Mostrando postagens com marcador 14/02. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 14/02. Mostrar todas as postagens

Taiguara

TAIGUARA CHALAR DA SILVA
(50 anos)
Cantor e Compositor

☼ Montevidéu, Uruguai (09/10/1945)
┼ São Paulo, SP (14/02/1996)

Taiguara Chalar da Silva, mais conhecido por Taiguara, foi um cantor, compositor e instrumentista radicado brasileiro, nascido em em Montevidéu, Uruguai, em 09/10/1945.

Taiguara nasceu durante uma temporada de espetáculos no Uruguai de seus pais, o bandoneonista e maestro Ubirajara Silva e sua mãe Olga Chalar, também uruguaia, cantora de tango.

Radicado no Brasil, estabeleceu seu nome na Música Popular Brasileira, junto a nomes como Chico Buarque e Toquinho, após participar, ser finalista e ganhar uma série de festivais nos anos 1960, lançando álbuns com canções que marcaram sua primeira fase, como "Helena, Helena, Helena" e "Hoje", nos álbuns "Taiguara!" (1965) e "Taiguara" (1968).

Nos anos 1970, lançou "Viagem" (1970), "Carne e Osso" (1971), "Piano e Viola" (1972) e "Fotografias" (1973). Entretanto, foi o artista mais censurado no Brasil durante o período do Regime Militar (1964-1985), tendo mais de sessenta canções censuradas entre os anos de 1972 e 1973, impedindo-o de gravar ou reproduzir uma série de composições. Um de seus álbuns, "Let The Children Hear The Music", foi gravado no exterior mas censurado mesmo assim, impedindo seu lançamento.

Em 1975, retornou ao Brasil após breve auto-exílio, quando gravou o icônico "Imyra, Tayra, Ipy - Taiguara", que acabou sendo recolhido das lojas pela polícia.

Após mais um extenso exílio na Europa e na África, voltou ao Brasil em princípios dos anos 1980, após a anistia, quando retomou a carreira, com shows atravessando os anos 1990 e dois álbuns, mais ativos politicamente e com letras de canção também mais politizadas, "Canções de Amor e Liberdade" (1983) e "Brasil Afri" (1994).

Primeiros Anos
Festivais de Música e Reconhecimento

Ainda durante sua infância, em 1949, sua família transferiu-se para o Rio de Janeiro e posteriormente para São Paulo, em 1960. A primeira vez em que se apresentou em público foi em 1964, acompanhado por Vinícius de Moraes.

Mostrando aptidão para a música, decidiu largar o curso de Direito, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em seus primeiros anos de estudo, em 1965, para dedicar-se à carreira musical. Retornou, então, ao Rio de Janeiro para gravar seu primeiro álbum, "Taiguara!", lançado pela Philips, com a produção de Armando Pittigliani e fortemente marcado pela influência predominante da Bossa Nova. Os arranjos do álbum possui autoria de Luiz Chaves, contrabaixista do Zimbo Trio. Na capa e na contracapa do LP, lê-se recomendações de Edu Lobo, Alayde Costa e Luizinho Eça.

Já nos primeiros anos da década de 1960, participou de vários festivais musicais, como o Festival de Música Popular Brasileira e o Festival Internacional da Canção, e programas de televisão. Seu segundo álbum de estúdio também saiu pela gravadora Philips e pela produção de Armando Pittigliani. Taiguara então grava diversos clássicos da MPB destes primeiros anos da década de 1960, por vezes de sua composição, por vezes de Chico BuarqueVinícius de Moraes e Baden Powell. Estas faixas aparecem reunidas posteriormente nos álbuns "Primeiro Tempo 5X0" e "O Vencedor de Festivais".

Dentre as canções vencedoras ou finalistas de festivais, destacam-se "Modinha", "Benvinda", "Helena, Helena, Helena" e "Nada Sei de Eterno".

O espetáculo "Primeiro Tempo 5x0" que deu origem a novo álbum de estúdio, homônimo, com Claudete Soares, levou Taiguara a novo patamar de reconhecimento.

Taiguara participou do Movimento Artístico Universitário e também gravou a versão brasileira da canção "Um Garoto Chamado Charlie Brown", para o filme homônimo.

Censura no Regime Militar

Considerado um dos símbolos da resistência à censura durante o Regime Militar Brasileiro, Taiguara foi o compositor brasileiro mais censurado na história da MPB. Nos anos iniciais da década de 1970, após a proibição de reprodução da canção "A Ilha", do álbum "Carne e Osso" (1971), teve 68 canções censuradas, impedindo-o de gravar diversas faixas, ou, ainda, impedindo suas posteriores reproduções em rádios e apresentações.

