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Roberto Leal

ANTÓNIO JOAQUIM FERNANDES
(67 anos)
Cantor, Compositor, Ator e Apresentador de Rádio e Televisão

☼ Macedo de Cavaleiros, Portugal (27/11/1951)
┼ São Paulo, SP (15/09/2019)

Roberto Leal, nome artístico de António Joaquim Fernandes, foi um cantor, compositor e ator português radicado no Brasil. Era considerado embaixador da cultura portuguesa no Brasil. Ao longo da carreira de mais de 45 anos, vendeu milhões de discos e ganhou trinta discos de ouro, além de cinco de platina e quinhentos troféus.

Nascido em Macedo de Cavaleiros, no Distrito de Bragança, Portugal, emigrou para o Brasil aos onze anos de idade, em 1962, juntamente com os pais e nove irmãos, em cinco viagens. Na cidade de São Paulo, após trabalhar como sapateiro e comerciante de doces, iniciou a carreira de cantor de fados e músicas românticas.

Em 1971, obteve o seu primeiro grande sucesso com "Arrebita", conhecida pelo seu refrão "Ai cachopa, se tu queres ser bonita, arrebita, arrebita, arrebita!", após aparição no programa Discoteca do Chacrinha. Logo após, começou a ganhar grande popularidade se apresentando em diversos programas de auditório no Brasil.

Em 1978 participou do filme "Milagre - O Poder da Fé", que contou com participação especial de alguns nomes importantes como o apresentador Chacrinha, Elke Maravilha e a atriz Lolita Rodrigues. Lançado em 1979, o filme aborda a história de sua vida. Dirigido por Hércules Breseghelo, teve partes filmadas na cidade natal do cantor.


Além do repertório romântico-popular, seu trabalho também caracterizava-se por misturar ritmos lusitanos aos brasileiros, além de ter gravado em estilos tipicamente brasileiros como o forró. Quase todo seu repertório é composto de faixas de sua autoria e em parceria com a esposa Márcia Lúcia, com quem foi casado e tinha três filhos brasileiros, dentre eles o produtor musical Rodrigo Leal.

Além de cantor e compositor, Roberto Leal foi apresentador de programas na Rádio Capital de São Paulo na década de 1980, apresentador no canal português TVI e no Brasil, também tendo apresentado programas na TV Gazeta e Rede Vida.

Lançou no ano de 2007 o CD "Canto da Terra" e "Raiç/Raízes" em 2009. Nesses discos gravou músicas em mirandês para divulgar a segunda língua oficial de Portugal. Estes discos lhe conferiram prêmios e condecorações da crítica de música portuguesa pelo estudo aprofundado de instrumentos musicais muito usados na música mirandesa, como as gaitas de fole.

Em sua carreira, Roberto Leal vendeu cerca de 17 milhões de discos e tem mais de trezentas canções gravadas. É um dos compositores do atual hino da Portuguesa de Desportos, de São Paulo. Roberto Leal era também sócio do restaurante de comida portuguesa Marquês de Marialva, em São Paulo, localizado na região de Barueri.


Em 2011 participou do elenco no situation comedy "Último a Sair", um falso reality show da autoria de Bruno Nogueira, João Quadros e Frederico Pombares, exibido pelo canal português RTP1, programa do qual saiu vencedor. Nesse mesmo ano publicou uma autobiografia em um livro intitulado "Minhas Montanhas", sendo lançado tanto no Brasil quanto em Portugal.

Em 2014 fez uma participação em "Chiquititas", atuando como ele mesmo, Roberto Leal, o músico que processa Tobias por usar sua música. Nesse mesmo ano, lançou o CD "Obrigado Brasil!", que incluía alguns sambas de Jorge Aragão e Arlindo Cruz e duetos com Jair Rodrigues, Alcione, Jairzinho e Luciana Mello.

Roberto Leal vivia entre o Brasil e Portugal, além de se apresentar em países da América do Sul, América Central e Europa divulgando a cultura portuguesa. Foram lançadas coletâneas de seus principais sucessos, vendidos tanto no Brasil como em Portugal.

Em 2018 candidatou-se a Deputado Estadual por São Paulo pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), obtendo 8273 votos (0,04% dos votos válidos), não se elegendo.

Doença e Morte

Em janeiro de 2019, Roberto Leal revelou lutar havia dois anos contra um melanoma, mas sofreu com uma metástase para os olhos e a coluna, e que por conta disto havia perdido parte da visão, também devido a catarata.

Roberto Leal faleceu no domingo, 15/09/2019, aos 67 anos, vítima de um melanoma maligno, que evoluiu, atingindo o fígado, causando a síndrome hepatorrenal, e também complicações decorrentes de uma reação alérgica aos medicamentos da quimioterapia.

Roberto Leal estava internado havia cinco dias na unidade semi-intensiva do Hospital Samaritano de São Paulo.

Ele era casado com Márcia Lúcia, havia 45 anos, com que tinha três filhos nascidos no Brasil, e dois netos.

Um dos filhos, o músico Rodrigo Leal, afirmou que a família só revelou a gravidade da doença a Roberto Leal pouco antes de sua morte. Segundo Rodrigo Leal, isso fez com que a vida de seu pai se prolongasse, por não ter parado de trabalhar por causa da doença.

