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Paulo José

PAULO JOSÉ GÓMEZ DE SOUSA
(84 anos)
Ator, Roteirista e Diretor

☼ Lavras do Sul, RS (20/03/1937)
┼ Rio de Janeiro, RJ (11/08/2021)

Paulo José Gómez de Sousa foi um ator, roteirista e diretor, nascido em Lavras do Sul, RS, no dia 20/03/1937.

Paulo José iniciou a carreira artística em 1966 no filme "O Padre e a Moça" (1966), no papel do padre. Posteriormente foi protagonista de várias comédias no cinema, como "Todas as Mulheres do Mundo" (1966), "Edu, Coração de Ouro" (1968) e "O Rei da Noite" (1975), obras que lhe consolidaram como Melhor Ator pelo Festival de Brasília.

Na televisão, Paulo José estreou em 1969 como Zé Mário na telenovela "Véu de Noiva" (1969), mas a consagração viria dois anos depois, ao interpretar o personagem Samuca na telenovela "Assim na Terra Como no Céu" (1970).

Em 1972 destacou-se ao lado de Flavio Migliaccio na telenovela "O Primeiro Amor" (1972), com quem depois formaria a dupla cômica Shazan e Xerife.

Paulo José começou a fazer teatro em 1955, em Porto Alegre, onde ajudou a criar o Teatro de Equipe, com Paulo César Pereio, Lilian Lemmertz, Ítala NandiFernando Peixoto, entre outros.

Em 1954, atuou na sua primeira peça, "O Muro", de Jean Paul Sartre/Lineu Dias. Entre inúmeros trabalhos no teatro, destacam-se "Os Fuzis da Senhora Carrar", de Brecht, "A Mandrágora", de Maquiavel, "O Filho do Cão", de Gianfrancesco Guarnieri, no qual foi também diretor, e "Tartufo", de Molière.

Paulo José dirigiu e atuou na montagem carioca de "Arena Conta Zumbi" (1965). Esteve durante algum tempo afastado dos palcos, tendo regressado em outubro de 2009 para participar de "Um Navio no Espaço ou Ana Cristina Cesar".

Em São Paulo, Paulo José formou, junto com Gianfrancesco Guarnieri, Augusto Boal, Juca de Oliveira, Paulo Cotrim e Flávio Império, o grupo que adquiriu o Teatro de Arena, criado por José Renato em 1962.

Paulo José, Isabela Garcia e Flávio Migliaccio
Carreira na Televisão

Paulo José iniciou sua trajetória em 1969 na telenovela "Véu de Noiva" (1969), como Zé Mário. Nos dois anos seguintes deu vida aos personagens Samuca e André, em "Assim na Terra Como no Céu" (1970) e "O Homem Que Deve Morrer" (1971), respectivamente.

Deu vida ao personagem Shazan, em "O Primeiro Amor" (1972) e no seriado "Shazan, Xerife e Cia." (1972). Posteriormente concluiu o decênio participando das obras "Supermanoela" (1974), como Marcelo e "O Casarão" (1976), como Jarbas Martins.

Em 1985 retornou à televisão para viver Alvarino na minissérie "O Tempo e o Vento" (1985) e como pai da Zelda em "Armação Ilimitada" (1985).

Em 1986, deu vida ao empresário Celso Rezende, em "Roda de Fogo" (1986).

Em 1988 participou das obras "Olho Por Olho" (1988) e "Vida Nova" (1988), interpretando Marcelo Fernandes e o italiano Francesco, respectivamente.

Paulo José encerrou a década na pele do cineasta Gregório, em "Sampa" (1989) e Gladstone em "Tieta" (1989).

No início da década de 1990 participou do seriado "Delegacia de Mulheres" (1990), como o Drº Dario Gentil e na telenovela "Araponga" (1990) como o astrônomo Érico Saldanha, além de viver Ivan em "Vamp" (1991).

Paulo José, Renata Sorrah e Armando Bógus (1976)
Entre 1992 e 1993, foi diretor do programa "Você Decide", nos episódios "Em Nome do Filho", "A Outra", "O Desaparecido", "Mal Secreto", "Palavras de Amor" e "Isca de Polícia".

Paulo José esteve no elenco de "O Mapa da Mina" (1993), como Ivo Simeone e participou de "Olho no Olho" (1993).

Em 1994 foi Pedro na minissérie "A Madona de Cedro" (1994) e foi diretor do episódio "A Dívida", em "Você Decide".

Em 1995 viveu o ascensorista em "Engraçadinha: Seus Amores e Seus Pecados" (1995), Claudionor, em "Decadência" (1995) e Jairo, em "Explode Coração" (1995).

Em 1997, fez uma participação especial em "A Justiceira" (1997), no episódio "Filha Única" e interpretou Orestes na telenovela "Por Amor" (1997).

Em 1998 foi Shazan em "Era Uma Vez..." (1998) e o empresário Otacílio Martins Fraga, na minissérie "Labirinto" (1998).

Paulo José fechou a década interpretando o inspetor de polícia Monteiro, em "Luna Caliente" (1999).

No início da década de 2000 interpretou o padre Simão na minissérie "A Muralha" (2000), foi Alceu na telenovela "Um Anjo Caiu do Céu" (2001), além de participar do elenco de "Agora é Que São Elas" (2003) como o Drº Benigno, e fazer uma aparição em "Celebridade" (2003).

Paulo José, Leandra Leal e Eliane Giardini.
Em 2004 esteve em "Senhora do Destino" (2004), como Artur Fonseca. Narrou passagens do primeiro capítulo de "Como Uma Onda" (2004), além de atuar em "Um Só Coração" (2004), como o Drº Varela e na minissérie "O Pequeno Alquimista" (2004) viveu Zaratustra.

Em 2006 viveu Augusto Elias na minissérie "JK" (2006).

Em 2008, participou da série "Casos e Acasos" (2008), no episódio "A Vaga, a Entrevista e o Cachorro Quente", como Álvaro. Encarnou o Vigário da Paróquia em "Capitu" (2008) e esteve na telenovela "Ciranda de Pedra" (2008), como Quincas.

Paulo José encerrou a década como o Profeta Gentileza, em "Caminho das Índias" (2009).

Em 2010 interpretou José Pedro, no seriado "Na Forma da Lei" (2010).

Em 2011 deu vida a Plínio na telenovela "Morde & Assopra" (2011).

Em 2012 participou da série "As Brasileiras" (2012), como Rômulo no episódio "Maria do Brasil".

