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Aparício Basílio

APARÍCIO ANTÔNIO BASÍLIO DA SILVA
(56 anos)
Empresário, Escultor e Estilista

☼ Itajaí, SC (Novembro de 1936)
┼ São Paulo, SP (19/10/1992)

Aparício Antonio Basílio da Silva foi um empresário brasileiro nascido em Itajaí, SC, em novembro de 1936.

Aparício Basílio veio com a família para São Paulo ainda criança, de Itajaí, SC. Nos anos 50, estudou pintura, mas desistiu da carreira quando viu artistas como Di Cavalcanti e Aldemir Martins passando dificuldades financeiras.

Mais tarde, cercou-se de obras de arte, colecionando telas de Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Carlos Prado e outros. Tornou-se comerciante, industrial e, em 1981, inaugurou uma exposição de 23 esculturas e 78 múltiplos (esculturas reproduzidas mais de uma vez) numa galeria de New York.

Escultor, estilista, ex-presidente do Museu de Arte Moderna de São Paulo e empresário de sucesso, tendo sido responsável pela criação da linha de perfumes Rastro, a segunda perfumaria nacional, logo depois da Phebo. Aparício Basílio era frequentador assíduo da alta sociedade paulista, sua vaidade se refletia na vestimenta, possuindo mais de 200 camisas, 240 pares de meia e 60 pares de sapato. Era capaz de reunir em poucos minutos um dos grupos mais animados da cidade para uma festa e contar histórias que deixavam indiferentemente bem ou mal as mais conhecidas figuras do país.


Em 1978, ele fez uma incursão no campo teatral, tornando-se produtor da peça "Chuva", de Somerset Maugham, protagonizada por Consuelo Leandro, Sergio Mambert e Raul Cortez, no Teatro Anchieta, em São Paulo. Ouviu críticas da classe teatral que o recebeu como um intruso no meio.

Sua perfumaria nasceu no fundo de um quintal de uma loja de presentes com o mesmo nome, Rastro, na Rua Augusta, em 1956, que veio a ser a primeira butique da cidade. Ali, em sociedade com uma amiga, ele começou vendendo praticamente tudo na área de roupas e adereços, e acabou desenhando moda para as clientes.

Em 1960, com o irmão João Carlos, químico, começou a fazer a colônia Rastro. O sucesso foi imediato. Depois de algum tempo, a colônia, num conjunto que também compunha sabonete e desodorante, tornou-se um negócio mais importante do que a loja que lhe dera origem, colocando-se bem num mercado altamente competitivo.

Em 1978, quando vigorava o autoritarismo, uma campanha publicitária lançada para promover o perfume Rastro, aconselhava sugestivamente para todos os contatos irresistíveis de primeiro, segundo, terceiro ou qualquer grau. Emoldurando a peça, três fotografias eram apresentadas: a de um elegante casal, a de uma cena de carícia entre duas mulheres e a de um jovem e um homem de meia-idade posando juntos.


Um dos mais bem sucedidos Self Made Man do país, Aparício Basílio comercializava também louças sob a marca Faiança, tecidos sob a marca Trama, bijuterias finas com pedras brasileiras e sachês, tudo encomendado a terceiros.

Escreveu também um livro em inglês "A Romantic Is Born" e outro em francês "Moi Tout Nu Ou Presque Nu". Em 1989 escreveu o livro de crônicas "Escritos Visantes".

Muito antes das celebridades tomarem conta das badalações, das revistas especializadas e dos programas de TV, Aparício Basílio já se comportava como uma celebridade. Ia a tantos eventos da noite paulistana que tinha até um lema: "O segredo é surgir, sorrir e sumir!".

Ele reinou por mais de três décadas, do início dos anos 1960 até 1992, quando teve uma morte trágica, aos 56 anos em 19/10/1992.

Morte

Aparício Basílio foi brutalmente assassinado com 97 perfurações, a maioria no peito, rosto e pescoço, provocadas por uma tesoura, no dia 19/10/1992, aos 56 anos, no bairro de Riacho Grande, em São Bernardo do Campo, SP, região do ABCD.

