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Gláucio Gil

GLÁUCIO GUIMARÃES GIL
(32 anos)
Ator, Dramaturgo e Apresentador de Televisão

☼ Rio de Janeiro, RJ (18/08/1932)
┼ Rio de Janeiro, RJ (13/08/1965)

Gláucio Guimarães Gil, mais conhecido como Gláucio Gil, foi um ator, dramaturgo e apresentador de televisão nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 01/09/1932.

Gláucio Gil escreveu peças como "Toda Donzela Tem Um Pai Que é Uma Fera", "Procura-se Uma Rosa", que inspirou o filme italiano "Una Rosa Per Tutti", dirigido por Franco Rossi e estrelado por Claudia Cardinale. "Toda Donzela Tem um Pai que é Uma Fera" e o "O Bem Amado", foram dois dos maiores sucessos de Gláucio Gil no Teatro Santa Rosa.

No início da década de 1960, Gláucio Gil, Léo Jusi e Hélio Bloch abriram o Teatro Santa Rosa, assim batizado em homenagem ao artista plástico Tomás Santa Rosa.

Gláucio Gil era considerado pelos atores com quem trabalhou, como um empresário generoso. Ele era desconhecido até mesmo pela maioria dos funcionários do teatro que também leva o seu nome e cujas paredes não possuem sequer uma única foto sua.

Gláucio Gil e Agildo Ribeiro no programa "Show da Noite"
Além de ter sido um dos maiores comediógrafos do país, Gláucio Gil foi o precursor dos talk shows, ao se tornar apresentador do programa "Show da Noite", pela TV Globo e produzido por Domingos de Oliveira.

Léo Jusi, ex-sócio de Gláucio Gil no Teatro Santa Rosa, diretor de teatro e professor universitário aposentado da cadeira de Produção e Direção Teatral, conta que conheceu Gláucio Gil na turma de teatro, ainda nos tempos do Conservatório Nacional de Teatro, no final dos anos 40. A amizade entre os dois foi quase imediata.

Gláucio Gil tinha um humor arguto, uma capacidade de observação incomum.

Em abril de 1961, Léo Jusi, Hélio BlochGláucio Gil, adaptando um espaço antes destinado ao comércio, abriram o Teatro Santa Rosa, assim batizado em homenagem ao artista plástico Thomaz Santa Rosa, falecido em 29/11/1956 em Nova Délhi, Índia.

Joana Fomm e Gláucio Gil
O que pouca gente sabe é que Gláucio Gil e Ziraldo foram relações-públicas da revista "O Cruzeiro", uma publicação com tiragem semanal gigantesca para o seu tempo, mais de 700 mil exemplares. Gláucio Gil foi, também, muito ligado ao dramaturgo Nelson Rodrigues.

A atriz Íris Bruzzi lembra que atores e atrizes eram muito mimados por Gláucio Gil no Teatro Santa Rosa. Nas matinês, às quintas e domingos, tinham um farto buffet, antes e depois dos espetáculos. Rosas, bilhetinhos carinhosos, pagamentos extras eram constantes.

Apesar de dar seu nome a um teatro e a uma avenida no Rio de Janeiro, pouco se sabe sobre a vida de Gláucio Gil, que foi uma das personalidades mais populares da televisão brasileira, nos anos 60, e um dos importantes nomes do teatro carioca.

Gláucio Gil namorou com a atriz Joana Fomm de 1962 á 1963 e Vera Vianna de 1964 á 1965.

Morte

Gláucio Gil faleceu prematuramente na sexta-feira, 13/08/1965, aos 32 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de um infarto cardíaco fulminante, diante das câmeras de televisão, quando apresentava o programa "Show da Noite" na TV Globo, dez minutos depois da introdução, quando proferiu o texto:
"Hoje é sexta-feira, 13 de agosto. Dia aziago, mas até agora vai tudo caminhando bem, felizmente!"
Em artigo no Jornal do Brasil de 17/8/1965, Yan Michalski relatou:
"A fatídica sexta-feira, dia 13, proporcionou-nos uma experiência que nos deixará, por muito tempo, um gosto amargo na boca. Estávamos, por volta das 23 horas, assistindo ao Show da Noite, com Gláucio Gil entrevistando os seus convidados, como todas as noites, irradiando a sua simpatia tão pessoal, o seu estilo tão inimitável, e a sua enorme vitalidade, que tanto impressionava. No meio do programa, resolvemos mudar de canal, para assistir a um programa de noticiário. Poucos minutos depois, ainda dentro do noticiário, soubemos que, ao girar o botão do nosso receptor, havíamo-nos despedido para sempre de Gláucio Gil!"
A morte de Gláucio Gil causou comoção no Rio de Janeiro. Dona Carmem, sua mãe, não acompanhou o enterro e pediu para que os fotógrafos não fizessem "a triste foto da despedida".

Gláucio Gil  foi sepultado no domingo, dia 15/08/1965, no Cemitério São João Batista, com a presença de centenas de artistas e fãs. O cortejo teve mais de cem carros e, no momento do enterro, centenas de rosas foram jogadas em sua sepultura.

O "Show da Noite", sem o mesmo fôlego, continuou no ar por mais alguns meses, até 30/12/1965, apresentado por Paulo Roberto.

Fonte: Wikipedia e TV História
#FamososQuePartiram #GlaucioGil

Jacob do Bandolim

JACOB PICK BITTENCOURT
(51 anos)
Músico, Compositor e Bandolinista

* Rio de Janeiro, RJ (14/02/1918)
+ Rio de Janeiro, RJ (13/08/1969)

São de sua autoria clássicos do choro como "Noites Cariocas" e "Doce de "Côco". Alcançou popularidade ao montar o conjunto Época de Ouro, que permanece em atividade.

Morava em uma casa com jardim e avarandada em Jacarepaguá (Rio de Janeiro) rodeado pelas rodas de choro e de grandes amigos chorões. Apesar de não ser um entusiasta do carnaval, gostava do frevo. Estudou no Colégio Anglo-Americano e serviu no CPOR; trabalhou no arquivo do Ministério da Guerra, quando já tocava bandolim. Por fim, Jacob fez carreira como serventuário da justiça no Rio de janeiro, chegando a escrivão de uma das varas criminais da capital.


Em 1968 foi realizado um espetáculo no Teatro João Caetano (Rio de Janeiro) em benefício do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro (MIS). Com Jacob do Bandolim, A divina Elizeth Cardoso, Zimbo Trio e o Época de Ouro. A apresentação de Jacob tocando a música "Chega de Saudade" (Tom Jobim / Vinicius de Moraes), foi antológica. Foi lançado álbum com dois longplays (LP) da gravação original do espetáculo, em edição limitada.

Foi "guru" de Sérgio Cabral (pai do governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho), Hermínio Bello de Carvalho, Ricardo Cravo Albin.

Teve um casal de filhos, sendo que um deles, era o jornalista polêmico (O Globo, Última Hora) e compositor Sérgio Bittencourt, já falecido. A sua filha Elena Bittencourt preside o Instituto Jacob do Bandolim.

Passou à tarde, no bairro de Ramos, com o seu amigo compositor e maestro Pixinguinha, chegando na varanda da sua casa cansado e esbaforido, caiu nos braços de sua esposa Adília, já sem vida.

Fonte: Wikipédia

Francisco Milani

FRANCISCO FERREIRA MILANI
(68 anos)
Ator, Dublador, Humorista e Político


☼ São Paulo, SP (19/11/1936)
┼ Rio de Janeiro, RJ (13/08/2005)

Francisco Milani foi um ator, dublador, humorista, diretor de televisão e político nascido em São Paulo, SP, no dia 19/11/1936. Com uma vasta carreira no cinema, teatro e TV, destacou-se na comédia, dirigindo e atuando em programas humorísticos clássicos, como "Viva o Gordo" e "Chico Anysio Show". Consagrou-se por interpretar tipos mal-humorados, sendo o mais memorável o personagem Saraiva, do programa humorístico "Zorra Total".

Filho de Donato Milani e Fernanda Ferreira, Francisco Milani nasceu e foi criado no bairro do Belenzinho na capital paulista. Depois, sua família transferiu-se para o Rio de Janeiro.

A carreira artística de Francisco Milani começou aos 13 anos de idade quando conseguiu seu primeiro emprego em uma rádio no interior de São Paulo.

Em 1959, participou da "TV de Vanguarda" e "TV de Comédia", na extinta TV Tupi.

Convidado pelo dramaturgo Oduvaldo Vianna Filho, foi trabalhar no Centro Popular de Cultura (CPC), na União Nacional dos Estudantes (UNE), tendo presenciado a invasão e o incêndio do mesmo. Devido ao endurecimento da Ditadura Militar brasileira, foi embora de São Paulo e acabou interrompendo sua carreira artística por oito anos.

Jô Soares relata em sua autobiografia (2018) que, por Francisco Milani ser filiado ao Partido Comunista, foi perseguido pelos órgãos de repressão e que teria conseguido fugir com ajuda de Cyro del Nero no porta-malas de um carro. Trabalhou como caminhoneiro, nesse período, para despistar seu paradeiro. Apenas na década de 70, viajou para o Rio de Janeiro, cidade em que passou a viver e na qual retomou sua vida artística.

Cinema

No cinema, seus primeiros filmes são "Crime no Sacopã" (1963) e "Esse Mundo é Meu" (1963). Participou do clássico "Terra em Transe" (1967), de Glauber Rocha.

Nos anos 70, participou dos filmes "O Último Malandro" (1974), "Pecado na Sacristia" (1975) e "Essa Mulher é Minha... E dos Amigos" (1976).

Na década de 80, atuou no drama "Eles Não Usam Black-Tie" (1981), de Leon Hirszman.

Nas décadas de 90 e 2000, trabalhou nos filmes "O Lado Certo da Vida Errada" (1996), "O Coronel e o Lobisomem" (2005) e no infantil "Eliana e o Segredo dos Golfinhos" (2005).

Sua última participação no cinema foi no filme "Irma Vap - O Retorno", lançado após a sua morte.

Novelas e Minisséries

Francisco Milani estreou na TV Globo na telenovela "Irmãos Coragem" (1970), a partir daí, participou de várias outras novelas da emissora, entre elas, "Selva de Pedra" (1972), "Elas Por Elas" (1982), "Barriga de Aluguel" (1990) e "Vamp" (1991).

Também trabalhou nas novelas da TV Tupi, sendo estas, "Roda de Fogo" (1978) e "Gaivotas" (1979), de Jorge de Andrade, interpretando o delegado João Leite.

Participou das minisséries "Bandidos da Falange" (1983), "Riacho Doce" (1990) e "Anos Rebeldes" (1992), que reunia inúmeros atores que foram perseguidos ou presos durante a Ditadura Militar. Curiosamente, Francisco Milani, que foi perseguido pelos órgãos de repressão deste período, interpretou o inspetor Camargo, um agente da ditadura.

Comédia

Sua trajetória na comédia iniciou na década de 1980, no programa "Viva o Gordo", de Jô Soares, do qual tornou-se diretor entre os anos de 1985 a 1987. No programa, interpretava inúmeros papéis. Seu personagem mais famoso, sem nome específico, dizia ou pedia coisas absurdas a outras pessoas e, quando o olhavam com estranheza, falava o bordão "Tá me olhando por quê? Eu sou normal!".

Também dirigiu e atuou no programa "Chico Anysio Show" (1988).

Em 1985, interpretou o rabugento chefe da personagem Zelda Scott (Andrea Beltrão) no seriado "Armação Ilimitada".

Na década de 1990, integrou o elenco da "Escolinha do Professor Raimundo", na qual viveu o cético advogado Pedro Pedreira, cujo principal bordão era "Pedra noventa, só enfrenta quem aguenta!", um tipo que contestava tudo que o Professor Raimundo dizia, exigindo provas para cada fato histórico apresentado. Quando o professor não conseguia apresentar as provas, o personagem soltava o bordão "Então, não me venha com chorumelas!".

Em 2000, quando a "Escolinha do Professor Raimundo" havia se tornado um quadro do "Zorra Total", Francisco Milani, que integrava o elenco, foi demitido. Sem ser informado, Chico Anysio só tomou conhecimento de sua demissão ao notar sua ausência no estúdio. Tendo ficado profundamente revoltado, Chico Anysio cancelou a gravação e mandou todos os atores e convidados de volta para casa.

Em 2015, na nova versão da "Escolinha do Professor Raimundo", o personagem Pedro Pedreira foi interpretado por Marco Ricca.

Francisco Milani consagrou-se com a personagem Saraiva, do programa humorístico "Zorra Total" da TV Globo, dono do bordão "Pergunta idiota, tolerância zero!". Personagem mal-humorado e rabugento que não suportava ouvir perguntas pouco inteligentes e causava constrangimento a sua esposa vivida pela atriz Stella Freitas. O personagem foi criado da década de 1950 pelo comediante Ary Leite.

No ano de 1999 a família de Ary Leite, na época já falecido, processou a TV Globo pelo não pagamento de direitos autorais e a condenação veio no ano de 2003 com a TV Globo sendo obrigada a pagar uma indenização e a retirar a personagem do ar, a partir daí, o quadro deixou de ser exibido.

Entre os anos de 2003 e 2004 fez participações especiais no programa humorístico "A Grande Família" interpretando o rabugento Tio Juvenal, conhecido também como o Tio Mala. O personagem estreou dois meses depois da morte de Rogério Cardoso, que interpretava Seu Flor. Ele estreou no episódio "O Tio Mala" e, devido ao sucesso do personagem, apareceu em mais dois episódios: "O Mal-Amado" e "Etelvina e Juvenal".

Em 2004 concedeu uma entrevista na qual foi perguntado o que ele achava de interpretar inúmeros personagens mal-humoradas, respondendo que achava o mau-humor muito engraçado. Segundo Francisco Milani: "Quando você vê uma pessoa mal-humorada na rua, acaba achando aquilo engraçado, pois ela tem um comportamento fora do normal e fazer um papel desses é prazeroso para qualquer ator!".

Em 2005, Maurício Sherman, diretor-geral do programa humorístico "Zorra Total", declarou que Francisco Milani, apesar de estar doente, estava se preparando para interpretar novamente o personagem Saraiva e estava bastante entusiasmado. Porém, Francisco Milani faleceu uma semana antes do início das gravações. O personagem só retornou em 2010 interpretado pelo ator Leandro Hassum.

Seu último personagem cômico foi Cambises, o pão duro, um homem que só pensava em economizar seu dinheiro, questionando os valores e a utilidade de cada produto comprado por sua esposa no caixa do supermercado. O quadro foi lançado em 2005 no "Zorra Total", sendo este seu último trabalho em vida.

No dia 20/08/2005, uma semana após sua morte, Francisco Milani foi homenageado pelo programa com uma edição de imagens relembrando seus personagens mais famosos. Depois, o ator Milton Gonçalves leu um texto em homenagem ao colega e foi exibido um esquete inédito da personagem Cambises, o último gravado por Francisco Milani.

Política

Sempre interessado pela política, Francisco Milani foi eleito vereador no Rio de Janeiro pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) nas eleições de 1992, tendo ainda durante o mandato passado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Em 1995, filiou-se ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), partido pelo qual, no ano 2000, foi candidato derrotado a vice-prefeito na chapa de Benedita da Silva (PT) nas eleições municipais do Rio de Janeiro. O vencedor foi Cesar Maia (PTB). É de sua autoria a lei que criou a Riofilme.

Francisco Milani e sua neta Mariana Milani
Vida Pessoal

Francisco Milani foi casado por duas vezes, uma delas com a atriz Joana Fomm. É pai do cineasta e diretor de telenovelas Carlo Milani.

