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Newton Cruz

NEWTON ARAÚJO DE OLIVEIRA E CRUZ
(97 anos)
Militar

☼ Rio de Janeiro, RJ (24/10/1924)
┼ Rio de Janeiro, RJ (15/04/2022)

Newton Araújo de Oliveira e Cruz foi um general de divisão reformado do Exército Brasileiro, notado por sua participação nos serviços de repressão da Ditadura Militar no Brasil entre 1964 e 1985, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 30/10/1924.

Filho de Sebastião Claudino de Oliveira e Cruz, sentou praça em março de 1941, oriundo da arma de artilharia, sendo declarado aspirante-a-oficial em janeiro de 1944. Em abril do mesmo ano, foi promovido a segundo-tenente e a primeiro-tenente em junho do ano seguinte.

Em março de 1946 iniciou curso na Escola de Artilharia da Costa (EAC). Após concluí-lo, em junho de 1947 foi nomeado auxiliar de instrutor da Escola de Artilharia da Costa (EAC).

Em janeiro de 1949, foi promovido a capitão e nomeado instrutor desta mesma escola.

Entre janeiro e dezembro de 1951, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO). Em seguida, comandou o Forte Tamandaré até fevereiro de 1954, quando iniciou curso na Escola de Estado-Maior, encerrando-o em dezembro de 1956.

Em julho de 1958, foi designado para o I Exército, guarnição da Capital Federal, como comandante da 1ª Seção.

Em fevereiro de 1960, foi nomeado instrutor da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO), onde permaneceu até fevereiro de 1962, quando foi exonerado para assumir o comando da 3ª Seção do I Exército.

Em março de 1963, foi nomeado instrutor da Escola e Comando do Estado-Maior do Exército (ECEME), e em agosto promovido a tenente-coronel. Permaneceu um ano como instrutor da Escola e Comando do Estado-Maior do Exército (ECEME), sendo exonerado em março de 1964, por ter sido nomeado para servir no Conselho de Segurança Nacional (CSN), como adjunto do Serviço Federal de Informação e Contra-Informação. Em setembro foi dispensado desse órgão e designado para adjunto do Serviço Nacional de Informações (SNI).


Após deixar o Serviço Nacional de Informações (SNI) em maio de 1967, ficou à disposição do Estado-Maior do Exército (EME). Em dezembro recebeu a patente de coronel.

Em março de 1968, foi matriculado no curso de Estado-Maior e Comando das Forças Armadas da Escola Superior de Guerra (ESG), terminando-o em dezembro do mesmo ano.

Em janeiro de 1969, foi nomeado comandante do Regimento Floriano (1º RO-105), na Vila Militar, no Estado da Guanabara.

Adido das forças armadas junto à embaixada do Brasil na Bolívia de novembro de 1970 a fevereiro de 1973, foi então nomeado diretor de Assuntos Especiais, Educação Física e Desportos. Permaneceu como chefe desse gabinete até março de 1974, quando novamente ficou lotado no Serviço Nacional de Informações (SNI).

Em fevereiro de 1975, foi nomeado chefe do gabinete desse órgão. Promovido a general-de-brigada em abril de 1976, foi nomeado comandante da Artilharia Divisionária - 4ª DE, Pouso Alegre (MG). Deixou o regimento de cavalaria que comandava em Minas Gerais em setembro de 1977, sendo nomeado para exercer o cargo de chefe da Agência Central do Serviço Nacional de Informações (SNI).

Em 1981 recebeu a patente de general-de-divisão.

Em 1983, Newton Cruz viu-se envolvido no rumoroso caso do assassinato do jornalista Alexandre von Baumgarten, ex-diretor da extinta revista O Cruzeiro. O chamado Caso Baumgarten teve início na madrugada do dia 13/10/1982, quando o jornalista e sua mulher, Jeannete Hansen, foram sequestrados, por volta das 4h00, no cais de embarque da praça XV de Novembro, no Rio de Janeiro, onde foram obrigados a entrar numa traineira, de propriedade de Manuel Augusto Pires, e levados para local ignorado.

