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Valdir Espinosa

VALDIR ATAHUALPA RAMIREZ ESPINOSA
(72 anos)
Jogador e Técnico de Futebol

☼ Porto Alegre, RS (17/10/1947)
┼ Rio de Janeiro, RJ (27/02/2020)

Valdir Atahualpa Ramirez Espinosa, mais conhecido como Valdir Espinosa, foi um técnico e ex jogador de futebol que atuava como lateral-direito, nascido em Porto Alegre, RS, no dia 17/10/1947.

Entre as maiores conquistas de Valdir Espinosa estão a Taça Libertadores da América e a Taça Intercontinental com a equipe do Grêmio, ambos em 1983, além do Campeonato Carioca de 1989 pelo Botafogo.

Valdir Espinosa trabalhou como auxiliar de Renato Gaúcho no Vasco da Gama, quando este assumiu o comando da equipe em 2005. Permaneceu no clube até o treinador principal ser demitido, em maio de 2007.

No mesmo ano regressou ao Vasco da Gama, que, após um bom começo no Campeonato Brasileiro, passava por um período de poucas vitórias. Agora como treinador principal, Valdir Espinosa encontrou pela frente o desafio de recuperar a equipe, afastando de vez as possibilidades de ser rebaixada e conseguir uma vaga na Copa Sul-Americana do ano seguinte.

Nas seis partidas que esteve no comando da equipe, venceu três, empatou duas e perdeu uma. O desempenho foi suficiente para garantir a vaga para a Sul-Americana, terminando a competição em 10º. Após o fim do campeonato o treinador decidiu não renovar o contrato e pôs fim nas especulações de que poderia continuar para 2008.


Em 2009, Valdir Espinosa foi auxiliar técnico de Renato Gaúcho no Fluminense.

No dia 12/02/2010, Valdir Espinosa anunciou sua aposentadoria como treinador e também no ramo do futebol mas desistiu, retornando como novo comandante do Duque de Caxias. Mas devido a péssima campanha na série B, foi demitido em julho de 2010.

Fora das quatro linhas, Valdir Espinosa trabalhou como comentarista nos canais Sportv e PFC, entre 2008 e 2009.

Em 2010 foi comentarista na Rádio Manchete e foi candidato a deputado estadual no Rio de Janeiro, pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT).

Em 2012, Valdir Espinosa voltou a ser comentarista, dessa vez na Rádio Globo.

Valdir Espinosa foi coordenador técnico do Grêmio desde a volta de Renato Gaúcho como técnico da equipe em 2016 até sua demissão em 10/08/2017.

Em 12/12/2019, foi anunciado como gerente de futebol do Botafogo do Rio de Janeiro, seu último trabalho.

Morte

Valdir Espinosa faleceu na manhã de quinta-feira, 27/02/2020, devido a complicações causadas por uma cirurgia no abdômen realizada no dia 17/02/2020. Entretanto, devido à mal sucedida recuperação, foi internado novamente no dia 20/02/2020, porém não resistiu.

Posteriormente foi revelado que Valdir Espinosa vinha lutando há vários meses contra um câncer no intestino.

O velório de Valdir Espinosa ocorreu na tarde e noite de quinta-feira, 27/02/2020, no salão nobre de General Severiano, sede do Botafogo, onde ele trabalhava atualmente como gerente de futebol e clube com o qual tinha grande identificação desde a conquista do título do Campeonato Carioca de 1989.

Valdir Espinosa foi sepultado na manhã de sexta-feira, 28/02/2020, no Memorial do Rio de Janeiro, em cerimônia somente com amigos e parentes.

Títulos

Esportivo
  • 1979 - Campeonato do Interior Gaúcho

Ceará
  • 1980 - Campeonato Cearense

Londrina
  • 1981 - Campeonato Paranaense
  • 1981 - Campeonato do Interior Paranaense

Grêmio
  • 1983 - Copa Libertadores da América
  • 1983 - Copa Intercontinental
  • 1983 - Troféu CEL
  • 1983 - Copa Los Angeles
  • 1986 - Campeonato Gaúcho
  • 2016 - Copa do Brasil (Como coordenador técnico)

Al-Hilal
  • 1985 - Campeonato Saudita

Cerro Porteño
  • 1987 - Campeonato Paraguaio
  • 1992 - Campeonato Paraguaio

Botafogo
  • 1989 - Taça Rio
  • 1989 - Campeonato Carioca

Flamengo
  • 1990 - Torneio de Verão de Nova Friburgo

Portuguesa
  • 1996 - Torneio Início Paulista

Atlético Paranaense
  • 2002 - Supercampeonato Paranaense de Futebol

Brasiliense
  • 2005 - Campeonato Brasiliense

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePArtiram #ValdirEspinosa

Maurício Sherman

MAURÍCIO SHERMAN NIZENBAUM
(88 anos)
Ator, Produtor e Diretor de Televisão

☼ Niterói, RJ (31/01/1931)
┼ Rio de Janeiro, RJ (17/10/2019)

Maurício Sherman Nizenbaum foi um diretor de televisão nascido em Niterói, RJ, no dia 31/01/1931.

Filho de um casal de judeus poloneses, fez o primário no Externato Volta e completou o ginásio no Colégio Bittencourt Silva. Formou-se em direito na Universidade Federal Fluminense, no final dos anos 1940.

Aos 13 anos, já participava de peças amadoras apresentadas em um Clube da Colônia Judaica, em Niterói. Em uma dessas ocasiões, foi convidado pelo radialista Hélio Tys para trabalhar como ator na Rádio Mauá, onde estreou em uma representação de "O Corcunda de Notre Dame". A partir daí, participou do grupo Jerusa Camões, no Teatro da Juventude Universitária, atuando em diversos espetáculos ao lado de atores como Gisela Camões, Vanda Lacerda, Nathália Timberg, Fernando Pamplona e Alberto Perez.

