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Paulo Silvino

PAULO RICARDO CAMPOS SILVINO
(78 anos)
Ator, Humorista, Compositor e Cantor

☼ Rio de Janeiro, RJ (27/07/1939)
┼ Rio de Janeiro, RJ (17/08/2017)

Paulo Ricardo Campos Silvino, mais conhecido por Paulo Silvino, foi um ator, humorista e compositor brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 27/07/1939.

Filho de Silvino Netto e Naja Silvino, não tardou a despontar para a carreira artística. Com 20 anos, ao lado de nomes como Altamiro Carrilho, Durval Ferreira e Eumir Deodato, lançou o LP "Nova Geração Em Ritmo de Samba", compondo e interpretando com sua voz abaritonada a maioria das canções, ainda sob o nome de Silvino Júnior.

Durante as décadas de 1960 e 1970, ampliou sua produção musical e teatral, escrevendo e atuando em peças e filmes. Passou pelas extintas TV Tupi, TV Continental, TV Rio e TV Excelsior.

Paulo Silvino estreou na TV Globo em 1967, em "TV Ó - Canal Zero" e ganhou dois prêmios como o melhor comediante de televisão do ano. Desde então, apresentou e foi destaque em diversos programas de humor da TV Globo: "Faça Humor, Não Faça Guerra", "Satiricom", "Planeta dos Homens", "Balança Mas Não Cai", "Viva o Gordo" e "Brasil Pandeiro".

Em 1988, Paulo Silvino comandou inúmeras vezes o "Cassino do Chacrinha", substituindo o Velho Guerreiro, Chacrinha.

Paulo Silvino no programa "Satiricom", 1974
Paulo Silvino esteve no SBT de 1989 a 1992, onde atuou em "A Praça é Nossa" e na "Escolinha do Golias", ao lado de Ronald Golias.

Participou da "Escolinha do Professor Raimundo", entre 1993 e 1995, na TV Globo, e da "Escolinha do Barulho" (1999), na TV Record.

De volta à TV Globo, participou do programa "Zorra Total", onde já fez muitos personagens, mas atualmente interpretava o mulherengo Alceu.

O humor de Paulo Silvino é fortemente baseado em bordões e piadas de duplo sentido. É, portanto, típico daquele que fez escola nos programas no qual atuou nos anos 60 e 70. São memoráveis o bordão do policial Fonseca, em quadro no qual contracenava com Jô Soares ("Guenta, doutor, ele gueeeeenta!"), e, do porteiro Severino ("Isso é uma tremenda bichona, seu diretor!" e "Cara, crachá! Cara, crachá!").

Paulo Silvino sempre buscou a piada simples, mas de gosto popular, ao criar seus tipos, popularizando assim os bordões de seus personagens.

No cinema, participou de "Um Edifício Chamado 200" (1973), "Com a Cama na Cabeça" (1973), "O Rei da Pilantragem" (1968), "Minha Sogra é da Policia" (1958) e "Sherlock de Araque" (1957).

Paulo Silvino é pai de três filhos: Flávio Silvino, João Paulo Silvino e Isabela Silvino.


Após gravar seu primeiro LP e atuar em algumas novelas da TV Globo, Flávio Silvino teve sua carreira parcialmente interrompida em 02/11/1993 ao sofrer um grave acidente de carro que lhe causou danos cerebrais ao deixá-lo em coma durante 3 meses e meio.

Paulo Silvino fazia parte do elenco de "Zorra Total" com seu personagem Severino, que participava do Strip Trem Quiz, e o Senador ("Eu quero é mamar!"). Com a mudança no "Zorra Total", Paulo Silvino integrou o novo elenco do programa que tem pelo nome de "Zorra" apenas. Em 2017 deixou o programa.

Paulo Silvino descobriu em julho de 2016 que tinha um endocarcinoma, câncer de estomago. Foi operado com sucesso total pelo cirurgião oncologista Drº Leonaldson Castro e, desde o início de setembro de 2016, fazia sessões de quimioterapia para a remissão da enfermidade.
"Só faltam quatro sessões e Paulo Silvino está ótimo! A intenção é voltar logo para a telinha mas antes disso estaria lançando, em março de 2017, seu livro-vídeo 'As Aventuras do Papaceta'"
"Quero morrer na ativa, trabalhando na minha querida TV Globo", contou certa vez. Paulo Silvino esteve na emissora desde 1966. Nesses 50 anos de casa, participou de diversos programas humorísticos, apresentou-se no programa de auditório "Porque Hoje é Sábado", foi redator do "Domingão do Faustão" e chegou a narrar uma novela, "O Pulo do Gato" (1978).

