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Gustavo Bebianno

GUSTAVO BEBIANNO ROCHA
(56 anos)
Advogado

☼ Rio de Janeiro, RJ (18/01/1964)
┼ Teresópolis, RJ (14/03/2020)

Gustavo Bebianno Rocha foi um advogado nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 18/01/1964. Gustavo Bebianno foi secretário-geral da Presidência da República.

Em 2014, Gustavo Bebianno dispos seus serviços como advogado para o até então deputado federal Jair Bolsonaro, o que foi recusado de início. Entretanto, em 2017 sua ajuda foi aceita visando seu apoio na campanha presidencial.

Depois de filiar-se ao Partido Social Liberal (PSL) em março de 2018, Gustavo Bebianno foi eleito vice-presidente nacional do partido, tornando-se Presidente Nacional após o licenciamento de Luciano Bivar, presidente e fundador do partido.

Em 21/11/2018, quase um mês depois da vitória de Jair Bolsonaro na eleição presidencial no Brasil, Gustavo Bebianno foi anunciado como Secretário-Geral da Presidência da República, substituindo Ronaldo Fonseca.


Em fevereiro de 2019 a Polícia Federal abriu inquérito para investigar o esquema de corrupção que ficou conhecido como o Laranjal do PSL. Gustavo Bebianno disse que havia conversado com Jair Bolsonaro sobre o assunto, mas Carlos Bolsonaro, seu filho, veio a público numa rede social e desmentiu Gustavo Bebianno, chamando-o de mentiroso na quarta-feira, 13/02/2019.

Gustavo Bebianno sustentou sua posição e disse à imprensa que não iria se demitir do cargo. Outros ministros, nos bastidores, defenderam Gustavo Bebianno e trabalharam para sua permanência.

Gustavo Bebianno conversou a portas fechadas com Jair Bolsonaro no fim da tarde de sexta-feira, e no final de semana declarou que havia perdido a confiança no presidente, por este estar usando seus filhos em manobras políticas.

Na segunda-feira, 18/02/2019, foi anunciada sua demissão. No dia seguinte à sua exoneração, a revista Veja publicou áudios de Jair BolsonaroGustavo Bebianno conversando durante a crise, que mostraria que Bebianno não mentiu, contradizendo as afirmações do presidente e seu filho.

Morte

No sábado, 14/03/2020, por volta das 4h30, em seu sítio em Teresópolis, Gustavo Bebianno comunicou ao filho que estava se sentindo mal e se chegou a ir ao banheiro para ingerir um remédio. Minutos depois, caiu e teve ferimentos na cabeça. Ele foi levado ao hospital de Teresópolis para reanimação, mas acabou falecendo, vítima de um infarto fulminante aos 56 anos.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #GustavoBebianno

Lúcio Mauro

LÚCIO DE BARROS BARBALHO
(92 anos)
Ator e Humorista

☼ Belém, PA (14/03/1927)
┼ Rio de Janeiro, RJ (11/05/2019)

Lúcio Mauro, nome artístico de Lúcio de Barros Barbalho, foi um ator e humorista nascido em Belém, PA, no dia 14/03/1927. Foi um dos pioneiros na televisão no Brasil. Passou pela TV Rio, TV Tupi, Excelsior e TV Globo. Era conhecido pelos personagens humorísticos que interpretava.

Nascido em Belém do Pará, era irmão do político paraense e empresário radialista Laércio Wilson Barbalho, sendo assim tio paterno do político Jader Barbalho.

Já atuava em teatro estudantil quando, com pouco mais de vinte anos, foi convidado para trabalhar na companhia teatral do ator Mário Salaberry, marido da atriz Zilka Salaberry. Após o falecimento de Mário Salaberry em acidente, Lúcio Mauro participou da companhia de teatro de Barreto Júnior. Nessa época, casou-se com Arlete Salles.

Em 1960, com a inauguração da TV Rádio Clube de Pernambuco, ele fez seu primeiro programa de humor na televisão, "Beco Sem Saída", contracenando com José Santa Cruz no quadro "Jojoca e Zé das Mulheres".

Em 1963, Lúcio Mauro e Arlete Salles se mudaram para o Rio de Janeiro, indo trabalhar na TV Rio. Depois, foi para a TV Tupi, período em que atuou em episódios do "Grande Teatro Tupi".

Lúcio Mauro com o jogador Zico e Sônia Mamede em "Balança Mas Não Cai", onde surgiu a dupla de personagens Fernandinho e Ofélia, em 1968
Em 1966, estreou na TV Globo, no humorístico "TV0–TV1".

Lúcio Mauro foi conhecido principalmente por suas atuações em quadros de programas humorísticos de televisão, especialmente, nos programas de Chico Anysio, os quais lhe deram seus dois personagens mais emblemáticos: Aldemar Vigário e Da Júlia. O primeiro era um aluno bajulador na "Escolinha do Professor Raimundo", que gostava de inventar histórias a respeito do passado do professor com o intuito de agradá-lo, mas que geralmente o colocava em situações constrangedoras. O segundo personagem, que fazia parte de sketch do "Chico Anysio Show" e depois de outros programas, era o assistente que buscava orientar o ator Alberto Roberto, personagem de Chico Anysio, que, embora fosse considerado excepcional, era ignorante e arrogante.

Outro personagem de sucesso veio em "Balança Mas Não Cai": Fernandinho era um homem rico e sofisticado, cuja esposa, a ignorante Ofélia, interpretada por Sônia Mamede, embora por quem fosse completamente apaixonado, causava-lhe grande constrangimento devido às suas gafes perante convidados ilustres. Em 1999, o quadro ganhou nova versão no extinto "Zorra Total", atualmente "Zorra", com Lúcio Mauro e Cláudia Rodrigues interpretando Fernandinho e Ofélia.

