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Ziembinski

ZBIGNIEW MARIAN ZIEMBINSKI
(70 anos)
Ator, Diretor, Pintor e Fotógrafo

* Wieliczka, Polônia (07/03/1908)
+ Rio de Janeiro, RJ (18/10/1978)

Desde os doze anos envolvido com o mundo teatral, deixa sua terra natal em 1941, com 33 anos, quando emigra para o Brasil.

Chamado carinhosamente de Zimba, é considerado um dos fundadores do moderno teatro brasileiro por sua encenação inovadora do texto "Vestido de Noiva", em 1943 do dramaturgo Nelson Rodrigues. Com esta montagem e por seu processo de ensaio, introduz-se a noção de diretor no teatro brasileiro, aquele que cria uma encenação, quase como um pintor da cena, substituindo a de ensaiador, aquele que se preocupava apenas em distribuir papéis e ordenar a movimentação em cena.

A direção de Ziembiński de "Vestido de Noiva", soube equacionar os vários planos propostos por Nelson Rodrigues, que contrastam entre o imaginário, o sonho e a realidade de forma brilhante, aliada à cenografia de Tomás Santa Rosa, com enorme quantidade de variações de luz - fala-se em 132 diferentes efeitos utilizados na encenação, fato marcante na história do teatro brasileiro da época. Outra novidade introduzida por Zimba foi o extenso processo de ensaios no grupo amador que encenou a peça "Os Comediantes", que consumiu muitos meses. Até aquela peça, o usual no teatro brasileiro era ensaiar uma semana e apresentar-se na seguinte, com poucos ensaios e com os atores recebendo apenas as suas falas, método comum no teatro profissional de Procópio Ferreira e de seus contemporâneos.

Antes de chegar ao Brasil, formou-se em letras e cursou a Escola de Arte Dramática do Teatro Municipal de Cracóvia, atuando em mais de vinte papéis entre 1927-1929. Depois desloca-se para Varsóvia onde trabalha como diretor e ator no "Teatr Polski" (Teatro Polaco) e "Teatr Mały" (Teatro Pequeno).

Em 1931, já em Łódź atua e dirige algumas peças no Teatro Municipal e no Teatro de Câmara. Em 1933 retorna a Varsóvia, onde trabalha intensamente até o início da Segunda Guerra Mundial. O repertório das peças dirigidas por Ziembinski na Polônia foi majoritariamente de textos de autores poloneses, o inverso do que fará em nosso país, procurando encenar autores de muita importância na dramaturgia universal.

Este fato pode ser acompanhado pelos espetáculos que se seguiram a "Vestido de Noiva": "Pelleas e Melisande", de Maurice Maeterlinck (1943), com a mesma companhia, e "Anjo Negro", retornando a Nelson Rodrigues, em 1948, com o Teatro Popular de Arte (TPA), onde Ziembinski retoma o estilo expressionista introduzido em sua primeira peça brasileira. Se este texto de Nelson Rodrigues, expõe acidamente a questão do racismo, Ziembinski irá sobrepor efeitos que engrossarão o caldo da polêmica e do escândalo. No mesmo ano e na mesma companhia, dirige e protagoniza "Woyzeck", de Georg Büchner.

Antes de se mudar para São Paulo, convidado a participar do Teatro Brasileiro de Comédia, Ziembinski dirige em Recife o simbólico "Nossa Cidade", de Thornton Wilder (1949), "Pais e Filhos", de Ivan Turgueniev, e "Esquina Perigosa", de J. B. Priestley, no Teatro de Amadores de Pernambuco TAP. Outra incursão, agora no Teatro Universitário de Pernambuco (TUP), será "Além do Horizonte", de Eugene O'Neill, e "Fim de Jornada", de Robert Sheriff.

Em 1950 além de trabalhar no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) de Franco Zampari, fez vários trabalhos com Cacilda Becker e também leciona arte dramática na então Escola de Arte Dramática (EAD), de Alfredo Mesquita, entre 1951 e 1957.