Seu último papel foi na novela "Em Família" (2014), de Manoel Carlos. Na obra, ele interpretou Benjamin, um personagem que, assim como na vida real de Paulo José, sofria com o Mal de Parkinson, e ia morar com a família depois de anos sem ver o filho Virgílio, papel de Humberto Martins.

Carreira no Cinema

Paulo José estreou no cinema em 1966, interpretando o Padre em "O Padre e a Moça" (1966), sendo eleito Melhor Ator pelo Prêmio Saci. No mesmo ano destacou-se como Paulo, em "Todas as Mulheres do Mundo" (1966), sendo eleito Melhor Ator em três premiações: Festival de Brasília, Prêmio INC e Prêmio Air France.

Em 1967, interpretou Bernardo, em "Bebel, Garota Propaganda" (1967) e Edu, em "Edu, Coração de Ouro" (1967), papel que o consagrou como Melhor Ator, novamente, no Festival de Brasília.

Em 1968 esteve em cinco longas: "A Vida Provisória" (1968), como Estêvão, "As Amorosas" (1968), como Marcelo, "Como Vai, Vai Bem?" (1968), interpretando os personagens Astolfo Torcedor, Voyeurista, Padrasto, Delegado, Padre Bentinho e Travesti, "O Homem Nu" (1968), como Silvio Proença e em "Os Marginais" (1968).

Paulo José concluiu a década no filme "Macunaíma" (1969) como Macunaíma branco e Mãe, premiado como Melhor Ator no Festival de Manaus.

Em 1971 interpretou Heitor no filme "A Culpa" (1971) e Gaudêncio em "Gaudêncio, o Centauro dos Pampas" (1971).

Em 1972 deu vida ao personagem Cassy Jones, em "Cassy Jones, o Magnífico Sedutor" (1972) e esteve no elenco de "Humor Amargo".


Em 1975 viveu Tertuliano em "O Rei da Noite" (1975), personagem que lhe premiou como Melhor Ator no Festival de Brasília pela terceira vez na carreira.

Após ausência no cinema por seis anos, voltou como Padre Bastos em "Eles Não Usam Black-Tie" (1981) e participou da obra "O Homem do Pau-Brasil" (1982).

Em 1983 foi Evandro em "A Difícil Viagem" (1983), papel que lhe rendeu o prêmio de Melhor Intérprete, pelo Festival do Rio de Janeiro.

Em 1988 fez uma participação especial como Augusto em "O Mentiroso" (1988).

Paulo José concluiu o decênio participando de dois longas, "Dias Melhores Virão" (1989) como Pompeu e "Faca de Dois Gumes" (1989) como Jorge Bragança, e no curta "Ilha das Flores" (1989), responsável pela voz da narração.

No início da década de 1990, Paulo José, participou dos curta-metragens "Os Moradores da Rua Humboldt" (1991) e três anos mais tarde foi o narrador de "Amor!" (1994).

Em 1997 esteve no longa-metragem "Anahy de las Misiones" (1997), como Joca Ramires e foi o narrador em "O Velho – A História de Luiz Carlos Prestes" (1997).

Paulo José deu vida aos personagens Policarpo e Tio Manántonio, em "Policarpo Quaresma, Herói do Brasil" (1998) e "Outras Estórias" (1998), respectivamente.

Em 2001, Paulo José esteve em "Dias de Nietzsche em Turim" (2001) e "Poeta de Sete Faces" (2001).


Em 2002, Paulo José atuou em "Morte" (2002), "O Casal dos Olhos Doces (2002) e "Oswaldo Cruz na Amazônia" (2002), como narrador.

Em 2003 participou dos longas-metragens "Apolônio Brasil, o Campeão da Alegria" (2003) e "O Homem que Copiava" (2003).

Em 2004 interpretou o personagem principal de "Benjamim" (2004), foi narrador em "Como Fazer um Filme de Amor" (2004), encarnou o Drº Espanhol em "O Vestido" (2004), esteve no documentário "Person" (2004), narrou o filme "500 Almas" (2004).

Paulo José deu vida a Otaviano em "Saneamento Básico, o Filme" (2007), foi Papai Noel em "Pequenas Histórias" (2007).

Paulo José concluiu a década atuando no cinema por mais três vezes atuando como padre em "A Festa da Menina Morta" (2008), o judeu David em "Juventude" (2008) e participou do filme "Insolação" (2009).

Em 2010 fez o papel principal em "Quincas Berro d'Água" (2010).

Paulo José deu vida a Armando em "Meu País" (2011) e viveu Valdemar em "O Palhaço" (2011). Posteriormente esteve no elenco de "Rânia" (2011) e "Luz, Anima, Ação" (2013) concluindo a década no documentário "Todos os Paulos do Mundo" (2018), em homenagem a ele mesmo.

Paulo José e Filhas
Vida Pessoal

Paulo José foi casado com Dina Sfat, com quem teve três filhas, as atrizes Bel Kutner, Ana Kutner e Clara Kutner. Com a atriz Beth Caruso, com quem teve um filho, Paulo Caruso, e com Zezé Polessa. Paulo José viveu com Carla Camurati entre 1983 e 1986.

Morte

Paulo José foi diagnosticado com Mal de Parkinson em 1992, doença degenerativa que afeta o sistema nervoso central e não tem cura.

Paulo José faleceu na noite de quarta-feira, 11/08/2021, aos 84 anos. Ele estava internado no Rio de Janeiro há 20 dias e faleceu em decorrência de uma pneumonia.

