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Luiz Parreiras

LUIZ PARREIRAS
(78 anos)
Ator

☼ Niterói, RJ (11/07/1941)
┼ São Caetano do Sul, SP (05/01/2020)

Luiz Parreiras foi um ator de cinema, teatro e televisão, nascido em Niterói, RJ, no dia 11/07/1941.

Destaque em novelas da TV Tupi década de 1960 e 1970, como "Os Irmãos Corsos" (1966) e "Os Apóstolos de Judas" (1976), também foi protagonista em novelas do SBT, como "A Leoa" (1982), e destaque na novela "O Rei do Gado" (1996), no papel de Orestes, na TV Globo.

Luiz Parreiras atuou com Tônia Carrero no teatro e além de ator, também era conhecido por seu dom para as artes plásticas, com quadros que foram expostos em várias galerias. Luiz Parreiras  também teve sua passagem pelo esportes como nadador e jogador de Pólo Aquático pelo Vasco da Gama.

Luiz Parreiras morava no ABC há 10 anos. Atualmente morava em uma casa de repouso.

Morte

Luiz Parreiras faleceu no início da tarde de domingo, 05/01/2020, aos 78 anos, em São Caetano do Sul, SP, vitima de uma Acidente Vascular Cerebral (AVC).

O velório aconteceu na segunda-feira, 06/01/2020, às 8h00, no Hospital São Caetano e ao meio-dia o corpo foi levado para o Crematório da Vila Alpina.

Carreira

Televisão

  • 1966 - Os Irmãos Corsos
  • 1976 - Os Irmãos Corsos
  • 1982 - A Leoa
  • 1983 - Moinhos de Vento
  • 1983 - Sombras do Passado
  • 1996 - Irmã Catarina
  • 1996 - Antônio dos Milagres
  • 1996 - O Rei do Gado
  • 1997 - Canoa do Bagre

Cinema

  • 1977 - Emanuelle Tropical
  • 1979 - Sede de Amar

Teatro

  • Chiquinha Gonzaga, Ó Abre Alas

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #LuizParreiras

Antonieta de Barros

ANTONIETA DE BARROS
(50 anos)
Jornalista, Professora, Escritora e Política

☼ Florianópolis, SC (11/07/1901)
┼ Florianópolis, SC (28/03/1952)

Antonieta de Barros foi uma jornalista, professora, escritora e política nascida em Florianópolis, SC, no dia 11/07/1901.

Antonieta de Barros era filha de ex-escrava, que trabalhava na casa do político Vidal Ramos, pai de Nereu Ramos, que viria a ser vice-presidente do Senado, que chegou a assumir por dois meses a Presidência da República.

Ela foi inspiração para o Movimento Negro, foi apagada dos livros de história, tendo sido uma ativa defensora da emancipação feminina, de uma educação de qualidade para todos e pelo reconhecimento da cultura negra, em especial no sul do país. Foi a primeira negra brasileira a assumir um mandato popular.

De família muito pobre, ainda criança ficou órfã de pai, sendo criada pela mãe. Ingressou com 17 anos na Escola Normal Catarinense, concluindo o curso em 1921.

Em 1922, a normalista fundou o Curso Particular Antonieta de Barros, voltado para alfabetização da população carente. O curso foi dirigido por ela até sua morte e fechado em 1964.


Professora de português e literatura, Antonieta de Barros exerceu o magistério durante toda a sua vida, inclusive em cargos de direção. Foi professora do atual Instituto de Educação entre os anos de 1933 e 1951, assumindo sua direção de 1944 a 1951, quando se aposentou.

Antonieta de Barros notabilizou-se por ter sido a primeira deputada estadual negra do país e primeira deputada mulher do Estado de Santa Catarina.

Eleita em 1934 pelo Partido Liberal Catarinense, foi constituinte em 1935, filiada ao Partido Liberal Catarinense (PLC), cabendo-lhe relatar os capítulos Educação e Cultura e Funcionalismo. Atuou na Assembléia Legislativa de Santa Catarina até 1937, quando teve início a ditadura do Estado Novo.

Com o fim do regime ditatorial, ela se candidatou pelo Partido Social Democrático (PSD) e foi eleita novamente em 1947, desta vez como suplente. Na ocasião, continuou lutando pela valorização do magistério: exigiu concurso para o provimento dos cargos do magistério, sugeriu formas de escolhas de diretoras e defendeu a concessão de bolsas para cursos superiores a alunos carentes.