Em 1949, foi convidado a trabalhar na Rádio Guanabara pelo ator Paulo Renato, diretor da emissora. Trabalhou ao lado de Chico Anysio, Fernanda Montenegro, Nathalia Timberg, Jaime Barcelos, Fernando Torres e Elizeth Cardoso.

Nos anos 50, foi responsável pela dublagem em português de alguns clássicos da Disney. Começou com a dublagem da primeira voz de Pinóquio em "Pinóquio", dublagem do Rei Estevão de "A Bela Adormecida" e outros mais.

Maurício Sherman no comando do programa "Faça Humor, Não Faça Guerra"
Em 1951, substituiu Paulo Renato na peça "Massacre", de Emmanoel Roblès, do repertório da Companhia de Graça Mello. A peça obteve grande sucesso, tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo, garantindo-lhe o prêmio de ator revelação. Naquele mesmo ano, iniciou sua trajetória na televisão, quando participou de uma representação da "Paixão de Cristo" na TV Tupi.

Maurício Sherman transferiu-se para a TV Paulista, canal 5 de São Paulo, em 1952. Na emissora, representou clássicos do teatro e da literatura, como "Rei Lear" e "Hamlet", de William Shakespeare, e "Grande Sertão: Veredas", de Guimarães Rosa. Nessa época, a TV Paulista, propriedade do deputado Ortiz Monteiro e dirigida pelo italiano Ruggero Jacobi, funcionava no sexto andar de um edifício residencial  na Rua da Consolação.

Em 1954, passou a trabalhar na TV Tupi do Rio de Janeiro, onde permaneceu por dez anos. Durante este período, atuou no "Sítio do Pica-Pau Amarelo", nas "Fábulas Animadas" com Júlio Gouvêa e dirigiu um teleteatro com Heloísa Helena.

Em 1961, foi responsável pela direção da primeira versão televisiva de "Gabriela, Cravo e Canela", baseada no livro de Jorge Amado e transmitida pela TV Tupi. A novela foi a primeira da televisão brasileira a ser gravada em videotape.

Maurício Sherman e Haroldo Barbosa em 1965
Depois de uma breve experiência na TV Excelsior, Maurício Sherman foi convidado por Mauro Salles para trabalhar na TV Globo, em agosto de 1965. Seu primeiro trabalho na emissora foi a direção do "Espetáculo Tonelux", programa apresentado por Marília Pêra, Gracindo Jr., Riva Blanche e Paulo Araújo. O musical era gravado ao vivo no auditório da Globo, com a presença de cantores da Jovem Guarda e uma orquestra sinfônica regida por Isaac Karabtchevsky.

Em 1966, dirigiu os programas humorísticos "Riso Sinal Aberto" e "Bairro Feliz". Nesse período, contribuiu para a entrada na TV Globo dos redatores de humor Max Nunes e Haroldo Barbosa.

Maurício Sherman deixou a TV Globo em 1968, quando o programa que então dirigia, "Noite de Gala", passou a ser exibido na TV Excelsior. Neste mesmo ano, foi convidado a comandar uma equipe de criação na TV Tupi, composta por Armando Costa, Oduvaldo Vianna Filho e Paulo Pontes.

Maurício Sherman permaneceu na TV Tupi até 1972, quando retornou à TV Globo para dirigir o humorístico "Faça Humor, Não Faça Guerra", com Jô Soares, Renato Corte Real, Luis Carlos Miéle, Paulo Silvino, Sandra Bréa, entre outros.

Maurício Sherman participou da equipe de criação do "Fantástico", em 1973, e foi um dos diretores do programa por três anos. Dirigiu também o "Moacyr Franco Show" até 1977, quando saiu novamente da emissora para assumir a direção artística da linha de shows da TV Tupi de São Paulo. Retornou à Globo em 1981 e dirigiu "Chico Anysio Show" e "Os Trapalhões" por dois anos.

Mauricio Sherman e Xuxa
Em 1983, após uma breve passagem pela TV Bandeirantes, onde dirigiu apresentadores como J. Silvestre até 1984, Maurício Sherman aceitou o convite de Adolpho Bloch para dirigir a programação da recém-inaugurada TV Manchete. Na TV Manchete foi um dos mais prestigiados diretores, tendo dirigido a primeira edição do "Clube da Criança", escalando a então modelo Xuxa Meneghel como apresentadora, e descobrindo Angélica, então ainda uma menina de onze anos. Foi também o responsável pela criação do programa "Bar Academia" e da minissérie "Marquesa de Santos".

Maurício Sherman voltou à TV Globo em 1988, como diretor executivo da Central Globo de Produção. Nos 12 anos seguintes, desempenhou várias funções: foi diretor de núcleo do horário das 18 horas; diretor do musical "Globo de Ouro"; diretor artístico do "Fantástico"; diretor do departamento de Projetos Especiais e diretor da área de controle de qualidade.

Além disso, trabalhou nos anos 1980 como comentarista da Rádio Bandeirantes, onde eram transmitidos diversos jogos do campeonato brasileiro de futebol. Também foi supervisor artístico da Rede Bandeirantes, tendo dirigido apresentadores como J. Silvestre até 1984 quando foi para a Rede Manchete.

Maurício Sherman trabalhou como diretor artístico do programa infantil dos anos 90 "TV Colosso".

Mauricio Sherman e Chico Anysio
De 1989 a 1991, esteve à frente de "Os Trapalhões", programa apresentado por Renato Aragão, Dedé Santana, Mussum e Zacarias. No dia 28/07/1991, dirigiu o especial comemorativo de 25 anos dos comediantes, com 25 horas de duração e a participação de todo o elenco da TV Globo.

