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Bertha Rosanova

BERTHA ROZENBLAT
(78 anos)
Bailarina

* Santos, SP (31/08/1930)
+ Rio de Janeiro, RJ (13/10/2008)

Bertha Rosanova nasceu no Rio de Janeiro em 31/08/1930 e era filha única de pais poloneses. Aos 8 anos de idade entrou para a Escola de Danças criada por Maria Olenawa, que foi sua professora.

Entrou para o Corpo de Baile Oficial do Teatro Municial do Rio de Janeiro aos 13 anos de idade através de uma seleção, e despontou como a primeira bailarina do Teatro Municipal aos 15 anos. No Corpo de Baile teve grandes mestres como, por exemplo, Yuco LindenbergIgor SchwezoffMadelene RosayLeonide MassineAurélio MillorsWillam DólarTatiana Lescova e Eugenia Feodorova, que lhe deu o nome artístico Bertha Rosanova.

Trabalhou com Aurélio Millors, William Dólar, Leonid Massine, entre outras figuras importantes do ballet nacional e internacional. Dançou grandes clássicos do repertório tradicional, e ballets especialmente criados para ela. Viajou, dançou no exterior e recebeu vários prêmios e medalhas de ouro.


Após sua apresentação do ballet "Lago dos Cisnes" completo, montado pela primeira vez na América do Sul, recebeu da direção do Teatro Municial do Rio de Janeiro o título de Primeira Bailarina Absoluta, título exclusivo de artistas considerados perfeitos, e inédito no ballet brasileiro.

Primeira Bailarina Absoluta do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Bertha Rosanova recebeu por três vezes a Medalha de Ouro das Associações dos Críticos Teatrais, como melhor bailarina brasileira, em 1948, 1951, e 1959. Sempre com enorme sucesso de crítica e público, Bertha Rosanova excursionou por diversos países da América do Sul, França, África do Norte e Suíça.

Bailarina de inigualável dom artístico permanece como símbolo do ballet brasileiro, "A Magnífica", sem dúvida nossa bailarina maior.


Em 1983, Bertha Rosanova recebeu o Prêmio Pedro Ernesto da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, como gratidão a uma das mais eminentes expressões da dança aqui radicadas.

Bertha Rosanova dirigia e dava aulas na sua própria academia fundada em 1957, e periodicamente ensaiava as bailarinas do Teatro Municipal.

Vítima de câncer nos brônquios e nos pulmões, estava internada desde sexta-feira, 10/10/2008, mesmo dia em que foi homenageada em um grande espetáculo no Teatro Municipal, mas não chegou a ver a homenagem. A bailarina deixou marido, uma filha e dois netos, além de inúmeras admiradoras e alunas de sua escola de ballet.


Artur da Távola

PAULO ALBERTO MORETZSOHN MONTEIRO DE BARROS
(72 anos)
Advogado, Jornalista, Radialista, Escritor, Professor e Político

☼ Rio de Janeiro, RJ (03/01/1936)
┼ Rio de Janeiro, RJ (09/05/2008)

Artur da Távola, o pseudônimo de Paulo Alberto Moretzsohn Monteiro de Barros, foi um advogado, jornalista, radialista, escritor, professor e político brasileiro. Foi um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Era apresentador de um programa de música erudita na TV Senado.

Iniciou sua vida política em 1960, no Partido Trabalhista Nacional (PTN), pelo estado da Guanabara. Dois anos depois, elegeu-se deputado constituinte pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Cassado pela ditadura militar, viveu na Bolívia e no Chile entre 1964 e 1968.

Tornou-se um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e o líder da bancada tucana na assembléia constituinte de 1988, quando defendeu alterações nas concessões de emissoras de televisão para permitir que fossem criados canais vinculados à sociedade civil. No mesmo ano, concorreu, sem sucesso, à prefeitura do Rio de Janeiro. Posteriormente, foi presidente do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) entre 1995 e 1997. Exerceu mandatos de deputado federal de 1987 a 1995 e senador de 1995 a 2003. Em 2001, foi por nove meses Secretário da Cultura na cidade do Rio de Janeiro.

