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Severo Gomes

SEVERO FAGUNDES GOMES
(68 anos)
Empresário e Político

* São Paulo, SP (10/08/1924)
+ Angra dos Reis, RJ (12/10/1992)

Foi Ministro da Agricultura no governo Castelo Branco, Ministro da Indústria e do Comércio no governo Geisel e Senador de 1983 a 1991 por São Paulo. Findo o mandato de Senador, foi escolhido Secretário da Ciência e Tecnologia do estado de São Paulo durante o governo de Luiz Antônio Fleury Filho.

Detentor de grande fortuna pessoal, notabilizou-se nacionalmente ao conciliar sua relevante vida política com as atividades empresariais de criação de gado na Amazonia e comando da sua fábrica dos cobertores Parahyba instalada em São José dos Campos, cidade localizada no Vale do Paraíba.

Faleceu em acidente aéreo junto a sua esposa Anna Maria Henriqueta Marsiaj. Além deles faleceram no acidente Ulysses Guimarães e a esposa Mora Guimarães, juntamente com o piloto do helicóptero de propriedade do Moinho São Jorge, que caiu no mar.

Sua vasta propriedade residencial em São José dos Campos foi transformada em espaço de convívio comunitário denominado Parque da Cidade Roberto Burle Marx.

Fonte: Wikipédia

Paulo Autran

PAULO PAQUET AUTRAN
(85 anos)
Ator

* Rio de Janeiro, RJ (07/09/1922)
+ São Paulo, SP (12/10/2007)

O ator Paulo Paquet Autran, conhecido como Paulo Autran, nasceu no Rio de Janeiro mas viveu em São Paulo desde criança.

Em 1945, formou-se em Direito na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. No mesmo ano, integrou o grupo de atores do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) com produções amadoras. Apesar de nunca ter freqüentado uma escola de teatro, estreou na Dramaturgia profissional com prêmio de melhor ator em 1949, na peça "Um Deus Dormiu Lá em Casa".

Desistiu da Advocacia e, com apoio da amiga Tonia Carrero, Paulo Autran iniciou-se definitivamente qualquer teatro - sua verdadeira paixão.

Para custear despesas de espetáculos, Paulo Autran fez muita televisão nos anos 60.

Não cinema, protagonizou clássicos como "Terra em Transe" de Glauber Rocha (1967). Participou, ainda, dos filmes "O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias" (2006), "A Máquina" (2005), "Artifícios" (2001), "Tiradentes" (1999), "Oriundi" (1999) e "Felicidade É ..." (1995), dentre outros.

Atuou em dezenas de espetáculos com adaptações de Shakespeare e Molière, mas foi vivendo o "Rei Lear" shakespeariano, aos 73 anos, que foi consagrada a sua melhor atuação no teatro de acordo com alguns críticos.

Casou-se com uma atriz Karin Rodrigues em 1999. Eles se conheceiam do teatro 30 anos antes. Tornaram-se amigos e confidentes na década de 70. Discretos, só formalizaram uma relação sem fim da década de 90, entre outros motivos para assegurar uma parte dela na herança. Embora casados, cada um vivia em seu apartamento, mas se viam todos os dias.

Paulo Autran confessava pelo menos duas grandes paixões em sua vida: uma atriz Odete Lara, com quem ele chegou a ter um romance, e Tonia Carrero, paixão que durou dois anos e levou Autran, um homem educadíssimo, a sair da linha. Em 1958, o então crítico de teatro Paulo Francis (1930-1997) publicou um artigo duríssimo criticando uma atuação de Tonia. Quando o viu, Autran não teve dúvidas: cuspiu-lhe na cara. Francisco, mais tarde, se retratou dizendo-se arrependido de ter insultado Tonia Carrero.

Participou das novelas "Sassaricando" (1987), "Guerra dos Sexos" (1983), "Os Imigrantes" (1981) e "Pai Herói" (1979), novelas da TV Globo e da Bandeirantes.

Em 1990, participou da novela "Brasileiras e Brasileiros", do SBT.

Paulo Autran atuou, ainda, na minissérie "Hilda Furação, da TV Globo em 1998.