No dia 15/10/1982, o barqueiro foi executado em Teresópolis, RJ, e a mulher de Alexandre von Baumgarten foi morta dias depois. O corpo do jornalista apareceu semanas depois numa praia do Recreio dos Bandeirantes, RJ, com marcas de tiros, embora o laudo do Instituto Médico Legal (IML) tenha informado que a morte fora causada por afogamento.


Em janeiro de 1983, a revista Veja publicou um dossiê preparado por Alexandre von Baumgarten, no qual este acusava Newton Cruz de ser o principal interessado em sua morte, após o fracasso das negociações entre O Cruzeiro e o Serviço Nacional de Informações (SNI), que repassara uma verba secreta para a revista com o objetivo de promover a imagem do Governo. No dossiê, o jornalista revelava ter estado com Newton Cruz para obter verbas para a revista, da qual era diretor. Ele dizia nas primeiras linhas:
"A esta altura já deve ter sido decidida minha eliminação. A minha dúvida é se foi pelo chefe da Agência Central do SNI (Newton Cruz) ou pelo titular (Otávio Medeiros)."
(Alexandre von Baumgarten)

Em agosto de 1983, Newton Cruz deixou a chefia da Agência Central do Serviço Nacional de Informações (SNI) e nesse mesmo mês, assumiu o Comando Militar do Planalto (CMP) e a 11ª Região Militar, em substituição ao general-de-exército Adhemar da Costa Machado.

Durante o tempo em que Newton Cruz exerceu esse cargo, em duas ocasiões Brasília foi submetida a medidas de emergência: Entre outubro e dezembro de 1983, quando o Governo militarizou a Capital Federal sob o argumento de que era necessário dar segurança ao Congresso Nacional durante a votação da nova lei salarial, e em abril de 1984, quando os congressistas votaram a emenda Dante de Oliveira, que propunha a realização de eleições diretas em novembro daquele ano.

Diversos incidentes ocorreram enquanto o Comando Militar do Planalto (CMP) esteve sob sua responsabilidade. No dia 24/10/1983, por determinação sua, a polícia do Distrito Federal teria interditado e invadido a sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF), apreendendo algumas fitas e papéis a pretexto de que ali seria realizada uma manifestação contrária ao regime militar. Mais tarde, essa informação seria desmentida pelo próprio Newton Cruz. Em 17/12/1983, as medidas deixaram de vigorar, mas no mesmo dia aconteceu um segundo incidente, envolvendo Newton Cruz e o repórter de rádio Honório Dantas. Durante uma entrevista coletiva sobre o fim das medidas de emergência, Newton Cruz irritou-se com as perguntas do jornalista e mandou-o desligar o gravador. O repórter obedeceu, mas retirou-se do recinto, comentando, em voz baixa, sobre o empurrão que havia levado do general. Ao ouvir os comentários, Newton Cruz, chamou o repórter de moleque e obrigou-o a pedir desculpas, torcendo-lhe o braço. Já em abril de 1984, quando da votação da emenda Dante de Oliveira, novamente como executor das medidas de emergência, o general Newton Cruz, irritado por estar sendo fotografado durante um atrito com estudantes, sacou o revólver e encostou-o na barriga de um fotógrafo.

Esses acontecimentos, principalmente a ordem de interdição da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF), deixaram os militares insatisfeitos com Newton Cruz. Os ministros do Exército, general Valter Pires, da Aeronáutica, brigadeiro Délio Jardim de Mattos, e da Marinha, almirante Maximiano Eduardo da Silva Fonseca, pediram ao presidente da República, general João Batista Figueiredo, a substituição do general na função de executor das medidas de emergência.

Newton Cruz  e Ivan de Souza Mendes
Em novembro de 1984, Newton Cruz foi exonerado do Comando Militar do Planalto (CMP), sendo substituído pelo general Mário Orlando Sampaio Ribeiro, e nomeado vice-chefe do Departamento Geral do Pessoal (DGP), cargo que o afastou do comando de tropa e também da privilegiada condição de participante das reuniões do alto comando do Exército.