Eleita para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina, foi a primeira deputada estadual mulher e negra do país. Atuou como professora, jornalista e escritora, destacando-se pela coragem de expressar suas ideias dentro de um contexto histórico que não permitia às mulheres a livre expressão.


Além da militância política, Antonieta de Barros participou ativamente da vida cultural de seu Estado. Fundou e dirigiu o jornal A Semana entre os anos de 1922 e 1927. Neste período, por meio de suas crônicas, veiculava suas ideias, principalmente aquelas ligadas às questões da educação, dos desmandos políticos, da condição feminina e do preconceito.

Dirigiu também a revista quinzenal Vida Ilhoa, em 1930, e escreveu artigos para jornais locais. Com o pseudônimo de Maria da Ilha, escreveu em 1937 o livro "Farrapos de Ideias". Foi por intermédio dele que Antonieta de Barros enveredou pelos caminhos da política.

Ao longo de sua vida, Antonieta de Barros atuou como professora, jornalista e escritora. Como tal, destacou-se, entre outros aspectos, pela coragem de expressar suas idéias dentro de um contexto histórico que não permitia às mulheres a livre expressão; por ter conquistado um espaço na imprensa e por meio dele opinar sobre as mais diversas questões; e principalmente por ter lutado pelos menos favorecidos, visando sempre a educação da população mais carente.

A Assembleia Legislativa de Santa Catarina concede anualmente a Medalha Antonieta de Barros a mulheres com relevantes serviços em defesa dos diretos da mulher catarinense, e seu nome foi dado ao túnel da Via Expressa Sul, em Florianópolis.

 Antonieta de Barros nunca se casou.

Morte

Antonieta de Barros faleceu em 28/03/1952, aos 50 anos de idade, e está sepultada no Cemitério São Francisco de Assis em Florianópolis, SC.

Regina Léclery

REGINA MARIA ROSEMBURGO LÉCLERY
(34 anos)
Socialite

☼ Rio de Janeiro, RJ (1939)
┼ Paris, França (11/07/1973)

Aos 15 anos ela era uma garota típica de Copacabana, alegre e descontraída, dividindo-se entre a liberdade da praia e os limites de um apartamento. Aos 20 anos, segundo suas próprias palavras, foi "jogada pelos colunistas no estranho mundo da alta sociedade". Pouco depois, o casamento com o milionário Wallace Simonsen, a fortuna, a fama, a filha, tudo acontecendo muito rapidamente na vida de uma moça que já então se definia como "uma nova versão de Cinderela".

Dois anos de casamento, a separação, repetidas voltas ao mundo, amizade com os Kennedy, os Patiño, os Rothschild, os Rubirosa, através dos quais conheceu o que viria a ser o seu segundo marido, Gérard Léclery, rico industrial francês. A vida de Regina Léclery, ex-Simonsen, nascida  Rosemburgo, daria um livro.

Regina Rosemburgo nasceu no Leme, Rio de Janeiro. Trabalhou como recepcionista em banco, foi Charm-Girl, Miss Lagoinha Country Club - "aquelas frescuras todas", com as definiu depois. Casou-se em 1963 com o milionário Wallace Simonsen e passou a freqüentar o Jet-Set.

Em outubro de 1963, o casal passou com John Kennedy, em sua propriedade de Palm Beach, o último fim de semana da vida do presidente: Na sexta-feira seguinte ele seria assassinado.

Amiga de Salvador Dali, Roger Vadim, Jane Fonda, Marisa Berenson e Gunther Sachs, Regina Léclery teve o bom gosto de não esquecer as amizades antigas e obscuras. Bom gosto que se revelou próximo do bom senso: Apesar de ser uma mulher que tinha tudo para suscitar inveja, Regina Léclery era uma pessoa da qual ninguém fala mal.

