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Arnaldo Jabor

ARNALDO JABOR
(81 anos)
Cineasta, Roteirista, Diretor de Cinema e Televisão, Produtor Cinematográfico, Dramaturgo, Crítico, Jornalista e Escritor

☼ Rio de Janeiro, RJ (12/12/1940)
┼ São Paulo, SP (15/02/2022)

Arnaldo Jabor foi um cineasta, roteirista, diretor de cinema e televisão, produtor cinematográfico, dramaturgo, crítico, jornalista e escritor nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 12/12/1940.

Filho de Salomão Jabor Sobrinho, um oficial da Aeronáutica, e Diva Hess, uma dona de casa, Arnaldo Jabor nasceu numa família de classe média. Seu pai descendia por linha paterna de libaneses, mas sua ascendência era bastante diversa, com ancestrais portugueses e alemães.

Era ligado por parentesco de afinidade ao crítico literário Agrippino Grieco, cujo filho primogênito Donatello era casado com sua tia paterna, Diva Jabor.

Formado no ambiente do Cinema Novo, participou da segunda fase do movimento, que buscava analisar a realidade nacional, inspirando-se no neorrealismo italiano e na nouvelle vague francesa. Seu primeiro longa metragem foi o inovador documentário "Opinião Pública" (1967), uma espécie de mosaico sobre como o brasileiro olha sua própria realidade.

No início dos anos 70, com o recrudescimento da repressão política e da censura, os antigos autores cinemanovistas procuraram caminhos metafóricos, alegóricos, para driblar a ação do Governo e poder expor suas propostas e Arnaldo Jabor fez o mesmo com "Pindorama" (1970). Mas aqui o excesso de barroquismo e de radicalismo contra o cinema clássico comprometeram a qualidade da obra, como o próprio Arnaldo Jabor admitiria mais tarde.


Seu próximo filme o redime completamente e se converte num dos grandes sucessos de bilheteria do cinema brasileiro: "Toda Nudez Será Castigada" (1973), adaptado da peça homônima de Nelson Rodrigues, possui um enfoque mais humano, mas ainda assim não poupa implacáveis críticas à hipocrisia da moral burguesa e de seus costumes, na história do envolvimento da prostituta Geni (Darlene Glória, no papel que lhe valeu o Urso de Prata de Melhor Atriz no Festival de Berlim) com o viúvo Herculano (Paulo Porto).

O filme seguinte, dessa vez adaptado de um romance de Nelson Rodrigues, é ainda mais forte nas suas investidas contra as deformidades comportamentais e sexuais da sociedade: "O Casamento" (1975), último filme da atriz Adriana Prieto, também foi bem recebido por crítica e público e rendeu a atriz Camila Amado o Kikito de ouro de melhor atriz coadjuvante. Com "Tudo Bem" (1978), iniciou a chamada "Trilogia do Apartamento". Talvez seu filme mais célebre, investiga, num tom de forte sátira e ironia, as contradições da sociedade brasileira já vitimada pelo fracasso do milagre econômico, isso no espaço restrito de um apartamento de classe média. A obra ganhou o prêmio de Melhor Filme no Festival de Brasília e proporcionou a Paulo Gracindo e Fernanda Montenegro, entre outros atores, grandes desempenhos.

A película seguinte se dedicou mais a uma análise intimista e sexual: "Eu Te Amo" (1980), obra que consagrou Paulo César Pereio e Sônia Braga no cinema, concentrando-se nas crises amorosas e existenciais de um homem e uma mulher.

O próximo filme, "Eu Sei Que Vou Te Amar" (1986), com os jovens Fernanda Torres (ganhadora do prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes na ocasião) e Thales Pan Chacon na pele de um casal em crise, guarda semelhanças de forma e conteúdo com "Eu Te Amo". Ambos os filmes se consagraram como grandes sucessos de bilheteria.


No início da década de 1990, com o fim do fomento estatal para a produção cinematográfica nacional no Governo de Fernando Collor, Arnaldo Jabor foi obrigado a procurar novos rumos e encontrou na imprensa o seu ganha-pão. Estreou como colunista de O Globo no final de 1995 e mais tarde foi para a TV Globo, atuando como colunista em vários telejornais da casa, como Jornal Nacional, Jornal da Globo, Bom Dia Brasil, Jornal Hoje, Fantástico e também na Rádio CBN, levando para televisão e rádio o estilo irônico com que comentava os fatos da atualidade brasileira.

Seus dois últimos livros "Amor é Prosa, Sexo é Poesia" (Editora Objetiva, 2004) e "Pornopolítica" (Editora Objetiva, 2006) se tornaram best-sellers instantâneos.