Em março de 1985, o ministro do Exército general Leônidas Pires Gonçalves entregou ao presidente José Sarney - vice-presidente em exercício e primeiro civil a exercer a chefia do Executivo Federal desde abril de 1964 -, a lista votada pelo alto comando do Exército que continha o nome de sete generais-de-divisão, candidatos às três vagas de general-de-exército existentes. Newton Cruz deveria ser o quinto dessa lista, mas seu nome foi excluído em votação unânime. No mesmo mês, Newton Cruz deu entrada no pedido de transferência para a reserva. Decidido a ingressar na vida política, em maio de 1985 filiou-se ao Partido Democrático Social (PDS), agremiação governista.

Em agosto de 1986, o promotor Murilo Bernardes Miguel entrou com denúncia contra Newton Cruz, acusando-o de ter participado do assassinato do jornalista Alexandre von Baumgarten, de sua mulher e do barqueiro Manuel Pires e encaminhou ao juiz Carlos Augusto Lopes Filho o requerimento para que a Secretaria de Polícia Civil do Rio de Janeiro prosseguisse as investigações sobre o caso.

O caso teve como principal testemunha o bailarino Cláudio Verner Polila, que garantiu ter visto Newton Cruz na praça XV de Novembro, na madrugada do sequestro. Em setembro, os advogados de Newton Cruz entraram com um pedido de habeas-corpus, visando obter o trancamento da ação penal, cuja denúncia, segundo o criminalista Clóvis Saione, estava fundamentada unicamente no depoimento de uma testemunha considerada incapaz. Segundo o advogado, Cláudio Verner Polila tinha problemas mentais. Os desembargadores da 4ª Câmara votaram contra o habeas-corpus, acatando o parecer do procurador Rafael Carneiro, que afirmara que a denúncia estava bastante detalhada e fundamentada e que o depoimento de Cláudio Verner Polila tinha sido válido, pois não existia nenhum laudo sobre sua sanidade mental no processo.

No pleito de novembro de 1986, Newton Cruz candidatou-se a uma cadeira de deputado federal constituinte pelo Rio de Janeiro, pelo Partido Democrático Social (PDS), não logrando êxito.

Em dezembro de 1987, o juiz Carlos Augusto Lopes Filho apresentou a sentença de pronúncia do Caso Baumgarten, o que levou os acusados - o general Newton Cruz e o agente do Serviço Nacional de Informações (SNI) Mozart Belo e Silva - a julgamento pelo Tribunal do Júri, por homicídio, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver do jornalista Alexandre von Baumgarten, de sua mulher e do barqueiro. Os advogados dos acusados alegaram que o Tribunal do Júri era incompetente para julgar o caso, e que o processo deveria ser remetido para a Justiça Militar. Essa tese não foi aceita pelo juiz, que declarou terem os delitos ocorrido a partir de divergências surgidas em operações comerciais, de natureza civil, e não em missão militar. Embora os acusados fossem militares, isto não lhes outorgava o direito de serem julgados pela Justiça Militar.


Em maio de 1990, o ministro do Exército general Carlos Tinoco Ribeiro Gomes puniu com dez dias de prisão Newton Cruz, e com uma advertência o general, também da reserva, Euclides Figueiredo, em virtude de declarações à imprensa contra o presidente Fernando Collor de Melo. Newton Cruz declarou que "um estadista que só tivesse uma bala na agulha deveria usá-la na cabeça!". Esta foi a segunda vez que o general ocupou as celas do Comando Militar do Planalto (CMP), pois no ano anterior passou três dias preso no mesmo local, por ter ofendido o então ministro do Exército, general Leônidas Pires Gonçalves.

Em julho de 1992, depois de 30 horas de julgamento, os jurados do I Tribunal do Júri absolveram, por sete votos a zero, Newton Cruz e Mozart Belo e Silva, da acusação de terem matado o jornalista Alexandre von Baumgarten, sua mulher e o barqueiro.

Por longo tempo, Newton Cruz foi relacionado ao atentado a bomba do Riocentro, ocorrido em 30/04/1981. Sobre esse atentado, Newton Cruz afirmou que o grupo de militares envolvidos atuou de modo independente com o objetivo de soltar a bomba nas imediações do evento, e que o atentado não teve a intenção de matar ninguém, teria sido apenas um ato de presença.

Em entrevista para o canal de televisão por assinatura Globo News, Newton Cruz disse que impediu um outro atentado, planejado na sequência do Atentado do Riocentro, extrapolando as funções de seu cargo.