Como jornalista, atuou como redator e editor em diversas revistas, notavelmente na Bloch Editores e foi colunista de televisão nos jornais Última Hora, O Globo e O Dia, sendo também diretor da Rádio Roquette Pinto. Publicou ao todo 23 livros de contos e crônicas.

Artur da Távola apresentava o programa "Quem Tem Medo de Música Clássica?", na TV Senado onde demonstrava sua profunda paixão e conhecimento por música clássica e erudita. No encerramento de cada programa, ele marcou seus telespectadores com uma de suas mais célebres frases:

"Música é vida interior, e quem tem vida interior jamais padecerá de solidão!"

Seu compositor preferido era Vivaldi, a quem dedicou quatro programas especiais apresentando "Le Quattro Stagioni" em sua versão completa e executada pela Orquestra Filarmônica de Berlim. Também exibiu com exclusividade execuções da Orquestra Sinfônica Brasileira no Festival de Gramado nos anos de 2003 a 2007. Foi apresentador de um programa sobre música na Rádio MEC.

Morte

Artur da Távola morreu na tarde de sexta-feira, 09/05/2008, no Rio de Janeiro. A causa da morte, de acordo com a assessoria, foi um problema no coração. Ele já havia sido internado no hospital em 2007 para a colocação de marcapasso.

O corpo de Artur da Távola foi velado às 9:00 hs de sábado, 10/05/2008 na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. O enterro ocorreu às 16:00 hs no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Trabalhos Publicados

  • 1977 - Mevitevendo
  • 1978 - Alguém Que Já Não Fui
  • 1980 - Cada Um No Meu Lugar
  • 1981 - Ser Jovem
  • 1981 - Leilão do Mim
  • 1983 - Do Amor, da Vida e da Morte
  • 1983 - Do Amor, Ensaio de Enigma
  • 1984 - A Liberdade do Ver (Televisão em Leitura Crítica)
  • 1984 - O Ator
  • 1984 - Amor A Sim Mesmo
  • 1985 - Comunicação é Mito
  • 1986 - Calentura
  • 1988 - Maurice Ravel, Um Feiticeiro Sem Deus (Livro)
  • 1991 - Vozes do Rio (Opúsculo)
  • 1993 - Orestes Barbosa (Opúsculo)
  • 1994 - Arte de Ser
  • 1995 - Notícia, Hiper-Realismo e Ética (Opúsculo)
  • 1996 - A Telenovela Brasileira
  • 1996 - Diário Doido Tempo
  • 1996 - Raul de Leôni (Opúsculo)
  • 1996 - Sem Organização Partidária Não há Democracia (Opúsculo)
  • 1996 - Olimpíadas de 2004 (Opúsculo)
  • 1996 - Flamengo, 100 Anos de Paixão (Opúsculo)
  • 1997 - O Viço da Leitura (Opúsculo)
  • 1997 - Monteiro Lobato: O Imaginário (Opúsculo)
  • 1997 - Rio: Um Olhar de Amor
  • 1997 - Centenário da Morte de Brahms (Opúsculo)
  • 1997 - Cem Anos Sem Carlos Gomes (Opúsculo)
  • 1998 - 40 Anos de Bossa Nova
  • 1998 - A Cruz e Sousa em Seu Centenário (Opúsculo)
  • 1998 Mulher (Opúsculo)
  • 1998 - O Drama da Sexualidade Precoce (Opúsculo)
  • 1999 - Liberdade de Ser
  • 1999 - Rui Barbosa, A Vitória das Derrotas (Opúsculo)
  • 1999 - Ataulfo Alves 90 anos (Opúsculo)
  • 1999 - TITO MADI - O Acento Árabe do Canto no Brasil (Opúsculo)
  • 1999 - Trinta Anos Sem Jacob (Opúsculo)
  • 1999 - Nara Leão, o Canto da Resistência (Opúsculo)
  • 1999 - CPIs "Para Não Acabar Em Pizza" (Opúsculo)
  • 2000 - Em Flagrante
  • S/D - Publicação Não Disponível Para o Comércio
  • S/D - Poema Para Palavra