Abordando os mais variados temas como cinema, artes, sexualidade, política nacional e internacional, economia, amor, filosofia, preconceito, suas intervenções "apimentadas" na televisão e em suas colunas lhe renderam admiradores e muitos críticos.

Diversos textos que circulam pela internet são falsamente assinados por Arnaldo Jabor. No dia 03/11/2009, o próprio autor escreveu uma coluna negando essas autorias e fazendo uma crítica sobre o assunto, reclamando que a era digital não era para ele. E no jornal O Sul, escreveu na sua coluna "A Paranoia Está Batendo", em 05/10/2011, que iPhones e outros aparelhos modernos lhe deixam com sentimento de solidão, por escrever para uma pessoa e nem saber onde ela está.

Morte

Arnaldo Jabor faleceu na terça-feira, 15/02/2022, aos de 81 anos, em São Paulo, SP. Ele estava internado desde 16/12/2021 no Hospital Sírio-Libanês. Arnaldo Jabor sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e não se recuperou.

Filmografia

  • 1965 - O Circo (Curta-metragem)
  • 1967 - A Opinião Pública
  • 1970 - Pindorama
  • 1973 - Toda Nudez Será Castigada
  • 1975 - O Casamento
  • 1978 - Tudo Bem
  • 1980 - Eu Te Amo
  • 1986 - Eu Sei Que Vou Te Amar
  • 1990 - Carnaval (Curta-metragem)
  • 2010 - A Suprema Felicidade

Prêmios e Nomeações

  • Ganhou o Urso de Prata, no Festival de Berlim, por "Toda Nudez Será Castigada" (1973)
  • Ganhou o Kikito de Ouro de Melhor Filme, no Festival de Gramado, por "Toda Nudez Será Castigada" (1973)
  • Ganhou o Prêmio Especial do Júri, no Festival de Gramado, por "O Casamento" (1975)
  • Ganhou o Candango de Melhor Filme, no Festival de Brasília, por "Tudo Bem" (1978)

Livros

  • 1993 - Os Canibais Estão na Sala de Jantar (Editora Siciliano)
  • 1997 - Sanduíches de Realidade (Editora Objetiva)
  • 2001 - A Invasão das Salsichas Gigantes (Editora Objetiva)
  • 2004 - Amor é Prosa, Sexo é Poesia (Editora Objetiva)
  • 2006 - Pornopolítica (Editora Objetiva)
  • 2007 - Eu Sei Que Vou Te Amar (Editora Objetiva)
  • 2009 - Amigos Ouvintes (Editora Globo)
  • 2014 - O Malabarista - Os Melhores Textos de Arnaldo Jabor (Editora Objetiva)

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #ArnaldoJabor

Adelar Bertussi

ADELAR BERTUSSI
(84 anos)
Cantor, Compositor e Acordeonista

☼ Caxias do Sul, RS (15/02/1933)
┼ Campo Largo, PR (30/09/2017)

Adelar Bertussi foi um acordeonista, cantor e compositor de destaque no cenário mundial, consagrado pela exímia habilidade como acordeonista e um dos pioneiros na música tradicionalista gaúcha, nascido em Caxias do Sul, RS, no dia 15/02/1933.

De família de músicos, em 1940, seu pai Fioravante Bertussi formou um grupo com seus quatro filhos para tocar em bailes e festas: Honeyde, tocava violão e acordeon, Walmor, clarinete e bateria, Wilson, clarinete e saxofone e Adelar, ainda menino, tocava cavaquinho, gaita de botão e pandeiro, aperfeiçoando-se mais tarde em acordeon.

Na década de 1950, Honeyde e Adelar se destacaram tocando e cantando, e formaram a maior dupla gaúcha de todos os tempos, os Irmãos Bertussi.

Sua carreira de músico contou com mais de 70 anos de vida profissional. Entre LPs e CDs, possuiu mais de 50 discos gravados. Realizou mais de 6 mil apresentações entre bailes, shows e participações especiais no Brasil e exterior.


Possuiu mais de 400 músicas gravadas incluindo folclóricas e regionais do sul, além de músicas populares brasileiras, internacionais e clássicos. Também escreveu métodos de acordeon que em parceria com o maestro Waldir Teixeira, lançou o primeiro método "Som Bertussi" e na sequência o segundo volume intitulado "Som Bertussi - Som Maior".

Entre títulos, homenagens, prêmios, troféus e diversas formas de reconhecimento que recebeu, destacam-se o Título de Cidadão Honorário do Estado do Paraná e dos municípios de Pinhão, PR, São Marcos, RS e Emérito de Caxias do Sul, RS.