Em maio de 2014, Newton Cruz foi denunciado, juntamente com quatro oficiais da reserva do Exército e outros dois réus, por crimes no atentado a bomba no Riocentro, em 1981. Contudo, em julho de 2014 recebeu habeas corpus emitido pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região, por este ter considerado que o crime já estaria prescrito.

Newton Cruz voltou a se candidatar no pleito de outubro de 1994, dessa feita ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, na legenda do Partido Social Democrático (PSD), em coligação com o Partido Progressista Reformador (PPR), agremiação resultante da fusão do Partido Democrático Social (PDS) com o Partido Democrata Cristão (PDC) em abril de 1993.

Sua candidatura provocou resistências no Partido Progressista Reformador (PPR), destacando-se a dos deputados federais Sandra Cavalcanti e Amaral Netto. O general, que contou com o apoio do ex-presidente João Baptista Figueiredo, anunciou durante a campanha que uma de suas principais metas seria o de acabar com os bandidos do Rio de Janeiro em apenas três meses. Para isso, contaria com a ajuda do Exército e criaria o Serviço Estadual de Informações.


Em setembro, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) suspendeu o programa de Newton Cruz na televisão, por utilização de recursos proibidos na veiculação do boneco de duas cabeças "Garocelo", que se referia aos candidatos Anthony Garotinho, do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e Marcelo Alencar, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). No pleito de outubro, Newton Cruz ficou em terceiro lugar, atrás do vencedor Marcelo Alencar e de Anthony Garotinho.

Em março de 1995, Newton Cruz, que chegou a declarar que abandonaria a vida pública, resolveu disputar a prefeitura do Rio de Janeiro no pleito de outubro do ano seguinte.

Em junho de 1996, Cláudio Verner Polila foi encontrado morto com três tiros e com o rosto desfigurado, em Caxias, RJ. A família do bailarino declarou que ele sofreu vários atentados e que dizia sempre que eram a mando do general Newton Cruz.

Newton Cruz ameaçou processar a irmã do bailarino, Cleide Verner, por danos morais. Apesar de ter citado suas suspeitas em relação ao general, Cleide Verner preferiu não inseri-las em seu depoimento à polícia.

No mês seguinte, após quase um ano de campanha, Newton Cruz teve sua candidatura retirada pelo Partido Social Democrático (PSD), que decidiu apoiar o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). O presidente regional do Partido Social Democrático (PSD), Ademar Furtado, alegou que o general não tinha chances de ganhar e que por ser um partido com forte poder de barganha junto ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), poderia transferir os votos do general para o candidato Sérgio Cabral Filho. Após ser comunicado da decisão do partido através de carta, o general disse que apoiaria o candidato do Partido da Frente Liberal (PFL), Luís Paulo Conde.

Em fevereiro de 1997, em uma cerimônia que contou com a presença de deputados, vereadores e do ministro da Indústria e Comércio Francisco Dornelles, o general Newton Cruz assinou a ficha de filiação ao Partido Progressista Brasileiro (PPB), agremiação resultante da fusão do Partido Progressista Reformador (PPR) com o Partido Progressista (PP) em agosto de 1995. Por esta legenda, Newton Cruz se candidatou à Câmara dos Deputados em outubro de 1998, mas novamente não obteve êxito.

Newton Cruz disse em entrevista que em 1985, o então candidato indireto à presidência do Brasil, Paulo Maluf, foi a sua casa para uma conversa. Começou falando que o certo era impedir a posse de Tancredo Neves e pediu efetivamente a morte de seu adversário político, imaginando que fosse um assassino. Paulo Maluf negou, e processou Newton Cruz.

Newton Cruz foi casado com com Leni da Costa Raimundo, com quem teve quatro filhos.

Morte

Newton Cruz faleceu na sexta-feira, 15/04/2022, aos 97 anos, de causas naturais, no Hospital Central do Exército, em Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro, RJ, onde estava internado.

