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Manoel Vieira

MANOEL VIEIRA
(74 anos)
Ator e Humorista

* Rio de Janeiro, RJ (05/10/1905)
+ Rio de Janeiro, RJ (1979)

Manoel Vieira foi um ator e comediante brasileiro. Ele começou sua carreira artística no Teatro de Revista, como comediante, ao lado de Oscarito e Pedro Dias no Teatro Recreio. Seu personagem característico era o do "português", fazendo o sotaque com perfeição que pensavam que ele realmente era natural de Portugal. Ficou conhecido também por participar de comédias populares ao lado de Mazzaroppi.

Manoel Vieira estreou no cinema em 1935 com o filme "Noites Cariocas". Ao longo de sua extensa carreira como ator cinematográfico, se destacou nos filmes "O Ébrio" (1946), "O Lamparina" (1963) e "Independência ou Morte" (1972).

Na televisão, Manoel Vieira participou da novela "SuperManoela" da TV Globo em 1974, e que foi seu último trabalho como ator.

Filmografia
  • 1935 - Noites Cariocas
  • 1945 - O Cortiço
  • 1946 - O Ébrio
  • 1947 - Esta É Fina
  • 1948 - Fogo Na Canjica
  • 1948 - Pra Lá De Boa
  • 1948 - Mãe
  • 1948 - O Cavalo 13
  • 1949 - Está Com Tudo
  • 1949 - Escrava Isaura
  • 1949 - Inocência
  • 1950 - Anjo Do Lodo
  • 1950 - Não É Nada Disso
  • 1953 - É Pra Casar?
  • 1955 - Angú De Caroço
  • 1957 - Com A Mão Na Massa
  • 1957 - O Noivo Da Girafa
  • 1957 - O Pirata Do Outro Mundo
  • 1957 - O Samba Na Vila
  • 1958 - Tudo É Música
  • 1959 - Cala A Boca, Etelvina
  • 1963 - O Lamparina
  • 1965 - Crônica Da Cidade Amada
  • 1970 - Se Meu Dólar Falasse
  • 1970 - Os Cara De Pau
  • 1971 - Assalto À Brasileira
  • 1972 - Independência Ou Morte

Fonte: Wikipédia

Amíris Veronese

AMÍRIS ALBA VERONESSE DE GUARISCHI
Atriz e Escritora

* Rio de Janeiro, RJ
+ Rio de janeiro, RJ (07/1979)

Não foram localizadas informações sobre data e local de nascimento de Amíris Veronese

Amíris Veronese era casada com o médico e crítico de cinema Moniz Vianna (1950-1979), e teve três filhos: Isadora, Gonçalo e Isolda. Formou-se em odontologia e também atuava como tradutora de literatura inglesa. Ao se casar, mudou seu nome para Amíris Alba de Guarischi Moniz Vianna.

A atriz Amíris Veronese teve seu papel mais marcante na novela "Escrava Isaura", exibida em 1976, interpretando a personagem Alba Vidal. Ela atuou no cinema, teatro e TV. Fez carreira entre os anos de 1967 e 1976.

No cinema, Amíris Veronese participou dos filmes "Uma Pantera em Minha Cama" (1971), "Viver de Morrer" (1969), "O Quarto", "O Menino e o Vento" (1967).

Amíris Veronese faleceu em julho de 1979 de causas desconhecidas.

Jorge Veiga


JORGE DE OLIVEIRA VEIGA
(69 anos)
Cantor e Compositor

* Rio de Janeiro, RJ (14/04/1910)
+ Rio de Janeiro, RJ (29/06/1979)

Jorge de Oliveira Veiga, foi um cantor e compositor brasileiro, especializado em sambas.

Nasceu no bairro suburbano do Engenho de Dentro, onde teve uma infância de pobreza. Trabalhou desde a infância como engraxate, vendedor de frutas e de doces. Quando adulto, passou a trabalhar como pintor de paredes. Costumava cantar durante o serviço e um dia o proprietário de uma casa comercial em que Jorge Veiga trabalhava gostou do que ouviu. Graças à indicação deste homem, Jorge Veiga conseguiu se apresentar como calouro em um programa da Rádio Educadora do Brasil (PRB-7).

A partir de 1934 iniciou sua carreira artística apresentando-se em circos e pavilhões populares do Rio de Janeiro. Naquele mesmo ano, começou a se apresentar imitando Sílvio Caldas no programa "Metrópolis", da Rádio Educadora.

Em 1939 realizou sua primeira gravação, "Adeus João", cantando ao lado do acordeonista Antenógenes Silva, que era o titular do disco.

Jorge Veiga e Wanderléa em show do Projeto Pixinguinha 1977
Especializou-se em sambas malandros e anedóticos, além dos sambas de breque. Em 1942, quando atuava na Rádio Guanabara, conheceu Paulo Gracindo, na época apresentador de programas de rádio, que mudaria seu estilo de interpretação segundo o próprio cantor: "(Paulo Gracindo) me ensinou a cantar sempre sorrindo, para dar mais leveza à interpretação e divertir mais os ouvintes", diria Jorge Veiga anos mais tarde. Pelos anos seguintes realizaria dezenas de gravações, com muito sucesso popular.

Graças ao rádio, Jorge Veiga conquistou ainda mais popularidade. Na Rádio Nacional abria suas apresentações sempre com a mesma frase: "Alô, alô, aviadores que cruzam os céus do Brasil. Aqui fala Jorge Veiga pela Rádio Nacional. Queiram dar os seus prefixos para a guia de nossas aeronaves".

Em 1959, Jorge Veiga alcançou seu maior sucesso com a regravação do samba "Acertei No Milhar", de Wilson Batista e Geraldo Pereira, que virou um marco na sua carreira.

Em 1979, ano de sua morte, a CBS lançou o LP "O Eterno Jorge Veiga", com um apanhado de seus sucessos, incluindo composições suas como "Boi Com abóbora", "Festival de Bolachadas" e "Casa Que Tem Cachorro".

Fonte: Wikipédia
Indicação: Reginaldo Monte

Lourdinha Bittencourt

MARIA DE LOURDES BITTENCOURT
(55 anos)
Atriz e Cantora

* Campinas, SP (30/10/1923)
+ Rio de Janeiro, RJ (19/08/1979) 

Lourdinha Bittencourt foi uma atriz e cantora brasileira que atuou em telenovelas como "Irmãos Coragem" e  "Selva de Pedra".

