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Bibi Ferreira

ABIGAIL IZQUIERDO FERREIRA
(96 anos)
Atriz, Cantora, Compositora e Diretora

☼ Rio de Janeiro,, RJ (01/06/1922)
┼ Rio de Janeiro, RJ (13/02/2019)

Abigail Izquierdo Ferreira, mais conhecida como Bibi Ferreira, foi uma atriz, cantora, compositora e diretora, nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 01/06/1922. Era filha do ator Procópio Ferreira e da bailarina argentina Aída Izquierdo.

Fez sua estreia teatral aos 24 dias de vida, na peça "Manhãs de Sol", de autoria de Oduvaldo Vianna, substituindo uma boneca que desaparecera pouco antes do início do espetáculo. Logo após, os pais se separaram e Bibi Ferreira passou a viver com a mãe, que foi trabalhar na Companhia Velasco, uma companhia de teatro de revista espanhola. Seu primeiro idioma, até os quatro anos, foi o espanhol. O idioma português e o grande amor pela ópera ela viria a aprender com o pai.

De volta ao Brasil, tornou-se a atriz mirim mais festejada do Rio de Janeiro. Entrou para o Corpo de Baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, onde permaneceu por longo tempo, até estrear na companhia do pai.

Aos nove anos teve negada a matrícula no Colégio Sion, em Laranjeiras, por ser filha de um ator de teatro. Completou o curso secundário no Colégio Anglo-Americano.

Sua estreia profissional nos palcos aconteceu em 28/02/1941, quando interpretou Mirandolina, na peça "La Locandiera".


Em 1944, montou sua própria companhia teatral, reunindo alguns dos nomes mais importantes do teatro brasileiro, como Cacilda Becker, Maria Della Costa e a diretora Henriette Morineau. Pouco mais tarde, foi para Portugal, onde dirigiu peças durante quatro anos, com grande sucesso.

Participou em várias peças em Portugal com grande sucesso, principalmente teatro de revista, entre as quais:
  • 1957 - "Há Horas Felizes!" - Teatro Variedades
  • 1957 - "Curvas Perigosas" - Teatro Maria Vitória
  • 1958 - "Com o Amor Não se Brinca" - Teatro Maria Vitória
  • 1958 - "Minha Filha é de Gritos!" - Teatro Maria Vitória
  • 1958 - "Por Causa Delas…" - Teatro Maria Vitória
  • 1959 - "Encosta a Cabecinha e Chora..." - Teatro Maria Vitória
  • 1959 - "Tudo na Lua" - Teatro Maria Vitória
  • 1960 - "Taco a Taco" - Teatro Maria Vitória

Na década de 1960, vieram os sucessos dos musicais, como "Minha Querida Dama" (My Fair Lady), estrelado por Bibi Ferreira e Paulo Autran. Nessa época atuou também em musicais de teatro e televisão. Em 1960, iniciou a apresentação na TV Excelsior de São Paulo, de "Brasil 60 (61, 62, 63...) conforme o ano. Um programa ao vivo, que durante dois anos levou à televisão os maiores nomes do teatro.


Bibi Ferreira participou, atuando ou dirigindo, de alguns dos grandes espetáculos teatrais e musicais montados no Brasil.

Em 1970, dirigiu "Brasileiro, Profissão: Esperança", de Paulo Pontes. Foi numa das versões desse espetáculo que pela primeira vez dirigiu a cantora Maria Bethânia, na outra versão dirigiu Clara Nunes.

Em 1972, atuou em "O Homem de La Mancha" ao lado de Paulo Autran, com tradução de Paulo Pontes e Flávio Rangel, além das versões de Chico Buarque e Ruy Guerra para as canções.

Em 1975, participou de "Gota d'Água", de Chico Buarque e Paulo Pontes.

Em 1976, dirigiu Walmor Chagas, Marília Pêra, Marco Nanini e 50 artistas em "Deus Lhe Pague", de Joracy Camargo.