Dos mais clássicos intérpretes brasileiros, Paulo Autran encenou quatro peças de Molière (1622-1673): "O Burguês Fidalgo", nos anos 60, "Como Sabichonas", também nos anos 60, "Tartufo", nos anos 80 e, em 2006 / 2007, "O Avarento", sua 90ª peça.

No dia 08 de agosto de 2007, Paulo Autran recebeu uma homenagem ao nível de sua reconhecida grandiosidade. O teatro do Sesc Pinheiros, em São Paulo, foi nomeado "Teatro Paulo Autran."

Depois da exibição de um vídeo em sua homenagem, Paulo Autran ficou sozinho não palco, seu segundo lar. Ele agradeceu e declamou o poema "Meus Oito Anos", de Casimiro de Abreu. "Oh! Que saudades que tenho / Da aurora da minha vida / Da minha infância querida / Que os anos não trazem mais!".

No ano anterior à sua morte, Paulo Autran passara por diversas internações, por conta de um Câncer de Pulmão. O tratamento (radioterapia e quimioterapia) não o impediu de seguir atuando em O Avarento - e nem de seguir fumando até quatro maços de cigarros por dia.

Faleceu aos 85 anos, depois de sofrer um Enfisema Pulmonar e por complicações decorrentes do Câncer. O ator foi internado na véspera, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, em estado grave, e precisou ser sedado. Ele fazia tratamento de rádio e quimioterapia e lutava contra um câncer de pulmão e enfisema pulmonar.

A pedido da família, a causa mortis não foi divulgada pela equipe médica que o acompanhava. Seu corpo foi velado na Assembléia Legislativa de São Paulo e cremado no Crematório da Vila Alpina.

Ulysses Guimarães

ULYSSES SILVEIRA GUIMARÃES
(76 anos)
Político, Advogado e Professor

* Itirapina, SP (06/10/1916)
+ Angra dos Reis, RJ (12/10/1992)

Ulysses Silveira Guimarães foi um político e advogado brasileiro que teve grande papel na oposição à ditadura militar e na luta pela redemocratização do Brasil. Morreu em um acidente aéreo de helicóptero no litoral ao largo de Angra dos Reis, sul do estado do Rio de Janeiro.

Infância e Juventude

Ulysses Guimarães nasceu na vila de Itaqueri da Serra, hoje distrito do município de Itirapina, que na época era parte do município de Rio Claro, no interior paulista. Filho de Ataliba Silveira Guimarães e de Amélia Correa Fontes, foi casado com Ida de Almeida Guimarães e teve dois filhos, Tito Enrique e Celina Ida.

Teve uma vida acadêmica ativa, participando do Centro Acadêmico XI de Agosto e exercendo a vice-presidência da União Nacional de Estudantes (UNE). Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).

Vida Profissional

Foi professor durante vários anos na Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie, onde veio a se tornar professor titular de Direito Internacional Público. Lecionou ainda Direito Municipal na Faculdade de Direito de Itu, e Direito Constitucional na Faculdade de Direito de Bauru.

Exerceu profissionalmente a advocacia, especializando-se em Direito Tributário.

No Santos Futebol Clube, Ulysses Guimarães se associou em 10 de janeiro de 1941. Em 1942, foi nomeado diretor-presidente da subsede em São Paulo do clube, cargo que voltou a ocupar em 1945.

Em 1944, foi eleito vice-presidente do clube na gestão do Drº Antônio Ezequiel Feliciano da Silva. Por anos defendeu os interesses do clube na Câmara dos Deputados e em Brasília ao lado de outros santistas ilustres como Mário Covas e Aloizio Mercadante.

Ulysses Guimarães foi eleito deputado estadual, por São Paulo, à Constituinte de 1947, na legenda do Partido Social Democrático (PSD). A partir deste momento, não deixaria mais a política, elegendo-se deputado federal pelo Estado, por onze mandatos consecutivos, de 1951 a 1995, não tendo terminado o último mandato.