Discografia

  • 1973 - Arrebita
  • 1974 - Lisboa Antiga
  • 1975 - Minha Gente
  • 1976 - Carimbó Português
  • 1977 - Rock Vira
  • 1978 - Terra Da Maria
  • 1979 - Senhora Da Serra
  • 1980 - Obrigado Brasil
  • 1981 - A Banda Chegou
  • 1982 - Foi Preciso Navegar
  • 1983 - Férias Em Portugal
  • 1984 - Baile Dos Passarinhos
  • 1985 - Um Grande Amor
  • 1986 - Dá Cá Um Beijo
  • 1987 - Como É Linda Minha Aldeia
  • 1988 - A Fada Dos Meus Fados
  • 1989 - Em Algum Lugar
  • 1990 - Quem Somos Nós
  • 1991 - Gosto De Sal
  • 1992 - Rumo Ao Futuro
  • 1992 - Romantismo De Portugal
  • 1993 - Raça Humana
  • 1994 - Vozes De Um Povo
  • 1995 - Festa Da Gente
  • 1995 - Canções Da Minha Vida
  • 1996 - O Poder Da Fé, O Milagre De Santo Ambrósio
  • 1996 - Alma Minha
  • 1996 - Refazendo História
  • 1997 - Português Brasileiro
  • 1998 - Forrandovira
  • 1999 - Roberto Canta Roberto
  • 2000 - O Melhor De...
  • 2001 - Vira Brasil
  • 2002 - Reencontro
  • 2003 - Folclore I
  • 2003 - Folclore II
  • 2003 - Sucessos De Verão
  • 2003 - Marchas Populares
  • 2003 - Místico
  • 2003 - Fadista
  • 2003 - Canto A Portugal
  • 2003 - Romântico
  • 2003 - Brasileiro
  • 2004 - De Jorge Amado A Pessoa
  • 2005 - Alma Lusa
  • 2006 - Sucessos Da Minha Vida
  • 2007 - Canto da Terra
  • 2009 - Raiç / Raízes
  • 2010 - Vamos Brindar!
  • 2014 - Obrigado Brasil!
  • 2016 - Arrebenta A Festa

Fonte: Wikipédia

Edith Gaertner

EDITH GAERTNER
(85 anos)
Atriz

☼ Blumenau, SC (22/03/1882)
┼ Blumenal, SC (15/09/1967)

Edith Gaertner foi uma atriz que nasceu em nasceu em Blumenau, SC,  no dia 22/03/1882. Era filha do cônsul da Alemanha Victor Gaertner, sobrinho-neto do químico e filósofo Hermann Bruno Otto Blumenau, fundador da cidade de Blumenau, e da fundadora do teatro da cidade. Edith Gaertner era a caçula de oito irmãos.

Seu monumento foi levantado no Horto do Museu da Família Colonial, antiga casa de Edith Gaertner, e moldado pelo escultor Miguel Barba. Foi inaugurado em 15/09/1973, na presença de autoridades locais. 

Em Blumenau, SC, existe o Cemitério dos Gatos dentro de um Horto Florestal que pertenceu a uma atriz que amava gatos e se chamava Edith Gaertner.

Com temperamento independente, aos 20 anos, depois da morte dos pais, viajou sozinha. Chegou a trabalhar como governanta de uma família em uma fazenda no Uruguai, mas foi na Argentina que começou a realizar seu sonho: Ser atriz.

Foi na Argentina que conheceu Elenora Duse, uma atriz alemã, que foi sua musa inspiradora.

Edith Gaertner foi para a Alemanha, onde cursou a Academia de Arte Dramática em Berlim. Percorreu as principais cidades da Europa trabalhando em peças nos mais renomados palcos de teatro, com peças de Goethe, Schiller, Molière e Shakespeare. A crítica, contam historiadores, a recebia muito bem: Sua dicção e mímica eram sempre elogiados.

O pós-guerra, porém, trouxe dificuldades à Alemanha. Quando, em 1924, Edith Gaertner recebeu a notícia de que seus dois irmãos solteiros estavam muito doentes, viu a deixa para abandonar a carreira artística e retornar ao Brasil.

Vida de Clausura

De volta a Blumenau, voltou à viver na propriedade da família Gaertner, construída no centro histórico da cidade, e que hoje abriga o Museu da Família Colonial e o horto. Nessa época Edith Gaertner tinha pouco mais de 40 anos e, para surpresa de todos, mudou radicalmente seu estilo de vida, contou a professora Sueli Petry, diretora do Patrimônio Histórico de Blumenau

"Solteira, Edith nunca teve filhos. Não trabalhou mais com teatro, vivia enclausurada. Para passar o tempo tinha gatos, e toda a parte afetiva era para eles. Tinha seis, sete gatos de uma vez só, e à medida que os gatos foram morrendo, ela os enterrava nos fundos da casa”, diz Sueli.

Ela voltou à Alemanha somente em 1928 e permaneceu lá por mais de um ano. Nesta época, a Alemanha vivia os efeitos do pós Primeira Guerra Mundial. Quando retornou ao Brasil, Edith Gaertner modificou radicalmente seus hábitos e estilo de vida. Do constante e assíduo contato com o público, preferiu refugiar-se no silêncio da sua propriedade, entre livros, animais e o verde do parque nos fundos da casa, e foi assim até o final de sua vida.

A ameaça de perder parte de seu patrimônio, um dos mais expressivos referenciais da colonização alemã, para dar lugar a uma nova rua, fizeram-na tomar uma atitude: Doou para o município uma área de 1.775 m² . A doação foi feita sob a condição de se manter a área tal como a deixara, garantindo que ninguém a perturbasse em seu retiro enquanto vivesse, e que após sua morte este patrimônio continuaria a ser mantido.


A residência, o horto e outras benfeitorias foram incorporadas à Fundação Cultural de Blumenau, transformadas no Museu da Família Colonial e Parque Botânico Edith Gaertner.

Edith Gaertner deixou registro fotográfico das flores que alegravam seu belo jardim e dos gatos, seus fiéis companheiros. Ela tinha grande afeto pelos felinos, que ao morrerem eram enterrados com funeral e cortejo fúnebre. Os nomes escritos nas lápides de concreto são de gatos que viveram no século passado, entre o começo dos anos 1920 e o fim dos anos 1960: Pepito, Mirko, Bum, Peterle, Musch, Schnurr, Sittah, Putze e Mirl.

O inusitado Cemitério de Gatos faz parte da história de Blumenau, no Vale do Itajaí, mas também ajuda a contar a história de sua dona, que poucos conhecem: Edith Gaertner, uma ex-atriz que viveu a fama e a clausura na mesma intensidade.

Além do Parque Botânico que leva seu nome, há também a Sala de Teatro Edith Gaertner, dentro da Fundação Cultural de Blumenau, e parte de sua história é contada no longa-metragem "Outra Memória", dirigido por Chico Faganello.

Edith Gaertner faleceu em 15/09/1967, aos 85 anos.

Ritual de Enterro

Foram mais de 50 gatos enterrados ali, garante Sueli Petry, mas apenas nove lápides permaneceram: "Ela fazia uma ritualística no enterro desses gatos", disse Sueli Petry. Ainda em vida, Edith Gaertner doou o terreno para a prefeitura. Quando morreu, em 1967, o então diretor da Biblioteca Pública, José Ferreira da Silva, transformou o imóvel em museu.

"Em respeito a Edith, foi mantido o cemitério de gatos. Foi Ferreira da Silva quem colocou as lápides com os nomezinhos deles", explicou Sueli Petry, lembrando que as esculturas foram baseadas em imagens dos animais, mantidas até hoje pela prefeitura.

Há quem diga que este é o único cemitério de gatos do mundo. Sueli Petry não confirma, mas também não nega: "Eu desconheço outro. Mas é uma  atração a mais para os visitantes do museu!".

O cemitério de gatos pode ser visitado no Museu da Família Colonial, que fica na Alameda Duque de Caxias, 64. As visitações ocorrem de terça a domingo, das 10 às 16h.

Fonte: Gato Preto e G1 
Indicação: Miguel Sampaio
#famososquepartiram #edithgaertner

Ney Galvão

NEY GALVÃO
(39 anos)
Estilista e Apresentador de TV

* Itabuna, BA (11/01/1952)
+ São Paulo, SP (15/09/1991)

Em janeiro de 1974, surgia na Bahia um estilista que, em poucos meses, se revelaria um dos grandes profissionais da alta costura. Criando um estilo bem pessoal, Ney Galvão conquistou, de imediato, a preferência da mulher baiana na arte do bem vestir.

Nascido em Itabuna, em 1952, caçula de sete irmãos, mescla de índio e português. Ney Galvão, que sonhava ser médico psiquiatra, formou-se em Belas Artes na UFBA e jamais podia imaginar que o destino reservava outro caminho.

O interesse por moda surgiu como conseqüência do fascínio exercido por ela nos anos 60, quando as quatro irmãs se arrumavam a qualquer hora do dia para sair. Então ele dava palpites, interferindo sempre nas roupas.

Aos poucos, era visto como um personagem exótico – pintava o rosto com teia de aranha, usava macacões dourados, sandália havaiana (que foi feita para mulheres), amarrava um bolso e um cós na calça Lee (customização): o seu pulsar criativo interferia na sua própria maneira de apresentar-se ao mundo.

Já em Salvador, nos anos 70, começou a trabalhar com artesanato, o que aprimoria ainda mais o seu fazer artístico. Desde então, começou a costurar para sua amiga Fátima Costa Teixeira, e ela foi ficando com fama de ser "louca" e bem vestida. No corpo desnudo da modelo e amiga, Ney iniciava seu trabalho com tecidos, criava a escultura da roupa (moulage) e, aos poucos, iam surgindo os frutos do seu talento.

Focado na mulher e demonstrando pouco interesse na moda masculina, Ney se revelava antimachista: o seu objeto de arte era o corpo feminino. Sempre buscava, nas formas, maneiras de como a mulher poderia transcender sua beleza e sensualidade libertando-se das amarras opressoras da figura masculina. Como chegou a declarar em uma entrevista à jornalista Eleonora Ramos: "A culpa é do homem. A causa é o marido repressor. Algumas dizem: Olha, segura o decote, senão na hora ele não me deixa sair. Isso até prejudica meu trabalho. Não fico à vontade. Tem horas que gostaria de fazer um vestido louquíssimo, pernas de fora, peito saindo, essas coisas, e não posso..."

