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Roberto Pires

ROBERTO PIRES
(66 anos)
Cineasta

* Salvador, BA (29/09/1934)
+ Salvador, BA (27/06/2001)

Com a capacidade de criar artesanalmente os equipamentos que usaria em seus filmes, Roberto Pires, inventou, na ótica de seu pai, a lente anafórmica Igluscope, semelhante a Cinemascope, que não havia no Brasil, e fez o primeiro longa-metragem baiano, "Redenção" (1959), filme que lançou a ator Geraldo Del Rey. O sucesso desse filme impulsionou um período importante do cinema brasileiro, o Ciclo Baiano de Cinema (1959-1963). O Ciclo, através de diretores como Glauber Rocha, deu fermento ao movimento do Cinema Novo.

Roberto Pires começou a trabalhar com cinema com um grupo de jovens do qual fazia parte Glauber Rocha, Luís Paulino dos SantosGeraldo Del Rey, Helena Ignez, Antonio Pitanga, Othon Bastos, entre outros. Em 40 anos de carreira dirigiu oito filmes dos quais sete longas. No início da década de 1960, Roberto Pires produziu "Barravento", o primeiro filme longa-metragem dirigido por Glauber Rocha.

"O Cego que Gritava Luz", do diretor João Batista de Andrade, foi praticamente o último filme com o qual Roberto Pires teve envolvimento antes de falecer em 2001. Roberto Pires deixou inacabado o projeto de filme "Nasce o Sol a Dois de Julho".

Roberto Pires ficou famoso por retratar no cinema o acidente com a cápsula de césio 137, ocorrido em Goiânia, em 1987. O filme "Tocaia no Asfalto", do qual foi diretor e roteirista, foi restaurado, com patrocínio da Petrobras, através da Cinemateca Brasileira.

Roberto Pires faleceu em 2001, em consequência de um câncer na garganta.


Direção

  • 1955 - Sonho, o Calcanhar de Aquiles
  • 1959 - Redenção
  • 1961 - A Grande Feira
  • 1962 - Tocaia no Asfalto
  • 1963 - Crime no Sacopã
  • 1969 - Máscara da Traição
  • 1970 - Em Busca do Su$exo
  • 1981 - Abrigo Nuclear
  • 1982 - Alternativa Energética (Documentário)
  • 1989 - Brasília, Última Utopia (Episódio: "A Volta de Chico Candango")
  • 1990 - Césio 137 - O Pesadelo de Goiânia
  • 1991 - Biodigestor (Documentário)
  • 1991 - Energia Solar (Documentário)


Produção

  • 1962 - Barravento
  • 1965 - O Homem Que Comprou o Mundo
  • 1969 - Como Vai, Vai Bem?
  • 1997 - O Cego Que Gritava Luz


Fonte: Wikipédia

Milton Santos

MILTON ALMEIDA DOS SANTOS
(75 anos)
Geógrafo e Professor

* Brotas de Macaúbas, BA (03/05/1926)
+ São Paulo, SP (24/06/2001)

Milton Almeida dos Santos foi um geógrafo brasileiro. Apesar de ter se graduado em Direito, Milton Santos destacou-se por seus trabalhos em diversas áreas da geografia, em especial nos estudos de urbanização do Terceiro Mundo. Foi um dos grandes nomes da renovação da geografia no Brasil ocorrida na década de 1970.

Nasceu no município baiano de Brotas de Macaúbas em 03/05/1926. Ainda criança, migrou com sua família para outras cidades baianas, como Ubaitaba, Alcobaça e, posteriormente, Salvador. Em Alcobaça, com os pais e os avós maternos, todos professores primários, foi alfabetizado e aprendeu álgebra e a falar francês.

Aos 13 anos, Milton Santos dava aulas de matemática no ginásio em que estudava, o Instituto Baiano de Ensino. Aos 15 anos passou a lecionar Geografia e, aos 18, prestou vestibular para Direito em Salvador. Enquanto estudante secundário e universitário marcou presença na militância política de esquerda.

Formado em Direito, não deixou de se interessar pela Geografia, tanto que fez concurso para professor catedrático no Colégio Municipal de Ilhéus. Nesta cidade, além do magistério desenvolveu atividade jornalística, estreitando sua amizade com políticos de esquerda. Nesta época, escreveu o livro "Zona do Cacau", posteriormente incluído na Coleção Brasiliana, já com influência da Escola Regional Francesa.

Em 1958, concluiu seu doutorado na Universidade de Estrasburgo, na fronteira da França com a Alemanha. Ao regressar ao Brasil, criou o Laboratório de Geomorfologia e Estudos Regionais, mantendo intercâmbio com os mestres franceses. Após seu doutorado, teve presença marcante na vida acadêmica, em atividades jornalísticas e políticas de Salvador. Em 1961, o presidente Jânio Quadros o nomeia para a subchefia do Gabinete Civil, tendo viajado a Cuba com a comitiva presidencial, o que lhe valeu registro nos órgãos de segurança nacional após o golpe de 1964.


Exílio

Em função de suas atividades políticas junto à esquerda, Milton Santos foi perseguido pelos órgãos de repressão da ditadura militar. Seus aliados e importantes políticos intervieram junto às autoridades militares para negociar sua saída do país, após ter cumprido meio ano de prisão domiciliar. Milton Santos achou que ficaria fora do país por 6 meses, mas acabou ficando 13 anos. Começou seu exílio em Toulouse, passando por Bordeaux, até finalmente chegar em Paris em 1968, onde lecionou na Sorbonne, tendo sido diretor de pesquisas de planejamento urbano no prestigiado Iedes.

Permaneceu em Paris até 1971, quando se mudou para o Canadá. Trabalhou na Universidade de Toronto. Foi para os Estados Unidos, com um convite para ser pesquisador no Massachusetts Institute Of Technology (MIT), onde trabalhou com Noam Chomsky. No MIT trabalhou em sua grande obra "O Espaço Dividido".

Dos Estados Unidos viajou para a Venezuela, onde atuou como diretor de pesquisa sobre planejamento da urbanização do país para um programa da Organização das Nações Unidas (ONU). Neste país manteve contato com técnicos da Organização dos Estados Americanos (OEA). Estes contatos facilitaram sua contratação pela Faculdade de Engenharia de Lima, onde foi contratado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) para elaborar um trabalho sobre pobreza urbana na América Latina.