Na noite fatídica, Aparício Basílio, havia conhecido um rapaz chamado Arlindo na boate Rave Dinner Club, na Rua Bela Cintra, uma das únicas boates gays da cidade naquela época, sem imaginar que ele era um criminoso à espreita de uma vítima. Na saída, esse bandido e um casal de comparsas entraram com Aparício Basílio em seu Fiat Tempra. Eles mataram o empresário e roubaram o seu carro. O corpo foi encontrado em uma vala à beira de uma represa.

Segundo a polícia, é provável que a vítima tenha reagido à tentativa de roubo, como mostrou uma reportagem da revista na época. Os assaltantes foram condenados por latrocínio. Cada um deles ficou 11 anos na cadeia.

A Condenação dos Assassinos

Os assassinos do empresário Aparício Antonio Basílio da Silva foram condenados no dia 23/05/1994 a penas que variaram de 27 a 29 anos e meio de reclusão em regime fechado.

A sentença foi dada pela juíza Sandra Regina Nostre Marques, da 1ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo.

Os assassinos foram Arlindo Cajazeira de Carvalho, 21 anos, Alexandre Santamaria Mendes, 22 anos, e Kátia Valéria Moretto Mello, 23 anos.

Arlindo Cajazeira de Carvalho foi condenado a 29 anos e seis meses de reclusão e seus cúmplices a 27 anos.

A juíza baseou-se na Lei dos Crimes Hediondos, que torna mais grave as penas e retira benefícios para quem comete os seguintes delitos: tráfico de drogas, estupro, atentando violento ao pudor, sequestro e latrocínio (roubo seguido de morte).

Na sentença, a juíza negou a possibilidade de os condenados apelarem em liberdade.

Com base na lei, as penas deverão ser cumpridas em presídio (regime fechado). Os condenados não poderão gozar de benefícios como liberdade condicional ou prisão agrícola.

Fonte: Wikipédia e Grisalhos  e Folha de S.Paulo
#FamososQuePartiram #AparicioBasilio

Dias Gomes

ALFREDO DE FREITAS DIAS GOMES
(76 anos)
Dramaturgo e Autor de Novelas

* Salvador, BA (19/10/1922)
+ São Paulo, SP (18/05/1999)

Essencialmente um homem de teatro, aos 15 anos Dias Gomes escreveu sua primeira peça, "A Comédia dos Moralistas", com a qual ganharia o prêmio do Serviço Nacional de Teatro, no ano seguinte. Em 1942, sua peça "Amanhã Será Outro Dia" chega às mãos do ator Procópio Ferreira que, empolgado com a qualidade do texto, chama o autor para uma conversa. Embora tivesse gostado do que lera, tratava-se de um drama antinazista e Procópio achava arriscado levar à cena um espetáculo desse porte em plena Segunda Guerra Mundial. Quando questionado se não teria uma outra peça, de comédia talvez, Dias lembrou-se de "Pé de Cabra", uma espécie de sátira ao maior sucesso de Procópio até então, e não hesitou em levá-la ao grande ator que, entusiasmado, comprometeu-se a encená-la.

Sob a alegação de que a peça possuía alto conteúdo marxista, "Pé de Cabra" seria proibida no dia da estreia. Curioso notar que, embora anos depois o autor viesse a se filiar ao Partido Comunista Brasileiro, até então Dias Gomes nunca havia lido uma só linha de Karl Marx.

Graças à sua influência, Procópio consegue a liberação da peça, mediante o corte de algumas passagens, e a mesma é levada à cena com grande sucesso. No ano seguinte, Dias Gomes assinaria com Procópio aquele que seria o primeiro grande contrato de sua carreira, no qual se comprometia a escrever com exclusividade para o ator. Desse período nasceram "Zeca Diabo", "João Cambão", "Dr. Ninguém", "Um Pobre Gênio" e "Eu Acuso o Céu".

Infelizmente nem todas as peças foram encenadas, pois logo Dias e Procópio se desentenderam por sérias divergências políticas. Refletindo o pensamento da época, Procópio não concordava com as preocupações sociais que Dias insistia em discutir em suas peças. Tais diferenças levariam o autor a se afastar temporariamente dos palcos e ele passou a se dedicar ao rádio.

Foi no ambiente radiofônico que Dias Gomes travou contato pela primeira vez com aquela que viria a se tornar sua primeira esposa, a então desconhecida Janete Clair. Com ela, teria três filhos: Guilherme, Alfredo e Denise Emmer.