Filmografia

Televisão
  • 1969 - Véu de Noiva ... José Mário (Zé Mário)
  • 1970 - Assim na Terra Como no Céu ... Samuca
  • 1971 - O Homem Que Deve Morrer ... André Vila Verde
  • 1972 - O Primeiro Amor ... Shazan
  • 1972 - Shazan, Xerife & Cia. ... Shazan
  • 1974 - Super Manoela ... Marcelo
  • 1975 - Gabriela ...  Alceu
  • 1976 - O Casarão ... Jarbas Martins
  • 1985 - O Tempo e o Vento ... Alvarino
  • 1985 - Armação Ilimitada ... Pai de Zelda
  • 1986 - Roda de Fogo ... Celso Rezende (Episódio: "24-26 de Agosto")
  • 1988 - Olho Por Olho ... Marcelo Fernandes
  • 1988 - Vida Nova ... Francesco
  • 1989 - Sampa ... Gregório
  • 1989 - Tieta ... Gladstone
  • 1990 - Delegacia de Mulheres ... Drº Dario Gentil
  • 1990 - Araponga ... Érico Saldanha
  • 1991 - Vamp ... Ivan
  • 1992 - Você Decide ... (Episódio: "O Desaparecido")
  • 1992 - Você Decide ... Tony (Episódio: "Mal Secreto")
  • 1992 - Você Decide ... (Episódio: "Palavras de Amor")
  • 1993 - O Mapa da Mina ... Ivo Simeone
  • 1993 - Você Decide ... (Episódio: "Isca de Polícia")
  • 1993 - Olho no Olho ... Menelau Zapata
  • 1994 - A Madona de Cedro ... Pedro
  • 1994 - Você Decide ... Dino Savazzi (Episódio: "A Dívida")
  • 1995 - Engraçadinha, Seus Amores e Seus Pecados ... Ascensorista
  • 1995 - Decadência ... Cego
  • 1995 - Explode Coração ... Jairo
  • 1997 - A Justiceira ... Varela (Episódio: "Filha Única")
  • 1997 - Por Amor ... Orestes Greco
  • 1998 - Era Uma Vez... ... Shazan
  • 1998 - Labirinto ... Otacílio Martins Fraga
  • 1999 - Luna Caliente ... Monteiro
  • 2000 - A Muralha ... Padre Simão
  • 2001 - Um Anjo Caiu do Céu ... Alceu
  • 2003 - Agora é Que São Elas ... Drº Benigno
  • 2003 - Celebridade ... Ele mesmo (Episódio: "29/12")
  • 2004 - Senhora do Destino ... Drº Arthur Fonseca (Episódios: "29/09 - 09/10")
  • 2004 - Como Uma Onda ... Narrador do Primeiro Capítulo (Episódio: "22/11")
  • 2004 - Um Só Coração ... Drº Varela
  • 2004 - O Pequeno Alquimista ... Zaratustra
  • 2006 - JK ... Augusto Elias
  • 2008 - Casos e Acasos ... Fúlvio (Episódio: "A Vaga, a Entrevista e o Cachorro Quente")
  • 2008 - Capitu ... Vigário da Paróquia
  • 2008 - Ciranda de Pedra ... Quincas (Episódios: "18/09 e 03/10")
  • 2009 - Caminho das Índias ... Profeta Gentileza
  • 2010 - Na Forma da Lei ... José Pedro
  • 2011 - Morde & Assopra ... Plínio Alves Junqueira
  • 2012 - As Brasileiras ... Rômulo (Episódio: "Maria do Brasil")
  • 2014 - Em Família ... Benjamin Machado

Cinema
  • 1966 - O Padre e a Moça ... Padre
  • 1966 - Todas as Mulheres do Mundo ... Paulo
  • 1967 - Bebel, Garota Propaganda ... Bernardo
  • 1967 - Edu, Coração de Ouro ... Edu
  • 1968 - A Vida Provisória ... Estevão
  • 1968 - As Amorosas ... Marcelo
  • 1968 - Como Vai, Vai Bem? ... Astolfo / Padre Bentinho
  • 1968 - O Homem Nu ... Sílvio Proença
  • 1968 - Os Marginais ... Guilherme
  • 1969 - Macunaíma ... Macunaíma Branco / Mãe do Macunaíma
  • 1971 - A Culpa ... Heitor
  • 1971 - Gaudêncio, o Centauro dos Pampas ... Gaudêncio
  • 1972 - Cassy Jones, o Magnífico Sedutor ... Cassy Jones
  • 1973 - Humor Amargo ... Amigo
  • 1975 - O Rei da Noite ... Tezinho
  • 1981 - Eles não Usam Black-Tie ... Padre Bastos
  • 1981 - O Homem do Pau-Brasil ... Mensageiro do Navio
  • 1983 - A Difícil Viagem ... Evandro
  • 1988 - O Mentiroso ... Augusto
  • 1989 - Dias Melhores Virão ... Pompeu
  • 1989 - Faca de Dois Gumes ... Jorge Bragança
  • 1989 - Ilha das Flores ... Narrador
  • 1991 - Moradores da Rua Humboldt
  • 1994 - Amor! ... Narrador
  • 1997 - Anahy de las Misiones ... Joca Ramírez
  • 1997 - O Velho - A História de Luís Carlos Prestes ... Narrador
  • 1998 - Policarpo Quaresma, Herói do Brasil ... Policarpo
  • 1999 - Outras Estórias ... Tio Manantonio
  • 2002 - Dias de Nietzsche em Turim
  • 2002 - Morte ... Ele
  • 2002 - O Casal dos Olhos Doces ... Homem no Bar
  • 2002 - Oswaldo Cruz na Amazônia ... Narrador
  • 2002 - Poeta de Sete Faces
  • 2003 - Apolônio Brasil, o Campeão da Alegria
  • 2003 - O Homem Que Copiava ... Paulo
  • 2004 - Benjamim ... Benjamim
  • 2004 - Como Fazer um Filme de Amor ... Narrador
  • 2004 - O Vestido ... Drº Espanhol
  • 2004 - Person ... Ele Mesmo
  • 2005 - 500 Almas ... Narrador
  • 2006 - Saneamento Básico, o Filme ... Otaviano Marghera
  • 2007 - Insolação ... Narrador
  • 2008 - A Festa da Menina Morta ... Padre
  • 2008 - Juventude ... Davi Weissman
  • 2008 - Pequenas Histórias ... Arlindo
  • 2010 - Quincas Berro D'Água ... Quincas Berro D'Água
  • 2011 - Meu País ... Armando
  • 2011 - O Palhaço ... Valdemar / Puro Sangue
  • 2013 - Rânia
  • 2013 - Luz, Anima, Ação ... Ele Mesmo
  • 2018 - Todos os Paulos do Mundo ... Ele Mesmo

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #PauloJose

José Pimentel

JOSÉ DE SOUZA PIMENTEL
(84 anos)
Ator, Diretor, Professor e Escritor Teatral

☼ Garanhuns, PE (11/08/1934)
┼ Recife, PE (14/08/2018)

José de Souza Pimentel, conhecido pelo seu nome profissional e artístico como José Pimentel, foi um ator, diretor e escritor teatral, além de professor de teatro na faculdade de jornalismo na Universidade Federal de Pernambuco, no Recife, nascido em Garanhuns, PE, no dia 11/08/1934.

Personalidade que se destacou na cena teatral pernambucana, sobretudo, pela capacidade de liderança, pelo espírito contestador e poder de realização. Como encenador e autor, notabilizou-se pelos grandes espetáculos históricos que montou ao ar livre. Como ator, ganhou notoriedade por viver o papel de Jesus Cristo, por mais de três décadas, em encenações da "Paixão de Cristo", que ele próprio dirigia.

