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Nelson Hoineff

NELSON HOINEFF
(71 anos)
Jornalista, Escritor, Crítico de Cinema, Produtor e Diretor de Televisão e Cinema

☼ Rio de Janeiro, RJ (04/09/1948)
┼ Rio de Janeiro, RJ (15/12/2019)

Nelson Hoineff foi um jornalista, produtor e diretor de televisão e cinema, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 04/09/1948.

Nelson Hoineff especializou-se em HDTV e novas tecnologias de distribuição de TV em New York, onde fez seu mestrado e doutorado, e Tóquio. Ele estagiou na produção de conteúdo em HDTV analógico na Nippon Hōsō Kyōkai (NHK), oficialmente em inglês, Japan Broadcasting Corporation, organização nacional de radiodifusão pública do Japão, em 1988.

Além de fundador e por quatro vezes presidente da Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro (ACCRJ), Nelson Hoineff era co-fundador, da Associação Brasileira de Produtores Independentes de Televisão (ABPITV), da qual foi vice-presidente por duas gestões. Participou ainda da fundação do Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro (CPCB). Foi membro do Conselho Consultivo da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura. Foi membro também do Conselho Superior de Cinema da Presidência da República e do Conselho Consultivo do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD)

Diretor de Televisão

Na televisão, Nelson Hoineff, dirigiu o Departamento de Programas Jornalísticos da Rede Manchete e foi diretor de programas jornalísticos no SBT, Rede Bandeirantes, GNT, TV Cultura e TVE do Rio de Janeiro, onde também atuou como consultor de programação.

Entre as séries e programas que dirigiu destaca-se o "Documento Especial". Premiado várias vezes no Brasil, e também em Monte-Carlo e Berlim, foi ao ar em três redes abertas, tornando-se em cada uma um dos líderes de audiência: Rede Manchete (1989-1992), SBT (1992-1995) e Bandeirantes (1996-1997). Ao todo, foram produzidos 430 programas. Entre 2008 e 2010, cerca de 80 programas foram reprisados pelo Canal Brasil, em versões ligeiramente reduzidas de 45 para 30 minutos.

Também dirigiu "Primeiro Plano" (GNT, depois Cultura, sobre as vanguardas artísticas brasileiras), "Programa de Domingo" (Manchete), "Realidade" (Bandeirantes), "Curto-Circuito" (TVE), e inúmeras séries, entre as quais "Celebridades do Brasil" (Canal Brasil), "As Chacretes" (Canal Brasil) e "Vanguardas" (Canal Brasil).

Produtor

Como produtor, Nelson Hoineff, realizou em 2000 o primeiro filme brasileiro inteiramente gravado, editado e exibido em alta definição: "Antes: Uma Viagem Pela Pré-História Brasileira". Exibido durante todo o ano de 2000 na Mostra do Redescobrimento, "Brasil+500", no Ibirapuera, São Paulo, foi visto por mais de 1,8 milhão de pessoas. Para tal exibição, criou, com Marcello Dantas, o Cinecaverna, um cinema digital temático em forma de caverna para 450 espectadores, que se constituiu em um dos 14 módulos da exposição.

Em 2012, produziu e fez a supervisão geral da série "Trash!", dirigida por Cristian Caselli, para o Canal Brasil; a série "Marcados Para Morrer", dirigida por Luis Santoro, para a TruTV; a série "Teoria da Conspiração", dirigida por Daniel Camargo e Lúcio Fernandes, para a TruTV. No mesmo ano, iniciou a produção das séries "Televisão e Grandes Autores" e "A Televisão Que o Brasil Está Pensando", ambas para a TV Brasil/EBC, idealizadas pelo Instituto de Estudos de Televisão.

Em 2013, produziu a série "Cinema de Bordas", dirigida por Leonardo Luiz Ferreira para o Canal Brasil.

Ao todo, dirigiu mais de 700 documentários, seja na forma de séries de televisão, produtos isolados para televisão ou filmes de longa-metragem. Dentre os feitos especialmente para televisão, figuram: "O Século de Barbosa Lima Sobrinho", "TV Ano Zero", "O Filtro da Imprensa", "Nilo Machado - Um Cineasta Brasileiro" e "Timóteo, Política e Paixão".

Para o "Retratos Brasileiros" foi também produtor e supervisor-geral de "Antonio Meliande - Pau Pra Toda Obra", dirigido por Daniel Camargo em 2011, "Boca do Lixo", também dirigido por Daniel Camargo, em 2012, "Trash!" e "Cinema de Bordas".

Diretor de Cinema

Seu primeiro documentário de longa-metragem foi "O Homem Pode Voar", sobre a obra de Alberto Santos-Dumont, que teve como roteirista o físico brasileiro Henrique Lins de Barros.

Dirigiu ainda "Alô, Alô, Terezinha!", exibido inicialmente no Festival de Cinema do Recife em 2009, onde levantou os prêmios de Melhor Filme do júri oficial, Melhor Filme do júri popular, Melhor Montagem e o Troféu Gilberto Freire. Lançado em 30/10/2009, foi um dos indicados ao prêmio de Melhor Documentário do Ano da Academia Brasileira de Cinema.

Também dirigiu "Caro Francis", sobre Paulo Francis, um dos maiores jornalistas brasileiros, filmado no Rio de Janeiro, São Paulo e New York. Foi lançado em DVD durante a entrega do Prêmio Esso de Jornalismo no Rio de Janeiro. A versão para cinema, ligeiramente modificada, foi exibida pela primeira vez no Festival de Cinema de Paulínia, em julho de 2009, onde conquistou o prêmio de Melhor Documentário pelo Júri do Público. O filme foi também exibido no Festival do Rio e na Mostra Internacional de São Paulo de 2009. Foi exibido em outras mostras antes de ser lançado nacionalmente em 08/01/2010.

Em 2013, terminou "Cauby - Começaria Tudo Outra Vez", sobre o cantor Cauby Peixoto. O filme foi lançado nacionalmente em 28/05/2015, e ficou 16 semanas em cartaz, um recorde para documentários independentes.

Em março de 2014, iniciou a produção de um novo documentário de longa-metragem, "82 Minutos", sobre os preparativos do Carnaval da Portela para 2015. O filme foi concluído em maio de 2015. Foi convidado para participar do Festival Internacional de Programas Audiovisuais (FIPA), em Biarritz, França, em janeiro de 2016, e foi lançado nacionalmente no segundo semestre de 2016.

Seu mais recente longa-metragem, "Eu, Pecador", baseia-se no cantor, compositor e político Agnaldo Timóteo, e tem lançamento previsto para 2019.

Seus documentários são comumente exibidos em festivais, como Festival do Rio, Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Festival Internacional de Brasília, Vitória Cine Video, dentre outros.

Outras Atividades

Nelson Hoineff foi editor-executivo do Jornal do Brasil, além de ter passado, como editor, redator, colunista ou articulista, por veículos como Veja, O Globo, Folha de S.Paulo, Bravo!, Última Hora, Diário de Noticias, O Jornal, O Cruzeiro, Observatório da Imprensa, entre muitos outros.