Participação especial no 4º Encontro dos Tradicionalistas Gaúchos nos Estados Unidos e na Festa das Nações em New York, a inauguração do Monumento aos Irmãos Bertussi em frente a Fazenda Bertussi, o lançamento do livro de Renato Mendonça, "Os Quatro Pilares da Tradição Gaúcha" e do livro "Coração Gaúcho - Irmãos Bertussi", de Tânia e Charles Tonet.

Também recebeu o Troféu Prêmio Açoriano, Melhores Gaiteiros do Mundo, e Prêmio da Música da Serra Gaúcha pela sua obra musical. Teve sua vida artística retratada em DVD no documentário musical chamado "Adelar Bertussi - O Tropeiro da Música Gaúcha".

História

Adelar Bertussi, criou com seu irmão Honeyde Bertussi um grupo de baile ao qual foi dado o nome de Irmãos Bertussi. Ele e seu irmão foram os pioneiros da música tradicionalista gaúcha, e também foi o primeiro grupo a incluir a bateria em bailes, fato inédito, porque na época os artistas se apresentavam nos bailes com um pandeiro, uma gaita, um violão e um bumbo. Os dois irmãos formavam um dueto de acordeon, dando assim início à moda de baile com duas gaitas ao invés de uma.

Hoje, Adelar Bertussi é referenciado como um símbolo do tradicionalismo gaúcho. Deixou o duo Os Bertussi no ano de 1998, e foi substituído por seu filho Gilney Bertussi. Passou então a apresentar-se em shows pelo Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Hoje o grupo Os Bertussi segue o caminho musical deixado por Adelar Bertussi com Gilney Bertussi (gaita e voz solo), Jaciano Fogaça (gaita e voz), Leandro (guitarra e vocal), Marcos Gomes do Nascimento (baixo e vocal) e Paulo Alessandro (bateria).

Morte

Adelar Bertussi faleceu na manhã de sábado, 30/09/2017, aos 84 anos, em Campo Largo, PR, quando estava internado no Hospital de Campo Largo, em decorrência de problema cardíacos. Adelar Bertussi enfrentava problemas cardíacos e respiratórios.

O velório aconteceu no domingo, 01/10/2017, no salão de São Jorge da Mulada e o sepultamento aconteceu na segunda-feira, 02/10/2017, na mesma localidade.

Fonte: Wikipédia
Indicação: Malcom Fernandes

Cláudia Wonder

MARCO ANTÔNIO ABRÃO
(55 anos)
Escritora, Cantora, Compositora, Colunista, Transexual e Militante Pelos Direitos LGBT

☼ São Paulo, SP (15/02/1955)
┼ São Paulo, SP (26/11/2010)

Marco Antônio Abrão, nome de nascimento de Cláudia Wonder, foi uma artista performer, escritora, cantora, compositora, colunista e militante pelos direitos LGBT, nascida em São Paulo, SP, no dia 15/02/1955.

Cláudia Wonder logo cedo descobriu sua identidade de gênero. Ainda na adolescência, começou a frequentar a noite e a se inserir no contexto transgênero, sendo contemporânea dos grandes nomes do undergound paulistano, como Andréa de Mayo, Telma Lipp, Nana Vogel, Brenda Lee, Roberta Close, Janaína Dutra, entre tantas outras.

Ícone da cena underground, começou sua carreira artística fazendo shows em boates e logo estreou no teatro e no cinema. Ainda adolescente contracenou com grandes nomes nacionais, entre eles, Tarcísio Meira e Raul Cortez.

Nos anos 1980 descobriu sua veia musical e estreou como letrista e vocalista da banda de rock Jardins das Delícias, com o show "O Vomito do Mito", no lendário clube paulistano Madame Satã. Depois formou a banda Truque Sujo e obteve sucesso junto a critica musical e ao público.

No final da década de 80 mudou-se para a Europa e lá ficou durante onze anos, onde trabalhou em shows e depois como empresária na área da estética, ela tinha formação como cabeleireira e maquiadora.


De volta ao Brasil, retomou a carreira artística, participando de duas coletâneas musicais em CD "Melopéia", do selo Rotten e "Sonetos do Poeta Glauco Mattoso", musicados por vários artistas, entre eles, Arnaldo Antunes e Itamar Assumpção. Para esse trabalho Cláudia Wonder musicou o "Soneto Virtual", no qual fez dueto o cantor Edson Cordeiro, seu amigo. Participou ainda da primeira coletânea de electronacional no CD "Body Rapture", do selo Lua Music, com a música "Tônica do Haligalle", e em setembro de 2007 lançou seu primeiro CD solo "FunkyDiscoFashion", pelo mesmo selo.