Em 1991 e 1992, Maurício Sherman dirigiu as vinhetas com a mensagem de final de ano da TV Globo. Foi premiado pelas vinhetas da mensagem "Tente e invente, faça um 92 diferente", em que atores, jornalistas, comediantes e apresentadores apareciam mostrando talentos até então desconhecidos do público.

Em 1994, quando atuou como supervisor do "Vídeo Show", Maurício Sherman foi responsável pela transformação da atração em um programa diário.

Em 2001, foi diretor do "Domingão do Faustão".

Em 2009, Maurício Sherman dirigiu o especial de fim de ano "Chico e Amigos". No navio "Ventos Anysios", Chico Anysio interpretou personagens que marcaram sua carreira e homenageou a "Escolinha do Professor Raimundo", que completava 57 anos. Outra edição do especial "Chico e Amigos" foi exibida em janeiro de 2011.

Dirigiu de 1999 a 2015 o humorístico "Zorra Total", um de seus últimos trabalhos na televisão.

No teatro, Maurício Sherman dirigiu vários espetáculos importantes, com destaque para "A Pequena Notável" (1972), estrelado por Marília Pêra, no papel de Carmen Miranda, e "Evita" (1983), estrelado pela cantora Cláudia e os atores Mauro Mendonça e Carlos Augusto Strazzer

Morte

Maurício Sherman faleceu na quinta-feira, 17/10/2019, aos 88 anos no Rio de Janeiro, RJ. Ele foi vítima de complicações de uma doença renal crônica e estava em sua casa, no bairro de Ipanema, na Zona Sul da cidade, quando faleceu.

Indicação: Miguel Sampaio e Jairo Borges Cunha Júnior

Luiz Bonfá

LUIZ FLORIANO BONFÁ
(78 anos)
Cantor, Compositor e Violonista

☼ Rio de Janeiro, RJ (17/10/1922)
┼ Rio de Janeiro, RJ (12/01/2001)

Um dos integrantes do primeiro grupo de músicos da Bossa Nova, compositor de clássicos como "Manhã de Carnaval" e "Samba de Orfeu", ambas em parceria com Antônio Maria, Luiz Bonfá começou a tocar violão de ouvido, na infância, no Rio de Janeiro.

Quando completou 12 anos passou a ter aulas com o uruguaio Isaías Sávio. Tais aulas se tornaram muitos cansativas para Luiz Bonfá, que tinha de sair de sua casa na periferia do Rio de Janeiro, andar uma grande parte do caminho a pé e depois pegar um bonde para Santa Teresa, onde morava o professor. Devido à extraordinária dedicação de Luiz BonfáIsaías Sávio não lhe cobrava as aulas.

Na década de 40 tocou na Rádio Nacional, ao lado de Garoto. Participou de alguns conjuntos, como o Quitandinha Serenaders, até começar a carreira solo, como violonista.

Teve atuação destacada como compositor, e seus primeiros sucessos foram gravados por Dick Farney, em 1953. A peça "Orfeu da Conceição", de Vinicius de Moraes, foi um marco em sua carreira. Tocou violão na gravação do disco da peça em 1956 e, três anos depois, compôs algumas das faixas que compunham a trilha sonora do filme de Marcel Camus, "Orfeu do Carnaval", inspirado na peça.

"Manhã de Carnaval", feita para o filme "Orfeu do Carnaval" (1959), tem incontáveis gravações em todo o mundo, a primeira delas feita por Agostinho dos Santos.

"Não há violonista que não saiba tocar Manhã de Carnaval", sentenciou Toquinho, que foi discípulo do mesmo professor de violão de Luiz Bonfá, o uruguaio Isaías Sávio.


"Manhã de Carnaval é uma música muito simples e muito profunda, por isso é tão especial", explicou o violonista Paulinho Nogueira, que conhecia Luiz Bonfá de longa data.

"Lembro que uma vez, há mais de 30 anos, ele foi me visitar na minha casa, faltou luz e ficamos várias horas tocando no escuro. Esse tipo de coisa não se esquece", disse Paulinho Nogueira.

Participou do Festival de Bossa Nova no Carnegie Hall em New York, em 1962, sempre respeitado como compositor refinado e exímio violonista. Uma de suas características era tocar fazendo amplo uso do recurso das cordas soltas, o que conferia uma sonoridade ampla e grandiosa.

Luiz Bonfá gravou diversos discos nos Estados Unidos que não foram lançados no Brasil. Voltou a gravar no Brasil no fim dos anos 80 e nos anos 90, lançando discos bem-sucedidos também nos Estados Unidos.

"Almost In Love", composição de Luiz Bonfá, foi a única música brasileira gravada por Elvis Presley.

Frank Sinatra, Sarah Vaughan, George Benson, Tony Bennett, Julio Iglesias, Diana Krall e Luciano Pavarotti são outros intérpretes que já cantaram músicas de Luiz Bonfá.

Luiz Bonfá foi, como compositor, um dos responsáveis pela transição do samba-canção para a bossa nova, com suas composições do início da década de 50, interpretadas por nomes como Nora Ney, Lúcio Alves e Johnny Alf.

Outros sucessos são "De Cigarro em Cigarro", "Correnteza", em parceria com Tom Jobim, "The Gentle Rain", "Menina Flor", "Mania de Maria" e "Sem Esse Céu".

Morte

Luiz Bonfá sofria de câncer de próstata, agravado por metástase óssea e uma isquemia. Ficou internado por 7 dias na clínica Núcleo Integrado de Geriatria (NIG), na Barra da Tijuca, Zona Oeste, bairro onde morava desde os anos 70.

Morreu na madrugada do dia 12/01/2001, aos 78 anos. Foi enterrado no mesmo dia, às 16:30 hs, no Cemitério Jardim da Saudade.