Na década de 1980, dirigiu de textos comerciais a peças de dramaturgia sofisticada, de musicais de grande porte a dramas intimistas. Em 1980, dirigiu "Toalhas Quentes", de Marc Camoletti.


Em 1981, "Um Rubi no Umbigo", de Ferreira Gullar, e "Calúnia", de Lillian Hellman. No mesmo ano, com sua produção e direção, estreou "O Melhor dos Pecados", de Sérgio Viotti, promovendo a volta aos palcos de Dulcina de Moraes, após vinte anos de ausência.

Em 1983 voltou aos palcos com "Piaf, a Vida de Uma Estrela da Canção", espetáculo de grande sucesso de público e crítica. Por sua atuação recebeu os prêmios Mambembe e Molière, em 1984 e, no ano seguinte, da Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado de São Paulo (APETESP) e Governador do Estado. O espetáculo, que fez muitas viagens, permaneceu seis anos em cartaz e, em quatro anos, atingiu um milhão de espectadores, incluindo uma temporada em Portugal, com atores portugueses no elenco.

Dirigiu ainda inúmeros programas de televisão e shows de artistas da música popular brasileira, como Maria BethâniaClara Nunes nos anos 70 e 80.

Nos anos 90, Bibi Ferreira reviveu seus maiores sucessos, remontando "Brasileiro, Profissão: Esperança" e fazendo um espetáculo em que cantava canções e contava histórias de Piaf.

Em "Bibi In Concert", comemorou 50 anos de carreira e, depois de anos de temporada, fez o "Bibi In Concert 2".

Bibi Ferreira Anos 60 na peça "My Fair Lady"
Em 1996 recebeu o Prêmio Sharp de Teatro. Encenou "Roque Santeiro", de Dias Gomes, em versão musical.

Em 1999, dirigiu pela primeira vez uma ópera, "Carmen" de Georges Bizet.

Em 2003, na Marquês de Sapucaí recebeu homenagem da Escola de Samba Unidos do Viradouro.

Na década de 2010, Bibi Ferreira começou a realizar espetáculos focados em apenas um artista, como a francesa Edith Piaf, a portuguesa Amália Rodrigues, e o americano Frank Sinatra.

Em 2007, após 50 anos afastada do teatro de comédia, voltou aos palcos fazendo "Às Favas Com os Escrúpulos", texto de Juca de Oliveira e direção de Jô Soares.

Em 2015, entrou para a lista 10 Grandes Mulheres que Marcaram a História do Rio.

Aos 95 anos fez sua turnê de despedida com "Bibi - Por Toda Minha Vida", espetáculo só com músicas brasileiras.

Vida Pessoal

Nascida na cidade do Rio de Janeiro, era filha do ator carioca Procópio Ferreira e da bailarina argentina Aída Izquierdo. Era neta paterna de portugueses, oriundos da Ilha da Madeira. Pela parte materna, era neta dos espanhóis Antonio Izquierdo e Irma Queirolo.

Bibi Ferreira foi casada seis vezes. Seu primeiro matrimônio durou dez anos, e foi realizado em 29/09/1943, na capital paraguaia, Assunção, com o diretor Carlos Martins Lage. Desquitaram-se em 1953, no Rio de Janeiro.

Em 1954 uniu-se pela segunda vez, com o ator Armando Carlos Magno, primo de Pascoal Carlos Magno. Desta união, teve sua única filha, Tereza Cristina Izquierdo Magno, nascida em 20/08/1954, no Rio de Janeiro. Em 1955 o casal separou-se.

Em 1956 uniu-se com o ator Herval Rossano, de quem se separou em 1958.

De 1963 a 1965, viveu junto com Édson França, e de 1966 a 1967 morou com o ator Paulo Porto.

Seu último casamento durou oito anos, de 1968 a 1976, com o ator Paulo Pontes. A atriz ficou viúva em 27/12/1976.