No cinema participa do filme "Tico-tico no Fubá", com Anselmo Duarte e Tônha Carrero. Tendo participado em mais de cem espetáculos em solo brasileiro e trabalhado com importantes atores como Cacilda Becker, Walmor Chagas, Cleide Yáconis, Nicete Bruno, Paulo Goulart, Fernando Torres, marcou uma geração inteira de artistas, ao mesmo tempo que trouxe a cena uma quantidade importantes de importantes dramaturgos da cena internacional.

Já nos anos setenta será contratado pela Rede Globo onde coordenou diversos núcleos de produção, especialmente o Departamento de Casos Especiais.

Foram 50 anos de teatro, 35 deles no Brasil dirigindo 94 peças. Também foi pintor e fotógrafo até 1978.

Morreu aos 70 anos. Para o crítico Sábato Magaldi, Ziembiński foi "um monstro do teatro, figura extraordinária que pairou sobre a beleza do Rio de Janeiro".

Fonte: Wikipédia

Zé Arigó

JOSÉ PEDRO DE FREITAS
(49 anos)
Médium

* Fazenda do Fria - Congonhas do Campo, MG
(18/10/1921)

+ Rodovia BR-040 - Congonhas do Campo, MG
(11/01/1971)


Zé Arigó foi um médium brasileiro nascido na Fazenda do Fria, situada a 6 km de Congonhas do Campo, MG, no dia 18/10/1921.

Desenvolveu suas atividades paranormais em Congonhas durante cerca de vinte anos, tornando nacional e internacionalmente conhecidas as cirurgias e curas realizadas por intermédio de sua faculdade mediúnica, pela entidade (espírito) que se denominava como Dr. Fritz, um médico alemão falecido em 1918, durante a Primeira Guerra Mundial.

Um dos oito filhos de um sitiante, nasceu na Fazenda do Fria, a cerca de seis quilômetros de Congonhas. Os poucos recursos da família apenas lhe asseguraram os estudos até à terceira série do atual Ensino Fundamental, no Grupo Escolar Barão de Congonhas.

Em 1936, aos quatorze anos de idade, ingressou na Companhia de Mineração de Ferro e Carvão, (posteriormente denominada Ferteco Mineração S/A, e hoje incorporada à CVRD), onde trabalhou até 1942. Neste período ganhou o apelido que o acompanharia toda a vida: "Arigó". Nomeado servidor do IAPTC, atual INSS, trabalhou na função pública até ao fim da vida.

Em 1946, então com vinte e cinco anos de idade, desposou Arlete André, sua prima em 4º grau, época em que deixou a casa dos pais. Da união nasceram seis filhos: José Tarcísio, Haroldo, Eri, Sidney, Leôncio, Antônio e Leonardo José.

À medida que nasciam os filhos do casal, por volta de 1950, Arigó começou a apresentar fortes dores de cabeça, insônia, percebendo visões (uma luz descrita como muito brilhante) e uma voz gutural (em idioma que não compreendia) que o fizeram acreditar encontrar-se à beira da loucura. A situação perdurou por cerca de três anos, durante os quais visitou médicos e especialistas, sem melhorias.

De acordo com seus biógrafos, certo dia, em um sonho nítido, a voz que o atormentava foi percebida por Arigó como pertencendo a um personagem robusto e calvo, vestido com roupas antigas e um avental branco, supervisionando uma equipe de médicos e enfermeiros em uma grande sala cirúrgica, em torno de um paciente. Após o sonho ter se repetido por várias vezes, o personagem apresentou-se como sendo Adolph Fritz, um médico alemão desencarnado durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), sem que tivesse completado a sua obra na Terra. Embora não pudesse compreender o idioma, compreendeu a mensagem que o personagem lhe dirigia: Arigó fora escolhido como médium pelo Dr. Fritz para realizar essa obra. Outros espíritos, de médicos e de enfermeiros desencarnados, os auxiliariam. Ainda de acordo com os seus biógrafos, Arigó acordou desse sonho tão assustado que saiu correndo, nu, aos gritos, ganhando a rua. Parentes e amigos trouxeram-no de volta ao lar, onde chorou copiosamente. Procurados, os médicos procederam a exames clínicos e psicológicos, sem encontrar nada de anormal, embora as dores de cabeça e os pesadelos continuassem. Até mesmo o padre da cidade tentou auxiliar, efetuando algumas sessões de exorcismo, sem sucesso.