Francisco Egydio

FRANCISCO EGYDIO
(80 anos)
Cantor

* São Paulo, SP (17/01/1927)
+ São Paulo, SP (17/10/2007)

Iniciou a carreira artística na década de 1950, e em 1951 assinou contrato com a Rádio Excelcior. Logo foi contratado pela gravadora Copacabana na qual lançou seu primeiro disco em 1953 interpretando os sambas "Rascunho Brasileiro", com acompanhamento da orquestra de Nozinho, e, "Sem Palavras", com acompanhamento de Alfredo Grossi e Sua Orquestra Típica.

Em 1954, gravou a marcha "Espanhola Tentação" e o samba "Nosso Amor Morreu". No mesmo ano gravou duas composições de Oscar Gomes Cardim em homenagem ao quarto centenário da cidade de São Paulo: o samba "Terra Bandeirante", e o dobrado "São Paulo das Bandeiras". Ainda em 1954, lançou mais dois discos pela Copacabana interpretando o clássico samba "A Bahia Te Espera", de Herivelto Martins e Chianca de Garcia, os sambas "Operária", "A Diferença" e a Marcha "Sombra e Água Fresca".

Foi para a gravadora Odeon em 1955, gravou o Bolero "Vera Cruz" e o Mambo "Quem Será?", de Beltran Ruiz com versão de Lourival Faissal. No mesmo ano, gravou o Partido-Alto "Samba de Nego", de Heitor dos Prazeres e Kaumer Teixeira Camelo, e o samba "Joquei Clube", de Antonio Rago e João Pacífico.

Visando o ano de 1956, gravou a Marcha "Se Essa Nega Fosse Minha", os sambas "Pingo D'Água" e "Viva o Santos", uma homenagem de Júlio Nagib ao Santos Futebol Clube, campeão paulista daquele ano, e "A Voz do Morro", de Zé Keti, no segundo registro desse clássico samba. Ainda nesse ano, gravou com Roberto Paiva o famoso LP "Polêmica - Wilson Batista X Noel Rosa - Roberto Paiva e Francisco Egydio" lançado pela Odeon, com capa do caricaturista Nássara. Nesse disco, interpretou os sambas "Rapaz Folgado", "Palpite Infeliz", "João Ninguém", todas de Noel Rosa, além de "Feitiço da Vila", de Vadico e Noel Rosa.

Em 1957, gravou com a orquestra de Luis Arruda Paes os sambas "Pedacinho Por Pedacinho" e "Advinhão". Com a orquestra de Hector Lagna Fietta, os sambas "Sorris" e "É Desconfiança". No ano seguinte, lançou mais quatro sambas "Cinco Letras", "Greve de Amor", "Coração de Fera" e "Até Parece Castigo".

Gravou em 1959, o afro-bolero "Noite Má" e o rock-balada "Por um Beijo de Amor". Por essa época, sua carreira ficou mais especializada em gravações de músicas românticas. Em 1960, gravou pela Odeon o LP "Creio Em Ti" no qual interpretou músicas como a que deu título ao disco, "Noite Má", "Cem Por Cento Sincera", "Até Parece Castigo", "Leva-me Contigo", de Dolores Duran, e "Um Minuto Só".

No ano seguinte participou do LP "Hebe Comanda o Espetáculo" lançado pela cantora e apresentadora Hebe Camargo, pela Odeon no qual ela cantava e apresentava outros intérpretes. Nesse disco, interpretou "Maria Rosa", de Lupicínio Rodrigues e Alcides Gonçalves.

Em 1962, lançou o LP "Francisco Egydio Vive os Sucessos de Lupicínio Rodrigues", um tributo ao compositor gaúcho no qual interpretou jóias do cancioneiro popular como "Nunca", "Nervos de Aço", "Vingança", "Esses Moços (Pobres Moços), e "Exemplo". Todas composições solo de Lupicínio Rodrigues, além de "Cadeira Vazia", e "Quem Há de Dizer", com Alcides Gonçalves, e "Se Acaso Você Chegasse", com Felisberto Martins.

Entre 1966 e 1969, participou de diversos discos coletivos dedicados ao repertório de carnaval registrando marchas como "Eu Vou Ferver", "Quem Bate", "Vou Deixar Cair", "Pra Frente" e "Garota Moderna".

Em 1970, já pela Continental, lançou um LP em quem predominaram versões de músicas estrangeiras de sucesso, entre as quais, "E o Mundo Segue Girando", "Deus Como Te Amo", "Foste Minha um Verão" e "Vai".

Em 1975, participou da trilha sonora da novela Meu Rico Português, da TV Tupi, em LP lançado pela Continental no qual interpretou a música "Estranha Forma de Vida".

Em 1977, lançou pela Chantecler um LP que intitulou de "Chico Egydio" e no qual interpretou clássicos como "Se Alguém Perguntar Por Mim", "Risque", de Ary Barroso, "Caminhemos", de Herivelto Martins, "A Volta do Boêmio", de Adelino Moreira, e "Cinco Letras Que Choram (Adeus)", de Silvino Neto. No mesmo ano, participou do LP "Carnaval 77 - Convocação Geral" lançado pela Som Livre visando reativar o repertório carnavalesco no qual interpretou a marcha "Mulata Ponte Aérea".

Em 1978, participou do LP "Sambas de Enredo das Escolas de Samba do Grupo 1", de São Paulo, lançado pela Continental interpretando o samba-enredo "Sonho de um Rei Negro", da Escola de Samba Nenê de Vila Matilde.

Em 1990, participou do LP "Feitiço da Vila", lançado pela EMI-Odeon em homenagem a Noel Rosa no qual cantou o samba "Palpite Infeliz".