Bibi Ferreira manteve outros relacionamentos ao longo de sua vida, mas não quis mais casar-se novamente.

Morte

Bibi Ferreira faleceu na quarta-feira, 13/02/2019, aos 96 anos, vítima de parada cardíaca, no Rio de Janeiro, RJ. Segundo Tereza Cristina Ferreira, sua filha, Bibi Ferreira morreu no início da tarde em seu apartamento no Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro. A atriz acordou e a enfermeira que a acompanhava percebeu que o batimento cardíaco estava baixo e, por isso, chamou um médico. Tereza Cristina acredita que a mãe morreu dormindo.
"Ela amanheceu normal, acordou tomou seu café da manhã e tudo. Depois ela só se queixou que estava se sentindo um pouco com falta de ar. Então como tem enfermeira, tem tudo, tiramos a pressão, o pulso estava fraco. Imediatamente chamamos o Pró-Cardíaco. Eles vieram muito rápido, muito rápido mesmo, ambulância, médico, tudo, mas quando chegaram ela já tinha partido. Ela morreu dormindo, tranquila!"
(Tereza Cristina Izquierdo Magno)

Bibi Ferreira com o pai, Procópio Ferreira, em 1978.
Filmografia

Cinema
  • 2011 - Flávio Rangel - O Teatro na Palma da Mão ... Ela Mesma
  • 1956 - Leonora dos Sete Mares
  • 1949 - Almas Adversas ... Zefa / Georgina
  • 1947 - O Fim do Rio ... Teresa
  • 1936 - Cidade-Mulher

Televisão
  • 1960-1964 - Brasil 60 ... Apresentadora
  • 1960- 1994 - Bibi Sempre aos Domingos ... Apresentadora
  • 1968- 1973 - Bibi Especial ... Apresentadora
  • 1968-1973 - Festival de Carnaval ... Apresentadora
  • Bibi ao Vivo ... Apresentadora
  • 1968 - Curso de Alfabetização Para Adultos ... Apresentadora
  • 1972 - Oscar 1972 ... Apresentadora
  • 1978-1979 - Brasil 79 ... Apresentadora
  • 1984 - Marquesa de Santos ... Dona Carlota Joaquina
  • 1992 - Bibi In Concert ... Ela Mesma

Prêmios e Indicações
  • 1952 - Troféu APCA - Melhor Diretora "A Herdeira" ... Venceu
  • 1961 - Troféu Imprensa - Melhor Animadora "TV Excelsior" ... Venceu
  • 1962 - Troféu Imprensa - Melhor Animadora ... Venceu
  • 1964 - Prêmio Saci - Melhor Atriz "My Fair Lady" ... Venceu
  • 1966 - Troféu Imprensa - Melhor Animadora "TV Excelsior" ... Indicada
  • 1971 - Troféu Imprensa - Melhor Animadora ... Venceu
  • 1973 - Troféu Imprensa - Melhor Animadora ... Indicada
  • 1977 - Prêmio Molière - Melhor Atriz "Gota d'Água" ... Venceu
  • 1977 - Troféu APCA - Melhor Atriz ... Venceu
  • 1984 - Troféu Mambembe - Melhor Atriz "Piaf, a Vida de Uma Estrela da Canção" ... Venceu
  • 1984 - Prêmio Molière - Melhor Atriz ... Venceu
  • 1985 - Prêmio Apetesp - Melhor Atriz ... Venceu
  • 1985 - Prêmio Pirandello - Melhor Atriz ... Venceu
  • 1985 - Prêmio Governador do Estado - Melhor Atriz ... Venceu
  • 1996 - Prêmio Sharp - Melhor Atriz "Bibi In Concert 2" ... Venceu
  • 2000 - Festival Internacional da Cultura em Tóquio - Melhor Comunicadora "Curso de Alfabetização Para Adultos" ... Venceu
  • 2003 - Prêmio Shell - Homenagem
  • 2008 - Troféu APCA - Grande Prêmio da Critica ... Venceu
  • 2010 - Troféu Bibi Ferreira e Medalha Procopio Ferreira - Homenagem
  • 2010 - Prêmio Claudia - Homenagem
  • 2011 - Prêmio Contigo de Teatro - Homenagem
  • 2011 - Prêmio APTR - Homenagem
  • 2012 - Prêmio Aplauso Brasil de Teatro - Homenagem
  • 2012 - Prêmio Bravo! Prime de Cultura - Artista Prime do Ano ... Venceu
  • 2013 - Prêmio Faz Diferença - O Globo - Segundo Caderno - Teatro ... Venceu
  • 2013 - Brazilian Press Awards - Homenagem
  • 2014 - Prêmio Bibi Ferreira - Homenagem