#FamososQuePartiram #NewtonCruz

Oscarino Varjão

OSCARINO FARIAS VARJÃO
(80 anos)
Ventríloquo

☼ Paraná do Xiborena Rio Solimões, AM (15/05/1937)
┼ Manaus, AM (15/04/2018)

Oscarino Farias Varjão, mais conhecido pelo seu nome artístico Oscarino Varjão, foi um ventríloquo nascido no Rio Solimões, AM, no dia 15/05/1937. Com mais de 60 anos de carreira ficou conhecido nacionalmente pelo seu personagem Peteleco.

Oscarino nasceu na comunidade Paraná do Xiborena, no Rio Solimões, atualmente um dos distritos de Iranduba, no Amazonas. De origem muito simples, sua família mudou-se para Manaus em meados da década de 50. Oscarino foi engraxate na Rua Marquês de Santa Cruz, no Centro de Manaus, e ajudava a mãe, Iracema Barbosa, na venda de tapiocas no Mercado Municipal, quando confeccionou um boneco, o qual batizou de Chiquinho, em 1953, seu primeiro personagem.

Em 1957, aos 20 anos de idade, criou o boneco Peteleco, na casa de sua sogra, como forma de superar as dificuldades financeiras. Desde então, Oscarino passou a realizar apresentações em escolas, programas de rádio e TV em várias localidades do país.

Reconhecido como um dos grandes mestres de sua arte, principalmente pela habilidade de se expressar sem mexer a boca, Oscarino chegou a conceder entrevista no "Programa do Jô", na TV Globo, no dia 14/11/2000.

Sua obra também lhe rendeu um documentário chamado "Oscarino & Peteleco".

Em 2016, seu personagem Peteleco foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial do Amazonas.

Personagens

Oscarino teve seu talento reconhecido por Américo Alvarez, artista amazonense conhecido como Vovô Branco, que pediu ao pintor Branco e Silva que lhe desse um boneco chamado Marinheiro, seu segundo personagem.

Depois, ele recebeu de um pernambucano um boneco chamado Charles e, por fim, confeccionou o seu maior sucesso, passando de geração a geração. O Peteleco é um boneco negro, que encantava de crianças a adultos. Com uma personalidade irreverente e olhar atento a tudo, Peteleco sempre respondia rápido às perguntas e às vezes grosseiro, se alguém pegasse no seu pé.

Batizado pelo seu pai, Oscar Lopes Varjão, Peteleco recebeu a cor negra em homenagem a ele, que era um homem negro e que sofria racismo. Dessa forma, o boneco também tornou-se um veículo de conscientização contra o racismo, a partir de histórias que ele viu o pai vivenciar.

O personagem ficou nacionalmente conhecido quando se apresentou no "Programa do Jô", porém, antes disso, apresentava-se mais restritamente na região Norte, onde era adorado pelas crianças por seu carisma, contando histórias, cantigas educativas e muitas paródias divertidas, deixando sempre a mensagem de que estudar é importante, assim como o respeito aos pais e aos mais velhos.

O corpo de Oscarino sendo velado e ao seu lado o boneco Peteleco, seu parceiro nos quase 60 anos de carreira.
Problemas de Saúde e Morte

A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas divulgou uma nota informando que artista era portador de diabetes, colelitíase, hipertensão arterial sistêmica, possuía sequela de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e asma.

Oscarino lutava contra um câncer e foi internado no dia 13/04/2018, onde esteve entubado na emergência do Hospital 28 de Agosto, mas não resistiu e morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória no domingo, dia 15/04/2018.

O velório de Oscarino aconteceu no salão nobre do Centro Cultural Palácio Rio Negro e seu corpo foi sepultado no Cemitério São João Batista, em Manaus, AM.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #OscarinoVarjao

Paulinho de Almeida

PAULO DE ALMEIDA RIBEIRO
(75 anos)
Jogador de Futebol e Técnico

* Porto Alegre, RS (15/04/1932)
+ São Paulo, SP (11/06/2007)

Paulinho era um lateral-direito técnico, com ótimo domínio de bola e forte na marcação. Começou no time amador do Partenon, nome de um bairro de Porto Alegre. Em 14 anos de carreira profissional, jogou em apenas dois clubes: o Internacional de Porto Alegre e o Vasco do Rio de Janeiro.