Em sua extensa carreira gravou mais de vinte discos em 78 rpm além de vários LPs pelas gravadoras Odeon, Chantecler e Continental, além de participar de diversas coletâneas. Seu principal trabalho foi a gravação feita com Roberto Paiva e que relembrou a famosa polêmica entre Noel Rosa e Wilson Batista.

Morreu no dia 17/10/2007 em São Paulo, de Falência Múltipla dos Órgãos aos 80 anos de idade. Ele foi o primeiro a ganhar o Troféu Imprensa na categoria de cantor, em 1960. Francisco Egydio, segundo informações, sofria já algum tempo de sérios problemas de saúde.

Chiquinha Gonzaga

FRANCISCA EDWIGES NEVES GONZAGA
(87 anos)
Compositora, Pianista e Regente

* Rio de Janeiro, RJ (17/10/1847)
+ Rio de Janeiro, RJ (28/02/1935)

Foi a primeira chorona, primeira pianista de choro, autora da primeira marcha carnavalesca "Ô Abre Alas (1899) e também a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. No Passeio Público do Rio de Janeiro, há uma Herma em sua homenagem, obra do escultor Hoonório Peçanha.

Era filha de José Basileu Gonzaga, general do Exército Imperial Brasileiro e de Rosa Maria Neves de Lima, uma mulata muito humilde, com quem, apesar de opiniões contrárias da família, casou-se após o nascimento da menina Francisca. Chiquinha Gonzaga foi educada numa família de pretensões aristocráticas (seu padrinho era Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias). Ela conviveu bastante com a rígida família do seu pai. Fez seus estudos normais com o Cônego Trindade, um dos melhores professores da época, e musicais com o Maestro Lobo, um fenômeno da música. Desde cedo, frequentava rodas de Lundu, Umbigada e outros ritmos oriundos da África, pois nesses encontros buscava sua identificação musical com os ritmos populares que vinham das rodas dos escravos.

Inicia, aos 11 anos, sua carreira de compositora com uma música natalina, "Canção dos Pastores". Aos 16 anos, por imposição da família do pai, casou-se com Jacinto Ribeiro do Amaral, oficial da Marinha Imperial brasileira e logo engravidou. Não suportando a reclusão do navio onde o marido servia, (já que ele passava mais tempo trabalhando no navio do que com ela) e as ordens para que não se envolvesse com a música, além das humilhações que sofria e o descaso dele com seu sonho, Chiquinha, após anos de casada, separou-se, o que foi um escândalo na época.

Leva consigo somente o filho mais velho, João Gualberto. O marido, no entanto, não permitiu que Chiquinha cuidasse dos filhos mais novos: Sua outra filha, Maria do Patrocínio e do filho, o menino Hilário, ambos frutos daquele matrimônio. Ela lutou muito para ter os 3 filhos juntos, mas foi em vão. Sofreu muito com a separação obrigatória dos 2 filhos imposta pelo marido e pela sociedade preconceituosa daquela época, que impunha duras punições à mulher que se separava do marido.

Anos depois, em 1867, reencontrou seu grande amor do passado, um namorado de juventude, o engenheiro João Batista de Carvalho, com quem teve uma filha: Alice Maria. Viveu muitos anos com ele, mas Chiquinha não aceitava suas traições. Separa-se dele, e mais uma vez perde uma filha. João Batista não deixou que Chiquinha criasse Alice, ficando com a guarda da filha. Apesar disso tudo, Chiquinha foi muito presente na vida de todos os seus quatro filhos, mesmo só criando um deles. Ela sempre estava acompanhando a vida deles e tendo contato.

Ela, então, passa a viver como musicista independente, tocando piano em lojas de instrumentos musicais. Deu aulas de piano para sustentar o filho João Gualberto e mantê-lo junto de si, sofrendo preconceito por criar seu filho sozinha. Passando a dedicar-se inteiramente a música, onde obteve grande sucesso, sua carreira aumentou e ela ficou muito famosa, tornando-se também compositora de Polcas, Valsas, Tangos e cançonetas. Antes, porém, uniu-se a um grupo de músicos de choro, que incluía ainda o compositor Joaquim Antônio da Silva Callado, apresentando-se em festas.

Aos 52 anos, após muitas décadas sozinha, mas vivendo feliz com os filhos e a música, conheceu João Batista Fernandes Lage, um jovem cheio de vida e talentoso aprendiz de musicista, por quem se apaixonou. Ele também se apaixonou perdidamente por essa mulher madura que tinha muito a ensinar-lhe sobre música e sobre a vida. A diferença de idade era muito grande e causaria mais preconceito e sofrimento na vida de Chiquinha, caso alguém soubesse do namoro. Ela tinha 52 anos e João Batista, apenas 16. Temendo o preconceito, faz que ela fingisse que o adotou como filho, para viver esse grande amor. Esta decisão foi tomada para evitar escândalos em respeito aos seus filhos e à relação de amor pura que mantinha com João Batista, da qual pouquíssimas pessoas na época entenderiam, além de afetar sua brilhante carreira. Por essa razão também, Chiquinha e João Batista Lage, ou Joãozinho, como carinhosamente o chamava, mudaram-se para Lisboa, em Portugal, e foram viver felizes morando juntos por alguns anos longe do falatório da gente do Rio de Janeiro. Os filhos de Chiquinha, no começo, não aceitaram o romance da mãe, mas depois viram com naturalidade. Fernandes Lage aprendeu muito com Chiquinha sobre a música e a vida. Eles retornaram ao Brasil sem levantar suspeitas nenhuma de viverem como marido e mulher. Chiquinha nunca assumiu de fato seu romance, tendo sido descoberto após a sua morte, através de cartas e fotos do casal. Ela morreu ao lado de João Batista Lage, seu grande amigo, parceiro e fiel companheiro, seu grande amor, em 1935, quando começava o Carnaval.