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio
#famososquepartiram #bibiferreira

Wilson Barbosa Martins

WILSON BARBOSA MARTINS
(100 anos)
Advogado, Professor e Político

☼ Campo Grande, MS (21/06/1917)
┼ Campo Grande, MS (13/02/2018)

Wilson Barbosa Martins foi um advogado e político brasileiro nascido em Campo Grande, MS, no dia 21/06/1917. Foi senador da República, deputado federal, prefeito de Campo Grande e governador do Estado de Mato Grosso do Sul.

Filho de Henrique Martins e de Adelaide Barbosa Martins, nasceu na Fazenda São Pedro, área que hoje corresponde ao município de Sidrolândia e na época era área rural de Campo Grande. Aos 9 anos, Wilson acompanhou a família de mudança para a cidade de Entre Rios, atual Rio Brilhante.

Os primeiros estudos começaram com o pai e em seguida em escolas privadas da cidade.

Em 1929, a família voltou a Campo Grande para que Wilson e o irmão Ênio prosseguissem com os estudos. Nessa época, houve o primeiro contato do jovem com o futuro sogro Vespasiano Barbosa Martins.

Com a Revolução de 1932, a família engajou-se na luta contra o governo do então presidente Getúlio Vargas. O pai de Wilson e outros parentes comandaram batalhões no novo e revolucionário Estado de Maracaju. Com a derrota após poucos meses, Vespasiano Barbosa Martins foi exilado e a família voltou à rotina.


Dois anos mais tarde, o jovem mudou-se para a cidade de São Paulo, onde concluiu os estudos fundamentais e bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Foi onde teve contato com José Fragelli, que viria a ser governador de Mato Grosso, e o conterrâneo Jânio Quadros.

A agitação política continuava após 1932. Wilson se envolveu timidamente em movimentos estudantis, o que levou a ser preso por um dia. À época, o grupo que o estudante se identificou era dado como de esquerda.

A partir de 1935, tornou-se censor do Governo Federal, ainda comandado por Getúlio Vargas.

Em seguida, trabalhou em uma loja como vendedor até se formar, em 1939. Advogou por alguns anos em um escritório, até decidir voltar à cidade natal. Abriu o próprio escritório na cidade até começar a se envolver de vez na política.

Wilson Barbosa Martins foi ainda professor e um dos proprietários do Colégio Oswaldo Cruz, onde conheceu alguns daqueles que seriam colaboradores em suas administrações.

Vida Pessoal

Wilson Barbosa Martins casou-se com a escritora e artista plástica Nelly Martins, filha de Vespasiano Barbosa Martins. Estiveram juntos por quase 60 anos até a morte da esposa, em 2003. Tiveram três filhos: Thaís, Celina e Nelson.

Na década de 1980, se desentendeu com o irmão Plínio Barbosa Martins, de quem se afastou por longo período. Os dois discordavam do apoio a um candidato ao governo, Gandi Jamil. Plínio não queria apoiá-lo, por não ter boas relações com a família Jamil. Também foi contrário à candidatura da filha Celina como vice de Gandi Jamil, mas aceitou após ela não mudar de ideia.