No Internacional, Paulinho ganhou o apelido de "Capitão Piranha", referência à sua liderança sobre os colegas de clube e também ao seus dentes saltados (ou porque comia muito rápido, segundo outras fontes). Em 1954 foi negociado com o Vasco por 800 mil cruzeiros, numa das maiores transações esportivas ocorridas no país, na época.

A partir do Vasco, chegou à Seleção Brasileira, pela qual disputou 9 partidas. Na Copa do Mundo de 1954, foi reserva de Djalma Santos. Deixou de ser convocado para a Copa de 1958 porque, no início daquele ano, quebrou uma perna num jogo contra o Flamengo pelo Torneio Rio-São Paulo.

Ao aposentar-se como jogador, em 1964, tornou-se treinador das categorias de base do Vasco, iniciando assim a carreira de técnico. Ficou famoso pela frase "jogador de futebol, conheço no arriar da mala". Em 1975, foi um dos fundadores da ABTF, Associação Brasileira de Treinadores de Futebol. Só no Campeonato Brasileiro, dirigiu 13 clubes diferentes em 15 temporadas.

Em três enquetes realizadas pela revista Placar, nos anos de 1982, 1994 e 2006, Paulinho foi considerado sempre o melhor lateral-direito da história do Internacional.

Carreira Como Jogador

Clubes:

1950-1954: Internacional
1954-1964: Vasco

Títulos:

Campeão Gaúcho (pelo Internacional): 1951, 1952, 1953.
Campeão da Copa O'Higgins (pela Seleção Brasileira): 1955.
Campeão da Copa Osvaldo Cruz (pela Seleção Brasileira): 1955.
Campeão Carioca (pelo Vasco): 1956, 1958.
Campeão da Copa Roca (pela Seleção Brasileira): 1957.
Campeão do Torneio Rio-São Paulo (pelo Vasco): 1958.

Faleceu após sofrer por alguns anos do Mal de Alzheimer.

Fonte: Wikipédia

Olavo Setúbal

OLAVO EGYDIO DE SOUSA ARANHA SETÚBAL
(85 anos)
Engenheiro, Industrial, Banqueiro e Político

* São Paulo, SP (15/04/1923)
+ São Paulo, SP (27/08/2008)

Foi prefeito da capital paulista, indicado pelo governador Paulo Egydio Martins. Filho do advogado, político, poeta e escritor Paulo Setúbal e de Francisca Egydio de Sousa Aranha, sendo descendente da viscondessa de Campinas, Maria Luzia de Sousa Aranha.

Formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, começou sua carreira empresarial ao fundar a Deca, uma indústria especializada em louças sanitárias. Depois foi responsável pelo crescimento e expansão do Banco Itaú, do qual era um dos maiores acionistas e presidente do conselho, além de presidente executivo da holding do grupo, a Itaúsa.

Entre 1975 e 1979, indicado pelo governador Paulo Egydio Martins, ocupou a prefeitura da cidade de São Paulo, ocasião na qual concluiu inúmeras obras, entre elas a abertura das avenidas Sumaré e Juscelino Kubitschek e a reforma da Praça da Sé, dando-lhe o atual formato. Buscou requalificar o centro de São Paulo com a implementação dos calçadões no centro velho e centro novo, além da desapropriação e restauração do Edifício Martinelli, onde até hoje estão instaladas algumas Secretarias Municipais. Também criou a EMURB, Empresa Municipal de Urbanização.

Apesar do apoio de Paulo Egydio e da significativa aprovação popular à sua administração, não conseguiu a indicação da ARENA para o governo do Estado em 1978, o que o levou a se desfiliar do partido. Com a reforma pluripartidária de 1980, fundou, ao lado de Tancredo Neves, o Partido Popular, reunindo setores moderados egressos da ARENA e do MDB. O partido, entretanto, teve vida curta, sendo logo incorporado pelo PMDB.

Em 1985, foi um dos principais financiadores da vitoriosa campanha de Jânio Quadros à prefeitura de São Paulo. Filiou-se ao PFL tentando ser indicado pela sigla para a corrida ao governo estadual em 1986, o que o levou até a se descompatibilizar do Ministério das Relações Exteriores. Entretanto, a falta de um acordo político fez com que o partido abdicasse de um nome próprio para a disputa. Com isso, Olavo Setúbal apoiou a candidatura derrotada do empresário Antônio Ermírio de Moraes (PTB).