Morte

Paulo Silvino morreu na manhã de quinta-feira, 17/08/2017, aos 78 anos, no Rio de Janeiro, vítima de um câncer no estômago. Segundo a Central Globo de Comunicação, o humorista morreu em casa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, no início da manhã.

Em redes sociais, o filho mais novo do ator, João Paulo Silvino, lamentou a morte do pai:
"Que Deus te receba de braços abertos meu pai amado!"
Segundo a família, Paulo Silvino chegou a ser submetido a uma cirurgia em 2016, mas o câncer se espalhou e a opção da família foi que ele fizesse o tratamento em casa. A filha de Paulo Silvino, Isabela Silvino, também usou as redes sociais para falar sobre a morte do pai:
"Amigos, obrigada por todas as mensagens. Ainda estou naquele processar isso tudo. Mas posso dizer que ele foi bem. Sem sofrer!"

Fonte: Wikipédia e G1
Indicação: Valmir Bonvenuto e Miguel Sampaio e Fadinha Veras
#FamososQuePartiram #PauloSilvino

Dorinha Tapajós

DORA TAPAJÓS GOMES
(38 anos)
Cantora

* Rio de Janeiro, RJ (02/09/1950)
+ Rio de Janeiro, RJ (17/08/1989)

Dorinha Tapajós, era filha de Paulo Tapajós e irmã dos compositores Maurício Tapajós e Paulinho Tapajós. Foi criada em Botafogo, convivendo desde cedo com compositores e cantores que frequentavam sua casa.

Em junho de 1968, atuou pela primeira vez como cantora, em show apresentado no intervalo do Festival Universitário de Música de Porto Alegre, ao lado do irmão Paulinho Tapajós.

Começou a cantar profissionalmente em 1968, como integrante do conjunto A Turma da Pilantragem (A Turma da Pilantragem foi o nome de um grupo musical surgido no movimento cultural brasileiro denominado Pilantragem, em fins da década de 1960), com o qual gravou três LPs até 1969, quando o conjunto se desfez. Nesse ano, formou, com Regininha e Malu Balona, o trio vocal Umas e Outras, com o qual atuou até 1970.

Paulinho Tapajós e Dorinha Tapajós
Ainda em 1969, apresentou-se no IV Festival Internacional da Canção (FIC), ao lado do Grupo Mineiro e do conjunto The Youngsters, interpretando "Bem Te Vi" (Arthur Verocai e Arnoldo Medeiros).

Em 1971, gravou o compacto simples "Dorinha Tapajós", contendo as músicas de Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza, Dorival Caymmi e Nelson Motta. Nesse mesmo ano fez parte, juntamente com Cynara, Regininha e Bimba, do quarteto vocal que acompanhou Chico Buarque em show realizado no Canecão.

Em 1972, gravou, com Paulinho Tapajós, o compacto duplo "Paulinho e Dorinha".

Fez parte do grupo Quarteto em Cy de 1972 a 1980, juntamente com Cyva, Cynara e Soninha.

Em 1984, fez parte do musical "Sítio do Pica-Pau Amarelo", de Ricardo Villas.

Sônia, Cynara, Cyva e Dora
Como cantora solista, apresentou-se nas casas noturnas People e Calígula com o show "Suaves Canções".

Ao longo de sua carreira, participou de várias gravações de jingles, além de ter atuado como vocalista em discos de Chico Buarque, Milton Nascimento, Simone, Jorge Bem Jor, Ivan LinsPaulinho Tapajós, entre outros.

Dorinha Tapajós faleceu no Rio de Janeiro, no dia 17/08/1989, aos 38 anos, vítima de Septicemia,  uma infecção geral grave do organismo por germes patogênicos..

Carlos Drummond de Andrade

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
(84 anos)
Poeta, Contista e Cronista

* Itabira, MG (31/10/1902)
+ Rio de Janeiro, RJ (17/08/1987)

Nasceu em Minas Gerais, em uma cidade cuja memória viria a permear parte de sua obra, Itabira. Posteriormente, foi estudar em Belo Horizonte e Nova Friburgo com os Jesuítas no Colégio Anchieta.

