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Eurico Miranda

EURICO ÂNGELO DE OLIVEIRA MIRANDA
(74 anos)
Político, Jurista e Dirigente Esportivo

☼ Rio de Janeiro, RJ (07/06/1944)
┼ Rio de Janeiro, RJ (12/03/2019)

Eurico Ângelo de Oliveira Miranda, mais conhecido como Eurico Miranda, foi um político, jurista e dirigente esportivo, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 07/06/1944.

Eurico Miranda foi o mais conhecido presidente da história do Vasco da Gama, exercendo o mandato por duas vezes, de 2003 a 2008, e de 2015 a 2017. Também foi vice-presidente de futebol do clube entre 1990 e 2002, tendo participado do período das maiores conquistas do clube, como o Campeonato Brasileiro de 1997, a Copa Libertadores de 1998, a Copa João Havelange de 2000 e a Copa Mercosul de 2000.

Eurico Miranda é filho de portugueses, Álvaro e Alexandra, naturais do concelho de Arouca, concelho da Grande Área Metropolitana do Porto, que, na década de 1930, emigraram para o Brasil, fugindo do regime de António Salazar.

Criado na Zona Sul do Rio de Janeiro, estudou no Colégio Santo Inácio, em Botafogo, um colégio jesuíta frequentado por boa parte da elite carioca. Acabou por ser convidado a se retirar do colégio por causa de brigas e por sempre ir com a camisa do Vasco por cima do uniforme, o que não era permitido, apesar de nunca terem o visto usando uma camisa do Vasco em toda história.

Eurico Miranda passou no vestibular para Fisioterapia, formou-se e chegou a exercer a profissão antes de decidir ingressar na Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

Foi durante o curso de direito que Eurico Miranda, então com 23 anos, ingressou nas atividades administrativas do Club de Regatas Vasco da Gama, sendo Diretor de Cadastro em 1967.

Dirigente do Vasco da Gama

Em 1969, o presidente do Vasco da Gama era Reinaldo de Matos Reis, que não agradava à maioria dos conselheiros, mas que era defendido por Eurico Miranda, então já Vice-presidente de Patrimônio. Foi realizada uma reunião na sede náutica do clube, na Lagoa Rodrigo de Freitas, para decidir a cassação do seu mandato. Porém houve uma falta de energia e a reunião foi então adiada. No dia seguinte o jornal O Globo publicou uma fotografia que mostrava uma mão desligando o quadro de energia. O título da reportagem era: "A Mão de Eurico"Eurico Miranda entrava assim para a história e política ativa do clube.

Apesar da mão de Eurico Miranda, Reinaldo de Matos Reis acabou por perder a presidência. Assumiu Agarthyno da Silva Gomes, então vice-presidente, em mandato interino até o fim de 1970. Eurico Miranda mais tarde passou a participar da administração de Agarthyno, apoiando-o. Porém em 1976 passou para a oposição do clube e apoiou a candidatura de Medrado Dias. O seu candidato acabou perdendo as eleições. Nesta época, Eurico ainda mantinha um escritório de advocacia, mas cada vez mais se dedicava à política do clube.

Em 1979, foi formada a chapa União Vascaína, que contava com Olavo Monteiro de Carvalho, Pedro Valente, Alberto Pires Ribeiro, Amadeo Pinto da Rocha e Antônio Soares Calçada, para além de Eurico Miranda. O grupo foi batizado de "Seis Homens de Ouro" e tinha como objetivo assumir a presidência do clube, há 10 anos entregue a Agarthyno.

O objetivo foi alcançado e em 1980 Alberto Pires Ribeiro tornou-se o 40º presidente da história do clube, Eurico Miranda passou a ser o seu assessor especial e foi nomeado representante do clube na Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ).

Eurico Miranda apareceu na mídia em 1980 ao trazer de volta do Barcelona o ídolo do clube, Roberto Dinamite. Isso lhe deu mais poder político e nas eleições para presidência para o triênio 1983-1986, ele separou-se dos "Seis Homens de Ouro" e concorreu contra outro membro do grupo, Antônio Soares Calçada. Porém perdeu as eleições. Três anos mais tarde voltou a concorrer, para mais uma derrota para Antônio Soares Calçada.

Antônio Soares Calçada decidiu então convidar Eurico Miranda para assumir o cargo de vice-presidente do departamento de futebol. Como vice-presidente Eurico Miranda esteve envolvido na venda de Romário para o PSV em 1988 e, no ano seguinte, na compra do Bebeto, ídolo do rival Flamengo.

Apesar de ser vice-presidente, Eurico Miranda aparentava gozar de mais poder político que o próprio presidente Antônio Soares Calçada, que tinha uma personalidade mais calma. A sua posição política aumentou com a conquista do Campeonato Brasileiro de 1997 e da Taça Libertadores de 1998, entre muitos outros títulos em diversos esportes, no bem-sucedido ano do Centenário do clube. Ele foi também responsável pela parceria do clube com o Bank Of America, que investiu US$ 150 milhões e criou a Vasco da Gama Licenciamentos (VGL).

Eurico Miranda permaneceu como vice-presidente de futebol até Antônio Soares Calçada terminar o seu último mandato, quando voltou a concorrer à presidência, 14 anos após a sua última tentativa. Desta vez Eurico Miranda alcançou a presidência, com o apoio de Antônio Soares Calçada. Foi reeleito em 2003 e afirmou que seria o seu último mandato, mas acabou por concorrer novamente.

A partir de seu segundo mandato, sua imagem como dirigente começou a se desgastar e a encontrar forte resistência em meio a torcida, devido aos sucessivos insucessos do Vasco nas competições das quais participava.

Nas eleições para o mandato de 2007-2009, Eurico Miranda concorreu contra o antigo ídolo do clube, Roberto Dinamite. Ele venceu por uma pequena diferença de 439 votos, mas foi acusado de compra de votos e adulteração do resultado das eleições. A oposição moveu duas ações judiciais questionando o resultado. Com o resultado das eleições sub judicie, presidiu o clube interinamente até meados de 2008, quando por determinação da Justiça foram realizadas novas eleições.

Eurico Miranda tentou de todas as maneiras impedir a realização de novas eleições, chegando até mesmo a interditar o calabouço, uma das sedes do clube onde as mesmas seriam realizadas. Por fim, sem saída, aceitou o novo pleito, porém recusou-se a se candidatar novamente indicando em seu lugar o Benemérito e amigo de longa data, Amadeu Pinto da Rocha. Por fim, a chapa a qual apoiava acabou por perder, pondo fim a mais 40 anos de influência direta de Eurico Miranda no executivo vascaíno.

Em 11/11/2014, em eleição recorde no clube, foi novamente eleito presidente do Vasco da Gama com a chapa "Volta Vasco, Volta Eurico". Obteve mais de 50% dos votos e derrotou as chapas compostas por Julio Brant e Edmundo e a chapa de Roberto Monteiro. Em sua campanha, usou como foco principal que em sua volta o respeito ao Vasco da Gama voltará.

Conhecido por suas bravatas, sendo a mais conhecida a de que o Vasco não cairia para a segunda divisão com o seu comando, Eurico Miranda viu o time realizar um primeiro turno pífio, acumulando 13 pontos, no Campeonato Brasileiro da Série A. Manteve o discurso de que o Vasco não cairia em seu mandato, chegando a afirmar que iria para a Sibéria caso isso acontecesse, mas no dia 06/12/2015, viu o Vasco ser rebaixado pela terceira vez em sua gloriosa história, sendo a segunda com sua participação direta.

Relacionamento com a
Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro

A partir da ascensão de Eurico Miranda no Vasco e de Eduardo Viana, apelidado de Caixa D'água, na Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro em 1986, parte da imprensa (mais comumente o jornalista Renato Maurício Prado), tem afirmado uma ligação entre ambos os citados, o que supostamente teria resultado em benefícios ao Vasco no Campeonato Carioca de Futebol durante este período. Porém, nada jamais foi provado.

O grupo Casaca!, que apoia Eurico Miranda, contestou a teoria de que o Vasco seria beneficiado pela Federação em função de Eurico, fazendo um levantamento sobre o período de 1986 a 2006 (em que tanto Eurico Miranda esteve à frente do Vasco quanto Eduardo Viana à frente de Federação), mostrando que neste período o Vasco foi decisivamente prejudicado pela arbitragem nos Campeonatos Cariocas de 1986, 1996, 1999, 2000, 2001, 2004 e 2005, anos em que o Vasco não conseguiu o título, e citando erros da arbitragem contra o Vasco também em anos em que o Vasco acabou sendo campeão: 1987, 1988, 1992, 1994 e 2003.

Vida Política

Em 1990, Eurico Miranda decidiu se candidatar a Deputado Federal pelo Partido Liberal (PL), apesar de já ter o cargo de vice-presidente do Vasco da Gama. Não conseguiu ser eleito, mas nas eleições de 1994 voltou a se candidatar, agora pelo PPB, e conseguiu ser eleito para Deputado Federal pelo Estado do Rio de Janeiro.

Em 1998 foi novamente eleito, mas em 2001 foi pedida a cassação do seu mandato por efetuar uma operação de câmbio não autorizada. Eurico Miranda foi acusado de promover evasão de divisas do país. Apesar disso, ele voltou a concorrer nas eleições de 2002, porém não foi eleito, perdendo assim a imunidade parlamentar.

Em 2006, Eurico Miranda teve a sua candidatura indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro. Segundo o argumento da juíza Jaqueline Montenegro, por falta de condições morais para exercer um mandato. Porém Eurico Miranda recorreu da decisão e no mês seguinte teve a sua candidatura confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Processos Judiciais

Ao longo da sua vida pessoal e política, Eurico Miranda esteve sempre envolvido em processos judiciais.

Em 2001, ele foi multado em 150 salários mínimos pelos incidentes ocorridos num jogo do Campeonato Brasileiro entre Vasco da Gama e Gama.

O ano de 2004 foi particularmente cheio de processos judiciais para Eurico Miranda. Em Fevereiro foi decretada a sua prisão por não ter comparecido a um julgamento sem dar explicações. No mês seguinte foi condenado a seis meses de prisão por ter agredido o jornalista Carlos Monteiro, porém recorreu e teve a prisão convertida em multa a ser paga ao agredido. Em abril foi a vez de Eurico Miranda processar um jornalista, mas também perdeu a ação movida. Eurico Miranda alegou que se sentiu ofendido pelas expressões "pernicioso" e "euricadas" usadas pelo jornalista Juca Kfouri na sua coluna no jornal Lance!.

Em outra ação contra a imprensa, agora a Infoglobo, Eurico Miranda pediu uma indenização pela notícia publicada em 21/07/2002 pelo jornal Extra que o acusava de desviar R$ 20 milhões do patrimônio do Vasco da Gama. Além de perder o caso, Eurico Miranda foi ainda obrigado a pagar os custos processuais e honorários dos advogados.

Por suspeita de desvio de dinheiro, uma nova investigação foi iniciada em 2007. Em questão estava a venda do jogador Paulo Miranda, em 2001, para o clube francês Bordeaux. O empresário Logbi Henouda, que participou da negociação, afirma que o Bordeaux pagou US$ 5,94 milhões pelo jogador, mas que Eurico Miranda declarou apenas US$ 2 milhões.

CPI do Futebol

Em 2001, Paulo Miranda foi alvo de uma série de denúncias na imprensa sobre diversas irregularidades em sua administração como vice-presidente e depois como presidente do Vasco. Houve uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar irregularidades na administração do futebol brasileiro e Paulo Miranda foi um dos acusados no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Foi aberto um processo de cassação contra ele, mas sua cassação não foi aprovada. Como Eurico Miranda não foi reeleito deputado em 2002, perdeu a imunidade parlamentar e teve abertos vários processos contra si na justiça.

Em 2006 foi aberto um novo processo judicial contra Eurico Miranda, agora por apropriação indébita. A acusação foi o resultado das investigações feitas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). De acordo com o Ministério Público, Eurico Miranda, enquanto presidente do Vasco da Gama, deixou de recolher contribuições previdenciárias, lesando o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Além de Eurico Miranda, também foram acusados Antônio Soares Calçada, ex-presidente vascaíno, e Amadeu Pinto da Rocha, vice-presidente.

Em 2007 foi conhecida a decisão do Tribunal e Eurico Miranda foi condenado a 10 anos de prisão e ao pagamento de uma multa de R$ 53 mil. Entretanto ele teve o direito de recorrer em liberdade e o processo está de volta aos tribunais.

No dia 18/04/2008, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça anulou, por unanimidade, a sentença, baseada na CPI do Futebol, que condenava Eurico Miranda.

Briga Com a Rede Globo

Desde o acidente ocorrido na final da Copa João Havelange de 2000, onde 168 pessoas ficaram feridas, que Eurico Miranda tem tido problemas com a Rede Globo. Ele acusa a emissora de formar opiniões, jogando as pessoas contra ele. A Rede Globo por sua vez alega que Eurico Miranda, através da VGL, deve à empresa R$ 19 milhões, referente a um empréstimo feito ao clube.

Como provocação, no último jogo da Copa João Havelange, Eurico Miranda fez o clube entrar em campo com o logotipo do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), emissora concorrente da Rede Globo. Isso aumentou ainda mais a briga entre a emissora e Eurico Miranda.

Eurico Miranda brigou com a emissora depois que a mesma deixou de cumprir suas obrigações com o clube referente aos direitos de transmissão durante quase um ano.

Vida Após Vasco

Após sua chapa ser derrotada nas eleições para o Conselho Deliberativo nas eleições de 2008, Eurico Miranda passou um período afastado do Vasco, clube no qual esteve presente nos últimos 40 anos. Após a posse da nova diretoria, sua presença em São Januário tornou-se rara, apesar de possuir o título de Grande Benemérito do clube.

Desde então, Eurico Miranda tinha retomado suas atividades no ramo da advocacia, já que possuía um escritório no centro da cidade do Rio de Janeiro. Sem a pesada rotina de dirigente esportivo, Eurico Miranda passou mais tempo junto da família e viajava com frequência para sua casa em Angra dos Reis.

A Volta ao Vasco

Em janeiro de 2010, a chapa composta por Eurico Miranda e Silvio Godoi venceu a eleição para a presidência do Conselho de Beneméritos do Club Vasco. Desde então, Eurico Miranda se firmou como um dos principais opositores à gestão de Roberto Dinamite.

Em novembro de 2014, foi eleito para seu 4° mandato como presidente do Vasco com mais de 50% dos votos em eleição com recorde de participantes.

Morte

Eurico Miranda faleceu na terça-feira, 12/03/2019, aos 74 anos, no Hospital Vitória, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, vítima de câncer no cérebro. Nos últimos meses, Eurico Miranda não havia feito aparições públicas. Seu estado de saúde se agravou, inclusive com dificuldade para se alimentar. A família montou uma UTI em casa, com Home Care, com enfermeiras se revezando para cuidar da saúde de Eurico Miranda. Visitas, inclusive das pessoas mais próximas, eram controladas pela família.

De ambulância, ele foi levado ao hospital na manhã de terça-feira, 12/03/2019. Lá não resistiu e morreu no início da tarde. Em nota oficial, o Hospital Vitória informou:
"O advogado Eurico Miranda, presidente do Conselho de Beneméritos do Club de Regatas Vasco da Gama, faleceu no início da tarde desta terça-feira, em decorrência de complicações secundárias ao câncer. A instituição se solidariza com os familiares e amigos."
Eurico Miranda deixou quatro filhos e sete netos.

Atualmente, ele estava no cargo de presidente do Conselho de Beneméritos do Vasco. O treino do time profissional marcado para a tarde de terça-feira, 12/03/2019, que seria realizado em São Januário, foi cancelado.

O velório começou na terça-feira, 12/03/2019, a partir das 18h00 na Capela Nossa Senhora das Vitórias, que fica na sede do clube em São Januário, e foi aberto ao público. O corpo seguirá para o Cemitério São João Batista, onde será sepultado na tarde de quarta-feira, 13/03/2019, apenas com a presença dos familiares.

#famososquepartiram #euricomiranda

Glauco Villas Boas

GLAUCO VILLAS BOAS
(53 anos)
Desenhista e Cartunista

* Jandaia do Sul, PR (10/03/1957)
+ Osasco, SP (12/03/2010)

Mudou-se para Ribeirão Preto em 1976, e após ser descoberto pelo jornalista José Hamilton Ribeiro, publicou seus primeiros trabalhos no jornal Diário da Manhã.

Foi premiado no Salão Internacional de Humor de Piracicaba em 1977, por um júri formado por Jaguar, Millôr Fernandes, Henfil e Angeli, e mais tarde na 2ª Bienal de Humorismo y Gráfica de Cuba.

Em 1984, ao desenvolver sua "Autobiografia Com Exageros", começou a publicar no caderno Ilustrada do jornal Folha de São Paulo, convidado por Angeli, onde mostrou vários personagens, entre eles Geraldão, criado em 1981 após ler A Erva do Diabo, de Carlos Castaneda. Logo também vieram Casal Neuras, Doy Jorge, Dona Marta e Zé do Apocalipse.

Fez parte do elenco de redatores da TV Pirata e de alguns quadros do programa infantil TV Colosso, ambos da Rede Globo, para a qual também desenvolveu vinhetas.

Editou a revista Geraldão pela Circo Editorial entre 1987 e 1989 e, nesse período, foi colaborador das revistas Chiclete com Banana e Circo.

Músico, também tocava em bandas de rock. Para o público infantil, leitor do suplemento semanal Folhinha criou o personagem Geraldinho, que é uma versão light (no traço e na temática) do seu personagem Geraldão.

Era adepto do Santo Daime, e foi padrinho fundador da igreja animista Céu de Maria, que ficava em sua casa em Osasco.

Estilo

Com um humor ácido, piadas rápidas, traços limpos, "ultrassofisticado no pensamento" e com "um jeito particular, que unia inocência e malícia", Glauco colaborou para a modernização do projeto gráfico e do estilo dos cartoons brasileiros em período coincidente com o do advento de uma geração pós-ditadura.

Os trabalhos do cartunista expressavam "o singelo, uma expressão quase infantil", em resultado que mostrava a valorização do sentido urgente do humor.

A abordagem dos seus trabalhos era o cotidiano e a sua degradação. Problemas conjugais, neurose, solidão, drogas e violência urbana eram retratadas "sempre com graça e compaixão".

O nome de Glauco sempre esteve associado aos de Angeli e Laerte, "a santíssima trindade dos quadrinhos brasileiros", pela afinidade e por trabalharem no mesmo jornal durante 25 anos.

Morte

Glauco foi assassinado em Osasco na madrugada de 12/03/2010. Seu advogado divulgou à imprensa que o crime ocorrera durante uma tentativa de assalto seguido de sequestro: ele teria negociado com os bandidos, que o levariam e deixaram sua mulher e os dois filhos. Enquanto saíam de casa, um outro filho de Glauco (Raoni, de 25 anos) chegou ao local e tentou dissuadir os assaltantes, que atiraram e mataram pai e filho.

Esta versão foi posteriormente desmentida pela polícia que, após colher depoimentos das testemunhas do crime, chegaram ao nome do universitário Carlos Eduardo Sundfeld Nunes. Armado com uma pistola automática e uma faca, o suspeito teria chegado ao local disposto a levar Glauco e sua família para a casa de sua mãe em São Paulo com o objetivo de afirmar à mulher que ele era Jesus Cristo. Glauco tentou negociar para ir sozinho, e chegou a ser agredido. No momento da discussão, porém, Raoni chegou de carro. Em seguida, Carlos Eduardo atirou contra pai e filho, por motivos ainda não esclarecidos.

O universitário foi detido na Ponte da Amizade na madrugada de 15 de março enquanto tentava fugir para o Paraguai e, confrontado pela polícia, confessou o crime.

Glauco e Raoni foram enterrados no cemitério Gethsêmani Anhanguera, zona norte de São Paulo.

Fonte: Wikipédia


Tânia Scher

TÂNIA SCHER
(61 anos)
Atriz


* Rio de Janeiro, RJ (12/03/1947)
+ Rio de Janeiro, RJ (09/08/2008)

A atriz Tânia Scher começou sua carreira no cinema, no final dos anos 60. Estreou em "Todas as Mulheres do Mundo", e se tornaria um rosto constante no cinema da década de 70.

Entre os diversos filmes que Tânia Scher atuou, destacam-se “Todas as Mulheres do Mundo”, “A Espiã Que Entrou em Fria”, “O Bolão”, “A Nova Estrela”, “Motel”, “Um Casal de 3″ e “A Menina do Lado”.

Na TV ela estreou em 1970 em um pequeno papel em "A Próxima Atração" e fez várias novelas e minisséries, sempre na TV Globo. Sua única atuação fora da Globo foi na minissérie "A.Rainha da Vida" da TV Manchete, que fez ao lado de Florinda Bolkan.

Ela foi casada com o piloto e diretor do Autódromo de Jacarepaguá, no Rio, Norman Casari, com quem teve uma filha.

A atriz, que estava afastada da carreira, morreu vítima de insuficiência respiratória e problemas no fígado. Ela sofria de depressão e ficou internada três dias no Hospital Miguel Couto, no Rio de Janeiro, antes de falecer.