No Jornal do Brasil e no Observatório da Imprensa publicou mais de 800 artigos sobre televisão, políticas do audiovisual e cultura brasileira. Foi editor-chefe dos Cadernos de Televisão, revista quadrimestral sobre estudos avançados de televisão, publicada pelo Instituto de Estudos de Televisão (IETV).

Como crítico de cinema, atuou desde 1968 em veículos como O Jornal, Diário de Noticias, Última Hora, O Cruzeiro, Manchete, Filme Cultura, O Globo, IstoÉ, Veja, A Noticia, O Dia, Jornal do Brasil e criticos.com, entre outros. Foi crítico e correspondente no Brasil do Variety, dos Estados Unidos.

No início da carreira, teve passagem pela imprensa esportiva, como repórter, redator e editor de esportes no O Jornal e Última Hora, para onde cobriu a Copa do Mundo de 1974. Nesses veículos e em outros, foi editor de cultura, editor internacional, secretário de redação e editor-chefe.

Autor de vários livros sobre televisão, muitos deles antecipando em anos o advento de novas tecnologias, descrevendo-as e discutindo o seu futuro impacto sobre o meio. Neste caso figuram "TV em Expansão - Novas Tecnologias, Segmentação, Abrangência e Acesso na Televisão Moderna" (ed. Record) onde, ainda no final dos anos 80, discutia temas como TV por Assinatura, operações satelitais domésticas e TV de Alta Definição (HDTV).

Em "A Nova Televisão - Desmassificação e o Impasse das Grandes Redes" (ed. Relume-Dumará), debatia assuntos como a iminência da convergência de meios e a implantação das plataformas digitais.


Nelson Hoineff foi coordenador do curso de Radialismo (Audiovisual) da Faculdade de Comunicação Helio Alonso (FACHA) e, na mesma instituição, fundou e coordenou da Faculdade de Cinema e Audiovisual, que começou a operar no segundo semestre de 2015. Nelson Hoineff  lecionou durante 30 anos na instituição, deixando-a em 2017.

Lecionou também Televisão Digital em MBAs da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Universidade Cândido Mendes, ambas no Rio de Janeiro. Antes disso, foi professor de jornalismo na Sociedade Barramansense de Ensino Universitário (SOBEU).

Em 2001, Nelson Hoineff  criou o Instituto de Estudos de Televisão (IETV), do qual foi presidente. O Instituto promove eventos permanentes como o Festival Internacional de Televisão, o Fórum Internacional de TV Digital e o Seminário Esso-IETV de Telejornalismo. Também em 2001, foi curador de uma grande retrospectiva de Nam June Paik no Oi Futuro, no Rio de Janeiro, eleito pelo Jornal do Brasil como uma das dez melhores exposições no Rio daquele ano.

Nelson Hoineff criou em 2007 séries em episódios para celulares: "E aí, Dr Py?", "Por Onde Andam As Chacretes" e "É Com Você, JP".

Em 2011 realizou, também para o Canal Brasil, a série de quatro episódios "As Vanguardas", sobre as vanguardas brasileiras contemporâneas. No mesmo ano dirigiu o média-metragem "Primeiro Mundo", e foi supervisor-geral do documentário "Hijas del Monte", sobre a vida das mulheres que abandonam as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), dirigido por Patrizia Landi.

Entre mais de 50 júris em que teve participação, figuram os do Prêmio Esso de Telejornalismo, Festival Internacional de Televisão de Monte-Carlo, Festival Internacional de Cinema de Tel-Aviv, júri da Fipresci no Festival Internacional de Cinema de Berlim, Festival Internacional de Cinema de Londres (presidente), Festival Internacional de Documentários de Yamagata, Festival Internacional de Documentários de Amsterdã (presidente), Festival Internacional de Cinema de Sochi, além de vários festivais brasileiros, como os do Rio de Janeiro, Gramado, Brasília, Fortaleza, Recife, Florianópolis, Goiânia e muitos outros.

Morte

Nelson Hoineff faleceu no domingo, 15/12/2019, aos 71 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de complicações causadas pelo diabetes.

O sepultamento ocorreu na segunda-feira, 16/12/2019, no Cemitério Israelita do Caju.

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #NelsonHoineff

Isa Rodrigues

ELISA RODRIGUES CORREIA DE MELLO
(88 anos)
Atriz

☼ São Paulo, SP (17/07/1927)
┼ Rio de Janeiro, RJ (15/12/2015)

Isa Rodrigues, nome artístico de Elisa Rodrigues Correia de Mello, foi uma atriz nacida em São Paulo, SP, no dia 17/07/1927.

Filha dos também atores Benito Rodrigues BouzaAlzira Rodrigues Bouza, começou a carreira cantando, dançando e sapateando no teatro no final da década de 1930, o que lhe rendeu o título de Shirley Temple Brasileira.

Sua estreia deu-se em Santos, na companhia de Nino Nello e Tom Bill, com um espetáculo de variedades intitulado "O Team da Gargalhada".

Isa Rodrigues tinha 8 anos, mas cantou e dançou como gente grande. A menina agradou tanto que passou a integrar o elenco da companhia, que viajava pelo Estado de São Paulo. A menina era tão boa que passou a ser anunciada como a grande atração. Apresentava-se cantando e dançando samba e maxixe.

Em 1936, com nove anos de idade, já é conhecida pelo público paulista e também em outros Estados. A família, então, mudou-separa o Rio de Janeiro.

Isa Rodrigues foi chamada a se apresentar em um show no Teatro República, mo Rio de Janeiro, em homenagem à vedete chilena Eva Stachino, que se despedia do Brasil. No dia do grande espetáculo, estavam na plateia Carmen Miranda, Francisco Alves, Orlando Silva, OscaritoAracy Côrtes e Sílvio Caldas.


A menina cantou e dançou com tal desembaraço e graciosidade que foi considerada o maior sucesso da noite. Luís Iglésias, propôs um contrato com a menina, para estrear na sua próxima revista, no Recreio. O pai Benito Rodrigues recusou, pois estava negociando com outra companhia. Luís Iglésias não quis nem saber o fim da história. Cobriu a oferta e ainda contratou, de quebra, os pais. Nascia assim a Shirley Temple brasileira.

Sua estreia aconteceu na revista "É Batatal!", ao lado de gigantes como OscaritoAracy Côrtes e Eva Todor. Ela fez um dueto histórico com Oscarito, cantando "No Tabuleiro da Baiana", na época, recém-gravada por Carmen Miranda. O jogo de cena entre Oscarito e Isa Rodrigues era impagável. A crítica consagrou o surgimento da nova estrela.

A pequena Isa Rodrigues foi capa da tradicional Revista de Theatro, vestida de baiana. Embaixo de sua fotografia, estavam estampados os seguintes dizeres: "Isa Rodrigues, a vedeta de 1937".

E durante os anos seguintes ela explodiu em popularidade. Era como se fosse uma mini-reprodução das grandes vedetes da Praça Tiradentes. Exímia sapateadora, pode-se dizer que foi a primeira criança prodígio na cena teatral brasileira.