De 1944 a 1964, Dia Gomes adaptou cerca de 500 peças teatrais para o rádio, o que lhe proporcionou apurado conhecimento da literatura universal.

Em 1960, Dias Gomes volta aos palcos com aquele que viria a ser o maior êxito de sua carreira, pelo qual se tornaria internacionalmente conhecido: "O Pagador de Promessas". Adaptado para o cinema, "O Pagador de Promessas" seria o primeiro filme brasileiro a receber uma indicação ao Oscar e o único a ganhar a Palma de Ouro em Cannes.

Em 1965, Dias assiste, perplexo, à proibição de sua peça "O Berço do Herói", no dia da estreia. Adaptada para a televisão com o nome de "Roque Santeiro", a mesma seria proibida uma década depois, também no dia de sua estreia. Somente em 1985, com o fim do Regime Militar, o público iria poder conferir a "Roque Santeiro" - que, diga-se de passagem, viria a se tornar uma das maiores audiências do gênero.

Com a implantação da Ditadura Militar no Brasil, em 1964, Dias Gomes passa a ter suas peças censuradas, uma após a outra.

Demitido da Rádio Nacional, graças ao seu envolvimento com o Partido Comunista, não lhe resta outra saída senão aceitar o convite de Boni, então presidente da Rede Globo, para escrever para a televisão.

De 1969 a 1979 Dias Gomes dedica-se exclusivamente ao veículo, no qual demonstra incomum talento.

Em 1972 Dias Gomes levaria o povo para a televisão ao ambientar "Bandeira 2" no subúrbio carioca.

Em 1973 escreveu a primeira novela em cores da TV brasileira, "O Bem Amado".

Em 1974 já falava em ecologia e no crescimento desordenado da cidade com "O Espigão".

Em 1976, com "Saramandaia", abordaria o realismo fantástico, então em moda na literatura.

O fracasso de "Sinal de Alerta", em 1978, leva Dias a se afastar do gênero telenovela temporariamente.

Ao longo de toda a década de 80, Dias Gomes voltaria a se dedicar ao teatro, escrevendo para a televisão esporadicamente. Datam desse o período os seriados "O Bem Amado" e "Carga Pesada" (apenas no primeiro ano), e as novelas "Roque Santeiro" e "Mandala", das quais escreveria apenas parte.

Viúvo de Janete Clair, que morrera um ano antes, em 1984 Dias casa-se com a atriz Bernadeth Lyzio, com quem tem duas filhas: Mayra Dias Gomes e Luana Dias Gomes.

Nos anos 90, Dias Gomes viraria as costas de vez para as telenovelas, dedicando-se única e exclusivamente às minisséries.

Academia Brasileira de Letras

Dias Gomes ocupou a cadeira 21, cujo patrono é o maranhense Joaquim Serra e o atual ocupante é o escritor Paulo Coelho.

Teatro

1938 - A Comédia dos Moralistas
1939 - Esperidião
1940 - Ludovico
1941 - Amanhã Será Outro Dia
1942 - O Homem Que Não Era Seu
1942 - Pé-de-Cabra
1943 - Zeca Diabo
1943 - João Cambão
1943 - Dr. Ninguém
1943 - Um Pobre Gênio
1943 - Eu Acuso o Céu
1943 - Sinhazinha
1943 - Toque de Recolher
1944 - Beco Sem Saída
1949 - A Dança das Horas (Adaptação do romance "Quando é Amanhã")
1951 - O Bom Ladrão
1954 - Os Cinco Fugitivos do Juízo Final
1959 - O Pagador de Promessas
1960 - A Invasão
1961 - A Revolução dos Beatos
1962 - O Bem-Amado
1963 - O Berço do Herói
1966 - O Santo Inquérito
1968 - O Túnel
1968 - Dr. Getúlio, Sua Vida, Sua Gloria
1969 - Vamos Soltar os Demônios (Amor Em Campo Minado)
1977 - As Primícias
1978 - Phallus
1978 - O Rei de Ramos
1979 - Campeões Do Mundo
1986 - Olho No Olho
1988 - Meu Reino Por Um Cavalo
1995 - Roque Santeiro, o musical

