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Irmão Lázaro

ANTÔNIO LÁZARO DA SILVA
(54 anos)
Cantor, Compositor e Político

☼ Salvador, BA (04/11/1966)
┼ Feira de Santana, BA (19/03/2021)

Antônio Lázaro da Silva, mais conhecido como Irmão Lázaro, foi um cantor, compositor e político, nascido em Salvador, BA, no dia 04/11/1966.

Como músico, Lázaro fez parte da banda Olodum e, mais tarde, se tornou um artista solo evangélico. Seu álbum "Testemunho e Louvor" (2008), deu-lhe notoriedade como artista religioso por meio de músicas como "Meu Mestre", "Eu Te Amo Tanto" e "Eu Sou de Jesus", o que lhe rendeu 10 indicações ao Troféu Talento de 2009. Nos anos seguintes, liberou outros trabalhos, até seu registro final, o EP "Entrega", lançado em 2019.

Lázaro iniciou sua carreira musical aos 18 anos, quando comprou seu primeiro violão. Poucos meses depois, dedicou-se ao baixo elétrico. Com passagens pelas bandas Terceiro Mundo e Cão de Raça, Lázaro ingressou no Olodum, grupo no qual ficou famoso através da canção "I Miss Her", com letra em inglês.

Após enfrentar problemas com drogas e com dores, Lázaro converteu-se à religião evangélica, passando a compor e cantar música cristã contemporânea.


Na nova fase da carreira lançou várias obras, entre elas, em 2008, o álbum ao vivo "Testemunho e Louvor", gravado na Igreja Batista Central, na cidade de Feira de Santana, que lhe deu notoriedade no segmento evangélico e 10 indicações ao Troféu Talento 2009 - incluindo uma indicação dupla na categoria Música do Ano com "Eu Te Amo Tanto" e "Meu Mestre".

Em 2009, assinou contrato com a gravadora Som Livre, pela qual lançou o álbum "Vai Mudar". Em seguida, optou por seguir como artista independente com o trabalho ao vivo "Um Sentimento Novo", ambos com desempenho comercial inferior a "Testemunho e Louvor".

Em abril de 2012, o cantor assinou com a gravadora Sony Music Brasil e, dois meses depois, lançou o disco "Quem Era Eu", gravado ao vivo em Feira de Santana.

Em 2013, Lázaro lançou "Entre Amigos", cujo repertório foi contemplado por regravações com participações de Fernandinho, Damares, Regis Danese, Marquinhos Gomes, entre outros.

Além de flertar com gêneros como o axé, Lázaro também gravou músicas com sonoridades de forró eletrônico, arrocha e reggae nos seus álbuns sucessores, como "O Mundo é Crazy" (2014) e "Vou Continuar Orando" (2016).

Seu último trabalho foi o EP "Entrega", lançado em 2019.

Carreira Política

Em 2014, Lázaro candidatou-se à Câmara dos Deputados, pelo Partido Social Cristão (PSC). Elegeu-se, sendo o terceiro mais votado do Estado, com 161.438, ou 2.43% do total, passando a integrar a Bancada Evangélica do Congresso Nacional. No mesmo ano, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, questionado a respeito da homofobia, declarou que se descreve conservador, mas que defende a liberdade individual.

Em abril de 2016, foi anunciado que ele se licenciaria do mandato para assumir o cargo de Secretário de Relações Institucionais da prefeitura de Salvador, em substituição a Heber Santana, que pretendia se candidatar à reeleição como vereador na capital baiana.

Morte

Lázaro foi diagnosticado com a Covid-19 no dia 15/02/2021 e desde então fazia o tratamento em casa. Entretanto, no dia 22/02/2021, ele sentiu desconforto, febre e procurou um médico. Ao chegar no hospital, foi comprovado que ele estava com metade dos pulmões comprometidos e por isso ficou internado, mas em leito clínico.

Em 25/02/2021, em Feira de Santana, precisou ser transferido para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No mesmo dia em que foi internado na Unidade de Terapia Intensiva e seria transferido para outro hospital em Salvador, mas o médicos suspenderam a transferência por causa de seu frágil estado de saúde.