Com o fim das apresentações de "É Batatal!", o Recreio lançou "O Palhaço O Que É?", e logo depois "Mamãe Eu Quero" e "Rumo Ao Catete". Isa Rodrigues estava nestes elencos, repetindo o êxito.

"A Menina de Ouro" foi uma revista escrita especialmente para ela. Estreou no Recreio, em 1937, escrita por Freire Jr. e J. Cabral.

Isa Rodrigues e Carlos Melo
A produção apresentava-a como a menor vedete dos palcos brasileiros e, com certeza, dos teatros do mundo. A peça contava a história da americana Shirley Temple que decide tirar umas férias no sul da Califórnia. Para despistar os fãs e a imprensa, forja uma visita ao Brasil, contratando uma sósia brasileira que, se passando pela atriz, comparece a todos os eventos, atuando em cinema e teatro, enganando a todos. Mas a farsa dura pouco tempo: é descoberta e levada a julgamento. Na hora do veredicto, o clímax da peça, Isa Rodrigues tinha uma grande cena dramática, que emocionava todas as noites.

Entre 1937 e 1941, Isa Rodrigues reinou absoluta na Praça Tiradentes. Seu sucesso era enorme. Havia uma multidão se amassando para ver a estrelinha.

Em 1939, depois de excursionar pelo País, Isa Rodrigues perdeu a maior oportunidade de sua vida: Uma proposta para filmar em Hollywood, ao lado da própria Shirley Temple, feita por dois representantes da MGM na América Latina. O pai Benito Rodrigues recusou, pois tinha acabado de renovar com a Cia. Manoel Pinto.

Em 1941, Isa Rodrigues tentou interromper sua carreira para estudar, mas voltou para ajudar as finanças dos pais que dependiam dela. Ela havia crescido no palco.

Em 1950 casou-se com o ator Carlos Mello, pai de seu único filho, Carlos AlbertoIsa Rodrigues tornou-se uma atriz versátil que havia passado com desenvoltura do teatro de revista para a comédia.

Em 1953, aos 26 anos, Isa Rodrigues retornou à revista em "Mulheres de Todo o Mundo", no Teatro Carlos Gomes, ao lado da amiga desde os tempos do Recreio, Dercy Gonçalves. A ex menina-prodígio e revelação na comédia, pela primeira vez, veste maiô e bota as pernas de fora. O público e a crítica adoraram. Com Dercy Gonçalves ainda atuaria em "Bomba da Paz", no João Caetano. Agora como vedete passou por muitas companhias.


Em 1955, foi elevada ao estrelato como vedete na temporada paulista com Colé Santana, no Teatro Alumínio. Encabeçou o elenco de "Gostei Demais..." e "Gente Bem & Champanhota", onde substitui Nélia Paula. Aproveitou a estada em São Paulo para filmar seu primeiro longa-metragem, "Eva No Brasil".

Estrelou outras revistas como "Te Futuco... Num Futuca" (1959) e "Rio, Amor e Fantasia" (1960). Sua especialidade eram os números de samba e as cenas cômicas. Isa Rodrigues, com Consuelo Leandro e Sônia Mamede, sabia fazer a caricata bonita, engraçada e sensual, ao mesmo tempo.

Em 1962, Isa Rodrigues era a artista mais bem paga da TV Excelsior. Ao lado de outros egressos do Teatro de Revista, participou dos mais célebres programas humorísticos como "Noites Cariocas", "O Riso é o Limite", "Vovô Deville" e "Times Square".

Nos anos 1970, participava dos programas do Chico Anysio e dos Trapalhões da TV Globo.

No cinema, Isa Rodrigues participou de "Eva no Brasil" (1956), "Marido de Mulher Boa" (1960), "E Eles Não Voltaram" (1960), "Três Colegas de Batina" (1962), quando foi dirigida por Darcy Evangelista e atuado com Eliana Macedo e o Trio Irakitan, e "Sexomaníaco" (1976).

Sua despedida dos palcos aconteceu em 1985, com a peça "Viva a Nova República" encenado no Copacabana Palace, ao lado de Íris Bruzzi e Milton Moraes.

Após a despedida dos palcos, Isa Rodrigues se dedicou integralmente a família.

Em 1990, com a morte do marido, também ator, Carlos José Correia de Mello, por vontade própria decidiu mudar-se para o Retiro dos Artistas, onde viveu até falecer, no dia 15/12/2015, aos 88 anos.

Isa Rodrigues e Zé Trindade
Filmografia

  • 1976 - O Sexomaníaco
  • 1962 - Três Colegas de Batina
  • 1960 - E Eles Não Voltaram
  • 1960 - Marido de Mulher Boa
  • 1956 - Eva no Brasil

Fonte: Wikipédia e "As Grandes Vedetes do Brasil" (Neyde Veneziano)
#famososquepartiram #isarodrigues

Padre Quevedo

ÓSCAR GONZÁLEZ-QUEVEDO BRUZÓN
(88 anos)
 Padre Jesuíta, Professor e Parapsicólogo

☼ Madrid, Espanha (15/12/1930)
┼ Belo Horizonte, MG (09/01/2019)

Óscar González-Quevedo Bruzón, conhecido como Padre Quevedo, foi um professor e padre jesuíta de origem espanhola naturalizado brasileiro desde 1960, nascido em Madrid, Espanha, no dia 15/12/1930.

Padre Quevedo foi professor universitário de parapsicologia no Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL) e do Centro Latino-Americano de Parapsicologia (CLAP) até o ano de 2012, quando se aposentou. No Centro Latino-Americano de Parapsicologia, onde era diretor, realizou estudos, difusão e pesquisa sobre o campo da parapsicologia e psicologia. É considerado um dos maiores expoentes do mundo nessa área, tendo 5 carreiras acadêmicas, sendo licenciado em humanidades clássicas, filosofia e psicologia na Universidade Pontifícia de Comillas na Espanha, doutor em Teologia formado na Faculdade de Nossa Senhora de Assunção em São Paulo, além de ter pós-graduação e doutorado em parapsicologia.

Por seus trabalhos foi distinguido com diploma de gratidão e medalha de ouro da cidade de São Paulo outorgado pela Câmara Municipal, bem como, recebeu diploma de honra do IX Congresso Internacional de Parapsicologia de Milão, além de ser distinguido especialmente com um voto expresso e unânime de agradecimento e reconhecimento pelo seu trabalho, pelos participantes no I Congresso Internacional de Psicotrônica (parapsicologia aplicada) realizado em Praga, na República Checa.

Autor de 17 livros, muitos dos quais traduzidos para outras línguas, sendo os mais famosos: "A Face Oculta da Mente", "As Forças Físicas da Mente" e "Antes Que Os Demônios Voltem". Seus livros já foram considerados por membros da Society For Psychical Research de Londres e a International Foundation Of Parapsychology de Nova York, como a melhor coleção de obras de parapsicologia do mundo.

Padre Quevedo foi também membro de honra do Instituto de Investigações Parapsicológicas de Córdoba, bem como membro de honra de diversas instituições em países como Estados Unidos, Espanha, Portugal, Japão, México, Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Peru, entre outros. Também detém o título de Master Magician, que lhe faz ser um dos pouquíssimos mestres em ilusionismo do mundo.

Além do espanhol e português, lia e falava fluentemente latim, grego, hebraico, inglês, francês, aramaico e italiano, podendo recitar de cor, em latim, toda a Bíblia.

Com um sotaque carregado e sempre polêmico, ficou famoso pelo bordão: "Isso non ecxiste!". Renega posicionamentos supersticiosos de religiosos e ditos paranormais que afirmam que podiam realizar milagres através de intervenção do além, sendo tais práticas consideradas pelo padre como ilusionismo, charlatanismo e curandeirismo. Para o mesmo, uma intervenção supranatural do além para o aquém são raríssimas e só podem ser realizadas exclusivamente por Deus.

Suas ações de explicar fenômenos muitas vezes tidos como inexplicáveis e desmascarar farsantes lhe rederam fama, a qual lhe levou a diversos programas de televisão como Fantástico, Programa do Jô, Programa do Ratinho, Agora é Tarde, SuperPop, Tribuna Independente, Sem Censura, Programa Livre, De Frente Com Gabi, O Estranho Mundo de Zé do Caixão, Programa Silvia Poppovic, QG Podcast, entre diversos outros, além de programas da TV argentina, espanhola e portuguesa, para explicar cientificamente a origem de diversos fenômenos tidos como sobrenaturais.

Demonstrava que na maioria dos casos, os mesmos se tratavam de truques de ilusionismo ou raramente eventos parapsicológicos que podiam ser explicados à luz da ciência.

Infância

Óscar González-Quevedo Bruzón é filho do espanhol Manuel González-Quevedo Monfort, deputado tradicionalista de Madrid, ligado à corte do rei Alfonso XIII, e da inglesa Ángeles Bruzón.

Quando tinha três anos de idade viu o seu pai ser preso pela Frente Popular Espanhola por criticar o regime vigente no país, a qual a vinha perseguindo o catolicismo, queimando conventos e matando padres e freiras, sendo assim levado para um campo de trabalhos forçados.

Aos 7 anos de idade, quando visitou seu pai pela última vez, o viu recomendar que sua mãe, juntamente com o irmão dela, se passassem por um casal e fugissem do país para garantir a seguranças das crianças, pois para ele o seu destino como mártir cristão já tinha sido definido. Posteriormente, sua mãe, que tinha sofrido um atentado de assassinato e perdido três irmãos devido a perseguição governamental, comunicou a Quevedo logo quando este fez a primeira comunhão no norte da Espanha que seu pai teria sido fuzilado durante a Guerra Civil Espanhola, sendo suas últimas palavras: "Viva Cristo Rei!". O Papa São João Paulo II teria lhe beatificado como mártir.

Vivendo um exílio forçado em seu próprio país, foi morar clandestinamente em Gibraltar. Passou a viver com seus tios, sendo um deles, Horácio, chefe espírita em Gilbraltar e outro chefe teósofo em Tânger. O primeiro recomendou a Quevedo a leitura de diversos livros de espiritismo, esoterismo, teosofismo e ocultismo, o que segundo o próprio Quevedo, teria enchido sua cabeça de minhocas.

Sua prima, Tereza González-Quevedo, mas conhecida como Teresita, que foi proclamada venerável pelo Papa São João Paulo II, lhe ensinou os primeiros truques de mágica com cartas, o que fez Quevedo se admirar ainda mais pelo ilusionismo. Tempo depois, após ter entrado na faculdade e ter feito longos estudos de livros de parapsicologia, abandonou os ensinos espíritas, teosóficos, esotéricos e ocultistas e criou uma verdadeira paixão pelas explicações racionais para os fenômenos através da parapsicologia, sendo que todos os seus trabalhos, seminários para licenciaturas, mestrado e doutorado sempre foram voltadas para a área. Posteriormente, ele passou a explicar o que aprendera através da parapsicologia ao seu tio Horácio, contribuindo assim para sua conversão ao catolicismo.

Ao estudar Humanidades Clássicas na Universidade Pontifícia de Comillas na Espanha, descobriu sua vocação religiosa, posteriormente formou-se em Filosofia e Psicologia na Universidade de Santander e decidiu ir para um seminário jesuíta. Nesse tempo aprofundou seus estudos sobre o além, particularmente sobre magia e ilusionismo e acabou se tornando conhecido no campus da faculdade.

Brasil

O então reitor da Faculdade de Filosofia, Padre Vicente González, conhecendo o interesse de Quevedo pelo ocultismo, recomendou que o mesmo viesse para o Brasil, um campo fértil para pesquisadores do sobrenatural, visto a forte superstição da cultura popular.

Quevedo desembarcou no Rio de Janeiro e foi para um seminário em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, onde residiu por 3 anos e em 1961 foi ordenado Padre após estudar teologia no Colégio.

Naturalizado brasileiro, passou a afirmar de maneira orgulhosa que se considerava mais brasileiro do que os próprios brasileiros nascidos no Brasil, porque estes últimos não tiveram a opção de nascer ou não no Brasil, mas ele teria optado em querer ser brasileiro, e brincava dizendo que por não ser perfeito ainda tinha tido 29 anos como espanhol.

Polêmica: Voto de Silêncio

Quando chegou ao Brasil, surgiram dificuldades e mal entendidos, e sofreu pressões por oito anos. Posteriormente um de seus superiores da Companhia de Jesus achou que Parapsicologia era herética e mandou-o ficar em silêncio, proibindo, mesmo sem ler, a venda de seu livro "Antes Que Os Demônios Voltem". Quevedo pelo voto de obediência, ficou em silêncio por seis anos até que Dom Luciano Mendes buscou tomar medidas referentes ao caso. Dom Paulo Evaristo Arns foi a Roma esclarecer o caso perante a Igreja, a qual desconhecia os eventos.

Os membros da Santa Sé ao lerem o livro se maravilharam com o conteúdo, sendo a partir de então recomendado em diversas universidades. As incompreensões foram superadas, o seu superior foi substituído, Quevedo saiu do silêncio e o Centro Latino-Americano de Parapsicologia (CLAP) foi reaberto e desde então o padre passou a ter o apoio dos jesuítas e também dos bispos. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) solicitou-lhe durante muitos anos que ministrasse anualmente curso de parapsicologia para sacerdotes e agentes de pastoral, até o dia que o mesmo se aposentou das atividades.

Participações na TV

Na década de 1970, a TV Globo trouxe ao Brasil o ilusionista Uri Geller, o qual afirmava que dominava eventos paranormais. Após um encontro de cinco horas no ar com o Padre Quevedo, este último demonstrou que o que Uri Geller fazia de entortar colheres, garfos, facas, chaves e quebrar relógios não passava de truques de ilusionismo. No dia seguinte, o próprio Uri Geller reconheceu que tudo não passava de técnicas, contudo, para não ter que se retratar em público, Roberto Marinho e Adolpho Bloch prometeram ao Padre Quevedo que em troca de uma retratação por parte Uri Geller, ele pegaria o primeiro voo e nunca mais se falaria nele tanto na TV Globo como na extinta Rede Manchete. A Rede Manchete até cogitou a possibilidade de lançar, no dia seguinte, em sua revista o resultado do confronto, onde o padre aparecia levitando Uri Geller e com o seguinte título: "Padre Quevedo VS Uri Geller, Nocaute No 1º Round".