Entre março de 1985 e fevereiro de 1986, durante o governo Sarney, foi ministro das Relações Exteriores. Havia sido indicado por Tancredo Neves.

Morreu aos 85 anos de Insuficiência Cardíaca. Ele estava internado no Hospital Sírio Libanês. O velório foi realizado no Centro Empresarial Itaúsa – Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha, 100 - Jabaquara, das 16 horas de quarta-feira às 10 horas de quinta-feira. O corpo foi cremado em cerimônia privativa para os familiares.

Fonte: Wikipédia e Estadão.com.br

Lady Laura

LAURA MOREIRA BRAGA
(95 anos)
Costureira

* Mimoso do Sul, ES (15/04/1915)
+ Rio de Janeiro, RJ (17/04/2010)

Também conhecida como Lady Laura, foi costureira. Ela era a mãe do cantor Roberto Carlos.


Nascida dia 15 de abril de 1915, em Mimoso, MG, Laura Moreira Braga era a filha caçula de onze irmãos. Ainda pequena, foi entregue por seus pais Ana Luiza (Vovó Don'Ana) e Joaquim Moreira, para ser criada por sua irmã mais velha Jovina.

Dindinha, como Jovina era conhecida, já era casada com o marceneiro Humberto Cristhofori quando recebeu Laura em sua casa. Com a chegada de Ester, filha de Jovina e Humberto, estava formada a família e todos se mudaram para a cidade de Iconha, no Espirito Santo. Lá chegando, ao procurarem uma casa para alugar, foram informados de que havia uma disponível de propriedade de Robertino Braga.

Robertino Braga nasceu em 27 de março de 1896. Na época, ele era um ourives e ganhava a vida viajando de cidade em cidade comprando e vendendo jóias. Possuía uma casa grande e espaçosa em Iconha, ES. Conheceu Humberto e alugou sua casa para a família Cristhofori. Como ele viajava muito, só precisaria mesmo de um quarto para quando passasse por Iconha.

Laura ainda menina era excelente aluna, uma criança dócil e amável. Com dom para costura aprendeu o ofício com Dindinha, que era uma costureira exemplar. Muito bonita e vaidosa, não custou a chamar a atenção de Robertino Braga que a cortejou. Namoraram e se casaram em meados de 1931.

Após o casamento o jovem casal se mudou para Cachoeiro de Itapemirim, ES, por sugestão de Anphilófio, irmão mais velho de Robertino Braga, que os ajudou a construir a casa onde seus quatro filhos nasceriam.

No ano seguinte a família aumentava com o nascimento do primogênito Lauro, em 07/03/1932. Depois mais um menino, Carlos Alberto, em 07/07/1933, seguido mais adiante pela única filha  Norma, nascida em 02/07/1935. Quando Roberto Carlos nasceu, 19/04/1941, o casal já não esperava por filhos, mas teve muito carinho com aquele caçula, que viria a se tornar o maior ídolo de todos os tempos no Brasil.


Laura tocava violão na adolescência. Foi ela que, em 1954, matriculou seu caçula, Roberto Carlos, no Conservatório de Música de Cachoeiro, onde o garoto aprendeu seus primeiros acordes musicais. Ela queria que ele fosse médico, mas ele com apenas 9 anos, já cantava nas rádios capixabas e decidiu ser cantor. Muito católica, Laura Moreira Braga era devota de Nossa Senhora de Fátima e também de São Judas Tadeu.

Em 17 de abril de 2010 Laura morreu aos 96 anos, devido a uma pneumonia, dois dias antes de seu filho Roberto Carlos completar 69 anos de idade. Apesar de ter se tornado conhecida no Brasil em virtude da canção "Lady Laura" e, a despeito do grande sucesso do filho, ela sempre teve uma vida muito discreta.