Literatura

1945 - Duas Sombras Apenas
1946 - Um Amor e Sete Pecados
1947 - A Dama da Noite
1948 - Quando é Amanhã
1982 - Sucupira, Ame-a ou Deixe-a
1983 - Odorico na Cabeça
1994 - Derrocada
1995 - Decadência

Cinema

1960 - O Pagador de Promessas
1987 - O Rei do Rio (Adaptação de "O Rei de Ramos")
2010 - O Bem Amado

Televisão

1969 - A Ponte dos Suspiros
1970 - Verão Vermelho
1970 - Assim na Terra Como no Céu
1971 - Bandeira 2
1973 - O Bem Amado
1974 - O Espigão
1975 - Roque Santeiro (1ª Versão Censurada)
1976 - Saramandaia
1978 - Sinal de Alerta
1979 - Carga Pesada (Supervisão de Texto)
1980 - O Bem Amado (Seriado)
1982 - Um Tiro No Coração (Minisérie)
1985 - Roque Santeiro
1987 - Expresso Brasil (Seriado)
1987 - Mandala (Até o 35° Capítulo)
1988 - O Pagador de Promessas (Minisérie)
1990 - Araponga
1992 - As Noivas de Copacabana (Minisérie)
1995 - Irmãos Coragem - Remake (Supervisão de Texto)
1995 - Decadência (Minisérie)
1996 - O Fim do Mundo
1998 - Dona Flor e Seus Dois Maridos (Minisérie)

Adaptações Em Outros Países

1971 - Así en La Tierra Como en el Cielo (Argentina)
1996 - Sucupira (O Bem Amado) (TV Nacional do Chile)

Em meio à preparação de mais um trabalho para a televisão, a minissérie "Vargas" - baseada em sua peça "Dr. Getúlio, Sua Vida, Sua Glória" -, Dias Gomes morre num trágico acidente automobilístico, ao sair de um restaurante no centro de São Paulo.

Fonte: Wikipédia

Vinicius de Moraes

MARCUS VINÍCIUS DE MORAES
(66 anos)
Diplomata, Dramaturgo, Jornalista, Poeta, Cantor e Compositor

* Rio de Janeiro, RJ (19/10/1913)
+ Rio de Janeiro, RJ (09/07/1980)

Poeta essencialmente lírico, o poetinha (como ficou conhecido) notabilizou-se pelos seus sonetos. Conhecido como um boêmio inveterado, fumante e apreciador do uísque, era também conhecido por ser um grande conquistador. O poetinha casou-se por nove vezes ao longo de sua vida.

Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. No campo musical, o poetinha teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque e Carlos Lyra.

Marcus Vinicius de Moraes nasceu em 1913 no bairro da Gávea, no Rio de Janeiro, filho de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, funcionário da Prefeitura, poeta e violinista amador, e Lídia Cruz, pianista amadora. Vinícius é o segundo de quatro filhos, Lygia (1911), Laetitia (1916) e Helius (1918). Mudou-se com a família para o bairro de Botafogo em 1916, onde iniciou os seus estudos na Escola Primária Afrânio Peixoto, onde já demonstrava interesse em escrever poesias. Em 1922, a sua mãe adoeceu e a família de Vinicius mudou-se para a Ilha do Governador, ele e sua irmã Lygia permanecendo com o avô, em Botafogo, para terminar o curso primário.

Vinicius de Moraes ingressou em 1924 no Colégio Santo Inácio, de padres jesuítas, onde passou a cantar no coral e começou a montar pequenas peças de teatro. Três anos mais tarde, tornou-se amigo dos irmãos Haroldo e Paulo Tapajós, com quem começou a fazer suas primeiras composições e a se apresentar em festas de amigos.

Em 1929, concluiu o ginásio e no ano seguinte, ingressou na Faculdade de Direito do Catete, hoje integrada à Universidade Estadual do Rio de janeiro (UERJ). Na chamada "Faculdade do Catete", conheceu e tornou-se amigo do romancista Otavio Faria, que o incentivou na vocação literária. Vinicius de Moraes graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais em 1933.

Três anos depois, obteve o emprego de censor cinematográfico junto ao Ministério da Educação e Saúde. Dois anos mais tarde, Vinicius de Moraes ganhou uma bolsa do Conselho Britânico para estudar língua e literatura inglesas na Universidade de Oxford. Em 1941, retornou ao Brasil empregando-se como crítico de cinema no jornal "A Manhã". Tornou-se também colaborador da revista "Clima" e empregou-se no Instituto dos Bancários.