Desesperado, sem encontrar uma saída, certo dia resolveu experimentar atender ao pedido do sonho: encontrando um amigo, aleijado, obrigado ao uso de muletas para andar, Arigó ordenou-lhe de súbito que largasse as muletas. E, arrancando-as com as próprias mãos, ordenou em seguida ao amigo que caminhasse, o que ele fez, continuando a fazê-lo desse dia em diante.

A partir de então, uma força que Arigó reputava como "estranha", passou a utilizar-se de suas mãos rudes, para manejar instrumentos também rudes, em delicados procedimentos cirúrgicos, no atendimento a enfermos e aflitos.

Entre os casos de personalidade atendidas por Arigó por volta de 1950, relaciona-se o do Senador Carlos Alberto Lúcio Bittencourt, então em campanha para reeleição por Minas Gerais e para a eleição de Getúlio Vargas para a presidência da República pelo PTB. Diagnosticado como portador de câncer nos pulmões, os médicos haviam recomendado ao Senador a imediata cirurgia, de preferência em hospital estadunidense, embora com poucas esperanças. Optando por adiar a cirurgia para depois da campanha eleitoral, em visita a Congonhas conheceu Arigó, que havia sido líder sindical. Impressionado com o seu carisma, o Senador convidou Arigó para juntos irem a Belo Horizonte para um comício. Aceito o convite, ficaram hospedados juntos no mesmo hotel. Segundo o relato do Senador, já estando recolhido ao leito em seu quarto, preocupado com a sua condição de saúde, percebeu a porta que se abria, e um vulto, que parecia ser de Arigó, entrando e acendendo a luz. Era realmente Arigó, como constatou, que se aproximava com uma navalha na mão. Assustado, o Senador tentou levantar-se mas sentiu-se dominado por uma prostração que o fez cair, adormecido, sobre o leito. Na manhã seguinte, ao acordar, constatou que o seu pijama estava cortado nas costas, sujo de sangue já seco. O tumor cancerígeno fora removido e, como confirmado mais tarde, o Senador encontrava-se plenamente restabelecido.

Apesar de possuir desenvolvida mediunidade, Arigó possuía formação católica tradicional, e seu nome, a rigor, não se associa formalmente nem ao Espiritualismo nem ao Espiritismo.

Apesar da desaprovação da Igreja Católica (com quem, entretanto, não criou inimizades) e das autoridades civis, Arigó fundou uma clínica à Rua Marechal Floriano, em Congonhas, onde chegava a tratar, gratuitamente, até duzentas pessoas por dia, oriundas da região e dos diversos Estados do país, da América do Sul, da Europa e dos Estados Unidos da América. À época, Congonhas chegou a estar ligada a Buenos Aires (Argentina) e a Santiago do Chile (Chile) por linha de ônibus direta e regular.

Entre as dificuldades de ordem legal enfrentadas pelo médium, destaca-se o processo instaurado em 1956 pela Associação Médica de Minas Gerais, sob a acusação de prática de curandeirismo, e pelo qual foi condenado a quinze meses de prisão (1958); entretanto, teve a sua pena reduzida à metade e não chegou a ser preso, uma vez que recebeu indulto do então Presidente da República, Juscelino Kubitschek, cuja filha também havia sido atendida pelo médium, sendo-lhe diagnosticados dois cálculos renais. Anos mais tarde, responderia a novo processo, sendo condenado a 18 de novembro de 1964. Desta vez, tendo compreendido o que era um indulto, recusou-o, sendo detido por sete meses em Conselheiro Lafaiete (MG), pelo exercício ilegal da medicina. Continuou a prática mediúnica mesmo dentro dos muros do presídio, tendo retornado a Congonhas com prestígio ainda maior.