Fonte: Wikipédia e Blog Roberto Carlos Braga



Renata Fronzi

RENATA MIRRA ANA MARIA FRONZI LADEIRA
(82 anos)
Atriz

☼ Santa Fé, Argentina (01/08/1925)
┼ Rio de Janeiro, RJ (15/04/2008)

Renata Mirra Ana Maria Fronzi foi uma atriz nascida em Santa Fé, Argentina, no dia 01/08/1925. Filha de dois atores italianos radicados no Brasil, Cesare Fronzi e Iolanda VernatiRenata Fronzi começou sua carreira como bailarina no Teatro Municipal de São Paulo.

Começou sua carreira no teatro na cidade paulista de Santos, SP, onde a família havia se estabelecido. Fez diversas peças de teatro na companhia de teatro de Eva Todor, tornando-se conhecida vedete do teatro de revista ou rebolado e trabalhou com o lendário Walter Pinto.

No fim da década de 40, Renata Fronzi casou-se com o locutor de rádio César Ladeira.



Em 1946 estreou no filme "Fantasma por Acaso" e atuou em diversos títulos do cinema, tendo sido uma das estrelas da Atlântida Cinematográfica. Atuou também em filmes de Carlos Manga. Seu último filme foi "Coisa de Mulher", com Adriane Galisteu, produzido em 2005.

O auge de popularidade de sua carreira foi a personagem Helena, no célebre teleteatro de comédia intitulado "Família Trapo", na TV Record, Canal 7 de São Paulo, atual Rede Record, em que dividia o palco com Jô Soares, Ronald Golias, Otelo Zeloni, Cidinha Campos e Ricardo Corte Real.

Nos anos 80 voltaria a trabalhar com Ronald Golias, no programa do "Bronco" exibido pela TV Bandeirantes.

Na TV Globo, teve momentos marcantes nas novelas "Jogo da Vida" (1981) e "Corpo a Corpo" (1984). Sua última participação foi na temporada de 1996 da série "Malhação".

Morte

Renata Fronzi faleceu aos 82 anos vítima da síndrome de disfunção múltipla de órgãos, que foi provocada pela diabetes, em 15/04/2008, no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ela estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital desde 01/04/2008.

Renata Fronzi era viúva de César Ladeira e mãe de César Ladeira Filho e do músico Renato Ladeira.

Carreira

Televisão

  • 1956 - Teatrinho Trol ... Vários Personagens
  • 1966 - O Rei dos Ciganos ... Tânia
  • 1967 a 1971 - Família Trapo ... Helena
  • 1970 - Faça Humor, Não Faça Guerra ... Vários Personagens
  • 1971 - Minha Doce Namorada ... Marianita
  • 1973 - O Semideus ... Paloma Figueira
  • 1974 - Corrida do Ouro ... Suzana
  • 1978 - Pecado Rasgado ... Rachel
  • 1980 - Chega Mais ... Águida
  • 1980 - Dulcinéa Vai à Guerra ... Ludmila
  • 1981 - Jogo da Vida ... Aurélia Creonte
  • 1983 - Pão Pão, Beijo Beijo ... Loreta Cantarelli
  • 1984 - Transas e Caretas ... Sônia (Participação Especial)
  • 1984 - Corpo a Corpo ... Zoraide Motta
  • 1985 a 1989 - Bronco ... Helena Dinozzauro
  • 1990 - A História de Ana Raio e Zé Trovão ... Gióia (Participação Especial)
  • 1990 - Mico Preto ... Amelinha
  • 1994 - Memorial de Maria Moura ... Aldenora
  • 1996 - Malhação ... Dona Jasmin
  • 1997 - Malhação ... Jasmin
  • 1999 e 2000 - Zorra Total ... Vários Personagens

Cinema

  • 1946 - Fantasma por Acaso
  • 1955 - Carnaval em Lá Maior ... Lola (Participação Especial)
  • 1957 - Garotas e Samba
  • 1957 - De Pernas pro Ar
  • 1957 - Treze Cadeiras
  • 1958 - Pé na Tábua
  • 1958 - É de Chuá!
  • 1960 - Pistoleiro Bossa Nova
  • 1960 - Vai Que é Mole
  • 1960 - Marido de Mulher Boa
  • 1970 - Salário Mínimo
  • 1970 - Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva
  • 2001 - Copacabana
  • 2002 - Dead In The Water
  • 2005 - Coisa de Mulher


Fonte: Wikipédia