Após mais de um mês internado, no dia 19/03/2021, por volta das 18:00, por meio do Twitter, sua assessoria informou que o estado de saúde de Lázaro era frágil e delicado, e pediu por orações. Durante a noite, sua filha confirmou que o pai havia vindo a óbito por meio de uma publicação no Instagram. Na rede social ela escreveu:
"Hoje a pessoa mais importante da minha vida se foi, o homem que eu mais amei e continuarei amando o resto da vida!"

Discografia
  • 2000 - Deus é Fiel
  • 2001 - Te Agradeço Senhor
  • 2004 - Conte a Deus
  • 2006 - Meu Mestre
  • 2008 - Testemunho e Louvor
  • 2009 - Vai Mudar
  • 2010 - Um Sentimento Novo
  • 2012 - Quem Era Eu
  • 2013 - Entre Amigos
  • 2014 - O Mundo é Crazy
  • 2015 - Só Deus
  • 2016 - Vou Continuar Orando
  • 2017 - Filho Chora e Mãe Não Vê
  • 2019 - Entrega

Videografia
  • 2007 - Testemunho e Louvor (Eu Te Amo Tanto) - Gravado na Igreja Batista Central, Feira de Santana
  • 2010 - Um Sentimento Novo - Gravado na Igreja Assembléia de Deus, Feira de Santana

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #IrmaoLazaro

Makota Valdina

VALDINA DE OLIVEIRA PINTO
(75 anos)
Professora, Religiosa, Líder Comunitária e Militante da Liberdade Religiosa

☼ Salvador, BA (15/10/1943)
┼ Salvador, BA (19/03/2019)

Valdina de Oliveira Pinto, mais conhecida como Makota Valdina, foi uma educadora, líder comunitária e religiosa brasileira, militante da liberdade religiosa, como porta-voz das religiões de matriz africana, bem como dos direitos das mulheres e da população negra.

Valdina de Oliveira Pinto nasceu em 15/10/1943 no bairro do Engenho Velho da Federação, na cidade de Salvador, BA. Sempre morou neste bairro que é, ainda hoje, um local onde a maioria da população é negra, e onde a presença de comunidades de terreiro de Candomblé é marcante. 

Desde a juventude, Valdina Pinto esteve envolvida com ações sociais na sua comunidade, acompanhando seu pai, Paulo de Oliveira Pinto, o Mestre Paulo, ou sua mãe, Eneclides de Oliveira Pinto, mais conhecida como Dona Neca, que foi líder comunitária e primeira referência política da filha.

Da adolescência à fase adulta, junto com a sua família, com a Associação de Moradores e com a Igreja Católica do Bairro, Valdina Pinto desenvolveu diversas atividades assistenciais à população, logo se concentrando na alfabetização de adultos como principal área de trabalho.

Quando veio a se formar pelo antigo Instituto Educacional Isaías Alves (IEIA), atual ICEIA, em 1962, já era uma educadora atuante e conhecida na própria comunidade. Ensinou na sede da Associação de Moradores, ensinou em barracão de terreiro de candomblé, ensinou em escolas e até na própria casa.


Por seu trabalho educacional na comunidade, foi convidada pelo Corpo da Paz para lecionar Português nas Ilhas Virgens a um grupo de estrangeiros que viria ao Brasil - e aí começou a desenvolver a noção do valor que suas referências étnico-culturais tinham para fora da comunidade em que vivia.

Como professora do ensino fundamental do município de Salvador, BA, Valdina de Oliveira Pinto se aposentou no final da década de 80, mas a sina de ser quem dá a lição continuaria acompanhando a sua trajetória.

No início da década de 70, Valdina Pinto abandonou o catolicismo, e em 1975 foi iniciada na religião do Candomblé. No Terreiro Tanuri Junsara, liderado pela Srª Elizabeth Santos da Hora, ela foi confirmada para o cargo de Makota - assessora da Nengwa Nkisi (Mãe-de-Santo). Com a iniciação, recebeu seu nome de origem africana, tornando-se a Makota Zimewaanga.