Nessa época, o estadunidense Henri Belk, fundador de uma fundação para pesquisa de fenômenos paranormais, acompanhado por Andrija Puharich (ou Henry K. Puharich), especialista em bioengenharia, deslocaram-se até Congonhas, acompanhados por dois intérpretes da Universidade do Rio de Janeiro e por Jorge Rizzini, conhecido pesquisador espírita brasileiro, para iniciar uma pesquisa com Arigó (1963). Na ocasião, o Dr. Puahrich teve extraído um lipoma de seu cotovelo esquerdo, em um procedimento indolor que consumiu apenas cinco segundos, executado com um canivete comum. A incisão de menos de 5 centímetros, com pouco sangue, não inchou, conforme documentado nitidamente em filme (a cores) por Rizzini, vindo a cicatrizar completamente, sem infecção.

Em 1968, dois outros médicos estadunidenses chegaram a Congonhas para complementar as pesquisas: os Drs. Laurence John e P. Aile Breveter, da William Benk Psychic Foundation. Mesmo sem ter alcançado uma explicação conclusiva para o fenômeno, comprovaram que a prática do médium não comportava ilusionismo ou feitiçaria, declarando que 95% dos diagnósticos do médium eram corretos e que, as operações realizadas com um canivete, sem qualquer assepsia, só eram possíveis devido à sua sensibilidade, explicável apenas à luz da parapsicologia.

Zé Arigó teve um sonho em que previa para breve a sua passagem para o plano espiritual, através de uma morte violenta. No dia 11/01/1971, ele esteve na clínica, como de costume, mas avisou aos seus pacientes que teria que ir a uma cidade vizinha, a fim de apanhar um carro de segunda mão, que acabava de comprar.

Às 12h23 do dia 11/01/1971, o médium Zé Arigó ao voltar de um sítio perto de Congonhas do Campo, MG, foi acometido por um mal súbito que o fez perder repentinamente o controle de seu carro Opala que, passando a contramão, bateu de frente num veículo do DNER. Na violência do choque, perdeu a vida por Traumatismo Cerebral. O valoroso Arigó que, durante duas décadas curou ou amenizou enfermidades e males de milhares de pacientes, passava assim para o mundo dos espíritos.

Fonte: Wikipédia

Mané Garrincha

MANUEL FRANCISCO DOS SANTOS
(49 anos)
Jogador de Futebol

☼ Pau Grande, RJ (18/10/1933)
┼ Rio de Janeiro, RJ (20/01/1983)

Manuel Francisco dos Santos, mais conhecido por Garrincha, foi um grande jogador de futebol brasileiro que se notabilizou por seus dribles desconcertantes apesar do fato de ter suas pernas tortas. É considerado um dos maiores jogadores da história do futebol de todos os tempos.

No auge de sua carreira, passou a assinar Manoel dos Santos, em homenagem a um tio homônimo, que muito o ajudou. Garrincha também é amplamente considerado como o maior driblador da história do futebol.

Garrincha, "O Anjo de Pernas Tortas", foi um dos heróis da conquista da Copa do Mundo de 1958 e, principalmente, da Copa do Mundo de 1962 quando, após a contusão de Pelé, se tornou o principal jogador do time brasileiro. Com Garrincha e Pelé jogando juntos, a seleção brasileira de futebol jamais perdeu uma partida sequer. A força do seu carisma ficou marcada rapidamente nas palavras do poeta de Itabira, Carlos Drummond de Andrade, numa crônica publicada no Jornal do Brasil, no dia 21 de janeiro de 1983, um dia após a morte do genial Garrincha:


"Se há um Deus que regula o futebol, esse Deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas, como é também um Deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho."

(Carlos Drummond de Andrade)

Pelé e Garrincha
Infância: O Apelido "Garrincha"

De origem humilde, com quinze irmãos na família, Manoel dos Santos era natural de Pau Grande, distrito de Magé, Rio de Janeiro. Sua irmã o teria apelidado de Garrincha, fazendo uma associação com um passarinho muito comum na região serrana de Petrópolis, conhecido por este nome.

As Pernas Tortas

Uma das características marcantes que envolvem a figura de Garrincha relaciona-se a uma distrofia física: as pernas tortas. Numa perspectiva frontal, por exemplo, sua perna esquerda, seis centímetros mais curta que a direita, era flexionada para o lado direito, e a perna direita, apresentava o mesmo desenho. Afirma Ruy Castro em seu livro que já teria nascido assim, mas há vários depoimentos no sentido que tal característica tenha sido sequela de uma poliomielite.