Adolescente, mudou-se para o Recife e tornou-se amigo do ator, diretor e cenógrafo Octávio Catanho, que o convidou a participar do Grupo Dramático Paroquial de Água Fria, no qual José Pimentel aprendeu, na prática, a desempenhar diversas funções ligadas aos palcos.

Em 1956, foi levado por Octávio Catanho a trabalhar, em pequenos papéis, nos espetáculos da "Paixão de Cristo", em Fazenda Nova, município do Brejo da Madre de Deus, Pernambuco.

Por indicação de Clênio Wanderley, então diretor da "Paixão de Cristo" e do Teatro Adolescente do Recife (TAR), José Pimentel integrou o elenco de estreia do "Auto da Compadecida", de Ariano Suassuna, em 1956, fazendo dois papéis: o Major Antonio Moraes e o Encourado.


Ainda com o Teatro Adolescente do Recife (TAR), atuou em "A Via Sacra", de Henri Ghéon, em 1957, e em "Casamento Suspeitoso", outro texto de Ariano Suassuna, em 1958.

Em 1959, no mesmo grupo, teve sua primeira experiência como encenador, dirigindo a peça "A Grade Solene", de Aldomar Conrado, na qual também atuou.

Em fevereiro de 1960, nasceu o Teatro Popular do Nordeste (TPN), e Hermilo Borba Filho o convidou para fazer parte do grupo. Em maio, o Recife ganhou uma nova casa de espetáculos, o Teatro de Arena, cujos sócios-proprietários eramo Alfredo de Oliveira e Hermilo Borba Filho. Nesse empreendimento, José Pimentel atuou em diversas montagens.

O texto "Jesus, o Mártir do Calvário", escrito por José Pimentel, passou a ser usado na "Paixão de Cristo" de Fazenda Nova, em 1961. Na ocasião, ele assumiu o papel de Pilatos. Em meados desse ano, sua carreira de encenador começou a se fortalecer: Dirige "A Farsa da Esposa Perfeita", de Edy Lima, para o Teatro de Arena.

Em 1962, assinou a encenação de "Município de São Silvestre", de Aristóteles Soares, para o Teatro Popular do Nordeste (TPN). Nesse ano, Plínio Pacheco, coordenador-geral dos espetáculos da "Paixão de Cristo", convidou José Pimentel, além de amigos e outros atores do espetáculo, para comporem a diretoria da recém-fundada Sociedade Teatral de Fazenda Nova (STFN).


Recebeu o prêmio de melhor intérprete masculino, atribuído pela Associação dos Cronistas Teatrais de Pernambuco (ACTP), em 1966, por seu desempenho no papel de John Proctor, da peça "As Feiticeiras de Salém", de Arthur Miller, com a direção de Milton Baccarelli.

A cidade-teatro de Nova Jerusalém abriu suas portas para o primeiro espetáculo da "Paixão de Cristo" em 1967. O texto Jesus, de autoria de Plínio Pacheco, foi encenado, com a direção de Clênio Wanderley. Quando Clênio Wanderley viajou para a Europa, em 1969, José Pimentel foi convidado por Plínio Pacheco a assumir a direção do espetáculo, sem deixar de atuar, desempenhando os mesmos papéis da temporada anterior: o Demônio e Pilatos.

Em 1971, a Sociedade Teatral de Fazenda Nova (STFN) desenvolveu o projeto "Teatro de Verão" com a finalidade de ocupar a Nova Jerusalém no segundo semestre de cada ano. Para a primeira temporada, foi escolhido o texto "Calígula", de Albert Camus. José Pimentel protagoniza e dirige a peça, aproveitando os cenários ao ar livre dessa cidade-teatro, imprimindo à montagem um tom grandioso, como o da "Paixão de Cristo".

O Teatro de Verão retornou, em 1972, com o mesmo espetáculo, sempre obtendo boas críticas, mas sem a desejada resposta de público. Na mesma época, outra iniciativa da Sociedade Teatral de Fazenda Nova (STFN) é posta em prática: o projeto "O Circo no Mundo", com a construção do Circo da Raposa Malhada onde, além dos atos circenses, apresentam-se espetáculos teatrais. José Pimentel atuou em "Lampião no Inferno", de Jairo Lima, espetáculo de estreia do circo, vivendo o papel de Satanás, com direção de Lúcio Lombardi.


Em paralelo à atividade teatral, José Pimentel iniciou, também em 1972, o curso de jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco, e graduou-se em 1975. Essa qualificação, aliada à experiência como teleator, favoreceu sua inserção na televisão pernambucana como criador e apresentador de programas.

Com o aumento de público nos espetáculos da "Paixão de Cristo de Nova Jerusalém", fica cada vez mais difícil ouvir os atores. Depois de tentar, em 1972, solucionar o problema com o uso de microfones, José Pimentel instaura, em 1973, a dublagem como recurso característico daquele e de outros espetáculos ao ar livre concebidos por ele.

Com a saída do ator Carlos Reis do papel de Jesus Cristo na "Paixão de Cristo", em 1978, José Pimentel o substituiu e interpretou pela primeira vez o papel do Nazareno. E assumiu a Diretoria de Artes Cênicas da Fundação de Cultura da Cidade do Recife, tornando-se responsável pela administração dos teatros municipais da capital, entre 1979 e 1983.

Em paralelo à atuação na "Paixão de Cristo de Nova Jerusalém"José Pimentel manteve a atividade nos palcos do Recife. Em 1979, dirigiu e protagonizou, mais uma vez, "Calígula", de Albert Camus, agora produzido pela Aquarius Produções Artísticas, aliada à Companhia Praxis Dramática (CPD). Nesse espetáculo, recebido com ressalvas por parte da crítica, José Pimentel propôs uma atualização da história contada por Albert Camus, pondo em cena elementos visuais vinculados à contemporaneidade brasileira. No programa da peça, ele dizia:
"Aos puristas e intelectuais um aviso: o texto de Camus, eterno e com toda a sua beleza, será entregue íntegro e intacto, virgem e donzelo, quase intocado. Agora, o espetáculo é meu e se preparem. Amarrem os cintos porque o negócio é pra valer e pra bagunçar muita cuca."

Em 1982, sob os auspícios da Prefeitura da Cidade do Recife, com produção da Sociedade Teatral de Fazenda Nova (STFN), estreou "O Calvário de Frei Caneca", espetáculo que abordava os episódios históricos da Confederação do Equador, na primeira metade do século XIX. Além de atuar, José Pimentel assinou o texto e a direção dessa montagem, apresentada ao ar livre, para grande público, em palcos montados em frente da Igreja do Livramento, da basílica de Nossa Senhora do Carmo, da Igreja de Nossa Senhora do Terço e do Forte de Cinco Pontas.

Dois anos depois, em 1984, outra vez com produção da Sociedade Teatral de Fazenda Nova (STFN), e patrocínio do governo do Estado, José Pimentel dirigiu e interpretou o principal papel do auto "Jesus e o Natal", de sua autoria, encenado nas ruas do Recife. O texto conta a história de um casal de favelados, José e Maria, às voltas com o nascimento do primeiro filho. A peça gerou polêmica pelo fato de a personagem Maria se surpreender com a gravidez, uma vez que fazia uso de pílula anticoncepcional.

Mais um espetáculo de massas é produzido pela Sociedade Teatral de Fazenda Nova (STFN), em 1984, com texto, direção e atuação de José Pimentel: "Batalha dos Guararapes". Com o patrocínio do governo do Estado, foi apresentado em setembro desse ano no Parque Nacional dos Montes Guararapes, sítio histórico, cenário da verdadeira batalha que culminou com o fim do domínio holandês em Pernambuco no século XVII. Como os demais espetáculos ao ar livre, a "Batalha dos Guararapes" repetiu-se a cada ano, até 1986. A partir de 1987, cessou o patrocínio do governo e a peça só voltou a ser apresentada, nos anos 2000, com outros patrocinadores.

Na década de 1980, José Pimentel assinou a coluna "Sinal Fechado", - alusão ao seu programa de televisão da década anterior, do qual replicou o controverso conteúdo -, no Jornal da Semana, importante veículo da chamada imprensa alternativa.


Em 1989, a cidade-teatro de Nova Jerusalém apresentou o seu tradicional espetáculo da "Paixão de Cristo" em novos cenários, e o espetáculo foi modificado para se adaptar a essa nova ambientação. A temporada desse ano bateu o recorde de público total, com 71 mil espectadores em dez espetáculos.

Desentendendo-se com a produção da "Paixão de Cristo de Nova Jerusalém", sobretudo, no tocante à necessidade de substituições no elenco, José Pimentel foi afastado do tradicional espetáculo, no segundo semestre de 1996.

Em poucos meses, arregimentando artistas das mais diversas vertentes do teatro recifense, ele criou a "Paixão de Cristo do Recife". José Pimentel era produtor, autor do texto, diretor e principal ator da montagem, que era apresentada no Estádio do Arruda, pertencente ao Santa Cruz Futebol Clube. Em matéria do Jornal do Commercio, ele explicou que o elenco reunia vários atores vindos da "Paixão de Cristo" de Fazenda Nova, além de atores de outros grupos teatrais pernambucanos.

Os espetáculos da "Paixão de Cristo do Recife" continuaram a ser encenados, a cada ano, no mesmo estádio de futebol, até o início dos anos 2000. Por decisão da direção do clube, o espetáculo de José Pimentel tem que deixar de ser apresentado em seu estádio. A produção ganhou, então, patrocínio da prefeitura e passou a ser realizada nas ruas do Recife antigo a cada Semana Santa.

Em 2008, José Pimentel foi homenageado pela escola de samba recifense São Carlos com o enredo "A Saga de José Pimentel, Patrimônio Vivo da Cultura Pernambucana". A escola se tornaria campeã do grupo de acesso.

Em 2017, José Pimentel foi incluído na lista dos Patrimônios Vivos de Pernambuco, por interpretar o papel de Jesus Cristo por mais de 40 anos.

Morte

José Pimentel faleceu na terça-feira, 14/08/2018, aos 84 anos, em Recife, PE, vítima de enfisema pulmonar. Ele estava internado no Hospital Esperança, na área central do Recife, desde quinta-feira, 09/08/2018, por causa de um enfisema pulmonar.

O corpo de José Pimentel foi velado na Assembleia Legislativa de Pernambuco desde a terça-feira, 14/08/2018, até a manhã da quarta-feira. O sepultamento ocorreu às 11h00 da quarta-feira, no Cemitério de Santo Amaro, na região central do Recife, PE, depois de uma celebração ecumênica aberta ao público.

A família informou que, a pedido dele, o corpo vai ser sepultado com o figurino de Jesus Cristo, que o ator usava na "Paixão de Cristo".

Fonte: WikipédiaEnciclopédia Itaú e G1
#FamososQuePartiram #JosePimentel

Gérson de Abreu

GÉRSON RIBEIRO DE ABREU JÚNIOR
(37 anos)
Ator, Humorista, Escritor e Apresentador de Programas Infantis

* Iguape, SP (11/08/1964)
+ Iguape, SP (18/07/2002)

Gérson de Abreu começou sua carreira na TV Cultura. A sua primeira participação foi em 1982.

A escola em que o ator estudava participou do programa "É Proibido Colar", apresentado por Antônio Fagundes e Clarisse Abujamra. Ele interpretou um cozinheiro e foi tão bem que a emissora o convidou para fazer um teste na emissora.

Dois anos depois, quando estava com dezoito anos, foi contratado como repórter do programa "Tempo de Verão". Em seguida, apresentou vários programas da emissora como "Caleidoscópio", "Bambalalão" e "Som Pop".

Em 1992 estreou o programa infanto-juvenil "X-Tudo", programa que revelou o seu enorme talento de se comunicar com as crianças.

O gordo, como era chamado por todos, se orgulhava muito em divertir e ensinar "sem precisar vender sandalinhas e queijinhos". Depois de dois anos de muito prestígio e audiência com o programa "X-Tudo" foi para a TV Record apresentar o programa "Agente G" (1995) e depois participou de "Vila Esperança" (1998).

Com formação no Teatro-Escola Helena, Gérson de Abreu atuou nas peças do Grupo Ornitorrinco ("Ubu-Rei" e "Teledeum"). Em 1993, com o Grupo Circo Grafitti apresentou a peça "Almanaque Brasil", ao lado de Rosi Campos, Helen Helene e Roney Facchini. Outras grandes atuações: a peça "Você Vai Ver o que Você Vai Ver", com direção de Gabriel Villella e "Aquarela do Brasil", minissérie da Rede Globo.

Sua última peça em cartaz, apresentada até final de março de 2002, foi "Gato Preto".

O ator faleceu em sua casa, na cidade de Iguape, aos 37 anos, vítima de Infarto. Ele estava com excesso de peso, por isso o ataque que sofreu foi fulminante.

Gérson era casado e pai de três filhos.