Carreira

A necessidade de adaptar o som do piano ao gosto popular valeu a glória de tornar-se a primeira compositora popular do Brasil. O sucesso começou em 1877, com a polca "Atraente". A partir da repercussão de sua primeira composição impressa, resolveu lançar-se no teatro de variedades e revista. Estreou compondo a trilha da opereta de costumes "A Corte na Roça", de 1885. Em 1911, estreia seu maior sucesso no teatro, a opereta "Forrobodó", que chegou a 1500 apresentações seguidas após a estreia - até hoje o maior desempenho de uma peça deste gênero no Brasil.

Em 1934, aos 87 anos, escreveu sua última composição, a partitura da peça "Maria". Foi criadora da célebre partitura da opereta "A Jurity", de Viriato Correia.

Por volta de 1900 conhece a irreverente artista Nair de Tefé von Hoonholtz, a primeira caricaturista mulher do mundo, uma moça boêmia, embora de família nobre, da qual se torna grande amiga. Chiquinha viaja pela Europa entre 1902 e 1910, tornando-se especialmente conhecida em Portugal, onde escreve músicas para diversos autores. Logo após o seu retorno do continente europeu, sua amiga Nair de Tefé casa-se com o então presidente da República Hermes da Fonseca, tornando-se primeira-dama do Brasil.

Chiquinha é convidada pela amiga para alguns saraus no Palácio do Catete, a então morada presidencial, mesmo sob a contrariedade notavelmente imposta pela família de Nair.

Certa vez, em 1914, num recital de lançamento do "Corta Jaca", no palácio presidencial, a própria primeira-dama do país, Nair de Tefé von Hoonholtz, acompanhou Chiquinha no violão, e empunhou o instrumento, tocando um Maxixe composto pela maestrina. O que foi considerado um escândalo para a época. Foram feitas críticas ao governo e retumbantes comentários sobre os "escândalos" no palácio, pela promoção e divulgação de músicas cujas origens estavam nas danças vulgares, segundo a concepção da elite social aristocrática. Levar para o Palácio do Governo a música popular brasileira foi considerado, na época, uma quebra de protocolo, causando polêmica nas altas esferas da sociedade e entre políticos.

Após o término do mandato presidencial, Hermes da Fonseca e Nair de Tefé mudaram-se para a França, onde permaneceram por um bom tempo. Em decorrência desse afastamento, Chiquinha e Nair acabam por perder contato.

Chiquinha participou ativamente da campanha abolicionista, por conta da revolta que sentia por seus ancestrais maternos terem sido escravos e sofrido muito, e da proclamação da república do Brasil. Também foi a fundadora da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais. Ao todo, compôs músicas para 77 peças teatrais, tendo sido autora de cerca de duas mil composições em gêneros variados: Valsas, Polcas, Tangos, Lundus, Maxixes, Fados, Quadrilhas, Muzurcas, Choros e Serenatas.

Representações na Cultura

Chiquinha Gonzaga já foi retratada como personagem no cinema e na televisão. Dirigida por Jayme Monjardim, na minissérie Chiquinha Gonzaga (1999), na TV Globo, foi interpretada por Regina Duarte e Gabriela Duarte. No cinema, foi interpretada por Bete Mendes, no filme "Brasília 18%" (2006), dirigido por Nelson Pereira dos Santos, e por Malu Galli, no filme "O Xangô de Baker Street", baseado no livro homônimo de Jô Soares.

A compositora também foi homenageada no carnaval carioca, no ano de 1985, com o enredo Abram alas que eu quero passar pela escola de samba Mamgueira, que obteve a sétima colocação. E em 1997, com enredo "Eu Sou Da Lira, Não Posso Negar..." pela Imperatriz Leopoldinense. A atriz Rosamaria Murtinho, que vivia a artista no teatro, representou-a no desfile, a escola obteve a sexta colocação.

Fonte: Wikipédia

Amaral Netto

FIDÉLIS DOS SANTOS AMARAL NETTO
(74 anos)
Jornalista e Político

☼ Rio de Janeiro, RJ (28/05/1921)
┼ Rio de Janeiro, RJ (17/10/1995)

Fidélis dos Santos Amaral Netto, mais conhecido como Amaral Netto, foi um jornalista e político brasileiro nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 28/05/1921. Ficou conhecido do grande público durante a década de 70 pelo programa na TV Globo, "Amaral Netto, o Repórter", onde, com equipamento sofisticado para a época, alcançava as mais longínquas regiões do país e divulgava as obras do Regime Militar.

Filho de Luciano Amaral e Heroína Sobral Amaral, após estudar em Niterói e Petrópolis ingressou no Colégio Pedro II e a seguir foi um dos alunos fundadores da Escola de Marinha Mercante. Ao desembarcar no Rio de Janeiro trabalhou no protocolo do Instituto Vital Brazil.

Iniciou a carreira jornalística no Correio da Noite e em 1949 fundou a Tribuna da Imprensa ao lado de Carlos Lacerda com quem combateu os governos de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek.

Eleito Deputado Estadual pela UDN da Guanabara em 1960 e deputado federal em 1962, foi para o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) tão logo o Regime militar de 1964 baixou o Ato Institucional Número Dois (AI-2) que instituiu o bipartidarismo.