Cláudia Wonder também lançou o livro intitulado "Olhares de Claudia Wonder - Crônicas e Outras Histórias" em agosto de 2008 pelas Edições GLS do Grupo Editorial Summus.

Em junho de 2009, protagonizou o documentário "Meu Amigo Claudia", do cineasta Dácio Pinheiro, o qual conta sua trajetória e cuja première foi no Frameline Lesbian And Gay Film Festival Of San Francisco, na Califórnia.

Em virtude de sua identidade de gênero, por várias vezes foi detida, sexualmente molestada e enxotada de lugares. Segundo ela mesma revelou em entrevista, chegou a ser comparada aos mais perversos marginais "simplesmente por ser diferente das outras pessoas". Isso lhe causou grande revolta e ela fez de sua revolta o motor para lutar contra o que considerava uma barbárie. Um de seus feitos foi ter conseguido fazer shows e frequentar as páginas culturais de jornais e revistas mesmo em plena Ditadura Militar.

"Um travesti que emprega o poder transgressivo de sua personificação, com acuidade e extraordinária força cênica!"
(Alberto Guzik, crítico teatral)

Militância

Ícone da comunidade Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros (LGBT), foi escolhida como abre-alas da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo de 2001, além de madrinha do Festival Mix Brasil de Cinema e Vídeo da Diversidade Sexual, e foi incluída numa lista das 24 personalidades que marcaram 2010.

Foi também coordenadora do Grupo de Estudos da identidade de Gênero "Flor do Asfalto" e trabalhou como colunista e repórter da revista G Magazine e do site G Online até 2008.

Militante fervorosa, Cláudia Wonder ainda trabalhava como monitora de abordagem e comunicação do Centro de Referência da Diversidade, no projeto Cidade Inclusiva, uma parceria da prefeitura da cidade de São Paulo com a União Europeia.

Meses antes de falecer, em meados 2010, ela concedeu uma entrevista à revista Trip, cujos trechos gravados são transcritos abaixo:

Trabalhei de uns tempos pra cá, há uns dois anos me entreguei a uns projetos sociais em prol dos travestis. A gente inaugurou ali na Boca (do Lixo, zona boêmia decadente de São Paulo) mesmo o Centro de Referência da Diversidade, na Rua Major Sertório, e ali a gente fica sabendo das coisas: Virou meio que opção de marginal, sabe, cafetinar travesti. Dependendo da área pode ter um ou dois, que não são travestis. Tinha um cara que era o Malhação, era um cara, saído da cadeia que começou a atacar - eles brutalizam mesmo - batem na travesti, cortam o cabelo, pra todas ficarem com medo.

Quem aluga uma casa, até presta um serviço, digamos assim, porque não tá explorando de forma absurda. Hoje até que tá mais fácil mas antes pra um travesti alugar apartamento era muito difícil, ainda mais pra quem é puta na rua. "Vou sujar o prédio, causar com meus vizinhos?" É complicada a prostituição, e é só isso que as travestis têm pra fazer, né? Pelo menos as que tão lá. Tem muitas que não são putas, mas não se pode dizer; o que tá na rua você vê - as cabeleireiras, mas não importa, vira e mexe eu encontro.

Não dá pra saber se são tantas travestis que tão na rua são putas - mesma coisa que dizer que todo japonês é tintureiro. Mas é muito difícil pra uma travesti alugar apartamento - por causa dos documentos -; se estuda, se tá trabalhando é mais fácil. Mas se tá na rua tendo uma (casa da) cafetina onde ela possa dormir e comer, como a Andréa de Mayo... mas esse tipo de cafetão não dá nada, só vai lá e cobra o ponto.

A travesti que está na rua não é respeitada por ninguém. Eu escrevia pra G Magazine, fazendo trabalho de conscientização, falando que é possível ter uma outra forma de vida, mas pra chegar nelas não é através da revista porque nem todas compram. E tem travesti nova que aparece toda semana, porque tem vida curta, elas morrem cedo, morrem assassinadas, ninguém fala muito. Que nem escreveram: "Travesti é vítima dele mesmo", e é verdade.

No Fantástico apareceu a travesti que fez doutorado, pensei: "Ah, legal, as coisas tão mudando." Aí na terça vi aquele papelão da travesti do Rio batendo no cara (bêbado) indefeso, aí ninguém mais deu uma linha a respeito do assassinato. Travesti que tá na rua é vítima de transfobia, porque é como se fosse um escudo - de toda essa coisa gay, de diversidade sexual, é ele que tá ali, à mostra. Então é um esporte matar viado, aí mata, dá tiro (...)"
(Cláudia Wonder, em entrevista à revista Trip)

Morte

Claudia Wonder faleceu na sexta-feira, 26/11/2010, aos 55 anos. Ela estava internada em um hospital desde o fim de outubro de 2010 e faleceu vítima de uma infecção causada pelo fungo Cryptococcus neoformans, encontrado principalmente nas fezes de pombos.