Formado em farmácia, com Emílio Moura e outros companheiros, fundou "A Revista", para divulgar o modernismo no Brasil. No mesmo ano em que publica a primeira obra poética, "Alguma Poesia" (1930), o seu poema "Sentimental" é declamado na conferência "Poesia Moderníssima do Brasil", feita no curso de férias da Faculdade de Letras de Coimbra, pelo professor da Cadeira de Estudos Brasileiros, Dr. Manoel de Souza Pinto, no contexto da política de difusão da literatura brasileira nas Universidades Portuguesas.

Drummond e o Modernismo Brasileiro

Drummond, como os modernistas, proclama a liberdade das palavras, uma libertação do idioma que autoriza modelação poética à margem das convenções usuais. Segue a libertação proposta por Mário e Oswald de Andrade; com a instituição do verso livre, acentua-se a libertação do ritmo, mostrando que este não depende de um metro fixo (impulso rítmico). Se dividirmos o Modernismo numa corrente mais lírica e subjetiva e outra mais objetiva e concreta, Drummond faria parte da segunda, ao lado do próprio Oswald de Andrade.

A Poesia de Drummond

Quando se diz que Drummond foi o primeiro grande poeta a se afirmar depois das estreias modernistas, não se está querendo dizer que Drummond seja um modernista. De fato herda a liberdade linguística, o verso livre, o metro livre, as temáticas cotidianas. Mas vai além.

"A obra de Drummond alcança - como Fernando Pessoa ou Jorge de Lima, Herberto Hélder ou Murilo Mendes - um coeficiente de solidão, que o desprende do próprio solo da História, levando o leitor a uma atitude livre de referências, ou de marcas ideológicas, ou prospectivas", afirma Alfredo Bosi (1994).

Affonso Romano de Sant'Anna costuma estabelecer que a poesia de Carlos Drummond a partir da dialética "Eu x Mundo", desdobrando-se em três atitudes:

- Eu maior que o mundo - marcada pela poesia irônica
- Eu menor que o mundo - marcada pela poesia social
- Eu igual ao mundo - abrange a poesia metafísica

Sobre a poesia política, algo incipiente até então, deve-se notar o contexto em que Drummond escreve. A civilização que se forma a partir da Guerra Fria está fortemente amarrada ao neocapitalismo, à tecnocracia, às ditaduras de toda sorte, e ressoou dura e secamente no eu artístico do último Drummond, que volta, com frequência, à aridez desenganada dos primeiros versos: A poesia é incomunicável / Fique quieto no seu canto. / Não ame.

Muito a propósito da dua posição política, Drummond diz, curiosamente, na página 82 da sua obra "O Obervador no Escritório", Rio de Janeiro, Editora Record, 1985, que: "Mietta Santiago, a escritora, expõe-me sua posição filosófica: Do pescoço para baixo sou marxista, porém do pescoço para cima sou espiritualista e creio em Deus."

No final da década de 1980, o erotismo ganha espaço na sua poesia até seu último livro.

Representações na Cultura

Drummond já foi retratado como personagem no cinema e na televisão, interpretado por Carlos Gregório e Pedro Lito no filme "Poeta de Sete Faces" (2002) e Ivan Fernandes na minissérie JK (2006).

Também teve sua efígie impressa nas notas de NCz$ 50,00 (cinquenta cruzados novos) em circulação no Brasil entre 1988 e 1990.

Atualmente, também, a representações em Esculturas do Escritor, como é o caso das estátuas "Dois Poetas", na cidade de Porto Alegre, e também "O Pensador", na praia de Copacabana no Rio de Janeiro, além de um memorial em sua homenagem da cidade de Itabira.

Durante a maior parte da vida, Drummond foi funcionário público, embora tenha começado a escrever cedo e prosseguindo até seu falecimento, que se deu em 1987 no Rio de Janeiro, doze dias após a morte de sua única filha, a escritora Maria Julieta Drummond de Andrade.