"A Moda é Cultura, Sonho e História" Ney Galvão

Na década de 70, Ney começou a fazer desfiles e a aparecer no vídeo, em Salvador, falando de moda. Nilza Barude o lançou num programa de variedades, "Ponto Cinco", na TV Itapoan, antiga Tupi.

Ney já era denominado em 1977, por importantes jornais locais de "Fashion Designer", mesclando temas como cultura afro-brasileira, praia, artesanato, tropicália e sensualidade a materiais como cetim, algodão, crepe, brocados, sedas, palha da costa e penas, entre outros. Ele tentava criar uma moda genuinamente brasileira, uma moda local, resgatando as Gabrielas cravo e canela, as Marias Bonitas adormecidas, assim conseguia valorizar a silhueta da mulher brasileira, sem se preocupar com as tendências da moda européia.

Como declarou, certa feita, ao Jornal da Bahia, em 1973: "Não poupe as riquezas do Brasil nas criações das suas roupas. Viva a tropicália. Abuse do algodão brasileiro, dos chitões floridos, dos babados" e, em seguida, completa "Leve adiante na sua roupa toda a alegria do circo, o sorriso de um clown".

Ney Galvão foi morar em São Paulo nos anos 80. Lá torna-se apresentador de TV fazendo quadros fixos e dando dicas de moda. Contudo, o êxito e reconhecimento nacional só foram alcançados quando foi convidado para substituir Clodovil no programa TV Mulher da Rede Globo, onde, com as dicas de moda, comportamento e beleza, tentava diagnosticar as necessidades de suas telespectadoras.

Ney conquistou o Brasil e rondou o imaginário popular com seu jargão: "Um cheiro com sabor de dendê" e com a piscada de olho que se torna marca registrada. Ney invadia os lares todas as manhãs, tornando-se uma celebridade, convivendo com artistas e socialites, conquistando espaço, respeito e credibilidade de todos, atingindo todas as camadas sociais. Ney vira um ídolo, uma espécie de "consultor de moda" das massas.

Com seu conceito que ele denominava de "anti-moda", questionava os limites impostos pela indústria da moda e beleza. Que é moda afinal? Segundo ele próprio, moda tem a ver com personalidade, ninguém é obrigado a seguir a última moda, pois o que está na moda está fadado a morrer. Assim, vestir-se bem é respeitar o seu biotipo físico, o que combina, o que gosta, cada pessoa deveria seguir a sua própria moda. Cada corpo pede uma determinada roupa, a roupa tem a ver com o humor do dia da pessoa.

Com butique instalada na rica região do Jardim América, em São Paulo, chegou a comercializar dez mil peças de roupas por mês. No campo artístico, chegou a participar da programação vespertina da TV Bandeirantes.

Mas, ele continuava paralelo ao sucesso da TV a criar, a confeccionar seus looks, além de ter uma fábrica de jeans, cosméticos e malharia. Ney declarou, em 83, à jornalista Patrícia Grillo, do Jornal de Florianópolis: "As pessoas negam o luxo que temos aqui, como o tropicalismo" e, mais adiante, completa: A última coleção de Dior, inclusive, eu passei no meu programa. A noiva entrava ao som de Jorge Bem cantando "País tropical" de mini e cheia de babados. Mostrei vestidos amarelos com laços verdes. E a brasileira nega o ritmo brasileiro, o tropicalismo." A luta continuava, na batalha travada para construir uma moda brasileira.

Chegou a fazer incursões no teatro profissional, 1984, com as peças "O Terceiro Beijo", ao lado da atriz Nicole Puzzi e ao lado de Jofre Soares e Sandra Pêra na comédia teatral "A Feira do Adultério", da autoria de Jô Soares e montada no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) em São Paulo. Sua passagem por Nova York, onde visitou a boate Malícia, acompanhado por Sônia Braga, causou sensação na imprensa.

Ney foi um visionário. Aquele menino retraído do interior que vivia costurando roupas de bonecas e dando dicas de moda para todos entrou para a história da moda brasileira como exemplo de gênio e força criativa.

Ney é o próprio Dionísio, Baco, o encontro com a vida e sua obra provoca em nós, meros mortais, uma catarse, ao som dos címbalos e dos tambores africanos. É preciso dançar, criar, fazer em homenagem a ele. A sua vida e profissão operam em forças não humanas, aquelas flechas que tocam a alma e fazem a gente refletir quanta importância damos a tantas tolices cotidianas.

O estilista, que na infância desenhava roupas para bonecas, atuou agressivamente no marketing da beleza, tendo incluído seu nome num enorme leque de produtos, desde óculos e perfumes até um sofisticado estojo de maquiagem.

Aos 39 anos, de forma precoce, Ney Galvão faleceu no Hospital Albert Einstein, em 15 de setembro de 1991.

Fonte: UOL

Costinha

LÍRIO MÁRIO DA COSTA
(72 anos)
Humorista e Ator

* Rio de Janeiro, RJ (24/03/1923)
+ Rio de Janeiro, RJ (15/09/1995)

Nascido no Rio de Janeiro, capital federal na época, Costinha vem de família de cunho artístico: seu pai foi palhaço de circo. A infância circense iria influenciar a trajetória do humorista de forma definitiva. Porém, a situação estável da família muda quando ele completa treze anos: Seu pai e grande ídolo, abandona a família.