A iniciação numa religião de matriz africana impôs a Valdina Pinto uma revisão da sua história e da cultura na qual havia sido criada. Todo um conjunto de práticas cotidianas vivenciadas por ela desde a infância no gueto negro do Engenho Velho da Federação passou a adquirir novos significados, importância e sentidos a partir das lições aprendidas no terreiro de candomblé.

Entre 1977 e 1978, Valdina Pinto integrou a primeira turma do Curso de Iniciação à Língua Kikongo, ministrado pelo congolês Nlaando Lando Ntotila no Centro de Estudos Afro-Oriental (CEAO), marcando uma nova etapa no aprofundamento dos seus estudos sobre as culturas de origem bantu no Brasil, sobretudo nos aspectos religiosos.


A valorização das especificidades da nação de candomblé angola-congo, de matriz bantu, tinha sido uma das marcas da trajetória de Valdina Pinto que, por isso, passou a ser conhecida como Makota Valdina.

Outro pensamento de Makota Valdina é de que a comunidade de terreiro não devia fechar-se em si mesma, buscando, ao contrário, relacionar-se com os organismos políticos e sociais externos que fossem necessários à manutenção e consolidação das tradições vivenciadas no terreiro - tradições que, por outro lado, ela defendia que fossem, estas sim, resguardadas exclusivamente ao contexto religioso de quem as pratica.

Vale ressaltar que, ainda em tempos de ditadura política no Brasil, Makota Valdina tornou-se a primeira mulher a presidir a Associação de Moradores do seu Bairro, enfrentando preconceitos políticos e de gênero, dada a suas inclinações oposicionistas e ao fato mesmo de estar numa função até então ocupada por homens.

Estas compreensões, que estão na base da sua formação, levaram-na a compor, durante alguns anos, a diretoria da Federação Baiana de Culto Afro Brasileiro (FEBACAB), atual FENACAB. Nesse período, seu respeito e preocupação com as tradições do Candomblé, independente da nação, tornaram-na mais conhecida e considerada junto aos praticantes do candomblé.

Antes de terminar sua gestão, filiou-se às lutas em defesa do Parque São Bartolomeu, um antigo santuário natural do povo-de-santo de Salvador. O Parque, uma extensa reserva urbana da Mata Atlântica, definhava ante a depredação por parte das pessoas e o silêncio dos poderes públicos. Com outras educadoras, a Makota Valdina desenvolveu programas de educação ambiental, destacando a perspectiva religiosa acerca da natureza - "A natureza é a essência do candomblé", ensinava.


Desta luta surgiu o Centro de Educação Ambiental São Bartolomeu (CEASB), onde foi educadora e conselheira. Um outro trabalho importante do qual esteve à frente foi a catalogação e plantio de ervas medicinais em áreas do entorno do Parque São Bartolomeu, no subúrbio de Salvador.

Perifraseando-a, podemos dizer que "o candomblé é a essência da Makota Valdina". Fincada nestas tradições religiosas, ela tornou-se um instrumento de expressão da sabedoria popular baiana, brasileira, de base africana. Como é próprio de uma visão de mundo dessa origem, os conhecimentos e habilidades da Makota Valdina se articulavam e interagiam constantemente, e não se estancavam, ou se resumiam a uma determinada dimensão do saber. Nela, reflexões filosóficas acerca da cosmogonia do Candomblé, mais especificamente os de origem bantu, coabitavam com um apurado senso estético na execução de danças, ou confecção de artesanatos rituais; ao domínio da culinária, ou do uso de ervas, uniam-se um repertório de cantigas sagradas de rara extensão. 

Em fevereiro de 2003, a Makota Valdina foi a porta-voz das religiões de matriz africana de Salvador num encontro com o então recém empossado Ministro da Cultura, Gilberto Passos Gil Moreira, como também foi uma das representantes do Movimento Contra a Intolerância Religiosa em Brasília, em março do mesmo ano, sentando-se à mesa da Câmara dos Deputados, na histórica sessão presidida pelo Deputado Federal Luiz Alberto.

Com a sua palavra calma e firme, que iluminava, com a sua indignação veemente que entusiasmava, a Makota Valdina impressionava inúmeras plateias nas conferências e palestras que realizava pelo Brasil e no exterior. Mas, como fazia questão de frisar no cotidiano das suas relações, num terreiro de candomblé estava o seu local predileto de ensino e aprendizagem.


Diversas foram as instituições que a tinham como conselheira, ou madrinha, como é o caso da Associação de Preservação e Defesa do Patrimônio Bantu (ACBANTU). Noutros casos, era o próprio nome que emprestava à causa da luta contra o racismo, como ao Grupo de Estudantes Universitários Makota Valdina.

Valdina Pinto recebeu diversas condecorações por seu papel na preservação do patrimônio cultural afro-brasileiro, como o Troféu Clementina de Jesus, da União de Negros Pela Igualdade (UNEGRO). Troféu Ujaama, do Grupo Cultural Olodum, em agosto de 2004. Recebeu a Medalha Maria Quitéria, a maior honraria da Câmara Municipal de Salvador, em dezembro de 2005. Recebeu também da Fundação Gregório de Mattos o Troféu de Mestra Popular do Saber.

Valdina Oliveira Pinto, a Makota Zimewaanga ou Makota Valdina era, atualmente, a conselheira 'mor' da Cidade de Salvador, convidada a avaliar e avalizar plataformas de governo, campanhas eleitorais e mandatos parlamentares, ou ONG's e eventos em defesa das tradições de origem africana e do Meio Ambiente. Era também chamada a orientar grupos do Movimento Negro e a sistematizar propostas educacionais que dessem conta da diversidade cultural da cidade.

Dirigido por Joyce Rodrigues, o documentário "Makota Valdina - Um Jeito Negro de Ser e Viver", retratou sua vida e recebeu o primeiro Prêmio Palmares de Comunicação, da Fundação Cultural Palmares, na categoria Programas de Rádio e Vídeo.

Em 2013, Makota Valdina publicou o livro de memórias intitulado "Meu Caminhar, Meu Viver".

Morte

Makota Valdina faleceu na madrugada de terça-feira, 19/03/2019, aos 75 anos, em Salvador, BA. Segundo a família, Makota Valdina estava hospitalizada há um mês, no Hospital Teresa de Lisieux. Por meio de nota, a assessoria da unidade de saúde informou que Makota Valdina foi atendida no hospital com dores abdominais. Após avaliação médica, foi diagnosticado um quadro grave de disfunção renal e abscesso hepático (infecção do fígado). O hospital informou, ainda, que Makota Valdina chegou a ter melhora após o tratamento, mas veio à óbito por disfunção renal aguda.

O corpo foi velado no Cemitério Jardim da Saudade e o enterro está ocorreu às 15h30 de 19/03/2019.

Makota Valdina não deixou filhos biológicos, mas ficaram muitos sobrinhos que ela considerava como filhos.

"Ela era a mãe de todo mundo aqui. O que ela sempre pediu foi que a gente perpetuasse o legado e os ensinamentos que ela deixou perante a religião e a luta dos negros", disse o sobrinho Júnior Pakapym

#famososquepartiram #makotavaldina

Dona Militana

MILITANA SALUSTINO DO NASCIMENTO
(85 anos)
Cantora de Versos

* São Gonçalo do Amarante, RN (19/03/1925)
+ São Gonçalo do Amarante, RN (19/06/2010)

Militana nasceu no sítio Oiteiros, na comunidade de Santo Antônio dos Barreiros, em 19 de março de 1925. O dom do canto ela herdou do pai, Atanásio Salustino do Nascimento, uma figura folclórica de São Gonçalo, mestre dos Fandangos. Dona Militana gravou na memória os cantos executados pelo pai. São romances originários de uma cultura medieval e ibérica, que narram os feitos de bravos guerreiros e contam histórias de reis, princesas, duques e duquesas. Além de romances, Militana canta modinhas, coco, xácaras, moirão, toadas de boi, aboios e fandangos.

Ao descobrir a preciosidade dos cantos de Dona Militana, na década de 90, o folclorista Deífilo Gurgel deu uma grande contribuição à cultura brasileira e permitiu que o país inteiro conhecesse o talento da filha da cidade de São Gonçalo do Amarante. A romanceira chegou a gravar um CD triplo intitulado "Cantares", lançado em São Paulo e Rio de Janeiro. Críticos e jornalistas de grandes jornais brasileiros se renderam aos encantos e a peculiaridade da voz de Dona Militana.