Em 2013, foi internado após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Já em agosto de 2014, foi internado após um mal súbito. No dia seguinte, circularam boatos de que Wilson Barbosa Martins havia falecido, o que foi negado pelo hospital.

Durante a internação, passou por uma traqueostomia, até receber alta após 21 dias.

Nos últimos anos, Wilson Barbosa Martins tinha dificuldades de locomoção devido ao AVC sofrido em 2013 e não falava por causa da traqueostomia de 2014. Todavia, se mantinha lúcido, residindo com a filha Thaís.

Carreira Política

Filiação à UDN e Primeira Eleição

Wilson Barbosa Martins filiou-se à União Democrática Nacional (UDN) quando formada, em 1945. Não concorreu, mas trabalhou para eleger o amigo Fragelli como deputado estadual. O tio Vespasiano foi eleito senador pela mesma legenda naquele mesmo pleito.

Esteve no grupo fundador e escreveu uma coluna para o jornal Correio do Estado. Durante a administração do então prefeito de Campo Grande, Fernando Corrêa da Costa, foi um de seus secretários. Concorreu à sucessão em 1950, mas perdeu para Ary Coelho.

Defendeu melhorias para o abastecimento de energia elétrica de Campo Grande. A empresa administradora do serviço teve a diretoria destituída e o grupo de Wilson assumiu a gestão. A empreitada o fez conhecido, o que o credenciou para candidatar-se novamente à prefeitura, sendo eleito em 1958. Antes, era suplente do então senador por Mato Grosso João Vilas Boas.

Prefeito de Campo Grande

Assumiu o cargo em janeiro de 1959, em uma eleição marcada pela coligação que reuniu à União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Mesmo sendo uma cidade de médio porte, Campo Grande tinha uma administração desorganizada, o que levou Wilson a promover uma reforma com o aval da Câmara Municipal. Mesmo com uma oposição forte, a reforma foi aprovada.

Promoveu o primeiro concurso público da história da administração pública municipal e obras de infraestrutura, como construção de escolas e pavimentação asfáltica.

Em 1962, elege-se deputado federal por Mato Grosso, mesmo com rejeição de parte da União Democrática Nacional (UDN), que o tachavam de comunista. Nessa época, já se cogitava-se uma candidatura ao Governo do Estado, antes mesmo da criação de Mato Grosso do Sul.

Deputado Federal

No primeiro mandato na Câmara dos Deputados, integrou quatro Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) e viajou em missão oficial ao Japão. Com o golpe de 1964 e a consequente instalação da Ditadura Militar, filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB) com a instalação do bipartidarismo.

Em 1966, recusou uma candidatura ao Governo de Mato Grosso à sucessão de Corrêa da Costa. Naquela ocasião, foi eleito aquele que viria a ser seu principal adversário político, Pedro Pedrossian. Wilson preferiu tentar a reeleição como congressista, e venceu.

No segundo mandato, foi vice-líder do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), integrou a Comissão de Constituição e Justiça e outras CPIs, além de fazer viagem oficial ao Peru. O clima se acirrava na Câmara e em 1968, o governo militar outorgou o Ato Institucional Número Cinco (AI-5), o que levou ao fechamento do Congresso Nacional e à cassação de mandatos parlamentares.

Teve o mandato cassado em 1969 e os direitos políticos suspensos por 10 anos, o que levou de volta à advocacia.

De Volta a Campo Grande

Voltou à cidade natal após a cassação do mandato e dos direitos políticos, voltando a abrir um escritório de advocacia. Permaneceu filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), sem se envolver com política. Assistiu à criação do novo Estado de Mato Grosso do Sul, mas não tomou parte do processo por ainda estar suspenso da vida pública. Nessa época, já começava a divergência política com Pedro Pedrossian.

Acompanhou ainda a carreira política do irmão Plínio Barbosa Martins, e com o restabelecimento de seus direitos políticos, foi eleito o primeiro presidente da seccional estadual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Com a proximidade das primeiras eleições diretas para o Governo do Estado, a princípio articulou a candidatura do irmão. Plínio descartou a ideia, e o novo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) acabou apoiando Wilson para concorrer à sucessão de Pedro Pedrossian, sendo eleito em 1982.

Primeiro Governador Eleito de Mato Grosso do Sul

Assumiu o cargo em março em 1983, tendo como vice o então deputado estadual Ramez Tebet. Logo no começo, enfrentou o desafio de superar o desequilíbrio das contas públicas, com folhas de pagamentos funcionais e contratos atrasados, sendo obrigado a contrair empréstimos e renegociar dívidas com a União.

Com recursos Federais, promoveu obras de infraestrutura e manteve em dia salários dos servidores. Essa primeira administração foi marcada por grandes obras e crédito fácil junto à União, além de um secretariado composto por pessoas ligadas ao ex-governador Marcelo Miranda e outros do grupo de Wilson.

Em 1986, renunciou ao cargo para candidatar-se a uma vaga no Senado Federal, o que levou o vice-governador Ramez Tebet à Governadoria. Fez Marcelo Miranda como sucessor e elegeu-se senador.

Senador e Membro da Assembleia Constituinte

Em 1987, tomou posse como senador, e como membro da Assembleia Constituinte. Dentre as mais diversas políticas daquela que viria compor a atual Constituição Federal, votou a favor da proteção contra demissão sem justa causa, do voto aos 16 anos e da desapropriação da propriedade produtiva. Foi contra a pena de morte, o aborto, o presidencialismo e o mandato de cinco anos do então presidente José Sarney. Absteve-se sobre a limitação dos encargos da dívida externa e estava ausente nas votações para a criação de um fundo de apoio à reforma agrária e limitação do direito de propriedade privada.

Após a promulgação da Constituição e o restabelecimento do Congresso, foi quarto-suplente da Mesa Diretora do Senado, sendo relator de CPIs e projetos importantes, como a Medida Provisória nº 318, que fixou novas regras para o Sistema Financeiro da Habitação (SFH).

Viajou em missão oficial para a Venezuela em 1990, e em 1992, votou a favor do afastamento e depois pela cassação do mandato do então presidente Fernando Collor, que enfrentou um processo de impeachment. Renunciou ao mandato em dezembro de 1994, após ser eleito novamente governador de Mato Grosso do Sul.

Com uma administração em crise, teve desentendimentos com o então governador Marcelo Miranda, o que o levou a filiar-se ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) com seu grupo político, permanecendo, mesmo após pedidos para reconsiderar do então deputado Ulysses Guimarães. Apoiou o candidato Gandi Jamil, que tinha como vice a filha Celina Jallad, contra seu histórico adversário Pedro Pedrossian. O resultado foi a eleição de Pedro Pedrossian, que assumiu o cargo pela segunda vez.

Segunda Vez Como Governador

Eleito em 1994, assumiu o cargo de governador pela segunda vez em 1995, tendo como vice Braz Melo. Assumiu mais uma vez a gestão de um estado em dificuldades financeiras, mas dessa vez não obteve muita ajuda do Governo Federal.

Deu continuidade a obras paradas e iniciou outras. Enfrentou greves de servidores e bloqueios de recursos. Foi um dos governadores que pressionaram o Congresso e o Governo Federal pela Reforma Administrativa, além da renegociação da dívida dos Estados.

Em 1996, firmou acordo com a União para diminuir o pagamento da dívida e apoiou André Puccinelli nas eleições municipais de Campo Grande. No ano seguinte, foi acusado de fazer aplicação irregular de recursos estaduais em áreas distintas pelo ex-secretário de Estado e Educação, Aleixo Paraguassu, e apontado pela imprensa nacional como candidato à reeleição pelo apoio e esforço pela aprovação da Emenda Constitucional 16. Ainda em 1997, Wilson autorizou a privatização da Empresa Energética de Mato Grosso do Sul (Enersul), com o objetivo de obter recursos para pagamento de dívidas com a União.

Com as eleições de 1998, Wilson descartou disputar a reeleição e em seguida uma nova candidatura ao Senado, abrindo espaço para que o ex-prefeito de Campo Grande Juvêncio da Fonseca disputasse uma cadeira na casa alta do Congresso.

Para sua sucessão, o então governador articulou a candidatura do então senador Lúdio Coelho, que não obteve apoio de lideranças políticas estaduais. O também senador Ramez Tebet também não foi feliz para tentar disputar o governo. Assim, Wilson apostou em seu secretário de Fazenda, Ricardo Bacha, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).[8]

Enfrentou a resistência do seu partido, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), para levar a candidatura de Ricardo Bacha em frente. Por fim, a legenda indicou Humberto Teixeira como vice de Ricardo Bacha.

Para Wilson e outras lideranças, haveria um segundo turno entre Ricardo Bacha e Pedro Pedrossian. Porém, ninguém previu que o candidato Zeca do PT poderia passar para a fase seguinte. Com o apoio do velho adversário Pedro PedrossianZeca do PT foi eleito superando décadas de revezamento entre velhas elites políticas.

A campanha de segundo turno foi dominada por acusações do Zeca do PT a Ricardo Bacha, desde uso da máquina pública à pagamentos de precatórios à Construtora Andrade Gutierrez, que teriam abastecido o caixa de campanha do tucano.

Wilson deixou o cargo com forte rejeição, sem participar da cerimônia de posse do sucessor e teve que usar por um período escolta policial para se locomover. Continuou militando politicamente por alguns anos após deixar o governo, mas não se candidatou a nenhum cargo eletivo.

Morte

Em 2013, foi internado após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Em agosto de 2014, foi internado após um mal súbito. No dia seguinte, circularam boatos de que Wilson havia falecido, o que foi negado pelo hospital. Durante a internação, passou por uma traqueostomia, até receber alta após 21 dias.

Nos últimos anos, o ex-governador tinha dificuldades de locomoção devido ao Acidente Vascular Cerebral (AVC) sofrido em 2013 e não falava por causa da traqueostomia de 2014. Todavia, se mantinha lúcido, residindo com a filha Thaís.

Wilson Barbosa Martins faleceu aos 100 anos, na manhã de terça-feira, 13/02/2018, vítima de um infarto, em sua casa, em Campo Grande, MS.

O Governo do Estado decretou luto oficial de três dias pela morte do ex-governador.

Nos últimos anos ele vivia recluso, em casa, em razão da saúde debilitada. Em 2017, quando completou 100 anos, a Assembleia Legislativa do Estado realizou uma sessão solene em comemoração a data, onde ele foi representado por familiares.

O velório foi realizado no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo. Além de familiares, amigos e políticos também marcam presença no funeral.

Wilson Barbosa Martins foi sepultado no fim da manhã de quarta-feira, 14/02/2018, no Cemitério Parque das Primaveras, em Campo Grande, MS.

Fonte: WikipédiaG1
Indicação: Valmir Bonvenuto
#FamososQuePartiram #WilsonBarbosaMartins

Isabel Ribeiro

FREDERICA ISABEL IATTI RIBEIRO
(48 anos)
Atriz

* São Paulo, SP (08/07/1941)
+ Jundiaí, SP (13/02/1990)

Nascida Frederica Isabel Iatti Ribeiro, ela sonhava em ser médica e trabalhar em pesquisas. Descendente de uma pequena família de imigrantes poloneses, teve que abandonar os estudos antes de ingressar na faculdade e trabalhar para ajudar a família.

O teatro surgiu meio por acaso quando fazia um curso de política estudantil. Seu primeiro trabalho como atriz foi na peça infantil "A Bruxinha Que Queria Ser Boa", em 1962.

Foi levada por Augusto Boal para o Teatro Arena nos anos 60 e entrou para a TV nos anos 70, destacando-se primeiro em telenovelas da TV Tupi e depois na Rede Globo. De todos os trabalhos que fez em TV ela mesmo destacava como os mais importantes a Sônia de "Duas Vidas", novela de Janete Clair e a Consuelo de "Sinal de Alerta", escrita por Dias Gomes. Mas outro trabalho sensível de Isabel Ribeiro foi na novela "Sol de Verão" de Manoel Carlos em 1983.

No cinema ganhou vários prêmios como melhor atriz e trabalhou com consagrados diretores, como Cacá Diegues, Leon Hirszman, Arnaldo Jabor, entre outros. Seus maiores sucessos no cinema foram em "São Bernardo", "Os Condenados" e "Parceiros da Aventura". Seus últimos papéis de destaque foram como a enfermeira Gisela de "Feliz Ano Velho", adaptação dirigida por Roberto Gervitz para o romance de Marcelo Rubens Paiva, e o de uma solitária dona de casa no curta-metragem "A Voz da Felicidade" (1988), dirigido por Nelson Nadotti e adaptado de uma crônica de Luís Fernando Veríssimo.

Foi casada com o ator Altair Lima e teve três filhos.

A atriz detectou um pequeno tumor no seio quando gravava a novela "Helena", na TV Manchete, e morreu pouco mais de um ano depois vítima de Câncer.

Cinema
  • 1987 - Besame Mucho
  • 1987 - Feliz Ano Velho ... Gisela
  • 1984 - De Grens
  • 1982 - A Missa do Galo
  • 1980 - Parceiros da Aventura ... Ana Maria 
  • 1979 - O Menino Arco-Íris
  • 1979 - O Coronel e o Lobisomem
  • 1978 - Coronel Delmiro Gouveia
  • 1977 - Na Ponta da Faca
  • 1976 - A Queda
  • 1975 - As Deliciosas Traições do Amor
  • 1973 - Toda Nudez Será Castigada ... Tia Jovem
  • 1973 - Os Homens Que Eu Tive
  • 1975 - Os Condenados ... Alma d'Alvellos
  • 1972 - Amor, Carnaval e Sonhos
  • 1972 - Quem é Beta?
  • 1971 - O Doce Esporte do Sexo
  • 1971 - São Bernardo ... Madalena
  • 1970 - Os Herdeiros
  • 1970 - Azyllo Muito Louco ... Dona Evarista
  • 1969 - Como Vai, Vai Bem?
  • 1969 - Tempo de Violência
  • 1968 - Lance Maior ... Marga
  • 1967 - El ABC Del Amor
  • 1967 - Garota de Ipanema
  • 1967 - Todas as Mulheres do Mundo

Televisão
  • 1987 - Helena ... Tomásia
  • 1984 - Anarquistas, Graças a Deus ... Narrador
  • 1983 - Champagne ... Gilda
  • 1983 - Parabéns Pra Você ... Helena
  • 1982 - Sol de Verão ... Flora
  • 1981 - O Amor é Nosso ... Beatriz
  • 1980 - Um Homem Muito Especial ... Hannah
  • 1979 - Gaivotas ... Ângela
  • 1978 - Sinal de Alerta ... Consuelo
  • 1977 - Sem Lenço, Sem Documento ... Das Graças
  • 1976 - Duas Vidas ... Sônia
  • 1975 - O Grito ... Lúcia
  • 1975 - O Noviço Florêncio
  • 1974 - O Rebu ... Glorinha Resende
  • 1972 - Tempo de Viver ... Isabel
  • 1971 - A Selvagem ... Madre Superiora
  • 1970 - Toninho On The Rocks ... Maridéla

Fonte: Wikipédia