A viúva de Chico Anysio, Malga Di Paula, em 2021, concedeu uma entrevista ao programa "A Noite é Nossa" da TV Record e, quando perguntada quais eram os artistas que Chico Anysio mais gostava declarou que ele adorava Francisco Milani, Rogério Cardoso e Tom Cavalcante.

Morte

Francisco Milani faleceu no sábado, 19/08/2005, aos 68 anos, vítima de um edema pulmonar agudo, consequência de um câncer retal metastático, no Hospital Barra d'Or, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ.

Atendendo a seu desejo, o velório foi curto, durando duas horas. Além de sua família, estavam presentes integrantes do elenco dos programas "A Grande Família", "Zorra Total" além de outros atores.

O velório terminou com todos cantando o hino da Internacional Socialista e do Corinthians, seu time do coração.

O corpo de Francisco Milani foi cremado e as suas cinzas, jogadas no mar.

Carreira

Cinema
  • 1963 - Esse Mundo é Meu
  • 1963 - Crime no Sacopã
  • 1967 - Terra em Transe
  • 1974 - O Último Malandro
  • 1975 - Pecado na Sacristia
  • 1975 - O Padre Que Queria Pecar
  • 1976 - Essa Mulher é Minha... e dos Amigos
  • 1981 - Eles Não Usam Black-Tie
  • 1996 - O Lado Certo da Vida Errada
  • 2000 - O Circo das Qualidades Humanas
  • 2005 - O Coronel e o Lobisomem
  • 2005 - Eliana em o Segredo dos Golfinhos
  • 2006 - Irma Vap - O Retorno

Televisão Novelas
  • 1970 - Irmãos Coragem ... Luiz
  • 1971 - O Homem Que Deve Morrer
  • 1972 - Selva de Pedra ... Hélio Sales
  • 1973 - Cavalo de Aço ... Moraes
  • 1978 - Roda de Fogo ... Drº Bento
  • 1978 - Aritana ... Homero
  • 1979 - Gaivotas ... Delegado João Leite
  • 1981 - Brilhante ... Vanderlei
  • 1982 - Elas Por Elas ... Participação especial
  • 1982 - Final Feliz ... Vasco
  • 1983 - Champagne ... Participação especial
  • 1990 - Barriga de Aluguel ... Chiquinho / Ramon / Dartagnan / Salgado
  • 1991 - Vamp ... Max
  • 1995 - História de Amor ... Durval
  • 1995 - Cara & Coroa ... Juan

Minisséries
  • 1983 - Bandidos da Falange ... Pinheiro de Lemos
  • 1984 - Meu Destino é Pecar ... Aprígio
  • 1985 - Tenda dos Milagres ... Francisco Mata Negros
  • 1990 - Riacho Doce ... Drº Bernardo Moreira
  • 1992 - Anos Rebeldes ... Inspetor Camargo
  • 1993 - Sex Appeal ... Peçanha
  • 1995 - Engraçadinha… Seus Amores e Seus Pecados ... Participação especial
  • 2000 - Aquarela do Brasil ... Drº Jairo
  • 2002 - O Quinto dos Infernos
  • 2004 - Um Só Coração

Séries
  • 1981 - Amizade Colorida ... Camargo (Episódio: "Isso Acontece…")
  • 1983 - Mário Fofoca ... Rudimar
  • 1985 - Armação Ilimitada ... Chefe da personagem Zelda
  • 1993 - Retrato de Mulher ... Miro (Episódio: "Era Uma Vez… Dulcinéia")
  • 1995 - Casa do Terror ... Tony / Diabo
  • 1996 - Caça Talentos ... Mil Faces (A partir da 3ª temporada)
  • 1998 - Malhação ... Milton