Poesia

1930 - Alguma Poesia
1934 - Brejo das Almas
1935 - Os Ombros Suportam o Mundo
1940 - Sentimento do Mundo
1942 - José
1945 - A Rosa do Povo
1951 - Claro Enigma
1954 - Fazendeiro do Ar
1954 - Quadrilha
1955 - Viola de Bolso
1964 - Lição de Coisas
1968 - Boitempo (1968)
1968 - A Falta Que Ama
1968 - Nudez
1970 - Futebol a Arte
1973 - As Impurezas do Branco
1973 - Menino Antigo (Boitempo II)
1977 - A Visita
1977 - Discurso de Primavera
1977 - Algumas Sombras
1978 - O Marginal Clorindo Gato
1979 - Esquecer Para Lembrar (Boitempo III)
1980 - A Paixão Medida
1983 - Caso do Vestido
1984 - Corpo
1985 - Amar Se Aprende Amando
1988 - Poesia Errante
1992 - O Amor Natural
1996 - Farewell

Antologia Poética

1950 - A Última Pedra no Meu Caminho
1956 - 50 Poemas Escolhidos Pelo Autor
1962 - Antologia Poética
1962 - Antologia Poética
1971 - Seleta em Prosa e Verso
1975 - Amor, Amores
1982 - Carmina Drummondiana
1987 - Boitempo I e Boitempo II
1987 - Minha Morte

Infantil

1983 - O Elefante
1985 - História de Dois Amores
1988 - O Pintinho

Prosa

1944 - Confissões de Minas
1951 - Contos de Aprendiz
1952 - Passeios na Ilha
1957 - Fala, Amendoeira
1962 - A Bolsa & a Vida
1966 - Cadeira de Balanço
1970 - Caminhos de João Brandão
1972 - O poder Ultrajovem e Mais 79 Textos em Prosa e Verso
1974 - De Notícias & Não-Notícias Faz-se a Crônica
1977 - Os Dias Lindos
1978 - 70 Historinhas
1981 - Contos Plausíveis
1984 - Boca de Luar
1985 - O Observador no Escritório
1986 - Tempo Vida Poesia
1987 - Moça Deitada na Grama
1988 - O Avesso das Coisas
1989 - Auto-Retrato e Outras Crônicas
1989 - As Histórias das Muralhas

Fonte: Wikipédia



Norah Fontes

ORGANDINA DE SOUZA CARDOSO
(86 anos)
Atriz

* Porto Alegre, RS (17/08/1910)
+ Porto Alegre, RS (09/10/1996)

Uma das pioneiras do rádio-teatro no Rio Grande do Sul nos anos 30, era casada com o também ator rádio Dário Cardoso, com quem teve o filho Régis Cardoso, diretor de televisão, falecido em 2005.

Em 1940, quando o marido foi contratado pela Companhia Eva Tudor e Luiz Iglesias, teve um infarte e morreu. Viúva, após alguns anos, Norah Fontes resolve vir para São Paulo, com seus dois filhos: Renato e Régis. Começou a trabalhar na Emissoras Associadas de São Paulo, logo encaminhando os filhos para pequenos serviços de escritório. Norah estava casada agora com o locutor Armando Mota.

Em 1950 veio a televisão e mãe e filhos foram trabalhar na PRF3 - Tupi de Televisão. Lá ela atuou em inúmeros teleteatros e entrou para as novelas em 1964 em "A Gata".

Participou de grande sucessos da TV como "A Ré Misteriosa"; "Antonio Maria"; "A Cabana do Pai Tomás"; "Pigmalião 70"; "A Próxima Atração"; "Vitória Bonelli" e "Meu Rico Português". Sua última atuação foi na novela "Os Gigantes", da Globo, em 1979.

Televisão

1979 - Os Gigantes - Matilde
1975 - Meu Rico Português - Mercedes
1974 - A Barba-Azul - Televina
1973 - Rosa-dos-Ventos
1972 - Vitória Bonelli - Mãe Ana
1971 - Minha Doce Namorada - Dona Anita
1970 - A Próxima Atração - Júlia
1970 - Pigmalião 70 - Guiomar
1969 - A Cabana do Pai Tomás - Jéssica
1968 - Antônio Maria - Berenice
1967 - Os Rebeldes
1967 - Meu Filho, Minha Vida
1967 - A Intrusa
1966 - A Ré Misteriosa - Deolinda
1965 - Um Rosto Perdido
1965 - Fatalidade
1965 - A Outra - Dircília
1965 - O Cara Suja - Sofia
1965 - Comédia Carioca
1964 - O Sorriso de Helena - Angélica
1964 - A Gata - Ama de Adriana
1962 - A Estranha Clementine
1959 - TV de Vanguarda
1959 - Doce Lar Teperman
1958 - TV de Comédia
1958 - Sétimo Céu
1958 - TV Teatro
1957 - Seu Genaro
1957 - O Corcunda de Notre Dame - Mãe de Quasímodo
1957 - Pequeno Mundo de D. Camilo
1955 - Seu Pepino
1954 - O Homem Sem Passado

Cinema

1976 - Ninguém segura essas mulheres
1975 - Amadas e violentadas
1970 - Em família
1968 - Bebel, garota propaganda
1968 - O pequeno mundo de Marcos
1965 - Quatro Brasileiros em Paris
1958 - O grande momento
1949 - Quase no céu

Faleceu em Porto Alegre, de Pneumonia, aos 86 anos de idade.