Natália Manfrin

NATÁLIA LANE SENA MANFRIN
(19 anos)
Jogadora de Vôlei

* Montenegro, RS (12/07/1987)
+ Itapecerica da Serra, SP (11/08/2006)

Tida como uma das promessas do vôlei brasileiro, Natália Manfrin foi campeã mundial juvenil em 2005 com a seleção brasileira, na Turquia, e desde então fazia parte do time adulto do Osasco, hexacampeão paulista, vice-campeão brasileiro e tricampeão do Salonpas Cup.

Um acidente de carro acabou matando a ponta Natália Lane Sena Manfrin, de 19 anos, atleta do Finasa/Osasco. A jogadora, não resistiu depois de uma forte batida na Rodovia Régis Bittencourt.

Além de Natália, estavam no carro Clarisse e Paula Carbonari, também da equipe de Osasco.O acidente matou também o quarto goleiro do São Paulo Weverson. O terceiro goleiro do Tricolor, Bruno, também estava no carro e está internado com uma lesão na coluna. Eles voltavam da casa do pai de Bruno na cidade de São Lorenço da Serra, estavam em um Golf que era dirigido por Bruno. O goleiro perdeu o controle e capotou o carro.

Fonte: Wikipédia e www.flogao.com.br

Joffre Rodrigues

JOFFRE RODRIGUES
(68 anos)
Ator, Cineasta e Produtor Cinematográfico

☼ Rio de Janeiro, RJ (11/08/1941)
┼ Rio de Janeiro, RJ (04/08/2010)

Joffre Rodrigues foi um ator, cineasta e produtor cinematográfico nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 11/08/1941. Era filho do teatrólogo e escritor Nelson Rodrigues.

Joffre Rodrigues começou a carreira no cinema, como ator, ainda que com nove anos, no filme "Somos Dois" (1950), com roteiro de seu pai e com seu tio, Milton Rodrigues, como diretor.

Antes de estrear como diretor, Joffre Rodrigues trabalhou como produtor de filmes baseados na obra de seu pai, como "Bonitinha Mas Ordinária" (1963), "A Falecida" (1965) e "Boca de Ouro" (1990).

Estreou como diretor em 2006 no filme "Vestido de Noiva", baseada na peça homônima de seu pai e tendo como protagonistas Marília Pêra, Simone Spoladore e Letícia Sabatella.

Morte

Joffre Rodrigues faleceu na noite de quarta-feira, 04/08/2010, no Rio de Janeiro, aos 68 anos. Ele estava no hospital por conta de uma cirurgia realizada há duas semanas, em que foram trocadas válvulas no coração, colocadas nos anos 90. O corpo de Joffre Rodrigues foi cremado.

Carreira no Cinema

Diretor

  • 2006 - Vestido de Noiva

Produtor

  • 1995 - O Monge e a Filha do Carrasco
  • 1994 - Boca
  • 1990 - Boca de Ouro
  • 1965 - A Falecida
  • 1964 - Maioria Absoluta
  • 1963 - Bonitinha Mas Ordinária

Ator

  • 1965 - A Falecida
  • 1950 - Somos Dois

Fonte: Wikipédia

Adriana de Oliveira

ADRIANA DE OLIVEIRA
(20 anos)
Modelo

* Santo André, SP (11/08/1969)
+ Ouro Fino, MG (27/01/1990)

Adriana de Oliveira nasceu e foi criada numa pacata travessa de Santo André, cidade industrial do ABC Paulista, numa pequena família de classe média formada por ela, seu irmão Ivan e seus pais, Amélia e Nélson de Oliveira.

Ainda na adolescência, ela se formou como técnica em Processamento de Dados na vizinha cidade de São Bernardo do Campo, mas continuou levando a mesma vida tranqüila e normal, sem muito luxo nem grandes pretensões profissionais. Aos dezesseis anos, incentivada pelo irmão, Adriana procurou uma pequena agência de sua cidade e fez algumas fotos despretensiosas, a partir das quais começou a ser chamada para fazer pequenos desfiles e catálogos de moda. As fotos para uma campanha de Natal das lojas Mesbla tinham se tornado até então seu maior trabalho.

Com corpo e rosto indistintamente belos, mas uma beleza ainda em estado bruto, Adriana, então com 18 anos, foi chamada para se apresentar na Class Modelos, em São Paulo (uma das melhores agências brasileiras de então, filiada à Ford Models americana). Com seu book embaixo do braço, Adriana chegou à agência como uma garota típica de sua idade, vestindo roupas desgrenhadas e falando gírias tipicamente surfistas. No entanto, os agentes da Class viram na moça um imenso potencial e decidiram investir nela.

Com extraordinária beleza e dotada de medidas apropriadas para o mundo da moda (58 kg distribuídos em 1,73 metro de altura), a Cinderela de Santo André, como seria carinhosamente chamada, logo foi convidada a fazer definitivamente parte da equipe da Class. Seis meses depois, Adriana já era a modelo mais requisitada da agência.

Foi preciso apenas pouco mais de um ano para a carreira de Adriana tomar um rumo definitivo ao estrelato. Em 1989, ela venceu em primeiro lugar na etapa brasileira do concurso Supermodel Of The World, e logo depois ficou entre as 12 mulheres mais lindas do planeta na final mundial, em Los Angeles.

Em pouco tempo, Adriana teria seu rosto estampado em revistas do Brasil e do mundo e participaria de diversos desfiles, ensaios fotográficos e comerciais (Palmolive, Bob's, Pool, Mappin, Bis, Divina Decadência, entre outros).

Com o sucesso, ela se tornou presença obrigatória em revistas como Nova, Máxima, Moda Brasil, Manequim, Cláudia, Faça Fácil, entre dezenas de outras publicações.

Muito disciplinada, muitas vezes era flagrada sorvendo um iogurte e comendo uma maçã no intervalo entre uma sessão de fotos e outra, mesmo após horas em estúdio. Adriana era tida como exemplo de sucesso e profissionalismo e ferozmente disputada no mundo da moda — todos queriam tê-la como modelo.

No fim de 1989, Adriana já tinha o melhor cachê publicitário do país em sua área, além de viagens marcadas para o Japão, Nova York, Milão e Paris. Ela já tinha se transformado em uma mulher com uma carreira de milhões de dólares e estava pronta para se firmar como o "Rosto dos Anos 90".

Morte

Adriana era uma jovem cheia de energia e gostava de aproveitar cada minuto de sua vida como se fosse o último. Na sexta-feira, 26 de janeiro, após sair de um casamento, mesmo sem ir se trocar em casa, ela decidiu aproveitar o pouco tempo que tinha do fim de semana em companhia do namorado Ciro de Azevedo Marques e dos amigos Dagoberto da Costa e Cláudia Bassaneto. O grupo então rumou para um sitio no interior de Minas Gerais, num Gol branco 1985, de propriedade de Adriana.

