser condenado ao ostracismo. Tudo depende do que acontecer em campo."

Uma final entre Vasco e Flamengo correspondeu a uma final de Copa do Mundo: "A tensão nervosa é a mesma. Eu posso falar, pois já participei das duas. Ninguém consegue dormir direito, pois todos estão pensando no jogo do dia seguinte. Os jogadores só conseguem controlar seus nervos após o início da partida. Aí sim, ele esquece de tudo e só pensa em vencer. Com a bola rolando acaba a tensão e o jogador só escuta os gritos das torcidas, que fazem uma partida extra nas arquibancadas."

Em 1949, jogando o Sul-Americano pela seleção brasileira, Ademir marcou quatro gols no goleiro paraguaio Garcia. Algum tempo depois, quando Garcia se transferiu para o Flamengo, Ademir sempre conseguia marcar no mínimo um gol. "Não que o Garcia não fosse bom goleiro, até pelo contrario. Ele era um ótimo goleiro, apenas eu dava sorte quando jogava contra ele." Por isso Ademir chegou a ser chamado de "Carrasco do Flamengo".

Certa vez, ao retornar ao Maracanã para comentar no rádio um clássico entre Vasco e Flamengo ele afirmou que era imparcial em seus comentários, mas que sua alma estaria dentro de campo, com o uniforme do Vasco, "pois a alma de um jogador jamais sai de campo".

Com 301 gols em 429 partidas, Ademir tornou-se o maior ídolo e artilheiro da história do Vasco da Gama, até ser ultrapassado em números de gols por Roberto Dinamite.

Sempre que encontrava novos valores, gostava de conversar e dar conselhos. Uma de suas lições era de que um jogador, por mais profissional que seja, nunca deve deixar de amar a camisa que veste.

"Especialmente uma camisa como a do Vasco, que é motivo de grande orgulho para quem tem o privilégio de vesti-la. É verdade que eu dei muito ao Vasco, tenho consciência disto. Mas o Vasco também me deu muito. Foi aqui neste clube que vivi os momentos mais importantes de minha vida. Daí este meu amor, esta minha torcida, este meu carinho todo. Sou um homem dominado pelo coração. E o meu coração é dominado pelo Vasco."

Morreu no Rio, em 1996, vítima de Câncer na Medula.

Fonte: Wikipédia

Sandra Bréa

SANDRA BRÉA BRITO
(47 anos)
Atriz

☼ Rio de Janeiro, RJ (11/05/1952)
┼ Rio de Janeiro, RJ (04/05/2000)

Sandra Bréa Brito, conhecida profissionalmente como Sandra Bréa, foi uma atriz brasileira nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 11/05/1952. Foi considerada símbolo sexual do país na década de 1970 e na década de 1980.

Ela era famosa não apenas pelos seus muitos trabalhos, mas também por ter assumido publicamente, em agosto de 1993, que foi contaminada pelo vírus da AIDS, lutando contra a discriminação. Sandra Bréa foi expoente do Movimento de Arte Pornô.

Sandra Bréa iniciou sua carreira aos 13 anos de idade, como modelo. Aos 14 anos, seguiu para o Teatro de Revista do Rio de Janeiro, a conselho de sua amiga Leila Diniz, onde estrelou "Poeira de Ipanema".

Como atriz estreou, em 1968, na peça "Plaza Suite", tendo sido escolhida para o papel pelo diretor João Bittencourt e pela atriz Fernanda Montenegro.

Contratada por Moacyr Deriquém, foi trabalhar na TV Globo, estreando na telenovela "Assim na Terra Como no Céu", em 1970.



Em 1972, o diretor Daniel Filho convidou-a para interpretar Telma, personagem da novela "O Bem-Amado", da TV Globo. Ainda em 1972, casou-se com o empresário Eduardo Espínolla Netto, de quem se separou 3 anos depois. Nesse mesmo ano, durante a temporada da peça "Liberdade Para as Borboletas", ela cortou a mão com uma faca em uma das cenas e teve uma hemorragia, tendo que se submeter a uma transfusão de sangue nos próprios bastidores. Dois anos depois, quando excursionava com o espetáculo "Regina, Mon Amour", sofreu outra hemorragia no palco, agora em razão de um aborto por causa de uma gravidez tubária.

Sandra Bréa casou-se mais duas vezes, com o fotógrafo Antonio Guerreiro (1978) e com o empresário gaúcho Arthur Guarisse (1983).

Seu primeiro grande papel, porém, foi no clássico "O Bem Amado", de Dias Gomes, em 1973, interpretando Telma a filha do prefeito Odorico Paraguaçu.

Em seguida, atuou em "Os Ossos do Barão" (1973), "Corrida do Ouro" (1974), "Escalada" (1975), "O Pulo do Gato" (1978), "Memórias de Amor" (1979), "Elas Por Elas" (1982), "Sabor de Mel" (1983), "Ti Ti Ti" (1985), "Bambolê" (1987), de Daniel Más, interpretando a Condessa Von Trop, "Pacto de Sangue" (1989), de Sérgio Marques, como Francisca Matoso"Gente Fina" (1990) e "Felicidade" (1991), seu último trabalho em novelas, de Manoel Carlos, como Rosita.