No ano seguinte, foi reprovado em seu primeiro concurso para o Ministério das Relações Exteriores (MRE). Em 1943, concorreu novamente e desta vez foi aprovado. Em 1946, assumiu o primeiro posto diplomático como vice-cônsul em Los Angeles. Com a morte do pai, em 1950, Vinicius de Moraes retornou ao Brasil. Nos anos 1950, Vinicius atuou no campo diplomático em Paris e em Roma, onde costumava realizar animados encontros na casa do escritor Sérgio Buarque de Holanda.

No final de 1968 foi afastado da carreira diplomática tendo sido aposentado compulsoriamente pelo Ato Institucional Número Cinco.

O poeta estava em Portugal, a dar uma série de espectáculos, alguns com Chico Buarque e Nara Leão, quando o regime militar emitiu o AI-5. O motivo apontado para o afastamento foi o seu comportamento boêmio que o impedia de cumprir as suas funções. Vinícius foi anistiado (post-mortem) pela Justiça em 1998. Em 2006, foi oficialmente reintegrado na carreira diplomática. A Câmara dos Deputados brasileira aprovou em Fevereiro de 2010 a promoção póstuma do poeta ao cargo de "ministro de primeira classe" do Ministério dos Negócios Estrangeiros - o equivalente a embaixador, que é o cargo mais alto da carreira diplomática. A lei foi publicada no Diário Oficial do dia 22.06.2010 e recebeu o número 12.265.

Vinicius começou a se tornar prestigiado com sua peça de teatro Orfeu da Conceição, em 25 de setembro de 1956.

Além da diplomacia, do teatro e dos livros, sua carreira musical começou a deslanchar em meados da década de 1950 - época em que conheceu Tom Jobim (um de seus grandes parceiros) -, quando diversas de suas composições foram gravadas por inúmeros artistas. Na década seguinte, Vinicius de Moraes viveu um período áureo na MPB, no qual foram gravadas cerca de 60 composições de sua autoria. Foram firmadas parcerias com compositores como Baden Powell, Carlos Lyra e Francis Hime.

Nos anos 1970, já consagrado e com um novo parceiro, o violonista Toquinho, Vinicius seguiu lançando álbuns e livros de grande sucesso.

Na noite de 8 de julho de 1980, acertando detalhes com Toquinho sobre as canções do álbum "Arca de Noé", Vinicius alegou cansaço e que precisava tomar um banho. Na madrugada do dia 9 de julho, Vinicius foi acordado pela empregada, que o encontrara na banheira de casa, com dificuldades para respirar. Toquinho, que estava dormindo, acordou e tentou socorrê-lo, seguido por Gilda Mattoso (última esposa do poeta), mas não houve tempo e Vinicius de Moraes morreu pela manhã.

Fonte: Wikipédia



Soneto de Separação

Elza Gomes

LUÍSA DOS SANTOS GOMES
(73 anos)
Atriz

☼ Lisboa, Portugal (19/10/1910)
┼ Rio de Janeiro, RJ (17/05/1984)

Luísa dos Santos Gomes, mais conhecida como Elza Gomes, foi uma atriz luso-brasileira nascida em Portugal. Seus pais, João e Silvana dos Santos Gomes, eram atores de modesta companhia de comédias em Portugal. A familiaridade com o meio artístico levou ao início de sua carreira ainda na infância.

O pai de Elza Gomes morreu quando esta tinha oito anos, e sua mãe decidiu se mudar para o Brasil, mandando buscar as filhas três anos depois. Estabeleceram-se primeiramente na Cidade da Paraíba, atual João Pessoa, onde Silvana Gomes retomou sua carreira.

Em 1923, a família se mudou para o Rio de Janeiro, pois a mãe foi contratada pela Companhia Antônio de Souza de teatro de revista que se apresentava no Teatro Carlos Gomes. Neste mesmo ano, deu-se a estreia profissional de Elza Gomes, como Juquinha na peça "A Capital Federal", de Artur Azevedo, para pagar sua passagem e estadia durante as turnês.