Com quatorze anos de idade começou a jogar no Esporte Clube Pau Grande e seu talento, já manifestado, despertou a atenção de Arati, um ex-jogador do Botafogo. Teve uma breve passagem pelo Serrano Foot Ball Club, time de Petrópolis, região serrana do Rio. Foi este o primeiro clube a pagar quantias em dinheiro para que Garrincha jogasse futebol. Após esta passagem pelo Serrano, foi treinar no time do Botafogo de Futebol e Regatas. Não se sabe com certeza quem o levou a fazer um teste no Botafogo, mas nos minutos iniciais do primeiro treino, ele teria dado vários dribles em Nílton Santos, o qual já era um renomado jogador.

Garrincha e Elza Soares
Vida Pessoal

Garrincha casou-se com Nair, namorada infância, com quem teve oito filhas. Separou-se dela e foi casado com Elza Soares por 15 anos. Os dois tiveram um filho, Manuel Garrincha dos Santos Junior (09/07/1977 - 11/01/1986), morto aos 9 anos de idade num acidente automobilístico. Nenem, o filho dele com Iraci, sua esposa antes de conhecer Elza Soares,  também morreu num acidente em Portugal em 20 de janeiro de 1992 aos 28 anos.

Jogador Profissional

Por praticamente toda a sua carreira, 95% das partidas, Garrincha defendeu o Botafogo, no período de 1953-1965, além da Seleção Brasileira de 1957-1966.

Já em fim de carreira jogou alguns meses no Sport Club Corinthians Paulista, (1966), no Clube de Regatas do Flamengo, (1969), e no Olaria Atlético Clube, porém já estava longe de seu auge. Integrou o elenco do Vasco, em um amistoso contra a seleção da cidade de Cordeiro, RJ, marcando um gol nesta partida. Sua contratação não foi fechada pela equipe cruzmaltina devido a sua má condição física e foi devolvido ao Sport Club Corinthians Paulista após o supracitado amistoso.

Jogou sessenta partidas pelo Brasil entre 1955 e 1966. Em todos os seus jogos, participou de apenas uma derrota (de 3 a 1 para a Hungria na Copa de 66).

Mesmo na Seleção Brasileira, Garrincha nunca abandonou sua forma irreverente de jogar. Voltava a driblar o jogador oponente, no mesmo lance, ainda que desnecessariamente, só pela brincadeira em si.

Nos clubes, jogou 614 vezes, marcando 245 gols pelo Botafogo e sua carreira profissional se prolongou de 1953 a 1972.

O último gol de Garrincha aconteceu no empate do Olaria Atlético Clube em 2 a 2 com o Comercial, dia 23 de março de 1972, no Estádio Palma Travassos em Ribeirão Preto. Foi, inclusive, o único gol de Mané pelo Olaria Atlético Clube.

Em 2010, torcedores do Botafogo custearam uma estátua de quatro metros e meio e cerca de 300 kg, ao custo de R$ 56.000,00 pagos ao artista plástico Edgar Duvivier. Essa estátua encontra-se hoje em frente ao Estádio João Havelange, onde o Botafogo manda seus jogos.

Já em novembro de 2011 durante a convenção mundial de futebol Soccerex, Eusébio, maior jogador português e contemporâneo tanto de Pelé quanto Garrincha, declarou abertamente que considerava Garrincha o melhor jogador de todos os tempos.

Garrincha foi considerado o mais habilidoso jogador que já existiu em todos os tempos sua capacidade de driblar e envolver seus adversários era impressionante. Pelo Brasil perdeu apenas uma das 61 partidas que fez com a camisa da Seleção. Em 1998, foi escolhido para a seleção de todos os tempos da Fifa, em eleição que contou com votos de jornalistas do mundo inteiro.