Amaral Netto e Flávio Cavalcanti
Em 1964, ao fazer oposição à candidatura de Carlos Lacerda à Presidência da República, Amaral Netto não conseguiu conter o apelo popular a favor do político carioca, de acordo com artigo no jornal Tribuna da Imprensa de 09/11/1964:
"Por ironia do destino, o próprio deputado Amaral Netto, opositor da candidatura Carlos Lacerda à Presidência da República, foi o responsável por sua consagração, ao discursar anteontem, na sessão inaugural da Convenção Extraordinária da União Democrática Nacional (UDN), em meio a vaias estrepitosas e alguns aplausos. (...) Em um discurso tumultuado, Amaral Netto chegou a comparar Carlos Lacerda a Jânio Quadros - e quase não pôde permanecer na tribuna, ante a indignação popular - e provocou uma explosão de entusiasmo entre os convencionais, que aclamaram o candidato udenista à sucessão presidencial, mal terminara o deputado carioca seu discurso."
Reeleito em 1966, migrou para a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) no ano seguinte, sendo reeleito em 1970 e 1974 passou a representar o estado do Rio de Janeiro a partir de 15/03/1975. Data deste período o programa "Amaral Netto, o Repórter", na TV Globo, em que fez diversas reportagens nas regiões brasileiras, destacando obras do governo militar.

Membro do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) em 1967, Amaral Netto atuava em dobradinha com Mário Covas, de quem veio a ser o maior adversário, na década de 80.

Derrotado ao buscar um novo mandato em 1978, ingressou no Partido Democrático Social (PDS) e foi reeleito em 1982, 1986 e 1990. Candidatou-se a prefeito do Rio de Janeiro pelo PDS nas eleições de 1992, mas foi derrotado.

Amaral Netto e Chucho Narvaez em "Amaral Netto, O Repórter"
Amaral Netto conquistou seu 8º mandato pelo Partido Progressista Reformador (PPR) em 1994, mas em razão de um acidente automobilístico licenciou-se do mandato.

Teve como principal bandeira em sua carreira política a defesa pela adoção da pena de morte no país. Ele apresentou uma emenda constitucional que propunha um plebiscito para implantar a pena de morte para sequestradores, ladrões e estupradores que assassinassem suas vítimas. O plebiscito, um instrumento mais direto de consulta popular, foi rejeitado pelos que se afirmavam democratas e contrários à pena capital. A ofensiva contrária revelou uma realidade pouco admitida por seus desafetos: A pena de morte teria grande chance de ser aprovada se fosse submetida a um plebiscito popular.

Amaral Netto foi um dos mais barulhentos porta-vozes da direita e defendia os governos militares com ardor.

Com cerca de 20 anos no vídeo, o repórter mostrou os tubarões em Fernando de Noronha e, numa de suas primeiras grandes reportagens-pesquisas, foi até o Xingu mostrar como vivem os Xavantes. Revelando ao público usos e costumes selvagens conservados durante dois mil anos, lançou um apelo em favor da doação de remédios e itens básicos para o auxílio aos Silvícolas.

Como repórter-historiador, Amaral Netto trazia à luz documentos, fatos e curiosidades da História do Brasil. Em sua passagem pela TV Tupi, costumava abrir o programa com perguntas como: Que nome tem o Brasil? De que cor são as letras da Bandeira Nacional? Que idade tinha Cabral quando descobriu o Brasil?

Morte

Amaral Netto faleceu no Rio de janeiro, RJ, no dia 17/10/1995, em consequência de um edema pulmonar agudo, caracterizado pelo acúmulo de líquido nos pulmões. Ele teve o edema durante a madrugada, não resistiu e morreu por volta de 15h00.

Amaral Netto estava internado havia 15 dias no Hospital Samaritano, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro. Nos últimos dez meses, foi internado várias vezes com sequelas de um acidente de carro. Ao falecer estava filiado ao Partido do Povo Brasileiro (PPB). Sua vaga foi ocupada pelo cantor Agnaldo Timóteo.

Fonte: Wikipédia

Hilton Gomes

HILTON GOMES DE SOUZA
(75 anos)
Jornalista, Radialista, Apresentador e Repórter

☼ Rio de Janeiro, RJ (23/05/1924)
┼ Rio de Janeiro, RJ (17/10/1999)

Hilton Gomes de Sousa, mais conhecido por Hilton Gomes, foi um jornalista, radialista, apresentador e repórter brasileiro nascido em Quintino Bocaiúva, bairro do Rio de Janeiro, em 23/05/1924.

Hilton Gomes era filho de Luiz Gomes de Souza e Cacilda Normandia de Souza. Tinha irmãos, mas era ele quem mais gostava da companhia do pai, quando este ia trabalhar no jornal A Noite, de Irineu MarinhoE foi lá que um dia conversou com Roberto Marinho, que também trabalhava no jornal.

Estudou também, mas não fez curso de jornalismo, pois, segundo ele, isso nem existia na época. 

Seu primeiro cargo foi como office boy, na Companhia Telefônica, atual Oi, mas logo passou para uma agência de propaganda. Escrevia também textos para rádio e televisão.

Foi, em seguida, trabalhar na Rádio Tupi, de Assis Chateaubriand, e passou logo para a TV Tupi do Rio de Janeiro.


Cid Moreira e Hilton Gomes, primeiros apresentadores do 'Jornal Nacional', em 1969.
Em 1951, apresentou o Telejornal Brahma, consagrando-se como o primeiro noticiarista do país. Fez amizade com as pessoas importantes da época, como João Calmon, Paulo Cabral Heloisa Helena. E se enfronhou no jornalismo, embora fizesse programas de auditório também.

Figura bonita, alta, voz grave e sorriso permanente, logo conquistou a todos. Foi depois para a TV Rio, onde estavam Péricles do Amaral e Cerqueira Leite. Fez sucesso com o Telejornal Bendix.

Esteve ainda na TV Excelsior, e foi por ela que foi, representando o telejornalismo, aos Estados Unidos, fazer a cobertura do assassinato de John Kennedy em 1963. Fez a cobertura da cerimônia fúnebre narrando todos os acontecimentos pela Rádio Voz da América.

Quando voltou, já como profissional consagrado, foi para a TV Globo. Mauro Salles era o diretor de jornalismo da emissora e o apreciou muito. Roberto Marinho também se lembrou do "garoto de calças curtas", que tamborilava na máquina de escrever do pai, no jornal A Noite, muitos anos antes.

E Hilton Gomes foi logo para o horário nobre, às 20h00, na primeira fase do Jornal da Globo, ao lado de Luís Jatobá e Nathalia TimbergDepois veio o Cid Moreira, mas Hilton Gomes continuava sempre.


Hilton Gomes no Festival Internacional da Canção
Para a profissão fez inúmeras viagens e grandes entrevistas. Fez uma reportagem com o Papa João Paulo, que lhe deu um bracelete. E esteve também na NASA, nos Estados Unidos. Nos programas de auditório, em que atuava como apresentador, fez sucesso em "Oh, Que Delícia de Show" "Festival da Canção". Entrevistou Roy Rogers e vários cantores internacionais. 

Das narrações famosas a que se destaca é o primeiro pouso do homem na Lua, com a Apollo 11, em 1969. Um fato interessante é que no dia seguinte ao pouso na Lua, no bar onde ia tomar seu tradicional café, os funcionários que o atendiam, o chamaram de mentiroso, que o homem não tinha ido a Lua coisa nenhuma. Quando mais gente começou a lhe perturbar com o assunto, Hilton Gomes desistiu do café e foi embora sem que ninguém o visse.

Esteve também no Japão, sempre a trabalho.

Casado com Maria Alice, o casal teve quatro filhos e oito netos. Hilton Gomes estava afastado da profissão, pois teve um problema sério de saúde, que o fez colocar um marca-passo.

Hilton Gomes faleceu no dia 17/10/1999, aos  75 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de uma parada cardiorespiratória.

Fonte: Wikipédia

Yara Cortes

ODETE CIPRIANO SERPA
(81 anos)
Atriz

* Rio de Janeiro, RJ (22/09/1921)
+ Rio de Janeiro, RJ (17/10/2002)

Yara Cortes começou a carreira incentivada pelos professores do colégio, onde se apresentava em festas do ginásio. Antes de ingressar definitivamente na carreira de atriz, chegou a trabalhar profissionalmente como enfermeira e aeromoça.

A carreira deslanchou quando entrou para um concurso da Companhia de Teatro Dulcina, onde ganhou seu primeiro prêmio e um contrato. Foi neste momento que Odete Cipriano Serpa assumiu o pseudônimo de Yara Cortes.

Sua estréia foi na peça "Mulheres", em 1948, na Companhia Dulcina-Odilon.

Em 1951 começou a atuar nos teleteatros da TV Tupi e, em 1959, estreou no cinema, no filme "O Palhaço O Que É?".


Yara Cortes também participou da Companhia Teatro dos Sete, ao lado de Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi e Sérgio Britto. O grupo fez sucesso ao encenar a peça "O Mambembe" no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Depois de acumular experiência nas principais companhias de teatro de São Paulo e do Rio de Janeiro na década de 60, ela estreou na tevê na novela "Acorrentados", de Janete Clair, em 1969.

Yara Cortes ingressou na TV Globo no dia 01/08/1975, onde trabalhou em minisséries e novelas. Os papéis de maior destaque foram Dona Xepa, da novela homônima, e Carolina, na novela "O Casarão"Yara Cortes ainda brilhou em "Marrom Glacê" (1979), "Ti-Ti-Ti" (1985), "Roda de Fogo" (1986), "Mandala" (1987), "História de Amor" (1995), "A Viagem" (1994) e no seriado "O Bem Amado" (1980 - 1984).

Yara Cortes faleceu aos 81 anos de idade, vítima de insuficiência respiratória. Ela sofria de câncer de pulmão.

Cinema

  • 1974 - Rainha Diaba ... Violeta
  • 1973 - Obsessão
  • 1972 - Jerônimo, O Herói de Sertão ... Tabarra
  • 1971 - Viver de Morrer
  • 1959 - O Palhaço O Que É?

Televisão

  • 1995 - História de Amor ... Olga Moretti Miranda
  • 1994 - A Madona de Cedro ... Emerenciana
  • 1994 - A Viagem ... Maroca
  • 1991 - Felicidade ... Filó
  • 1990 - Mico Preto ... Cristina
  • 1989 - Top Model ... Norma
  • 1989 - Pacto de Sangue ... Afrosina
  • 1988 - O Pagador de Promessas ... Dagmar
  • 1987 - Mandala ... Conchita
  • 1986 - Roda de Fogo ... Joana Garcez
  • 1985 - Ti Ti Ti ... Júlia
  • 1985 - Tenda dos Milagres ... Zabela
  • 1984 - O Bem Amado (Série) ... Delegada Chica Bandeira
  • 1983 - O Bem Amado (Série) ... Delegada Chica Bandeira
  • 1982 - O Bem Amado (Série) ... Delegada Chica Bandeira
  • 1981 - O Bem Amado (Série) ... Delegada Chica Bandeira
  • 1980 - O Bem Amado (Série) ... Delegada Chica Bandeira
  • 1980 - Chega Mais ... Clô (Participação no 1º Capítulo)
  • 1979 - Marron Glacé ... Clô
  • 1978 - Pecado Rasgado ... Alice
  • 1977 - Dona Xepa ... Dona Xepa
  • 1976 - O Casarão ... Carolina
  • 1975 - O Grito ... Carmem
  • 1974 - O Rebu ... Maria Angélica de Lara Campos (Bubu)
  • 1973 - O Semideus ... Sula
  • 1971 - Minha Doce Namorada ... Madame Jordão
  • 1969 - Acorrentados ... Mônica

Fonte: Wikipédia