Em setembro de 2005 aconteceu o momento mágico quando ela recebeu das mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Comenda Máxima da Cultura Popular, em Brasília.

Dona Militana Salustino do Nascimento, considerada a maior Romanceira do Brasil, morreu aos 85 anos de idade. O falecimento aconteceu por volta das 17h30. Dona Militana estava em sua residência, no bairro Santa Terezinha, localizado em São Gonçalo do Amarante.

No último dia sete deste mês Dona Militana foi internada após passar mal. Dois dias depois teve alta médica, mas desde então estava se alimentando através de uma sonda e sem falar. Apesar de debilitada a morte da romanceira pegou a família de surpresa.

O prefeito de São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado, que ao assumir o mandato concedeu uma pensão vitalícia a Dona Militana, decretou luto oficial de três dias.

"Estamos todos consternados com a morte dessa sãogonçalense que elevou o nome do município e hoje está entre as 50 personalidades culturais do país. Dona Militana vai deixar um grande vazio na cultura de São Gonçalo, mas também vai deixar uma grande obra"

Atendendo a um pedido da família o corpo da romanceira foi velado em casa, durante a madrugada e parte da manhã do domingo (20), e a partir das 9h foi transportado para o Teatro Municipal onde aconteceu o velório público. Seu corpo foi sepultado no Cemitério Público Municipal de São Gonçalo.

Fonte: http://www.tribunadonorte.com.br

Francisco Carlos

FRANCISCO RODRIGUES FILHO
(74 anos)
Cantor e Compositor

* Rio de Janeiro, RJ (05/04/1928)
Rio de Janeiro, RJ (19/03/2003)

Sua família transferiu-se para o Recife, onde permaneceu até 1939. De volta ao Rio de Janeiro, completou os estudos diplomando-se em pintura pela Escola Nacional de Belas Artes. Ainda em sua época de estudante, apresentou-se no "Programa Casé" da Rádio Mayrink Veiga. Ao longo da vida dedicou-se ao canto e à pintura.

Seu primeiro contrato profissional foi assinado em 1946 com a Rádio Tamoio. Pouco depois, passou atuar na Rádio Globo.

Gravou seu primeiro disco em 1949 pela gravadora Star registrando os sambas canção "Abandono" (César Formenti Neto) e "Distância" (Fernando Lobo).

Em 1950, ingressou na RCA Victor e registrou em seu primeiro disco na nova gravadora a marcha carnavalesca "Meu Brotinho" (Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga) com a qual alcançou grande sucesso, e o samba "Me Deixe Em Paz", da mesma dupla de compositores. Nesse mesmo ano, participou dos filmes "Aviso Aos Navegantes" (Watson Macedo), cantando o samba "Rio e Janeiro" (Ary Barroso), "Não é Nada Disso" (José Carlos Burle) e "Carnaval no Fogo", no qual interpretou a marcha "Meu Brotinho".


Foi contratado pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Ainda no mesmo ano, gravou o samba-canção "Você Não Sabe Amar" (Dorival Caymmi, Carlos Guinle e Hugo Lima) e o bolero "Timidez" (Oldemar Magalhães e Humberto Teixeira).

Em 1951 gravou o samba-canção "Abolição" (Wilson Batista e Orestes Barbosa), o baião "Girassol" (Humberto Teixeira), a valsa "Seremos Felizes" (Gomes Cardim, Lela e Airton Amorim), o samba "Foi Milagre" (Nássara e Wilson Batista) e a marcha "Carnaval É Ilusão" (José Roy e Abelardo Barbosa), entre outras.

Em 1952, participou do filme "Carnaval Atlântida" de José Carlos Burle, onde interpretou "Quem Dá Aos Pobres" (Klécius Caldas e Armando Cavalcanti). Ainda em 1952, foi eleito o melhor cantor do ano, superando Francisco Alves na votação dos ouvintes. Também no mesmo ano, gravou os sambas-canção "Vá Embora" (Roberto Faissal), "Postal de Olinda" (Fernando Lobo e Manezinho Araújo), "Não Sou De Reclamar" (Lupicínio Rodrigues) e "Mulher De Minha Vida" (Humberto Teixeira).