Carreira

Filmografia
  • 2010 - Luz Nas Trevas - A Volta Do Bandido Da Luz Vermelha
  • 2009 - Meu Amigo Claudia (Documentário)
  • 2007 - Identidade (Documentário)
  • 2007 - Espeto
  • 2006 - Um Quatro Cinco, Disque Amizade
  • 2003 - Cláudia Wonder International Show
  • 2003 - Carandiru
  • 2000 - A Cama Do Tesão
  • 1995 - A Próxima Vítima
  • 1985 - Sexo Livre
  • 1984 - Sexo Dos Anormais
  • 1984 - Volúpia De Mulher
  • 1983 - Elas Só Transam No Disco
  • 1977 - A Mulata Que Queria Pecar
  • 1976 - O Mulherengo
  • 1974 - O Marginal

Teatro
  • As Gigoletes
  • O Que É Que A Boneca Tem?
  • As Gigolettes II
  • Depois Eu Conto
  • Nossa Senhora Das Flores
  • O Homem E O Cavalo
  • Acordes de Brecht
  • Erótica, Tudo Pelo Sensual
  • Mostra De Dramaturgia Do Pensamento Selvagem
  • Mostra De Dramaturgia Do Pensamento Selvagem II
  • Lês Grils 77

Participações Em Videoclipes
  • Trilogia Disco, do cantor Edson Cordeiro;
  • Memórias, da roqueira Pitty;
  • Eu Mesmo, da banda de rock Radikalez
  • Mina de Família, do grupo de funk Fulerô o Esquema

Fonte: Wikipédia
Indicação: Yuri S.
#famososquepartiram #claudiawonder

Nise da Silveira

NISE DA SILVEIRA
(94 anos)
Psiquiatra

* Maceió, AL (15/02/1905)
+ Rio de Janeiro, RJ (30/10/1999)

Foi uma renomada médica psiquiatra brasileira, aluna de Carl Jung.

Dedicou sua vida à psiquiatria e manifestou-se radicalmente contrária às formas agressivas de tratamento de sua época, tais como o confinamento em hospitais psiquiátricos, Eletrochoque, Insulinoterapia e Lobotomia.

Formação

Sua formação básica realiza-se em um colégio de freiras, na época, exclusivo para meninas, o Colégio Santíssimo Sacramento, localizado em Maceió, AL. Seu pai foi jornalista e diretor do "Jornal de Alagoas".

De 1921 a 1926 cursa a Faculdade de Medicina da Bahia, onde formou-se como a única mulher entre os 157 homens desta turma. Está entre as primeiras mulheres no Brasil a se formar em Medicina. Casa-se nesta época com o sanitarista Mário Magalhães da Silveira, seu colega de turma na faculdade, com quem vive até seu falecimento em 1986. Em seu trabalho ele aponta as relações entre pobreza, desigualdade, promoção da saúde e prevenção da doença no Brasil.

Em 1927, após o falecimento de seu pai, ambos mudam-se para o Rio de Janeiro, onde engajou-se nos meio artístico e literário.

Em 1933 estagia na clínica neurológica de Antônio Austregésilo.

Aprovada aos 27 anos num concurso para psiquiatra, em 1933 começou a trabalhar no Serviço de Assistência a Psicopatas e Profilaxia Mental do Hospital da Praia Vermelha.

Prisão

Durante a Intentona Comunista foi denunciada por uma enfermeira pela posse de livros marxistas. A denúncia levou à sua prisão em 1936 no presídio da Frei Caneca por 18 meses.

Neste presídio também se encontrava preso Graciliano Ramos, assim ela tornou-se uma das personagens de seu livro Memórias do Cárcere.

De 1936 a 1944 permanece com seu marido na semi-clandestinidade, afastada do serviço público por razões políticas. Durante seu afastamento faz uma profunda leitura reflexiva das obras de Spinoza, material publicado em seu livro Cartas a Spinoza em 1995.

Centro Psiquiátrico do Engenho de Dentro

Em 1944 é reintegrada ao serviço público e inicia seu trabalho no "Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II", no Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, onde retoma sua luta contra as técnicas psiquiátricas que considera agressivas aos pacientes.

Por sua discordância com os métodos adotados nas enfermarias, recusando-se a aplicar eletrochoques em pacientes, Nise da Silveira é transferida para o trabalho com terapia ocupacional, atividade então menosprezada pelos médicos. Assim em 1946 funda nesta instituição a "Seção de Terapêutica Ocupacional".

No lugar das tradicionais tarefas de limpeza e manutenção que os pacientes exerciam sob o título de terapia ocupacional, ela cria ateliês de pintura e modelagem com a intenção de possibilitar aos doentes reatar seus vínculos com a realidade através da expressão simbólica e da criatividade, revolucionando a Psiquiatria então praticada no país.

O Museu de Imagens do Inconsciente

Em 1952, ela funda o Museu de Imagens do Inconsciente, no Rio de Janeiro, um centro de estudo e pesquisa destinado à preservação dos trabalhos produzidos nos estúdios de modelagem e pintura que criou na instituição, valorizando-os como documentos que abrem novas possibilidades para uma compreensão mais profunda do universo interior do esquizofrênico.

Entre outros artistas-pacientes que criaram obras incorporadas na coleção desta instituição podemos citar: Adelina Gomes; Carlos Pertuis; Emygdio de Barros, e Octávio Inácio.

Este valioso acervo alimentou a escrita de seu livro "Imagens do Inconsciente", filmes e exposições, participando de exposições significativas, como a "Mostra Brasil 500 Anos".

Entre 1983 e 1985 o cineasta Leon Hirszman realizou o filme "Imagens do Inconsciente", trilogia mostrando obras realizadas pelos internos a partir de um roteiro criado por Nise da Silveira.

A Casa das Palmeiras

Poucos anos depois da fundação do museu, em 1956, Nise desenvolve outro projeto também revolucionário para sua época: cria a "Casa das Palmeiras", uma clínica voltada à reabilitação de antigos pacientes de instituições psiquiátricas.

Neste local podem diariamente expressar sua criatividade, sendo tratados como pacientes externos numa etapa intermediária entre a rotina hospitalar e sua reintegração à vida em sociedade.

O Auxílio dos Animais aos Pacientes

Foi uma pioneira na pesquisa das relações emocionais entre pacientes e animais, que costumava chamar de co-terapeutas.

Percebeu esta possibilidade de tratamento ao observar como um paciente a quem delegara os cuidados de uma cadela abandonada no hospital melhorou tendo a responsabilidade de tratar deste animal como um ponto de referência afetiva estável em sua vida.

Ela expõe parte deste processo em seu livro "Gatos, a Emoção de Lidar", publicado em 1998.

Pioneira da Psicologia Junguiana no Brasil

Através do conjunto de seu trabalho, Nise da Silveira introduziu e divulgou no Brasil a Psicologia Junguiana.

Interessada em seu estudo sobre os mandalas, tema recorrente nas pinturas de seus pacientes, ela escreveu em 1954 a Carl Gustav Jung, iniciando uma proveitosa troca de correspondência.

Jung a estimulou a apresentar uma mostra das obras de seus pacientes que recebeu o nome "A Arte e a Esquizofrenia", ocupando cinco salas no "II Congresso Internacional de Psiquiatria", realizado em 1957, em Zurique. Ao visitar com ela a exposição, a orientou a estudar mitologia como uma chave para a compreensão dos trabalhos criados pelos internos.

Nise da Silveira estudou no "Instituto Carl Gustav Jung" em dois períodos: de 1957 a 1958; e de 1961 a 1962. Lá recebeu supervisão em psicanálise da assistente de Jung, Marie-Louise von Franz.

Retornando ao Brasil após seu primeiro período de estudos jungianos, formou em sua residência o "Grupo de Estudos Carl Jung", que presidiu até 1968.

Escreveu, dentre outros, o livro "Jung: Vida e Obra", publicado em primeira edição em 1968.

Reconhecimento Internacional

Foi membro fundadora da Sociedade Internacional de Expressão Psicopatológica ("Societé Internationale de Psychopathologie de l'Expression"), sediada em Paris.

Sua pesquisa em terapia ocupacional e o entendimento do processo psiquiátrico através das imagens do inconsciente deram origem a diversas exibições, filmes, documentários, audiovisuais, cursos, simpósios, publicações e conferências.

Em reconhecimento a seu trabalho, Nise foi agraciada com diversas condecorações, títulos e prêmios em diferentes áreas do conhecimento, entre outras:

- "Ordem do Rio Branco" no Grau de Oficial, pelo Ministério das Relações Exteriores (1987)

- "Prêmio Personalidade do Ano de 1992", da Associação Brasileira de Críticos de Arte

- "Medalha Chico Mendes", do grupo Tortura Nunca Mais (1993)

- "Ordem Nacional do Mérito Educativo", pelo Ministério da Educação e do Desporto (1993)

Seu trabalho e idéias inspiraram a criação de museus, centros culturais e instituições terapêuticas similares às que criou em diversos estados do Brasil e no exterior, por exemplo:

- "Museu Bispo do Rosário", da Colônia Juliano Moreira (Rio de Janeiro)

- "Centro de Estudos Nise da Silveira" (Juiz de Fora, Minas Gerais)

- "Espaço Nise da Silveira" do Núcleo de Atenção Psico-Social (Recife)

- "Núcleo de Atividades Expressivas Nise da Silveira", do Hospital Psiquiátrico São Pedro (Porto Alegre, Rio Grande do Sul)

- "Associação de Convivência Estudo e Pesquisa Nise da Silveira" (Salvador, Bahia)

- "Centro de Estudos Imagens do Inconsciente", da Universidade do Porto (Portugal)

- "Association Nise da Silveira - Images de L'Inconscient" (Paris, França)

- "Museo Attivo delle Forme Inconsapevoli" (Genova, Itália)

O antigo "Centro Psiquiátrico Nacional" do Rio de Janeiro recebeu um sua homenagem o nome de "Instituto Municipal Nise da Silveira".

Morte

Nise da Silveira, morreu em 30 de outubro de 1999 aos 94 anos, às 14h55m, no Hospital Miguel Couto, onde estava internada desde fim de agosto com complicações respiratórias.

Fonte: Wikipédia

Washington

WASHINGTON LUIZ DE PAULA
(57 anos)
Jogador de Futebol

* Bauru, SP (23/01/1953)
+ Bauru, SP (15/02/2010)

Washington foi revelado na década de 1960, ao disputar o Torneio de Cannes, na França, pela Seleção Brasileira Juvenil, e dali ficou conhecido como "O Novo Pelé". Apelido que mais tarde lhe atrapalharia, devido as várias cobranças e comparações que sofreriria ao longo de sua carreira.

Atuou no Noroeste , Guarani, Corinthians, Goiás, Marcílio Dias, Ferroviária, Vitória e Rio Branco (MG).

Também defendeu a Seleção Olímpica do Brasil nos Jogos Olímpicos de Verão de 1972, em Munique.

Pressionado a escolher entre uma das duas seleções, acabou optando pela Olímpica. Mas em Munique, os brasileiros não passaram da primeira fase. A partir daí, nunca mais foi convocado para a seleção principal.

Washington tem um filho Everton Luiz de Paulo, que também atua profissionalmente, só que, diferentemente do pai, é defensor.

Até a data do seu falecimento, o ex-jogador desempenhava a função de organizador de futebol da Associação Luso Brasileira de Bauru (ALBB).

Após uma semana internado acometido de insuficiência renal, em 15 de Fevereiro de 2010 falece no Hospital de Base em Bauru, no interior de São Paulo.

Fonte: Wikipédia

Milton Moraes

MANOELITO SOARES MORAES
(62 anos)
Ator

* Fortaleza, CE (04/09/1930)
+ Rio de Janeiro, RJ (15/02/1993)

Milton Moraes iniciou a carreira no circo, ainda em sua cidade natal, e mudou-se para o Rio de Janeiro aos 19 anos.

Sua estréia foi em 1947 com a montagem teatral "Rua Nova". Em 1957, junto ao Teatro Nacional de Comédia, protagonizou a bem sucedida montagem "Pedro Mico". Entre as mais de 100 peças em que atuou, destacam-se "Festival de Ladrões" (1979), "O Canto da Cotovia", "Casa de Chá do Luar de Agosto", "A Venerável Madame Goneau", "Um Edifício Chamado 200", entre outras.

Atuando em cinema desde os anos 50, o ator conta com cerca de 30 longas em sua carreira. Nos anos 60 participou de "Assassinato em Copacabana" (1962), "A Montanha dos Sete Ecos" (1963) , "Presidente dos Valentes" (1963), "Nudismo à Força" (1966) e "Mineirinho, Vivo ou Morto" (1967).


Seguiram-se "O Barão Otelo no Barato dos Bilhões" (1971), "Os Devassos" (1971), "Um Marido Contagiante" (1977), "Os Homens Que Eu Tive" (1973), "O Homem de Papel" (1976), "Bonitinha Mas Ordinária" (1981), "Beijo na Boca" (1982), entre outros.

"Os Trapalhões e o Rei do Futebol" (1986), foi seu último trabalho no cinema.

Na TV, o ator participou dos tele-teatros da Rede Tupi e popularizou-se em novelas produzidas pela Rede Globo. Seu papel principal foi em "O Espigão", onde interpretou o visionário Lauro Fontana, em 1974. Estreou na TV Globo onde participou também das novelas "Bandeira 2" (1971), "O Bofe" (1972), "Cavalo de Aço" (1973), "Escalada" (1975), "Saramandaia" (1976),  "Espelho Mágico" (1977), "Dancin' Days" (1978), "Cabocla" (1979), "Água Viva" (1980), "O Homem Proibido" (1982),  "Louco Amor" (1983)  e "De Quina Pra Lua" (1985).

