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Marco Maciel

MARCO ANTÔNIO DE OLIVEIRA MACIEL
(80 anos)
 Advogado, Professor e Político

☼ Recife, PE (21/07/1940)
┼ Brasília, DF (12/06/2021)

Marco Antônio de Oliveira Maciel foi um advogado, professor e político nascido em Recife, PR, no dia 21/07/1940. Foi deputado, governador de Pernambuco, senador e serviu como o 22º vice-presidente da República de 1995 a 2003.

Marco Maciel exerceu o cargo de senador de 2003 até 2011. Professor de Direito Internacional Público da Universidade Católica de Pernambuco (licenciado). Presidente da Câmara dos Deputados (1977-1979). Ministro de Estado da Educação e Cultura (1985-1986). Ministro-chefe do Gabinete Civil da Presidência da República (1986-1987), quando assumiu o mandato de senador. Eleito presidente do Partido da Frente Liberal (PFL), em 1987. Reeleito senador em 1990, em 1994 foi eleito vice-presidente da República Federativa do Brasil. Retornou ao Senado Federal, eleito em 2002. Assumiu, em 2007, a presidência da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. Nas eleições de 2010 não conseguiu se eleger para um novo mandato no Senado Federal, após 44 anos na política, ficando em terceiro lugar na votação.

Filho de José do Rego Maciel e Carmen Sílvia Cavalcanti de Oliveira, formou-se em direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) atuando depois como advogado. Quando nos bancos universitários, iniciou sua vida pública ao ser eleito presidente da União Metropolitana dos Estudantes de Pernambuco (UME), em 1963, realizando uma gestão que o levaria a romper com a cúpula da União Nacional dos Estudantes (UNE). A eleição para a União Metropolitana dos Estudantes de Pernambuco contou com o apoio financeiro do Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES), organização de direita criada no fim de 1961.


Nos anos vindouros, Marco Maciel se filiaria a Aliança Renovadora Nacional (ARENA), partido que apoiava o regime de ditadura militar então instaurado, e passaria a atuar na política partidária na qual estreou em 1966 ao se eleger deputado estadual e a seguir deputado federal nos anos de 1970 e 1974.

No decurso de seu segundo mandato foi eleito presidente da Câmara dos Deputados em março de 1977, para o biênio 1977-1979 e em sua gestão, o presidente Ernesto Geisel decretou o recesso do Congresso Nacional, através do Ato Complementar 102 em 01/04/1977, com o intuito de aprovar a reforma judiciária que fora rejeitada pelo parlamento que seria reaberto em 14/04/1977, após a outorga de duas emendas constitucionais e de seis decretos-leis regulamentando a reforma do judiciário e a reforma política, esta última caracterizada pela instituição dos chamados senadores biônicos.

Apesar de contrário à supressão das prerrogativas do Congresso Nacional, Marco Maciel acatou a decisão presidencial mas não tomou parte nas cerimônias que marcaram a vigência das medidas baixadas pelo Poder Executivo. Não polemizou no entanto a respeito do assunto e, em sinal de reconhecimento por sua postura, foi indicado governador biônico de Pernambuco pelo próprio Ernesto Geisel em 1978.

Ao longo de sua gestão montou uma equipe de técnicos e políticos que cerraram fileiras nas eleições de 1982, quando o Partido Democrático Social (PDS) pernambucano obteve um apertado triunfo, contra os oposicionistas do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), tendo à frente o senador Marcos de Barros Freire, então candidato a governador.

Eleito senador naquele ano, Marco Maciel teve seu nome lembrado como uma das alternativas civis à sucessão do presidente João Figueiredo, em face, sobretudo, de sua grande capacidade de articulação.

Marco Maciel discursa ao lado de Ulysses Guimarães, José Sarney e Tancredo Neves.
Frente Liberal

À medida que os debates sobre a sucessão presidencial tomavam forma as lideranças do Partido Democrático Social (PDS) viam surgir diversos nomes que tencionavam a indicação oficial do partido, dentre os quais, Marco Maciel. Entretanto a contenda derradeira aconteceu em 11/08/1984, quando o deputado federal paulista Paulo Maluf derrotou o Ministro do Interior, Mario Andreazza, na convenção nacional do Partido Democrático Social (PDS) por 493 votos a 350, fato esse que serviu como senha para que os dissidentes da legenda se agrupassem na chamada Frente Liberal (embrião do PFL, o atual Democratas) e a seguir hipotecassem o seu apoio à candidatura de Tancredo Neves, o candidato das forças de oposição ao Regime Militar de 1964.

Para a oficialização do acordo, os partidários de Tancredo Neves deveriam escolher um dos quadros da dissidência governista como candidato a vice-presidente e a escolha recaiu sobre o senador maranhense José Sarney, embora o próprio ungido tenha sugerido, sem sucesso, o nome de Marco Maciel.

Hábil na costura dos acordos políticos que asseguraram a vitória oposicionista no Colégio Eleitoral, logo o nome de Marco Maciel foi confirmado como o novo Ministro da Educação sendo o titular dessa pasta de 15/03/1985 até 14/02/1986 quando o presidente José Sarney, efetivado após a morte de Tancredo Neves, o remanejou para a chefia da Casa Civil onde Marco Maciel permaneceu até 30/04/1987.

No Plebiscito de 1993, Marco Maciel foi parte da Frente Presidencialista Republicana.

Vice-Presidente

De volta ao Senado Federal manteve seu apoio ao governo de José Sarney o que não o impediu de ser um dos entusiastas do apoio do Partido da Frente Liberal (PFL) à Fernando Collor de Mello nas eleições presidenciais de 1989, mesmo diante da candidatura pefelista de Aureliano Chaves.

Com a vitória de Fernando Collor em segundo turno sobre Luiz Inácio Lula da Silva, o Partido da Frente Liberal (PFL) passou a ocupar a base política do novo presidente. Reeleito senador em 1990, Marco Maciel passou à condição de líder do governo de Fernando Collor no Senado, função da qual declinou quando o processo de impeachment do presidente se apresentou irreversível.

Em agosto de 1994 foi escolhido pelo Partido da Frente Liberal (PFL) como o novo candidato a vice-presidente da República em substituição ao senador alagoano Guilherme Palmeira em virtude de denúncias de irregularidades na destinação de emendas orçamentárias que pesavam sobre esse último, sendo eleito e reeleito como companheiro de chapa de Fernando Henrique Cardoso em 1994 e 1998, respectivamente.

Em março de 1995 exerceu a presidência da república do Brasil pela primeira vez conforme ordenava a constituição da época. Recebeu em seu gabinete da Vice-Presidência da Republica, no Palácio do Planalto, o Título de Professor Visitante da UniverCidade/RJ, do jornalista e Reitor Paulo Alonso. Sua postura discreta permaneceu inalterada, mesmo diante dos episódios que levaram ao rompimento do Partido da Frente Liberal (PFL) com o Governo Federal às vésperas das eleições de 2002, nas quais Marco Maciel conquistou seu terceiro mandato como senador pelo estado de Pernambuco.

Imortal

Em 1991, foi eleito para a cadeira 22 da Academia Pernambucana de Letras (APL), antes ocupada pelo Monsenhor Severino Nogueira Leite, tomando posse em 27/07/1992.

Em 2003, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras (ABL), na cadeira do antecessor Roberto Marinho, tomando posse em 18/10/2003.

Morte

Marco Maciel faleceu na madrugada de sábado, 12/06/2021, aos 80 anos, em um hospital particular de Brasília, DF, onde estava internado desde o dia 29/03/2021. A morte foi em decorrência do Mal de Alzheimer, doença que o acometia desde 2014.

Marco Maciel deixa esposa e três filhos.

O velório aconteceu no Salão Negro do Senado Federal, fechado para parentes e amigos, das 14h30 às 16h30. O sepultamento ocorreu às 17h00, na Ala dos Pioneiros do Cemitério Campo da Esperança, em Brasília, DF.

Obras

  • 1984 - Idéias Liberais e Realidade Brasileira
  • 1987 - Educação e Liberalismo
  • 1987 - Liberalismo e Justiça Social

Fonte: Wikipédia
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