Fonte: Wikipédia, Dramaturgia Brasileira - In Memoriam e www.museudatv.com.br

Geórgia Gomide

ELFRIEDE HELENE GOMIDE WITECY
(73 anos)
Atriz

* São Paulo, SP (17/08/1937)
+ São Paulo, SP (29/01/2011)

Geórgia Gomide se chama Elfriede Helene Gomide Witecy. Nasceu nos Jardins, em São Paulo, em 17/08/1937. Na família havia artistas, entre os quais o pintor Gomide, de fama internacional. Seu avô, por parte de mãe, era Desembargador e Ministro de Estado, na Suíça. E por parte do pai a família era da Alemanha e Rússia. Eram também matemáticos, cultos. Elfriede, porém, não se interessava por nada disso. O que queria, em pequena, era brincar, praticar esportes, nadar.

Bastante jovem e já freqüentava diariamente o importante Clube Pinheiros, de São Paulo, e ganhou o título de "A Mais Bela Esportista". Ganhou, como prêmio, um apartamento que, segundo ela, nunca lhe foi entregue.

Por ser muito linda, chamou logo a atenção de Fernando Severino, Diretor Comercial da Televisão Tupi. E ela foi contratada como atriz. A primeira peça que fez foi "Os Filhos de Eduardo" no qual dizia apenas: "Bom dia, como vai?". E foi aquele nervosismo.

Mas aí começou a fazer um Grande Teatro atrás do outro. Era tudo ao vivo e tudo em preto e branco. Mas foi uma beleza, para a jovem esportista. Sua ascensão foi rápida. Logo outros teatros: "Gimba", "Srta. Julia" , "Moral e Concordata" , "Calúnia", onde fazia uma professora homosexual. Eram tele-teatros grandes, importantes.

Na verdade, porém, o que foi sua grande sorte foi a participação na novela "Tereza", onde fazia uma figura tão má, que chegou a apanhar na rua. Daí para o sucesso foi um passo. E isso chegou quando fez o papel título em "Ana Terra", novela adaptada do livro de Érico Veríssimo. Esse foi o ápice de sua carreira, onde esquecendo sua vaidade e elegância, fazia uma "bugra", uma mulher que se vestia de farrapos, e tinha sempre um rifle às costas. Isso aconteceu na TV Excelsior.

Na TV Record fez "As Pupilas do Senhor Reitor". E, de volta à Tupi fez "Éramos Seis". Já na Globo fez sucesso com a novela "Vereda Tropical", onde fazia uma mulher extrovertida, alegre, bonita. Geórgia Gomide também fez muito teatro e muito cinema.

Em teatro fez: "O Estranho Casal", "O Vison Voador", "Sete Mulheres em Mim", com o psicólogo e médium Gasparetto, e onde, de certa forma, vivenciava situações de sua própria vida. E fez outras peças. Aliás, na vida de Geórgia houve de tudo: esporte, arte, beleza, amor, fama. Só não houve casamento. Geórgia teve um filho, mas não se casou. Teve Daniel, hoje um rapaz, que era seu grande amigo, sua razão de viver.

Geórgia Gomide tem também um irmão, que hoje vive nos Estados Unidos, e que ela ama demais. Freqüentadora da Igreja Católica Carismática, Geórgia Gomide continuava bonita e elegante.

Morreu no início da madrugada do dia 29/01/2011 (sábado). Aos 73 anos, ela estava internada desde 25/01/2011 no Hospital Sancta Maggiore, em São Paulo, e teve uma Infecção Generalizada.

O corpo de Geórgia foi velado no Hospital Beneficência Portuguesa. O enterro está previsto para as 16h30, no Cemitério da Consolação, na capital paulista.

Fonte: NetSaber Biografias e eBand

Candeia

ANTÔNIO CANDEIA FILHO
(43 anos)
Cantor e Compositor

* Rio de Janeiro, RJ (17/08/1935)
+ Rio de Janeiro, RJ (16/11/1978)

Era de filho de sambista. Em seus aniversários, a festa era mesmo com feijoada, limão e muito partido alto. No Natal, a situação se repetia.

Seu pai, tipógrafo e flautista, foi, segundo alguns, o criador das Comissões de Frente das escolas de samba. Passava os domingos cantando com os amigos debaixo das amendoeiras do bairro de Oswaldo Cruz. Assim, nascido em casa de bamba, o garoto já freqüentava as rodas onde conheceria Zé Com Fome, Luperce Miranda, Claudionor Cruz e outros. Com o tempo, aprendeu violão e cavaquinho, começou a jogar capoeira e a freqüentar terreiros de candomblé. Estava se forjando ali o líder que mais tarde seria um dos maiores defensores da cultura afro-brasileira.

Candeia começou a fazer músicas ainda na adolescência. Seu pai tocava flauta e carregava o filho para rodas de samba e de choro em Oswaldo Cruz e Madureira.

Compôs em 1953, aos 17 anos, seu primeiro enredo, Seis Datas Magnas, com Altair Prego: foi quando a Portela realizou a façanha inédita de obter nota máxima em todos os quesitos do desfile (total 400 pontos). É até hoje um dos grandes nomes no panteão da Portela.

No início dos anos 60, dirigiu o conjunto Mensageiros do Samba, no qual participavam Arlindo, Jorge do violão, Picolino, Casquinha e Casemiro.

Em 1961, entrou para a polícia. Tinha fama de truculento e suas atitudes começaram a causar ressentimentos entre seus antigos companheiros. Provavelmente, não imaginava que começava a se abrir caminho para a tragédia que mudaria sua vida. Diz-se que, ao esbofetear uma prostituta no ano de 1965, ela rogou-lhe uma praga; na noite seguinte, após bater em um caminhão de peixe e atirar nos pneus do caminhão, Candeia levou cinco tiros entre eles um atingiu a medula óssea que paralisou para sempre suas pernas.

Viveu os seus últimos treze anos de vida numa cadeira de rodas, em decorrência daquele tiro.

Candeia se aposentou por invalidez após o acidente e pôde, então, se dedicar exclusivamente à música.

Sua vida e obra se transformaram completamente. Em seus sambas, podemos assistir seu doloroso e sereno diálogo com a deficiência e com a morte pressentida: Pintura sem Arte, Peso dos Anos, Anjo Moreno e Eterna Paz são só alguns exemplos.

Recolheu-se em sua casa; não recebia praticamente ninguém. Foi um custo para os amigos como Martinho da Vila e Bibi Ferreira trazerem-no de volta. "De qualquer maneira, meu amor, eu canto", diria ele depois num dos versos que marcaram seu reencontro com a vida.

No curto reinado que lhe restava, dono de uma personalidade rica e forte, Candeia foi líder carismático, afinado com as amarguras e aspirações de seu povo. Fiel à sua vocação de sambista, cantou sua luta em músicas como Dia de Graça e Minha Gente do Morro. Coerente com seus ideais, em dezembro de 1975 fundou a Escola de Samba Quilombo, que deveria carregar a bandeira do samba autêntico. O documento que delineava os objetivos de sua nova escola dizia: "Escola de Samba é povo na sua manifestação mais autêntica! Quando o samba se submete a influências externas, a escola de samba deixa de representar a cultura de nosso povo".

No mesmo ano de 75, Candeia compunha seu Testamento de Partideiro, onde dizia: "Quem rezar por mim que o faça sambando".

Em 1978, ano de sua morte, gravou Axé um dos mais importantes discos da história do Samba, porém não chegou a ver o disco pronto. Ainda viu publicado seu livro escrito juntamente com Isnard: Escola de Samba, Árvore que Esqueceu a Raiz.

No dia 16 de Novembro de 1978 decorrente de uma infecção generalizada Candeia parte deixando esposa, filhos, amigos e fãs inconsoláveis.

Porém o maior reconhecimento veio da passarela paulistana durante o ano de 1981, com o enredo "Axé, Sonho de Candeia", a Escola de Samba Nenê de Vila Matilde, homenageou o grande baluarte em seu desfile...

Voltou a ser lembrado em 1995, quando Martinho da Vila gravou o disco Tá delícia, tá gostoso, no qual incluiu um pot-pourri chamado Em memória de Candeia, que tinha as faixas Dia de graça, Filosofia do samba, De qualquer maneira, Peixeiro grã-fino e Não tem vencedor.