Posteriormente, foi convidado para lecionar no University College de Londres, mas o convite ficou apenas na tentativa, já que lhe impuseram dificuldades raciais. Regressou a Paris, mas foi chamado de volta à Venezuela, onde lecionou na Faculdade de Economia da Universidade Central. Seguiu, posteriormente para Tanzânia, onde organizou a pós-graduação em Geografia da Universidade de Dar es Salaam. Permaneceu por dois anos no país, quando recebeu o primeiro convite de uma universidade brasileira, a Universidade de Campinas. Antes disso, regressou à Venezuela, passando antes pela Universidade de Colúmbia de Nova York.


Retorno ao Brasil

No final de 1976, houve contatos para a contratação de Milton Santos pela universidade brasileira, mas não havia segurança na área política e o contato fracassou. Em 1977, Milton Santos tentou inscrever-se na Universidade da Bahia, mas, por artimanhas político-administrativas, sua inscrição foi cancelada.

Ao regressar da Universidade de Colúmbia iria para a Nigéria, mas recusou o convite para aceitar um posto como Consultor de Planejamento do estado de São Paulo e na Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa). Esse peregrinar lhe custou muito, mas sua volta representou um enorme esforço de muitos geógrafos, destacando-se Armen Mamigonian, Maria do Carmo Galvão, Bertha Becker e Maria Adélia de Souza. Quanto ao seu regresso, Milton tinha um grande papel nas mudanças estruturais do ensino e da pesquisa em geografia no Brasil.

Após seu regresso ao Brasil, lecionou na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) até 1983. Em 1984 foi contratado como professor titular pelo Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP), onde permaneceu mesmo após sua aposentadoria. Também lecionou geografia na Universidade Católica de Salvador.


Morte

O professor emérito da Faculdade de Geografia da Universidade de São Paulo, Milton Santos, morreu às 3:10 hs do dia 24/06/2001, em razão de um Câncer de Próstata. Milton Santos apresentou insuficiência respiratória aguda durante a madrugada. O câncer de Milton Santos foi diagnosticado havia cerca de sete anos.

Milton Santos estava internado no Hospital do Servidor Público Estadual desde o último dia 20/06/2001. Estava internado no 13º andar do hospital, no setor de hematologia.


A Trajetória e o Reconhecimento

Embora pouco conhecido fora do meio acadêmico, Milton Santos alcançou reconhecimento fora do país, tendo recebido, em 1994, o Prêmio Vautrin Lud (conferido por universidades de 50 países).

Sua obra "O Espaço Dividido", de 1979, é hoje considerado um clássico mundial, onde desenvolve uma teoria sobre o desenvolvimento urbano nos países subdesenvolvidos.

Suas ideias de globalização, esboçadas antes que este conceito ganhasse o mundo, advertia para a possibilidade de gerar o fim da cultura, da produção original do conhecimento - conceitos depois desenvolvidos por outros. "Por Uma Outra Globalização", livro escrito por Milton Santos dois anos antes de morrer, é referência hoje em cursos de graduação e pós-graduação em universidades brasileiras. Traz uma abordagem crítica sobre o processo perverso de globalização atual na lógica do capital, apresentado como um pensamento único. Na visão dele, esse processo, da forma como está configurado, transforma o consumo em ideologia de vida, fazendo de cidadãos meros consumidores, massifica e padroniza a cultura e concentra a riqueza nas mãos de poucos.


Espaço: Abordagem Inovadora

A obra de Milton Santos é inovadora e grandiosa ao abordar o conceito de espaço. De território onde todos se encontram, o espaço, com as novas tecnologias, adquiriu novas características para se tornar um "conjunto indissociável de sistemas de objetos e sistemas de ações".

As velhas noções de centro e periferia já não se aplicam, pois o centro poderá estar situado a milhares de quilômetros de distância e a periferia poderá abranger o planeta inteiro. Daí a correlação entre espaço e globalização, que sempre foi perseguida pelos detentores do poder político e econômico, mas só se tornou possível com o progresso tecnológico. Para contrapor-se à realidade de um mundo movido por forças poderosas e cegas, impõe-se, para Milton Santos, a força do lugar, que, por sua dimensão humana, anularia os efeitos perversos da globalização.

Estas ideias são expostas principalmente em sua obra "A Natureza do Espaço" (Edusp, 2002).

No conceito de espaço, Milton Santos revela a noção de paisagem, onde sua forma está em objetos naturais correlacionados com objetos fabricados pelo homem. Milton Santos aponta que espaço e paisagem não são conceitos dicotômicos, onde os processos de mudança social, econômico e político da sociedade resultam na transformação do espaço, que concatenado a paisagem se adaptam para as novas necessidades do homem naquele dado período. Milton Santos revela o conceito de paisagem como algo não estanque no espaço, e sim que a cada período histórico altera, renova e adapta para atender os novos paradigmas do modo de produção social.

São ideias apontadas na obra "Pensando o Espaço do Homem", 1982.

Fonte: Wikipédia

Caju

JOSÉ ALBERTINO DA SILVA
(39 anos)
Cantor

☼ São Lourenço da Mata, PE (15/04/1962)
┼ Recife, PE (08/06/2001)

José Albertino da Silva fazia dupla com o irmão José Roberto da Silva. Eram conhecidos pelo nome artístico de Caju & Castanha, uma dupla brasileira de embolada, naturais de São Lourenço da Mata, PE.

Castanha, José Roberto da Silva, nasceu a 05/04/1967, e Caju, José Albertino da Silva, a 15/04/1962. A dupla Caju & Castanha foi criada pelos irmãos ainda na infância, quando apresentavam-se em feiras e praças de Pernambuco em Jaboatão dos Guararapes, tocando pandeiros feitos com lata de marmelada. O nome da dupla foi dado por um prefeito de Jaboatão chamado Severino Claudino.

Em 1975, os irmãos fizeram uma participação do documentário "Nordeste: Cordel, Repente, Canção", da cineasta Tânia Quaresma. A partir desse momento, surgiu o seu primeiro disco com participações especiais de Zé Ramalho e Elba Ramalho.

José Roberto da Silva e José Albertino da Silva
No começo da década de 1980, os irmãos mudam-se para São Paulo, onde inicialmente se apresentavam em ônibus, participando do movimento de arte urbana da cidade. Entre outros artistas, Caju & Castanha foram retratados em filmes como "Style Wars" (1983), além de inúmeras aparições na televisão, rádio, livros e revistas.