Em 1980, entrou para o elenco da peça "Além da Vida", escrita por Chico Xavier e Divaldo Franco.

Em 1989, integrou o elenco de "Os Trapalhões".

Lúcio Mauro e seu filho Lúcio Mauro Filho
Em 2008, Lúcio Mauro estreou a peça "Lúcio 80-30", dividindo o palco com Lúcio Mauro Filho, autor e diretor do espetáculo, e com outros dois filhos, Alexandre Barbalho e Luly Barbalho.

Em 2014, Lúcio Mauro e a filha Luly Barbalho participaram do penúltimo episódio de "A Grande Família". Os dois foram pai e irmã do intérprete de Tuco no seriado, Lúcio Mauro Filho.

Em 2015, Lúcio Mauro fez uma participação especial da releitura da "Escolinha do Professor Raimundo", programa comemorativo que foi ao ar na TV Globo e no canal Viva.

Entre 1958 e 1970, Lúcio foi casado com a atriz Arlete Salles com quem teve dois filhos: Alexandre Barbalho (ator) e Gilberto Salles (cineasta).

Lúcio Mauro era casado desde 1974 com Ray Luiza Araujo Barbalho, com quem teve três filhos: Luciane Maria, Lúcio Mauro Filho (ator) e Luanna Barbalho.

Em 2012, Lúcio Mauro foi internado após ter caído num restaurante, passando por uma cirurgia para correção de uma fratura no fêmur.

Em abril de 2016, Lúcio Mauro sofreu um derrame, que afetou uma área da garganta, comprometendo a fala e a mastigação.

Morte

Lúcio Mauro faleceu no fim da noite de sábado, 11/05/2019, aos 92 anos, no Rio de Janeiro, RJ. Ele estava internado na Clínica São Vicente, na Zona Sul do Rio de Janeiro, havia cerca de dois meses, com problemas respiratórios.

O corpo de Lúcio Mauro será velado na segunda-feira, 13/05/2019, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A cerimônia, aberta ao público, acontecerá das 9h00 às 14h00. 

Carreira

Televisão
  • 2015 - Escolinha do Professor Raimundo ... Seu Aderaldo, o faxineiro (Participação Especial)
  • 2014 - A Grande Família ... Rui Nabuco
  • 2012 - Gabriela ... Eustáquio Ferreira
  • 2009 - Caminho das Índias ... Amarit Chami (Diretor de Bollywood)
  • 2008 - Casos e Acasos ... Drº Rangel
  • 2008 - A Favorita ... Sabiá (Pai de Dodi)
  • 2008 - Faça Sua História ... Baby de Moraes (Episódio: "O Califa de Copacabana")
  • 2007 - Malhação ... Delegado Silva (Participação Especial)
  • 2007 - Paraíso Tropical ... Veloso (Participação Especial)
  • 2005 - Carga Pesada ... Episódio: "Sem Identidade"
  • 2004 - Programa Novo ... Chefe
  • 2004 - Sob Nova Direção ... Geraldo (Episódio: "Duas Penetras Convidadas")
  • 2001 - Os Normais ... Jair (Episódio: "Desconfiar é Normal")
  • 1999/2011 - Zorra Total ... Vários Personagens
  • 1999 - O Belo e as Feras ... Arturo
  • 1998 - Pecado Capital ... Nonato
  • 1998 - Meu Bem Querer ... Juiz
  • 1998 - Sai de Baixo ... Drº Sabóia (Episódio: "Ah, Eu Tô Maluco")
  • 1998 - Dona Flor e Seus Dois Maridos ... Neca do Abaeté
  • 1996 - Caça Talentos ... Marvin
  • 1995 - Malhação ... Ferreira
  • 1992 - Você Decide ... Episódio: "Palavras de Amor"
  • 1990/1994 - Escolinha do Professor Raimundo ... Aldemar Vigário
  • 1988 - Chico Anysio Show ... Aldemar Vigário
  • 1988 - O Pagador de Promessas ... Drº Quindim
  • 1983 - Caso Verdade ... Chico Xavier (Episódio: "Chico Xavier, Um Infinito Amor")
  • 1983 - A Festa é Nossa
  • 1982 - Chico Anysio Show
  • 1978 - A Praça da Alegria
  • 1973 - Chico City
  • 1972 - Uau, a Companhia
  • 1968 - Balança Mas Não Cai ... Fernandinho
  • 1967 - A Moça do Sobrado Grande
  • 1967 - I Love Lúcio
  • 1966 - TV0-TV1
  • 1965 - Essa Gente Inocente ... Apresentador
  • 1963 - A, E, I, O... Urca! ... Diretor
  • 1960 - Beco Sem Saída

Cinema
  • 2016 - Vai Que Dá Certo 2 ... Seu Altamiro
  • 2013 - Vai Que Dá Certo ... Seu Altamiro
  • 2010 - Muita Calma Nessa Hora ... Mascarenhas
  • 2009 - A Mulher Invisível ... Governador
  • 2008 - Feliz Natal ... Miguel
  • 2008 - Bezerra de Menezes - O Diário de Um Espírito ... Líder do Centro Espírita
  • 2008 - Polaroides Urbanas ... Fernando
  • 2007 - O Homem Que Desafiou o Diabo ... Escrivão
  • 2006 - Cleópatra ... Ptolomeu XII
  • 2004 - Redentor ... Tísico
  • 1968 - O Rei da Pilantragem ... Pessoa na Rua
  • 1966 - 007 1/2 no Carnaval ... Zé das Medalhas
  • 1963 - Terra Sem Deus ... Capanga do Coronel

Fonte: Wikipédia e G1

Maria Isabel de Lizandra

MARIA ISABEL RECLUSA ANTUNES MACIEL
(72 anos)
Atriz

☼ São Paulo, SP (05/06/1946)
┼ São Paulo, SP (14/03/2019)

Maria Isabel de Lizandra foi uma atriz nascida em São Paulo, SP, no dia 05/06/1946.

