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Eva Nil

EVA COMELLO
(80 anos)
Atriz

* Cairo, Egito (25/06/1909)
+ Cataguases, MG (15/08/1990)

Eva Nil nasceu com o nome de Eva Comello, filha do italiano Pedro Comello e irmã de da atriz Ben Nil, veio para o Brasil em 1914, na companhia do pai, que fugia da Primeira Guerra Mundial. Foi uma das atrizes preferidas do cineasta Humberto Mauro durante o ciclo do cinema em Cataguases.

Desde a época muda que o cinema nacional vem construindo mitos. E com certeza, Eva Nil é uma das maiores musas dessa fase do cinema brasileiro. Belíssima, a atriz foi uma das estrelas do ciclo do cinema em Cataguases, pequena cidade mineira e importante pólo de cinema na década de 20, cujo astro maior é o genial cineasta Humberto Mauro.

Eva Nil nasceu no Cairo, Egito, mas veio com seus pais com apenas cinco anos de idade para o Brasil e foram residir em Cataguases. Filha do diretor e fotógrafo Pedro Comello, é nessa cidade que a atriz se ingressa no cinema em Valadião, o Cratera, curta realizado pelo pai e por seu sócio, Humberto Mauro, em 1925. No ano seguinte estrela seu primeiro longa-metragem, o clássico Na Primavera da Vida, dirigido por Humberto Mauro.

Participou dos longa-metragens Valadião, o Cratera (1925) de Humberto Mauro, Na Primavera da Vida (1926), direção de Humberto Mauro, Senhorita Agora Mesmo (1928), direção de Pedro Comello e Barro Humano (1929), direção de Adhemar Gonzaga, hoje em dia perdidos, restando apenas fotografias.

Eva Nil foi uma presença marcante e inesquecível no cinema nacional, mesmo atuando em poucos filmes. Estrela amada da revista Cinearte, do jornalista e diretor Adhemar Gonzaga, que ajudou a eterniza-la, foi musa primeira da Phebo Sul América Film, em Cataguases, e depois da Cinédia, no Rio de Janeiro.

Após desentendimentos com Humberto Mauro, realiza seu último trabalho nas telas em Barro Humano, a obra-prima de Adhemar Gonzaga, realizada no Rio de Janeiro em 1928.

De personalidade forte, Eva Nil resolveu abandonar a carreira em 1929, segundo ela por não concordar com o amadorismo do cinema no Brasil. Passou a cuidar do estúdio fotográfico do seu pai, em Cataguases.

Fez poucos filmes mas se transformou na musa do cinema mudo brasileiro. Morreu aos 80 anos e solteira, em Cataguases. Para muitos ela foi a Greta Garbo tupiniquim.

Délio Jardim de Mattos

DÉLIO JARDIM DE MATTOS
(73 anos)
Militar

* Rio de Janeiro, RJ (23/11/1916)
+ Rio de Janeiro, RJ (13/09/1990)

Délio Jardim de Mattos foi um militar brasileiro, Ministro da Aeronáutica nos governos dos presidentes Ernesto Geisel e João Batista de Oliveira Figueiredo.

A Base Aérea dos Afonsos recebeu o nome de Campo Délio Jardim de Mattos em homenagem ao comando que teve na base aérea.

Carreira

Estudou na Escola Militar do Realengo, onde em 1941, foi transferido para o recém-criado Ministério da Aeronáutica. Durante o segundo governo de Getúlio Vargas, comandou o 2º Grupo de Transportes, no Rio de Janeiro.

Muito ligado ao brigadeiro Eduardo Gomes, participou ativamente das investigações do Atentado da Rua Tonelero, no Rio de Janeiro, em que saiu ferido o líder oposicionista Carlos Lacerda e que resultou na morte do major-aviador Rubens Florentino Vaz.

Em 1955, assumiu o comando da Base Aérea dos Afonsos e participou do movimento que tentou impedir a posse do presidente Juscelino Kubitschek. Foi destituído do comando e, em 1957, assumiu o comando do 6º Grupo de Aviação, no Recife, do qual também seria destituído, sendo então removido para o Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA).

Rubens Gallerani e Délio Jardim de Mattos
Ele foi um dos principais articulares, na aeronáutica, do movimento militar que, em 1964, depôs o presidente João Goulart. Durante o governo de Humberto de Alencar Castelo Branco, integrou o Gabinete Militar da Presidência da República, como subchefe da aeronáutica.

Em 1969, comandou a Escola de Oficiais Especialistas e a Infantaria de Guarda, sediada em Curitiba, assumindo, em 1972, a chefia do IV Comando Aéreo Regional, sediado em São Paulo. Foi ainda chefe do Comando Geral do Ar, chefe do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER) e ministro do Superior Tribunal Militar (STM).

Em março de 1979, assumiu o Ministério da Aeronáutica. Na sua gestão, entre outras medidas, revogou as portarias que suspendiam a concessão de licença e a revalidação de certificados de habilitação a pilotos militares, aeronautas e aeroviários punidos por atos institucionais e complementares, após o Movimento Militar de 1964.

Fonte: Wikipédia

Afonso Arinos

AFONSO ARINOS DE MELO FRANCO
(84 anos)
Jurista, Político, Historiador, Professor, Ensaísta e Crítico

☼ Belo Horizonte, MG (27/11/1905)
┼ Rio de Janeiro, RJ (27/08/1990)

Afonso Arinos foi um jurista, político, historiador, professor, ensaísta e crítico brasileiro, nascido em Belo Horizonte, MG, em 27/11/1905. Destacou-se pela autoria da Lei Afonso Arinos contra a discriminação racial em 1951. Ocupou a Cadeira nº 25 da Academia Brasileira de Letras (ABL), onde foi eleito em 23 de janeiro de 1958.

Filho de Afrânio de Melo Franco e de Sílvia Alvim de Melo Franco, sobrinho do escritor Afonso Arinos. Casou-se com Ana Guilhermina Rodrigues Alves Pereira, neta do presidente Rodrigues Alves, com quem teve dois filhos. Era irmão de Virgílio Alvim de Melo Franco.

Formou-se em 1927 na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, atual Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, começando a carreira como promotor de justiça da comarca de Belo Horizonte.

Viajou para Genebra a fim de aperfeiçoar seus estudos. De retorno ao Brasil em 1936, iniciou a carreira de professor na antiga Universidade do Distrito Federal, atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro ministrando aulas de História do Brasil.

Atuou ainda como professor no exterior ministrando cursos de História Econômica do Brasil na Universidade de Montevidéu (1938), curso na Sorbonne, em Paris, sobre cultura brasileira (1939) e cursos de literatura na faculdade de letras da Universidade de Buenos Aires (1944).

Em 1946, foi nomeado professor de História do Brasil do Instituto Rio Branco, Instituto este responsável pela formação e aperfeiçoamento profissional dos diplomatas de carreira do governo brasileiro. Foi catedrático de Direito Constitucional na Universidade do Estado do Rio de Janeiro e na Universidade do Brasil.

Carreira Política

A carreira política de Afonso Arinos começou em 1947, quando foi eleito deputado federal por Minas Gerais em três legislaturas, de 1947 a 1958. Foi líder da União Democrática Nacional (UDN) até 1956, e depois líder do bloco da oposição ao Governo de Juscelino Kubitschek até 1958.

Dois fatos, sobretudo, marcaram fortemente a sua presença na Câmara dos Deputados: a autoria da lei contra a discriminação racial, que tomou o seu nome, Lei nº 1.390, de 03/07/1951, e o célebre discurso, pronunciado em 09/08/1954, pedindo a renúncia do presidente Getúlio Vargas. Quinze dias depois o presidente suicidou-se no Palácio do Catete.

Em 1958, foi eleito senador pelo antigo Distrito Federal, hoje Estado do Rio de Janeiro. Permaneceu no Senado Federal até 1966, mas afastou-se duas vezes do cargo para assumir o Ministério das Relações Exteriores, no governo de Jânio Quadros, no qual implementou a Política Externa Independente (PEI) e no regime parlamentarista do primeiro-ministro Francisco Brochado da Rocha, em 1963.

Foi o primeiro chanceler brasileiro a visitar a África, estando no Senegal do então presidente Léopold Sédar Senghor, em 1961.

Chefiou a delegação do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), durante as Assembléias Gerais de 1961 e 1962. Foi embaixador extraordinário, participando do Concílio Vaticano II em 1962, terminando com a chefia da delegação brasileira à Conferência do Desarmamento, em Genebra, no ano de 1963. É de sua autoria o capítulo sobre declaração de direitos que consta da Constituição de 1967.

Foi nomeado, pelo presidente José Sarney, presidente da Comissão Provisória de Estudos Constitucionais, denominada Comissão Afonso Arinos, criada pelo Decreto nº 91.450 de 18/07/1985, com o objetivo de preparar um anteprojeto que deveria servir de texto básico para a elaboração da nova constituição. Em 1986, aos 81 anos, elegeu-se senador pelo Partido da Frente Liberal (PFL).

Foi membro do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), membro do Conselho Federal de Cultura, nomeado em 1967, quando da sua criação, e reconduzido em 1973.

Afonso Arinos recebeu o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, por duas vezes, quando da publicação de dois dos seus volumes de memórias: "Planalto" (1969) e "Alto-Mar Maralto" (1977).

Em 19/07/1958, Afonso Arinos tomou posse da cadeira 25 da Academia Brasileira de Letras (ABL), recebido pelo acadêmico Manuel Bandeira.

Afonso Arinos faleceu em pleno exercício do mandato de senador, em 27/08/1990. À época, encontrava-se filiado Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), por defender este, em seu programa partidário, a implantação do parlamentarismo no país.

Prêmios e Títulos

  • Professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro;
  • Intelectual do Ano em 1973 (Prêmio Juca Pato, da Sociedade Paulista de Escritores);
  • Prêmio Luísa Cláudio de Sousa, do Pen Clube do Brasil, pela sua biografia de Rodrigues Alves.

Fonte: Wikipédia

Bráulio Pedroso

BRÁULIO NUNO DE ALMEIDA PEDROSO
(59 anos)
Autor de Novela

* São Paulo, SP (30/04/1931)
+ Rio de Janeiro, RJ (15/08/1990)

O grande eixo do seu trabalho era o uso do deboche e do bom humor para criticar os tipos preestabelecidos existentes na sociedade brasileira, temática desenvolvida por meio de um notável arrojo formal.

Paulistano, ele trabalhou durante vários anos na Rede Globo, onde escreveu telenovelas de grande sucesso como O Cafona (1971), O Bofe (1972), O Rebu (1974) e Feijão Maravilha (1979), apesar de anteriormente ter trabalhado no cinema nas funções de assistente de direção, montador e crítico, e escreveu para o teatro a peça O Fardão, que ganhou o Prêmio Molière.

Sua primeira novela como autor titular foi Beto Rockfeller (TV Tupi, 1968), comédia que foi um grande sucesso de audiência e que consagrou o ator Luis Gustavo. Beto Rockfeller também ganharia uma continuação em 1973, A Volta de Beto Rockfeller, que não obteve o mesmo êxito, mas mesmo assim não comprometeu o personagem.

Entre 1985 e 1986 trabalhou em uma equipe de criação de texto da extinta TV Manchete, onde escreveu a novela Tudo Em Cima e o seriado Tamanho Família.

No final dos anos 80 foi contratado pelo SBT, onde co-escreveu - sem ser creditado - o argumento da novela Cortina de Vidro (1989) e preparava, antes de morrer, o remake de seu maior êxito: Beto Rockfeller.

Televisão

  • 1968 - Beto Rockfeller (TV Tupi - 1968/1969)
  • 1969 - Super Plá (TV Tupi)
  • 1971 - O Cafona (TV Globo)
  • 1972 - O Bofe (TV Globo)
  • 1973 - A Volta de Beto Rockfeller (TV Tupi)
  • 1974 - O Rebu (TV Globo)
  • 1978 - O Pulo do Gato (TV Globo)
  • 1979 - Feijão Maravilha (TV Globo)
  • 1980 - Plantão de Polícia (TV Globo - 1980/1981 - co-autor)
  • 1981 - Amizade Colorida (TV Globo - co-autor)
  • 1982 - Parabéns Pra Você (TV Globo)
  • 1985 - Tudo Em Cima (TV Manchete)
  • 1985 - Tamanho Família (TV Manchete 1985/1986)

Teve sua novela O Pulo do Gato adaptada em 1992 pela televisão chilena.

Bráulio Pedroso faleceu vítima de fratura nas vértebras cervicais, causada por uma queda no banheiro de sua própria casa. Tinha 59 anos e sofria de Espondilite Anquilosante.

Deixou dois filhos, João Manoel e Felipe, e os netos Sofia e Pedro.

Fonte: Wikipédia

João Saldanha

JOÃO ALVES JOBIN SALDANHA
(73 anos)
Jornalista, Comentarista Esportivo, Escritor, Jogador e Técnico de Futebol

☼ Alegrete, RS (03/07/1917)
┼ Roma, Itália (12/07/1990)

João Saldanha foi um jornalista, comentarista esportivo, escritor, jogador e técnico de futebol brasileiro nascido em Alegrete, no Estado do Rio Grande do Sul, no dia 03/07/1917. Levou a Seleção Brasileira de Futebol a classificar-se para a Copa do Mundo de 1970. Seu apelido era João Sem-Medo.

Logo no inicio de sua vida, a família de João Saldanha resolveu mudar-se de Alegrete. Após percorrerem várias cidades do interior do Paraná, decidiram ficar em Curitiba.

O primeiro grande contato de João Saldanha com o futebol aconteceu ali, pois a casa comprada por Gaspar Saldanha, seu pai, ficava a dois quarteirões do campo do Clube Atlético Paranaense, onde sempre ia assistir aos treinos das divisões de base, permitindo a proximidade do garoto com o futebol.

Além disso, a casa da família em Curitiba permitia uma integração com toda a garotada da vizinhança, que organizava times, campeonatos, jogos, enfim, tudo dentro do estilo de vida da expansão urbana e das novas modas citadinas. Ali, João Saldanha completaria o primário na mesma escola de um garoto que ainda seria importantíssimo personagem na história nacional como presidente da República: Jânio Quadros. Mais tarde mudou-se para o Rio de Janeiro.

João Saldanha jogou futebol profissionalmente por uns poucos anos no clube carioca do Botafogo. Formou-se em Direito pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil (FND), atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Estudou Jornalismo e se tornou um dos mais destacados escritores de esportes, antes de trabalhar como comentarista no rádio e na televisão. Como um jornalista esportivo, ele frequentemente criticava jogadores, técnicos e times de futebol. Foi filiado ao Partido Comunista Brasileiro (PCB).

Botafogo

Em 1957, o Botafogo de Futebol e Regatas, seu clube de coração, contratou-o como seu técnico, apesar de sua total falta de experiência. O clube ganhou o campeonato estadual daquele ano.

Em 1969, ele foi convidado a se encarregar da Seleção Brasileira de Futebol. O Presidente da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), João Havelange alegou que o contratou na esperança de que os jornalistas fizessem menos críticas à Seleção Brasileira, tendo um deles como técnico.

Gérson, Pelé e João Saldanha
Eliminatórias Para a Copa do Mundo de 1970

Na Copa do Mundo de 1966, uma das principais críticas da imprensa era a falta de um time-base. João Saldanha tentou resolver esse problema e convocou um time formado em sua maioria por jogadores do Santos e do Botafogo, os melhores times da época. E os conduziu a 100% de aproveitamento em seis jogos de qualificação (eliminatórias). De uma frase sua, quando teria dito que convocaria somente "feras", surgiu a expressão "As feras do Saldanha" para designar aquela seleção.

Graças ao seu trabalho, a Seleção Brasileira reconquistaria a auto-estima e a confiança do torcedor, que tinha perdido depois da pífia campanha na Copa do Mundo de 1966.

O time de João Saldanha, que deu show nas eliminatórias contra Venezuela e Paraguai, com a dupla Tostão e Pelé, estava mesclado com jogadores do Santos, Botafogo e Cruzeiro.

Foi uma grande jogada de João Saldanha. Usou o entrosamento dos jogadores em seus respectivos times e atuava num 4-2-4 bem montado.

O time brasileiro de João Saldanha era: Cláudio; Carlos Alberto Torres, Djalma Dias, Joel e Rildo; Piazza e Gérson; Jairzinho, Tostão, Pelé e Edu.

Apesar das vitórias, João Saldanha foi publicamente criticado por Dorival Knipel, o Yustrich, treinador do clube carioca Flamengo. João Saldanha respondeu ao confronto brandindo um revólver. Também havia rumores de que não entendia de preparação física, havendo alguns desentendimentos com a comissão técnica sobre a condução dos treinamentos.

Embora muito se dissesse à época que João Saldanha foi retirado do comando da Seleção por causa da sua negativa em selecionar jogadores que eram indicados pessoalmente pelo presidente Emílio Garrastazu Médici, em particular o atacante Dário Maravilha. Foi constatado posteriormente que tal fato em verdade não ocorreu, limitando-se o então presidente, na qualidade de torcedor, a sugerir a convocação de Dadá, tal como na Copa do Mundo de 2010 se sugeriu a Dunga a convocação de Neymar ou Paulo Henrique Ganso, ambos do Santos.

O último atrito foi quando o auxiliar-técnico pediu para sair da Seleção, dizendo que era impossível trabalhar com João Saldanha. Segundo João Havelange, então presidente da Confederação Brasileira de Desportos (CDB), o esquema adotado por João Saldanha de dois pontas abertos, Jair e Edu, e o meio-campo desprotegido do Brasil, que adotava o esquema 4-2-4, não iria a lugar nenhum. Daí a demissão de João Saldanha e, depois de uma tentativa de se contratar Dino Sani, ele foi substituído por Mário Zagallo, ex-jogador de futebol e ganhador de duas copas: Copa do Mundo de 1958 e Copa do Mundo de 1962, com seu tradicional e eficiente (na época) 4-3-3, montando a equipe com Félix; Carlos Alberto Torres, Brito, Piazza e Marco Antônio, depois Everaldo; Clodoaldo, Gérson e Rivellino; Jair, Tostão e Pelé.

Jornalismo

João Saldanha retornou ao jornalismo depois desse episódio e continuou a criar algumas das mais famosas citações da história do futebol brasileiro, como: "O futebol brasileiro é uma coisa jogada com música".

Morte

João Saldanha morreu em Roma, em 1990, onde foi cobrir naquele ano a Copa do Mundo de 1990 para a TV Manchete.

Até hoje não se sabe a razão. Fontes mais seguras dizem que João Saldanha morreu de um enfisema pulmonar, devido ao vício tabagista.

Fonte: Wikipédia

Henriette Morineau

HENRIETTE FERNANDE ZOÉ MORINEAU
(82 anos)
Atriz

* Noirot, França (29/11/1908)
+ Rio de Janeiro, RJ (03/12/1990)

Nascida na França, ela se apaixonou por literatura no colégio em que estudava e interpretava os textos que tinha que ler nas aulas. Convenceu seu padrasto a permitir que estudasse com um professor de arte dramática em Paris. Saiu-se tão bem que foi indicada para um conservatório, e foi aprovada para o mesmo, em 1926, em primeiro lugar.

Atuou por três anos na Commédie Française e em uma de suas excursões, conheceu na Bélgica seu futuro marido, George Morineau. O marido foi aconselhado pelos médicos a se mudar para um país tropical e eles resolveram se mudar para o Brasil. Henriette chegou ao Rio de Janeiro em 1931.

Em 1946 ela fundou a Companhia dos Artistas Unidos, na qual por 14 anos dirigiu e interpretou peças adultas e infantis. Em pouco tempo virou uma lenda para o teatro e o cinema brasileiros e era chamada de a Madame do Teatro Brasileiro. Foi condecorada duas vezes pelo governo brasileiro com o Cavaleiro da Ordem do Cruzeiro do Sul e também recebeu as honras de se transformar em Carioca Honorária e em Cidadã Honorária do Rio de Janeiro.

Teve uma carreira de 60 anos e um de seus últimos espetáculos de teatro foi como a Maude de Ensina-me a Viver (1982), que inclusive fez com que a estrela caísse no palco e tivesse que ser substituída por Maria Clara Machado.

Foi casada com o ator e diretor teatral Delorges Caminha.

Morte

Ela começou a ter problemas de saúde em 1982, quando teve que deixar a peça Ensina-me a Viver para fazer três Pontes Safena. Em 1987, teve uma Isquemia Cerebral, ficou paralítica e passou a viver em uma clínica geriátrica. Henriette Morineau faleceu após uma Parada Cardiorrespiratória.

Fonte: Wikipédia e G1

Sônia Mamede

SÔNIA MAMEDE
(53 anos)
Atriz, Humorista e Vedete

* Rio de Janeiro, RJ (04/07/1936)
+ Rio de Janeiro, RJ (25/04/1990)

Depois de completar os estudos regulamentares, dedicou-se aos esportes, porém sempre com a convicção de ser atriz. Um dia recebe um convite para trabalhar no Teatro de Revista, logo se destacando.

Sua entrada para o cinema acabou sendo acidental, substituindo Consuelo Leandro no filme "Garotas e Samba" (1957), e depois fez mais 15 filmes.

Comediante de grande talento, alternou sua participação no teatro, na televisão e no cinema. Em 1956 casou-se com Augusto César Vanucci.

Nas décadas de 70 e 80, participou de programas humorísticos na TV Globo. Seu principal personagem nessa época foi a burra Ofélia, mulher do milionário Fernandinho, interpretado por Lúcio Mauro, no programa Balança Mas Não Cai. Ainda na televisão, atuou na telenovela Jogo da Vida.

Faleceu, aos 53 anos de idade vítima de Câncer.

Fonte: Wikipédia

César de Alencar

ERMELINDO CÉSAR DE ALENCAR MATTOS
(72 anos)
Radialista, Ator e Apresentador de Televisão

* Fortaleza, CE (06/06/1917)
+ Rio de Janeiro, RJ (14/01/1990)

Ermelindo Cesar de Alencar, sem sobra de dúvida, foi o maior animador de programas de auditório que existiu no rádio brasileiro, no qual, através das ondas da Rádio Nacional, ajudou a popularizar todos os seus ídolos. Durante anos César apresentou seu programa aos sábados, de 15h às 19h. A produção era de Hélio do Soveral, que mantinha o Brasil atento durante esse período para culminar com a atração maior, chamada por César de Alencar ao palco:

- A minha, a sua, a nossa favorita... Emiiilhiiiinha... Borrrrrba!

Nascido em Fortaleza, veio para o Rio de Janeiro ainda menino, para depois se matricular no Colégio Pedro II. Em 1939, ingressou na Rádio Clube do Brasil como locutor e contra- regra, trabalhando com Renato Murce participando de locuções comerciais. Mais tarde, César de Alencar foi para a Rádio Nacional, onde criou o programa que levava seu nome.

Culto e inteligente, não demorou a alcançar o mais absoluto sucesso na emissora situada na Praça Mauá numero 7. Todas as atrações internacionais que vinham ao Brasil participavam de seu programa, como: Charles Trenet, Édith Piaf, Ninón Sevilla, Bing Crosby entre muitos que souberam divulgar suas gravações em nosso país.

César Alencar mostrou sua popularidade de ótimo apresentador na mesma proporção da Rainha dos Auditórios, Emilinha Borba, cantando em seu programa. Atrás dele surgiram outros querendo imitá-lo, mas sem sucesso.

Participou de gravações carnavalescas, canções de meio de ano, em duo com Emilinha, Marlene, Heleninha Costa entre outras, devido a sua bela dicção como também aos sucessos que alcançava com os filmes da Atlântida.

Uma dúvida nos resta, depois da leitura do livro escrito por Jonas Vieira, sobre a sua participação direta na política que modificou a estrutura da emissora inaugurada em 12 de setembro do ano de 1936.

César de Alencar faleceu vítima de um Enfisema Pulmonar em 14 de janeiro de 1990 aos 72 anos de idade.

Paulo Tapajós

PAULO TAPAJÓS GOMES
(77 anos)
Cantor, Compositor, Produtor e Radialista

* Rio de Janeiro, RJ (20/10/1913)
+ Rio de Janeiro, RJ (29/12/1990)

Estudou desenho na Escola Nacional de Belas Artes, e música com o maestro Lorenzo Fernández. O trio Irmãos Tapajós foi formado em 1927, com seus irmãos Haroldo e Osvaldo.

Em 1928 estreou na Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Com a saída do irmão Osvaldo do trio, forma dupla com o irmão Haroldo, gravando "Loura e Morena" de Haroldo Tapajós e Vinicius de Moraes, "Decadência de Pierrô" de Lamartine Babo e Alcir Pires Vermelho, "Eu Chorei" e "Noite Azul". Compôs com Vinicius de Moraes a música "Canção da Noite".

Foi cantor, diretor e produtor de diversos programas da Rádio Nacional, do Rio de Janeiro, em 1942. Saiu da rádio Nacional em 1946 e foi contratado pela Rádio Tupi como diretor artístico. Em 1951 compôs o samba "Morreu o Anacleto", junto com o compositor Donga. Em 1956 gravou o Long Play, chamado "Luar do Sertão".

Dublou diversos desenhos para os estúdios Disney.

Formava a comissão executiva do I Festival Internacional da Canção - TV Rio, Rio de Janeiro, em 1966. Tendo ficado com o cargo de diretor artístico da emissora até 1970.

Em 1971 grava pela RCA Victor "Os Saraus de Jacob - Jacob do Bandolim Recebe o Modinheiro Paulo Tapajós".

Participou de diversos festivais de música pelo país. Por vários anos apresentou, produziu e dirigiu o programa radiofônico "Domingo Musical", do Projeto Minerva - Rádio MEC.

Pai dos cantores e compositores Paulinho Tapajós, Maurício Tapajós e da cantora Dorinha Tapajós.

Fonte: Wikipédia

Luís Carlos Prestes

LUÍS CARLOS PRESTES
(92 anos)
Militar, Engenheiro e Político

* Porto Alegre, RS (03/01/1898)
+ Rio de Janeiro, RJ (07/03/1990)

Foi secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro e foi companheiro de Olga Benário, morta na Alemanha, na câmara de gás, pelos nazistas.

Prestes formou-se pela Escola Militar do Realengo no Rio de Janeiro, em 1919, atual Academia Militar das Agulhas Negras, na Arma de Engenharia. Foi engenheiro ferroviário na Companhia Ferroviária de Deodoro, como tenente, até ser transferido para o Rio Grande do Sul.

O Início do Movimento

Em outubro de 1924, já capitão, Luís Carlos Prestes liderou um grupo de rebeldes na região missioneira Rio Grande do Sul, saiu de Santo Ângelo, e se dirigiu para São Luiz Gonzaga onde permaneceu por dois meses aguardando munições do Paraná, que não vieram. Aos poucos foi formando o seu grupo de comandados que vieram de várias partes da região. Rompendo o famoso "Anel de Ferro" propagado pelos governistas, rumou com sua recem formada coluna para o norte até Foz do Iguaçu. Na região sudoeste do estado do Paraná, o grupo se encontrou e juntou-se aos paulistas, formando o contingente rebelde chamado de Coluna Miguel Costa-Prestes, com 1500 homens, que percorreu por dois anos e cinco meses 25.000 km. Em toda esta volta, as baixas foram em torno de 750 homens devido à Cólera, à impossibilidade de prosseguir por causa do cansaço e dos poucos cavalos que tinham, e ainda poucos homens que morreram em combate.

Os Estudos na Bolívia e União Soviética

Prestes, apelidado de "Cavaleiro da Esperança", passa a estudar marxismo na Bolívia, para onde havia se transferido no final de 1928, quando a maioria da Coluna Miguel Costa-Prestes havia se exilado. Lá travava contato com os comunistas argentinos Rodolfo Ghioldi e Abraham Guralski, este último dirigente da Internacional Comunista (IC).

Em 1930 retorna clandestinamente a Porto Alegre onde chega a ter dois encontros com Getúlio Vargas. Convidado a comandar militarmente a Revolução de 30, recusa-se a apoiar ao movimento, colocando-se contra a aliança entre os tenentistas e as oligarquias dissidentes.

Em 1931, muda-se para a União Soviética a convite do país. Lá, trabalha como engenheiro e dedica-se a estudos marxistas-leninistas. Por pressão do Partido Comunista da União Soviética, é aceito como filiado pelo PCB, em agosto de 1934.

Sendo eleito membro da comissão executiva da Internacional Comunista, volta como clandestino ao Brasil em dezembro de 1934, acompanhado pela alemã Olga Benário, também membro da IC. Seu objetivo era liderar uma revolução armada no Brasil, decidido em Moscou.

O Comando da ANL e a Deportação de Olga

No Brasil, Prestes encontra o recém constituído movimento Aliança Nacional Libertadora (ANL), de cunho anti-fascista e anti-imperialista, que congregava tenentes, socialistas e comunistas descontentes com o Vargas. Mesmo clandestino, o "Cavaleiro da Esperança" é calorosamente aclamado presidente de honra da ANL em sua sessão inaugural no Rio de Janeiro.

Prestes procura então aliar o enorme crescimento da ANL, com a retomada de antigos contatos no meio militar para criar as bases que julgava capazes de deflagrar a tomada do poder no Brasil. Em julho de 1935 divulga um manifesto exigindo "todo o poder" à ANL e a derrubada do governo Vargas.

Getúlio Vargas aproveita a oportunidade e declara a ANL ilegal, o que não impede Prestes de continuar a organizar o que acabou por ficar conhecido como a Intentona Comunista.

Em novembro eclode a insurreição nas guarnições do exército de Natal, Recife e Rio de Janeiro (então Distrito Federal), mas é debelada por Getúlio Vargas, que desencadeia um violento processo de repressão e prisões.

Suspeitou-se que uma moça chamada Elvira Cupelo Colônio, mais conhecida como "Elza Fernandes", a qual namorava o então Secretário-Geral do Partido Comunista do Brasil (PCB), Antonio Maciel Bonfim - o "Miranda" -, estaria delatando os companheiros à polícia. Considerada uma ameaça naquela circunstância, uma vez que, sob tortura, poderia entregar diversos companheiros à prisão e à tortura, a jovem foi condenada à morte pelo "Tribunal Vermelho".

Como um dos membros do tribunal opôs-se à condenação, Prestes escreveu uma carta célebre aos correligionários:

Fui dolorosamente surpreendido pela falta de resolução e vacilação de vocês. Assim não se pode dirigir o Partido do Proletariado, da classe revolucionária.
… Por que modificar a decisão a respeito da "garota"? Que tem a ver uma coisa com a outra? Há ou não há traição por parte dela? É ou não é ela perigosíssima ao Partido?...
...Com plena consciência de minha responsabilidade, desde os primeiros instantes tenho dado a vocês minha opinião quanto ao que fazer com ela. Em minha carta de 16, sou categórico e nada mais tenho a acrescentar…
… Uma tal linguagem não é digna dos chefes do nosso Partido, porque é a linguagem dos medrosos, incapazes de uma decisão, temerosos ante a responsabilidade. Ou bem que vocês concordam com as medidas extremas e neste caso já as deviam ter resolutamente posto em prática, ou então discordam mas não defendem como devem tal opinião.

Alguns dias depois Elvira Colônio foi estrangulada com uma corda, em uma casa da Rua Mauá Bastos, Nº 48-A, na Estrada do Camboatá. O corpo foi enterrado no quintal da casa.

Em março de 1936, Prestes é preso, perde a patente de capitão e inicia uma pena de prisão que durará nove anos. Sua companheira Olga Benário, grávida, é deportada e morre na câmara de gás no campo de concentração nazista Ravensbrück. A criança, Anita Leocádia Prestes, nasceu em uma prisão na Alemanha, mas foi resgatada pela mãe de Prestes, após intensa campanha internacional.

O Fim do Estado Novo, Anistia, e a Volta à Clandestinidade

Com o fim do Estado Novo, Prestes foi anistiado, elegendo-se Senador.

Assumiu a secretaria geral do PCB. O registro do partido foi cassado, e novamente Prestes foi perseguido e voltou à clandestinidade.

Na Assembléia Constituinte de 1946, Prestes liderava a bancada comunista de 14 deputados composta por, entre outros, Jorge Amado, eleito pelos paulistas, Carlos Marighela, pelos baianos, João Amazonas, o mais votado do país, escolha de 18.379 eleitores do Rio, e o sindicalista Claudino Silva, único constituinte negro, também eleito pelo Rio.

Durante a Constituinte, Prestes fechou questão, a favor da emenda nº 3.165, de autoria do deputado carioca Miguel Couto Filho, tal emenda dizia:

"É proibida a entrada no país de imigrantes japoneses de qualquer idade e de qualquer procedência".

Em 1951, conheceu sua segunda companheira, a pernambucana Maria, que passa a se chamar Maria Prestes. Maria era mãe de dois meninos, Pedro e Paulo. Da união com Prestes nasceram outros sete filhos: João, Rosa, Ermelinda, Luiz Carlos, Zoia, Mariana e Yuri. Prestes e Maria viveram juntos por 40 anos, até sua morte.

Em 1958, Prestes teve sua prisão decretada, porém foi revogada por mandado judicial.

Ditadura Militar

Após o golpe militar de 1964, com o AI-1, Prestes teve seus direitos de cidadão novamente revogados por dez anos. Foi perseguido pelo Governo, mas conseguiu fugir. Ao revistar sua casa, a polícia encontrou uma série de cadernetas que deram base a inquéritos e processos, como o que condenou Giocondo Dias.

Exilou-se na União Soviética no final dos anos 1960, regressando ao Brasil devido à Anistia de 1979.

Os membros do PCB que também voltavam do exílio após o regime militar, de orientação euro-comunista, e que se tornaram maioria no Comitê Central do Partido, não mais aceitaram suas orientações, por considerarem-nas retrógradas, rígidas demais e pouco adaptadas aos tempos de então. Destituíram-no da liderança do PCB. Por divergências com o comitê central do partido, lança a Carta aos Comunistas, em que defende uma política de maior enfrentamento ao regime e uma reconstrução do movimento comunista no país. Em 1982, conjuntamente a vários militantes, sai do PCB,ingressando no PDT. Milita em diversas causas, como o não pagamento da dívida externa latino-americana e pela eleição de Leonel Brizola em 1989.

Em janeiro do ano seguinte Luís Carlos Prestes foi internado numa clínica no Rio de Janeiro para tratamento de Insuficiência Renal e princípio de Desidratação, segundo versão divulgada pela imprensa. Seu estado de saúde, no entanto, agravou-se no início de março, quando voltou a ser internado. Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 7 de março de 1990. Nessa data a Justiça Eleitoral concedeu o registro definitivo ao PCB.

Elizeth Cardoso

ELIZETH MOREIRA CARDOSO
(69 anos)
Cantora

☼ Rio de Janeiro, RJ (16/07/1920)
┼ Rio de Janeiro, RJ (07/05/1990)

Elizeth Cardoso foi uma cantora brasileira nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 16/07/1920. Conhecida como "A Divina"Elizeth Cardoso é considerada uma das maiores intérpretes da música brasileira e um das mais talentosas cantoras de todos os tempos, reverenciada pelo público e pela crítica.

Elizeth Moreira Cardoso nasceu na Rua Ceará, no subúrbio de São Francisco Xavier, e cantava desde pequena pelos bairros da Zona Norte carioca, cobrando ingresso no valor de 10 tostões das outras crianças para ouvi-la cantar os sucessos de Vicente Celestino. O pai, seresteiro, tocava violão e a mãe gostava de cantar.

Desde cedo precisou trabalhar e, entre 1930 e 1935, foi balconista, funcionária de uma fábrica de saponáceos e cabeleireira, até que o talento foi descoberto aos 16 anos, quando comemorava o aniversário. Foi então convidada para um teste na Rádio Guanabara, pelo chorão Jacob do Bandolim.

Apesar da oposição inicial do pai, apresentou-se em 1936 no "Programa Suburbano", ao lado de Vicente Celestino, Aracy de Almeida, Moreira da Silva, Noel Rosa e Marília Batista. Na semana seguinte foi contratada para um programa semanal na rádio.

Elizeth Cardoso casou-se no fim de 1939 com Ari Valdez, mas o casamento durou pouco.

Trabalhou em boates como taxi-girl, atividade que exerceria por muito tempo.

Em 1941, tornou-se crooner de orquestras, chegando a ser uma das atrações do Dancing Avenida, que deixou em 1945, quando se mudou para São Paulo para cantar no Salão Verde e para apresentar-se na Rádio Cruzeiro do Sul, no programa "Pescando Humoristas".

Estilo

Além do choro, Elizeth Cardoso consagrou-se como uma das grandes intérpretes do gênero samba-canção, surgido na década de 1930, ao lado de Maysa, Nora Ney, Dalva de Oliveira, Ângela Maria e Dolores Duran. O gênero, comparado ao bolero, pela exaltação do tema amor-romântico ou pelo sofrimento de um amor não realizado, foi chamado também de dor-de-cotovelo ou fossa.

O samba-canção antecedeu o movimento da bossa nova, surgido ao final da década de 1950, com o qual Maysa já foi identificada. Mas este último representou um refinamento e uma maior leveza nas melodias e interpretações em detrimento do drama e das melodias ressentidas, da dor-de-cotovelo e da melancolia.

Elizeth Cardoso migrou do choro para o samba-canção e deste para a bossa nova gravando em 1958 o LP "Canção do Amor Demais", considerado axial para a inauguração deste movimento, surgido em 1957. O antológico LP trazia ainda, também da autoria de Vinicius de Moraes e Tom Jobim, "Chega de Saudade", "Luciana", "Estrada Branca", "Outra Vez". A melodia ao fundo foi composta com a participação de um jovem baiano que tocava o violão de maneira original, inédita: o jovem João Gilberto.

Anos 1960

Em 1960, gravou jingle para a campanha vice-presidencial de João Goulart. Nos anos 1960 apresentou o programa de televisão "Bossaudade", na TV Record, Canal 7, São Paulo.

Em abril de 1965 conquistou o segundo lugar na estréia do I Festival de Música Popular Brasileira  da TV Record, interpretando "Valsa do Amor Que Não Vem" (Baden Powell e Vinicius de Moraes). O primeiro lugar foi da novata Elis Regina, com "Arrastão".

Elizeth Cardoso serviu também de influência para vários cantores que viriam depois, sendo uma das principais a cantora Maysa.

Em 1968 apresentou-se, num espetáculo que foi considerado o ápice da carreira, com Jacob do Bandolim, Época de Ouro e Zimbo Trio, no Teatro João Caetano, em benefício do Museu da Imagem e do Som (MIS), do Rio de Janeiro. Considerado um encontro histórico da Música Popular Brasileira, no qual foram ovacionados pela platéia. LPs foram lançados em edição limitada pelo Museu da Imagem e do Som (MIS).

Apelidos

Elizeth Cardoso teve vários apelidos como "A Noiva do Samba-Canção", "Lady do Samba", "Machado de Assis da Seresta", "Mulata Maior", "A Magnífica", apelido dado por Mister Eco, e a "Enluarada", por Hermínio Bello de Carvalho. Nenhum desses títulos, porém, se iguala ao que foi consagrado por Haroldo Costa: "A Divina", que a marcou para o público e para o meio artístico.

Elizeth Cardoso lançou mais de 40 LPs no Brasil e gravou vários outros em Portugal, Venezuela, Uruguai, Argentina e México.

"A Divina" teve sua inesquecível voz calada em 07/05/1990, quando faleceu no Rio de Janeiro, RJ,  aos 69 anos, vítima de um câncer no estômago.

Discografia

De 1950 até 1954, Elizeth Cardoso só lançou canções em discos 78 rpm.

Álbuns de Estúdio Solo
  • 1955 - Canções à Meia Luz
  • 1956 - Fim de Noite
  • 1957 - Noturno
  • 1958 - Canção do Amor Demais
  • 1958 - Retrato da Noite
  • 1958 - Naturalmente
  • 1959 - Magnífica
  • 1960 - A Meiga Elizeth
  • 1962 - A Meiga Elizeth nº 2
  • 1963 - Grandes Momentos
  • 1963 - A Meiga Elizeth nº 3
  • 1963 - Elizeth Interpreta Vinícius
  • 1963 - A Meiga Elizeth nº 4
  • 1964 - A Meiga Elizeth nº 5
  • 1965 - Quatrocentos Anos de Samba
  • 1965 - Elizete Sobe o Morro
  • 1966 - Muito Elizeth
  • 1967 - A Enluarada Elizeth
  • 1968 - Momento de Amor
  • 1970 - Falou e Disse
  • 1972 - Preciso Aprender a Ser Só
  • 1973 - Mulata Maior
  • 1974 - Feito em Casa
  • 1976 - Elizeth Cardoso
  • 1978 - A Cantadeira do Amor
  • 1979 - O Inverno do Meu Tempo
  • 1982 - Outra Vez Elizeth
  • 1991 - Ary Amoroso (1991)

Álbuns de Estúdio em Conjuntos
  • 1960 - Sax Voz
  • 1961 - Sax Voz nº 2
  • 1966 - A Bossa Eterna de Elizeth e Cyro
  • 1969 - A Bossa Eterna de Elizeth e Cyro nº 2
  • 1971 - Elizeth Cardoso e Silvio Caldas Vol. I
  • 1971 - Elizeth Cardoso e Silvio Caldas Vol. II
  • 1991 - Todo o Sentimento (1991)

Álbuns Ao Vivo Solo e em Conjuntos
  • 1968 - Ao Vivo no Teatro João Caetano Vol. I
  • 1968 - Ao Vivo no Teatro João Caetano Vol. II
  • 1969 - Elizeth e Zimbo Trio Balançam na Sucata
  • 1970 - Elizeth no Bola Preta Com a Banda do Sodré
  • 1970 - É de Manhã
  • 1977 - Elizeth Cardoso em Tokyo
  • 1981 - Elizethíssima
  • 1982 - Recital
  • 1983 - Elizeth - Uma Rosa Para Pixinguinha
  • 1984 - Leva Meu Samba
  • 1986 - Luz e Esplendor

Fonte: Wikipédia

Renato Pedrosa

LUIZ RENATO MARINHO PEDROSA
(49 anos)
Ator

* Rio de Janeiro, RJ (14/07/1941)
+ Rio de Janeiro, RJ (1990)

Renato Pedrosa Começou a carreira aos 18 anos quando ingressou no teatro. Sempre teve um dom para a comédia e era escalado para viver empregados fofoqueiros e intrometidos.

Na televisão, estreou na novela Dona Xepa da TV Globo, mas chamou atenção do público como o mordomo Everaldo de Dancin' Days em 1978, onde contracenava com Joana Fomm. Renato Pedrosa trabalhou, ainda, na novela Brilhante onde viveu o personagem Ulisses.  

No cinema Renato Pedrosa marcou presença em comédias como Histórias Que Nossas Babás Não Contavam, Rio Babilônia e Os Bons Tempos Voltaram: Vamos Gozar Outra Vez.

Renato Pedrosa era homossexual assumido e morreu vitimado pela AIDS em 1990, no Rio de Janeiro.

Televisão

  • 1977 - Dona Xepa ... Raimundo
  • 1978 - Dancin' Days ... Everaldo
  • 1979 - Os Gigantes ... Irineu
  • 1981 - Brilhante ... Ulisses
  • 1982 - Lampião e Maria Bonita ... Carneirinho
  • 1984 - Tenda dos Milagres ... Epitáfio

Cinema

  • 1979 - Histórias Que Nossas Babás Não Contavam
  • 1982 - Rio Babilônia
  • 1985 - Os Bons Tempos Voltaram: Vamos Gozar Outra Vez

Fonte: Wikipédia

Isabel Ribeiro

FREDERICA ISABEL IATTI RIBEIRO
(48 anos)
Atriz

* São Paulo, SP (08/07/1941)
+ Jundiaí, SP (13/02/1990)

Nascida Frederica Isabel Iatti Ribeiro, ela sonhava em ser médica e trabalhar em pesquisas. Descendente de uma pequena família de imigrantes poloneses, teve que abandonar os estudos antes de ingressar na faculdade e trabalhar para ajudar a família.

O teatro surgiu meio por acaso quando fazia um curso de política estudantil. Seu primeiro trabalho como atriz foi na peça infantil "A Bruxinha Que Queria Ser Boa", em 1962.

Foi levada por Augusto Boal para o Teatro Arena nos anos 60 e entrou para a TV nos anos 70, destacando-se primeiro em telenovelas da TV Tupi e depois na Rede Globo. De todos os trabalhos que fez em TV ela mesmo destacava como os mais importantes a Sônia de "Duas Vidas", novela de Janete Clair e a Consuelo de "Sinal de Alerta", escrita por Dias Gomes. Mas outro trabalho sensível de Isabel Ribeiro foi na novela "Sol de Verão" de Manoel Carlos em 1983.

No cinema ganhou vários prêmios como melhor atriz e trabalhou com consagrados diretores, como Cacá Diegues, Leon Hirszman, Arnaldo Jabor, entre outros. Seus maiores sucessos no cinema foram em "São Bernardo", "Os Condenados" e "Parceiros da Aventura". Seus últimos papéis de destaque foram como a enfermeira Gisela de "Feliz Ano Velho", adaptação dirigida por Roberto Gervitz para o romance de Marcelo Rubens Paiva, e o de uma solitária dona de casa no curta-metragem "A Voz da Felicidade" (1988), dirigido por Nelson Nadotti e adaptado de uma crônica de Luís Fernando Veríssimo.

Foi casada com o ator Altair Lima e teve três filhos.

A atriz detectou um pequeno tumor no seio quando gravava a novela "Helena", na TV Manchete, e morreu pouco mais de um ano depois vítima de Câncer.

Cinema
  • 1987 - Besame Mucho
  • 1987 - Feliz Ano Velho ... Gisela
  • 1984 - De Grens
  • 1982 - A Missa do Galo
  • 1980 - Parceiros da Aventura ... Ana Maria 
  • 1979 - O Menino Arco-Íris
  • 1979 - O Coronel e o Lobisomem
  • 1978 - Coronel Delmiro Gouveia
  • 1977 - Na Ponta da Faca
  • 1976 - A Queda
  • 1975 - As Deliciosas Traições do Amor
  • 1973 - Toda Nudez Será Castigada ... Tia Jovem
  • 1973 - Os Homens Que Eu Tive
  • 1975 - Os Condenados ... Alma d'Alvellos
  • 1972 - Amor, Carnaval e Sonhos
  • 1972 - Quem é Beta?
  • 1971 - O Doce Esporte do Sexo
  • 1971 - São Bernardo ... Madalena
  • 1970 - Os Herdeiros
  • 1970 - Azyllo Muito Louco ... Dona Evarista
  • 1969 - Como Vai, Vai Bem?
  • 1969 - Tempo de Violência
  • 1968 - Lance Maior ... Marga
  • 1967 - El ABC Del Amor
  • 1967 - Garota de Ipanema
  • 1967 - Todas as Mulheres do Mundo

Televisão
  • 1987 - Helena ... Tomásia
  • 1984 - Anarquistas, Graças a Deus ... Narrador
  • 1983 - Champagne ... Gilda
  • 1983 - Parabéns Pra Você ... Helena
  • 1982 - Sol de Verão ... Flora
  • 1981 - O Amor é Nosso ... Beatriz
  • 1980 - Um Homem Muito Especial ... Hannah
  • 1979 - Gaivotas ... Ângela
  • 1978 - Sinal de Alerta ... Consuelo
  • 1977 - Sem Lenço, Sem Documento ... Das Graças
  • 1976 - Duas Vidas ... Sônia
  • 1975 - O Grito ... Lúcia
  • 1975 - O Noviço Florêncio
  • 1974 - O Rebu ... Glorinha Resende
  • 1972 - Tempo de Viver ... Isabel
  • 1971 - A Selvagem ... Madre Superiora
  • 1970 - Toninho On The Rocks ... Maridéla

Fonte: Wikipédia