Na década de 1980, outro refutado pelo padre parapsicólogo foi o médium Thomas Green Morton, que afirmava ter poderes de entortar talheres, exalar perfume e que fazia luzes emanar de seu corpo. O Padre Quevedo demonstrou que a luz que Thomas Green Morton afirmava emanar do corpo, se tratava de um truque através de uso de fósforo que se inflamava em contato com o ar.

Especialmente durante a década de 1990, participou de diversos programas televisivos onde debatia com médiuns, pastores, ufólogos, ateus e curandeiros. Sempre quando alguém alegava um poder excepcional, Padre Quevedo dava uma explicação científica ou ainda realizava a mesma coisa que o dito mediúnico.

No programa no SBT de Silvia Poppovic, que abordava o tema mediunidade, o médium Ivan Trilha, atravessou um fio pela garganta de um pessoa da plateia, afirmando que se tratava um poder excepcional, e que ela não sangraria nem sentiria dor, embora a mulher se queixasse de dores e sangue. No mesmo momento que o dito médium realiza a apresentação, Padre Quevedo atravessou a própria garganta com um grande alfinete de fralda, sem sangue ou dor, alegando que o que Ivan fazia ele também fazia, pois se tratava de faquirismo e não um poder mediúnico.

No programa Globo Repórter, o Padre Quevedo demonstrou que as ditas materializações no algodão realizadas por Dona Ederlazil Munhoz Cardoso, eram truques realizadas pela autora através de truque e não pelos ditos milagres. A mulher escondia uma das mão e depois trazia os objetos e jogava sobre o algodão molhado.

Tempos depois, o Padre Quevedo provou que um dita casa fantasma que pegava fogo tinham as chamas geradas por truque através de barbantes embebidos em querosene. Certa vez Padre Quevedo foi convidado a gravar uma entrevista sobre Nossa Senhora de Guadalupe e seu milagre. A TV Globo queria que ele falasse se tratar de fenômeno espírita. Como não concordou, pois afirmara ser milagre, sua participação nunca mais aconteceu na emissora.

O Caçador de Enigmas

Parapsicólogo famoso, comumente chamado em programas de auditório brasileiros para dar explicações sobre fenômenos desconhecidos, lhe fez uma figura famosa no Brasil. Tal notoriedade também lhe rendeu uma série dentro do programa Fantástico, chamada de "O Caçador de Enigmas", em que tinha como objetivo dar a interpretação para fenômenos paranormais. O programa sucedeu o de Mr. M, e o objetivo inicial era que Quevedo fizesse o personagem cujo título seria Mr. Q. Porém negou, mesmo porque seu superior, José Antônio Netto, da Ordem dos Jesuítas era contra a associação da imagem do padre com a do mágico estadunidense.

O programa ia ao ar nos domingos a cada 15 dias, entre 02/01/2000 a 05/05/2000 com audiência que atingia picos de 42 pontos. Entre os diversos episódios, o referente a telecinésia, ele comprovou que os objetos que eram arremessados contra as paredes ou contra pessoas em um dita casa mal assombrada não tinham nada de sobrenatural, mas eram eventos fabricados por uma das filhas do casal, conforme registrado pelas câmeras de filmagens instaladas.

Em outro episódio o Padre Quevedo ficou cara a cara com Marcos Fabian Vieira, um homem que afirmava ter feito um pacto com o diabo e que o incorporava. Na oportunidade o padre entrevistou o dito Lúcifer incorporado e começou a falar com ele em hebraico, uma língua semelhante ao aramaico, que Jesus falava e a qual teria sido usada por Satanás para lhe tentar no deserto. Sem entender uma palavra o mesmo começou a se irritar, então o Padre Quevedo, de joelhos, pediu para que com seus poderes lhe dobrasse o dedo, mas o dito Lúcifer falou que tinha algo reservado para o padre. Sem titubear o Padre Quevedo lhe pediu para que o matasse, mas o mesmo apenas disse que a morte lhe estava reservada. Treplicando, Padre Quevedo pediu que marcasse uma data, pois de maneira jocosa fez graça com a situação afirmando que era cardíaco e como tal, uma hora morreria como qualquer outra pessoa. Padre Quevedo, afirmou que com boa ou má intenção Marcos Fabian Vieira não sabia nada sobre o que ou quem era Lúcifer, estando o tempo todo errado.

Mesmo com um aumento médio de 5 pontos na audiência em comparação ao programa anterior do Mr. M, a série foi finalizada em maio de 2000. Embora o Padre Quevedo tenha demonstrado um grande apreço pela equipe do Fantástico, é possível que a série tenha sido interrompida por um dos chefes da TV Globo por achar desagradável a desmistificação de suas crenças. Provavelmente os argumentos do Padre Quevedo começaram a ser resumidos nos episódios, depois começaram a cortar os desafios. Se em um episódio se desvendava fraudes espíritas, logo um programa dedicado ao espiritismo vinha em outra grade da emissora. Até que o programa chegou ao fim.

Desafios

Após o final do contrato com a TV Globo, o Padre Quevedo voltou a participar de debates e entrevistas em outras redes de televisão no Brasil e na América Latina. Um dos debates mais marcantes ocorreu entre o mesmo e Inri Cristo, o qual dizia ser a reencarnação de Jesus Cristo. O debate ocorreu na programa TV Tribuna, da TV Iguaçu, filiada ao SBT, onde o Padre Quevedo para provar que aquele que se intitulava a reencarnação de Jesus Cristo era um farsante, falou com ele em latim, grego e hebraico, mas, Inri Cristo não entendia o que ele dizia. Em seguida lhe pediu que acrescentasse um dedo ao presidente Lula, o que só irritava ainda mais Inri Cristo. Posteriormente, ambos se encontraram no Programa do Ratinho, onde o Padre Quevedo desafiou que Inri Cristo dobrasse-lhe o dedo com os seus poderes ditos divinos, o padre chegava a chamá-lo de "Inri Crista", porque seria muita crista dele comparasse a Jesus Cristo.

Por desafiar pessoas que afirmavam que tinham o poderes sobrenaturais sobre este mundo, como deixar alguém doente ou até matar uma pessoa através de feitiçaria, sempre desdenhoso e rindo dos feiticeiros pedia que estes fizessem feitiços contra ele:
"Venham todos contra mim. Não tem poder nenhum. Isso não existe!"
Normalmente sempre lançava a aposta de 10 mil dólares se alguém através de ditos poderes sobrenaturais pudesse lhe dobrar o dedo:
"Te doou 10 mil dólares se com teus poderes me dobrares esse dedo!"
Em sua última apresentação em TV aberta, no programa Agora é Tarde, apresentado por Danilo Gentilli, o Padre Quevedo apresentou um cheque de 200 mil reais, afirmando que o daria para aquele que com o poderes sobrenaturais pudesse dobrar o seu dedo.

No ano de 2012, o Padre Quevedo resolveu atender ao pedido da Companhia de Jesus e encerrou suas atividades devido sua idade avançada. A partir de então passou a residir em Belo Horizonte, na residência jesuíta Irmão Brandão, onde ficava recluso e não dava mais entrevistas, embora continuasse escrevendo e enviando suas informações para São Paulo onde eram postadas por sua equipe na internet.

Quem mantinha contato com ele eram os funcionários do Instituto Padre Quevedo de Parapsicologia, que já avisaram que o museu Paixão de Quevedo estava concluído.

Carreira

Conforme o Drº Francisco Vásquez, especialista em cirurgia digestiva e Geral da Academia de Ciências Médicas de Catalunha e da Segurança Social Espanhola, o Padre Óscar Gonzalez-Quevedo, através do seus cursos de divulgação abriu, ao numeroso público, as portas do conhecimento do enigma humano. Médicos, psicólogos, licenciados e universitários em geral puderam matizar e precisar conceitos dentro desse vasto mundo oculto, do qual o psiquismo humano é portador inconsciente.

Seus livros foram acolhidos como extraordinário interesse e a prova são as numerosas edições. Tornando-se o Centro Latino-Americano de Parapsicologia (CLAP) orgulho para o Brasil e referência em parapsicologia para toda América Latina, por ser ele, farol constante de esclarecimentos e de veracidade, para onde dirigem seus olhares, entre outros, os países da velha Europa.

Como cientista, Padre Quevedo estudou os fenômenos parapsicológicos em todo o mundo para apresentar à sociedade uma explicação reta e científica referente aos eventos naturais. Como sacerdote, deteve-se a eliminar os erros de interpretação, separar a verdade da superstição e diferenciar o verdadeiro do falso milagre.

Segundo o mesmo "O Brasil seria um país mais supersticioso do mundo!", campo fértil para charlatões das mais diversas espécies. Assim argumentava que a primeira hipótese para os casos ditos miraculosos é sempre a fraude, onde o charlatão busca enganar os demais através de truques e técnicas de ilusionismo. A segunda hipótese e bem mais rara seria a manifestação de um fenômeno parapsicológico que não pode ser controlado pelo seu autor, e por fim, rarissimamente o milagre que só pode ser realizado exclusivamente por Deus, nunca por ação de homens ou espíritos dos mortos.

Padre Quevedo, dentre diversas obras, abordou sobre os eventos parapsicológicos na obra "A Face Oculta da Mente" e sua continuação "As Forças Físicas da Mente". Em ambos os livros o jesuíta afirma que os fenômenos parapsicológicos de efeitos físicos são muito mais raros que os efeitos psíquicos. Mesmo entre as pessoas dotadas capazes de produzi-los é muito comum manifestar apenas os fenômenos de efeitos físicos mais simples como: Tipologia (golpes e pancadas sobre a mesa ou paredes sem contato ou com contato suficiente), Fotogênese (luzes errantes) ou em último caso bem mais raro, a Telecinesia (movimentos de objetos sem contato).

O Centro Latino-Americano de Parapsicologia (CLAP)

Após decidir morar em São Paulo, por causa da Faculdade Anchieta, vinculada a comunidade Jesuíta. Fundou em 11/05/1970, o Centro Latino-Americano de Parapsicologia (CLAP), dedicando-se ao estudo, pesquisa e difusão da Parapsicologia. Nesse lugar, funcionava a maior biblioteca de parapsicologia do mundo, com quase 10 mil livros sobre o assunto, além de slides, fitas de vídeo, fotos, documentos, bem como uma biblioteca de mágica, considerada por especialistas como a melhor biblioteca de ilusionismo do mundo.

O Padre Quevedo se aposentou e sua equipe fundou o Instituto Padre Quevedo de Parapsicologia, prosseguindo os trabalhos com as mesmas finalidades e objetivos. Neste Instituto, além de ampla Biblioteca, do Memorial Padre Quevedo (com todo o acervo de sua vida e obras) se mantém um Museu da Parapsicologia, que coleciona objetos usados em rituais de ocultismo, esoterismo, cultos afro-brasileiros, muitos dos quais foram encontrados na rua e o Padre Quevedo foi recolhendo para colecionar e mostrar as pessoas que aqueles objetos não tinham poder algum sobre o homem. Segundo Padre Quevedo, o único milagre que se poderia encontrar lá seria alguma sala sem a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, da qual era devoto.

Charlatanismo

Como maneira necessária para desmascarar charlatões, o Padre Quevedo se tornou um exímio ilusionista, embora muitas vezes não tivesse os instrumentos necessários para realizar um truque, todavia, conhecia as técnicas usadas por falsários como maneira de iludir a população seja através de técnicas de faquirismo, cirurgias espirituais ou alegação de dominação de faculdades parapsicológicas ou comunicação com os mortos.

Muitos casos de charlatanismo estavam relacionados a práticas de curandeirismo, outros ligados a suposto controle de domínios parapsicológicos afirmavam que com poderes da mente, dos extraterrestres ou ainda dos mortos, poderiam entortar colheres, materializar objetos, emanar luzes, criar fogo ou levitar uma pessoa. Em todos casos apresentados, o Padre Quevedo sempre apresentava uma explicação natural para os eventos, sendo na maioria dos casos técnicas de ilusionismo que o próprio sacerdote também demonstrava perante o público para comprovar que tudo não passava apenas de uma técnica de ilusionismo que os charlatões se utilizavam para enganar o público.

Curanderismo

Padre Quevedo desde o início de sua carreira no Brasil teve uma preocupação em combater o charlatanismo e curanderismo pregados por supostos médiuns. Afirmava com veemência que os curandeiros muitas vezes não cobravam diretamente pelos seus serviços, mesmo assim de maneira indireta muitos deles recebiam verdadeiras fortunas.

Os grandes curandeiros estariam sempre ligados a uma máquina propagandística e as cirurgias espirituais era na verdade exercício ilegal da medicina, onde o médium perante a paciente sugestionava a mesma a neutralizar a dor, mas deixava-lhe a doença. Entrevistando muitas pessoas que consultaram o médium Zé Arigó, Padre Quevedo afirmava que 90% das pessoas sugestionadas pelo médium diziam que os problemas de saúde não tinham sido resolvidos.

Padre Quevedo afirmara:
"O curandeiro é sempre perigoso e, quando cura, é criminoso! Porque tira a dor, mas deixa a doença, tira o sintoma, mas deixa a causa!"
Para desmascarar o charlatões, Padre Quevedo, como ilusionista, aprendeu as técnicas usadas pelos médiuns para fazer cirurgias espirituais. Muitas vezes usando de facas ocas que derramavam sangue pelo cabo, dando a falsa impressão que o paciente teria sido cortado, em seguida fazia-se pressão sobre o abdômen do paciente e com habilidades técnicas dava-se a impressão que tumores ou até mesmo objetos estão saindo de dentro do sugestionado através das mãos do médium. Muitas vezes eram usadas vísceras de animais, principalmente galinhas. Ao final, limpava-se a região supostamente cortada com algodão, dando a falsa impressão que a pessoa teria passado por uma cirurgia espiritual, assim teria uma cicatrização perfeita, sem marcas de cortes.