O primeiro discurso político ocorreu na década de 1940, à sombra de uma centenária figueira, até hoje frondosa e exuberante, no Distrito de Itaqueri da Serra, município de Itirapina, Estado de São Paulo, sua verdadeira terra natal, já que na época do nascimento todas as pessoas lá nascidas eram registradas em Rio Claro, que era então a sede do município. Ainda hoje, ao chegarmos em Itaqueri da Serra, deparamo-nos com diversos parentes e inesquecíveis histórias do Drº Ulysses, como era carinhosamente chamado.

Ulysses Guimarães assumiu a pasta do Ministério da Indústria e Comércio no gabinete Tancredo Neves, durante a curta experiência parlamentarista brasileira (1961-1962).

Apoiou, inicialmente, o movimento militar que, em 1964, depôs o presidente João Goulart, mas logo passou à oposição. Com a instauração do bipartidarismo, em 1965, filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), do qual seria vice-presidente e, depois, presidente.

Ulysses Guimarães foi presidente do Parlamento Latino-Americano, de 1967 a 1970.

Ulysses Guimarães defendendo no plenário da Câmara a redemocratização do Brasil
Luta Pela Abertura Política

Em 1973, lançou sua anti-candidatura simbólica à Presidência da República como forma de repúdio ao regime militar, tendo como vice o jornalista e ex-governador de Pernambuco, Barbosa Lima Sobrinho.

Em 29 de novembro de 1976, no Plenário Tiradentes da Assembleia Legislativa de São Paulo, fundou a Ordem dos Parlamentares do Brasil (OPB), uma associação de classe, sem vínculos partidários, religiosos ou sociais, da qual é Patrono.

À frente do partido, participou de todas as campanhas pelo retorno do país à democracia, inclusive a luta pela anistia ampla, geral e irrestrita. Com o fim do bipartidarismo, em 1979, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) converteu-se em Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), do qual seria presidente nacional.

Ulysses segurando uma cópia da Constituição de 1988
Ativismo Político

Junto com Tancredo Neves, Orestes Quércia e Franco MontoroUlysses Guimarães liderou novas campanhas pela redemocratização, como a das eleições diretas, popularmente conhecidas pelo slogan Diretas Já.

Ulysses Guimarães quase foi o candidato a presidente da República em 1985 pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), quando as eleições foram realizadas no colégio eleitoral. As articulações políticas da época acabaram levando à eleição de uma chapa "mista", com Tancredo Neves como candidato a presidente pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e o candidato a vice José Sarney, ex Partido Democrático Social (PDS) / Frente Liberal.

Exerceu a presidência da Câmara dos Deputados em três períodos (1956-1957, 1985-1986 e 1987-1988); presidindo a Assembleia Nacional Constituinte, em 1987-1988. A nova Constituição, na qual Ulysses Guimarães teve papel fundamental, foi promulgada em 5 de outubro de 1988, tendo sido por ele chamada de Constituição Cidadã, pelos avanços sociais que incorporou no texto.

No ano de 1986, esteve pela última vez em Itaqueri da Serra, inaugurando o asfaltamento da rodovia vicinal que leva seu nome, ligando as cidades de Itirapina a São Pedro, prestigiando pessoalmente aquela conquista, um objetivo do então prefeito de Itirapina, João Gobbo e da então vereadora Maria Ângela de Oliveira Leite.

Em 01/02/1987, tomou posse como presidente da Assembleia Nacional Constituinte, responsável por estabelecer nova Constituição democrática para o Brasil após 21 anos sob regime militar.

Como presidente da Câmara dos DeputadosUlysses Guimarães era o substituto do Presidente José Sarney e assumiu várias vezes a presidência, sendo o primeiro paulista a fazê-lo desde que Ranieri Mazzilli assumira a presidência em 1964.

Devido à sua grande popularidade, candidatou-se à Presidência da República, na sigla do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), nas eleições de 1989.

Os acervos do Conselho Nacional de Segurança, da Comissão Geral de Investigações (CGI) e do próprio Serviço Nacional de Informações (SNI), revelam que o então deputado Ulysses Guimarães foi alvo de investigação, mesmo no período de redemocratização do país, enquanto dirigia a Câmara e a Assembleia Nacional Constituinte e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).

A avaliação registrada em 1987, afirmava que Ulysses Guimarães poderia causar crise partidária entre os aliados. Um dos fatos descritos em documentos de março de 1987 é o início das negociações para a indicação do líder do partido na Constituinte sendo um dos candidatos Mário Covas, que contava com a simpatia do Serviço Nacional de Informações (SNI), mas contra vontade de Ulysses Guimarães.