Maria Isabel de Lizandra construiu uma carreira vitoriosa nas décadas de 1970 e 1980, participando em várias telenovelas, séries, especiais de TV, filmes e peças de teatro.

Estreou em 1964 na TV Tupi com a novela "Se o Mar Contasse", de Ivani Ribeiro, dirigida por Geraldo Vietri, e no cinema em "Vereda da Salvação", filme de Anselmo Duarte que provocou a crítica e o público em festivais de todo o mundo.

A partir de 1966, na TV Excelsior, Maria Isabel de Lizandra tornou-se um dos rostos mais habituais das novelas. Nesse ano, marcou presença em "Anjo Marcado", de Ivani Ribeiro como Maria Elisa e em "As Minas de Prata", uma superprodução para a época, adaptada por Ivani Ribeiro e dirigida por Walter Avancini, como Raquel.

Em 1967, marcou presença na primeira novela da TV Bandeirantes, uma adaptação de Walther Negrão para "Os Miseráveis", vivendo a jovem Cosette ao lado de Leonardo Villar e Geraldo Del Rey. Regressou posteriormente à TV Excelsior para viver Eulália Terra de outra superprodução, "O Tempo e o Vento", uma adaptação de Teixeira Filho para a obra de Érico Veríssimo.


Ainda na TV Excelsior, em 1968, Maria Isabel faz o papel de duas grandes personagens: a Ruth de "O Terceiro Pecado", primeira obra de Ivani Ribeiro a falar do sobrenatural e que foi readaptada em 1989 como "O Sexo dos Anjos" pela TV Globo (na nova versão essa personagem foi da atriz Silvia Buarque), e a Rosália, uma das filhas de Mãe Cândida, em "A Muralha", que foi a maior produção realizada no gênero pela TV Excelsior, e também escrita por Ivani Ribeiro e readaptada em 2000 pela TV Globo com a atriz Regiane Alves interpretando a mesma personagem. Na versão da TV Excelsior, Maria Isabel de Lizandra fazia par romântico com Paulo Goulart.

Em seguida faz a Glorinha adulta de "A Menina do Veleiro Azul" (1969) e a Marília de Dirceu de "Dez Vidas" (1969), ambas novelas escritas por Ivani Ribeiro e já no fim da TV Excelsior.

Em 1970 estreou na TV Tupi fazendo a Renée de "As Bruxas" e, em seguida, a Cristina de "Hospital" (1971).

Em 1971, na TV Record, participou da novela "Sol Amarelo", um fracasso de público, regressando à TV Tupi, onde fez duas novelas de sucesso: "Na Idade do Lobo" (1972), como Belinha, e "Camomila e Bem-Me-Quer" (1972), como Elisa.

O grande sucesso junto ao público chegou com a rebelde Malu da novela "Mulheres de Areia" (1973) de Ivani Ribeiro, um dos maiores sucessos das novelas até hoje e da TV Tupi. Sua parceria com o ator Antônio Fagundes que viveu Alaor foi um dos grandes trunfos da novela e fez com que os dois protagonizassem em "O Machão" (1974), uma adaptação de Ivani Ribeiro para "A Megera Domada" de William Shakespeare e uma das novelas mais longas da televisão (371 capítulos).


Nessa época, estreou também no cinema nacional e participou em duas comédias no estilo pornochanchada, "As Mulheres Sempre Querem Mais" (1974) do diretor Roberto Mauro e "O Super Manso", de Ary Fernandes.

Regressou às novelas em 1975 como a Carolina na adaptação de "O Alienista", que se chamou "Vila do Arco" e foi apresentada pela TV Tupi.

Suas duas últimas aparições no cinema nacional foram ainda na década de 1970, onde estrelou "Belas e Corrompidas" (1977) e fez um dos principais papéis em "A Noite das Fêmeas" (1976).

Na TV Tupi ela fez o principal papel feminino, Lúcia, da novela "Xeque-Mate" (1976), Isabel adulta, filha de Dona Lola, em "Éramos Seis" (1977) e, por último, já nos momentos finais da TV Tupi, a novela "Salário Mínimo" (1978).

No começo da década de 1980 participou em "Cara a Cara" (1979) de Vicente Sesso, a primeira novela da nova fase da Rede Bandeirantes, transferindo-se depois para a TV Cultura, onde fez vários tele teatros, minisséries, tele romances e apresentou alguns programas educativos.

Estreou-se na TV Globo com a minissérie "Moinhos de Vento" (1983). Depois vieram "Champagne" (1983) de Cassiano Gabus Mendes, a minissérie "Tenda dos Milagres" (1985), e a participação nas séries "Caso Verdade" e "Você Decide".

Maria Isabel de Lizandra e Ênio Gonçalves
Em 1986 foi para a Rede Manchete onde participou de "Dona Beija" (1986). Sua personagem, a Dona Josefa, foi um dos destaques da trama ao ficar viúva e se apaixonar por um jovem pianista, muitos anos mais jovem, interpretado pelo ator Jayme Periard.

Em 1988 regressou à TV Globo, onde teve uma participação especial na novela "Vale Tudo" (1989), como a vizinha da personagem de Regina Duarte. Faz uma participação especial na novela "Tieta" (1989) e viveu Dona Clara na novela "Pacto de Sangue" (1989).

Em 1991 retornou à Rede Manchete onde fez episódios de "Fronteiras do Desconhecido" e participou na minissérie "Filhos do Sol" (1991).

Seus últimos trabalhos na televisão tiveram lugar na segunda metade da década de 1990, participando em episódios do programa "Você Decide", na novela "Por Amor e Ódio" (1997) e na minissérie "Labirinto" (1998).

Foi ainda uma presença constante nos palcos brasileiros estrelando e participando em dramas e comédias que foram sucesso de público e crítica. Entre os vários espetáculos que participou se destacam: "Quarto de Empregada", "O Duelo", "Felisberto do Café", "Elas Complicam Tudo", "Adiós Geralda" e "Freud, Além da Alma".

Maria Isabel de Lizandra foi casada com o ator Ênio Gonçalves, tinha duas filhas e lecionou História do Teatro em universidades paulistas, dando ainda aulas de teatro e participando em leituras dramáticas.

Morte

Maria Isabel de Lizandra faleceu na noite de de quinta-feira, 14/03/2019, aos 72 anos, no Hospital das Clínicas de São Paulo, em decorrência de uma pneumonia.

O corpo foi velado no Cemitério do Araçá e o enterro ocorreu às 17h00 no Cemitério da Consolação.

Antônio Fagundes e Maria Isabel de Lizandra 
Carreira

Televisão

  • 1964 - Se o Mar Contasse ... Nanci
  • 1966 - Anjo Marcado ... Maria Elisa
  • 1966 - As Minas de Prata ... Raquel
  • 1967 - Os Miseráveis ... Cosette
  • 1967 - O Tempo e o Vento ... Eulália Terra
  • 1968 - O Terceiro Pecado ... Ruth
  • 1968 - A Muralha ... Rosália
  • 1969 - A Menina do Veleiro Azul ... Glorinha
  • 1969 - Dez Vidas ... Marília
  • 1970 - As Bruxas ... Renée
  • 1971 - Hospital ... Cristina
  • 1971 - Sol Amarelo
  • 1972 - Na Idade do Lobo ... Belinha
  • 1972 - Camomila e Bem-me-quer ... Elisa
  • 1973 - Mulheres de Areia ... Malu
  • 1974 - O Machão ... Catarina
  • 1975 - Vila do Arco ... Carolina
  • 1976 - Xeque-Mate ... Lúcia
  • 1977 - Éramos Seis ... Isabel
  • 1978 - Salário Mínimo ... Teca
  • 1979 - Cara a Cara ... Carolina
  • 1981 - O Vento do Mar Aberto ... Marcela
  • 1981 - Partidas Dobradas ... Sabrina
  • 1982 - Nem Rebeldes, Nem Fiéis ... Áurea
  • 1982 - O Tronco do Ipê ... Baronesa da Espera
  • 1983 - Moinhos de Vento ... Amparo
  • 1983 - Champagne ... Verônica
  • 1985 - Tenda dos Milagres ... Amélia
  • 1986 - Dona Beija ... Josefa
  • 1988 - Vale Tudo ... Marisa
  • 1989 - Tieta ... Benta
  • 1989 - Pacto de Sangue ... Dona Clara
  • 1991 - Filhos do Sol
  • 1997 - Por Amor e Ódio ... Margarida
  • 1998 - Labirinto ... Hermínia

Cinema

  • 1965 - Vereda da Salvação
  • 1974 - As Mulheres Sempre Querem Mais ... Selma
  • 1975 - O Super Manso
  • 1976 - A Noite das Fêmeas
  • 1977 - Belas e Corrompidas ... Isabel

Fonte: Wikipédia e G1
Indicação: Miguel Sampaio, Simone Simas, Fada Veras e Neyde Almeida
#famososquepartiram #mariaisabeldelizandra

Marielle Franco

MARIELLE FRANCISCO DA SILVA
(38 anos)
Socióloga, Feminista, Política e Militante dos Direitos Humanos

☼ Rio de Janeiro, RJ (27/07/1979)
┼ Rio de Janeiro, RJ (14/03/2018)

Marielle Francisco da Silva foi uma socióloga, feminista, política brasileira e militante dos direitos humanos, nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 27/07/1979.

Graduada em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), que cursou como bolsista integral, Marielle Franco era mestre em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Sua militância na defesa dos direitos humanos e contra ações violentas na favela foi impulsionada após a morte de uma amiga, vítima de bala perdida, durante um tiroteio envolvendo policiais e traficantes de drogas no Complexo da Maré, bairro onde Marielle nasceu e viveu.


Em 2006, integrou a equipe de campanha que elegeu Marcelo Freixo à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ). Com a posse de Marcelo Freixo, foi nomeada assessora parlamentar do deputado. Anos depois assumiu a coordenação da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Em 2016, sua primeira disputa eleitoral, foi eleita vereadora na capital fluminense pela coligação Mudar é Possível, formada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB). Com mais de 46 mil votos, foi a quinta candidata mais votada na cidade.

Marielle Franco exercia o mandato de vereadora na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, eleita pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Crítica da intervenção federal no Rio de Janeiro, no dia 10 de março ela havia denunciado policiais do 41º Batalhão de Polícia Militar por abusos de autoridade contra os moradores do bairro de Acari.

Morte

Marielle Franco foi morta a tiros dentro de um carro na Rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, na Região Central do Rio de Janeiro, por volta das 21h30 de quarta-feira, 14/03/2018. Além de Marielle, o motorista do veículo, Anderson Pedro Gomes, também foi baleado e morreu. Uma outra passageira, assessora de Marielle, foi atingida por estilhaços. A principal linha de investigação da Delegacia de Homicídios é execução.

Segundo as primeiras informações da polícia, bandidos em um carro emparelharam ao lado do veículo onde estava Marielle e dispararam. Marielle foi atingida com pelo menos quatro tiros na cabeça. A perícia encontrou nove cápsulas de tiros no local. Os criminosos fugiram sem levar nada.

A passageira atingida pelos estilhaços foi levada para o Hospital Souza Aguiar e liberada. Em seguida, ela foi levada para prestar depoimento na Delegacia de Homicídios, que terminou por volta de 4h00 de quinta-feira, 15/03/2018. A polícia não deu detalhes do depoimento.

Marielle havia participado no início da noite de um evento chamado "Jovens Negras Movendo As Estruturas", na Rua dos Inválidos, na Lapa, Rio de Janeiro.

No momento do crime, Marielle estava no banco de trás do carro, no lado do carona. Como o veículo tem filme escuro nos vidros, a polícia trabalha com a hipótese de os criminosos terem acompanhado o grupo por algum tempo, tendo conhecimento da posição exata das pessoas. O motorista foi atingido por pelo menos 3 tiros na lateral das costas.

Fonte: Wikipédia e G1
Indicação: Taís Veras
#FamososQuePartiram #MarielleFranco

Coronel Ludugero

LUIZ JACINTO SILVA
(41 anos)
Humorista

☼ Caruaru, PE (22/09/1929)
┼ Belém, PA (14/03/1970)

Luiz Jacinto Silva, mais conhecido por Coronel Ludugero, foi um humorista nascido em Caruaru, PE, no dia 22/09/1929.

Durante longo tempo interpretou a personagem Coronel Ludugero, criação de Luís Queiroga, passando a confundir-se com o próprio personagem.

Luiz Jacinto foi escoteiro aos 10 anos e estudou no Colégio de Caruaru, atualmente Colégio Diocesano, onde concluiu o curso ginasial. Começou a trabalhar ajudando o pai a fazer selas de cavalo, mas não seguiu a profissão.

Aos 12 anos foi trabalhar numa padaria entregando pão e, em seguida, foi ajudante de pedreiro.

Com 16 anos foi para os Correios entregar telegramas. Nessa época serviu em São Bento do Una e Sirinhaém, cidades de Pernambuco. Morou em Palmeira dos Índios, AL onde começou sua jornada.

Aos 18 anos foi morar em Recife, PE, onde fez um concurso para telegrafista. Embora não tenha sido aprovado, foi aproveitado pelos Correios porque sabia taquigrafia. Permaneceu no órgão até ingressar na vida artística.

Ínicio da Carreira

Luiz Jacinto começou sua vida artística na Rádio Clube de Pernambuco, onde fazia o programa das 12h30 sob o patrocínio da Manteiga Turvo.

Em 1960 conheceu Luís Queiroga, que, com o incentivo do radialista Hilton Marques, criou o personagem Coronel Ludugero.

Logo no início, o Coronel Ludugero se apresentava sozinho, mas logo depois conheceu também Irandir Peres Costa (Otrópe).

Apesar de muita gente não saber, e o personagem de Dona Felomena ser mais conhecido com a atriz Mercedes Del Prado, nos primeiros programas o mesmo personagem, com o nome de Dona Rosinha, era interpretado por Rosa Maria, outra atriz de muito talento.

Coronel Ludugero

Retratava com bom humor a figura lendária dos coronéis, muitos dos quais pertenciam à Guarda Nacional e gozavam de grande prestígio junto a população. Era um homem simples de poucas palavras, amante da verdade e sincero.

Contador de histórias fantásticas, era casado com Dona Felomena. Bom aboiador, bom tocador de viola e poeta. Mantinha um secretário chamado Otrópe que o orientava nos negócios e nas questões políticas. Coronel Ludugero se sentia feliz em contar histórias, dando expansão ao seu gênio brincalhão, quando não estava em crises de impaciência e nervosismo.

Morte

No dia 14/03/1970, morreram Luiz Jacinto, Irandir Costa e toda sua equipe, vítima de desastre aéreo na Baía de Guajará, em Belém, PA. O corpo de Jacinto só foi encontrado no dia 30/03/1970 e sepultado um dia depois, em Caruaru, PE.

Depois da morte do Coronel Ludugero e de Otrópe, lançaram-se outros personagens tentando resgatar o riso perdido com a triste tragédia. Entre eles, Coroné Ludrú e Gerômo, Coroné Caruá e Altenes, Seu Pajeú e Zé Macambira, esses com a produção e direção de Luís Queiroga.

Mas, até hoje, os personagens são lembrados e revividos em épocas juninas por atores amadores e admiradores dos tipos.

Na cidade de Caruaru foi criada, na Vila do Forró, a miniatura da casa do Coronel Ludugero e da Dona Felomena, onde é grande a visitação por turistas. Durante os festejos juninos desta cidade podem ser vistos personagens caracterizados, desfilando pelas ruas, relembrando esses artistas. Mas a saudade ficou pra sempre.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #CoronelLudugero

Glauber Rocha

GLAUBER DE ANDRADE ROCHA
(42 anos)
Cineasta, Ator e Escritor

* Vitória da Conquista, BA (14/03/1939)
+ Rio de Janeiro, RJ (22/08/1981)

Filho de Adamastor Bráulio Silva Rocha e de Lúcia Mendes de Andrade Rocha, Glauber Rocha nasceu na cidade de Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia.

Foi criado na religião da mãe, protestante, membro da Igreja Presbiteriana, por ação de missionários americanos da Missão Brasil Central.

Alfabetizado pela mãe, estudou no Colégio do Padre Palmeira - instituição transplantada pelo padre Luís Soares Palmeira de Caetité (então o principal núcleo cultural do interior do Estado).

Em 1947 mudou-se com a família para Salvador, onde seguiu os estudos no Colégio 2 de Julho, dirigido pela Missão Presbiteriana, ainda hoje uma das principais escolas da cidade.

Ali, escrevendo e atuando numa peça, seu talento e vocação foram revelados para as artes performativas. Participou em programas de rádio, grupos de teatro e cinema amadores, e até do movimento estudantil, curiosamente ligado ao Integralismo.

Começou a realizar filmagens (Filme Pátio de 1959) ao mesmo tempo em que ingressou na Faculdade de Direito da Bahia, entre 1959 a 1961. Logo abandonou a faculdade para iniciar uma breve carreira jornalística, em que o foco era sempre sua paixão pelo cinema. Da faculdade foi o seu namoro e casamento com uma colega, Helena Ignez.

Sempre controvertido, escreveu e pensou cinema. Queria uma arte engajada ao pensamento e pregava uma nova estética, uma revisão crítica da realidade. Era visto pela ditadura militar que se instalou no país, em 1964, como um elemento subversivo.

No livro 1968 - O ano que não terminou, Zuenir Ventura registra como foi a primeira vez que Glauber fez uso da maconha, bem como o fato de, segundo Glauber, esta droga ter seu consumo introduzido na juventude como parte dos trabalhos da CIA (Agência Americana de Inteligência) no Brasil.

Em 1971, com a radicalização do regime, Glauber partiu para o exílio, de onde nunca retornou totalmente. Em 1977, viveu seu maior trauma: a morte da irmã, a atriz Anecy Rocha, que, aos 34 anos, caiu em um fosso de elevador. Antes, outra irmã dele morreu, aos 11 anos, de leucemia.

O Cineasta

Antes de estrear na realização de uma longa-metragem (Barravento, 1962), Glauber Rocha realizou vários curtas-metragens, ao mesmo tempo que se dedicava ao cineclubismo e fundava uma produtora cinematográfica.

Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), Terra em Transe (1967) e O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969) são três filmes paradigmáticos, nos quais uma crítica social feroz se alia a uma forma de filmar que pretendia cortar radicalmente com o estilo importado dos Estados Unidos da América.

Essa pretensão era compartilhada pelos outros cineastas do Cinema Novo, corrente artística nacional liderada principalmente por Rocha e grandemente influenciada pelo movimento francês Nouvelle Vague.

Glauber Rocha foi um cineasta controvertido e incompreendido no seu tempo, além de ter sido patrulhado tanto pela direita como pela esquerda brasileira. Ele tinha uma visão apocalíptica de um mundo em constante decadência e toda a sua obra denotava esse seu temor. Para o poeta Ferreira Gullar, "Glauber se consumiu em seu próprio fogo".

Com Barravento ele foi premiado no Festival Internacional de Cinema da Tchecoslováquia em 1963. Um ano depois, com "Deus e o Diabo na Terra do Sol", ele conquistou o Grande Prêmio no Festival de Cinema Livre da Itália e o Prêmio da Crítica no Festival Internacional de Cinema de Acapulco.

Foi com Terra em Transe que tornou-se reconhecido, conquistando o Prêmio da Crítica do Festival de Cannes, o Prêmio Luis Buñuel na Espanha e o Golfinho de Ouro de melhor filme do ano, no Rio de Janeiro. Outro filme premiado de Glauber foi O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro, prêmio de melhor direção no Festival de Cannes e, outra vez, o Prêmio Luiz Buñuel na Espanha.

Longa-Metragens

1962 - Barravento
1963 - Deus e o Diabo na Terra do Sol
1967 - Terra em Transe
1968 - O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro
1970 - Cabeças Cortadas
1971 - O Leão de Sete Cabeças
1972 - Câncer
1975 - Claro
1980 - A Idade da Terra

Documentários e Curta-Metragens

1959 - O Pátio A
1966 - Maranhão 66 B
1974 - História do Brasil
1974 - As Armas e o Povo C
1976 - Di Glauber
1979 - Jorge Amado no cinema

Glauber faleceu vítima de Septicemia, ou como foi declarado no atestado de óbito: Choque Bacteriano, provocado por Broncopneumonia que o atacava há mais de um mês, na Clínica Bambina (RJ), depois de ter sido transferido de um hospital em Lisboa (Portugal), onde permaneceu 18 dias internado. Residia há meses em Sintra, cidade de veraneio portuguesa, e se preparava para fazer um filme, quando começou a passar mal.

Fonte: Wikipédia

Cascatinha

FRANCISCO DOS SANTOS
(76 anos)
Cantor e Instrumentista

☼ Araraquara, SP (20/04/1919)
┼ São José do Rio Preto, SP (14/03/1996)

Francisco dos Santos, conhecido pelo nome artístico de Cascatinha, foi um cantor e instrumentista nascido em Araraquara, SP, no dia 20/04/1919.

Nascido em Araraquara, interior de São Paulo, desde cedo apaixonou-se pela poesia da música sertaneja. Francisco dos Santos já tocava bateria e violão e se apresentava cantando modinhas, canções e valsas românticas. Quando da chegada do circo Nova Iorque no município de Araraquara, Francisco conheceu o cantor Chopp e resolveu formar dupla com ele, adotando então o nome artístico de Cascatinha, nome de famosa cerveja da época, para estar de acordo com o nome do parceiro. Por essa época, Ana Eufrosina se apresentava como solista em um conjunto formado por seus irmãos. A dupla Chopp e Cascatinha se apresentava em circos. FranciscoAna Eufrosina se conheceram e casaram em 1941. Formou-se então o Trio Esmeralda, com Chopp, Cascatinha e Inhana, nome artístico adotado por Ana Eufrosina.

Marido e esposa, juntos formaram uma das principais duplas sertanejas do Brasil. Suas mais famosas músicas foram "Índia" (1952) que os levou a um grande sucesso, "Meu Primeiro Amor" (1952) e "Colcha de Retalhos" (1959).

O violeiro e a moreninha se casaram cinco meses depois, no dia 23/09/1941. Romance que daria pra virar música, filme e poesia. Cantaram nos picadeiros de centenas de circos por todo o país, gravaram 54 discos de 78 rpm e 30 LPs. Venderam milhares de discos numa época em que vitrola era artigo de luxo. Cantaram o Brasil mulato, o Brasil Caboclo, o Brasil fronteiriço a outros sons e culturas, traduziram a linguagem rítmica e poética de um país que nos anos 50 vivia um acelerado processo de urbanização.


Cascatinha
, como contava, ganhou o apelido ainda na infância, por matar as aulas pra tomar banho de cascata. Outra versão sobre o apelido, é que este teria surgido depois da formação da parceria com Chope, em alusão à cerveja Cascatinha .

Do casamento surgiu o Trio Esperança, composto por Cascatinha, Ana e Chope). Com o desentendimento de Cascatinha e Chope, Ana começou oficialmente a dividir os palcos com o marido. Cascatinha achou que Inhana, corruptela de Sinhá Ana, seria ideal pra ela. Assim, em 1942 surgia a dupla que faria história: Cascatinha & Inhana.

Foram contratados pelo Circo Estrela Dalva e, entre diversas excursões pelo Brasil, atuaram também em outros circos e também no Parque de Diversões Imperial.

Em 1947, quando o parque passou por Bauru, SP, Cascatinha e Inhana assinaram um contrato de um ano com a Rádio Clube de Bauru. Nessa ocasião, cansados que estavam de tantas andanças, acharam que seria a hora de dar uma pausa.

Assim, em 1948, um novo rumo: a Capital Paulista. Contratados pela Rádio América, foram morar num quarto e cozinha no Ipiranga. Dois anos depois, foram para a Rádio Record, onde permaneceram por 12 anos.

Em 1951, Raul Torres, que Cascatinha e Inhana já conheciam desde os tempos em que tentavam a sorte no Rio de Janeiro, juntamente com Florêncio e Rielli, tinham um show marcado na cidade de Jundiaí. Como Raul Torres havia adoecido, sugeriu que Cascatinha e Inhana o substituíssem. E, nesse show, apesar do cachê razoável oferecido e que havia chegado em boa hora, Cascatinha & Inhana interpretariam somente a célebre "Ave-Maria no Morro" (Herivelto Martins). Eles foram aplaudidos de tal modo que só conseguiram sair do palco após cantar mais uma meia dúzia de outros sucessos.


Nesse mesmo ano, Raul Torres, quando soube do sucesso do casal em Jundiaí, convidou Inhana para fazer o acompanhamento vocal nas gravações das modas de viola "Rolinha Correio" (Raul Torres e Sebastião Teixeira) e "Pomba do Mato" (Raul Torres), na Todamérica, gravadora na qual Raul Torres tinha boa influência. No dia seguinte, o primeiro disco foi gravado: um 78 RPM contendo "La Paloma" (S. Yradier com versão de Pedro Almeida) e "Fronteiriça" (José Fortuna), lançado em julho de 1951. José Fortuna, por sinal, era o compositor preferido de Cascatinha.

No quinto disco, também pela Todamérica, o maior sucesso da carreira da dupla: as duas conhecidíssimas versões de José Fortuna para as guarânias paraguaias "Índia" (M. Ortiz Guerrero, José Asunción Flores com versão de José Fortuna), no lado A, e "Meu Primeiro Amor (Lejania)" (Hermínio Giménez com versão de José Fortuna e Pinheirinho Junior), no lado B. Disco esse que atingiu a vendagem astronômica superior a 2.500.000 cópias. Um marco na época, pois foi a primeira vez que um disco de música sertaneja atingiu tal vendagem. Um fato inusitado, pois, nos anos 50, poucas pessoas tinham aparelhos fonográficos em casa.

Tal o sucesso dos dois lados desse 78 RPM, que veio também o convite para participarem do filme, "Carnaval em Lá Maior" de Adhemar Gonzaga, em 1955, filme no qual Cascatinha & Inhana interpretaram os dois sucessos.

E esse disco demorou a sair, porque o diretor artístico da Todamérica, Hernani Dantas, não queria gravar pois não acreditava que fosse fazer sucesso. Além disso, ele também argumentava que a versão original em castelhano era conhecida demais, para surgir de repente com uma nova letra diferente.

Na verdade, Hernani Dantas acabou cedendo aos pedidos insistentes dos ouvintes que escutavam as duas guarânias que o casal cantava ao vivo com frequência na Rádio Record e que procuravam inutilmente os discos nas lojas, as quais, por sua vez, os encomendavam à gravadora.


"Índia" e "Meu Primeiro Amor" também foram regravadas ao longo do tempo por grandes nomes da música brasileira, tais como Dilermando Reis (em solo de violão), Carlos Lombardi, Gal Costa, Nara Leão e Taiguara, apenas para citar alguns.

Calcula-se que a vendagem de "Índia" e "Meu Primeiro Amor" tanto em 78 RPM, como em LP e CD, pode ter faturado algo equivalente à vendagem dos discos da dupla "Chitãozinho e Xororó" no auge da década de 80.

Em 1954, Cascatinha & Inhana receberam Medalha de Ouro da revista Equipe e passaram a ser conhecidos como Os Sabiás do Sertão, pelos recursos vocais e agradáveis nuances desenvolvidos pela dupla. A voz soprano de Inhana é considerada uma das vozes femininas mais perfeitas do Brasil.

Téo Azevedo considerava a voz de Inhana como:
"A mais bonita e afinada que já surgiu no Brasil desde que Cabral pisou nesta terra. Gal Costa, Tetê Espíndola e Elis Regina, as quais são consideradas por muitos como as maiores cantoras do país, são muito boas, mas afinação e voz bonita igual a de Inhana nunca mais apareceu. Era perfeita!"
O casal "terçava" as vozes como fazem as duplas caipiras, porém, a beleza em particular do timbre das duas vozes, aliada à facilidade com que Inhana conseguia passear pelas notas agudas, mais a sofisticação da segunda voz do Cascatinha e os arranjos instrumentais bem elaborados deram a Cascatinha & Inhana uma liberdade incomum para escolha do repertório, por sinal, um dos mais bem escolhidos, não só na música caipira, mas na música brasileira, de um modo geral.


Cascatinha & Inhana
também gravaram obras de grandes compositores brasileiros tais como "Guacyra" (Hekel Tavares e Joracy Camargo), "Quero Beijar-te as Mãos" (Lourival Faissal e Arsênio de Carvalho), "O Menino e o Circo" (Ely Camargo), "Flor do Cafezal" (Luiz Carlos Paraná), "Chuá, Chuá" (Pedro Sá Pereira, Marques Porto e Ary Pavão), "Colcha de Retalhos" (Raul Torres), e "Serra da Boa Esperança" (Lamartine Babo), esta com um excelente acompanhamento de piano, orquestra e violinos em Pizzicatti, gravada na Chantecler/Continental. Enfim, um repertório riquíssimo em canções de bastante lirismo, toadas, baiões, xotes, valsas, canções rancheiras e tangos brejeiros, além das famosas versões de músicas latinas, principalmente as já mencionadas guarânias paraguaias.

A dupla Cascatinha & Inhana ganhou também o Troféu Roquete Pinto em 1951, 1953 e 1954, além de seis Discos de Ouro por vendagens de mais de 100.000 exemplares.

Com a morte de Inhana, Cascatinha continuou a se apresentar sozinho em Votuporanga, SP e depois em São José do Rio Preto, SP, onde veio a falecer em 1996, na Beneficência Portuguesa, vítima de cirrose hepática.

Viu lançados pela Revivendo dois CDs: "Índia - Volume 1" e "Meu Primeiro Amor - Volume 2", os quais reuniram 38 músicas de seus antigos discos de 78 RPM. A gravadora paranaense também produziu os volumes 3, 4 e 5 no mesmo estilo dos dois primeiros, formando um conjunto bastante representativo da obra de Cascatinha & Inhana, além do excelente encarte explicativo e dados fiéis do disco original, como acontece em todos os CD's da Revivendo.

Cascatinha também chegou a lançar no ano seguinte ao falecimento de Inhana o LP "Canto Com Saudade". Também participou de uma gravação de "Flor do Cafezal" (Luís Carlos Paraná) juntamente com Rolando Boldrin em 1982, pela RGE, hoje Som Livre.

No casamento, tiveram um filho adotivo chamado Marcelo José.

Morte

Cascatinha faleceu na quinta-feira, 14/03/1996, aos 76 anos, em sua casa na cidade de  São José do Rio Preto, SP, vítima de uma parada cardíaca, poucos dias antes de seu 77º aniversário.

Sérgio Viotti

SÉRGIO LUIZ VIOTTI
(82 anos)
Ator, Escritor, Diretor, Tradutor, Dramaturgo, Produtor de Programas Culturais Radiofônicos, Crítico de Teatro, Dança e Ópera

* São Paulo, SP (14/03/1927)
+ São Paulo, SP (26/07/2009)

Foi para o Rio de Janeiro em 1945, para fazer a Escola Itamarati.

Estudou piano até os 14 anos de idade, e, já no Rio de Janeiro, ia com amigos músicos participar de programas musicais na Rádio MEC, apenas para virar as páginas para os concertistas Heitor, Maria Abreu e Laís de Souza Brasil.

Começou a trabalhar em Rádio em 1958, no Rio de Janeiro. Trabalhou na Inglaterra, onde fez rádio na BBC durante quase nove anos. Voltou para o Brasil e foi trabalhar na Rádio MEC, fazendo radioteatro com, dentre outros, Magalhães Graça e Agnes Fontoura.

Sérgio Viotti começou a fazer novelas em 1986, com destaque para personagens em “Sinhá Moça”, “Corpo Santo”, “Kananga do Japão”, “Despedida de Solteiro”, “Meu Bem Meu Mal”, “Anjo Mau”, “Suave Veneno”, “Os Maias”, “A Casa das Sete Mulheres” e “Um Só Coração”.

Ao comemorar seus trinta anos de palco como ator, em 1991, apresentou o espetáculo “As Idades do Homem”, no qual interpretava nada menos do que dezesseis personagens de Shakespeare.

Como de crítico de teatro, dança e ópera, trabalhou no jornal Estado de São Paulo (1969/71) e no Jornal da Tarde (1976 e 1983).

Como romancista, fez "E Depois, no Exílio" (Edições Bloch), lançado em 1968, que lhe valeu o Prêmio Walmap, concorrendo com outros 143 escritores.

Em 1995, lançou "A Cerimônia da Inocência" (Top Books) e, em 2001, a biografia da atriz Dulcina de Morais (1908/96) e a "Fuga do Escorpião".

Em 2006 e 2007, Sérgio Viotti apresentou-se no teatro com a peça "O Dia que Raptaram o Papa", de João Bethencourt e, também em 2007, participou da novela "Duas Caras", da TV Globo, seu último trabalho na televisão.

Sérgio Viotti morreu, aos 82 anos, na manhã do dia 26 de julho de 2009 em decorrência de uma Parada Cardiorrespiratória, em São Paulo. De acordo com o comunicado divulgado pelo Hospital Samaritano, o ator estava internado desde o dia 19 de abril. Ele tinha sofrido uma parada cardíaca durante a festa de casamento do filho da escritora Maria Adelaide Amaral.

Fonte: Dramaturgia Brasileira - In Memoriam