Separou-se em 1966, quando já conhecia Gérard Léclery, dono da maior indústria de calçados da França. Mas só se casou com ele em 1968, depois de uma perseguição de dois anos e meio, que admite ter sido árdua, mas que começou da maneira mais desinteressada possível: Ao ser apresentada ao futuro marido, achou que ele não passava de um dos secretários de Gunther Sachs


Regina Léclery tinha casas na França, na Suiça e na Barra da Tijuca, além de um apartamento em Paris. Tinha um grande iate, ancorado permanentemente no Taiti, mas ele pegou fogo.
"Eu era muito amiga do Gláuber Rocha. Ele escreveu "Deus e o Diabo na Terra do Sol" lá em casa. Nós trabalhamos juntos, eu que ia fazer o filme. Meus amigos, na época, eram Paulo César Saraceni, Cacá Diegues, Nelson Pereira dos Santos, Luís Carlos Barreto e Joaquim Pedro. Gláuber estava se separando da primeira mulher, a Helena Ignês. A atual, a Rosinha, ele conheceu comigo. Nós fomos fazer um curso de cinema na Católica, em 1961. Aliás, a única vez que eu entrei numa faculdade na minha vida com Gláuber para fazer esse curso de cinema. E a Rosinha estava lá. Mas aí eu me casei com o Wallinho Simonsen e não fiz mais o filme. A gente era bem garoto. Eu esticava o cabelo de Gláuber, ele ia lá para casa e mamãe dizia para ele: 'Entra direto para o banheiro e toma banho. Depois vem comer!'. Várias cenas de "Deus e o Diabo na Terra do Sol" a gente imaginou juntos. O papel de Yoná Magalhães era o meu."
(Regina Léclery - Revista Realidade, maio 1973)

Embora fosse frequentemente apontada como uma das mais elegantes mulheres do Brasil, - Ibrahim Sued, inclusive, chegou a incluí-la em sua lista das dez mais - Regina Léclery considerava a elegância um negócio sem importância, pouco se preocupando com a moda.

Suas amigas, como Carmen Mayring Veiga e Teresa de Sousa Campos, é que muitas vezes a levavam, quase à força, para fazer compras nas butiques de Ipanema. No fundo, essa despreocupação às vezes confundia-se  com uma displicência desconcertante, traía a garota típica de Copacabana que, como uma Cinderela, transformou-se em princesa da noite para o dia.

Em razão dos negócios do marido, era em Paris que vivia mais tempo. Sua residência, uma luxuosa mansão, na sofisticada Avenue Foch, no andar imediatamente acima de Fritz Gunter Sachs. Quadros de Gaugin, Renoir, Picasso, a presença do motorista uniformizado, de um cozinheiro, um garçom, um maître e até de um valet de chambre davam a tudo um certo ar de nobreza.

Miss Lagoinha Country Club 1958

Maracanãzinho, Rio de Janeiro, 12/06/1958. Adalgisa Colombo, Miss Botafogo, foi eleita Miss Distrito Federal sob protestos e vaias, pois a preferida do público era Ivone Richter, Miss Riachuelo. Adalgisa Colombo, que tinha sido Miss Cinelândia e era manequim da Casa Canadá, ousou driblar as orientações e valeu-se de truques para valorizar seu tipo, tais como: Usou Óleo Johnson nas pernas em lugar de pancake para dar brilho e sensualidade às pernas, deu uma cavadinha no maiô para evidenciar a sexualidade e prendeu o cabelo, penteando-o em estilo coque, para valorizar o pescoço.
"...Mesmo assim o Miss Distrito Federal teria sido mais animado com a presença de Regina Rosemburgo, a Miss Lagoinha, que infelizmente desistiu na véspera por problemas particulares. Era a futura Regina Léclery (...) Com Regina, teria havido maiôs ainda mais cavados ou sabe-se lá que outros truques."
("Feliz 1958, O Ano Que Não Terminou", Joaquim Ferreira dos Santos - Editora Record - Rio, 1997)

Morte

Regina Léclery faleceu vítima de um acidente aéreo, no Boeing 707 da Varig, prefixo PP-VJZ, Voo 820 (Rio-Paris), em Paris, no dia 11/07/1973. Eram 15 horas em Paris. Mais 90 segundos, e todos estariam salvos. Entretanto, quando o comandante Gilberto Silva comunicou à torre do Aeroporto de Orly que havia fogo a bordo do avião, só pode voar mais 46 Km. Caiu num campo de plantação de cebolas, onde tentou pousar, para salvar os passageiros, a tripulação e os habitantes de um bairro de Paris.

O resultado foram 122 mortos, entre eles, Filinto Müller, presidente do Senado e do Congresso Nacional, Regina Léclery, socialite, o cantor Agostinho dos Santos, o iatista tricampeão mundial Jörg Bruder e os jornalistas Júlio Delamare e Antônio Carlos Scavone. Uma tragédia que chocou 100 milhões de brasileiros na época.