Ulysses Guimarães e sua esposa Dona Mora
Morte

Ulysses Guimarães morreu em acidente aéreo de helicóptero, ao largo de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, em 12 de outubro de 1992, junto à esposa Dona Mora, o ex-senador Severo Gomes, a esposa deste e o piloto. O corpo de Ulysses Guimarães foi o único que nunca foi encontrado.

Publicações

  • 1940 - Vida Exemplar de Prudente de Moraes
  • 1973 - Navegar é Preciso, Viver Não é Preciso
  • 1978 - Socialização do Direito
  • 1982 - Esperança e Mudança
  • 1983 - Tentativa
  • 1984 - Diretas Já
  • 1988 - PT Saudações
  • 1989 - Da Fé fiz Companheira
  • 1991 - Ou Mudamos ou Seremos Mudados
  • 1992 - Parlamentarismo - Além de Ser Mais Forte, Substitui Um Regime Fraco

Em 22 de junho de 1992 apresentou o Projeto Lei 2938 que posteriormente foi sancionada como a Lei 8.906/1994, criando assim o Estatuto e Codigo de Ética e Disciplina da OAB, o que gerou o Exame de Ordem como obrigatório para os quadros da advocacia.

Fonte: Wikipédia

Glauce Rocha

GLAUCE ELDDÉ ARAÚJO ROCHA
(41 anos)
Atriz

* Campo Grande, MS (16/08/1930)
+ São Paulo, SP (12/10/1971)

A atriz Glauce Elddé Araújo Rocha, conhecida como Glauce Rocha, nasceu na capital do Mato Grosso do Sul. Segundo sua sobrinha, Leonora Rocha, essa data ainda é discutida: "Há uma história de que minha avó teria modificado a data de nascimento para que Glauce pudesse entrar mais cedo na escola".

Os pais de Glauce eram Leopoldino de Araújo Rocha e Edelweiss Ilgenfritz Rocha.

A mãe, gaúcha, foi criada em Campo Grande. O pai era soldado e viera de Alagoas ainda rapaz. Casaram-se e tiveram cinco filhos, dois homens e três mulheres, sendo Glauce a caçula.

Aos cinco anos, Glauce enfrentou uma tragédia que marcaria o resto de sua vida. Em visita a Bela Vista, no interior de Manto Grosso do Sul, em uma festa de batizado, o pai, tenente, foi assassinado. Os detalhes do episódio ficaram tão gravados na mente de Glauce que puderam ser perfeitamente reproduzidos por um de seus amigos mais próximos em relato a José Octávio Guizzo, advogado e pesquisador de Campo Grande, autor do livro "Glauce Rocha, Atriz, Mulher, Guerreira", certamente o estudo mais completo já publicado sobre a atriz.

Ainda menina foi enviada pela família para Minas Gerais, onde passou três anos estudando em colégio de freiras, em regime de semi-internato.

Em 1949, Glauce Rocha mudou-se para Porto Alegre, onde moravam seus avós maternos, para preparar-se para o vestibular. No Colégio Júlio de Castilhos, teve como colega de sala o futuro ator Walmor Chagas. No fim do ano, decidiu prestar o concurso no Rio de Janeiro.

Reprovada no vestibular, Glauce se inscreveu no Conservatório Nacional de Teatro. Lá, teve aulas com Ester Leão, Maria Clara Machado, Luísa Barreto Leite, dentre outros. Foi aí que se apaixonou definitivamente pela arte de interpretar.

Começou apresentando peças teatrais infantis. No início, entre 1950 e 1951, era uma das integrantes do grupo "Os Fabulosos". Sua primeira aparição profissional no teatro foi com a companhia de Alda Garrido, em 1952, no Rio de Janeiro, na peça "Madame Sans Gene". Um de seus colegas era o ator Milton Moraes, com quem se casou em 1952. Mas, logo se separaram.