Em 1953, gravou da dupla Lourival Faissal e Getúlio Macedo o samba-canção "Primeiro Amor" e o samba "A Saudade Eu Vou Levar". No mesmo ano, gravou a marcha "Promessa a São João" (Paquito e Romeu Gentil) e a valsa "Não Custa Você Voltar" (René Bittencourt).



Em 1954 registrou de Joubert de Carvalho, o fox canção "Quando Eu Partir", a canção "Dia Feliz" e as marchas "Viva São Paulo" e "Marcha das Bandeiras". Gravou também, de Lamartine Babo e Alcyr Pires Vermelho, a valsa "Alma Dos Violinos" e de Georges Moran e Carlos Barros o bolero "Ela Me Beijava".

Em 1955, gravou o tango "Última Taça" (Vicente Amar e J. Vieira). No mesmo ano, gravou em dueto com Ester de Abreu a marcha "Moreninha de Lisboa" (Irani de Oliveira e William Duba).

Em 1956, participou do filme "Colégio de Brotos", dirigido por Carlos Manga. No mesmo ano, registrou as marchas "Lá Vem Ela Sambando" (Arnô Provenzano, Otolindo Lopes e Mário Barbato) e "O Que Deus Me Deu" (Paquito, Romeu Gentil e Airton Amorim) e o samba-canção "Guerra De Nervos" (Raul Sampaio e Osvaldo Aude). Gravou também os clássicos sambas "Favela" (Hekel Tavares e Joracy Camargo) e "Agora é Cinza" (Bide e Marçal).

Em 1957 gravou o samba-canção "Ele Bebe, Ele É Louco" (Miguel Gustavo) e o bolero "Porque Brilham Os Teus Olhos" (Fernando César). Atuou ainda no filme "Garotas e Samba" (Carlos Manga). No mesmo ano, foi eleito "Rei do Rádio" recebendo 363.770 votos, sendo ainda considerado por uma revista especializada como o cantor mais querido do Brasil naquele momento.


Ao longo da carreira, gravou alguns frevos canção como "É Rim" (Sebastião Lopes) e "Pra Mim Chega" (Capiba), registrados em 1958, mesmo ano em que atuou no filme "Esse Milhão É Meu", dirigido por Carlos Manga no qual cantou "Flor Amorosa" (Catulo da Paixão Cearense e Joaquim Callado). No mesmo ano, foi eleito "Rei do Rádio", recebendo o apelido de "El Broto", com o qual se consagraria junto à juventude da época.

Apresentava-se com o slogan "O Cantor Namorado do Brasil".

Em 1959, gravou para o carnaval a marcha "A Vedete Do Ano" (Linda Rodrigues, Aldacir Louro e Geraldo Serafim).

Para o carnaval do ano seguinte, gravou a marcha "Moça Que Muito Namora" e o samba "Carnaval Vai Chegar", ambas de Pascoal Roy e Rodrigues Filho. No mesmo ano, gravou a balada "Teu Nome" (Ribamar e Osmar Navarro) e o samba "Quando A Esperança Vai Embora" (Tito Madi).

Em 1962, excursionou pela Europa com a V Caravana da UBC. No mesmo ano, gravou de sua autoria e Cleonice Maria o rock balada "Canção Do Amor Perfeito".


Em 1963, assinou contrato com a gravadora Chantecler e lançou a balada "Glória Ao Amor", de sua autoria e o samba "Foge Deste Amor", em parceria com Paulo Rogério. Nessa mesma época, lançou o LP "O Internacional Francisco Carlos", pela Chantecler.

Abandonou carreira musical em 1970, passando a se dedicar à pintura, realizando inúmeras exposições individuais e coletivas. Voltaria, contudo, ao convívio dos admiradores para fazer participações especiais em shows de carnaval ou de reveillon, contratado pela prefeitura do Rio de Janeiro.

Francisco Carlos morreu na tarde de terça-feira, 19/03/2003, aos 75 anos. Estava internado no Hospital do Câncer.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB
#FamososQuePartiram #FranciscoCarlos