Padre Quevedo dedicou uma obra denominada "Curanderismo: Um Mal Ou Um Bem?" que também foi lançado com o nome "O Poder da Mente na Cura e a Doença" para tratar de assuntos relacionados ao poder do psiquismo e as doenças a ele relacionado, fazendo uma abordagem referente aos serviços, diagnósticos e adivinhação realizado pelos curandeiros, além de curas parapsicológicas, curas a distância e a medicina psicossomática.

Demonologia

O pioneirismo do Padre Quevedo ao escrever livro "Antes Que os Demônios Voltem" lançado em 1981 e retirado da censura no início de 1989, tornou-se uma das melhores obras já realizadas sobre demonologia. A obra examina com profundo critério científico e abarcando os mais diversos ângulos da história, teologia, filosofia, psiquiatria e parapsicologia sobre os eventos. O livro destaca os mais fantásticos casos de demonologia explicados através de fenômenos parapsicológicos: Levitação, estigmas, feitiços, movimentos de objetos, penetração da matéria, adivinhações, entre outros.

Em seus estudos o padre parapsicólogo busca apresentar a questão de fenômenos atribuídas aos demônios do ponto de vista doutrinal e experimental; filosófico e teológico, além de psicológico e parapsicológico, unificando as teorias e a ciência em explicações naturais. Com uma rica bibliografia a obra visa tomar posicionamentos maduros através da fé e da razão, dando sentido teológico para o que é espiritual e explicação científicas para as questões naturais.

Morte

Padre Quevedo faleceu na madrugada do dia 09/01/2019, aos 88 anos, em Belo Horizonte, MG, vítima de complicações cardíacas. Padre Quevedo faleceu na Casa Irmão Luciano Brandão, no Bairro Planalto, onde são atendidos jesuítas idosos e com problemas de saúde. Ele morava no local desde 2012.

O velório foi realizado no Ginásio da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia. O sepultamento ocorreu no dia 10/01/2019, às 11h00, no Cemitério Bosque da Esperança, no Bairro Jaqueline, Belo Horizonte, MG.

Publicações
  • O Que é Parapsicologia
  • A face Oculta da Mente
  • As Forças Físicas da Mente
  • O Poder da Mente na Cura e na Doença
  • Antes Que os Demônios Voltem
  • Os Espíritos e os Fenômenos Parafísicos
  • Há Provas de Que os Mortos Agem?
  • Identificação dos Mortos?
  • As Provas da Ciência
  • Palavra de Iahweh
  • Nossa Senhora de Guadalupe
  • Milagres - A Ciência Confirma a Fé
  • Os Milagres e a Ciência
  • Alguns Milagres na História da Igreja
  • Corpos Incorruptos
  • Revitalizações na História Sagrada.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #PadreQuevedo

Miguel Arraes

MIGUEL ARRAES DE ALENCAR
(88 anos)
Advogado, Economista e Político

* Araripe, CE (15/12/1916)
+ Recife, PE (13/08/2005)

Miguel Arraes de Alencar foi um advogado, economista e político brasileiro. Foi prefeito do Recife, deputado estadual, deputado federal e por três vezes governador do estado de Pernambuco.

Nasceu em Araripe, interior do Ceará, primogênito e único filho (sexo masculino) de Maria Benigna Arraes de Alencar e José Almino de Alencar e Silva, pequenos agricultores.

Durante a juventude Miguel Arraes mudou-se para Crato, com o objetivo de concluir o ginásio (ensino fundamental). Nesses anos, um fato marcou muito a sua personalidade: flagrou um curral com três flagelados presos simplesmente por tentarem fugir da seca para Fortaleza. A respeito, afirmou: "É uma lembrança que guardo para sempre. Era um horror difícil de compreender e marcou meu jeito de ver as coisas!"

Em 1932, aos 17 anos, foi aprovado no vestibular da Faculdade de Direito da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro. Simultaneamente, também foi aprovado no concurso público de escriturário do Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA), sendo lotado no Recife.

Após a posse no cargo, conseguiu a transferência para a Faculdade de Direito do Recife, incorporada posteriormente à Universidade Federal de Pernambuco. Formou-se em 1937. No ano seguinte, foi promovido a assistente do diretor de Fiscalização, cargo no qual permaneceu até 1941, quando passou a ser chefe de Secretaria.

Em 1943 ascendeu a Delegado Regional, ocupação que deixou em 1947, ao assumir a Secretaria de Fazenda do Estado de Pernambuco, por indicação de Barbosa Lima Sobrinho, que havia sido eleito governador do estado naquele ano e com quem havia trabalhado no Instituto do Açúcar e do Álcool.

Carreira Política Antes do Golpe de 1964

Elegeu-se governador em 1962, com 47,98% dos votos, pelo Partido Social Trabalhista (PST), apoiado pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) e setores do Partido Social Democrático (PSD), derrotando João Cleofas de Oliveira da União Democrática Nacional (UDN), representante das oligarquias canavieiras de Pernambuco. Seu governo foi considerado de esquerda, pois forçou usineiros e donos de engenho da Zona da Mata do Estado a estenderem o pagamento do salário mínimo aos trabalhadores rurais, o Acordo do Campo, e deu forte apoio à criação de sindicatos, associações comunitárias e às ligas camponesas.

Com o golpe militar de 1964, tropas do IV Exército cercaram o Palácio das Princesas, sede do governo estadual. Foi-lhe proposto que renunciasse ao cargo para evitar a prisão, o que prontamente recusou para, em suas palavras, "não trair a vontade dos que o elegeram". Em consequência, foi preso na tarde do dia 01/04.

Deposto, foi encarcerado em uma pequena cela do 14º Regimento de Infantaria do Recife, sendo posteriormente levado para a ilha de Fernando de Noronha, onde permaneceu por onze meses. Posteriormente, foi encaminhado para as prisões da Companhia da Guarda e do Corpo de Bombeiros, no Recife, e da Fortaleza de Santa Cruz, no Rio de Janeiro.

Seu pedido de Habeas Corpus no Supremo Tribunal Federal foi protocolado em 19/04, sob o número 42.108. Foi concedido, por unanimidade, fundamentado em questões processuais (foro privativo de governadores e necessidade de autorização da Assembléia Legislativa). A exceção foi o voto do ministro Luís Galloti, que concedeu o Habeas Corpus em função do flagrante excesso de prazo da prisão. O então procurador-geral da República, Oswaldo Trigueiro, opinou pela manutenção de sua prisão. Libertado em 25 de maio de 1965, exilou-se na Argélia.

Miguel Arraes após voltar do exílio. Brasília, 1979.
O Exílio

Concedido o Habeas Corpus, Miguel Arraes foi orientado por seu advogado, Sobral Pinto, a exilar-se, sob pena de voltar a ser preso pela ditadura. Após recusa da França em recebê-lo, Miguel Arraes cogitou pedir asilo ao Chile - onde, alguns anos depois, houve em 1973 o golpe militar de Pinochet. Assim, Miguel Arraes tomou a Argélia como destino. Parecia até proposital, pois a Argélia tinha problemas sociais parecidos com os do Brasil.

Durante o exílio, foi condenado à revelia, no dia 02/03/1967, pelo Conselho Pernambucano de Justiça da 7ª Região Militar. A pena, de 23 anos de prisão, foi pelo crime de "subversão".

Carreira Política Após a Anistia

Em 1979, com a anistia, voltou ao Brasil e à política. Elegeu-se deputado federal em 1982, pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Em 1986 venceu as eleições para governador de Pernambuco, ainda pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro, derrotando o candidato do Partido da Frente Liberal (PFL) e do governo, José Múcio Monteiro.

Seu governo foi caracterizado por programas voltados ao pequeno agricultor, como o Vaca Na Corda, que financiava a compra de uma vaca e o Chapéu de Palha, que empregava canavieiros, no período de entre-safra, na construção de pequenas obras públicas. Outro ponto central foi a eletrificação rural.

Em 1990, filiou-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). Foi eleito mais uma vez governador em 1994, aos 78 anos, sendo um dos principais opositores ao governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, posição esta que lhe custou caro politicamente.

Seu último governo foi marcado pela grave crise financeira do estado e pela greve das polícias civil e militar. Perdeu a reeleição em 1998 para seu ex-aliado e ex-prefeito do Recife Jarbas Vasconcelos, que obteve mais de 64% dos votos válidos.

Em 2002, com 86 anos, venceu sua última eleição, elegendo-se o quarto deputado federal mais votado do estado de Pernambuco, mas desta vez apóiou como candidato à presidência o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, que ficou na terceira colocação na eleição presidencial do primeiro turno. Uma candidatura própria à Presidência da República foi de grande importância para o crescimento do partido do qual era cacique, o Partido Socialista Brasileiro (PSB). No segundo turno apoiou o candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aliado seu nas outras eleições presidenciais.

Neste seu último mandato como deputado federal fez parte, junto com os integrantes de seu partido, o Partido Socialista Brasileiro (PSB), da base aliada do governo do presidente Lula, sendo responsável pela indicação de ministros que iriam ocupar o Ministério da Ciência e Tecnologia no primeira gestão de Lula, destacando-se na função seu neto e herdeiro político Eduardo Campos.

Internação e Morte

Miguel Arraes foi internado no dia 16/06/2005, com uma suspeita de dengue. Sua saúde piorou no dia 19, quando, vitimado por uma arritmia e a consequente queda de pressão, foi entubado e passou a respirar por aparelhos. Também foi detectada uma infecção pulmonar.

Teve uma ligeira melhora nos dias seguintes. Foi submetido a hemodiálises e no dia 02/07/2005, todos os aparelhos foram retirados. Miguel Arraes conversava com parentes e amigos e assistia à TV, opinando sobre a situação caótica em que se encontrava a política, com os escândalos do mensalão. Nos dias seguintes, foi diagnosticada uma pneumonia. No dia 20/07/2005, recebeu a visita do presidente Lula.

Em 29/07/2005, uma artéria do pulmão esquerdo se rompeu, provocando uma hemorragia e ocasionando uma cirurgia de emergência. Apesar da sobrevida, os rins e o fígado apresentaram falhas e novamente precisou ser submetido a sessões de hemodiálise, diariamente.

Ainda assim, deu sinais de recuperação, mantendo a consciência. No dia 12/08/2005, foi anunciado que deixaria a UTI. Porém, durante a madrugada, piorou e o quadro era o de uma infecção generalizada, pela terceira vez. No fim da manhã, faleceu depois de 59 dias de internação na UTI do Hospital Esperança, no Recife. A causa mortis foi um choque séptico causado por infecção respiratória, agravada por insuficiência renal.

Seu corpo foi velado no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, no dia 13/08/2005. O cortejo fúnebre saiu no final da tarde do dia 14/08/2005 em direção ao Cemitério de Santo Amaro no Recife, onde foi sepultado, seguido por milhares de pessoas que cantavam antigos jingles das suas campanhas políticas.

Na ocasião o presidente Lula divulgou a seguinte nota, após decretar luto oficial por três dias:


"A morte do deputado federal e ex-governador Miguel Arraes é uma enorme perda para o povo brasileiro. Arraes foi, sem dúvida, uma das maiores lideranças das lutas populares que marcaram a segunda metade do século 20 no Brasil. Por isso, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, quer manifestar não só seu pesar pessoal pela perda de um amigo, mas também grande tristeza pela ausência de um companheiro que com sua experiência, sabedoria e capacidade de resistência fará muita falta no trabalho em favor da justiça social em nosso país."

Pouco mais de um ano após sua morte, no dia 15/12/2006, data que se comemoraria os 90 anos de seu nascimento, a jornalista pernambucana Teresa Rozowykwiat lançou na Livraria Cultura do Recife o livro "Arraes", a primeira biografia autorizada sobre a vida do ex-governador. A autora contou com informações exclusivas repassadas pela viúva, Magdalena Arraes, principalmente sobre o período em que viveu no exílio após o golpe militar de 1964. O livro aborda fatos que apenas a família tinha conhecimento e detalhes sobre sua personalidade, que só os mais íntimos conheciam.

No final de 2008, a viúva, Magdalena Arraes, criou o Instituto Miguel Arraes com o objetivo de preservar a memória do ex-governador. Nessa ocasião o jornalista e chagista do jornal Diário de Pernambuco, Lailson de Holanda, selecionou mais de 500 charges feitas por ele durante mais de 30 anos sobre o governador Miguel Arraes, representando-o em diferentes momentos da história política recente de Pernambuco, desde de sua chegada do exílio político. O mesmo jornalista também lançou um livro com a coleção de suas melhores charges sobre o ex-governador, chamado de "Arraestaqui".

Futuramente a viúva do ex-governador também pretende disponibilizar para o público, através do novo instituto, cartas, fotografias e anotações feitas pelo mesmo.

Família

Miguel Arraes teve oito filhos (duas mulheres e seis homens) com sua primeira esposa, Célia de Sousa Leão. Viúvo em 1961, casou-se novamente, desta vez com Maria Magdalena Fiúza, com quem teve mais uma filha e um filho. Era primo carnal, ou seja, filhos do casamento de duas irmãs com dois irmãos, de Miguel Edson Arraes de Alencar, que coincidentemente possuía seu nome até sua precoce morte aos 42 anos.

Miguel Edson casou-se com Conceição Aparecida Vieira Arraes de Alencar e teve três filhos, Alexandre Arraes (médico), Maria Celina Arraes (economista e diretora da parte internacional do banco central) e Fátima Arraes (advogada). Ao falecer, a família do governador estava composta, além dos dez filhos e filhas, por seis netas, onze netos, uma bisneta e cinco bisnetos. Tornaram-se notórios o seu filho, Guel Arraes (diretor de televisão e cinema), sua filha Ana Arraes (deputada federal), a sua neta Marília Arraes (Vereadora do Recife) e seus netos Eduardo Campos (governador de Pernambuco) e Antônio Campos (Advogado, escritor, membro da Academia Pernambucana de Letras e curador da Festa Literária Internacional de Pernambuco - Fliporto)

Fonte: Wikipédia