Fonte: Wikipédia

Aroldo Melodia

AROLDO FORDE
(78 anos)
Cantor e Compositor

☼ Rio de Janeiro, RJ (19/04/1930)
┼ Duque de Caxias, RJ (02/07/2008)

Aroldo Forde, mais conhecido como Aroldo Melodia foi um compositor e intérprete de samba-enredo brasileiro.

Aroldo Melodia pode ser considerado o pai de um tipo de puxador de samba: o "enterteiner", um animador de público e da escola, avô dos atuais MC’s (mestres-de-cerimônias na cultura hip-hop). Antes, havia dois tipos: um cantor profissional que, na época de carnaval, defendia um samba-enredo na avenida, Jamelão, Jorge Goulart, Elza Soares, Pery Ribeiro, Marlene, Roberto Ribeiro, e um sambista da comunidade, que dava a largada nas primeiras viradas do samba no desfile, Noel Rosa de Oliveira no Salgueiro, Garganta de Ferro na Vila Isabel, Silvinho do Pandeiro na Portela.

É neste cenário que chega Aroldo Forde, apelidado "Melodia" graças ao vozeirão e a pecha de compositor moldada nas rodas de samba e gafieiras da Ilha do Governador. Aroldo Melodia passou por diversos blocos carnavalescos do outro lado da Baía de Guanabara (Guerreiros da Ilha e Boi da Ilha) até chegar à União da Ilha do Governador na época em que desfilava na Praça XI.

Aroldo Melodia foi um dos protagonistas da projeção e da fase áurea que a escola tricolor teve - da segunda metade dos anos 70 até a primeira metade da década de 80 - quando consagrou o estilo bom, bonito e barato de fazer carnaval, apesar de nunca ter conquistado um título no Grupo Especial.


Aroldo Melodia foi responsável por instituir os hoje obrigatórios gritos de empolgação tanto para a escola que desfila quanto para o povo que assiste. Após marcar sua passagem na União da Ilha, Aroldo Melodia também emprestou seu talento à Mocidade Independente de Padre Miguel, Acadêmicos de Santa Cruz, Caprichosos de Pilares, Unidos da Ponte e até na pequena Camisolão, de São Gonçalo. Em 1986, foi contemplado com um Estandarte de Ouro de "Melhor Puxador".

Conhecido pelo grito famoso "Segura a marimba!", foi enredo da Lins Imperial em 2003, intitulado "Segura Marimba, Aroldo Melodia Vem Aí!".

A trajetória de Aroldo Melodia foi interrompida devido a um derrame sofrido logo após o carnaval de 1996, o que obrigou o velho intérprete a andar de cadeira de rodas e se afastar do microfone no desfile principal. Seu último registro fonográfico está presente no CD do Grupo de Acesso de 2006, em que gravou, com Rixxah, a faixa da escola de samba Flor da Idade.

Aroldo Melodia e Jamelão
Morte

Aroldo Melodia faleceu em 02/07/2008, vítima de falência múltipla dos órgãos causadas por insuficiência cardíaca e respiratória. Seu estilo deixou diversos discípulos, entre eles, seu filho Acraílson Forde mais conhecido como Ito Melodia, que começou como apoio de seu próprio pai.

Fonte: Sambario e Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio

Meire Pavão

ANTÔNIA MARIA PAVÃO
(60 anos)
Cantora

* Taubaté, SP (02/06/1948)
+ Santos, SP (31/12/2008)

Cantora, filha do professor de violão, pesquisador de folclore e compositor Teotônio Pavão e irmã de Albert Pavão, intérprete do clássico "Vigésimo Andar", Meire Pavão iniciou a carreira ainda adolescente com o Conjunto Alvorada. Após o casamento Meire Pavão passou a assinar Antonia Maria Pavão Fonyat.

Uma das personagens citadas em "Festa De Arromba", clássico da Jovem Guarda, com Erasmo Carlos, a cantora Meire Pavão paira como um mistério na história do rock brasileiro. Talvez pelo fato de ter desenvolvido a carreira em um período de transição entre o rock (Celly Campello) e a Jovem Guarda (Wanderléa), ela não ganhou a devida valorização.

Meire Pavão (1958)
Meire Pavão começou desde menina a tocar violão e aos 11 anos cantou, pela primeira vez no programa "Grande Ginkana Kibon" da TV Record.

As 13 anos já integrava o conjunto vocal Alvorada criado e dirigido por seu pai. O conjunto formado por quatro garotas começou com a gravação de um compacto-duplo pela Fermata em 1961.

 Em 1963 gravou com o conjunto Alvorada as músicas "Paraná" e "Cidade Sorriso", ambas de autoria de Teotônio Pavão.

Meire Pavão permaneceu no conjunto Alvorada até sua extinção em 1964, onde gravou mais cinco discos e se apresentou em dois programas exclusivos que o Alvorada mantinha: aos sábados na TV Record de São Paulo e aos domingos na TV Paraná de Curitiba.

Em 1964 gravou o primeiro disco solo, um compacto simples com "O Que É Que Eu Faço Do Latim?", versão de Teotônio Pavão para a música "Che Me Ne Faccio Del Latino", de Bertolazzi e Beretta. Essa gravação de Meire Pavão com acompanhamento dos Jet Blacks entrou rapidamente nas paradas de sucesso e tornou a cantora bastante conhecida.

Depois desse primeiro, ela gravou mais três discos até preparar seu LP "A Rainha da Juventude" que foi lançado em 1965 com "Cancei De Lhe Pedir" e "A Mesma Praia, O Mesmo Mar", pela Chantecler.

Meire Pavão recebeu esse título porque foi considerada a cantora jovem mais popular de São Paulo pelo programa de TV "Reino da Juventude" (Record), de Antonio Aguillar. O "Rei da Juventude" pelo mesmo concurso foi Roberto Carlos. No mesmo ano apresentou-se com sucesso em programas de TV no Rio de Janeiro.

Foi nesse início de 1965 que Meire Pavão, já considerada a revelação de 1964 pelas revistas Melodias e Revista do Rock, lançou seu segundo sucesso nas paradas: a versão do sucesso mundial de Petula Clark "Downtown", que recebeu o nome de "Bem Bom". Ao mesmo tempo era eleita "Rainha do Twist" ao lado de Jerry Adriani em concurso promovido pela Revista do Rock.

Meire Pavão (1966)
Cantou e gravou várias vezes com o irmão, Albert Pavão, tendo viajado com este no mesmo ano para os Estados Unidos, onde gravaram um compacto pelo selo Roulette com as músicas "Piqued Head" e "The River Of Jerere", na verdade versões para o inglês de "Cabeça Inchada" (Hervé Cordovil) e "De Papo Pro Ar" (Joubert de Carvalho).

Em 1966 estreou na RCA com o compacto simples "Família Buscapé" e "Robertinho, Meu Bem". No mesmo ano gravou pela Polydor "Depois Que A Banda Passou". No ano seguinte lançou pela RCA o seu segundo LP.

Mesmo se apresentando algumas vezes no programa Jovem Guarda da TV Record, Meire Pavão não teve maiores oportunidades o que a levou a assinar contrato com a TV Tupi do Rio de Janeiro, onde em 1967 chegou a co-apresentar o programa "A Grande Parada" ao lado de Wanderley Cardoso e estrelar um programa humorístico chamado "O Riso Mora ao Lado" com Ema D´Avila, Suely Franco e Brandão Filho. Nessa mesma época gravou pela Polydor o disco "Depois Que A Banda Passou", com acompanhamento da Banda do Canecão, uma marcha-rancho (moda na época), de Ivan Reis, que era uma resposta à "Banda" de Chico Buarque.

Meire Pavão (1968)
De volta a São Paulo, em 1968, Meire Pavão foi para a RGE onde gravou dois discos, o primeiro "Monteiro Lobato", de Albert Pavão e Teotônio Pavão, repetindo a fórmula de "Família Buscapé". Essa música entrou nas paradas e passou a ser prefixo do programa Sítio Do Pica-Pau Amarelo que era produzido por Júlio Gouveia e era levado ao ar pela recém inaugurada TV Bandeirantes. Alem disso, Meire Pavão aceitou um convite da TV Tupi de São Paulo e foi protagonista da novela "Sozinho No Mundo" ao lado de Guto, filho de Moacyr Franco, Vida Alves e Wanda Kosmo.

Em 1969, após temporada na cervejaria Urso Branco, de São Paulo, Meire Pavão se recolheu para recuperar seus estudos vindo em 1970 a ingressar na Faculdade de Sociologia da Universidade de São Paulo.

Afastada da vida artística, contraditoriamente foi nos anos 1970 que Meire Pavão gravou mais discos. Foi quando seu pai e seu irmão Albert Pavão começaram a produzir músicas para crianças com historinhas, a maioria em ritmo de rock, que então era uma novidade. É dessa fase LPs como "O Mundo Maravilhoso De Walt Disney" (1975), "As Mais Belas Lendas Brasileiras" (1976), "Sítio Do Pica-Pau Amarelo" (1976), "Os 13 Mandamentos Da Criança Bacana" (1977), "A Festa Do Bolinha" (1977), "A Discoteca Do Popeye" (1979) e outros mais, a maioria com apoio da dupla vocal Vikings e de Thomas Roth.  

A última gravação de Meire Pavão foi no compacto duplo "Chico Bento" da Polygram, em 1982.  No ano seguinte ela se casaria e se afastava para uma vida tranquila em Santos, SP, ao lado do marido.  


Maior herança para as futuras gerações, seus dois discos ainda inéditos em CD, são fundamentais para compreender um pouco mais da história do rock brasileiro. Neles, ouve-se uma cantora dona de um jeito limpo e quase lírico de cantar, e de um repertório de originais e versões extremamente particular, além dos padrões da época. Na verdade, Meire Pavão aproximava-se mais do estilo de cantoras como Cilla Black, Sandie Shaw, Mary Hopkins ou Lulu, do que das novas estrelas da Jovem Guarda.

Meire Pavão estava afastada da carreira artística há 25 anos desde que se casara e fora constituir família em Santos. A cantora faleceu aos 60 anos, em 31 de dezembro de 2008 vítima de Insuficiência Respiratória decorrente de um câncer.

Canhoto da Paraíba

FRANCISCO SOARES ARAÚJO
(82 anos)
Instrumentista

* Princesa Isabel, PB (19/03/1926)
+ Paulista, PE (24/04/2008)

Foi um violonista e músico brasileiro. Era mais conhecido como Canhoto da Paraíba e também por Chico Soares. Por ser canhoto, tocava com o violão invertido, mas sem inverter as cordas, pois precisava compartilhar o mesmo violão com seus irmãos, destros. Embora fosse filho de pai violonista, não teve a oportunidade de aprender com ele exatamente por ser canhoto. Canhoto aprendeu a tocar sozinho.

Canhoto compôs choros com um "agradável sabor nordestino". Conta a lenda que ao ver Canhoto tocar pela primeira vez, Radamés Gnattali ficou tão impressionado que teria gritado um palavrão e jogado seu copo de cerveja para o teto e que o dono da casa, ninguém menos que Jacob do Bandolim, nunca teria apagado a mancha do teto para lembrar o momento (tudo indica que é apenas lenda).

Pela extinta gravadora Rozenblit, gravou o disco Único Amor, que, recentemente, foi relançado em CD. Canhoto tinha a sensibilidade aguçada. Na ocasião, para acompanhá-lo, escolheu Henrique Annes, violonista de formação erudita que, mais tarde, viria a se tornar um dos maiores violonistas brasileiros. Já o produtor musical do disco foi Nelson Ferreira, grande maestro e arranjador de frevos.

Outros discos de Canhoto da Paraíba foram: Com Mais de Mil (1997), produzido por Paulinho da Viola e Pisando em Brasa (1993), que contou com as participações de Paulinho da Viola e do violonista Raphael Rabello. Junto com Paulinho da Viola, que produziu seu disco O Violão Brasileiro Tocado pelo Avesso percorreu o Brasil no Projeto Pixinguinha, divulgando o choro.


Em 1998 sofreu um Acidente Vascular Cerebral que o deixou com o lado esquerdo do corpo paralisado, ficando assim impossibilitado de prosseguir com sua carreira e, em 2008, após Infarto, morreu aos 82 anos.

Fonte: Wikipédia

Wander Taffo

WANDERLEY TAFFO JÚNIOR
(53 anos)
Guitarrista

* São Paulo, SP (17/05/1954)
+ São Paulo, SP (14/05/2008)

Mais conhecido como Wander Taffo foi um guitarrista e diretor geral da EM&T (Escola de Música e Tecnologia). Ele tocou com Rita Lee e nas bandas Memphis, Made in Brazil, Secos e Molhados, Gang 90 e as Absurdettes, Joelho de Porco, Rádio Táxi e Banda Taffo.

Carreira

Com carreira iniciada com a Banda Memphis em 1973, Wander fundou a banda Rádio Táxi, que fez muito sucesso com a música Eva em 1983. No final dessa década, Wander deixou o grupo e passou a fazer carreira solo, junto com os irmãos Andria Busic e Ivan Busic, lançando o disco Wander Taffo, produzido pelo produtor musical Liminha.

Chegou a receber o Prêmio Sharp de Música na categoria Revelação Pop Rock Masculino por um solo gravado em Los Angeles, em 1989. No ano seguinte, foi eleito melhor guitarrista do Brasil pela crítica especializada.

Com Marcelo Souss nos teclados, formou-se a Banda Taffo, que teve sucesso com seu disco Rosa Branca.

Wander Taffo (Foto: Valéria Gonçalvez - Agência Estado)
Wander participou ainda de diversos discos: Marina Lima (1991), Cássia Eller (1994), Clássicos, de Guilherme Arantes (1994), entre outros. Em 1996, lançou seu terceiro disco solo, Lola, que teve a música Sempre Junto de Você na trilha sonora da novela O Amor Está no Ar, da Rede Globo.

Em julho de 1997, Taffo abriu o Instituto de Guitarra e Tecnologia (IG&T). Assim, paralisou seus projetos musicais, dedicando-se exclusivamente ao projeto. A escola, hoje conhecida como Escola de Música & Tecnologia (EM&T), une alta tecnologia a um centro de conveniência nos moldes do GIT de Los Angeles (Estados Unidos), algo inédito na América Latina, de onde é considerada a melhor escola musical. Em apenas um ano de funcionamento, o IG&T atingiu mil matrículas. Já os irmãos Busic hoje estão no Dr. Sin.

Em 2006, Wander voltou com a sua ex-banda Rádio Táxi, que lançou um DVD marcando a volta da banda. Ele planejava ainda a volta da Banda Taffo para julho de 2008, mas esse projeto foi interrompido por sua morte.

Wander Taffo faleceu na manhã de 14 de maio de 2008 em decorrência de Parada Cardiorrespiratória. Taffo não tinha histórico de problemas de saúde, segundo sua assessoria de imprensa. Ele tinha trabalhado normalmente no dia anterior e morreu enquanto tomava o café da manhã. Deixou esposa e dois filhos.

Fonte: Wikipédia

Fausto Wolff

FAUSTIN VON WOLFFENBÜTTEL
(68 anos)
Jornalista e Escritor

* