Terezinha Gonçalves Morango Pittigliani foi uma modelo, nascida em São Paulo de Olivença, AM, no dia 26/10/1936. Ficou conhecida após ter vencido o concurso do Miss Brasil de 1957.
Terezinha Morango iniciou sua carreira de modelo no Estado do Amazonas, sendo eleita miss naquele estado em 1957 e garantindo vaga para disputar o concurso a nível nacional. Ao ser eleita Miss Brasil em 1957, tornou-se a primeira e até então, única representante desse Estado a ostentar o título. Foi também o primeiro título da região Norte do país.
O concurso nacional ocorreu no Hotel Quitandinha, em Petrópolis, município do Estado do Rio de Janeiro, no dia 22/06/1957.
Ao ser eleita Miss Brasil, Terezinha Morango foi mandada para Long Beach, no Estado da Califórnia, nos Estados Unidos para competir no famoso Miss Universo, ocorrido no dia 19/07/1957. Com sua simplicidade amazonense, que até hoje todos destacam, ela conseguiu ficar em segundo lugar, perdendo apenas para a peruana Gladys Zender.
Outros Títulos
A bela amazonense, Terezinha Morango, foi ainda Miss Rio Negro, no concurso anualmente promovido pelo Atlético Rio Negro Clube, e que foi também sua primeira vitória em concursos de beleza. Um ano antes de sua eleição como Miss Brasil, ela foi eleita Miss Cinelândia 1956 e fez uma pequena participação especial no filme "Garotas e Samba", dirigido pelo produtor Carlos Manga, na época.
Morte
Terezinha Morango faleceu na manha de sábado, 13/03/2021, aos 84 anos, no Rio de Janeiro, RJ. Ela vinha se tratando após cirurgia no fêmur, e sofreu uma parada cardiorrespiratória.
José Mojica Marins foi um cineasta, ator, roteirista de cinema e televisão, mais conhecido como Zé do Caixão, seu personagem mais famoso, nascido em São Paulo, SP, no dia 13/03/1936. É considerado o "Pai do Terror Nacional", tendo sua obra grande importância para o gênero, influenciando várias gerações.
Nascido em uma fazenda pertencente à fábrica de cigarros Caruso, na Vila Mariana, em São Paulo, era filho dos artistas circenses Antônio André e Carmen Marins, primo de Fernando Marins, e neto do espanhol José Marins que chegou ao Brasil em 1904. Seu tio, Miguel, também filho de José Marins, foi toureiro enquanto o avô, José Marins, fazia performance de toureiro vestido de palhaço no picadeiro.
José Mojica Marins ainda criança, passava horas lendo gibis, assistindo a filmes na sala de projeção do cinema em que seu pai trabalhava, brincava de teatro de bonecos e montava peças com fantasias feitas de papelão e tecido.
Quando tinha 3 anos, a família de José Mojica veio a se mudar para os fundos de um cinema na Vila Anastácio. Seu pai passou a ser gerente do cinema.
Depois que ganhou uma Câmera V-8, aos 12 anos, não mais parou de fazer cinema. Essa era a sua vida. Muitos de seus filmes artesanais feitos nessa época eram exibidos em cidades pequenas, cobrindo assim os custos de produção.
Autodidata, montou uma escola de interpretação para amigos e vizinhos e quando tinha 17 anos, depois de vários filmes amadores, fundou com ajuda de amigos, a Companhia Cinematográfica Atlas. Especializado em terror escatológico, criou uma escola de atores em 1956, onde na década seguinte, em 1964, montaria uma sinagoga, no bairro do Brás, onde fazia experiências com atores amadores, usando insetos para medir sua coragem.
Embora José Mojica tenha sido conhecido principalmente como diretor de cinema de terror, teve trabalhos anteriores cujos gêneros variavam entre faroestes, dramas, aventura, dentre outros, incluindo filmes do gênero pornochanchada, no Brasil, durante aquela época.
José Mojica desenvolveu um estilo próprio de filmar que, inicialmente desprezado pela crítica nacional, passou a ser reverenciado após seus filmes começarem a ser considerados cult no circuito internacional. José Mojica é considerado como um dos inspiradores do movimento marginal no Brasil.
Em todos seus filmes, com exceção de "Encarnação do Demônio" (2008), José Mojica foi dublado. Na década de 1960, diversos filmes nacionais necessitavam serem dublados, por diversas razões: Nitidez de som nas externas e até realçar uma melhor interpretação. Algumas vezes o próprio ator dublava o seu personagem, mas em outras ocasiões necessitava de um profissional qualificado para um melhor desempenho.
Na Odil Fono Brasil, lhe mostraram vários filmes, para que escolhesse um dublador. José Mojica ficou particularmente impressionado com a voz usada para dublar o ator italiano Mario Carotenuto: A voz de Laercio Laurelli.
Laercio Laurelli fez a voz de Zé do Caixão em "À Meia-Noite Levarei Sua Alma" (1964), "Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver" (1967) e "O Estranho Mundo de Zé do Caixão" (1968). Enquanto "O Ritual dos Sádicos" (1970), "Finis Hominis" (1971), "Quando os Deuses Adormecem" (1972), foram dublados por Araken Saldanha, na AIC. Já "Exorcismo Negro" (1974) e "Delírios de um Anormal" (1978) tiveram a voz de João Paulo Ramalho, também na AIC.
Anos 1950
Depois da fundação de sua escola, a carreira profissional de José Mojica Marins passou a ficar cada vez mais mais próxima. José Mojica tentou realizar o filme "Sentença de Deus" (1954/1956) por três vezes e o filme acabou como inacabado. Semiprofissional, o filme "Sentença de Deus" (1954/1956) é experimental no sentido mais genuíno e revela os primeiros passos de José Mojica na arte do cinema.
Em 1958, veio a ser concluído "A Sina do Aventureiro", em lente 75 mm, com apenas duas pessoas que não eram da escola de atores de José Mojica, mas que depois vieram a ter aulas, Ruth Ferreira e Shirley Alvez. "A Sina do Aventureiro" (1958) é um faroeste caboclo (ou western feijoada, na definição do pesquisador Rodrigo Pereira), vertente prolífica, mas desprezada pela historiografia clássica do cinema brasileiro. Insere-se, portanto, na tradição mais ampla dos filmes rurais de aventura, território que compreende nomes tão heterogêneos quanto significativos como E. C. Kerrigan, Amilar Alves, Luiz de Barros, Humberto Mauro, Eurides Ramos, Antoninho Hossri, Victor Lima Barreto, Carlos Coimbra, Wilson Silva, Osvaldo de Oliveira, Reynaldo Paes de Barros, Edward Freund, Ozualdo Candeias, Tony Vieira e Rubens Prado.
Para lançar o filme "A Sina do Aventureiro" (1958), José Mojica Marins contou com a ajuda dos irmãos Valancy, que eram proprietários do Cine Coral, em São Paulo, aonde o filme permaneceu em cartaz por muito tempo. O realizador do filme, Mojica Marins explicou, posteriormente, como foi o sucesso do filme:
"Para fazer sucesso, eu usei um estratagema, porque já era difícil você entrar uma semana, e ficar três semanas em cartaz num cinema era mais difícil ainda. O que eu fiz? Eu pegava os meus alunos, numa época em que os cinemas tinham fila, e dividia um grupo de alunos numa fila, outro grupo em outra e mais outra. Todos eram atores, né? Então ficavam todos no meio da fila e diziam: 'Pô, a gente perdendo tempo nessa fila, passando uma fita tão boa no Cine Coral!'. Com isso, eles saíam de lá e levavam o pessoal da fila. E ia todo mundo para o Cine Coral. A fita foi muito bem nas capitais. Estourou em Salvador, em Porto Alegre. Porque ela tem uma miscelânea de Nordeste, de roupa nordestina com roupa gaúcha, com roupa americana. Eu misturo tudo, tem uma miscelânea. No final, tem uma curiosidade: a fita realmente agradou, só não agradou aos padres. Aí eu tive uma desavença com os padres que me acompanharia a vida toda!"
(José Mojica Marins)
Depois de aceitar a proposta de Augusto de Cervantes, de fazer um filme que agradasse aos padres, José Mojica criou a história de "Meu Destino em Tuas Mãos" (1963) e procurou Ozualdo Candeias para fazer o roteiro - que não foi creditado.
As tragédias familiares são apresentadas pelo cineasta com requintes de maldade, temperados por aquele neo-realismo involuntário das produções sem dinheiro. A direção de José Mojica deixou o filme ainda mais cru e violento.
O filme conta o drama de cinco crianças pobres que vivem infelizes com suas respectivas famílias. Cansados de abuso e desprezo, os amigos fogem de casa e saem pelas estradas, acompanhados do violão e da cantoria de Carlito (vivido por Franquito), o mais velho deles. O jovem Franquito, o "garoto da voz de ouro", foi uma aposta para embarcar no estrondoso sucesso de Pablito Calvo, astro-mirim de "Marcelino, Pão e Vinho" (1955).
José Mojica compôs três das dez canções interpretadas por Franquito. "Meu Destino em Tuas Mãos" (1963) foi realizado com o dinheiro da venda dos Long Plays de Franquito, hoje uma raridade por ser um dos primeiros filmes a ter disco com todas as músicas lançado pela gravadora Copacabana. O filme, apesar de ter agradado os padres, não teve repercussão nenhum e acabou esquecido.
Algum tempo depois, o produtor Nelson Teixeira Mendes contratou José Mojica para ser ator no "O Diabo de Vila Velha" (1966), um bang-bang. Como condição, José Mojica pediu para poder levar o pai, que estava muito doente, para o Paraná, onde o filme ia ser feito. Após muitas discussões com o diretor Ody Fraga, este veio a se afastar e José Mojica assumiu a direção filme, aonde demonstrou afinidade com o gênero faroeste, que já havia exercitado em "A Sina do Aventureiro" (1958) e ao qual voltaria em "D'Gajão Mata Para Vingar" (1971).
Anos 1960
José Mojica Marins criou um personagem popular sem basear-se em nenhum mito do horror conhecido mundialmente. Zé do Caixão, seu personagem mais conhecido, foi criado por ele em 11/10/1963, após ser atormentado por um pesadelo no qual um vulto o arrastava até seu próprio túmulo.
Segundo o próprio José Mojica Marins, o nome Zé do Caixão veio de uma lenda de um ser que viveu há milhões de anos no planeta Terra, que se transformou em luz e, depois de anos esta luz voltou a Terra.
A primeira aparição do personagem foi no filme "À Meia-Noite Levarei Sua Alma" (1963). Desde então, ele apareceu em diversos filmes, ganhou popularidade e tem sido retratado em diversas outras mídias.
Embora raramente mencionada nos filmes, o nome verdadeiro Zé do Caixão é Josefel Zanatas. José Mojica Marins dá uma explicação para o nome em uma entrevista para o Portal Brasileiro de Cinema:
"Eu fui achando um nome: Josefel - 'fel' por ser amargo - e achei também o Zanatas legal, porque de trás para frente dava Satanás!"
(José Mojica Marins)
Zé do Caixão é um personagem amoral e niilista que se considera superior aos outros e os explora para atender seus objetivos. Zé do Caixão é um descrente obsessivo, um personagem humano, que não crê em Deus ou no diabo.
O cruel e sádico agente funerário Zé do Caixão é temido e odiado pelos habitantes da cidade onde mora. O tema principal da saga do personagem é sua obsessão pela continuidade do sangue: Ele quer ser o pai da criança superior a partir da "mulher perfeita". Sua ideia de uma mulher perfeita não é exatamente físico, mas alguém que ele considera intelectualmente superior à média. E nessa busca ele está disposto a matar quem cruza seu caminho.
Quanto à concepção visual do Zé do Caixão, fica evidente a inspiração do personagem clássico Drácula, interpretado por Bela Lugosi na versão da década de 30, dos estúdios Universal. Entretanto, José Mojica acrescentou aos trajes negros e elegantes do personagem, características psicológicas profundas e enraizadas nas tradições brasileiras. Além disso, as unhas grandes foram claramente inspiradas no personagem-título de "Nosferatu, Eine Symphonie des Grauens" (1922).
José Mojica Marins afirma que a idéia do personagem surgiu em um sonho:
"Certa noite, ao chegar em casa bem cansado, fui jantar. Em seguida, estava meio sonolento, entre dormindo e acordado, e foi aí que tudo aconteceu: vi num sonho um vulto me arrastando para um cemitério. Logo ele me deixou em frente a uma lápide, lá havia duas datas, a do meu nascimento e a da minha morte. As pessoas em casa ficaram bastante assustadas, chamaram até um pai-de-santo por achar que eu estava com o diabo no corpo. Acordei aos berros, e naquele momento decidi que faria um filme diferente de tudo que já havia realizado. Estava nascendo naquele momento o personagem que se tornaria uma lenda: Zé do Caixão. O personagem começava a tomar forma na minha mente e na minha vida. O cemitério me deu o nome; completavam a indumentária do Zé, a capa preta da macumba e a cartola, que era o símbolo de uma marca de cigarros clássicos. Ele seria um agente funerário!"
(José Mojica Marins)
Futuramente, José Mojica Marins definiria melhor a origem de seu personagem:
"Josefel Zanatas nasceu em berço de ouro, seus pais tinham uma rede de agências funerárias, fato que fez com que Josefel fosse uma criança muito sozinha, pois seus colegas os discriminaram por causa da profissão de seus pais.
Na escola era um ótimo aluno e, como não tinha amigos, fez dos livros seus grandes companheiros. Foi na escola que conheceu Sara, uma menina muito bonita e de boa família. Logo se tornaram grandes amigos, não se separavam por nada. Cresceram juntos e com o passar do tempo a amizade se transformou em amor. Decidiram que iriam se casar e mudar para uma cidade maior onde teriam mais chances de crescer na vida. Sara queria se casar fora do país, então tanto os pais de Sara quanto de Josefel resolveram viajar antes para começarem os preparativos para cerimônia.
Durante o voo, uma tragédia acontece: o avião com os pais de Sara e Josefel sofre um acidente e não há sobreviventes. Por causa do luto eles decidem adiar o casamento. Em decorrência da II Guerra Mundial, em agosto de 1943, cria-se a Força Expedicionária Brasileira (FEB). Somente vinte e oito mil pessoas se alistaram, Josefel era um deles e em conversa com Sara decidem juntos que só casariam quando ele voltasse da guerra.
E assim, na noite de 30 de junho, Josefel parte para a Itália. Durante o tempo que ficou lá, Josefel sofreu muito, e as saudades de Sara foram aumentando depois que ele parou de receber cartas dela. Depois que Josefel partiu para a Guerra, Sara continuou cuidando da funerária. Sempre escrevia para ele, mas depois de muitas cartas sem resposta, acabou concluindo que ele deveria estar morto. Como a vida não estava fácil, Sara aceitou o convite que havia recebido do prefeito e se casou com ele.
No dia 18 de julho de 1945, Josefel desembarca na estação de sua cidade e percebe que a cidade está vazia e sua casa fechada. Desesperado para encontrar Sara, decide perguntar a um bêbado onde estavam todos. O bêbado informa que a cidade inteira estava na casa do prefeito, pois havia uma festa para comemorar a volta dos "Pracinhas". Chegando na festa ele encontra Sara sentada no colo do prefeito e, antes que ela pudesse se explicar, ele saca o revólver e mata os dois. Josefel não é condenado pelo crime pois foi alegado que ele estava traumatizado pela guerra. Para ele não importava ser preso ou não, ele havia perdido Sara e com ela perderia também o sentimento chamado amor.
Josefel, que até então era um homem doce e bondoso, se torna uma pessoa amarga e sem sentimentos. Passa então a aterrorizar os moradores da cidade e logo recebe o apelido de Zé do Caixão. Zé do Caixão é um homem sem crenças, não acredita em Deus nem no Diabo, só acredita nele mesmo, acha que é o único que pode fazer justiça. Seu objetivo é encontrar uma mulher que compartilhe seus pensamentos e juntos tenham um filho, que possa dar continuidade à sua espécie, que ele acredita ser superior. Para Zé do Caixão, as crianças são os únicos seres puros, sem maldade no coração. Em busca pela mulher superior, ele passa por cima de todos aqueles que atrapalharem seus planos, não tem dó nem piedade e mata se for preciso!"
(José Mojica Marins)
À Meia Noite Levarei Sua Alma
Por falta de um ator, pois não havia nenhum que se submetesse à caracterização do personagem, o autor transformou-se em Zé do Caixão. José Mojica, na época, estava de barba, por causa de uma promessa de família. Com o tempo o nome do personagem passou a confundir-se com o do próprio autor e lhe trouxe praticamente toda sua fama. Com dificuldade, pois os atores não confiavam nem acreditam em Mojica, ele realizou as filmagens de "À Meia Noite Levarei Sua Alma" (1964), com apenas atores de sua escola de teatro.
O filme marca a maturidade de José Mojica Marins como diretor, que se relaciona perfeitamente com o domínio da linguagem cinematográfica. Em "À Meia Noite Levarei Sua Alma" (1964) há todo um requintado trabalho de construção de espaços diferenciados para Zé do Caixão, e esse é o modo como o filme logra distinguir este personagem dos outros.
Após a etapa de montagem com Luiz Elias, José Mojica Marins iria atrás do distribuidor da Bahia que havia levado "A Sina do Aventureiro" (1958), que estava em São Paulo e havia ido à Boca do Lixo.
Após assistir o filme montado, o distribuidor passou a divulgar o filme que já era tido como um grande sucesso. Na mesma época, José Mojica Marins relançou "A Sina do Aventureiro" (1958) e teve um retorno lucrativo grande.
Ele havia feito amizade como um cineasta cubano que realizava filmes pornográficos que pediu a José Mojica que acrescentasse mais dez minutos de cenas mais fortes, onde José Mojica colocou algumas cenas de nudez de algumas moças.
O filme foi vendido por cerca de 20% do que havia sido gasto.
Dificuldades, Auge, Decadência e Retorno
José Mojica Marins apresentou, na década de 1990, o programa "Cine Trash", que obteve alta audiência, e as apresentações macabras de Zé do Caixão se tornaram um marco na televisão, o programa foi exibido na TV Bandeirantes.
José Mojica teve seus títulos lançados na Europa e nos Estados Unidos, onde participou de mostras, festivais e recebeu prêmios. No Brasil, José Mojica não conseguiu o mesmo sucesso e reconhecimento. Existem poucos títulos de seus filmes disponíveis no mercado, o que tornou sua obra pouco conhecida. Sua participação na mídia se dá quase sempre de maneira cômica, fato que teve que abraçar por necessidades financeiras.
José Mojica Marins tinha um programa de entrevistas chamado "O Estranho Mundo de Zé do Caixão", no Canal Brasil. Zé do Caixão tem uma filha chamada Liz Vamp.
Em 2009 interpretou um personagem diferente no longa-metragem de "Cesar Nero", em vez de Zé do Caixão. O nome de seu personagem era Dark Morton, porém o visual do personagem era o mesmo de Zé do Caixão, com a tradicional cartola e capa preta.
No Carnaval carioca de 2011, José Mojica Marins foi homenageado e participou do desfile da Escola Unidos da Tijuca, vice-campeã.
Em 2012, prefaciou o livro "3355 Situações Que Você Deve Saber Para Não Morrer Como Nos Filmes de Terror", do escritor Gerson Couto.
Em 2013, apareceu na capa do disco "Expulsos do Purgatório", curiosamente ano 13, da lendária banda punk Excomungados e nos encartes, juntamente com os integrantes, sendo que o vocalista Pekinez Garcia, que toca nu inspirado no personagem principal do filme "Finis Hominis" (1971).
Em 2014, José Mojica Marins ficou por quase um mês internado no Incor, em São Paulo, onde passou por um cateterismo cardíaco planejado e desobstrução de uma artéria que estava com bloqueio. Na ocasião, ele foi submetido a uma angioplastia, procedimento para desobstruir vasos entupidos, e colocou três stents, tubo inserido para normalizar a passagem de sangue dentro da artéria. Por conta disso, José Mojica Marins passou a fazer diálises (filtragem do sangue) três por semana.
Em 2015, o canal por assinatura Space fez uma minissérie biográfica sobre José Mojica Marins intitulada "Zé do Caixão", com o cineasta interpretado por Matheus Nachtergaele.
Em 2019, José Mojica Marins apareceu em uma homenagem no "Domingo Show", da TV Record, onde mostrou-se muito debilitado, apresentando um suposto quadro de Alzheimer.
Morte
José Mojica Marins faleceu às 15h46 de quarta-feira, 19/02/2020, aos 83 anos, no Hospital Sancta Maggiore, em São Paulo, SP, vítima de uma broncopneumonia. A morte foi confirmada pela filha de José Mojica, a atriz Liz Marins. José Mojica Marins estava internado desde o dia 28/01/2020 para tratar de uma broncopneumonia.
Filmografia
Como Diretor
1945 - A Mágica Do Mágico
1946 - Beijos A Granel
1947 - Sonhos De Vagabundo
1948 - A Voz Do Coveiro
1955 - Sentença De Deus (Inacabado)
1958 - A Sina Do Aventureiro
1962 - Meu Destino Em Tuas Mãos
1963 - À Meia-Noite Levarei Sua Alma
1965 - O Diabo De Vila Velha
1966 - Esta Noite Encarnarei No Teu Cadáver
1967 - O Estranho Mundo De Zé do Caixão
1968 - Trilogia Do Terror
1969 - O Despertar Da Besta
1971 - Finis Hominis
1972 - Dgajão Mata Para Vingar
1972 - Quando Os Deuses Adormecem
1972 - Sexo E Sangue Na Trilha Do Tesouro
1974 - A Virgem E O Machão
1974 - Exorcismo Negro
1975 - O Fracasso De Um Homem Nas Duas Noites De Núpcias
1973 - Prêmio Especial no Festival Internacional de Cine Fantástico y de Terror Sitges (Espanha);
1974 - Prêmio L’Ecran Fantastique para originalidade;
1974 - Prêmio Tiers Monde da imprensa mundial, na III Convention du Cinéma Fantastique (França).
Ritual dos Sádicos (O Despertar da Besta)
1986 - Melhor Ator (José Mojica Marins) e Melhor Roteiro (Rubens Lucchetti), no Rio-Cine Festival.
Encarnação do Demônio
2008 - Troféu Menina de Ouro de Melhor Filme de Ficção por júri oficial e crítica, Melhor Fotografia (José Roberto Eliezer), Melhor Montagem (Paulo Sacramento), Melhor Edição de Som (Ricardo Reis), Melhor Direção de Arte (Cássio Amarante) e Melhor Trilha Sonora (André Abujamra e Marcio Nigro) no 1º Festival Paulínia de Cinema;
2008 - Melhor Diretor de Cinema (José Mojica Marins), no 2º Prêmio Quem de Cinema;
2008 - Melhor Direção de Arte (Cassio Amarante) e Prêmio Especial de Atuação pelo Conjunto da Obra, no Prêmio de Cinema do Paraná;
2008 - Indicação a Melhor Direção de Arte (Cassio Amarante) e Efeitos Especiais (Kapel Furman, Rogério Marinho, Robson Sartori), no Grande Prêmio Vivo do Cinema Brasileiro;
2008 - Prêmio do Júri Carnet Jove do Sitges - Catalonian International Film Festival.
2009 - Melhor Ator (José Mojica Marins) e Melhor Direção de Arte (Cassio Amarante), tendo sido indicado a Melhor Direção (José Mojica Marins), Melhor Roteiro (Dennison Ramalho e José Moijica Marins), Melhor Atriz (Cléo de Paris), Melhor Ator Coadjuvante (Jece Valadão), Melhor Atriz Coadjuvante (Helena Ignez) e Melhor Trilha Sonora (André Abujamra e Marcio Nigro), no V Prêmio FIESP/SESI-SP de Cinema Paulista;
Prêmio de Melhor Fotografia (José Roberto Eliezer) e indicado a Melhor Filme, no Prêmio Contigo de Cinema;
2009 - Segundo lugar no Fant-Asia Film Festival, na categoria de Melhor Filme Internacional;
Outros
2000 - Prêmio Fantasporto por Carreira e Conjunto da Obra.
Paulo Roberto de Freitas, conhecido como Bebeto de Freitas, foi um jogador e treinador de voleibol nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 16/01/1950.
Bebeto de Freitas era sobrinho do jornalista e treinador de futebol João Saldanha e primo por parte de mãe do jogador de futebol Heleno de Freitas.
Sendo um gestor desportivo, foi presidente do Botafogo de Futebol e Regatas entre 2003 e 2008 e, posteriormente, diretor-executivo do Atlético Mineiro. Umas das figuras-chave na transformação e identidade tática e técnica que o voleibol brasileiro adquiriu a partir do início dos anos 80, quando passou a dirigir a seleção masculina.
Carreira no Voleibol
Jogador
Bebeto de Freitas foi um dos mais importantes jogadores de vôlei do Botafogo, tendo conquistado onze campeonatos cariocas de vôlei consecutivos (de 1965 até 1975), além de ter defendido a seleção brasileira nos Jogos Olímpicos de 1976 em Montreal.
Treinador
Bebeto de Freitas foi um dos mais respeitados treinadores de voleibol do mundo, tendo dirigido o time da consagrada Geração de Prata do voleibol masculino brasileiro nos Jogos Olímpicos de 1984 em Los Angeles e também nos Jogos Olímpicos de 1988 em Seul.
Teve uma passagem de grande sucesso pelo voleibol italiano, dirigindo de 1990 a 1995, o Maxicono Parma, atual Pallavolo Parma (It), onde conquistou cinco títulos (Campeonato Italiano 1991-1992 e 1992-1993, Copa Itália 1991-1992 e Copa CEV 1991-1992 e 1994-1995).
Devido a este sucesso, foi convidado a treinar a seleção italiana em 1997 e 1998, sendo campeão da Liga Mundial de Voleibol de 1997, em Moscou e do Campeonato Mundial de Voleibol Masculino de 1998, na final com a Iugoslávia em Tóquio, com o resultado de 3 sets a 0.
Carreira Como Gestor
Bebeto de Freitas teve duas passagens como manager do Clube Atlético Mineiro, em 1999 e 2001. Trabalhou durante a gestão do então presidente Nélio Brant em parceria com o presidente do Conselho Deliberativo e diretor de futebol Alexandre Kalil. Durante estas duas passagens, o clube obteve resultados expressivos. Foi Campeão Mineiro e Vice-Campeão brasileiro em 1999 e chegou ao 4º lugar no Campeonato Brasileiro de 2001. No entanto, deixou o clube para ir trabalhar no Botafogo.
A fase no Atlético fez despertar o interesse em dirigir o Botafogo, seu clube de coração. No início de 2002, chegou a assumir um cargo como diretor do clube carioca, mas em poucos meses pediu afastamento pois, por ser funcionário, não poderia se candidatar ao cargo de presidente ao final daquele ano e também por discordar da gestão do então presidente Mauro Ney Palmeiro.
Eleito para um mandato não-remunerado inicial de três anos, entre 2003 e 2005, Bebeto de Freitas iniciou um processo de reestruturação do clube. Sua direção teve como marco importante, a volta do time de futebol à primeira divisão do Campeonato Brasileiro.
Reeleito até 2008, conquistou os títulos de futebol profissional da Taça Guanabara e do Campeonato Carioca de 2006, e da Taça Rio, de 2007 e 2008. Além disso, venceu também títulos em diversas categorias amadoras, tais como polo aquático, basquetebol, voleibol e natação.
Bebeto de Freitas foi um dos homens de frente na luta da aprovação da Timemania, que poderia solucionar parte das dívidas do clube. Além disso, em sua gestão, o clube - a partir da empresa criada por ele, a Cia. Botafogo - conquistou a concessão do Estádio Olímpico João Havelange, em 2007.
Após a final da Taça Guanabara de 2008, revoltado com a arbitragem, chegou a pedir licenciamento do cargo de presidente, dizendo que "não aguentava mais as coisas que aconteciam no futebol". No entanto, como sua renúncia foi somente verbal, dias depois voltou em sua decisão e permaneceu à frente do clube até dezembro daquele ano, quando seu mandato se encerrava, sem possibilidades de reeleição.
Em 2009, a convite de Alexandre Kalil, que desta vez assumira o cargo de presidente do Galo, Bebeto de Freitas assumiu o cargo de diretor-executivo remunerado do clube.
Em 2016, após a eleição de Alexandre Kalil para prefeito de Belo Horizonte, Bebeto de Freitas foi indicado para o cargo de Secretário Municipal de Esportes e Lazer. No comando da pasta, criou o programa "A Savassi é da Gente", com eventos fechado aos carros na praça Diogo de Vasconcelos e abrindo para atividades esportivas, de lazer e convivência aos domingos. Comandou a pasta de 01/01/2017 a 06/01/2018.
No início de 2018, Bebeto de Freitas assumiu, a convite do presidente Sérgio Sette Câmara, o recém criado cargo de Diretor de Administração e Controle do Clube Atlético Mineiro.
Morte
Bebeto de Freitas faleceu na tarde de terça-feira, 13/03/2018, aos 68 anos, após passar mal dentro da concentração na Cidade do Galo. Ambulâncias e um helicóptero chegaram a ser acionados para socorrer o dirigente, que não resistiu a uma parada cardíaca e morreu antes de ser levado para um hospital.
Bebeto de Freitas havia participado normalmente do lançamento do time de futebol americano do Atlético-MG, o Galo FA, em evento que ocorreu no fim da manhã. Após a cerimônia, os convidados se dirigiram ao hotel do clube, na parte superior do centro de treinamento. Bebeto de Freitas acabou passando mal, enquanto apresentava as acomodações da concentração atleticana. Ele chegou a receber o primeiro atendimento médico em um dos quartos do prédio, mas não resistiu antes de ser levado para um hospital na capital mineira.
A atriz Célia Camargo Silva, mais conhecida como Célia Helena, aos 16 anos, fez o curso de formação de intérpretes no Centro de Estudos Cinematográficos de São Paulo, onde conheceu Ruggero Jacobbi e José Renato, entre outros.
Estreou no filme "Fatalidade", com direção de Jacques Marrete e, na seqüência, fez "Chamas no Cafezal", ambos em 1952, produzidos pela Cia. Cinematográfica Vera Cruz.
No ano seguinte, Célia Helena estreou no teatro ao lado de Cacilda Becker e Paulo Autran, na comédia "Inimigos Íntimos".
Com o fim da Vera Cruz, ela foi para o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e esteve presente nas principais montagens do grupo Oficina nos anos 60, como em "A Vida Impressa em Dólar" e "Pequenos Burgueses" – onde, interpretando Tatiana, arrebatou todos os prêmios de melhor atriz de 1963. Lá, conheceu e casou com Raul Cortez, com quem teve a filha Lígia.
Ao longo da carreira recebeu prêmios como o de melhor atriz coadjuvante em "O Balcão", de Jean Genet e o prêmio Molière de melhor atriz de 76, por "Pano de Boca", de Fauzi Arap.
A partir de 1980 lançou-se a um projeto pessoal de amplas repercussões: a criação de um centro de educação teatral para jovens - a Teatro Escola Célia Helena, fundado em 1977 - que, a partir de 1983, passou a oferecer também um curso profissionalizante de formação de atores. As atividades junto à escola a mantiveram afastada dos palcos por um longo período.
Na televisão, Célia participou de algumas telenovelas de sucesso: "Vila do Arco" em 1976 na TV Tupi; "Brilhante", 1982; "Partido Alto", 1984; "Direito de Amar", 1987; e "Mandala", 1988, todas na Rede Globo e "Sabor de Mel" na TV Bandeirantes. Sua última participação foi num episódio do programa "Você Decide", Rede Globo, em 1995.
No dia 6 de março de 1997, internou-se no Hospital Albert Einstein para extrair, por meio de uma cirurgia, um câncer raro que ataca as paredes dos vasos sanguíneos. Célia Helena não resistiu à operação, entrou em coma e faleceu aos 61 anos, no sábado, 29.
Na ocasião da morte de Célia,sua filha Lígia Cortez, também atriz, registrou algumas palavras sobre a carreira de sua mãe:
"Célia Helena atriz conciliou um difícil paradoxo dos atores: ser público sem perder a privacidade, a generosidade e discrição. Admiro muito a forma como ela atuou na ditadura. Nunca foi a primeira da fila das passeatas. Apenas agia. E como. Ajudou de muitas formas muitos colegas. (...) Comecei com ela no Teatro Célia Helena, aliás, desconfio que ela fundou o teatro muito por minha causa. Sinto orgulho quando lembro que minha mãe valorizou o teatro na sua essência. Ela deu uma dimensão maior ao trabalho de atriz. Foi uma grande educadora. Ficamos Elisa (a filha que teve no seu casamento com o arquiteto Ruy Ohtake) e eu. Aprendemos sobretudo a beleza e a dignidade do trabalho profundo, pesquisador e quieto. Feito sem alarde, mas na sua essência revolucionário."
* Salvador, BA (26/05/1914) + Salvador, BA (13/03/1992)
Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, mais conhecida como Irmã Dulce, Beata Dulce dos Pobres ou Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, tendo recebido o epíteto de "O Anjo Bom da Bahia", foi uma religiosa católica brasileira. Irmã Dulce notabilizou-se por suas obras de caridade e de assistência aos pobres e necessitados.
Quando criança, Maria Rita, filha de Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes e do Drº Augusto Lopes Pontes, dentista e professor da Universidade Federal da Bahia, costumava rezar muito e pedia sinais a Santo Antônio, pois queria saber se deveria seguir a vida religiosa ou casar. Desde os treze anos de idade, depois de visitar áreas carentes, acompanhada por uma tia, ela começou a manifestar o desejo de se dedicar à vida religiosa. Começou a ajudar mendigos, enfermos e desvalidos. Nessa mesma idade, foi recusada pelo Convento de Santa Clara do Desterro, em Salvador, por ser jovem demais, voltando a estudar.
Com o consentimento da família e o apoio de sua irmã, Dulcinha, foi transformando a casa da família num centro de atendimento a pessoas necessitadas.
Bem Aventurada Dulce dos Pobres
Em 8 de fevereiro de 1933, logo após se formar professora primária, 1932, Maria Rita entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe. Em 15 de agosto de 1934, após seis meses de noviciado, ela fez sua profissão de fé e votos perpétuos, tomando o hábito de freira e recebendo o nome de Irmã Dulce, em homenagem a sua mãe, e em seguida, voltou a Salvador. Sua primeira missão como religiosa foi ensinar em um colégio mantido pela sua congregação, na Cidade Baixa. Também dava assistência às comunidades pobres da região onde viria a concentrar as principais atividades das Obras Sociais Irmã Dulce.
Em 1936, com apenas 22 anos, fundou, com Frei Hildebrando Kruthaup, a União Operária São Francisco, primeiro movimento cristão operário da Bahia. No ano seguinte, sempre com Frei Hildebrando, criou o Círculo Operário da Bahia, mantido com a arrecadação de três cinemas que ambos haviam construído através de doações. Tinham como finalidade a difusão das cooperativas, a promoção cultural e social dos operários e a defesa dos seus direitos.
Em maio de 1939, Irmã Dulce inaugurou o Colégio Santo Antônio, voltado para os operários e seus filhos. No mesmo ano, para abrigar doentes que recolhia nas ruas, Irmã Dulce invadiu cinco casas na Ilha dos Ratos. Depois de ser expulsa do lugar, teve que peregrinar durante uma década, instalando os doentes em vários lugares, até transformar em albergue o galinheiro do Convento de Santo Antônio, que mais tarde deu origem ao Hospital Santo Antônio, centro de um complexo médico, social e educacional que continua atendendo aos pobres.
Mesmo com a saúde frágil, a Irmã Dulce construiu e manteve uma das maiores e mais respeitadas instituições filantrópicas do país.
Em 1988, foi indicada para o Prêmio Nobel da Paz, pelo então presidente do Brasil José Sarney, com o apoio da Rainha Silvia da Suécia.
Em 2000 foi distinguida pelo Papa João Paulo II com o título de "Serva de Deus". O processo de beatificação da Irmã Dulce tramitou na Congregação das Causas dos Santos do Vaticano.
Entre os diversos estabelecimentos que a Irmã Dulce fundou estão o
Hospital Santo Antônio, capaz de atender setecentos pacientes e duzentos casos ambulatoriais. O atendimento médico conta com especialização geriátrica, cirúrgica, hospital infantil, centro de atendimento e tratamento de alcoolismo, clínica feminina, unidade de coleta e transfusão de sangue, laboratórios e um centro de reabilitação e prevenção de deficiências. Além do hospital, Irmã Dulce também criou o Centro Educacional Santo Antônio, instalado em Simões Filho, que abriga mais de trezentas crianças de 3 a 17 anos. No Centro, os jovens têm acesso a cursos profissionalizantes. Irmã Dulce fundou também o Círculo Operário da Bahia, que, além de escola de ofícios, proporcionava atividades culturais e recreativas.
Durante mais de cinquenta anos de entrega total a caridade e amor ao próximo, em 11 de novembro de 1990 Irmã Dulce começou a apresentar problemas respiratórios, sendo internada no Hospital Português da Bahia, depois transferida à UTI do Hospital Aliança e finalmente ao
Hospital Santo Antônio. Em 20 de outubro de 1991, recebeu no convento, em seu leito de morte, a visita do
Papa João Paulo II
para receber a bênção e extrema unção.
Morte
"O Anjo Bom da Bahia" morreu em seu quarto, de causas naturais, aos setenta e sete anos, às 16:45 hs do dia 13 de março de 1992, ao lado de pessoas queridas por ela, como as irmãs do convento. Seu corpo foi sepultado no alto do Santo Cristo, na Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia e depois transferido para a capela do
Hospital Santo Antônio, centro das Obras Assistenciais Irmã Dulce.
Irmã Dulce também tocava sanfona para detentos da penitenciária (Foto: Acervo Osid)
Beatificação
A 21 de janeiro de 2009, a Congregação Para as Causas dos Santos do Vaticano anunciou o voto favorável que reconhece Irmã Dulce como venerável.
A 3 de abril de 2009, o Papa Bento XVI aprovou o decreto de reconhecimento de suas virtudes heroicas.
No dia 9 de junho de 2010 o corpo da Irmã Dulce foi desenterrado, exumado, velado e sepultado pela segunda vez, sendo este o último estágio do processo de beatificação.
No dia 27 de outubro de 2010, foi anunciada pelo cardeal arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Geraldo Majella Agnelo, em coletiva de imprensa realizada na sede das Obras Sociais Irmã Dulce a beatificação, última etapa antes da canonização, da religiosa Irmã Dulce, tornando-a a primeira beata (ou bem-aventurada) da Bahia. O anúncio foi sucedido pelo decreto em 10 de dezembro de 2010 e aconteceu após o reconhecimento de um milagre pela intercessão da religiosa na recuperação de uma mulher sergipana, que havia sido desenganada pelos médicos após sofrer uma hemorragia durante o parto.
No dia 22 de maio de 2011, Irmã Dulce foi beatificada em Salvador, e passou a ser reconhecida como Bem Aventurada Dulce dos Pobres. A Solene Eucaristia de Beatificação foi presidida pelo enviado especial do
Papa Bento XVI,
Dom Geraldo Majella Agnelo, arcebispo emérito de Salvador.