A Morte

A bebida e problemas no joelho gerados pela ambição de inescrupulosos dirigentes, que o mantinham em campo á base de poderosas drogas, que também destruíam sua saúde, encurtaram a carreira de Mané. Uma artrose nos dois joelhos - uma espécie de desgaste entre o fêmur e a tíbia - acabaram a magia de Garrincha. Os dribles geniais exigiam muito dos joelhos. E a dor vinha a cada freada ou giro em cima do adversário. O mágico saía de campo.

Garrincha viveu os últimos anos de sua vida sem glamour. Levava uma vida simples, humilde e abandonado por aqueles que lucraram milhões com sua arte. O adeus veio aos 49 anos, depois de três casamentos e 13 filhos. Morria a alegria do povo em 20 de janeiro de 1983 vítima de problemas generalizados causados pelo excessivo consumo de álcool. A causa foi cirrose hepática.

Em seu epitáfio lê-se:

"Aqui jaz em paz aquele que foi a Alegria do Povo – Mané Garrincha"

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #Garrincha #ManeGarrincha

Grande Otelo

SEBASTIÃO BERNARDES DE SOUZA PRATA
(78 anos)
Ator, Humorista, Cantor e Compositor

* Uberlândia, MG (18/10/1915)
+ Paris, França (26/11/1993)

Grande Otelo foi um ator, cantor e compositor. Pai do também ator José Prata.

Grande artista de cassinos cariocas e do chamado Teatro de Revista, participou de diversos filmes brasileiros de sucesso, entre os quais as famosas comédias nos anos 1940/50, que estrelou em parceria com o cômico Oscarito, e a versão cinematográfica de "Macunaíma", realizada em 1969.

Grande Otelo e Ankito
Conheceu Orson Welles quando este veio filmar no Brasil, na década de 1940. O grande ator e diretor estadunidense considerava Grande Otelo o maior ator brasileiro.

Sua vida teve várias tragédias. Seu pai morreu esfaqueado e a mãe era alcoólatra. Quando já era um ator consagrado, sua mulher cometeu suicídio logo após matar com veneno seu filho de seis anos, que era enteado do ator.

Grande Otelo vivia em Uberlândia quando conheceu uma companhia de teatro mambembe e foi embora com eles, com o consentimento da diretora do grupo, Abigail Parecis, que o levou para São Paulo. Ele voltou a fugir, foi para o Juizado de Menores, onde foi adotado pela família do político Antonio de Queiroz. Grande Otelo estudou então no Liceu Coração de Jesus até a terceira série ginasial.

Participou na década de 1920 da Companhia Negra de Revistas, que tinha Pixinguinha como maestro.

Foi em 1932 que entrou para a Companhia Jardel Jércolis, um dos pioneiros do Teatro de Revista. Foi nessa época que ganhou o apelido de Grande Otelo, como ficou conhecido.

No cinema, participou em 1942 do filme "It's All True", de Orson Welles.

Grande Otelo fez inúmeras parcerias no cinema, sendo a mais conhecida a feita com Oscarito. Depois os produtores formariam uma nova dupla dele com o cômico paulista Ankito. No final dos anos 50, Grande Otelo apareceria em dupla em vários espetáculos musicais e também no cinema com Vera Regina, uma negra alta com semelhanças com a famosa dançarina americana Josephine Baker. Com o fim da dupla com Vera Regina, Grande Otelo passaria por um período de crise até que voltaria ao sucesso no cinema com sua grande atuação do personagem título de "Macunaíma" (1969), filme baseado na obra de Mário de Andrade.

Participou também do filme de Werner Herzog, "Fitzcarraldo", de 1982, filmado na floresta amazônica.

Desde os anos 1960 Grande Otelo era contratado da TV Globo, onde atuou em diversas telenovelas de grande sucesso, como "Uma Rosa Com Amor", entre várias outras. Também trabalhou no humorístico "Escolinha do Professor Raimundo", no início dos anos 1990. Seu último trabalho foi uma participação na telenovela "Renascer", pouco antes de morrer.

Grande Otelo faleceu em 26/11/1993 vítima de um Ataque Cardíaco fulminante, quando viajava para Paris onde participaria de uma homenagem que receberia no Festival de Cannes.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #GrandeOtelo