Com exceção de "Sabor de Mel", feita na TV Bandeirantes, todas as demais foram feitas na TV Globo. Ela trocou a TV Globo pela TV Bandeirantes e estrelou a novela "Sabor de Mel", de Jorge Andrade, ao lado de Raul Cortez.

Logo que estreou na televisão, Sandra Bréa começou a fazer não apenas novelas, mas também shows, como "Faça Humor, Não Faça Guerra", onde conheceu Luís Carlos Miele, que veio a ser seu parceiro em uma série de apresentações que misturavam canto, dança e humor, principalmente no programa "Sandra & Miele", apresentado pela TV Globo a partir de 1976, tornando-se um grande sucesso de crítica e de audiência.

Sandra Bréa se envolveu em um escândalo em 1977 quando apareceu nua na sacada do hotel em que estava hospedada com o primeiro marido em Porto Alegre, e discutiu com o mesmo que também estava nu.

Muito bonita, Sandra Bréa foi um dos principais símbolos sexuais do Brasil, principalmente na década de 1970, tendo posado nua diversas vezes para as revistas como Status, Playboy, entre outras. Sua beleza também rendeu convites para filmes eróticos, como "Um Uísque Antes, Um Cigarro Depois" (1970), "Cassy Jones, o Magnífico Sedutor" (1972), "Os Mansos" (1973), "Sedução" (1974), "Herança dos Devassos" (1979) e pornochanchadas. Seus primeiros nus foram feitos ainda na década de 1970, em pleno Regime Militar, quando esse tipo de coisa era bem menos comum.

Saúde e Morte

Desde que anunciou que era soropositiva, Sandra Bréa se afastou de tudo e de todos. Em dezembro de 1999, seus médicos detectaram um tumor maligno no pulmão em estágio avançado e lhe deram seis meses de vida. No mês seguinte, foi internada e submetida a uma biópsia. A proposta foi de um tratamento à base de quimioterapia e radioterapia. Sandra Bréa recusou.

Sobre a AIDS, Sandra Bréa escondeu por um tempo sobre a doença. Quando revelou-a, primeiramente disse ter se infectado em uma doação de sangue contaminado, pois em 1991 sofreu um grave acidente de carro em que precisou de transfusão. Porém, pesquisas constataram, que naquela época só eram infectadas mulheres no interior, onde não havia uma fiscalização adequada.

No final de abril de 2000, já praticamente sem voz, com muitas dores, insuficiência respiratória e febre, a atriz concordou em receber um oncologista.

Em 02/05/2000, ela foi levada ao Hospital Barra D'or para fazer uma tomografia computadorizada. Não soube o resultado, pois morreu dois dias depois em sua casa, em Jacarepaguá, no dia 04/05/2000, vítima de câncer de pulmão.

Sandra Bréa foi sepultada no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Rio de Janeiro.

Sandra Bréa deixou um filho adotado, Alexandre Bréa Brito, com quem alegadamente estava brigada à época de sua morte.
"Não morrerei de Aids, vou morrer como qualquer um, atropelada!"
(Sandra Bréa)

Carreira

Televisão

  • 1970 - Assim na Terra Como no Céu ... Babi
  • 1970 - Faça Humor, Não Faça Guerra ... Vários Personagens
  • 1972 - Uau, a Companhia ... Vários Personagens
  • 1972 - Bicho do Mato ... Lua
  • 1973 - O Bem-Amado ... Telma Paraguaçu
  • 1973 - Os Ossos do Barão ... Zilda
  • 1974 - Mulher
  • 1974 - Corrida do Ouro ... Isadora
  • 1975 - Escalada ... Roberta
  • 1976 - Sandra & Miele
  • 1978 - O Pulo do Gato ... Noêmia
  • 1979 - Memórias de Amor ... Lívia
  • 1981-1987 - Viva o Gordo ... Vários Personagens
  • 1981 - Amizade Colorida ... Vera Bianca
  • 1982 - Estúdio A… Gildo
  • 1982 - Elas Por Elas ... Vanda
  • 1983 - Sabor de Mel ... Laura
  • 1985 - Ti Ti Ti ... Jacqueline
  • 1986 - Hipertensão ... Participação Especial
  • 1987 - Bambolê ... Glória Muller
  • 1989 - Pacto de Sangue ... Francisca Matoso
  • 1990 - Gente Fina ... Janete
  • 1991 - Felicidade ... Rosita
  • 1997 - Zazá ... Ela Mesma

Cinema

  • 1982 - As Aventuras de Mário Fofoca
  • 1980 - O Convite ao Prazer ... Ana
  • 1979 - Sede de Amar ... Tânia
  • 1979 - Os Imorais
  • 1979 - Sábado Alucinante ... Laura
  • 1979 - Herança dos Devassos
  • 1979 - A República dos Assassinos
  • 1978 - A Noite dos Duros
  • 1978 - Amada Amante ... Fátima
  • 1978 - O Prisioneiro do Sexo ... Ana
  • 1974 - Sedução ... Flametta
  • 1973 - Os Mansos
  • 1972 - Cassy Jones, o Magnífico Sedutor ... Clara
  • 1970 - Um Uísque Antes, Um Cigarro Depois

Fonte: Wikipédia
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