Em 1981, gravam o seu segundo disco, "Embolando na Embolada". Na década de 80, convidados a se apresentarem no programa "Som do Brasil", permaneceram apresentando por cinco anos, ao lado de Rolando Boldrin e Lima Duarte.

No ano de 1993, a dupla passou a ser conhecida nacionalmente através da embolada "Ladrão Besta e o Ladrão Sabido". Em 1997, a história da dupla foi contada no documentário "Som da Rua - Caju e Castanha", uma co-produção da TVE Brasil.

José Albertino da Silva e José Roberto da Silva
O cantor Caju morreu na sexta-feira, 08/06/2001, aos 39 anos, por insuficiência respiratória, no Hospital do Câncer, em Recife, PE. Caju estava com um câncer no cérebro.

O último trabalho do artista foi o CD "Vindo Lá da Lagoa", lançado no ano de 2000 pela gravadora paulistana Trama. Seu último show havia ocorrido em 2000, na edição do Festival Abril Pro Rock. Em seu lugar, entrou seu sobrinho Ricardo Alves da Silva.

No ano de 2002, a dupla estrelou o curta-metragem "A Saga dos Guerreiros Caju e Castanha Contra o Encouraçado Titanic", dirigido por Walter Salles, que integrou o longa-metragem "Chacun Son Cinéma", no qual 35 diretores comemoram os 60 anos do Festival de Cannes.

Discografia

  • 1978 - Nordeste, Cordel, Repente e Canção
  • 1981 - Embolando na Embolada
  • 1983 - Nossa Vida, Nossa História
  • 1984 - Álbum de Família
  • 1985 - Sensação Estranha
  • 1987 - Na Pancada do Ganzá
  • 1990 - No Meio da Multidão
  • 1993 - Solidão de um Caminhoneiro
  • 1995 - Brasil Tributo
  • 1998 - Caju & Castanha Ao Vivo (Gema)
  • 1999 - As Melhores de Caju & Castanha (Copacabana)
  • 2000 - Vindo Lá da Lagoa (Trama)
  • 2001 - Super Duelo (Polysom)
  • 2002 - Andando de Coletivo (Trama)
  • 2003 - Professor de Embolada (Trama)
  • 2004 - Recado a São Paulo (Trama)
  • 2005 - Embolando no Futebol (Trama)
  • 2005 - Caju & Castanha ao Vivo (Trama)
  • 2006 - Levante a Taça (Trama)
  • 2007 - Professor de Embolada II (Trama)
  • 2008 - 20 Sucessos (Nany CD's)
  • 2009 - Sorria Você Está Sendo Filmado (Nany CD's)
  • 2009 - As 15 Mais (W Disk)
  • 2010 - Festival de Emboladas (Trama)

Videografia

  • 2000 - Programa Ensaio (DVD)
  • 2005 - Caju & Castanha Ao Vivo no Centro de Tradições Nordestinas (DVD)

Fonte: Wikipédia

Didi

VALDIR PEREIRA
(72 anos)
Jogador de Futebol

* Campos dos Goytacazes, RJ (08/10/1928)
+ Rio de Janeiro, RJ (12/05/2001)

Valdir Pereira, mais conhecido como Didi, foi um futebolista brasileiro, bicampeão mundial pela Seleção Brasileira nas Copas do Mundo de 1958 e 1962, que atuava como meia. Eleito o melhor jogador da Copa de 58, quando a imprensa europeia o chamou de "Mr. Football" ("Senhor Futebol"), Didi foi um dos maiores e mais elegantes meio-campistas da história do futebol.

Até surgir o garoto Pelé ele foi o maior jogador de todo o Brasil senão do mundo disputando palmo a palmo o titulo com Di Stéfano por toda a década de 50, Valdir Pereira foi o quarto grande nome a surgir como o grande craque no futebol brasileiro, assumindo o manto de Zizinho, mas por pouco o mundo não foi privado deste artista da bola pois, por muita sorte ele não amputou a perna aos 14 anos quando levou um pontapé no joelho direito, com medo de ser proibido de continuar nas peladas ele escondeu o ferimento e a lesão desenvolveu-se em uma perigosa infecção que o colocou durante meses em uma cadeira de rodas. Dois anos depois estava no Americano de Campos iniciando a carreira mas ficou pouco e no mesmo ano foi para o Lençoense de São Paulo.

"O Principe Etíope de Rancho" era seu apelido, dado por Nelson Rodrigues, ilustre dramaturgo e torcedor fanático do Fluminense. Com classe e categoria, foi um dos maiores médios volantes de todos os tempos, um dos líderes do Fluminense entre o final da década de 1940 e meados da década de 1950 e também do Botafogo, após isso, além de possuir o mérito de ter criado a "Folha Seca". Esta técnica consistia em bater na bola, com o lado externo do pé, de modo a fazê-la girar sobre si mesma e modificar sua trajetória. Ela tem esse nome pois esse estilo de cobrar falta que dava à bola um efeito inesperado, semelhante ao de uma folha caindo, fugia do esperado. O lance ficou famoso quando Didi marcou um gol de falta nesse estilo contra a Seleção do Peru, nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 1958.

Além da particularidade da "Folha Seca", Didi também é conhecido como a primeira pessoa a chamar o jogo de jogo bonito.

Na Copa do Mundo de 1970 seria o técnico da Seleção do Peru, classificando o país para a sua primeira Copa do Mundo desde a de 1930, na derrota para a Seleção Brasileira por 4 a 2.

No Fluminense, Didi jogou entre 1949 e 1956, clube pelo qual jogou mais tempo sem interrupções, tendo realizado 298 partidas e feito 91 gols, sendo um dos grandes responsáveis pela conquista do Campeonato Carioca de 1951 e da Copa Rio de 1952. Também fez, em 16 de junho de 1950, o primeiro gol da história do Maracanã pela Seleção Carioca Juvenil, defendendo o seu clube do coração, num jogo contra a Seleção Paulista. Liderou a Seleção Brasileira na conquista do Campeonato Pan-Americano de Futebol, disputado no Chile, na primeira conquista relevante da Seleção Brasileira no exterior, tendo jogado ao lado de Castilho, Waldo, Telê Santana, Orlando Pingo de Ouro, Altair, Pinheiro, entre outros.

Didi foi campeão mundial, já atuando pelo Botafogo, clube pelo qual também acabou se apaixonando. No alvinegro, era o maestro de um grande elenco. Jogou ao lado de Garrincha, Nílton Santos, Zagallo, Quarentinha, Gérson, Manga e Amarildo. O Botafogo foi o clube pelo qual Didi mais disputou partidas: fez 313 jogos e marcando 114 gols. Foi campeão carioca pelo clube em 1957, 1961 e 1962 e também venceu o Torneio Rio-São Paulo de 1962, mesmo ano em que venceu o Pentagonal do México e, no ano de 1963, o Torneio de Paris.

Chegou a jogar no famoso time do Real Madrid, ao lado do craque argentino Di Stéfano e do húngaro Puskas, mas teria sofrido um boicote na equipe, segundo se comenta, que teria partido de Di Stéfano.

Em 1964, Didi foi transferido ao São Paulo, porém a equipe paulista não tinha grandes jogadores e estava empenhada em terminar a construção do seu principal patrimônio, o Estádio do Morumbi. Sendo assim, Didi começou a pensar na aposentadoria.

No começo de 1981, Didi chegou a ser o técnico do Botafogo, mas foi substituído do cargo durante o ano, tendo sido ele um dos técnicos do Fluminense na fase que o time tricolor era conhecido como a Máquina Tricolor, pela qualidade excepcional de seus jogadores.

Morte

Didi morreu em decorrência de complicações provocadas por um câncer, no Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio de janeiro, a centenas de metros do Maracanã.

O ex-jogador foi internado em 25/04/2001, com dores na barriga, sem saber que estava com câncer. Foi submetido a uma cirurgia de emergência três dias depois, devido a um quadro de obstrução intestinal, retirando parte da vesícula e do intestino.

Em estágio avançado, a doença comprometia o fígado, diafragma e colo. Não se recuperou mais. Sendo sedado, só respirava com a ajuda de aparelhos.

O velório ocorreu na sede do Botafogo, em General Severiano, Zona Sul. O enterro foi de manhã no Cemitério São João Batista. A Confederação Brasileira de Futebol ficou de arcar com os custos.

Embora não fosse rico, Didi levava uma vida mais confortável do que muitos ex-jogadores. Morava com a mulher, Guiomar, na Ilha do Governador, Zona Norte.

"O sonho dele era ensinar algum garoto a fazer a 'folha seca'. Didi reclamava que não via mais ninguém fazer isso", disse, no hospital, o presidente da Associação de Garantia ao Atleta Profissional (AGAP), Nilo Chaves de Oliveira. Numa homenagem planejada desde antes da morte de Didi, a AGAP inaugurou em junho de 2001, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste, um centro esportivo com o nome de Valdir Pereira.

"Era um cara legal, foi muito amigo do meu pai", disse no Hospital Pedro Ernesto, Maria Cecília dos Santos Cardoso, filha do ex-ponta-direita Garrincha, bicampeão com Didi pelo Brasil e seu companheiro no Botafogo.

Garrincha e Didi
Títulos Como Jogador

Fluminense
  • 1952 - Copa Rio
  • 1951 - Campeonato Carioca
  • 1950 - Taça General A. Odria (Universitario de Sucre X Fluminense)
  • 1950 - Taça Embajada de Brasil (Universitario de Sucre X Fluminense)
  • 1951 - Taça Secretário da Viação de Obras Públicas da Bahia (Bahia X Fluminense)
  • 1952 - Taça Cinquentenário do Fluminense (Copa Rio - Fluminense X Corinthians)
  • 1952 - Taça Milone (Copa Rio - Fluminense X Corinthians)
  • 1952 - Taça Adriano Ramos Pinto (Copa Rio - Fluminense X Corinthians)
  • 1952 - Torneio José de Paula Júnior (Quadrangular de Belo Horizonte)
  • 1953 - Copa das Municipalidades do Paraná
  • 1954 - Taça Desafio (Fluminense X Uberaba)
  • 1956 - Taça Presidente Afonsio Dorazio (Seleção de Araguari-MG X Fluminense)

Botafogo
  • 1957 - Campeonato Carioca
  • 1961 - Campeonato Carioca
  • 1962 - Torneio Rio-São Paulo
  • 1962 - Campeonato Carioca
  • 1962 - Torneio Pentagonal do México
  • 1964 - Torneio Jubileu de Ouro da Associação de Futebol de La Paz
  • 1964 - Torneio do Suriname
  • 1964 - Torneio Governador Magalhães Pinto

Real Madrid
  • 1959 - Taça dos Campeões Europeus (Atual Liga dos Campeões da UEFA)
  • 1959 - Troféu Ramón de Carranza
  • 1960 - Taça dos Campeões Europeus (Atual Liga dos Campeões da UEFA)

Seleção Brasileira
  • 1952 - Campeonato Pan-Americano de Futebol
  • 1955 - Taça Oswaldo Cruz
  • 1955 - Taça Bernardo O'Higgins
  • 1956 - Copa Atlântica
  • 1958 - Copa do Mundo
  • 1958 - Taça Oswaldo Cruz
  • 1961 - Taça Oswaldo Cruz
  • 1961 - Taça Bernardo O'Higgins
  • 1962 - Copa do Mundo
  • 1962 - Taça Oswaldo Cruz

Títulos Como Treinador

Sporting Cristal
  • 1968 - Campeonato Peruano

Fenerbahçe
  • 1973-74 e 1974-75 - Campeonato Turco
  • 1974-75 - Supercopa da Turquia

Fluminense
  • 1975 - Campeonato Carioca
  • 1976 - Torneio Viña del Mar

Botafogo
  • 1975 - Taça Guanabara

Cruzeiro
  • 1977 - Campeonato Mineiro


Prêmios Individuais

  • 1955 - Prêmio Belfort Duarte
  • 1958 - Bola de Ouro da Copa do Mundo FIFA
  • 1958 - All-Star Team (Craque do time das estrelas da Copa do Mundo FIFA)
  • 1962 - All-Star Team (Craque do time das estrelas da Copa do Mundo FIFA)
  • 1999 - 7º Maior jogador Brasileiro do século XX pela IFFHS
  • 1999 - 18º Maior jogador Sul-Americano do século XX pela IFFHS
  • 1999 - 19º Maior jogador do Mundo no século XX pela IFFHS
  • 1999 - 100 Craques do Século - World Soccer
  • 2000 - 25º Maior Jogador do século XX pelo Grande Júri FIFA


Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio

Elisinha Coelho

ELISA DE CARVALHO COELHO
(92 anos)
Cantora

* Uruguaiana, RS (01/03/1909)
+ Volta Redonda, RJ (2001)

Elisinha Coelho nasceu em Uruguaiana, RS, e era filha do tenente do exército Marcelino Coelho e Acelina Piernard de Carvalho. Toda a família morava no Rio Grande do Sul e transferiu-se para o Rio de Janeiro por conta da carreira de Elisinha. Sua mãe, Acy Carvalho, escritora e jornalista, foi responsável pela seção feminina de O Jornal, do Rio de Janeiro.

Elisinha passou a infância e a adolescência em Florianópolis, considerando-se por isso catarinense. Casou-se pela primeira vez com Flávio Goulart de Andrade, filho do senador Eusébio Goulart de Andrade. Casou-se pela segunda vez com José Inácio da Costa Couto, que era croupier de um casino. Conheceram-se numa tournée e ela abandonou a carreira. Ela era mãe mãe do apresentador e jornalista Goulart de Andrade.


Elisinha costumava cantar acompanhando-se ao piano em reuniões na casa da família, no Rio de Janeiro. Em 1929, um coronel amigo de seu pai e diretor da Rádio Clube do Brasil (hoje Mundial) convidou-a para cantar na emissora.

Em 1930, levada por Josué de Barros, gravou seu primeiro disco na RCA Victor, com "A Minha Viola é de Primeira" e "Capelinha de Melão", sambas de Tia Amélia. Seu segundo disco continha os sambas "Escrita Errada" (Joubert de Carvalho) e "Iaiazinha" (Plinio Brito). Em fins de 1930, convidada por Hekel Tavares, interpretou canções do compositor numa série de recitais na Bahia e outros Estados do Nordeste. A cantora recebeu do compositor Hekel Tavares o título de "O Pássaro Cantor".

Em 1931, Ary Barroso convidou-a para gravar seu samba-canção "No Rancho Fundo". Essa gravação, realizada nos estúdios da RCA Victor com o próprio Ary Barroso ao piano e Rogério Guimarães no violão, projetou nacionalmente a intérprete.

Elisinha Coelho gravou mais músicas de Ary Barroso como "Terra de Iaiá" e "Batuque" (1931), em dueto com Sílvio Caldas, e "Tenho Saudade" e "É Bamba". Em 1932, a canção "Primeiro Amor" e o samba-canção "Palmeira Triste", entre outras.

Atuando em diversas emissoras, para o carnaval de 1933 gravou as marchas "Coração de Picolé"(Paulo Neto de Freitas) e "Fon-fon" (Heitor dos Prazeres). Em 1934 fez suas últimas gravações, com destaque para um disco na RCA Victor em que, acompanhada dos Irmãos Tapajós interpretou "Dança Negra" (Hekel Tavares e Sodré Viana) e, do outro lado, "Humaitá", folclore recolhido por Hekel Tavares, e "Biá-tá-tá" (Hekel Tavares e Jaime D’Altavilla), e para outro clássico, o samba-canção, "Caco Velho" (Ary Barroso), seu único disco na Odeon.

Sua discografia compõe-se de 15 discos com 30 músicas, sendo 11 de autoria de Ary Barroso. Em 1935 e 1936, apresentou-se no Uruguai e na Argentina. Em 1938 foi atriz e cantora na peça "Malibu", de Henrique Pongetti, encenada pela Companhia de Raul Roulien.

Apresentou-se no Cassino da Urca, onde também fez duetos com astros internacionais como Pedro Vargas e Jean Sablon e onde, em 1939, ensinou Josephine Baker a cantar em português o samba "O Que é Que a Baiana Tem?" (Dorival Caymmi). Logo depois, deixou a carreira artística.

Em 1989, a gravadora Revivendo lançou o LP "No Rancho Fundo", com interpretações de Elisinha Coelho, Jesy BarbosaSílvio Caldas e Breno Ferreira.

A carreira de Elisinha Coelho foi curta. Estreou profissionalmente em 1930 e em 1934 já abandonava os palcos, mesmo fazendo muito sucesso no rádio, no teatro e no cinema.

Fonte: Cifra Antiga e A Minha Rádio

Glória Magadan

MARIA MAGDALENA ITURRIOZ Y PLACENCIA
(81 anos)
Autora de Novelas

* Havana, Cuba (1920)
+ Miami, EUA (27/06/2001)

Maria Magdalena Iturrioz y Placencia, mais conhecida como Glória Magadan  foi uma autora de telenovelas cubana radicada no Brasil.

Para que a história da telenovela no Brasil seja contada e compreendida, é essencial que se escreva nela o nome de Glória Magadan. A escritora, nascida em Cuba, foi a mais importante novelista da década de 60, essencial no início do gênero, tornando-se a mulher mais poderosa da televisão da época.

Se Janete Clair foi a consolidação do gênero, Glória Magadan foi o seu alicerce. Suas histórias folhetinescas eram desprovidas de qualquer bom senso ou apego à realidade. Era a ilusão, a fantasia e o sonho na forma bruta, às vezes grotesca. Distanciados da realidade brasileira, os folhetins da autora traziam histórias mirabolantes e exóticas, que podiam ter como cenário o deserto do Saara, o Japão medieval, a corte francesa do século XVIII. Amarradas de forma consistente, mas longe de uma lógica narrativa, as suas aventuras fascinaram o então incipiente público das telenovelas, fazendo da TV Globo uma máquina de produção do gênero, assegurando a audiência que necessitava na época que se lançou como a mais nova emissora de televisão do Brasil.

A Rainha Louca (Rubens de Falco e  Nathália Timberg)
Após a Revolução Cubana de 1959, Glória Magadan se refugiou em Porto Rico, onde conseguiu emprego na estação de TV local Telemundo e acabou sendo contratada pela agência publicitária da Colgate-Palmolive para desenvolver telenovelas patrocinadas pela empresa. Pouco depois foi enviada para trabalhar na Venezuela, e em 1964, foi tranferida para o Brasil para produzir telenovelas. Ainda em 1964, auxiliada por Walter George Durst e por Daniel Más, iniciou a produção de telenovelas para a TV Tupi.

São desta época tramas como Gutierritos, o Drama dos Humildes, A Cor de Sua Pele e A Outra. No final de 1965 foi contratada pela TV Globo do Rio de Janeiro, onde desenvolveu novelas exóticas e super-produções.

Em 1966, reescreveu em uma nova versão a novela Eu Compro Esta Mulher, que a própria autora escrevera em 1960 para a Telemundo. Esta nova versão foi vendida para uma TV da Argentina em 1968. Ainda fez O Sheik de Agadir (1966), A Sombra de Rebeca (1967) entre outras.

Em 1967, após o fracasso de Anastácia, a Mulher sem Destino, Glória Magadan convida a autora Janete Clair, que estava realizando Paixão Proibida pela TV Tupi para escrever o final da trama.

Glória Magadan acumulava a função de escritora, supervisora e produtora de novelas na TV Globo. Com o acúmulo de funções, pediu para que Janete Clair continuasse trabalhando na emissora, o que abriu caminho para que Janete Clair fizesse sucesso com suas próprias tramas, desbancando as novelas de Glória Magadan. Isso gerou atrito entre as duas autoras. Glória Magadan acusou o diretor Daniel Filho de prestar maior atenção às produções de Janete Clair e isso levou o diretor a pedir demissão da emissora. Glória Magadan também proibiu que Janete Clair se comunicasse diretamente com o elenco.

Em 1968, a TV estava mudando. A TV Excelsior e TV Tupi investiam em novos meios para a teledramaturgia. A TV Excelsior, aproveitando-se da história do Brasil, realizou novelas como O Tempo e o Vento e A Muralha. A TV Tupi investiu em temas modernos, como em Beto Rockfeller e Nino, o Italianinho, enquanto na TV Globo a ordem era continuar baseando-se em clássicos da literatura mundial.

O Sheik de Agadir (Yoná Magalhães e Amilton Fernandes)
Mas a audiência global continuava a declinar, e em meados de 1969, a administração da  TV Globo decide dispensar Glória Magadan, apesar dos grandes sucessos entre 1966 e 1967. Era preciso renovar, e a TV Globo apostava em uma renovação com o trabalho contemporâneo de Janete Clair.

Dispensada pela TV Globo, Glória Magadan consegue retornar à TV Tupi, onde escreveu a trama de E Nós, Aonde Vamos?, novela em que tentava mudar seu estilo, ao fazer uma trama atual. Após o fracasso de sua passagem pela TV Tupi, foi morar em Miami, lar de muitos de seus compatriotas exilados. Nos Estados Unidos, continuou com sua carreira como escritora, mas agora dando mais destaque aos livros e revistas.

Em 1996, Glória Magadan foi procurada pela Rede Manchete, que a queria escrevendo uma novela. A autora chegou a entregar um projeto chamado Homens Sem Mulher, mas as crises constantes na emissora cancelaram o projeto.

Glória Magadan morreu em Miami no dia 27 de junho de 2001.

Telenovelas

  • 1960 - Yo Compro Esa Mujer - (Telemundo - Porto Rico)
  • 1960 - Yo Compro Esa Mujer (RCTV - Venezuela)
  • 1964 - O Sorriso de Helena (TV Tupi - Supervisão)
  • 1964 - Gutierritos, o Drama dos Humildes (TV Tupi - Supervisão)
  • 1964 - Pecado de Mulher (TV Excelsior - Supervisão)
  • 1965 - Teresa  (TV Tupi - Supervisão)
  • 1965 - O Cara Suja  (TV Tupi - Supervisão)
  • 1965 - A Outra (TV Tupi - Supervisão)
  • 1965 - A Cor de Sua Pele  (TV Tupi - Supervisão)
  • 1965 - Paixão de Outono (TV Globo)
  • 1965 - Um Rosto de Mulher (TV Globo - Supervisão)
  • 1966 - Eu Compro Essa Mulher (TV Globo)
  • 1966 - O Sheik de Agadir (TV Globo)
  • 1966 - O Rei dos Ciganos  (TV Globo - Supervisão)
  • 1967 - A Sombra de Rebecca (TV Globo)
  • 1967 - A Rainha Louca (TV Globo)
  • 1967 - Anastácia, a Mulher Sem Destino (TV Globo - Supervisão)
  • 1967 - Sangue e Areia (TV Globo - Supervisão)
  • 1968 - O Santo Mestiço (TV Globo)
  • 1968 - A Gata de Vison (TV Globo)
  • 1968 - A Grande Mentira (TV Globo - Supervisão)
  • 1968 - Passos dos Ventos (TV Globo - Supervisão)
  • 1968 - Yo Compro Esa Mujer (Argentina)
  • 1968 - Demian, O Justiceiro (TV Globo)
  • 1969 - A Ultima Valsa (TV Globo)
  • 1969 - Rosa Rebelde (TV Globo - Supervisão)
  • 1969 - A Ponte dos Suspiros (TV Globo - Supervisão)
  • 1969 - A Cabana do Pai Tomás (TV Globo - Supervisão)
  • 1970 - E Nós, Aonde Vamos? (TV Tupi)
  • 1972 - El Carruaje (A Rainha Louca) (Televisa - México) 
  • 1977 - Carolina (Eu Compro Essa Mulher) (RCTV - Venezuela)
  • 1990 - Yo Compro Esa Mujer (Televisa - México)
  • 1996 - Homens e Mulheres (Manchete - Projeto)

Fonte: Wikipédia e Virtualia

Francisco di Franco

FRANCISCO DE SOUZA NETO
(62 anos)
Ator e Modelo

☼ São Paulo, SP (07/05/1938)
┼ São Paulo, SP (10/04/2001)

Francisco de Souza Neto, mais conhecido como Francisco di Franco, foi modelo e ator, nascido em São Paulo, SP, no dia 07/05/1938. Em alguns filmes, foi creditado como Francisco de Souza.

O ator Francisco di Franco, foi criado na Rua da Consolação, em São Paulo. O seu pai, Srº Waldomiro, tinha um açougue na Rua da Consolação próximo à Alameda Santos. Todas as noites, depois do trabalho, Francisco di Franco ia paquerar com as empregadas domésticas no Parque Trianon. Dono de um pequeno caminhão, reunia-se com amigos no Bar do Bigode, onde bebiam, comiam pizza e contavam histórias.

Depois de alguns anos, Francisco di Franco se tornou ciclista e ganhou várias corridas junto com o famoso Cláudio Rosa, campeão da 9 de Julho. Mais tarde, Francisco di Franco tornou-se mecânico de automóveis na oficina do Srº Albino. Foi aí que sua vida mudou totalmente.

O ator Mazzaropi foi consertar o carro e ficou impressionado com a aparência de Francisco di Franco: 1,85m de altura, corpo Atlético, boa pinta e muito falante. Mazzaropi o convidou para fazer um teste no cinema.

Fez o seu primeiro filme, "Jeca Tatu" (1959), e não parou mais de atuar. Fez mais de 40 filmes, novelas e seriados.

Francisco di Franco e Lídia Mattos
Foi convidado pelo Pelé para fazer um filme que ele dirigiu, "Os Trombadinhas" (1979).

Na TV Globo atuou em "Bandeira 2" (1971) e na TV Tupi fez "A Viagem" (1975), "Ovelha Negra" (1975) e "Jerônimo, o Herói do Sertão" (1972). Nessa novela, que mais parecia um seriado, ele fez muito sucesso como o protagonista. A história foi Inspirada na radionovela do mesmo nome, feita pela Rádio Nacional, na década de 60. A história, escrita por Moyses Weltman, foi novamente levada ao ar em 1984, pelo SBT. Aí ganhou o nome de "Jerônimo". Francisco Di Franco foi novamente chamado para encabeçar o elenco.

Em 1972, Francisco di Franco, foi eleito o homem mais bonito do Brasil.

Ganhador de vários prêmios, foi convidado pelo diretor italiano Sergio Leone, de "O Dólar Furado" (1965), com Giuliano Gemma, para fazer, na Itália, um filme com Anthony Quinn.

"Até Que a Vida nos Separe" (1999) foi seu último trabalho como ator.

Repentinamente, Francisco di Franco desapareceu das telas de cinema, da televisão e da mídia. Viveu os últimos anos de sua vida na cidade de São Bernardo do Campo, em São Paulo, trabalhando na Prefeitura Municipal.

Francisco di Franco faleceu vítima de Câncer, em São Paulo, SP, no dia 10/04/2001. Ele era solteiro, sem filho e deixou um irmão e uma irmã.

Filmes
  • 1999 - Hans Staden
  • 1999 - Até que a Vida Nos Separe
  • 1984 - Anúncio de Jornal
  • 1984 - Sexo, Sexo, Sexo
  • 1984 - O Filho Adotivo
  • 1983 - A Difícil Viagem
  • 1982 - Tessa, a Gata
  • 1981 - Sexo e as Pipas
  • 1980 - Boneca Cobiçada
  • 1979 - Iracema, a Virgem dos Lábios de Mel
  • 1979 - Os Trombadinhas
  • 1979 - Os Pankekas e o Calhambeque de Ouro
  • 1979 - Mulheres do Cais
  • 1979 - As Borboletas Também Amam
  • 1979 - Os Três Boiadeiros
  • 1979 - Paixão de Sertanejo
  • 1978 - A Força do Sexo
  • 1978 - As Aventuras de Robinson Crusoé
  • 1977 - O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão ... Alberto
  • 1974 - A Noiva da Noite ... Danilo
  • 1974 - O Supermanso
  • 1974 - O Marginal
  • 1973 - Como Evitar o Desquite
  • 1972 - Independência ou Morte
  • 1972 - Um Marido Sem... é Como um Jardim sem Flores ... Ricardo
  • 1971 - Cordélia, Cordélia ... Leônidas
  • 1971 - Quando as Mulheres Paqueram
  • 1971 - Uma Verdadeira História de Amor ... Paulo
  • 1971 - Um Anjo Mau ... Lucas
  • 1971 - Os Devassos
  • 1971 - Pantanal de Sangue ... José Neves
  • 1971 - Um Certo Capitão Rodrigo ... Rodrigo Cambará
  • 1970 - O Pornógrafo
  • 1970 - Balada dos Infiéis ... Fernando Cavalcanti
  • 1970 - Sertão em Festa
  • 1970 - Juliana do Amor Perdido
  • 1969 - O Cangaceiro Sem Deus
  • 1969 - Sentinelas do Espaço
  • 1969 - Meu Nome é Lampião
  • 1968 - O Quarto
  • 1966 - As Cariocas
  • 1966 - O Corpo Ardente ... Marido de Glória
  • 1964 - O Lamparina
  • 1962 - O Vendedor de Linguiças
  • 1961 - Tristeza do Jeca
  • 1960 - As Aventuras de Pedro Malazartes
  • 1960 - Jeca Tatu

Novelas e Minisséries
  • 1984 - Jerônimo ... Jerônimo
  • 1978 - Jorge, um Brasileiro
  • 1975 - A Viagem ... Mauro
  • 1975 - Ovelha Negra ... Chapéu
  • 1972 - Jerônimo, o Herói do Sertão ... Jerônimo
  • Bandeira 2 ... Galileu

Fonte: Wikipédia

Yolanda Pereira

YOLANDA PEREIRA
(90 anos)
Miss Brasil

* Pelotas, RS (16/10/1910)
+ Rio de Janeiro, RJ (04/09/2001)

Era filha de Lídio Alves Pereira e Branca Conceição, foi casada com Homero Souto de Oliveira e do casamento tiveram três filhos.

Foi a primeira brasileira a conquistar o título de Miss Universo, em 1930, embora este título não seja reconhecido oficialmente pela Miss Universe Organization nem tenha qualquer ligação com ele.

A história do título vem dos anos 20 do século passado, quando existia um concurso internacional de beleza nos Estados Unidos chamado International Pageant of Pulchritude (Desfile Internacional de Beleza) e concedia o título de "Miss Universo" à vencedora.

Esta edição de 1930 foi realizada paralelamente no Brasil, criada por brasileiros, ao mesmo tempo da edição norte-americana, que era realizada em Galveston, no Texas. Ele foi motivado por uma revolta de brasileiros com a não-classificação de Olga Bergamini, a brasileira participante do concurso de 1929, o que os levou a criar seu próprio evento. Este concurso, assim como o de Galveston, porém, não faz parte das estatísticas, não é oficializado pelo Miss Universe Organization, nem tem qualquer relação com ele. Oficialmente o Brasil possui apenas duas Misses Universo (assim como os Estados Unidos só possuem sete), Ieda Maria Vargas em 1963 e Martha Vasconcellos, eleita em 1968.

Concurso

A primeira etapa das conquistas de Yolanda, o título de miss Pelotas, foi conquistado através do sufrágio popular, tendo ela sido a candidata mais votada, com 4.202 votos. Em Porto Alegre, concorrendo com as demais candidatas, sagrou-se Miss Rio Grande do Sul, em concurso patrocinado pelo extinto jornal Diário de Notícias.

Na então capital federal, o Rio de Janeiro, embora não alimentasse esperanças de vitória, ela foi escolhida como a Miss Brasil.

O concurso internacional, à parte do de Galveston, foi realizado no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, com o nome de International Beauty Contest.

O país tinha seus jurados em desvantagem, e o resultado final estava na dependência dos jurados europeus, sendo que a favorita era a Miss Portugal. Mas a escolhida foi Yolanda e em agosto de 1930 (algumas fontes indicam o dia 7 de setembro) Yolanda foi proclamada Miss Universo. O parecer da comissão julgadora levou em conta quesitos como beleza, graça, equilíbrio, proporção, formas e distinção. Os jurados também estiveram atentos ao tipo étnico e à visão do conjunto.

O promotor do concurso era o vespertino carioca A Noite, a quem Yolanda concedeu a primeira entrevista, falando de sua surpresa pelo resultado. Disse que não esperava, que não alimentava tal ambição, e que apenas se preocupava com o desejo de desempenhar da melhor maneira possível o papel de Miss Brasil.

Yolanda morreu aos 90 anos em sua casa, no Rio de Janeiro, devido a complicações decorrentes de uma Infecção Respiratória.




Orlando Dias

JOSÉ ADAUTO MICHILES
(78 anos)
Cantor e Compositor

☼ Recife, PE (01/08/1923)
┼ Rio de Janeiro, RJ (11/08/2001)


Orlando Dias, nome artístico de José Adauto Michiles, foi um canto e compositor nascido em Recife, PE, no dia 01/08/1923.

Orlando Dias foi um cantor diferenciado e muito polêmico. Seu principal sucesso foi "Tenho Ciúme de Tudo". Gravou também músicas de apelo bem popular como "Com Pedras na Mão" e "Coração de Pedra".

Cantor, compositor, neto de um violonista e também poeta, de quem herdou a veia artística e iniciou na música. Em meados da década de 1940, casou-se e pouco depois ficou viúvo. Deixou a cidade de Recife definitivamente em 1950.

Sua marca registrada eram suas interpretações cheias de estilo, exageradas, que se constituíam em verdadeiros "happenings" (o lenço branco acenado, gestual teatral, inclusive a mania de se ajoelhar no palco, declamação de versos emocionados e roupas desalinhadas), sendo portanto um dos precursores do que hoje se chama estilo Brega-Romântico.


Em 1938, deu início à carreira participando de um programa de calouros sem sucesso. Logo depois, em outra tentativa na Rádio Clube de Pernambuco, foi mais feliz. Nessa época, costumava imitar o ídolo Orlando Silva.

Na década de 1940, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde conseguiu contrato na Rádio Mayrink Veiga. Voltou ao Recife, por volta de 1946, mas depois da perda da esposa, decidiu voltar ao Rio de Janeiro.

Em 1952, gravou seu primeiro disco pela Todamérica, com o samba "Tive Ciúme" (Almeida Freire) e o bolero "Ainda Não Sei" (Peterpan).

Em 1953 lançou o samba "Não Te Quero Bem Nem Mal" (J. Cascata e Leonel Azevedo).

Em 1954 gravou o fox-trot "Façamos as Pazes" (Luiz de França, Ubirajara Nesdan e Nelson Bastos).


Em 1955 gravou na Mocambo o baião "Perigo de Morte" (Gordurinha e Wilson de Morais). No fim da década de 1950, passou a cantar com o estilo que lhe deu fama.

Em 1959 estreou na Odeon com os boleros "Se Eu Pudesse" (Valdir Machado) e "Nas Tuas Horas de Tristeza" (Cid Magalhães).

Orlando Dias atingiu o auge de sua carreira no início dos anos 1960. Nessa época lançou a guarânia "Minha Serás Eternamente" (Arsênio de Carvalho e Lourival Faissal).

Em 1961, lançou com sucesso o bolero "Tenho Ciúmes de Tudo" (Valdir Rocha).

Em 1962, gravou mais dois boleros de Valdir Machado, compositor do qual gravava composições frequentemente.

Em 1963, lançou o LP "Se a Vida Fosse Um Sonho Bom" (Valdir Machado), trazendo, além da faixa-título, "Beija-me" (Valdir Machado).


Em 1965, lançou para o carnaval o samba "Saravá" (Zilda Gonçalves e Jorge Silva).

Em 1966, lançou LP pela Odeon intitulado "O Ator da Canção", onde se destacaram as músicas "Sonho de Amor" (Arsênio de Carvalho) e "Uma Esmola" (Ramirez), com versão de Pedro Lopes.

Em 1968, lançou o LP "O Atual", também pela Odeon, com destaque para "Amor Desesperado" (Dino Ramos), com versão de Romeu Nunes, e "Perdoa-me" (Manzareno), com versão de Rubem Carneiro.

Em 1973, lançou, pela Odeon, o LP "O Cantor Mais Popular do Brasil", com destaques para "Leva-me Contigo" (Orlando Dias), e "Tu Partiste" (Pedrinho).

Nos anos 1980 passou a viajar pelo interior para divulgar seus discos, apresentando-se em rádios locais.

Fez excursão à Europa e, em 1997, regravou vários sucessos em CD intitulado "Vinte Super Sucessos".

Ao longo de sua carreira, Orlando Dias vendeu cerca de 6 milhões de discos.

Morte

Orlando Dias faleceu no sábado, 11/08/2001, aos 78 anos, vítima de infarto, em sua casa na Ilha do Governador, RJ. Orlando Dias começou a passar mal, por volta das 14h00. Sua irmã, Maria Creuza, tentou levá-lo ao hospital, mas ele não resistiu.

O sepultamento ocorreu no domingo, 12/08/2001, às 10h00, no Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador, RJ.

#FamososQuePartiram #OrlandoDias