Programas Humorísticos
  • 1985 - Viva o Gordo ... Vários personagens
  • 1988 - Chico Anysio Show ... Vários personagens
  • 1994 - Casseta & Planeta, Urgente! ... Narrador
  • 1990 - Escolinha do Professor Raimundo ... Pedro Pedreira
  • 1997 - Sai de Baixo ... Alfredo Capeletti (Episódio: "É Ripa na Chulipa!")
  • 2004 - A Grande Família ... Tio Juvenal (Tio Mala)
  • 1999 / 2005 - Zorra Total ... Seu Saraiva / Pedro Pedreira / Cambises

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #FranciscoMilani

Miguel Arraes

MIGUEL ARRAES DE ALENCAR
(88 anos)
Advogado, Economista e Político

* Araripe, CE (15/12/1916)
+ Recife, PE (13/08/2005)

Miguel Arraes de Alencar foi um advogado, economista e político brasileiro. Foi prefeito do Recife, deputado estadual, deputado federal e por três vezes governador do estado de Pernambuco.

Nasceu em Araripe, interior do Ceará, primogênito e único filho (sexo masculino) de Maria Benigna Arraes de Alencar e José Almino de Alencar e Silva, pequenos agricultores.

Durante a juventude Miguel Arraes mudou-se para Crato, com o objetivo de concluir o ginásio (ensino fundamental). Nesses anos, um fato marcou muito a sua personalidade: flagrou um curral com três flagelados presos simplesmente por tentarem fugir da seca para Fortaleza. A respeito, afirmou: "É uma lembrança que guardo para sempre. Era um horror difícil de compreender e marcou meu jeito de ver as coisas!"

Em 1932, aos 17 anos, foi aprovado no vestibular da Faculdade de Direito da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro. Simultaneamente, também foi aprovado no concurso público de escriturário do Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA), sendo lotado no Recife.

Após a posse no cargo, conseguiu a transferência para a Faculdade de Direito do Recife, incorporada posteriormente à Universidade Federal de Pernambuco. Formou-se em 1937. No ano seguinte, foi promovido a assistente do diretor de Fiscalização, cargo no qual permaneceu até 1941, quando passou a ser chefe de Secretaria.

Em 1943 ascendeu a Delegado Regional, ocupação que deixou em 1947, ao assumir a Secretaria de Fazenda do Estado de Pernambuco, por indicação de Barbosa Lima Sobrinho, que havia sido eleito governador do estado naquele ano e com quem havia trabalhado no Instituto do Açúcar e do Álcool.

Carreira Política Antes do Golpe de 1964

Elegeu-se governador em 1962, com 47,98% dos votos, pelo Partido Social Trabalhista (PST), apoiado pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) e setores do Partido Social Democrático (PSD), derrotando João Cleofas de Oliveira da União Democrática Nacional (UDN), representante das oligarquias canavieiras de Pernambuco. Seu governo foi considerado de esquerda, pois forçou usineiros e donos de engenho da Zona da Mata do Estado a estenderem o pagamento do salário mínimo aos trabalhadores rurais, o Acordo do Campo, e deu forte apoio à criação de sindicatos, associações comunitárias e às ligas camponesas.

Com o golpe militar de 1964, tropas do IV Exército cercaram o Palácio das Princesas, sede do governo estadual. Foi-lhe proposto que renunciasse ao cargo para evitar a prisão, o que prontamente recusou para, em suas palavras, "não trair a vontade dos que o elegeram". Em consequência, foi preso na tarde do dia 01/04.

Deposto, foi encarcerado em uma pequena cela do 14º Regimento de Infantaria do Recife, sendo posteriormente levado para a ilha de Fernando de Noronha, onde permaneceu por onze meses. Posteriormente, foi encaminhado para as prisões da Companhia da Guarda e do Corpo de Bombeiros, no Recife, e da Fortaleza de Santa Cruz, no Rio de Janeiro.

Seu pedido de Habeas Corpus no Supremo Tribunal Federal foi protocolado em 19/04, sob o número 42.108. Foi concedido, por unanimidade, fundamentado em questões processuais (foro privativo de governadores e necessidade de autorização da Assembléia Legislativa). A exceção foi o voto do ministro Luís Galloti, que concedeu o Habeas Corpus em função do flagrante excesso de prazo da prisão. O então procurador-geral da República, Oswaldo Trigueiro, opinou pela manutenção de sua prisão. Libertado em 25 de maio de 1965, exilou-se na Argélia.