Os problemas com a censura levaram Taiguara a se auto-exilar na Inglaterra em meados de 1973. Em Londres, estudou no Guildhall School Of Music And Drama e gravou o álbum "Let The Children Hear The Music", com Michel Legrand, cuja censura foi de praticamente todo o álbum, impedindo-o de ser lançado e tornando-se o primeiro disco estrangeiro de um brasileiro censurado no Brasil. Após quarenta anos da gravação deste álbum, as fitas originais ainda não foram encontradas.

Em 1975, voltou ao Brasil e gravou o "Imyra, Tayra, Ipy - Taiguara com Hermeto Paschoal", participação de músicos como Wagner Tiso, Toninho Horta, Nivaldo Ornelas, Jacques Morelenbaum, Novelli, Zé Eduardo Nazário, Ubirajara Silva e uma orquestra sinfônica de 80 músicos. O espetáculo de lançamento do disco foi cancelado e todas as cópias foram recolhidas das lojas em apenas 72 horas. Em seguida, Taiguara partiu para um segundo auto-exílio que o levaria à África e à Europa por vários anos.

Abertura Política e Últimos Anos

Quando finalmente voltou a cantar no Brasil, em meados dos anos 80, não obteve mais o grande sucesso de outros tempos, muito embora suas canções de maior êxito tenham continuado a ser relembradas em flashbacks das rádios AM e FM. Nessa época, começou a trabalhar como jornalista no jornal Hora do Povo, com coluna própria, entrevistando figuras como Elza Soares.

Voltando a carreira musical, organizou a turnê "Treze Outubros", contando com composições que iriam posteriormente aparecer em seus dois últimos álbuns. Em apresentações gravadas pela TV Bandeirantes e Manchete, contou com a participação de Ivan Lins e Beth Carvalho. Gravou "Canções de Amor e Liberdade" em 1983 e "Brasil Afri" em 1994, seus dois trabalhos mais politizados. É neste último que se encontra a faixa "O Cavaleiro da Esperança", canção em homenagem ao líder comunista brasileiro Luís Carlos Prestes.

Em diversas atuações, Taiguara participou desde comícios da Diretas Já! quanto de movimentos grevistas. Em Porto Alegre, RS, quando realizou espetáculos na Esquina Democrática e na Casa de Cultura Mário Quintana pela Associação dos Servidores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (ASSUFRGS), durante greve da Federação dos Sindicatos Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições Públicas de Ensino Superior do Brasil (FASUBRA), em 1992.[10]

Visões Políticas

Sem abandonar a natureza existencialista e poética de seus primeiros anos, ele se mostrou um artista politizado em oposição à Ditadura Militar. O álbum "Imyra, Tayra, Ipy" é baseado no livro de "Quarup", de Antônio Callado.

Com o exílio, um dos lugares visitados foi a Tanzânia, a partir de indicação de Paulo Freire. Lá, Taiguara entrou em contato com as ideias de revolucionários africanos como Amílcar Cabral e Patrice Lumumba, além de estudar os clássicos do marxismo, como "O Capital" de Karl Marx e "O Estado e a Revolução" de Lênin.

Taiguara assumiu, após a volta ao Brasil e a abertura política do Regime Militar, a ideologia marxista-leninista, alinhando-se à leitura de Luís Carlos Prestes da realidade brasileira. Estes ideais ficam claros em seus dois últimos álbuns, "Canções de Amor e Liberdade" e "Brasil Afri".

Legado

O compositor Toquinho relembra Taiguara, com carinho, dentro da cena musical efervescente do início dos anos 1960, sendo pioneiro da Música Popular Brasileira, conjuntamente com Chico Buarque.

O cantor Lenine afirma que o álbum de Taiguara, "Imyra, Tayra, Ipy - Taiguara" foi essencial para mudar sua concepção sobre música.

Em 2014, a vida de Taiguara foi contada em livro, "Os Outubros de Taiguara", de Janes Rocha.

Em 2015, Taiguara recebeu post-mortem, o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro, em homenagem na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ).

Em entrevista de 2016, Guilherme Arantes admitiu ser grande fã e admirador da música de Taiguara. Admiração também explicitada em seu site oficial.

A canção "Hoje", de 1969, se encontra na trilha sonora do premiado filme franco-brasileiro "Aquarius", lançado em 2016.

Em 2017, o grupo musical Trio D Favetti e Guego Favetti realizaram um álbum tributo a Taiguara, intitulado "O Troco de Taiguara".

Em 2017, na inauguração do Memorial Luiz Carlos Prestes, seu filho, Lenine Guarani, cantou a canção "Cavaleiro da Esperança". No prédio, na parte interna, seu retrato posa ao lado da letra da referida canção.

Morte

Taiguara faleceu na madrugada de quarta-feira, 14/02/1996, aos 50 anos, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, SP, vítima de uma metástase provocada por um câncer iniciado na bexiga, detectado cinco anos antes. A metástase é um foco secundário que surge em um ponto distante do foco principal durante a evolução de um tumor maligno.

Discografia

Álbuns de Estúdio
  • 1965 - Taiguara!
  • 1966 - Crônica da Cidade Amada (Com Paulo Autran, Rio 65 Trio, Portinho e Sua Orquestra e Blecaute)
  • 1966 - Primeiro Tempo 5x0 (Com Claudete Soares)
  • 1968 - Taiguara (Também conhecido como "O Vencedor de Festivais")
  • 1969 - Hoje
  • 1970 - Viagem
  • 1971 - Carne e Osso
  • 1972 - Piano e Viola
  • 1973 - Fotografias
  • 1974 - Let The Children Hear The Music
  • 1976 - Imyra, Tayra, Ipy - Taiguara
  • 1983 - Canções de Amor e Liberdade
  • 1994 - Brasil Afri

Compactos e EP's
  • 1975 - Público / Lar Futuro / Primeira Bateria
  • 1981 - Porto de Vitória / Sol do Tanganica
  • 219 - Como Lima Barreto

Álbuns de Compilação
  • 1979 - Sucessos de Taiguara
  • 1990 - Teu Sonho Não Acabou
  • 1997 - Portfolio
  • 214 - Ele Vive

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #Taiguara

Jacob do Bandolim

JACOB PICK BITTENCOURT
(51 anos)
Músico, Compositor e Bandolinista

* Rio de Janeiro, RJ (14/02/1918)
+ Rio de Janeiro, RJ (13/08/1969)

São de sua autoria clássicos do choro como "Noites Cariocas" e "Doce de "Côco". Alcançou popularidade ao montar o conjunto Época de Ouro, que permanece em atividade.

Morava em uma casa com jardim e avarandada em Jacarepaguá (Rio de Janeiro) rodeado pelas rodas de choro e de grandes amigos chorões. Apesar de não ser um entusiasta do carnaval, gostava do frevo. Estudou no Colégio Anglo-Americano e serviu no CPOR; trabalhou no arquivo do Ministério da Guerra, quando já tocava bandolim. Por fim, Jacob fez carreira como serventuário da justiça no Rio de janeiro, chegando a escrivão de uma das varas criminais da capital.


Em 1968 foi realizado um espetáculo no Teatro João Caetano (Rio de Janeiro) em benefício do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro (MIS). Com Jacob do Bandolim, A divina Elizeth Cardoso, Zimbo Trio e o Época de Ouro. A apresentação de Jacob tocando a música "Chega de Saudade" (Tom Jobim / Vinicius de Moraes), foi antológica. Foi lançado álbum com dois longplays (LP) da gravação original do espetáculo, em edição limitada.

Foi "guru" de Sérgio Cabral (pai do governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho), Hermínio Bello de Carvalho, Ricardo Cravo Albin.

Teve um casal de filhos, sendo que um deles, era o jornalista polêmico (O Globo, Última Hora) e compositor Sérgio Bittencourt, já falecido. A sua filha Elena Bittencourt preside o Instituto Jacob do Bandolim.

Passou à tarde, no bairro de Ramos, com o seu amigo compositor e maestro Pixinguinha, chegando na varanda da sua casa cansado e esbaforido, caiu nos braços de sua esposa Adília, já sem vida.

Fonte: Wikipédia

Elisa Fernandes

ELISA FERNANDES
(42 anos)
Atriz

☼ Rio de Janeiro, RJ (14/02/1950)
┼ Rio de Janeiro, RJ (02/01/1993)

Elisa Fernandes foi uma atriz brasileira nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 14/02/1950.

Elisa Fernandes, carioca do bairro do Leblon começou a carreira no cinema. A estréia dela como atriz foi em 1970 no filme "O Meu Pé de Laranja Lima" como a irmã do personagem Zezé.

Logo depois, Elisa Fernandes participou do premiado filme de Paulo Porto, "Em Família" (1970) e fez, com Renato Aragão e Dedé Santana, "Ali Babá e os Quarenta Ladrões" (1972).

Fez, ainda, "O Descarte" (1973) com Glória Menezes e Ronnie Von, e "Quem Tem Medo de Lobisomem?" (1975).

Na televisão, Elisa Fernandes ficou conhecida por interpretar jovens românticas em novelas de época como "Senhora" (1975), "Vejo a Lua no Céu" (1976), "A Escrava Isaura" (1976) e "Maria, Maria" (1978).

Elisa Fernandes fez um ensaio sensual na revista "Ele & Ela" em abril de 1976.

Seu último trabalho na televisão foi na novela "Carmem" (1987) da TV Manchete.

Elisa Fernandes faleceu no dia 02/01/1993, aos 42 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de câncer.

Fonte: Wikipédia

Carlos Zara

ANTÔNIO CARLOS ZARATTINI
(72 anos)
Ator e Diretor


* Campinas, SP (14/02/1930)
+ São Paulo, SP (11/12/2002)

Antônio Carlos Zarattini, conhecido como Carlos Zara, nasceu em Campinas, no interior de São Paulo. Ele queria ser pianista clássico e estudou por 8 anos, mas, aos 18 anos, mudou-se para capital paulista. Formou-se em engenharia na Escola Politécnica.

Em São Paulo, Carlos Zara fez amizades com pessoas do meio teatral e logo passou a dividir a carreira de engenheiro com a de ator.

Estreou no teatro em 1953 com a peça "Cama Para Três". Era a época do grande Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) onde trabalhavam os principais nomes do cenário teatral. Entre as peças montadas na época salientam-se: "Panorama Visto da Ponte", "Chá e Simpatia", "O Comício" e "Em Moeda Corrente do País".

Depois da estreia nos palcos, Carlos Zara foi trabalhar nos estúdios da TV Record, em 1956.


Carlos Zara como César Reis em "Pai Herói"
Em 1959, participou do teleteatro da TV Tupi, e um ano depois, a convite da TV Record, aceitou o desafio de encenar e dirigir clássicos da literatura no Rio Grande do Sul, no Teatro Record. Ainda na televisão, Carlos Zara fez "Papai, Mamãe e Eu", "O Idiota", "O Pagador de Promessas" e "Chapéu Cheio de Chuva".

Em 1963, Carlos Zara foi chamado para fazer parte do elenco da TV Excelsior, onde, em 1967, fez um de seus papéis mais marcantes, o Capitão Rodrigo, personagem da adaptação para a TV do romance "O Tempo e o Vento", de Érico Veríssimo.

Na televisão, Carlos Zara participou como ator ou como diretor de mais de 30 novelas e minisséries na TV Globo, TV Excelsior e TV Tupi, destacando-se, dentre esses trabalhos, "O Meu Pé de Laranja Lima" (1970), "Nossa Filha Gabriela" (1971), "A Barba Azul"(1974), "Pai Herói" (1979), "Baila Comigo" (1981), "Elas Por Elas" (1982), "Vida Nova" (1988), "Mulheres de Areia" (1993), "Pátria Minha" (1994), "Sassaricando" (1987) e "Cara & Coroa" (1995).


Carlos Zara e Eva Wilma
Seu último trabalho na televisão foi ao lado de sua esposa e também atriz Eva Wilma, com quem foi casado por 23 anos, no seriado "Mulher" (1998). Os dois se conheceram nos bastidores da TV Tupi, na década de 70, onde fizeram vários pares românticos nas principais novelas da emissora e se casaram após o término das gravações da novela "O Julgamento" (1976), em que ambos participavam e a última que fizeram na emissora, já que depois se transferiram para a TV Globo.

Paralelamente ao trabalho na televisão, Carlos Zara desenvolveu uma sólida carreira teatral com um total de 26 peças no currículo.

No cinema, teve atuação mais discreta, tendo participado de apenas cinco filmes, três deles no início da carreira: "Quem Matou Anabela?", "O Pão Que o Diabo Amassou" e "Crepúsculo de Ódios".

Depois, com uma carreira como ator e diretor já consagrada, ele participou de dois sucessos: "Pra Frente, Brasil" (1981) e "Lamarca" (1994), filmes que tinham tudo a ver com o pensamento político dele, que viveu as agruras da Ditadura Militar já que seu irmão, Ricardo Zaratini era guerrilheiro e foi preso político por muito anos.


 Morte

Carlos Zara faleceu aos 72 anos de idade, vítima de falência múltipla de órgãos e insuficiência respiratória provocadas por um câncer de esôfago, após passar cinco dias no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O câncer, descoberto em agosto de 2001, estava sendo tratado com sessões de radioterapia e quimioterapia.