Foi um dos maiores desastres ocorridos em Orly. O aeroporto foi interditado e imediato socorro prestado pelas autoridades, que conseguiram retirar 12 tripulantes ainda com vida dos destroços.

Regina Léclery foi ao Rio de Janeiro somente para tratar de assuntos referentes à sua casa. Ia morar definitivamente em Paris e Genebra, onde estava pronta sua nova residência. Havia ainda outra, no Taiti. Viajou sozinha ao Brasil, deixando as filhas em Paris, com a governanta. Eram três as filhas: Roberta, nove anos, do casamento com Wallace Simonsen, Georgiana, três anos, do casamento com Gérard Lecléry e Márcia, nove anos, filha adotiva, mas criada em pé de igualdade com as outras.

Um traço inesquecível de Regina Léclery era que se alguém mostrasse vontade de possuir qualquer objeto que lhe pertencesse, ela não hesitava um segundo, e a pessoa o recebia como presente.

Fonte: Passarela Cultural, Revista Realidade (Maio 1973) e Revista Fatos & Fotos (23/07/1973)
#FamososQuePartiram #ReginaLeclery

César Lattes

CESARE MANSUETO GIULIO LATTES
(80 anos)
Físico

☼ Curitiba, PR (11/07/1924)
┼ Campinas, SP (08/03/2005)

César Lattes foi um físico brasileiro, co-descobridor do méson pi, nascido em Curitiba, PR, no dia 11/07/1924. César Lattes nasceu em uma família de judeus italianos imigrantes em Curitiba, PR, no Sul do Brasil. Fez os seus primeiros estudos naquela cidade e em São Paulo, vindo a graduar-se na Universidade de São Paulo, formando-se em 1943, em matemática e física.

César Lattes fazia parte de um grupo inicial de brilhantes jovens físicos brasileiros que foram trabalhar com professores europeus como Gleb Wataghin (1899-1986) e Giuseppe Occhialini (1907-1993). César Lattes foi considerado o mais brilhante destes e foi descoberto, ainda muito jovem, como um pesquisador de campo. Seus colegas, que também se tornaram importantes cientistas brasileiros, foram Oscar Sala, Mário Schenberg, Roberto Salmeron, Marcelo Damy de Souza Santos e Jayme Tiomno.

Com a idade de 23 anos, ele foi um dos fundadores do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas no Rio de Janeiro.

De 1947 a 1948, César Lattes começou a sua principal linha de pesquisa, pelo estudo dos raios cósmicos, os quais foram descobertos em 1932 pelo físico estadunidense Carl David Anderson. Ele preparou um laboratório a mais de 5.000 metros de altitude em Chacaltaya, uma montanha dos Andes, na Bolívia, empregando chapas fotográficas para registrar os raios cósmicos.


Viajando para a Inglaterra com seu professor OcchialiniCésar Lattes foi trabalhar no H. H. Wills Laboratory da Universidade de Bristol, dirigida por Cecil Frank Powell (1903-1969). Após melhorar uma nova emulsão nuclear usada por Cecil Frank Powell, pedindo à Kodak Co. para adicionar mais boro a ela, em 1947, realizou com eles uma grande descoberta experimental, de uma nova partícula atômica, o méson pi (ou pion), a qual desintegra em um novo tipo de partícula, o méson mu (muon).

Foi uma grande reviravolta na ciência. Até então, era aceito que os átomos eram formados por somente 3 tipos de sub-partículas ou partículas elementares (prótons, nêutrons e elétrons). Alguns cientistas contestaram os resultados, mas o apoio do dinamarquês Niels Bohr, um dos maiores físicos da época, pesou na aceitação da novidade que daria início a uma nova área de pesquisa, a Física de Partículas.

O jovem impetuoso César Lattes começou então a escrever um trabalho para a revista Nature sem se preocupar com o consentimento de Cecil Frank Powell. No mesmo ano, foi responsável pelo cálculo da massa da nova partícula, em um meticuloso trabalho. Um ano depois, trabalhando com Eugene Gardner (1913-1950) na Universidade da Califórnia em Berkeley, Estados Unidos, César Lattes foi capaz de detectar a produção artificial de partículas píon no ciclotron do laboratório, pelo bombardeio de átomos de carbono com partículas. Ele tinha somente 24 anos de idade.