Na época, o então menino Costinha tem de deixar a vocação artística e pegar no batente. Foi, dentre outras profissões, contínuo, garçom de botequim, engraxate e até apontador de jogo do bicho. Esse convívio ao lado de tipos urbanos e muitas vezes até marginais do Rio de Janeiro dos anos 40, seria muito importante nos personagens feitos pelo humorista posteriormente.

Em 1942, emprega-se como faxineiro da Rádio Tamoio. Pelo novo veículo ganha sua grande chance, sendo radio-ator em diversos e importantes programas da época como Cadeira de Barbeiro, Recruta 23 e mesmo na primeira versão radiofônica da Escolinha do Professor Raimundo.

Fez parte do elenco de importantes emissoras da época como a Rádio Record e também a Rádio Mayrink Veiga. Foi ainda cômico no Teatro de Revista, tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro.


Já como grande personalidade consagrada, Costinha fez diversas propagandas, destacando-se na das Loterias do Rio de Janeiro (onde chegou a ser dirigido por Cacá Diegues). A série de discos de humor nos anos 70 e 80 O Peru da Festa e As Proibidas do Costinha, tiveram grande vendagem pelo selo CID.

No cinema, sua participação foi intensa desde os anos 50. Sua primeira participação foi logo no polêmico Anjo do Lodo de Luiz de Barros. O filme foi a segunda adaptação do livro Lucíola de José de Alencar as telas. Voltaria as ordens de Luiz de Barros em O Rei do Samba, biografia do lendário sambista Sinhô.

Seu tipo franzino e marcadamente de cabelos engomados, era perfeito para papéis secundários e pontas das chanchadas. Essa função, ele desempenharia com atores como Wilson Grey, Wilson Viana e tantos outros daquela geração. A produtora dominante da época, a Atlântida, tinha astros cômicos como Oscarito e diretores como Carlos Manga. Já a secundária, mas não menos importante, Herbert Richers, apostava em outros nomes da época, como Ankito e em realizadores como Victor Lima e J.B. Tanko.

Costinha com Chacrinha (Arnaldo Silva)
Costinha logo é chamado pela Herbert Richers para desempenhar papéis secundários. Às vezes conseguia ser bandido (De Pernas Pro Ar), um aspone do Carlos Imperial (Garota Enxuta) ou mesmo um fotógrafo de jornal (É de Chuá). O melhor filme de toda essa fase é Sherlock de Araque. Outros filmes do período na época são feitos ao lado de Zé Trindade.

Com a chegada de movimentos cinematográficos mais ambiciosos e pretensamente intelectuais de Glauber Rocha e seus pares, o espaço de comediantes oriundos da chanchada foi a televisão. Nos anos 60, pouquíssimas comédias ou filmes populares foram feitos no Brasil comparados com a década anterior. Uma exceção é um interessante ciclo de fitas policiais e nazi exploitation (Os Carrascos Estão Entre Nós). Nesta época, nomes como Oscarito, Grande Otelo, Ankito se viram mais sem meio do cinema e sem o estrelato de antes.

Mas a televisão, se é um excelente meio para os até então secundários em chanchadas. Por ela, Costinha consegue se tornar uma personalidade conhecida em todo território nacional, levando milhares de brasileiros a darem muitas risadas.

Os anos setentas, trazem os velhos comediantes de volta às telas. O cinema volta a ser popular. Seja em filmes urbanos (Como Ganhar na Loteria Sem Perder a Esportiva), homenagens à chanchada (Salário Mínimo), filmes de juventude (Amor em Quatro Tempos) ou mesmo em pornochanchadas (Histórias Que As Nossas Babás Não Contavam).


Outra coisa típica da década mais dinâmica da carreira cinematográfica do comediante foram as paródias em que ele desempenhou o personagem principal em diversos filmes. Isso ocorre em fitas como O Libertino, O Homem de Seis Milhões de Cruzeiros Contra as Panteras, Costinha, o Rei das Selvas, Costinha e o King Mong, As Aventuras de Robinson Crusoé - neste último, faz par com Grande Otelo, com direção de Mozael Silveira.

Continuando atuando em diversas peças de teatro, programas como Apertura (Rede Tupi), Apertem o Riso (TV Manchete), Planeta dos Homens e Chico Anysio Show (Rede Globo), Lírio Mário da Costa continuou levando alegria e risos a milhares de compatriotas.

Gravou vários discos de piadas, sendo os mais famosos os da série O Peru da Festa. Trata-se de uma série de cinco LP's, pela gravadora CID. Todos vinham com a tarja Proibida a Execução Pública e a Venda Para Menores de 21 Anos", não só pelas piadas consideradas pesadas, mas pelas capas sugestivas. No primeiro volume, Costinha parecia estar nu, com uma mesa tapando suas partes íntimas e um peru assado sendo servido sobre ela.

Seu último papel foi como Seu Mazarito na Escolinha do Professor Raimundo (1990/1995).

Foi casado com Irany Pereira da Costa, com quem teve quatro filhos naturais e adotou outros três.

Morte

Em 04/09/1995, Costinha deu entrada no Hospital Pan-Americano, no Rio de Janeiro, com falta de ar, falecendo no dia 15 do mesmo mês aos 72 anos, vítima de Enfisema Pulmonar. Foi enterrado no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia

Gedeone Malagola

GEDEONE MALAGOLA
(84 anos)
Argumentista e Desenhista de História em Quadrinhos

* São Paulo, SP (07/07/1924)
+ Jundiaí, SP (15/09/2008)

Formado em direito, apesar de ter chegado a cursar a faculdade de arquitetura, Gedeone, ainda na infância, começou a aprender a arte do desenho com o pai, que era pintor.

Seria, no entanto, como roteirista que conseguiria maior destaque em sua carreia iniciada na década de 40. Ávido leitor, Gedeone Malagola tinha o hábito de pesquisar sobre os temas que escrevia a fim de se familiarizar com os assuntos e seus roteiros costumavam ser bastante detalhados. Suas primeiras colaborações foram para o jornal A Marmita, onde escrevia e desenhava. Depois trabalhou para O Governador.

Teve passagens pela Editora La Selva, indo posteriormente para a Vida Juvenil, onde, sob a direção de Mário Hora Jr., produziu uma série sobre cangaceiros: Milton Ribeiro.

Fundou a Editora Júpiter que contou com o trabalho de diversos desenhistas brasileiros.

Pela Júpiter criou vários heróis espaciais.

Na Editora Outubro, com Miguel Penteado, produziu histórias de terror. Mas também escreveu e desenhou histórias infantis.

Gedeone trabalhou ainda com super-heróis, criando dentro do gênero os personagens Raio Negro, Hydroman e Homem Lua. Raio Negro, surgido nos anos de 1960, certamente é seu personagem mais conhecido: tinha seus poderes e origem inspirados no personagem americano Lanterna Verde da DC. Nesses trabalhos, sua arte era apreciada pelas influências da Op Art.

Gedeone foi também um dos roteristas do Capitão 7 e, no final da década de 60, escreveu histórias dos X-Men na GEP(Gráfica Editora Penteado), onde foi editor da revista, além de publicar histórias do Raio Negro na revista dos Mutantes que, no entanto, teve vida curta devido a questões legais entre a GEP e a EBAL de Adolfo Aizen.

Ao lado de Mauricio de Sousa, Júlio Shimamoto, Ely Barbosa entre outros, criou a Associação de Desenhistas de São Paulo (ADESP). A associação visava uma nacionalização dos quadrinhos.

Alguns Trabalhos de Gedeone Malagola

Gedeola trabalhou em Milton Ribeiro, Santos Dumont, Castro Alves, Rui Barbosa, Uk E Uka, Drácula, Targo (um herói tipo Tarzan), Historias Negras, Esquife, Combate, Clássicos do Terror, Homem-Mosca, Tor (criação de Joe Kubert), Vigilante Rodoviário, Lili e Juvêncio, o justiceiro do sertão, He-Man. Produziu mais de 1500 roteiros para vários desenhistas, entretanto a maioria dos roteiros jamais foram creditados.

Seus últimos trabalhos a alcançaram certo apelo popular foram "O Lobisomem" e "A Múmia", que datam da metade dos anos 1970, para a Minami-Cunha Editores de Minami Keizi. O título "O Lobisomem", produzido com o desenhista Nico Rosso, teria ao longo dos anos duas republicações, sendo a última da editora Opera Graphica em 2002.

Gedeone colaborou ainda com os jornais A Nação, O Esporte e Diário Popular, publicando suas tiras.

Foi colaborador de algumas edições da Revista Mundo dos Super-Heróis da Editora Europa onde escrevia sobre personagens da Era de Ouro dos Quadrinhos e estava escrevendo livros sobre quadrinhos intítulado Jornada nos Quadrinhos e outros dois sobre os personagens Buck Rogers e Flash Gordon.

Morte

Após enfrentar problemas de saúde durante vários anos, Gedeone Malagola veio a falecer às 14h do dia 15 de setembro de 2008, aos 84 anos após três paradas cárdiacas causadas por uma grave infecção, que o manteve internado por mais de um mês no Hospital São Vicente, em Jundiaí, SP.

Fonte: Wikipédia

Comandante Rolim

ROLIM ADOLFO AMARO
(58 anos)
Empresário e Piloto de Aviões

* Pereira Barreto, SP (15/09/1942)
+ Pedro Juan Caballero, Paraguai (08/07/2001)

Empresário do ramo da aviação privada brasileira nascido em Pereira Barreto, interior de São Paulo, deixou sua marca na história da aviação brasileira e pilotou com garra a arrancada da TAM Linhas Aéreas, antes Transportes Aéreos Marília, no mercado nacional.

Rolim largou a escola no terceiro ano ginasial, em 1957, para ajudar nas despesas da casa. Foi assistente de mecânico, aprendiz de escrevente e office-boy de banco, em São Paulo.

Apaixonado por aviões desde a infância, voltou para o interior e, com o dinheiro duramente economizado, pagou sua inscrição no curso do aeroclube de Catanduva. Concluiu o curso de piloto em 1958, obteve o brevê, foi para Londrina e conseguiu emprego na Táxi-Aéreo Star, onde pilotou sozinho, pela primeira vez, um Cessna 140 de dois lugares.

Com a implantação dos grandes projetos agro-industriais na região noroeste de São Paulo, voltou para São José do Rio Preto, em 1959, e passou a trabalhar na empresa Táxi Aéreo Riopretense, pilotando um Cessna 170.

Entrou, como piloto em 1962 na Táxi Aéreo Marília S.A (TAM), empresa fundada por um grupo de dez aviadores em 1961, passando a trabalhar diretamente para o industrial do açúcar Orlando Ometto.


Ficou três anos transportando arroz, carne, tijolo e até animais, voando sozinho e cuidando da manutenção do avião. Ganhou bastante dinheiro, mas pegou malária sete vezes. Nesse meio tempo, o Grupo Ometto comprou 51% das ações da TAM e mudou a sede da empresa para São Paulo.

Rolim casa e faz o mesmo, mas deixa a empresa porque ela quer transportar só malotes. Não tem vocação para piloto de cargas, preferindo o relacionamento humano.

Estava na Viação Aérea São Paulo (VASP), quando recebeu o convite do Banco de Crédito Nacional (BCN). A instituição tinha o avião, mas precisava de piloto para a Companhia de Desenvolvimento do Araguaia. O salário era alto e lhe permitiu economizar para comprar seu primeiro avião, um Cessna 170, em 1966, com capacidade para três passageiros.

Em 1968 mudou-se com a família para o município de São Félix do Araguaia e fundou sua empresa Araguaia Transportes Aéreos (ATA). Em dois anos montou uma frota com 15 aeronaves, maior do que a da TAM. Neste mesmo ano foi convidado pelo Grupo Ometto a ser acionista minoritário (33%) da TAM. Embora a empresa não estivesse em boa situação, inclusive com um patrimônio líquido insuficiente para pagar as contas, aceitou a oferta em função das constantes crises de maleita, muitas em pleno vôo.

Investindo toda sua competência, comprou metade das ações da TAM,  em 1972, e assumiu a direção da empresa. Modernizou a frota e fez a empresa crescer, comprando  em 1973 10 novos Cessnas 402, os primeiros aviões brasileiros equipados com radar, inaugurando a linha regular entre São José dos Campos e Rio de Janeiro, em 1975, e um novo vôo São Paulo-Araraquara, além de passar a ser o principal acionista do grupo, com 98% das ações em 1976, fazendo a empresa já ser vista como um fenômeno.


Enquanto a aviação crescia 15% a cada ano, a TAM aumentava 70% a cada seis meses. Criou a TAM Transportes Aéreos Regionais em 1976, inicialmente operando com seis aviões Embraer EMB-11-C Bandeirante, atendendo o interior de São Paulo, Paraná e Mato Grosso.

Finalmente assumiu a totalidade das ações da empresa em 1979 e entrou na década de sua consolidação com a chegada dos Fokker F-27 em 1980. A TAM alcançou a marca de um milhão de passageiros transportados, em 1981, desde a sua fundação e de dois milhões de passageiros transportados em 1984, conquistando o prêmio Top de Marketing por conta da qualidade do serviço que oferecia.

Rolim adquiriu a Votec em 1986, que passou a se chamar Brasil-Central, e estendeu sua malha de rotas, principalmente para as regiões centro e norte do país. No mesmo ano, lançou o Vôo Direto ao Centro (VDC), ligando São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba. Iniciou o Serviço Primeira Classe em 1989 com o Fokker F-27, ligando os aeroportos centrais de São Paulo e Rio de Janeiro.

A empresa ganhou mais visibilidade com a chegada dos Fokker F-100 em 1990, inaugurando a aviação a jato e de alto padrão no transporte regional e caminhou para ser a melhor companhia aérea da América Latina.

Rolim criou o serviço Fale com o Presidente, em 1991, e atingiu a marca de oito milhões de passageiros, em 1992, transportados desde a sua fundação, criando um novo estilo de voar, com traços de informalidade e preocupação em valorizar cada passageiro. Em 1993 lançou o Cartão Fidelidade e criou a Fundação Eductam, para dar bolsas de estudos aos carentes, apoiar obras humanitárias e participar de projetos culturais e esportivos, e criou o Museu Asas de Um Sonho, para preservar a memória e a história da aviação. Comprou um aeroporto desativado no interior de São Paulo para criar um museu de aeronaves antigas, onde montou a maior e uma das únicas coleções de aeronaves antigas do país, e um centro de manutenção da TAM.


Em 1994 Rolim foi eleito o Homem de Vendas do Ano e inovou aceitando em sua tripulação a primeira comandante mulher. Em 1995 lançou o serviço Ticketless, o embarque eletrônico sem bilhete e o Cartão de Crédito Fidelidade TAM.

A revista Exame elegeu, pela primeira vez, a TAM a Melhor Empresa Aérea no Setor Transportes, em "Melhores e Maiores", e a revista Air Transport World a nomeou a Melhor Empresa Aérea Regional do Mundo.

Rolim mostrou toda sua habilidade para divulgar a imagem da TAM depois que seis acidentes envolvendo aeronaves da companhia ameaçaram abalar a prosperidade da empresa. O pior deles aconteceu logo depois de ser eleita a melhor empresa do setor, quando o vôo 402, um Folker 100, que fazia a ponte-aérea Rio-São Paulo sofreu uma pane e caiu logo depois de decolar do Aeroporto de Congonhas, matando 99 pessoas no dia 31/10/1996.

Depois do acidente, Rolim passou a receber os passageiros de alguns vôos que saíam de Congonhas na escada dos aviões, numa tentativa de recuperar a imagem da companhia. Depois disso, suas cartas e vídeos dirigidos aos passageiros tornaram-se uma constante nos vôos da TAM.

Um ano depois, uma bomba explodiu durante um vôo, matando um passageiro. A partir daí, a TAM passou a adotar uma estratégia de marketing ainda mais agressiva e para continuar crescendo, ele tinha acabado de encomendar 100 aviões da Embraer.

Comandante Rolim (Foto: Agência Estado)
Adquirindo a Helisul, em 1996, expandiu atividades para o sul do país, e mudou a denominação da Brasil Central para TAM Transportes Aéreos Meridionais, que passou a ser a empresa aérea nacional do grupo, passando a operar sem restrições em todo o território brasileiro e fazendo vôos internacionais.

A empresa foi eleita a mais rentável do país pelo jornal Folha de São Paulo, a mais rentável do mundo pela revista Airline Business, e ganhou o Grand Prix de anunciante do ano no Prêmio Colunistas, do Caderno de Propaganda e Marketing, em 1996, enquanto o comandante recebia o Prêmio Excelência 1996, da Associação dos Engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

Adquire 80% das ações da Lapsa junto ao governo do Paraguai e formou a TAM Mercosul, com concessão para rotas na América do Sul e Europa a partir de Assunção. Fechou o acordo de code sharing com a American Airlines para operar na linha São Paulo-Miami e comprou cinco aviões Airbus A330-200, em 1997.

Em 199 realizou o primeiro vôo para a Europa com destino a Paris em parceria com a Air France, e inaugurou a oferta de assentos de classe executiva nos vôos da Super Ponte entre São Paulo, Rio de janeiro, Brasília e Curitiba e, pela terceira vez consecutiva, ele foi escolhido como personalidade do ano, pela revista Aero Magazine.

Sua empresa é reconhecida como uma das mais modernas do mundo com um total de 98 aeronaves, 58 são jatos com mais de 100 lugares, com idade média inferior a cinco anos. Em 2000 os vôos para Paris passam a ser diários, com embarque e desembarque no Aeroporto Charles de Gaulle. Aumentou a frota e ampliou a oferta de assentos e passou a operar apenas com jatos de última geração. Em 2000 a empresa já era a mais rentável do país, com um faturamento de mais de US$ 1 bilhão.

Em 2001, com rotas internacionais, 87 aviões e 7.600 funcionários, alcançou a liderança no mercado de transporte aéreo nacional, com mais de 30% dos passageiros, desbancando a rival Varig.


Morte

O presidente da TAM, comandante Rolim Adolfo Amaro, 58 anos, morreu no domingo, 08/07/2001, em Pedro Juan Caballero, Paraguai, em consequência da queda do helicóptero que pilotava. Sua secretária Patrícia dos Santos Silva, 30 anos, que o acompanhava, também morreu no acidente. Testemunhas dizem que o helicóptero voava em baixa altitude e bateu contra um coqueiro antes de cair.

O comandante Rolim Amaro viajava em um helicóptero Robinson R-44, cor vermelha, com prefixo ZP-HRA. Segundo a assessoria da TAM, a aeronave era do empresário.

A assessoria informou ainda que Rolim Amaro e Patrícia Santos Silva, gerente comercial da TAM em São Bernardo do Campo, viajavam ao Paraguai para uma reunião de negócios. O empresário possuía uma fazenda em Ponta Porã, de onde o helicóptero decolou.

O chefe da polícia paraguaia em Pedro Juan Caballero, Jovino Cantero Vasquez, disse que foi avisado do acidente por Onorio Vargas, dono da propriedade onde ocorreu a queda.

O acidente aconteceu no vilarejo conhecido como Fortuna Guazú, a cerca de 35 km de Pedro Juan Caballero.  Onorio Vargas, o primeiro a chegar ao local, disse que os dois tripulantes "já não apresentavam sinais de vida'' quando foram encontrados.

Depois de acionada, a polícia paraguaia enviou ao local dois agentes. Com eles estava uma equipe médica, que diagnosticou as mortes de Rolim Amaro e Patrícia por Politraumatismo Craniano.

A diretoria da TAM apresentou uma nota sobre o acidente:

"A conhecida capacidade de liderança do comandante Rolim Adolfo Amaro e sua permanente preocupação de multiplicar os valores da TAM, no sentido de perenizá-los, asseguram a manutenção de seus compromissos éticos e a excelência de seus serviços, que foram as marcas dominantes da sua vida", dizia o texto.

O presidente Fernando Henrique Cardoso concedeu por meio de sua assessoria de imprensa, a seguinte declaração sobre a morte do presidente da empresa aérea TAM, Rolim Amaro:

"Rolim foi um pioneiro. Além de meu amigo, foi um homem que venceu por si próprio."

Fonte: NetSaber Biografias e Diário de Cuiabá
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