Abandonada  no Asilo Melo Matos ao nascer, Lourdinha Bittencourt foi adotada com quatro meses pela professora de música Maria Bittencourt. Desde a infância demonstrou interesse por música e dança, o que fez com que fosse estimulada por sua mãe a desenvolver seus dotes artísticos, fazendo cursos durante a infância, o que logo a levou a trabalhar no Cassino da Urca como criança prodígio.

Atriz e cantora, em 1935, aos 12 anos, participou no elenco do filme "Noites Cariocas", aparecendo nos anos seguintes em outros filmes. Atuou em "Maria Bonita" e "Cidade Mulher" (1936), "É Proibido Sonhar" (1943), "Moleque Tião" (1943), "Asas Do Brasil" (1947), "Obrigada Doutor" e "Poeira De Estrelas" (1948), "O Homem Que Passa" e "Não Me Digas Adeus" (1949).

Em 1949, aos 26 anos, gravou o primeiro disco, pela gravadora Star, com as músicas "Não Vale Recordar" (Mário Rossi e José Conde) e "Lenço Branco" (Oscar Bellandi). 

Em 1952 casou-se com Antônio Gonçalves Sobral, conhecido popularmente por Nelson Gonçalves e tiveram dois filhos. O casamento durou até 1959, quando eles se separaram. Nesse mesmo ano de 1952, passou a integrar a terceira formação do Trio de Ouro, substituindo a cantora Noemi Cavalcanti, ao lado de Herivelto Martins e Raul Sampaio. Uma de suas primeiras gravações como integrante do Trio de Ouro foi uma regravação de "Ave Maria No Morro", um dos grandes sucessos do grupo no início da década de 40 na voz de Dalva de Oliveira.


Lourdinha Bittencourt teve um romance com o compositor Herivelto Martins, integrante do Trio de Ouro.

Em seguida o Trio de Ouro foi contratado pela Rádio Nacional, permanecendo lá até 1954. Com o Trio de Ouro a cantora viajou por vários estados do país, além de ir para Argentina, Uruguai, Chile e Peru. Embora o sucesso do Trio de Ouro, na fase em que Lourdinha Bittencourt foi sua figura feminina, jamais tenha se igualado ao da fase com Dalva de Oliveira, o grupo conseguiu alguns sucessos com a participação vocal da cantora, como "Índia" (J. A. Flores e M. O Guerrero, versão de José Fortuna), "Negro Telefone" (Herivelto Martins e David Nasser), "Saudades De Mangueira" (Nelson Trigueiro e Bartolomeu Silva) e "Luzes Da Ribalta" (Limelight) (Charles Chaplin - Versão Antônio Almeida e João de Barro).

Em 1957 Lourdinha passou por problemas de saúde que motivaram sua saída do Trio de Ouro. Em 1960 lançou pela Polydor um disco com "Ouvi Dizer" (Adelino Moreira) e "Como No Primeiro Dia" (Comme Au Premier Jour)" (Giraud e Dorsey - Versão Rodolfo Marques).

Em 1961 lançou pela RCA Victor outro 78 RPM com "Ouvi Dizer" (Adelino Moreira) e "Eu Te Amo" (Adelino Moreira e Nelson Gonçalves).

A partir de 1969 passou a trabalhar como atriz de telenovelas, estreando em "Rosa Rebelde", no papel de Marta. Em 1970 apareceu como atriz no elenco da novela "Irmãos Coragem", da TV Globo. Em 1974 atuou em "Fogo Sobre Terra", sua última participação em uma novela. No mesmo ano participou do LP "Encontro Com Adelino Moreira Na Churrascaria Cinderela", onde cantou as músicas "Ouvi Dizer" e "Eu Te Amo".

Lourdinha Bittencourt morreu em 1979, vítima de um Acidente Vascular Cerebral.


Televisão

  • 1974 - Fogo Sobre Terra ... Suely
  • 1972 - Selva De Pedra
  • 1970 - Irmãos Coragem ... Manoela
  • 1969 - Véu De Noiva
  • 1969 - Rosa Rebelde ... Marta

Cinema

  • 1956 - Samba Na Vila
  • 1956 - Guerra Ao Samba
  • 1953 - Com A Mão Na Massa
  • 1952 - Está Com Tudo
  • 1949 - O Homem Que Passa
  • 1948 - Poeira De Estrelas
  • 1948 - Obrigado, Doutor
  • 1947 - Asas Do Brasil
  • 1947 - Não Me Digas Adeus
  • 1944 - É Proibido Sonhar
  • 1943 - Moleque Tião
  • 1937 - Maria Bonita
  • 1936 - Noites Cariocas
  • 1935 - Cabocla Bonita

Verinha Darcy

 VERA DULCE DARCY
(34 anos)
Atriz e Dubladora

* São Paulo, SP (30/10/1945)
+ São Paulo, SP (1979)

Vera Dulce Darcy, mais conhecida como Verinha Darcy, foi uma das maiores atrizes mirins da televisão brasileira. Era filha da grande locutora e apresentadora Elisabete Darcy e irmã do famoso locutor esportivo Sílvio Luiz.

Desde pequena mostrou-se desembaraçada e graciosa, ao recitar poesias e textos. Aos cinco anos de idade, Verinha Darcy já fazia vários trabalhos para Cardoso Silva, autor e produtor de rádio.

Com a ida de sua mãe, Elizabete Darcy, para a TV Tupi, Verinha Darcy começou a fazer televisão. Trabalhou com Júlio Gouveia e Tatiana Belinky que tinham o Grupo do Tesp e eram responsáveis na emissora pelos programas infantis.

Não demorou muito e Verinha Darcy protagonizou o seriado "Pollyanna", um grande sucesso da emissora. Ela foi também protagonista do seriado "Heidi" e da novela "Clarissa".

Em 1966, já estava participando da novela "Redenção" na extinta TV Excelsior. Lá, conheceu diversos atores que estavam também integrando o elenco de vozes da AIC. Sem nenhuma pretensão foi fazer um teste e aprovada imediatamente.

Com uma voz suave, mas ao mesmo tempo firme, Verinha Darcy iniciou dublando personagens secundários, mas foi com a 2ª temporada da série "A Caldeira Do Diabo" (Peyton Place) que obteve o seu primeiro personagem fixo: Allinson MacKenzie, interpretada pela atriz Mia Farrow, substituindo a dubladora Nícia Soares que a dublou na 1ª temporada.

Também foi algumas vezes escalada para a 1ª temporada da série "Jornada nas Estrelas", na qual dublou atrizes convidadas importantes em diversos episódios, e conseguiu, apesar de muito jovem, dublar mulheres mais maduras, sedutoras ou até voz de um computador.

Segundo dubladores da época, ela possuía um grande talento para interpretação, assim era excelente atriz e dubladora.

Infelizmente, Verinha Darcy abandonou a carreira artística ainda jovem dedicando-se a sua vida pessoal. Sua última novela é de 1968.

Com apenas 34 anos de idade, Verinha Darcy faleceu na cidade de São Paulo, em fins de 1979 de causas desconhecidas.

Verinha Darcy, em Pollyana

Principais Trabalhos Na Televisão

  • 1968 - A Última Testemunha
  • 1966 - Redenção
  • 1961 - Clarissa
  • 1959 - Angélika
  • 1958 - Aventuras De Tom Sawyer
  • 1958 - Pollyana Moça
  • 1956 - Pollyana
  • 1956 - Uma História De Ballet
  • 1954/1956 - TV De Vanguarda
  • 1956 - Heidi
  • 1955 - Oliver Twist


Fonte: Wikipédia e Universo AIC

Fregolente

AMBRÓSIO FREGOLENTE
(66 anos)
Médico e Ator

☼ São Paulo, SP (15/10/1912)
┼ Rio de Janeiro, RJ (19/03/1979)

Fregolente foi um médico e ator brasileiro nascido em São Paulo, SP, no dia 15/10/1912.

Ainda jovem, transferiu-se para o Rio de Janeiro, com a intenção de estudar medicina. Iniciou o curso em meados dos anos 1940, mas logo interromperia esse projeto, para se dedicar à profissão de ator.

Fregolente começou a carreira de ator aos 33 anos. Foi um dos atores que mais personificaram personagens de Nelson Rodrigues no cinema e no teatro. Era considerado como intérprete perfeito para os personagens criados por Nelson Rodrigues.

O auge de sua carreira ocorreu nas décadas de 1950, com as chanchadas da Atlântida, e de 1960, com filmes dos mais diferentes gêneros, como "O Homem do Sputnik" (1959), "Cala a Boca, Etelvina" (1959), "Cidade Ameaçada" (1960), "Assalto Ao Trem Pagador" (1962), "Bonitinha, Mas Ordinária" (1963), "O Beijo" (1964), "Crônica da Cidade Amada" (1965),  "O Mundo Alegre de Helô" (1967), "O Homem Que Comprou o Mundo" (1968), "A Penúltima Donzela" (1969), "Os Paqueras" (1969), dentre tantos outros.


Em 1965 concluiu o curso de medicina, com especialização em psiquiatria. Fregolente exerceu a profissão por mais de dez anos, em um consultório na cidade do Rio de Janeiro, ao mesmo tempo que brilhava nas telas e nos palcos.

Quando se formou, aos 53 anos, ligou para seu amigo Nelson Rodrigues para contar a novidade. Esse episódio foi depois contado pelo escritor em uma crônica publicada em 1966.

Na década de 1970 se destacaria por importantes papéis nos filmes "Sedução" (1974), "O Ibrahim do Subúrbio" (1976), "O Casamento" (1974), "Anchieta, José do Brasil" (1977) e "Gargalhada Final" (1979).

Na televisão teve poucas oportunidades, mas participou das telenovelas "Dona Xepa" (1977), "Sinhazinha Flô" (1977) e "Dancin' Days" (1978).

Ao longo de sua vida, Fregolente participou de mais de 100 filmes e peças de teatro, marca que poucos atores brasileiros conseguiram igualar.

Fregolente faleceu no dia 19/03/1979, no Rio de Janeiro, RJ, aos 66 anos, vítima de um infarto do miocárdio. Quando faleceu, participava das filmagens de "Amante Latino" (1979), de Pedro Carlos Rovai.

Filmografia Básica
(Não Constam Todos Os Filmes)

  • 1949 - Almas Adversas
  • 1949 - A Mulher de Longe
  • 1950 - A Sombra da Outra
  • 1950 - Estrela da Manhã
  • 1952 - Três Vagabundos
  • 1953 - Balança, Mas Não Cai
  • 1957 - Absolutamente Certo
  • 1958 - O Barbeiro Que Se Vira
  • 1959 - O Homem do Sputnik
  • 1960 - Cidade Ameaçada
  • 1962 - Assalto ao Trem Pagador
  • 1963 - Bonitinha, Mas Ordinária
  • 1964 - Crônica da Cidade Amada
  • 1964 - O Beijo
  • 1964 - Asfalto Selvagem
  • 1966 - Gern Hab’ Ich Die Frauen Gekillt
  • 1966 - Paraíba, Vida e Morte de um Bandido
  • 1967 - O Mundo Alegre de Helô
  • 1968 - O Homem Que Comprou o Mundo
  • 1969 - As Duas Faces da Moeda
  • 1969 - A Penúltima Donzela
  • 1969 - Os Paqueras
  • 1970 - O Donzelo
  • 1970 - Anjos e Demônios
  • 1973 - Vai Trabalhar, Vagabundo!
  • 1974 - Sedução
  • 1974 - Ainda Agarro Essa Vizinha
  • 1975 - As Aventuras de um Detetive Português
  • 1975 - O Casamento
  • 1977 - Um Marido Contagiante
  • 1977 - Anchieta, José do Brasil
  • 1977 - Ajuricaba, o Rebelde da Amazônia
  • 1978 - Dancin' Days
  • 1979 - Gargalhada Final

Fonte: Wikipédia

Preguinho

JOÃO COELHO NETTO
(74 anos)
Jogador de Futebol

* Rio de Janeiro, RJ (08/02/1905)
+ Rio de Janeiro, RJ (01/10/1979)

Filho do escritor Coelho Neto, autor do livro sobre o primeiro cinquentenário da História do Fluminense, historiador e dirigente deste clube. Preguinho era sócio do Fluminense antes mesmo de nascer, ingressando nas equipes infantis do clube carioca em em 1916, com 11 anos. Sua estreia enquanto futebolista do tricolor carioca ocorreu em 19 de abril de 1925: naquela tarde, Preguinho havia conquistado o tricampeonato estadual de natação, na categoria de 600 metros. Ainda com a medalha no peito, pegou um táxi até o Estádio das Laranjeiras para ajudar o Fluminense a conquistar o Torneio Início do Rio de Janeiro.

Passou toda sua carreira no Fluminense. Enquanto futebolista, foi o primeiro capitão, artilheiro e autor do primeiro gol da Seleção Brasileira de Futebol em uma Copa do Mundo, em jogo contra a Iugoslávia (derrota do Brasil por 1-2), na Copa do Mundo de 1930, em época em que seu apelido era Prego, sem o diminutivo.

No jogo seguinte da competição, ante a Bolívia, marcou dois dos quatro gols da vitória brasileira (4-0). Para além de ter sido o autor do primeiro gol do escrete em fase finais do Mundial, Preguinho ficaria ainda na história por ter sido o melhor marcador do Brasil na competição de 1930 (com 3 gols) e por ter sido o primeiro capitão dessa equipe.

Há um depoimento seu sobre sua participação nesta Copa, no filme Futebol Total, dirigido por Carlos Leonam e Oswaldo Caldeira e produzido por Carlos Niemeyer e pelo Canal 100 e, até o final de sua vida, Preguinho participou ativamente da política do Tricolor, sendo figura muito importante na política interna do Fluminense Football Club.

Ainda no Século XXI é um dos maiores artilheiros do Fluminense com 184 gols marcados.

Foi o artilheiro do Fluminense nos campeonatos cariocas de 1928, 1929, 1930, 1931 e 1932, sendo que em 1930 e 1932 foi o artilheiro do Campeonato Carioca.

Além do futebol, Preguinho praticou outras nove modalidades: remo, vôlei, basquete, polo aquático, saltos ornamentais, atletismo, hóquei, tênis de mesa e natação.

Após a profissionalização do futebol, em 1933, Preguinho continuou a atuar de forma amadora, recusando-se a receber dinheiro do Fluminense. Afora seu desempenho dentro das quatro linhas, é também um dos maiores pontuadores da história do basquete tricolor, com 711 pontos anotados.

Amor ao Tricolor

Ele sempre se recusou a receber dinheiro do clube, permanecendo como amador mesmo após a profissionalização do futebol. Jogou por este de clube de 1925 a 1934. Em 1925, depois de nadar a prova dos 600 metros e ajudar o Fluminense a ser tricampeão estadual de natação, foi de táxi às Laranjeiras a tempo de jogar contra o São Cristóvão e ganhar o título do Torneio Início.

Trouxe para o Fluminense 387 medalhas e 55 títulos nas oito modalidades que praticava. Tais façanhas fizeram dele o mais festejado herói tricolor e, em 22 de janeiro de 1952, Preguinho recebeu o título de "Benemérito-Atleta" do Fluminense, o que mais o orgulhou até a sua morte, em 1979. Um busto na sede do clube e o nome do ginásio são merecidas homenagens. À ocasião, ele disse:

"Eu nem sabia falar direito e o Fluminense já estava em minha alma, meu coração e em meu corpo."

Morte

Preguinho morreu em 1979, aos 74 anos, devido a problemas pulmonares.

Fonte: Wikipédia

Ana Cristina de Souza

ANA CRISTINA DE SOUZA FARIA
(27 anos)
Atriz

* Rio de Janeiro, RJ (09/08/1951)
+ Rio de Janeiro, RJ (20/06/1979)

Ana Cristina de Souza Faria foi uma atriz brasileira nascida no Rio de Janeiro, no dia 09/08/1951. Era formada em Arte Dramática e com especialização realizada em Londres. Começou fazendo fotonovelas e estreou na TV em um pequeno papel na novela "O Espigão" (1974). Logo depois se tornaria uma jovem estrela das novelas de época das seis da tarde na TV Globo, onde realizou "Vejo a Lua no Céu" (1976), "O Feijão e o Sonho" (1976) e "Maria, Maria" (1978).

A jovem atriz Ana Cristina de Souza Faria faleceu no Rio de janeiro, no dia 20/06/1979, aos 27 anos vítima de um acidente automobilístico. A atriz ficou quase um mês em estado de coma após o acidente, no Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro.


Humberto Teixeira

HUMBERTO CAVALCANTI TEIXEIRA
(64 anos)
Advogado, Político, Instrumentista, Poeta e Compositor

* Iguatu, CE (05/01/1915)
+ Rio de Janeiro, RJ (03/10/1979)

É nacionalmente conhecido como parceiro de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Um grande sucesso da dupla é a composição Asa Branca, lançada em 1947.

Foi advogado, político, instrumentista, poeta, compositor, fundador e presidente da Academia Brasileira de Música Popular.

Da união com Margarida Teixeira, nasceu a atriz Denise Dumont, mãe de seus dois netos, um deles com o ator Cláudio Marzo e outra com o roteirista e diretor inglês Matthew Chapman.

Era filho de João Euclides Teixeira e Lucíola Cavalcante Teixeira. Desde cedo apresentava aptidões para a música. Aos seis anos, aprendeu a tocar musette - versão francesa da gaita de foles. Aprendeu também flauta e bandolim. O seu tio Lafaiete Teixeira, foi o responsável pelos seus primeiros ensinamentos musicais, era maestro e tocava vários instrumentos.

Aos 13 anos, depois de ter editado sua composição Miss Hermengarda, tocava flauta na orquestra que musicava os filmes mudos no Cine Majestic de Fortaleza. Aos 15 anos radicou-se no Rio de Janeiro onde, aos 18 anos, em 1934, foi premiado com Meu Pecadinho pela revista O Malho num concurso de música carnavalesca.

Em 1943, formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nesta época já tinha composto sambas, marchas, xotes, samba-canções e toadas.

Em 1944, teve gravada a primeira música, em parceria com Lírio Panicalli, o samba apoteótico Sinfonia do Café, cantado por Deo. Compôs Kalu, para a cantora Dalva de Oliveira e Adeus, Maria Fulô, com Sivuca, para Carmélia Alves.

Seu encontro com Luiz Gonzaga se deu em agosto de 1945. Em conversa animada surgiu a intenção de valorizar o ritmo nordestino, onde o xote e o baião tinham prioridades. Surgiu o primeiro sucesso da dupla, denominado No Meu Pé de Serra.

No ano de 1954, Humberto Teixeira candidata-se a deputado federal, passando dois meses fazendo campanha no sertão cearense, ao lado de Luiz Gonzaga. Estiveram em Iguatu para dar uma força ao candidato a prefeito, Dr. Meton Vieira, a quem presentearam com uma música para a campanha.

Humberto Teixeira elegeu-se deputado com cerca de 12 mil votos. Teve destaque na Câmara dos Deputados, quando do seu empenho na defesa dos direitos autorais. Conseguiu aprovar a Lei Humberto Teixeira, que permitia maior divulgação da música brasileira no exterior, através de caravanas musicais financiadas pelo Governo Federal.

Humberto Teixeira levou para o exterior Waldir Azevedo, Francisco Carlos, Dalton Vogeler, Leonel do Trombone, o guitarrista Poly, a cantora Marta Kelly, o acordeonista Orlando Silveira, o Sexteto Radamés Gnattali, o maestro Quincas e Os Copacabanas, Vilma Valéria, Carmélia Alves, Jimmy Lester, Leo Peracchi, Sivuca e muitos outros.

As canções de Humberto Teixeira foram interpretadas principalmente por Luiz Gonzaga, mas outros cantores de expressão nacional também tiveram este privilégio. Foram eles: Dalva de Oliveira, Carmélia Alves, Geraldo Vandré, Gilberto Gil, Fagner, Caetano Veloso, Gal Costa, Elba Ramalho e outros.

Eleito por três anos consecutivos o melhor compositor do Brasil, de Humberto Teixeira se disse: "O Doutor do Baião, quebrando rotinas e cânones, imprimiu novos rumos à seresta nacional. Com o baião, fincou-se um novo marco na evolução da música popular brasileira"

Representou o Brasil na Noruega, França e Itália, como delegado especial junto ao XVIII Congresso Internacional de Autores e Compositores.

Humberto Teixeira morreu aos 64 anos, no dia 3 de outubro de 1979, de Enfarte do Miocárdio, em São Conrado, no Rio de Janeiro.

Em sua homenagem e reconhecimento, foi batizada com seu nome a Rodovia CE-021 (que liga Iguatu a Fortaleza), a agência do Banco do Nordeste do Brasil de Iguatu e o Centro Cultural Iguatuense.

Filme

Em 2008 foi lançado o documentário O Homem Que Engarrafava Nuvens, dirigido pelo cineasta Lírio Ferreira e produzido por Denise Dumont. O filme estreou no Brasil na edição daquele ano do Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia

Guiomar Novaes

GUIOMAR NOVAES
(85 anos)
Pianista

☼ São João da Boa Vista, SP (28/02/1894)
┼ São Paulo, SP (07/03/1979)

Guiomar Novaes foi uma pianista brasileira nascida em São João da Boa Vista, SP, no dia 28/02/1894, que construiu sólida carreira no exterior, particularmente nos Estados Unidos. Ficou especialmente conhecida pelas suas interpretações das obras de Frédéric Chopin e Robert Schumann. Foi importante divulgadora de Villa-Lobos no exterior.

Filha de Manoel José da Cruz Novaes e Anna de Carvalho Menezes Novaes, Guiomar foi a décima sétima dos dezenove filhos do casal. A família logo estabeleceu-se em São Paulo.

O piano, presente em sua casa e utilizado nas aulas de suas irmãs, despertou o interesse de Guiomar, que, aos quatro anos, começou a tocá-lo de ouvido. Aos seis anos, a menina passou a tomar aulas com Eugenio Nogueira, professor paulista, e ingressou, por vontade própria, no jardim de infância. Desde os primeiros dias escolares, acompanhava, ao piano, as canções entoadas pelas colegas.

Mais tarde, Guiomar Novaes passou a tomar aulas com Luigi Chiafarelli, um importante mestre italiano, considerado o responsável pelo seu desenvolvimento artístico. Luigi Chiafarelli também foi professor de inúmeros pianistas que alcançaram fama no país e no exterior. A menina Guiomar Novaes, vizinha de Monteiro Lobato, foi quem inspirou o escritor a criar a encantadora personagem Narizinho, a "menina do nariz arrebitado" do Sítio do Pica-pau Amarelo.


Em 1902, com oito anos, Guiomar Novaes apresentou-se publicamente pela primeira vez como artista.

Em outubro de 1909, com o auxílio do Governo do Estado de São Paulo, partiu para a Europa, para estudar em Paris. Ao desembarcar na França, Guiomar Novaes foi convidada para visitar uma compatriota que desejava ouvi-la: era a Princesa Isabel, também pianista, que vivia próximo a Versalhes, no exílio. Foi a Princesa Isabel quem estimulou Guiomar Novaes a incluir em seu repertório a "Grande Fantasia Triunfal Sobre o Hino Nacional Brasileiro", composição de Louis Moreau Gottschalk.

Guiomar Novaes frequentemente tocava a "Grande Fantasia Triunfal Sobre o Hino Nacional Brasileiro" nos recitais que fazia no exterior, evidenciando assim sua nacionalidade e contribuindo para o reconhecimento internacional do Brasil.

Na capital francesa, Guiomar Novaes inscreveu-se para prestar provas no Conservatório de Paris. Haviam 331 candidatos para doze vagas. Realizou a primeira prova em 18/11/1909. Após rígida seleção, o número de candidatos baixou para trinta. A segunda prova deu-se em 25/11/1909.

A comissão julgadora era formada por músicos como Claude Debussy, Moszkowski e Lazare-Lévy. Durante o primeiro exame, ela tocou um "Prelúdio" e "Fuga nº 1 de O Cravo Bem Temperado" de Johann Sebastian Bach, um estudo de Liszt-Paganini e a "3ª Balada de Chopin". No segundo exame, quebrando o protocolo dos concursos do Conservatório de Paris, Claude Debussy, fascinado com a jovem Guiomar Novaes, pediu a repetição da "3ª Balada de Chopin".

"Eu estava voltado para o aperfeiçoamento da raça pianística na França... a ironia habitual do destino quis que o candidato artisticamente mais dotado fosse uma jovem brasileira de treze anos. Ela não é bela, mas tem os olhos 'ébrios da música' e aquele poder de isolar-se de tudo que a cerca - faculdade raríssima - que é a marca bem característica do artista"
(Claude Debussy, 25/11/1909, Carta a André Caplet)



Após ser admitida em primeiro lugar, por unanimidade, estudou no Conservatório de Paris com o mestre húngaro Isidor Philipp, que afirmou não ter ensinado nada à aluna e sim aprendido com ela.

Em julho de 1911, na prova de encerramento do curso do Conservatório de Paris, Guiomar Novaes venceu a prova, que contava com 35 concorrentes, e ganhou o primeiro prêmio - que compreendia a quantia de 1200 francos e um piano de cauda.

Depois de conquistar o primeiro prêmio e deixar o Conservatório de Paris, Guiomar Novaes teve diversos oferecimentos de contratos, tocando em Paris, Londres, Genebra, Milão e Berlim.

Em 1913, retornou ao Brasil e se apresentou no Teatro Municipal de São Paulo e no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Em 1914, com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, Guiomar Novaes cancelou todos os compromissos na Europa e continuou apresentando-se no Brasil.

Em 1915, fez sua estreia nos Estados Unidos, onde realizou fantástica temporada, tocando em Nova York, Boston, Chicago, Norfolk, Newport e outras cidades norte-americanas, sendo aclamada pela crítica estadunidense, que a chama de "Lady Of The Singing Tone". Henry T. Finck, famoso crítico musical norte-americano, considerou-a a mais inspirada pianista.


Em janeiro de 1919, Guiomar Novaes perdeu sua mãe e companheira Dona Anna, mas não deixou de encantar as plateias americanas.

Em agosto de 1919, retornou ao Brasil, onde foi acolhida festivamente, recebendo o reconhecimento de seus compatriotas. Em novembro de 1919 partiu para os Estados Unidos, iniciando a temporada 1919-1920.

Em dezembro de 1920, estava no Brasil e oficializou seu noivado com o namorado, o arquiteto e compositor Octávio Pinto.

Em 1922 Guiomar Novaes participou da Semana de Arte Moderna - evento que revolucionou as artes brasileiras, marcando a chegada do Modernismo -, apesar de um pouco entristecida com as paródias feitas à Frédéric Chopin no I Festival da Semana de 22.

Também em 1922, Guiomar Novaes casa-se com Octávio Pinto. O casal teve dois filhos: Anna Maria e Luiz Octávio. A partir de 1922, Guiomar Novaes passou a incluir nos seus recitais as obras de Villa-Lobos, tornando-se importante divulgadora desse seu compatriota nos Estados Unidos. A partir daí, Guiomar Novaes alternou idas aos Estados Unidos e voltas ao Brasil.


Em 1938, tocou para o presidente Franklin Delano Roosevelt. A imprensa americana a reconheceu como a melhor pianista do mundo.

Em 1950, faleceu Octávio Pinto, seu marido e incentivador, que ficou no Brasil para cuidar de problemas cardíacos. Guiomar Novaes sentiu-se profundamente abalada, chegando a cogitar um fim de carreira, mas logo estava de volta aos palcos, fortalecendo-se com a música.

Em abril de 1967, foi escolhida, entre todos os artistas do mundo, para inaugurar o Queen Elizabeth Hall, em Londres, convidada pela rainha Elizabeth II do Reino Unido.

Nas décadas de 1960 e 1970, Guiomar Novaes foi condecorada com diversos títulos, medalhas, insígnias e comendas, e homenagens como a Ordem Nacional do Mérito, concedida pelo governo brasileiro, além de ter sido elevada ao grau de Cavaleiro da Legião de Honra de França. 1972 é o ano da sua última temporada nos Estados Unidos.

Existem dois documentários realizados sobre a Guiomar Novaes, um na década de 70 e o "Infinitivamente Guiomar Novaes" (2003) dirigido por Norma Bengell.

Morte

Em janeiro de 1979 Guiomar Novaes sofreu um derrame cerebral e seu estado de saúde passou a inspirar cuidados.

Guiomar Novaes faleceu às 20h00 do dia 07/03/1979, aos 85 anos, em São Paulo, SP, vítima de um infarto do miocárdio.

Todos os grandes jornais americanos publicaram um anúncio fúnebre intitulado "In Tribute To Guiomar Novaes".

Seu velório aconteceu na Academia Paulista de Letras. Foi sepultada no Cemitério da Consolação, em São Paulo, no dia 08/03/1979, ao som da "Marcha Fúnebre", da "Sinfonia Eroica", de Beethoven.

Críticas Destacadas

"Para escrever sobre um recital de Guiomar Novaes - a brilhante jovem pianista brasileira - é preciso valer-se de uma requintada lista de adjetivos e aplicá-los no superlativo. Mesmo assim, é difícil transmitir com precisão, o domínio que essa jovem e talentosa artista tem sobre o seu público."
(Musical America, 2 de dezembro de 1916)

"A palavra gênio não é simplesmente indicada para sua interpretação, mas é a expressão adequada para caracterizar a habilidade desta jovem pianista que faz reviver os grandes compositores. Há alguma coisa de misterioso e de mágico. Ela quase nos faz acreditar em espiritismo e reencarnação."
(Henry T. Finck. New York Evening Post, 12 de novembro de 1917)

"Ela toca como se estivesse improvisando ou como se algum espírito invisível estivesse soprando ao seu ouvido os segredos mais profundos de toda a harmonia."
(Times, Louisville, 27 de fevereiro de 1919)

"Sob seus dedos privilegiados, o piano adquire todos os timbres da orquestra, fazendo-nos ouvir a suavidade das flautas, a melancolia dos instrumentos de madeira, a sonoridade dourada dos metais ou a maleabilidade das cordas."
(O Estado de São Paulo, 7 de outubro de 1936)

"Novaes é a mais pessoal das pianistas. Faz coisas ao seu próprio modo. Cria suas próprias normas. Frequentemente tem ideias singulares. Mas tem a autoridade e intuição musical para ser sempre absolutamente convincente."
(The New York Times, 5 de dezembro de 1954)

Depoimentos da Artista

"Eu sempre toco uma peça de maneira diferente, pois descubro alguma coisa nova e me surpreendo como é que não tinha pensado nisso antes. Arte é a coisa mais sutil que existe. Nem sempre conseguimos compreendê-la."
(Guiomar Novaes, Great Woman & piano, Time, Nova York, 13 de dezembro de 1954)

"Para mim, é importante que o estudante tenha a oportunidade para desenvolver-se simples, normal e naturalmente num ser humano completo, que compreenda e aprecie a significação da verdade e do belo. Dessas coisas, em última análise, é que deve resultar um impulso para a Música. Do contrário, esta será pouco mais do que uma ginástica de dedos, uma máquina bem exercitada, mas sem alma. Toque com seus dedos e seu cérebro, mas cante com sua alma."
(Guiomar Novaes, A conference with Guiomar Novaes, The Etude Music Magazine, Março de 1939)

"Tocar piano nunca foi um esforço para mim. Há pessoas que estudam seis, sete ou oito horas por dia. Acho-as admiráveis. Talvez tenham muito a preparar, é natural. Eu nunca estudei tanto tempo, não tenho paciência. Gosto de tocar piano uma ou uma hora e meia e depois olhar para o céu. Mais tarde volto ao trabalho."
(Guiomar Novaes, Great Woman Piano, Time, Nova York, 13 de dezembro de 1954)

Fonte: Wikipédia

Haroldo Barbosa

HAROLDO BARBOSA
(64 anos)
Jornalista, Compositor, Radialista e Humorista

* Rio de Janeiro, RJ (21/03/1915)
+ Rio de Janeiro, RJ (05/09/1979)

Nascido no Rio de Janeiro, no bairro de Laranjeiras, dia 21 de março de 1915, aos sete anos foi morar em Vila Isabel.

Durante o dia estudava no Colégio São Bento e à noite tocava cavaquinho nos bailes de Vila Isabel.

Aos 18 anos foi trabalhar como contra-regra na Rádio Philips, com o irmão, o futuro compositor Evaldo Rui, colaborando no Programa Casé, do qual participavam grandes nomes do mundo artístico.

Com esse programa transferiu-se para a Rádio Sociedade, onde, além de contra-regra, organizou a discoteca e foi locutor.

Passou depois a exercer essas funções na Rádio Transmissora e, logo em seguida, na Rádio Nacional, onde também foi locutor esportivo.

Usando sua experiência anterior, desenvolveu várias atividades na Rádio Nacional, que liderava a audiência na época: escreveu o enredo de O Grande Teatro, de César Ladeira, um dos maiores sucessos do rádio, organizou uma orquestra sinfônica com 68 integrantes que já atuavam na emissora, e criou, por volta de 1945, o programa A Canção Romântica, especialmente para Francisco Alves, que deu um novo impulso à carreira do cantor.

Mais tarde passou a dirigir o programa Um Milhão de Melodias, no qual vários cantores se apresentavam interpretando versões de sua autoria.

Ary Barroso (sem bigode) e Haroldo Barbosa
Seu primeiro sucesso como compositor foi a marchinha Barnabé com Antônio Almeida, uma sátira ao funcionalismo público, e que se tornou sinônimo de funcionário público de categoria modesta.

Seguiram-se outros sucessos, como os sambas De Conversa em Conversa (Lúcio Alves - 1943), gravado por Isaura Garcia na RCA Victor (1947), Adeus, América e Tintim Por Tintim, ambas com Geraldo Jacques, lançadas por Os Cariocas nas gravadoras Continental e Sinter, respectivamente.

Mais tarde, deixou a Rádio Nacional e foi para a Rádio Mayrink Veiga, onde se tornou responsável por diversos programas humorísticos, lançando inclusive Chico Anysio e Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta. Esse Norte é de Morte, A Cidade se Diverte e Alegria da Rua foram alguns de seus sucessos na programação da emissora.

Com Geraldo Jacques fez ainda o samba Joãozinho Boa Pinta, gravado por Fafá Lemos na RCA Victor em 1954 e, com seu mais bem sucedido parceiro, Luís Reis, compôs Palhaçada, samba lançado por Miltinho pela gravadora RGE, em 1963.

Miltinho gravou várias outras músicas desta dupla, entre as quais o Só Vou de Mulher, Devagar Com a Louça e Meu Nome é Ninguém.

Tiveram ainda composições gravadas por Elizeth Cardoso como Tudo é Magnifico, Nossos Momentos, entre outras. Com Dóris Monteiro, Fiz o Bobão. Aracy de Almeida gravou Não Se Aprende na Escola e Nora Ney. É autor de inúmeras versões: Trolley Song, Poinciana, Malagueña, Adios, Pampa Mia, Adios Muchachos.

Sua atividade de compositor diminuiu, quando foi para a TV Globo, onde passou a trabalhar na produção de programas humorísticos, ao lado de Max Nunes, seu parceiro em programas de humor desde os tempos da Rádio Nacional.

Era pai da escritora e roteirista Maria Carmem Barbosa.

Faleceu na Casa de Saúde São Sebastião, no bairro de Laranjeiras, Rio de Janeiro, vítima de Câncer.

Fonte: Collectors

Pedro Ludovico

PEDRO LUDOVICO TEIXEIRA
(87 anos)
Político

* Cidade de Goiás - Goiás Velho, GO (23/10/1891)
+ Goiânia, GO (16/08/1979)

Formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1915). Um dos líderes da Revolução de 1930 em Goiás, interventor federal no estado (1930-1933) e governador de 1935 a 1937, foi responsável direto pela mudança da capital da Cidade de Goiás para Goiânia.

Pedro Ludovico Teixeira, político goiano, fazia parte do núcleo de oposição em Goiás que se esboçava em Rio Verde, Inhumas e Anápolis, contra o poderio político dos Caiado.

Pedro Ludovico reuniu um grupo de 120 voluntários de Goiás e Triângulo Mineiro com a intenção de invadir o sudoeste goiano. Perto de Rio Verde, Pedro Ludovico foi preso pelas tropas caiadistas (04/10/1930), sendo solto logo que chegou a notícia em Goiás da vitória da revolução.

O objetivo político do governo de Pedro Ludovico era impulsionar a ocupação do Estado de Goiás, direcionando os excedentes populacionais para os espaços demográficos vazios na tentativa de aumentar a produção econômica.

A implantação de tal projeto só seria possível com a garantia de uma infra-estrutura básica ligando a região Centro-Oeste a região Sul do Brasil.

As Medidas Adotadas Por Pedro Ludovico

  1. Mudança da capital
  2. Construção de estradas internas
  3. Reforma agrária
  4. Marcha para o Oeste
A pedra fundamental da cidade de Goiânia foi lançada em 3 de outubro de 1933 como homenagem aos 3 anos do início da Revolução de 1930.

Pedro Ludovico foi Deputado Constituinte da Constituição de 1946.

Interventor federal pela segunda vez (1937-1945) e governador eleito (1951-1954), além de ser senador eleito por duas vezes (1955-1962 e 1962-1970), em 1968, estava na vice-presidência do Senado Federal quando teve o mandato cassado e suspensos seus direitos políticos por dez anos, em 1969 pelo AI-5.

A antiga Rua 26, atualmente Rua Dona Gersina Borges, abriga uma casa que faz parte da história do povo goiano. Lá morou o fundador da capital, Pedro Ludovico Teixeira que iniciou sua construção em 1934, tendo concluído a obra em 1937. A arquitetura em Art-Déco, em voga na época, marca o prédio até hoje conservado assim como o deixou seu proprietário.

Tombado pelo Patrimônio Histórico Estadual foi transformada em museu em 1987. Distribuído por toda residência está o acervo, constituído de 1836 peças. São porcelanas, mobiliário, vestuário, cristais e objetos de uso pessoal. Dois mil livros e oitocentos documentos originais datados dos anos vinte até a década de setenta, compőem a biblioteca particular de Pedro Ludovico. O acervo iconográfico contém um mil, cento e quarenta e duas fotos, formando importante registro histórico.

Fonte: Wikipédia

José Fernandes

JOSÉ FERNANDES
(54 anos)
Maestro, Discotecário, Produtor, Redator, Radialista e Jurado de TV

☼ Minas Gerais (1925)
┼ Rio de Janeiro, RJ (05/09/1979)

José Fernandes foi um maestro, discotecário, produtor, redator, jurado de televisão e apresentador de programas de rádio durante quase duas décadas, mas só se tornou famoso quando começou a aparecer, eternamente mal-humorado, nos júris de programas de televisão.

Fazia o tipo mal humorado, de poucas amizades e raramente dava um sorriso em frente às câmeras. E foram raras as vezes em que seu sorriso foi visto, mas aconteceu. Os calouros tremiam quando José Fernandes pegava o microfone e já sabiam que nota receberiam. Sua nota geralmente era 0 e quando estava de bem com a vida, dava 1.

Participou do "Programa Flávio Cavalcanti" e também foi jurado no "Show de Calouros" do "Programa Sílvio Santos".

Crítico feroz, costumava distribuir notas zero aos calouros e, em 13 anos, só concedeu nota 10 para os cantores Clara Nunes, Cláudia, Elis Regina, Maysa, Orlando Silva, Carlos José, Tito Madi e Dick Farney. Mesmo assim, recentemente acabaria confessando a um amigo seu arrependimento por três dessas notas.


Em 1976, Guilherme Arantes se apresentou no programa "Show de Calouros", com o seu primeiro sucesso "Meu Mundo e Nada Mais", que era tema da novela "Anjo Mau". O cantor recebeu nota máxima de todos os jurados, menos de José Fernandes, que deu 4,5 (a nota máxima era 5), alegando que o trecho da letra "Só Sobraram Restos", formava o cacófato "Sóçobraram Restos". Guilherme Arantes discutiu com José Fernandes e Sílvio Santos pôs panos quentes, dizendo que os candidatos não deveriam comentar as opiniões do júri.

Como músico, dirigiu uma orquestra dedicada especialmente a tangos.

Em 1976, pela RCA Camden, lançou o LP "Tangos Nota 10 - José Fernandes e Sua Orquestra Típica", com a interpretação dos tangos "Ojos Negros" (Vicente Greco), "Caminito" (Gabino Coria Peñaloza e Juan de Dios Filiberto), "Derecho Viejo" (Eduardo Arolas), "Nostalgias" (Juan Carlos Cobián e Enrique Cadícamo), "Ré-fá-si" (Enrique Delfino), "A Media Luz" (Edgardo Donato e Carlos César Lenzi), "Quejas de Bandoneon" (Juan de Dios Filiberto), "Tango Pra Teresa" (Jair Amorim e Evaldo Gouveia), "El Choclo" (Angel Villoldo, Enrique Santos Discépolo e Carlos Marambaio Catan), "Volver" (Carlos Gardel e Alfredo Le Pera), "La Maleva" (A. Buglione e M. Prado) e "Yira Yira" (Enrique Santos Discépolo).


Em 1977, lançou o LP "Tangos Nota 10 - Volume 2 - José Fernandes e Sua Orquestra Típica", com os tangos "Mi Refugio" (Juan Carlos Cobián e P. N. Córdoba), "La Útima Cita" (Agustin Bardi e Francisco Garcia Jimenez), "Uno" (Mariano Mores e Enrique Santos Discépolo), "Madreselva" (Francisco Canaro e Luis César Amadori), "Buen Amigo" (Julio de Caro e C. Marambio), "Felicia" (Enrique Saborido), "Noche de Reyes" (Jorge Curi e Pedro Maffia), "À Eduardo Arolas", (José Fernandes), "Cuesta Abajo" (Carlos Gardel e Alfredo Le Pera), "Tomo y Obligo" (Carlos Gardel e Manuel Romero), "Canaro" (José Martinez), "Esta Noche Me Emborracho" (Enrique Santos Discépolo), "Recuerdo" (Adolfo Pugliese) e "Maipo" (Eduardo Arolas).

Apesar de maestro, sua notoriedade se deveu, segundo a crítica especializada, ao tipo especial que criou no "Programa Flávio Cavalcanti": Carrancudo, mal-humorado, dando sempre notas baixas aos calouros. O que fez com que o seu nome, tal sua popularidade, ficasse sinônimo de pessoas de mal com a vida.

José Fernandes faleceu no dia 05/09/1979, aos 53 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de uma afecção renal.

Fonte: Wikipédia