Começou profissionalmente em 1926, na companhia de Jaime Costa, fazendo comédias, mas não se adaptou ao gênero. Em seguida, participou do elenco que inaugurou a companhia Ra-ta-plan, no Cassino Beira-Mar. Ali, reencontrou o ambiente em que gostava de trabalhar, com música e elenco numeroso, e permaneceu no conjunto até a extinção da companhia, em 1929, quando ingressou, na seqüência, na companhia de Procópio Ferreira.


Não chegou a completar um ano com Procópio Ferreira. Aceitou o convite do Teatro Recreio para atuar em "O Carnaval Português", de Marques Porto e Luiz Peixoto. Ingressou em nova companhia de musicais, a da atriz Margarida Max.

Em 1930, retornou à empresa de Procópio Ferreira, onde permaneceu até 1936 como uma das atrizes principais, assumindo o papel de protagonista frenquentemente.

Elza Gomes montou uma companhia com Cazarré e Delorges Caminha, em que, pela primeira vez, desempenhou papéis dramáticos.

Em 1940, ingressou na companhia de Eva Todor e Luís Iglesias, onde permaneceu até 1952. No mesmo ano, entrou para a Rádio Nacional.

Nos anos 60 e 70, realizou vários trabalhos representativos, destacando-se em "Tango", de Slawomir Mrozek, 1972.

Entre as cerca de 400 peças de cuja montagem participou, destacam-se: "A Dama do Camarote", "Senhora na Boca de Lixo", "My Fair Lady", "Deus Lhe Pague", "A Dama Das Camélias" e "Guerra Mais ou Menos Santa".

Na televisão participou de várias telenovelas, entre as quais "O Primeiro Amor" (1972), "Pecado Capital" (1975), "O Casarão" (1976), "Saramandaia" (1976), "Chega Mais" (1980) e "Final Feliz" (1982), sua última telenovela e seu último trabalho como atriz, na qual fez sucesso interpretando a personagem Dona Sinhá.

Elza Gomes fez quinze filmes e participou de desenove telenovelas.

Morte

Ao longo de sua vida, Elza Gomes desenvolveu problemas cardíacos os quais levaram à instalação de um marcapasso, em 1976.

Em 1983, após outra intervenção cirúrgica, constatou-se que estava padecendo de um câncer pancreático, um dos tipos mais agressivos da doença e cujos sintomas se apresentam tardiamente.

Em 9 de maio de 1984, Elza Gomes foi internada no Hospital São Lucas, situado no bairro carioca de Copacabana, onde passou seus últimos dias. Já em estado grave, recebeu a extrema-unção e na mesma cerimônia religiosa casou-se com o ator André Villon, seu companheiro de 46 anos e a quem conheceu na Companhia de Procópio Ferreira, quando estava viúva e com uma filha de quatro anos.

Elza Gomes veio a falecer na semana seguinte, no Rio de Janeiro, às 12h50 de quinta-feira, 17/05/1984. Seu corpo foi velado no Teatro Glauce Rocha e sepultado no dia seguinte, no Cemitério Santa Cruz, no Rio de Janeiro.

Televisão

  • 1982 - Final Feliz ... Dona Sinhá
  • 1981 - Terras do Sem Fim ... Dona Menininha
  • 1981 - Ciranda de Pedra ... Vó Bela
  • 1980 - Plumas e Paetês ... Dona Nina
  • 1980 - Chega Mais ... Tia Lili
  • 1979 - Pai Herói ... Mãe Tiana
  • 1978 - Sinal de Alerta ... Henriqueta
  • 1977 - Nina ... Madame Naná
  • 1977 - Duas Vidas ... Rosa
  • 1976 - O Casarão ... Irmã Lurdes
  • 1976 - Saramandaia ... Pupu (Eponina Camargo)
  • 1975 - Pecado Capital ... Bá
  • 1975 - Cuca Legal ... Dalva (Madame Zaide)
  • 1975 - Escalada ... Dona Eulália
  • 1975 - O Resgate
  • 1973 - Os Ossos do Barão ... Ismália
  • 1972 - O Primeiro Amor ... Júlia
  • 1971 - Minha Doce Namorada ... Tia Zezé
  • 1970 - Assim na Terra Como no Céu ... Dona Zu
  • 1969 - Enquanto Houver Estrelas (Tupi) ... Eduarda
  • 1969 - O Retrato de Laura (Tupi)

Fonte: Wikipédia