Miguel Arraes após voltar do exílio. Brasília, 1979.
O Exílio

Concedido o Habeas Corpus, Miguel Arraes foi orientado por seu advogado, Sobral Pinto, a exilar-se, sob pena de voltar a ser preso pela ditadura. Após recusa da França em recebê-lo, Miguel Arraes cogitou pedir asilo ao Chile - onde, alguns anos depois, houve em 1973 o golpe militar de Pinochet. Assim, Miguel Arraes tomou a Argélia como destino. Parecia até proposital, pois a Argélia tinha problemas sociais parecidos com os do Brasil.

Durante o exílio, foi condenado à revelia, no dia 02/03/1967, pelo Conselho Pernambucano de Justiça da 7ª Região Militar. A pena, de 23 anos de prisão, foi pelo crime de "subversão".

Carreira Política Após a Anistia

Em 1979, com a anistia, voltou ao Brasil e à política. Elegeu-se deputado federal em 1982, pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Em 1986 venceu as eleições para governador de Pernambuco, ainda pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro, derrotando o candidato do Partido da Frente Liberal (PFL) e do governo, José Múcio Monteiro.

Seu governo foi caracterizado por programas voltados ao pequeno agricultor, como o Vaca Na Corda, que financiava a compra de uma vaca e o Chapéu de Palha, que empregava canavieiros, no período de entre-safra, na construção de pequenas obras públicas. Outro ponto central foi a eletrificação rural.

Em 1990, filiou-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). Foi eleito mais uma vez governador em 1994, aos 78 anos, sendo um dos principais opositores ao governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, posição esta que lhe custou caro politicamente.

Seu último governo foi marcado pela grave crise financeira do estado e pela greve das polícias civil e militar. Perdeu a reeleição em 1998 para seu ex-aliado e ex-prefeito do Recife Jarbas Vasconcelos, que obteve mais de 64% dos votos válidos.

Em 2002, com 86 anos, venceu sua última eleição, elegendo-se o quarto deputado federal mais votado do estado de Pernambuco, mas desta vez apóiou como candidato à presidência o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, que ficou na terceira colocação na eleição presidencial do primeiro turno. Uma candidatura própria à Presidência da República foi de grande importância para o crescimento do partido do qual era cacique, o Partido Socialista Brasileiro (PSB). No segundo turno apoiou o candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aliado seu nas outras eleições presidenciais.

Neste seu último mandato como deputado federal fez parte, junto com os integrantes de seu partido, o Partido Socialista Brasileiro (PSB), da base aliada do governo do presidente Lula, sendo responsável pela indicação de ministros que iriam ocupar o Ministério da Ciência e Tecnologia no primeira gestão de Lula, destacando-se na função seu neto e herdeiro político Eduardo Campos.

Internação e Morte

Miguel Arraes foi internado no dia 16/06/2005, com uma suspeita de dengue. Sua saúde piorou no dia 19, quando, vitimado por uma arritmia e a consequente queda de pressão, foi entubado e passou a respirar por aparelhos. Também foi detectada uma infecção pulmonar.

Teve uma ligeira melhora nos dias seguintes. Foi submetido a hemodiálises e no dia 02/07/2005, todos os aparelhos foram retirados. Miguel Arraes conversava com parentes e amigos e assistia à TV, opinando sobre a situação caótica em que se encontrava a política, com os escândalos do mensalão. Nos dias seguintes, foi diagnosticada uma pneumonia. No dia 20/07/2005, recebeu a visita do presidente Lula.

Em 29/07/2005, uma artéria do pulmão esquerdo se rompeu, provocando uma hemorragia e ocasionando uma cirurgia de emergência. Apesar da sobrevida, os rins e o fígado apresentaram falhas e novamente precisou ser submetido a sessões de hemodiálise, diariamente.

Ainda assim, deu sinais de recuperação, mantendo a consciência. No dia 12/08/2005, foi anunciado que deixaria a UTI. Porém, durante a madrugada, piorou e o quadro era o de uma infecção generalizada, pela terceira vez. No fim da manhã, faleceu depois de 59 dias de internação na UTI do Hospital Esperança, no Recife. A causa mortis foi um choque séptico causado por infecção respiratória, agravada por insuficiência renal.

Seu corpo foi velado no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, no dia 13/08/2005. O cortejo fúnebre saiu no final da tarde do dia 14/08/2005 em direção ao Cemitério de Santo Amaro no Recife, onde foi sepultado, seguido por milhares de pessoas que cantavam antigos jingles das suas campanhas políticas.

Na ocasião o presidente Lula divulgou a seguinte nota, após decretar luto oficial por três dias:


"A morte do deputado federal e ex-governador Miguel Arraes é uma enorme perda para o povo brasileiro. Arraes foi, sem dúvida, uma das maiores lideranças das lutas populares que marcaram a segunda metade do século 20 no Brasil. Por isso, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, quer manifestar não só seu pesar pessoal pela perda de um amigo, mas também grande tristeza pela ausência de um companheiro que com sua experiência, sabedoria e capacidade de resistência fará muita falta no trabalho em favor da justiça social em nosso país."

Pouco mais de um ano após sua morte, no dia 15/12/2006, data que se comemoraria os 90 anos de seu nascimento, a jornalista pernambucana Teresa Rozowykwiat lançou na Livraria Cultura do Recife o livro "Arraes", a primeira biografia autorizada sobre a vida do ex-governador. A autora contou com informações exclusivas repassadas pela viúva, Magdalena Arraes, principalmente sobre o período em que viveu no exílio após o golpe militar de 1964. O livro aborda fatos que apenas a família tinha conhecimento e detalhes sobre sua personalidade, que só os mais íntimos conheciam.

No final de 2008, a viúva, Magdalena Arraes, criou o Instituto Miguel Arraes com o objetivo de preservar a memória do ex-governador. Nessa ocasião o jornalista e chagista do jornal Diário de Pernambuco, Lailson de Holanda, selecionou mais de 500 charges feitas por ele durante mais de 30 anos sobre o governador Miguel Arraes, representando-o em diferentes momentos da história política recente de Pernambuco, desde de sua chegada do exílio político. O mesmo jornalista também lançou um livro com a coleção de suas melhores charges sobre o ex-governador, chamado de "Arraestaqui".

Futuramente a viúva do ex-governador também pretende disponibilizar para o público, através do novo instituto, cartas, fotografias e anotações feitas pelo mesmo.

Família

Miguel Arraes teve oito filhos (duas mulheres e seis homens) com sua primeira esposa, Célia de Sousa Leão. Viúvo em 1961, casou-se novamente, desta vez com Maria Magdalena Fiúza, com quem teve mais uma filha e um filho. Era primo carnal, ou seja, filhos do casamento de duas irmãs com dois irmãos, de Miguel Edson Arraes de Alencar, que coincidentemente possuía seu nome até sua precoce morte aos 42 anos.

Miguel Edson casou-se com Conceição Aparecida Vieira Arraes de Alencar e teve três filhos, Alexandre Arraes (médico), Maria Celina Arraes (economista e diretora da parte internacional do banco central) e Fátima Arraes (advogada). Ao falecer, a família do governador estava composta, além dos dez filhos e filhas, por seis netas, onze netos, uma bisneta e cinco bisnetos. Tornaram-se notórios o seu filho, Guel Arraes (diretor de televisão e cinema), sua filha Ana Arraes (deputada federal), a sua neta Marília Arraes (Vereadora do Recife) e seus netos Eduardo Campos (governador de Pernambuco) e Antônio Campos (Advogado, escritor, membro da Academia Pernambucana de Letras e curador da Festa Literária Internacional de Pernambuco - Fliporto)

Fonte: Wikipédia