Seu último desempenho foi em 1990, como o Vicente, da novela "Meu Bem, Meu Mal".

Seus personagens foram sempre marcados por um estilo descontraído e malandro.

Milton Moraes faleceu aos 62 anos, em 15/02/1993.

Foi casado com as atrizes Glauce Rocha, Norma Blum, Mara Regina e Carlota Pauline.


Cinema


  • 1986 - Os Trapalhões e o Rei do Futebol ... Dr. Barros Barreto
  • 1984 - Aguenta, Coração
  • 1983 - O Trapalhão na Arca de Noé ... Morel
  • 1982 - Beijo na Boca ... Pai de Celeste
  • 1982 - Pra Frente, Brasil ... Policial
  • 1981 - O Sequestro ... Argola
  • 1981 - Bonitinha Mas Ordinária ou Otto Lara Rezende ... Peixoto
  • 1980 - Os Paspalhões em Pinóquio 2000
  • 1979 - A República dos Assassinos
  • 1978 - O Amante de Minha Mulher
  • 1977 - Barra Pesada ... Florindo
  • 1977 - Um Marido Contagiante ... Mário
  • 1976 - O Homem de Papel ... Carlos
  • 1976 - Ninguém Segura Essas Mulheres ... Gil
  • 1973 - Um Edifício Chamado 200 ... Gamela
  • 1973 - Os Homens que Eu Tive ... Torres
  • 1973 - Sagarana, o Duelo
  • 1971 - Os Devassos
  • 1971 - O Barão Otelo no Barato dos Bilhões ... Alquimista
  • 1970 - Os Senhores da Terra
  • 1970 - É Simonal
  • 1969 - A Um Pulo da Morte
  • 1968 - Maria Bonita, Rainha do Cangaço ... Lampião
  • 1967 - Perpétuo contra o Esquadrão da Morte ... Perpétuo
  • 1967 - Mineirinho Vivo ou Morto ... Arubinha
  • 1966 - Nudista à Força
  • 1963 - A Montanha dos Sete Ecos
  • 1963 - Gimba, Presidente dos Valentes
  • 1962 - Assassinato em Copacabana ... Pascoal
  • 1956 - A Estrada



Teatro


  • Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues
  • O Berço do Herói, de Dias Gomes
  • Um Edifício Chamado 200, de Paulo Pontes



Televisão


  • 1991 - O Dono do Mundo ... Lopes Resende
  • 1990 - Rainha da Sucata ... Vicente
  • 1988 - Abolição ... Coronel Hipólito Macedo Tavares
  • 1986 - Anos Dourados ... Cláudio
  • 1985 - De Quina Pra Lua ... José João Batista
  • 1985 - A Gata Comeu (Participação Especial)
  • 1984 - Amor Com Amor Se Paga ... Barreto
  • 1983 - Louco Amor ... Sérgio
  • 1982 - Final Feliz ... Alaor
  • 1982 - O Homem Proibido ... Getúlio
  • 1982 - Caso Verdade
  • 1981 - O Amor é Nosso ... Roberto
  • 1980 - Plumas e Paetês (Participação Especial)
  • 1980 - Coração Alado ... Ângelo
  • 1980 - Marina ... Mário
  • 1980 - Água Viva ... Sérgio
  • 1979 - Cabocla ... Joaquim
  • 1979 - Feijão Maravilha
  • 1978 - Dancin' Days ... Jofre
  • 1977 - Espelho Mágico ... Vicente Drummond
  • 1976 - Duas Vidas ... Alexandre
  • 1976 - Saramandaia ... Carlito Prata
  • 1975 - Escalada ... Armando
  • 1974 - O Espigão ... Lauro Fontana
  • 1973 - Cavalo de Aço ... Carlito
  • 1972 - O Bofe ... Sérgio Marreta
  • 1971 - Bandeira 2 ... Quidoca
  • 1969 - Enquanto Houver Estrelas ... Gílson
  • 1969 - O Retrato de Laura ... Júlio
  • 1965 - 22-2000 Cidade Aberta



Curiosidade

Em seu primeiro trabalho no teatro, deveria subir ao palco com sapatos de verniz, comprados com dinheiro adiantado pela produção. Apaixonado pelos cavalos, perdeu tudo nas corridas e precisou entrar em cena com um par de galochas, o que lhe valeu por muito tempo o apelido de "Milton Galocha". Depois, acabou tornando-se proprietário de mais de 20 cavalos no Jockey Club do Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia