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Ivonete Miranda

IVONÉTE MIRANDA DA SILVA
(95 anos)
Cantora, Atriz, Locutora, Radialista, Narradora, Apresentadora, Escritora e Poetisa

☼ Recife, PE (02/10/1923)
┼ São Paulo, SP (14/06/2019)

Ivonéte Miranda da Silva, também conhecida por Ivonete Miranda, foi uma cantora, atriz, locutora, radialista, narradora, apresentadora, escritora e poetisa nascida em Recife, PE, no dia 02/10/1923.

Ivonete Miranda estudou em Olinda, num colégio de freiras chamado Academia Santa Gertrudes.

Aos 14 anos foi escolhida através de concurso para cantar em um programa juvenil na Rádio Club de Pernambuco, tendo sido de imediatamente contratada.

Nos programas de calouros, Ivonete Miranda foi descoberta pelo cantor e compositor Fernando Barreto, e logo foi contratada para o casting da Rádio Club de Recife, onde passou a cantar nos programas "Quatro Vidas", dirigido por José Renato e "Hora Azul das Senhoritas", comandado pelo maestro Nelson Ferreira. Em Recife, Ivonete Miranda era chamada de "A Namoradinha do Microfone".


No mesmo ano, o cantor Sílvio Caldas, ao ouvir Ivonete Miranda cantando no rádio exigiu que ela, e somente ela, cantasse com ele em seu show no Teatro Santa Isabel. "Menina, vá para o Rio de Janeiro, pois você já é uma grande estrela", lhe disse Sílvio Caldas.

Tempos depois, Ivonete Miranda foi com sua avó passear no Rio de Janeiro, e cantou no programa do Geraldo Casé, na Rádio Mayrink Veiga. Em seguida veio o convite de AAssis Chateaubriand para cantar nas Emissoras Associadas, tendo sido contratada pela Rádio Tupi e lá permaneceu por muitos anos, onde apresentou seu próprio programa, cujo regional era formado por Fafá LemosLaurindo Almeida e Garoto.

Logo a cantora arrancava elogios de nomes como Francisco Alves, Agustín Lara e Dorival Caymmi. Sua estada, que deveria durar três meses, acabou durando vários anos. Nos microfones cariocas, ganhou de César de Alencar o apelido de "O Pecado Moreno".

O cineasta norte-americano Orson Welles, quando esteve no Brasil, se encantou com sua voz, e fez questão de levar na bagagem um disco de Ivonete Miranda, com a canção "Sempre Você" (Newton Teixeira e Cristovão de Alencar).


Durante a Segunda Guerra Mundial, Ivonete Miranda trabalhou no espetáculo de revista Fora do Eixo (1942), que falava sobre o conflito mundial. Inspirada nas artistas de Hollywood, Ivonete Miranda teve a idéia de vender bônus de guerra, para apoiar as tropas brasileiras na Itália. Ela também fez parte do "Show da Virada" (1943), onde artistas da Tupi e do Cassino da Urca se apresentaram para entreter os soldados brasileiros e norte-americanos no nordeste brasileiro.

Ainda na Rádio Tupi, conheceu o produtor Teófilo de Barros Filho, com quem se casou, passando a assinar Ivonete Miranda de Barros.

Sob direção do marido, atuou no filme "Mãe" (1948), feito na Cinédia. Com o nome de Ivone Martins, Ivonete Miranda aparecia cantando um número musical, escrito por Teófilo.

Em 1946, Ivonete Miranda foi contratada pela Rádio Nacional e depois passou pela rádio Mayrink Veiga.


Em 1949 retornou a Rádio Club de Pernambuco, onde permaneceu pouco tempo, já que Teófilo foi contratado por Assis Chateaubriand para trabalhar na TV Tupi de São Paulo, inaugurada em setembro de 1950.

Aos poucos, Ivonete Miranda foi deixando a carreira, para dedicar-se a família e aos filhos, Denise e Roberto. Mas ela nunca deixou a veia artística, tornando-se compositora e poetisa.

Ivonete Miranda foi uma das pioneiras fundadoras da Pró-TV, associação dos veteranos do rádio e televisão que foi presidida pela atriz Vida Alves.

Ivonete Miranda faleceu na sexta-feira, 14/06/2019, aos 95 anos, de causas naturais (senilidade), em São Paulo, SP.

Indicação: Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #IvoneteMiranda

André Midani

ANDRÉ HAIDAR MIDANI
(86 anos)
Escritor e Executivo da Indústria Fonográfica

☼ Damasco, Síria (25/09/1932)
┼ Rio de Janeiro, RJ (13/06/2019)

André Haidar Midani foi um profissional do mercado fonográfico brasileiro, considerado um dos nomes mais importantes da indústria fonográfica brasileira dos anos 60 aos 90. Nascido em Damasco, na Síria, no dia 25/09/1932, foi morar na França aos três anos de idade.

Foi criado para ser confeiteiro, porém a carreira profissional de André Midani teve início em 1952, na gravadora Decca, na França. Iniciou na empresa como apontador de estoque, chegando a vendedor, mas destacou-se mesmo posteriormente, numa profissão que ainda não existia, a de descobridor de projetos fonográficos.

Por causa da Guerra da Argélia, André Midani mudou-se para o Brasil em 1955. Um dia após sua chegada ao país, procurando por gravadoras nas Páginas Amarelas, interessou-se pela Odeon Records. Porém, como ainda não tinha fluência no português, tentou se comunicar em inglês com a telefonista, que, confundindo-o com algum funcionário da matriz européia, transferiu sua ligação para a sala da presidência da empresa. Nessa ligação, André Midani acabou conseguindo agendar uma entrevista, que lhe valeu um emprego cujo objetivo era o lançamento do selo Capitol Records no Brasil.

A princípio, seu trabalho era lançar as estrelas internacionais do selo, mas a partir de 1957 começou a se envolver mais com a música nacional, até virar um personagem importante no lançamento da Bossa Nova no país. André Midani rapidamente sentiu que faltavam no país músicas voltadas para jovens, coisa bastante comum na França e nos Estados Unidos, com cantores como Charles Aznavour, Gilbert Bécaud, Juliette Greco, Elvis Presley, Bill Haley, entre outros.

André Midani, 1960
André Midani entrou em contato com a Bossa Nova através do fotógrafo Chico Pereira, que lhe apresentou Carlos Lyra, Roberto Menescal, Nara Leão, Ronaldo Bôscoli, Oscar Castro-Neves, entre outros. Já João Gilberto lhe foi apresentado por Dorival Caymmi.

Nessa época, o maestro Tom Jobim já era conhecido pelos arranjos que fazia para a Rádio Nacional, porém ainda não por suas composições. Rapidamente André Midani identificou que ali estava a música ideal para a juventude brasileira.

O lançamento da Bossa Nova no mercado nacional surgiu da parceria feita com Aloysio Oliveira. Como o próprio André Midani dizia: "Se houve uma hesitação por parte do Aloysio, eu fui talvez o instrumento que tirou a hesitação dele!".

Em 1960, teve problemas com o presidente da Odeon, Bill Morris, que resultaram na sua saída da empresa. Após seu desligamento da gravadora, e com o financiamento da própria Odeon, fundou a Imperial, que vendia discos de porta em porta. A nova empresa de André Midani teve uma boa participação no mercado e chegou até, em determinados momentos, a vender mais discos que a própria Odeon, tendo se estabelecido, posteriormente, em outros países latino-americanos, como Argentina, Venezuela, Peru e México.

Com o grande sucesso da nova empreitada, André Midani ganhou destaque no mercado e acabou convidado a instalar a Capitol no México e, posteriormente, em Los Angeles. Trabalhou na Capitol até 1968, quando foi convidado a exercer a presidência da Philips, atual Universal Music, no Brasil.

André Midani ao lado de Rita Lee em 1972
André Midani recebeu um prazo de três anos para transformar a deficitária Philips numa empresa lucrativa, ou a mesma seria fechada. Quando chegou à empresa, contava com um cast de 155 artistas, que logo foi reduzido para 50, sendo mantidas as principais estrelas do selo, como Elis Regina, Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, Os Mutantes, Edu Lobo, Ronnie Von, entre outros.

A direção do Departamento de Divulgação, Promoção e Marketing ficou a cargo de Armando Pittigliani, enquanto Roberto Menescal foi convidado a exercer a função de diretor artístico, porque André Midani acreditava ser muito importante ter um músico nessa função.

O nome utilizado para a gravadora foi Phonogram, que posteriormente chamou-se Polygram, atual Universal Music, que na época era constituída pela Philips, dirigida por Roberto Menescal, e pela Polydor, dirigida por Jairo Pires. O cast da companhia foi reforçado por artistas como Maria Bethânia, Vinicius de Moraes, Toquinho, Tim Maia, MPB4, Chico Buarque, Jorge Ben, hoje conhecido como Jorge Ben Jor, Evaldo Braga, Luiz Melodia, Jards Macalé, Raul Seixas, entre outros.

Na década de 1970 um anúncio de duas páginas reunindo todo o elenco da gravadora teve grande destaque, pois nele estava a frase: "Só nos falta o Roberto... Mas também ninguém é perfeito!", referindo-se a Roberto Carlos, artista do selo CBS. 

Wander Taffo, André Midani e Roger
André Midani ficou na presidência da empresa até 1976, quando foi convidado por Nesuhi Ertegün para montar a Warner no Brasil. A gravadora começou a operar com 3% do mercado brasileiro. Após contratar para seu cast artistas como Elis ReginaTom Jobim, Gilberto Gil, Belchior, Hermeto Pascoal, João Gilberto, Paulinho da Viola, Ney MatogrossoRaul Seixas, Guilherme Arantes, Baby Consuelo, hoje Baby do Brasil, Pepeu Gomes, A Cor do Som, Banda Black RioAs Frenéticas, entre outros, viu sua participação de mercado subir para 14%.

Na década de 1980, a gravadora resolveu apostar no rock brasileiro, contratando artistas como Lulu Santos e os grupos Titãs, Barão Vermelho, Ultraje a Rigor, Ira!, Inocentes, Kid Abelha, Camisa de Vênus, entre outros.

Em 1983, levou a Warner também para a Argentina, e, em 1984, para o México.

Em 1990, foi transferido para New York, onde assumiu o cargo de presidente da Warner para toda a América Latina.

Na época, desenvolveu a Divisão para a América Latina da companhia nos Estados Unidos, fortalecendo a marca da gravadora em países como Argentina, México, Colômbia, Peru, Venezuela e Chile.

Lulu Santos, André Midani e Marcelo, 1982
André Midani chegou a fazer parte do Conselho de Direção da gravadora na Itália e na Espanha, tornando-se, a partir do ano 2000, membro do Conselho Consultivo da Warner Music Internacional.

Em 2002, retornou ao Brasil, onde estabeleceu residência, passando a trabalhar na Organização Não Governamental (ONG) Viva Rio. Convidado pelo ministro Gilberto Gil, exerceu o cargo de comissário-geral do "Ano do Brasil na França" no ano de 2005.

Em 2008, lançou o livro "Música, Ídolos e Poder - Do Vinil ao Download" (Nova Fronteira).

Em 2011, seu livro "Música, Ídolos e Poder - Do Vinil ao Download", lançado em 2008 foi retirado das lojas algum tempo depois por ação judicial, após atingir altos níveis de vendagem. Atualmente é disponibilizado para download pela internet na íntegra.

Por sua trajetória na indústria fonográfica brasileira, foi homenageado pelo Instituto Cultural Cravo Albin, em 2013, com a exposição "A Magia do Disco - André Midani", que teve curadoria de Heloísa Carvalho Tapajós.

André Midani foi considerado, pela revista Billboard, uma das 90 pessoas mais importantes da história da indústria mundial de discos, além de ter sido eleito Homem do Ano no Midem 1999, membro do conselho da Federação Internacional dos Produtores de Discos (IFPI) e presidente da IFPI latino-americana.

Morte

André Midani faleceu na noite de quinta-feira, 13/06/2019, aos 86 anos, no Rio de Janeiro, RJ, em decorrência de um câncer. Ele estava internado na Casa de Saúde São Vicente, localizado Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro.

Ney Matogrosso, Gilda e André Midani
Prêmios

  • 2005 - Condecorado com a Légion d'honneur pelo Governo Francês.
  • 2014 - Grammy Latino "Lifetime Achievement Award"

Fonte: Wikipédia e Correio Brasiliense

Wilson das Neves

WILSON DAS NEVES
(81 anos)
Cantor, Compositor e Baterista

☼ Rio de Janeiro, RJ (14/06/1936)
┼ Rio de Janeiro, RJ (26/08/2017)

Wilson das Neves foi um cantor, compositor e baterista brasileiro nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 14/06/1936.

Wilson das Neves  estudou música com Joaquim Naegele e logo depois com Darci Barbosa. Aos 14 anos, através do ritmista Edgar Nunes Rocca, o Bituca, tocou na Escola Flor do Ritmo, no bairro do Méier. Anos mais tarde, deu início a sua carreira de baterista na orquestra de Permínio Gonçalves.

Entre 1957 e 1968, Wilson das Neves acompanhou a pianista Carolina Cardoso de Menezes, foi membro do conjunto de Ubirajara Silva, estreou como músico de estúdio na Copacabana Discos, se integrou em conjuntos como o de Steve Bernard e o de Ed Lincoln.

Tocou com o flautista Copinha, com o pianista Eumir Deodato no conjunto Os Catedráticos, e com Eumir e Durval Ferreira no grupo Os Gatos.

Wilson das Neves fez parte da orquestra de Astor Silva, da orquestra da TV Globo e da orquestra da TV Tupi de São Paulo, liderada pelo maestro Cipó.

Em 1965, participou da gravação do disco "Coisas" do mastro e compositor Moacir Santos, tocando bateria em todas as faixas do álbum. Além disso, gravou com Elza Soares, o disco "Elza Soares - Baterista: Wilson das Neves" e formou seu conjunto, registrando o LP "Juventude 2000".


Em 1969 gravou pela Polydor seu segundo disco, "Som Quente é o das Neves" e, no ano seguinte, o LP "Samba Tropi - Até Aí Morreu Neves", desta vez pelo selo Elenco/Philips. Estes dois trabalhos tiveram arranjos de Erlon Chaves. Desse período até 1973, acompanhou artistas como Elis Regina, Egberto Gismonti, Wilson Simonal, Elizeth Cardoso, Roberto Carlos, Francis Hime, Taiguara e Sérgio Sampaio.

Em 1975 participou da gravação dos discos "Lugar Comum", do músico João Donato e "Meu Primeiro Amor", da cantora Nara Leão. Em 1976 ano tocou timbales no clássico "África Brasil", de Jorge Ben.

Tempos depois fez o terceiro disco com o seu conjunto, o LP "O Som Quente é o das Neves". Nesse trabalho, lançado pela gravadora Underground/Copacabana, Wilson das Neves estreou como cantor e compositor. Os arranjos foram feitos por João Donato e pelo tecladista Sérgio Carvalho.

Figura presente no samba, Wilson das Neves tocou ao lado de grandes nomes do gênero como João Nogueira, Beth Carvalho, Cartola, Nelson Cavaquinho, Clara Nunes, Roberto Ribeiro, Martinho da Vila e muitos outros.

Wilson das Neves foi ritmista na escola de samba Império Serrano, onde tocava tamborim.

Como compositor, era parceiro de Aldir Blanc, Paulo Cesar Pinheiro, Nei Lopes, Ivor Lancellotti, Claudio Jorge, Marcelo Amorim, Moacyr Luz e Chico Buarque, com quem tocava desde 1982.

Gravou em 1996 o disco "O Som Sagrado de Wilson das Neves", lançado pela CID com participações de Paulo César Pinheiro e Chico Buarque, agraciado com o Prêmio Sharp.


Em 2001 participou do CD "O Quintal do Pagodinho", idealizado por Zeca Pagodinho e produzido por Rildo Hora.

Desde 2003 era integrante do combo carioca Orquestra Imperial, sendo cantor e compositor parceiro dos jovens integrantes do grupo.

Em 2004 lançou o CD "Brasão de Orfeu" no Centro Cultural Carioca, onde também foi apresentado o curta-metragem "O Samba é Meu Dom", no qual o compositor contou detalhes de sua vida.

Em 2006 atuou no filme "Noel - Poeta da Vila", no papel do motorista e cantor Papagaio.

Em 2011, Wilson das Neves lançou, no Brasil e Europa, seu terceiro CD como cantor e compositor, "Pra Gente Fazer Mais Um Samba". Indicado melhor cantor pelo Prêmio da Música Brasileira 2011 e vencedor como melhor álbum de samba.

Em 2013 fez uma participação na música "Trepadeira", do CD "O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui", do rapper Emicida.

Em 2016 participou da abertura dos jogos olímpicos do Rio de Janeiro.

Em mais de 50 anos de carreira como baterista, participou de mais de 600 gravações e acompanhou Carlos Lyra, Ney Matogrosso, João Bosco, Maria Bethânia, Gal Costa, Emílio Santiago, Nelson Gonçalves, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Alcione, Tom Jobim, Miucha, entre vários outros artistas da MPB, além de internacionais como Michel Legrand, Toots Thielemans, Sarah Vaughan e Sean Lennon.

Morte

Wilson das Neves morreu na noite de sábado, 26/08/2017, aos 81 anos, no Rio de Janeiro, RJ. Ele lutava contra um câncer e estava internado em um hospital na Ilha do Governador.

A informação foi confirmada pela página oficial do sambista no Facebook e no no Instagram:
"É com grande pesar que comunicamos a todos a partida do nosso grande mestre que foi tocar suas baquetas do outro lado. Ficaremos com as boas lembranças"

(Escrito em sua página no Facebook)

O corpo de Wilson das Neves foi sepultado por volta das 10h50 de segunda-feira, 28/08/2017, no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Representantes de velhas guardas de várias escolas de samba foram prestar a última homenagem ao artista, que foi sepultado sob aplausos, ao som da música "O Samba é Meu Dom" e do surdo de marcação da sua escola de coração, a Império Serrano.

Discografia
  • 1968 - Elza Soares - Baterista: Wilson das Neves
  • 1968 - Juventude 2000 - Wilson das Neves e Seu Conjunto
  • 1969 - Som Quente é o das Neves - Wilson das Neves e seu Conjunto
  • 1970 - Samba Tropi - Até Aí Morreu Neves - Wilson das Neves e Seu Conjunto
  • 1976 - O Som Quente é o Das Neves - Wilson das Neves e Seu Conjunto
  • 1996 - O Som Sagrado de Wilson das Neves
  • 2004 - Brasão de Orfeu
  • 2006 - Samba de Gringo 2
  • 2010 - Pra Gente Fazer Mais Um Samba
  • 2013 - Se Me Chamar, Ô SorteFonte: Wikipédia

Fonte: Wikipédia e G1
Indicação: Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #WilsonDasNeves

Abílio Farias

JOSÉ ABÍLIO DE MOURA FARIAS
(66 anos)
Cantor e Compositor

☼ Itacoatiara, AM (23/02/1947)
┼ Manaus, AM (14/06/2013)

José Abílio de Moura Farias, mais conhecido por Abílio Farias foi um cantor brasileiro, do estilo brega-romântico, nascido em Itacoatiara, a 175 quilômetros de Manaus, no dia 23/02/1947. Abílio Farias iniciou a carreira da década de 1960 na região norte do país.

Abílio Farias era um dos poucos artistas que, independente de tocar em rádios, gravar discos anualmente, e da força de uma gravadora, tinha seu nome defendido pelos amantes da música popular. Seu estilo musical seguia o padrão imortalizado por Waldick Soriano, ou seja, cantava o que o povo entendia e gostava de ouvir.

Cantando como amador desde os 14 anos de idade, foi assim que ele descobriu que tinha um público fiel, resultado de suas apresentações na Rádio Baré. Abílio Farias já tinha um nome, quando foi levado para o Rio de Janeiro em 1977, para gravar o seu primeiro LP, "Abílio Farias", pela gravadora Tapecar. A mesma gravadora já tinha uma estrela que luzia no Norte e Nordeste, vendendo muitos discos e introduzindo para sempre, na história da música popular, um nome que provavelmente ficará para sempre. Tratava-se de Bartô Galeno, cantor e compositor que a partir da segunda metade da década de 70, se estabeleceu no mercado fonográfico arregimentando um exercito de admiradores, e de cantores seguidores.

Não foi por acaso que para o disco de Abílio Farias, a gravadora tenha recorrido ao talento e a fama de Bartô Galeno, participando do LP de Abílio Farias com quatro composições: "Que Pena" (Bartô Galeno), "Vou Fechar o Cabaret" (Bartô Galeno e Abílio Farias), "Fica Comigo Esta Noite" (Bartô Galeno e Antonio Pires) e "É Muita Maldade" (Bartô Galeno).

Em 1999 lançou pela EMI, o CD "Abílio Farias - Revive o Sucesso", com gravações como "Mulher Difícil Homem Gosta", "Que Pena", "Cabeça Oca", "O Pijama e o Chinelo" e "Vou Fechar o Cabaret".


A interpretação de Abílio Farias na música "Vou Fechar o Cabaret", foi o suficiente para a consagração como artista popular. Até os dias atuais a música permanece em catálogo como destaque de inúmeras coletâneas.

Em 2006, Abílio Farias lançou seu 13º CD com uma série de shows pelo Estado do Amazonas. Ele entrou para a galeria dos cantores populares, se destacando dentre os respeitados e queridos do público nortista e nordestino.

Mesmo sem aparições na mídia, suas interpretações para as dezenas de sucessos que o povo conhece, fez dele um dos maiores representantes do gênero vulgarmente chamado de "brega". A sua interpretação para a música "Negue" (Adelino Moreira e Enzo de Almeida Passos), popularizou ainda mais um hit que já havia estourado no Brasil na voz de Nelson Gonçalves e Maria Bethânia.

O maior sucesso da carreira de Abílio Farias foi "Mulher Difícil, Homem Gosta". Em mais de 40 anos de carreira, gravou 8 LPs e 13 CDs.

Nos anos 1970 ele chegou a ser o "Cantor Mascarado" do programa do Chacrinha. Apaixonado por esportes, Abílio Farias torcia para o Flamengo do Rio de Janeiro e para o Nacional do Amazonas.

Segundo sua filha Joelma Farias, Abílio Farias foi dependente químico por 30 anos, mas há cinco, havia abandonado o vício por "força de vontade". Ele fazia aniversário no dia 23 de fevereiro, mesma data do ex-senador e ex-governador do Amazonas, Gilberto Mestrinho, do qual era amigo. De acordo com Joelma Farias, no dia do aniversário, eles ligavam para parabenizar um ao outro.

Morte

Abilio Farias morreu aos 66 anos vítima de complicações cardíacas, na noite de sexta-feira, 14/06/2013, no Prontocord - Hospital do Coração, localizado na Avenida Álvaro Maia, Zona Centro-Sul de Manaus. 

De acordo com Joelma Farias, filha do cantor, Abilio Farias morreu por volta das 19h30.

"Ele teve um infarto na segunda-feira, 10/06/2013, e foi levado para o Hospital Beneficente Portuguesa, no Centro. Lá, eles fizeram um cateterismo e os médicos constataram que as artérias estavam entupidas."

Após a constatação de que as veias do cantor estavam entupidas, ele foi transferido para o Prontocord para que fosse implantada uma ponte de safena. Depois da cirurgia, que aconteceu na terça-feira, 11/06/2013, ele se recuperava no hospital, mas acabou tendo falência dos rins na sexta-feira, 14/06/2013.

Segundo Joelma Farias, em 2010, o pai já havia se submetido ao primeiro cateterismo. Na ocasião, ele recebeu um equipamento utilizado para alargar as artérias.

Abílio Farias era viúvo e deixou quatro filhos, todos criados no ambiente musical. O último show dele aconteceu em Humaitá, a 675 quilômetros de Manaus. O último álbum do cantor foi um especial com músicas de Waldick Soriano. Ele também se preparava para uma turnê pelo Nordeste do país no segundo semestre de 2013.

O velório e o enterro do cantor ocorreram no sábado, 15/06/2013. O corpo foi velado na Funerária São Francisco, localizada ao lado do Terminal de Ônibus da Cachoeirinha. O enterro aconteceu no Cemitério São João Batista.

Durante o velório foi cantada a música "Luzes da Ribalda", de Charles Chaplin. Segundo os familiares, a canção foi escolhida por Abílio Farias para ser interpretada pelo amigo coronel Martins no dia de seu velório. "Eles firmaram um acordo: quem morresse primeiro receberia a homenagem do outro", disse Joelma Farias.

Fonte: WikipédiaG1 e Letras.com.br  
#FamososQuePartiram #AbiliFarias

Cacilda Becker

CACILDA BECKER YÁCONIS
(48 anos)
Atriz

* Pirassununga, SP (06/04/1921)
+ São Paulo, SP (14/06/1969)

"A morte emendou a gramática / Morreram Cacilda Becker / Não eram uma só. Eram tantas..."

Assim se manifestou o poeta Carlos Drummond de Andrade, por ocasião do falecimento dessa atriz, considerada uma das personalidades mais importantes da classe teatral brasileira e defensora da categoria na fase do regime militar de 1964.

Cacilda Becker Yáconis nasceu em Pirassununga (SP) e cedo conheceu as dificuldades da vida. Quando seus pais, Alzira Yáconis Becker e Edmundo Radamés Becker, se separaram, ela e as irmãs Cleide e Dirce ficaram com a mãe. Foram morar em Santos, e apesar da falta de recursos, Cacilda conseguiu fazer os estudos de balé, e se formou professora. Mudou-se, então, para São Paulo, mas foi trabalhar como escriturária numa firma de seguros.

Aos 20 anos, foi para o Rio de Janeiro disposta a iniciar a carreira de atriz e conquistou uma oportunidade no Teatro do Estudante, em uma montagem de Hamlet, dirigida por Pascoal Carlos Magno. Começou a afirmar-se profissionalmente já nessa época, 1941, na companhia de Raul Roulien. Junto com Laura Suarez, interpretou "Trio em Lá Menor", de Raimundo Magalhães Júnior.

Dois anos depois, Cacilda Becker regressou a São Paulo. Fez rádio-teatro para sobreviver, mas era no palco que ela mostrava a sua extraordinária capacidade de trabalho. Entrou para o Grupo Universitário de Teatro, fundado por Décio de Almeida Prado e participou de três montagens: "Auto da Barca do Inferno", de Gil Vicente; "Irmãos das Almas", de Martins Pena e "Pequeno Serviço em Casa de Casal", de Mário Neme.

Voltou novamente ao Rio para trabalhar com "Os Comediantes", grupo inovador no panorama teatral brasileiro. Dirigida por Ziembinski, participou da remontagem da peça "Vestido de Noiva", de Nelson Rodrigues, em 1946, ao lado de Olga Navarro e Maria Della Costa.

Em 1948, o Teatro Nacional Popular, no Rio de Janeiro, foi fundado por Maria Della Costa, com Ziembinski no elenco. Cacilda, em São Paulo, ingressou no Teatro Brasileiro de Comedia (TBC). Também passou a lecionar interpretação na recém inaugurada Escola de Arte Dramática de São Paulo (EAD).

Em pouco tempo se tornou a primeira atriz do TBC. Entre os principais trabalhos dessa fase estão "Seis Personagens à Procura de um Autor", de Luigi Pirandello; "Anjo de Pedra", de Tennessee Williams, e "Antígona", de Sófocles e de Anouilh. No cinema trabalhou em "A Luz dos Meus Olhos" (1947) e "Floradas na Serra" (1954).

O TBC entrou em declínio a partir de 1955. Os diretores italianos que o fundaram regressaram à Europa, enquanto os atores mais famosos abriram suas próprias companhias. Cacilda fundou a sua, ao lado dos atores Walmor Chagas, seu marido, de Ziembinski, e de sua irmã Cleide Yáconis que também iniciara carreira no TBC e se firmava como atriz de talento. O grupo encenou peças como "Longa Jornada Noite Adentro", de Eugene O'Neill, e "A Visita da Velha Senhora", de Durrenmatt. Atuou ainda em "Quem Tem Medo de Virgínia Woolf", de Edward Albee, sendo especialmente lembrada por sua "Maria Stuart", de Johann Schiller.

Com a nomeação de Abreu Sodré para o Governo de São Paulo, Cacilda assumiu a Presidência da Comissão Estadual de Teatro em 1968. Durante sua gestão, fez grandes conquistas e participou ativamente na luta contra a ditadura. Sua frágil aparência contrastava com a garra com que defendia seus ideais, seus amigos e o teatro.

Voltou a representar, sob a direção de Flávio Rangel, o vagabundo Estragon de "Esperando Godot", de Samuel Beckett, ao lado de Walmor Chagas e de seu filho Luís Carlos Martins, que estreava no teatro.

Em 6 de maio de 1969, durante uma apresentação, sofreu um Derrame Cerebral em conseqüência do rompimento de um Aneurisma. Morreu aos 48 anos, depois de 38 dias em coma no Hospital São Luís, em São Paulo.


Linda Batista

FLORINDA GRANDINO DE OLIVEIRA
(68 anos)
Cantora, Compositora e Atriz

* São Paulo, SP (14/06/1919)
+ São Paulo, SP (17/04/1988)

Mais conhecida como Linda Batista, foi uma cantora e compositora brasileira. Era filha de Batista Júnior e irmã de Dircinha Batista.

Começou sua carreira acompanhando sua irmã mais nova ao violão durante suas apresentações. Em 1936, teve que substituir a irmã no programa de Francisco Alves na Rádio Cajuti, obtendo boa aceitação do público. Também naquele ano, participou, ao lado de Dircinha, do filme Alô, Alô, Carnaval.

Linda precisou de apenas um ano para se consagrar como cantora. Em 1937, foi a primeira cantora a ser eleita Rainha do Rádio, título que manteve por onze anos consecutivos. O concurso foi realizado no Iate dos Laranjas, barco carnavalesco atracado na Esplanada do Castelo, no centro do Rio de Janeiro. Pouco depois, como contratada da então nova Rádio Nacional, fez uma excursão de grande sucesso no Norte e Nordeste que durou seis meses, começando por Recife, PE. Ali, apresentou-se no Teatro Santa Isabel, cantando músicas de Capiba acompanhada da Jazz-Band Acadêmica.

Faleceu em decorrênia da diabetes.

Fonte: Wikipédia

Jamelão

JOSÉ BISPO CLEMENTINO DOS SANTOS
(95 anos)
Cantor e Instrumentista

* Rio de Janeiro, RJ (12/05/1913)
+ Rio de Janeiro, RJ (14/06/2008)

Filho de um pintor de paredes, José Bispo Clementino dos Santos foi engraxate, vendedor de jornal e tocador de tamborim e cavaquinho nos subúrbios cariocas.

Aos 15 anos conheceu o sambista Lauro Santos, que o levou à escola de samba Estação Primeira de Mangueira, onde começou tocando tamborim, na bateria. Com o tempo, entrou nas rodas de samba que aconteciam após o desfile, na Praça Onze.

Ganhou o apelido de Jamelão quando se apresentava em gafieiras da capital fluminense. Já a alcunha de Gogó de Ouro veio por causa de sua bela voz, de enorme versatilidade.

Em 1945 participou do programa "Calouros em Desfile", comandado por Ary Barroso, interpretando "Ai, Que Saudades da Amélia" (Ataulfo Alves e Mário Lago). A partir daí conseguiu trabalhos em boates e no rádio. Também assinou um contrato com a gravadora Continental.


Em 1949, começou a sua carreira como intérprete da Mangueira. Três anos depois viajou para a França como crooner da Orquestra Tabajara, do maestro Severino Araújo, para cantar em uma festa promovida por Assis Chateaubriand e pelo estilista francês Jacques Fath. Ainda como crooner, Jamelão protagonizou um "duelo" ocorrido no auditório da antiga Rádio Tupi entre a Orquestra Tabajara e a big band norte-americana de Tommy Dorsey.

Na gravadora Continental, em 1954, obteve destaque com as músicas "Leviana" (Zé Keti e Armando Reis), "Folha Morta" (Ary Barroso) e "Deixa de Moda" (Padeirinho). Dois anos depois, fez sucesso com "Exaltação à Mangueira" (Enéias Brito e Aluísio Augusto da Costa), feita para o desfile daquele ano. Em 1959, gravou "Ela Disse-me Assim" (Lupicínio Rodrigues).

Jamelão entrou para a ala de compositores da Mangueira em 1968. Quatro anos depois, gravou o disco "Jamelão Interpreta Lupicínio Rodrigues", acompanhado pela Orquestra Tabajara. A seguir, lançou o LP "Jamelão", que incluía "Coquetel de Sofrimento" e "Castigo e Molambo".

Em 1987, outro disco dedicado a Lupicínio Rodrigues, "Recantando Mágoas - A Dor e Eu" fez os críticos o colocarem como um cantor de músicas de dor de cotovelo, enquanto Jamelão preferia considerar-se um cantor romântico.

No carnaval de 1990, Jamelão anunciou o fim da sua carreira de intérprete de escola de samba, mas no ano seguinte, ele voltou a ativa. De personalidade forte e com muitas manias, tinha o costume de andar com uma caixa cheia de elásticos no bolso e alguns deles nas mãos. Dizia que iria utilizá-los no dia em que ganhasse bastante dinheiro.


Em 1994, Jamelão gravou com Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia, o samba "Atrás da Verde e Rosa Só Não Vai Quem Já Morreu" (Davi Corrêa, Carlinhos Sena, Bira do Ponto e Paulinho Carvalho).

Em 1997, a gravadora Continental lançou a coletânea "Jamelão - A Voz do Samba", em 3 CDs. Ainda em 1997 Jamelão também participou da gravação do CD "Chico Buarque da Mangueira".

No carnaval de 1998, conquistou seu sexto Estandarte de Ouro como intérprete de samba-enredo no carnaval carioca, do qual também foi eleito intérprete do século, no ano seguinte.

Em 2001 foi eleito presidente de honra da Mangueira. No mesmo ano recebeu a medalha da Ordem do Mérito Cultural, pelas mãos do presidente Fernando Henrique Cardoso.

Jamelão tinha hipertensão e diabetes. Em 2006, sofreu dois derrames e passou a ter dificuldades para se alimentar. No fim de 2007, foi internado com um quadro de desnutrição e desidratação. Outros problemas decorrentes da idade avançada resultaram em novas internações e na morte, por falência múltipla dos órgãos, aos 95 anos.

Discografia


  • 2003 - Cada Vez Melhor (Obi Music, CD)
  • 2001 - Escolas de Samba no Dia da Cultura (CD)
  • 2000 - Por Força do Hábito (Som Livre, CD)
  • 1997 - A Voz do Samba (CD)
  • 1994 - Minhas Andanças (RGE, LP)
  • 1987 - Recantando Mágoas - Lupi, a Dor e Eu (Continental, LP)
  • 1984 - Mangueira, a Super Campeã (Continental, LP)
  • 1980 - Jamelão (Continental, LP)
  • 1977 - Folha Morta (Continental, LP)
  • 1975 - Jamelão (Continental, LP)
  • 1975 - Samba-Enredo - Sucessos Antológicos (Continental, LP)
  • 1974 - Jamelão (Continental, LP)
  • 1974 - Os Melhores Sambas Enredos 75 (Continental, LP)
  • 1973 - Jamelão (Continental, LP)
  • 1972 - Jamelão Interpreta Lupicínio Rodrigues (Continental, LP)
  • 1970 - Jamelão (Continental, LP)
  • 1969 - Cuidado Moço (RCA Victorl, LP)
  • 1964 - Torre de Babel / Feioso e Pobre (Continental, 78)
  • 1963 - Horinha Certa / Eu Agora Sou Feliz (Continental, 78)
  • 1963 - Reza / Não Adianta (Continental, 78)
  • 1963 - Fim de Jornada / Foi Assim (Continental, 78)
  • 1963 - Velinha Acesa / Eu Não Quero Vacilar (Continental, 78)
  • 1963 - Estamos em Paz / Voa Meu Passarinho (Continental, 78)
  • 1963 - Sambas Para Todo Gosto (Continental, LP)
  • 1962 - A Marron do Leblon / Você é Gelo (Continental, 78)
  • 1962 - Jamelão Canta Para Enamorados (Continental, LP)
  • 1961 - Amor de Mãe / Valsinha da Mamãe (Continental, 78)
  • 1961 - Meu Barracão de Zinco / Vou Fugir de Mim (Continental, 78)
  • 1961 - Mais do Que Amor / Qual o Quê! (Continental, 78)
  • 1961 - Foi Brinquedo / Só Meu Coração (Continental, 78)
  • 1961 - Dia de Pierrô / Linguagem do Morro (Continental, 78)
  • 1961 - Jamelão e os Sambas Mais (Continental, LP)
  • 1960 - Não Importa / O Grande Presidente (Continental, 78)
  • 1960 - Exemplo / Jajá na Gamboa (Continental, 78)
  • 1960 - Solidão / Decisão (Continental, 78)
  • 1960 - Deixei de Sofrer / Eu Não Sou Deus (Continental, 78)
  • 1960 - Desfile de Campeãs - Jamelão e Escolas de Samba (Continental, LP)
  • 1959 - Ela Disse-me Assim / Esquina da Saudade (Continental, 78)
  • 1959 - Três Amores / Há Sempre Uma Que Fica (Continental, 78)
  • 1959 - O Samba é Bom Assim / Esta Melodia (Continental, 78)
  • 1959 - Fechei a Porta / Perdi Você (Continental, 78)
  • 1959 - O Samba é Bom Assim - A Boite e o Morro na Voz de Jamelão (Continental, LP)
  • 1958 - Grande Deus / Frases de um Coração (Continental, 78)
  • 1958 - Nem te Lembras / Ela Está Presente (Continental, 78)
  • 1958 - Saudade Que Mata / Serenata de Pierrô (Continental, 78)
  • 1958 - Guarde Seu Conselho (Continental, 78)
  • 1958 - O Samba em Noite de Gala (Continental, LP)
  • 1958 - Escolas de Samba (Continental, LP)
  • 1957 - Moleza / Eu Hein, Dolores (Continental, 78)
  • 1957 - Timbó / Pense em Mim (Continental, 78)
  • 1957 - Quem Mandou / Como Ela é Boa (Continental, 78)
  • 1957 - Não Quero Mais / Não Tenho Ninguém (Continental, 78)
  • 1956 - Cansado de Sofrer / Mirando-te (Continental, 78)
  • 1956 - Folha Morta / Dengosa (Continental, 78)
  • 1956 - Definição (Continental, 78)
  • 1956 - Vida de Circo / Confiança (Continental, 78)
  • 1955 - Bica Nova / Se Parar Esfria (Continental, 78)
  • 1955 - Ogum General de Umbanda / Encosta o Carro Gírias Cariocas - (Continental, 78)
  • 1955 - Corinthians, Campeão do Centenário / Oração de um Rubro Negro (Continental, 78)
  • 1955 - Exaltação à Mangueira / Lá Vou Eu (Continental, 78)
  • 1955 - Eu Não Mandei / Castigo do Céu (Continental, 78)
  • 1954 - Sem Teu Amor / O Caçador de Preá (Sinter, 78)
  • 1954 - Alta Noite / A Cegonha Mandou (Sinter, 78)
  • 1954 - Leviana / Deixa de Moda (Continental, 78)
  • 1953 - Acabei Entrando Bem / Vem Cá Mulata (Sinter, 78)
  • 1953 - Eu Não Poderei / Deixa Amanhecer (Sinter, 78)
  • 1953 - Seu Deputado / Voltei Ao Meu Lugar (Sinter, 78)
  • 1952 - Só Apanho Resfriado / Você Vai... Eu Não (Sinter, 78)
  • 1952 - Eu Vou Partir / Mora no Assunto (Sinter, 78)
  • 1951 - Falso Pirata / Lá Vem Você (Odeon, 78)
  • 1951 - Casinha da Colina / Voltei Ao Meu Lugar (Odeon, 78)
  • 1951 - Torei o Pau / Onde Vai Sinhazinha (Odeon, 78)
  • 1950 - Pancho Vila / Este é o Maior (Odeon, 78)
  • 1950 - Capitão da Mata / Já Vi Tudo (Odeon, 78)
  • 1950 - Pai Joaquim / Siá Mariquinha (Odeon, 78)
  • 1950 - Pirarucu / Duque de Caxias (Odeon, 78)
  • 1949 - A Jiboia Comeu / Pensando Nela (Odeon, 78)

Fonte: Uol Educação Biografias

Leila Diniz

LEILA ROQUE DINIZ
(27 anos)
Atriz

* Niterói, RJ (25/03/1945)
+ Nova Délhi, Índia (14/06/1972)

Aos 15 anos, Leila Diniz trabalhou como professora, ensinando crianças do maternal e jardim de infância. Desde aquele primeiro emprego queria mudar a maneira como as coisas eram feitas. Por exemplo, aboliu a sua mesa para ficar sempre entre os alunos.

Em 1961, com 17 anos, se apaixonou pelo cineasta Domingos de Oliveira, com quem viveu até os 21 anos. Estreou como atriz dirigida pelo marido, na peça infantil "Em Busca do Tesouro". No ano seguinte, foi corista em um show de Carlos Machado. Em 1964, contracenou com Cacilda Becker em "O Preço de um Homem".

No ano seguinte, iniciou a carreira na televisão em papéis menores até ganhar papéis em "Eu Compro Essa Mulher" e "O Sheik de Agadir", ambas escritas por Glória Magadan.

No total, fez 12 novelas na TV Globo, TV Excelsior e TV Tupi. Fez também publicidade de refrigerantes, sabonetes e creme dental.

Leila Diniz foi dirigida pelo ex-marido em dois filmes. O primeiro deles, "Todas as Mulheres do Mundo", incorporou histórias da vida em comum do casal, e, em 1967, "Edu, Coração de Ouro", história de um malandro carioca classe média estrelado por Paulo José.

Baseado no romance de Antônio Callado, "Madona de Cedro", foi um de seus melhores momentos, sob a direção de Carlos Coimbra. Entre papéis de protagonista, coadjuvante e participações especiais, Leila Diniz atuou em 14 filmes. Em 1968, foi à Alemanha representar "Fome de Amor", de Nelson Pereira dos Santos, no Festival de Berlim.

Leila Diniz reabilitou o Teatro de Revista com uma curta carreira de vedete no espetáculo "Tem Banana na Banda", improvisando a partir dos textos de Millôr Fernandes, Luiz Carlos Maciel, José Wilker e Oduvaldo Viana Filho. Em 1971, casou-se com o diretor de cinema Ruy Guerra, pai de sua filha Janaína.

Recebeu de Virgínia Lane o título de "Rainha das Vedetes". No carnaval de 1971, foi eleita "Rainha da Banda de Ipanema" por Albino Pinheiro e seus companheiros.

Foi eleita a "Grávida do Ano" no programa do Chacrinha.

Leila Diniz falava de sua vida pessoal sem nenhum tipo de vergonha ou constrangimento. Concedeu diversas entrevistas marcantes à imprensa, mas a que causou um grande furor no país foi a entrevista que deu ao jornal O Pasquim em 1969. Nessa entrevista, ela, a cada trecho, falava palavrões que eram substituídos por asteriscos, e ainda disse: "Você pode muito bem amar uma pessoa e ir para cama com outra. Já aconteceu comigo".

Para a moral da época, foi algo revolucionário. Jovem, alegre e bonita, Leila Diniz falava de sua vida sem constrangimento algum. 

O exemplar mais vendido do jornal foi justamente esse no qual foi publicada a entrevista da atriz fluminense.

A ditadura militar que vigorava no Brasil de então reagiu prontamente às afirmações da atriz e decretou a censura prévia no jornal. Leila Diniz atraiu também a indignação nas feministas, em pé de guerra naqueles anos, que a acusaram de servir aos homens.


Leila Diniz quebrou tabus de uma época em que a repressão dominava o Brasil. Escandalizou a tradicional família brasileira ao exibir a sua gravidez de oito meses, na praia de biquíni e ao amamentar a filha Janaína diante das câmeras. Defensora do amor livre e do prazer sexual, irritou feministas tradicionais e se tornou símbolo da liberação feminina dos anos 1960 e 1970.

Perseguida pela Polícia Política, Leila Diniz se escondeu no sítio do colega de trabalho Flávio Cavalcanti, tornando-se em seguida jurada do programa do apresentador, no momento em que é acusada de ter ajudado militantes de esquerda. Alegando razões morais, a TV Globo do Rio de Janeiro não renovou o contrato com a atriz. De acordo com Janete Clair, não haveria papel de prostituta nas próximas telenovelas da emissora.


Leila Diniz morreu em um acidente aéreo, vôo JAL471, da Japan Airlines, no dia 14 de junho de 1972, aos 27 anos, no auge da fama, quando voltava de uma viagem à Austrália , onde ganhara o prêmio de "Melhor Atriz" com o filme "Mãos Vazias".

Um cunhado advogado se dirigiu a Nova Délhi, na Índia, local do desastre, para tratar dos restos mortais da atriz. Acabou encontrando um diário que continha diversas anotações e uma última frase, que provavelmente estava se referindo ao acidente: Está acontecendo alguma coisa muito es....

Leila Diniz, "A Mulher de Ipanema", defensora do amor livre e do prazer sexual, é sempre lembrada como símbolo da revolução feminina, que rompeu conceitos e tabus por meio de suas idéias e atitudes.

A atriz Marieta Severo e o compositor e cantor Chico Buarque de Hollanda, seus amigos, cuidaram da filha de Leila Diniz e Ruy Guerra, durante muito tempo, até o pai ter condições de assumir a filha, Janaína Diniz Guerra.

Fonte: Wikipédia
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