Durante o final de semana no Sítio Vale à Vista, em Ouro Fino, Adriana, junto com o namorado e o casal de amigos, começou a beber álcool e a usar drogas. Por volta das 14 horas do sábado 27, ela passou mal, caiu no chão e, sufocada, começou a se contorcer e a gritar. Nenhum de seus amigos conseguiu segurá-la em virtude da agitação e da enorme força que apresentou, mas com medo de levá-la ao hospital devido ao estado em que se encontravam, tentaram reanimá-la ali mesmo. Duas horas e meia depois, ao perceber que a modelo não melhorava, resolveram finalmente levá-la ao hospital de Ouro Fino com a ajuda de um vizinho que ouviu os gritos de Adriana e veio socorrê-la.

A modelo já chegou morta ao hospital em virtude de uma Parada Cardiorrespiratória e, minutos depois, o médico finalmente constatou sua morte cerebral. Ela havia ingerido uma combinação fatal de cocaína, maconha, álcool e diazepan, substâncias que foram detectadas no seu exame cadavérico. O diazepan é comumente encontrado em pílulas de emagrecimento.

Seu namorado e o casal acompanhante foram na época acusados de omissão de socorro, tráfico e tentativa de ocultar a verdadeira causa da morte. No sítio, foram encontrados um espelho quebrado (usado para cheirar cocaína) e tubos para aspiração do pó. Constatou-se, no entanto, que antes de a polícia civil chegar ao local, havia sido feita uma "limpeza" de outros vestígios. O processo jurídico da morte da modelo se arrastou por anos, foi arquivado e ninguém foi condenado.

A morte trágica de Adriana de Oliveira, de apenas 20 anos, provocou grande atenção da mídia sobre o caso, bem como criou grande comoção na sociedade brasileira, em especial na paulista. A princípio, não se conseguiu entender como uma pessoa que tinha uma vida aparentemente tão cor-de-rosa poderia se envolver com drogas. Seu caso serviu como um grande alerta para o problema das drogas entre os jovens e é freqüentemente citado como exemplo do perigo que o uso de tais entorpecentes pode representar.

O comercial da marca Kibon - tirado do ar logo após sua morte - foi o último filmado pela modelo e estampava em horário nobre as telas de televisão em todo o país.

A overdose interrompeu a vida de uma garota linda e cheia de sonhos, tida por todos como uma pessoa meiga, doce, brincalhona e cheia de ideais, além de muito profissional, e que aproveitava qualquer tempo livre para se divertir. Adriana adorava surfar, e não se importava em se aventurar, mesmo que isso significasse meter os pés na lama ou levar arranhões em trilhas no mato. Ela já fazia planos de abandonar a carreira em poucos anos, ainda no auge, e montar seu próprio negócio.

Pouco antes de sua morte, a modelo havia feito fotos para duas revistas americanas e para a Vous canadense. Infelizmente, o destino quis que ela fosse lembrada para sempre assim, excepcionalmente bela e jovem.

Mesmo hoje, anos após sua morte, Adriana figura nas lembranças das muitas pessoas que a admiravam e que nunca entenderam o porquê de sua morte, assim como a de outras estrelas de renome, também ceifadas da vida por uma overdose, como River Phoenix, Elis Regina e Janis Joplin.

Fonte: Wikipédia

Daniella Perez

DANIELLA PEREZ GAZOLLA
(22 anos)
Atriz e Bailarina

* Rio de Janeiro, RJ (11/08/1970)
+ Rio de Janeiro, RJ (28/12/1992)

Daniella Perez Gazolla foi uma atriz e bailarina, casada com o ator Raul Gazolla e filha da autora de telenovelas Glória Perez.

Na TV, Daniella Perez participou das novelas "De Corpo e Alma", "O Dono do Mundo" e "O Bofe", todas na TV Globo e "Kananga do Japão" na TV Manchete.

Daniella tinha 22 anos quando foi brutalmente assassinada pelo seu colega de trabalho, o ex-ator Guilherme de Pádua, 23 anos à época, e sua esposa Paula Nogueira Thomaz, 19 anos à época, que estava grávida.


O Assassinato

Em 1992 a atriz Daniella Perez interpretava a personagem Yasmin na novela "De Corpo e Alma" de autoria de sua mãe Glória Perez, par romântico do personagem Bira, vivido pelo ator Guilherme de Pádua.

Na tarde do dia 28 de dezembro, Daniella e Guilherme gravaram a cena do fim do romance de Yasmin e Bira, logo após a cena, o ator teve uma crise de choro e procurou inquieto por Daniella por diversas vezes no camarim, o que foi presenciado por camareiras do estúdio. Segundo as camareiras ele entregou a Daniella dois bilhetes mas a jovem se recusou a dizer do que se tratavam, apenas aparentou grande nervosismo.

No fim da tarde, Guilherme de Pádua deixou o estúdio Tycoon na Barra da Tijuca onde a novela era gravada, foi até seu apartamento na Avenida Atlântica em Copacabana e buscou sua mulher Paula Nogueira Thomaz, grávida de 4 meses.

Munidos de um lençol e um travesseiro, o casal deixou o prédio novamente em direção ao estúdio Tycoon, onde Daniella continuava gravando. Ao chegar ao local, Paula Thomaz ficou esperando no estacionamento deitada no banco de trás do Santana de  Guilherme de Pádua, coberta com um lençol enquanto o ator retornou ao estúdio.

Daniella e sua mãe Glória Perez
Por volta de 21:00 hs, Daniella acabou de gravar suas cenas e deixou os estúdios se dirigindo ao estacionamento na companhia de Guilherme de Pádua. No estacionamento tiraram fotos com fãs e após as fotos, depois de uma conversa, a atriz saiu do estúdio dirigindo seu Escort, logo após Guilherme de Pádua saiu atrás dirigindo seu Santana.

Minutos depois, Daniella parou no Posto Alvorada localizado na Avenida Alvorada para abastecer. Na saída do posto, seu carro foi fechado pelo Santana de Guilherme de Pádua que a esperava no acostamento. Após a fechada, os dois descem de seus respectivos carros e Guilherme de Pádua desfere um soco no rosto da atriz que cai desacordada. Soco esse que foi presenciado por dois frentistas do posto.

Guilherme de Pádua então colocou a atriz desacordada no banco de trás de seu Santana, que passou então a ser dirigido por Paula Thomaz. Guilherme de Pádua tomou a direção do Escort de Daniella e ambos sairam do posto em direção à Avenida das Américas. Da Avenida das Américas, os carros entraram na Rua Cândido Portinari, uma rua deserta da Barra da Tijuca, e pararam em um terreno baldio.

No terreno baldio, Guilherme de Pádua e Paula Thomaz começam a apunhalar Daniella dentro do carro, depois transportaram o corpo da atriz para o matagal onde continuam as estocadas, com uma tesoura. A perícia comprovou que Daniella Perez foi morta com 18 estocadas que atingiram o pulmão, o coração e o pescoço da atriz. O advogado Hugo da Silveira passava pelo local do crime, achou estranho dois carros parados em um local ermo, e pensando se tratar de um assalto, anotou as placas e põde ver que um casal estava no Santana, podendo ver também uma mulher de rosto redondo que concluiu se tratar de Paula Thomaz, posteriormente reconhecida pela testemunha. Hugo da Silveira após chegar em casa chamou a polícia.

A polícia ao chegar ao local, só encontrou o Escort de Daniella. Enquanto um policial ia comunicar o descobrimento do veículo, outro policial se escondeu atrás de uma moita, pelo fato do local ser muito perigoso e aí foi encontrado o corpo de Daniella.

Na delegacia, Guilherme de Pádua e Paula Thomaz chegaram a consolar a mãe e o marido da atriz, o ator Raul Gazolla.

A polícia com a placa do carro anotada foi até os estúdios Tycoon e descobiu ser do carro do ator Guilherme de Pádua, porém a placa anotada foi OM-1115 e placa do ator na planilha do estúdio era LM-1115, o que mais tarde se comprovou que a placa foi adulterada pelo ator, transformado o L em um O, fato que ajudou a derrubar a versão da defesa de crime passional, uma vez que não se adultera placa de carro em crime passional. Assim a polícia chegou ao suspeito.

Na manhã do dia 29 de dezembro, a polícia chegou ao apartamento de Guilherme de Pádua e ele foi levado para a delegacia. Inicialmente o ator negou a autoria do crime mas no mesmo dia acabou confessando. Numa conversa com os policiais, Paula Thomaz chegou a confessar a participação no crime, mas em depoimento negou a autoria do crime, o delegado do caso também chegou a ouvir um telefonema de Guilherme de Pádua para Paula Thomaz, em que ele dizia para ela que iria segurar tudo sozinho, assim a polícia também passou a suspeitar de Paula Thomaz.

Guilherme de Pádua e Paula Thomaz ficaram presos definitivamente no dia 31 de dezembro .

Guilherme de Pádua em seus depoimentos afirmou que cometeu o crime sozinho, sob forte tensão emocional, afirmando que Daniella o assediava, pressionando para que ele terminasse seu casamento com Paula Thomaz e assumisse um romance com ela. Em agosto de 1993, o ator mudou seu depoimento, afirmando que Paula Thomaz também estava no local do crime. No entanto, Paula Thomaz sempre negou estar no local, acusando Guilherme de Pádua de ter matado Daniella sozinho.

Daniella e Stênio Garcia
Repercussão

O país acordou chocado com a brutalidade do assassinato, mais tarde a indignação seria ainda maior ao saber que o assassino era o ator Guilherme de Pádua.

No mesmo dia, 29 de dezembro, o presidente Fernando Collor de Mello renunciava à Presidência da República, mas o assassinato dominou as rodas de conversas de todo o país. Uma multidão se concentrou na porta da delegacia. O crime foi destaque em todos os telejornais no Brasil e até no exterior, como na CNN americana e na BBC de Londres.

Emenda Popular

A indignação popular que se seguiu a esse episódio, resultou na alteração, por iniciativa da autora Glória Perez, da Lei dos Crimes Hediondos, que conseguiu mais de 1 milhão de assinaturas: a partir daí, o homicídio qualificado (praticado por motivo torpe ou fútil, ou cometido com crueldade) passou a ser incluído na Lei dos Crimes Hediondos, que não permite pagamento de fianças e impõe que seja cumprido um tempo maior da pena para a progressão do regime fechado ao semi-aberto. Em 2006, o Supremo Tribunal Federal considerou inconstitucional a proibição de progressão de regime.

Daniella e Fábio Assunção
Julgamento

Guilherme de Pádua Thomaz foi levado a julgamento em janeiro de 1997. Em depoimento, afirmou que Paula Thomaz deu as tesouradas sozinha, e que Daniella tinha ido ao local do crime por sua própria vontade, o ator disse também que levou a atriz ao local do crime para provar para sua esposa Paula Thomaz que não tinha um caso com Daniella.

Em 23 de janeiro, o júri condenou o ator por 5 votos a 2. O juiz José Geraldo Antônio leu a sentença de 19 anos de prisão sob forte aplauso da platéia no Tribunal.

Em Maio de 1997, foi a vez de Paula Nogueira Thomaz ir a júri popular. Em depoimento Paula Thomaz negou estar no local do crime alegando uma versão fantasiosa de que teria passado 8 horas no Barra Shopping sendo que não foi vista por ninguém, nem apresentou nenhuma prova que estivesse no local.

Em 16 de maio, Paula Thomaz foi condenada pelo júri por 4 votos a 3, a leitura da sentença pelo juiz José Geraldo Antônio, que condenou a ré a 18 anos e seis meses, foi transmitida ao vivo pela TV.

Prisão

Na prisão, nasceu o filho de Paula Thomaz e Guilherme de Pádua, Felipe, em maio de 1993.

O casal se divorciou ainda na prisão após a mudança da versão de Guilherme de Pádua para o crime, ao dizer que Paula Thomaz também participou.

Ambos saíram da cadeia antes de cumprirem 7 anos de pena em 1999, o que gerou muita indignação.

Daniella e seu esposo Raul Gazolla
Motivação do Crime

A versão provada no tribunal da motivação do crime, foi a apresentada pelo promotor Maurício Assayag e pelo advogado de acusação Arthur Lavigne. Segundo ela, Guilherme de Pádua era quem assediava Daniella. Dias antes do crime, Guilherme de Pádua teria ficado inseguro ao receber os capítulos da novela e visto que ele não estaria em 2 capítulos, pensou que seu personagem estava diminuindo por influência de Daniella que era filha da autora. Supondo que Daniella havia contado à mãe das suas investidas, o ator armou a mão da esposa, que tinha muito ciúmes de Daniella.

Fonte: Wikipédia e Daniella Perez - Arquivos de um Processo
#FamososQuePartiram #DaniellaPerez