Em 1949, César Lattes retornou como professor e pesquisador na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). Depois de outra breve estada nos Estados Unidos, de 1955 a 1957, ele voltou para o Brasil e aceitou uma posição na sua alma mater, o Departamento de Física da Universidade de São Paulo (USP). Também nesse ano, César Lattes ingressou para a Academia Brasileira de Ciências (ABC).

Em 1967, César Lattes aceitou a posição de professor titular no novo Instituto Gleb Wataghin de Física na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), nome que se originou de seu professor fundador, o qual ele também ajudou a fundar. Ele também se tornou o diretor do Departamento de Raios Cósmicos, Altas energias e Léptons.

Em 1969, ele e seu grupo descobriram a massa das co-denominadas bolas de fogo, um fenômeno espontâneo que ocorre durante colisões de altas-energias, e os quais tinham sido detectados pela utilização de chapas de emulsão fotográfica nucleares inventadas por ele, e colocadas no pico de Chacaltaya nos Andes Bolivianos.


César Lattes é um dos mais distintos e condecorados físicos brasileiros, e seu trabalho foi fundamental no desenvolvimento da física atômica. Ele também foi um grande líder científico dos físicos brasileiros e foi uma das principais personalidades por trás da criação de várias instituições importantes como Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

César Lattes figura como um dos poucos brasileiros na Biographical Encyclopedia Of Science And Technology de Isaac Asimov, como também na Enciclopédia Britânica. Embora tenha sido o principal pesquisador e primeiro autor do histórico artigo da Nature descrevendo méson pi, Cecil Frank Powell foi o único agraciado com o Prémio Nobel de Física em 1950 pelo "seu desenvolvimento de um método fotográfico de estudo dos processos nucleares e sua descoberta que levou ao descobrimento dos mésons".

A razão para esta aparente negligência é que a política do Comitê do Nobel até 1960 era dar o prêmio para o líder do grupo de pesquisa, somente. O brasileiro, no entanto, nunca foi contemplado. No museu de Niels Bohr, em Copenhague, Dinamarca, há uma carta em que está escrito "Por que César Lattes não ganhou o Prêmio Nobel - abrir 50 anos depois da minha morte". Como Bohr morreu em 1962, em 2012 seria o em que supostamente  saberíamos a resposta do enigma. Mas isso não aconteceu.

César Lattes e José Leite Lopes
Reconhecimento

Em sua homenagem, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) batizou o sistema utilizado para cadastrar cientistas, pesquisadores e estudantes como o nome de Plataforma Lattes. A Plataforma Lattes é uma base de dados de currículos e instituições das áreas de Ciência e Tecnologia (C&T). O Currículo Lattes registra a vida profissional dos pesquisadores sendo elemento indispensável à análise de mérito e competência dos pleitos apresentados, atualmente, a quase todas as agências de fomento no Brasil.

  • 1948 - Cavaleiro da Grande Cruz , outorgado pela Ordo Capitulares Stellae Argentae Crucitae;
  • 1951 - Prêmio Einstein, da Academia Brasileira de Ciências;
  • 1953 - Prêmio Ciências, do Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura;
  • 1957 - Prêmio Evaristo Fonseca Costa, do Conselho Nacional de Pesquisas;
  • 1972 - Cidadão Honorário Boliviano;
  • 1973 - Medalha Carneiro Felipe, do Conselho Nacional de Energia Nuclear;
  • 1977 - Pelo governo da Venezuela, que lhe conferiu a Comenda Andrés Bello;
  • 1978 - Organização dos Estados Americanos (OEA) lhe outorgou o prêmio Bernardo Houssay;
  • 1987 - Prêmio em Física, da Academia de Ciências do Terceiro Mundo, no ICTP - The Abdus Salam International Centre For Theoretical Physics, sediado em Trieste, Itália;
  • 1989 - Medalha Santos Dumont;
  • 1992 - Símbolo do Município de Campinas;
  • Centro de Estudos Astronômicos César Lattes de Minas Gerais;
  • Biblioteca Central César Lattes (UNICAMP);
  • Centro de Nanociência e Nanotecnologia Cesar Lattes, Campus do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron - Campinas;
  • Auditório César Lattes - Usina de Itaipú;
  • Grêmio Estudantil César Lattes (UTFPR);
  • Centro Acadêmico dos cursos de Matemática e Física da Universidade de Taubaté (UNITAU);
  • Associação Atlética Acadêmica César Lattes (AAACeL) - Atlética dos cursos de Física (bacharel e licenciatura) e do curso integrado em Física, Matemática e Matemática Aplicada Computacional da Unicamp.

Citações

"A ciência deve ser universal, sem dúvida. Porém, nós não devemos acreditar incondicionalmente nisto."
"A ciência universal seria o ideal. Mas a prática é bem diferente. Felizmente, todo segredo dura pouco."

Morte

César Lattes aposentou-se em 1986, quando recebeu o título de Doutor Honoris Causa e Professor Emérito pela Universidade de Campinas. Mesmo aposentado ele continuou a viver em uma casa no subúrbio próxima ao campus da universidade. Ele morreu vítima de um ataque cardíaco, aos 80 anos, no dia 08/03/2005.

Fonte: Wikipédia

Breno Mello

BRENO HIGINO DE MELLO
(76 anos)
Ator e Jogador de Futebol

* Porto Alegre, RS (07/09/1931)
+ Porto Alegre, RS (11/07/2008)

No início, Breno Mello atuou como jogador de futebol. Foi revelado no Renner de Porto Alegre, clube pelo qual se tornou campeão gaúcho de 1954 e ídolo nos anos 1950. Após transferir - se para o futebol carioca, jogou pelo Fluminense, onde conheceu Pelé. Antes de seguir para o Rio, e enquanto jogava pelo extinto Grêmio Esportivo Renner, de Porto Alegre, Breno Mello morou no bairro Niterói, na cidade de Canoas (vizinha de Porto Alegre), onde outros craques como Paulo Roberto Falcão e João Batista da Silva (Batista), ambos iniciaram jogando futebol nos campos da várzea de Canoas e só depois é que foram para o S. C. Internacional, onde tornaram-se profissionais e jogaram inclusive na Seleção Brasileira (Batista em 1974 e 1978) e Falcão (1978 e 1982), e só então foram contratados por clubes da Itália: Falcão pelo Roma e Batista pela Lazio.

Em 1958, recebeu um convite para estrelar Orfeu Negro (Orphée Noir em francês), dirigido pelo cineasta francês Marcel Camus, filme vencedor da Palm d'Or no Festival de Cannes. Breno Mello protagonizou Orfeu, e contracenou com a estrela de cinema estadunidense Marpessa Dawn, fato que o associou à figura de galã.

No filme, Mello cantava as canções A Felicidade e Manhã de Carnaval. O filme também contribuiu para o grande sucesso da bossa nova no exterior.

Breno Mello também viveu em Florianópolis, no estado de Santa Catarina, ao lado de Amelina Santos Corrêa, conhecida como Mana, com quem teve sua filha mais nova, Letícia Mello.

Até 2004 Mello esteve distante das telas e, desde então, foi procurado para aparecer no documentário para televisão À La Recherche d'Orfeu Negro, para falar do impacto causado pelo filme Orfeu Negro na música brasileira.

Breno Mello faleceu aos 76 anos, vítima de um infarto.

Fonte: Wikipédia

Lélia Coelho Frota

LÉLIA COELHO FROTA
(71 anos)
Crítica de Arte, Curadora de Arte, Poetisa, Tradutora e Antropóloga

* Rio de Janeiro, RJ (11/07/1938)
+ Rio de Janeiro, RJ (27/05/2010)

Escritora, antropóloga, historiadora de arte, membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), da União Brasileira dos Escritores (UBE) e do PEN Clube do Brasil. Foi diretora do Instituto Nacional do Folclore da Fundação Nacional de Artes (FUNARTE) e ex-presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Lélia Coelho Frota é autora de inúmeros livros sobre arte e cultura brasileiras, pesquisando principalmente as manifestações da arte popular.

Foi responsável pelas representações brasileiras nas Bienais de Veneza de 1978 e 1988 e curadora da exposição Brésil, Art Populaire Contemporain, no Grand Palais, Paris, 1987, e fundadora do Museu de Arte Popular Edson Carneiro.

Prêmiações

Foi agraciada com o Prêmio Jabuti, pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) em 1979, na categoria poesia e o Prêmio Olavo Bilac pelo livro "Menino Deitado Em Alfa" (Editora Quíron, 1978).


Livros Publicados


  • 1978 - Mitopoética de 9 Artistas Brasileiros
  • 1982 - Ataíde
  • 1986 - Mestre Vitalino
  • 1994 - Burle Marx: Paisagismo no Brasil
  • 2005 - Pequeno Dicionário da Arte do Povo Brasileiro


Fonte: Wikipédia