Seu primeiro papel de destaque, já em 1953, foi ao lado de Alda Garrido em "Dona Xepa", de Pedro Bloch. Foi dirigida por Jaime Costa, em "É Agora Suzana", de Ladislau Fodor (1955). No ano seguinte, atuou sob a direção de Ziembinski, na temporada carioca de "Divórcio Para Três", de Victorien Sardou, originalmente montada pelo Teatro Brasileiro de Comédia em 1953.

Em 1957, atuou em duas peças de Eugene Ionesco, realizações de Luís de Lima: "A Lição" e "A Cantora Careca". Seu primeiro prêmio veio em 1958, com "Moral em Concordata", de Abílio Pereira de Almeida, com direção de Flaminio Bollini.

Durante dois anos atuou nos espetáculos do Teatro Nacional de Comédia, em que protagonizou "A Beata Maria do Egito" (1959), de Rachel de Queiroz, "As Três Irmãs" (1960), de Anton Pavlovich Tchekhov, como a personagem Olga e "Não Consultes Médico" (1960), de Machado de Assis, como Dona Leocádia.

Em 1960, atuou no Pequeno Teatro de Comédia como protagonista de "Doce Pássaro da Juventude", de Tennessee Williams, sob direção de Ademar Guerra - pelo qual recebeu o prêmio de melhor atriz da Associação Paulista de Críticos Teatrais - e em "Plantão 21", de Sidney Kingsley, com direção de Antunes Filho.

Participou de montagens do Grupo Decisão, com direção de Antônio Abujamra: "Terror e Miséria no III Reich" (1963), de Bertolt Brecht e "Electra" (1965), de Sófocles.

O crítico Yan Michalski observa, a respeito de seu desempenho na cena em que a protagonista trágica recebe a urna contendo as cinzas do irmão, que "a atriz atinge um nivel de inspiração excepcionalmente elevado e projeta sua emoção para a platéia com um impacto impressionante".

Em 1964, foi dirigida por Rubens Corrêa em "Além do Horizonte", de Eugene O'Neill, e "À Margem da Vida", de Tennessee Williams.

Para Glauce Rocha, o papel mais difícil que viveu foi o de GH, extraído do romance de Clarice Lispector, "A Paixão Segundo GH", no espetáculo "Perto do Coração Selvagem", primeira direção de Fauzi Arap, em 1965.

Em 1968, no Teatro Jovem, interpretou a protagonista de "Um Uísque Pra Rei Saul", de César Vieira, sob a direção de B. de Paiva, que lhe valeu o Prêmio Molière de melhor atriz.

Em 1969, atuou em "O Exercício", de Lewis John Carlino, com o mesmo diretor. Segundo o crítico Sábato Magaldi, um "magnífico desempenho", ao lado de Rubens de Falco, conquistando em São Paulo o Prêmio Governador do Estado.

No cinema, Glauce Rocha atuou em "Terra em Transe" (1967), "Navalha na Carne" (1969), "Um Homem Sem Importância" (1971), entre outros 25 filmes.

Segundo a crítica Mariângela Alves de Lima, Glauce Rocha atingiu, na interpretação da prostituta Neusa Sueli, em "Navalha na Carne", uma "singular construção reducionista", economizando na configuração do trágico:

"É incapaz de esboçar gestos à altura das violências que a atingem. O rosto, encoberto pelo cabelo em desalinho e a voz que não tem força para o grito, que, ao contrário, se reduz a um murmúrio quando o sofrimento se intensifica, reforçam a idéia de que há sempre um degrau mais baixo nesse calvário de humilhação. Glauce percorre, enfim, o caminho inverso ao da progressão dramática, retirando camadas de vitalidade da sua personagem até conduzi-la ao impressionante mutismo final"

Na televisão, Glauce Rocha participou de novelas na TV Globo, dentre as quais "A Última Valsa", "Véu de Noiva" e "Irmãos Coragem" e, na TV Tupi, fez "Hospital", seu último trabalho na TV.

Faleceu às 17:15hs do dia 12 de outubro de 1971, na Unidade Cardiológica da Alameda Santos, em São Paulo. Faleceu precocemente vítima de um Infarto Fulminante. Recebeu um Prêmio Molière póstumo, pelo conjunto de trabalhos.

Fonte: Itaú Cultural
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