Em 1997 foram relançados em CD três discos de Candeia: Samba da antiga, de 1970, Filosofia do samba, lançado originalmente em 1971, e Samba de roda, de 1974.

Fonte: Wikipedia

Miguel Magno

MIGUEL MAGNO
(58 anos)
Ator, Diretor e Autor

* Rio de Janeiro, RJ (28/03/1951)
+ São Paulo, SP (17/08/2009)

O ator, diretor e dramaturgo Miguel Magno começou no teatro e ficou famoso na TV Globo com a novela "Top Model", em 1989. Trabalhou em televisão, teatro e no cinema. Ficou conhecido por interpretar papéis femininos. 

Ele foi um dos idealizadores do gênero cômico que ficaria conhecido como besteirol a partir do espetáculo "Quem Tem Medo de Itália Fausta?", escrito em parceria com Ricardo Almeida, que fez um estrondoso sucesso no teatro e ficou anos em cartaz, desde sua estreia em 1979. Miguel Magno chegou a fazer o papel de 11 personagens mulheres diferentes na peça.

Atuou no filme "Irma Vap, O Retorno", dirigido por Carla CamuratiTambém trabalhou ao lado de Marcos Caruso, autor da peça "Operação Abafa", que tinha Miguel Magno no elenco, um de seus últimos trabalhos teatrais.

"Quem Tem Medo de Itália Fausta?", foi sem dúvida o espetáculo que projetou nacionalmente Miguel Magno. Nasceu de forma despretensiosa, como costuma ocorrer com os grandes sucessos. Miguel Magno havia lido um livro sobre o ator Leopoldo Fróes e, a partir dessa leitura, ele e Ricardo Almeida começaram a criar cenas brincando com a figura do ponto, aquele funcionário cuja função era "soprar" do fosso do palco o texto para os atores. Assim, surgiu a diva dependente do ponto, esquete que abria a montagem. Aos poucos, outros foram se agregando.

"Quem Tem Medo de Itália Fausta?" ganhou ainda, como entreato, hilariante crítica ao academicismo na conferência de duas professoras sobre "a importância dos monossílabos e das interjeições átonas do dialeto javanês na literatura dramática da ilha de Java durante os últimos 15 dias do século 12 antes de Cristo".

O espetáculo estreou num pequeno teatro no Bexiga, hoje o Espaço Ágora dirigido por Roberto Lage e Celso Frateschi. "Eu vi aquela montagem dezenas de vezes", lembrou mais tarde Eduardo Martini que atuou nessa comédia, primeiro contracenando com Miguel Magno e, numa remontagem, com Marcos Oliveira, o Beiçola do seriado "A Grande Família".

Entre seus múltiplos trabalhos, Miguel Magno participou de séries como "Queridos Amigos" (2008), de Maria Adelaide Amaral, do seriado inaugural de "A Diarista" (2003), no papel do pintor Amintas Possolo e de "Os Normais" (2001), como um dentista.


Na televisão participou, ainda, de novelas nas quais sua verve cômica conquistou o público. Ele brilhou como o criado Romeu de "Estrela Guia" (2001) e ao encarnar Dona Roma, de "A Lua Me Disse" (2005), ambas na Rede Globo. Ainda na televisão, participou das novelas "Felicidade" (1991), "Helena" (1987) e "A História de Ana Raio e Zé Trovão" (1990), essas duas pela Rede Manchete, e "Dona Anja" (1996) e "Direito de Nascer"  (2001) pelo SBT.

No teatro, atuou ainda com Denise Stoklos na comédia "Um Orgasmo Adulto Escapa do Zoológico", com texto de Dario Fo e Franca Rama.

Em 2009, Miguel Magno estava no elenco do programa humorístico "Toma Lá, Dá Cá", onde interpretava a personagem Doutora Percy.

Miguel Magno faleceu no dia 17/08/2009, aos 58 anos, estava internado no Hospital Paulistano, em São Paulo, onde desde o começo de julho de 2009 havia iniciado o tratamento de um câncer. O ator havia feito uma biópsia do fígado, mas morreu antes de saber o resultado.

O corpo de Miguel Magno foi velado no Teatro Bibi Ferreira, na capital paulista, e cremado no dia seguinte ao seu falecimento.

Fonte: Wikipédia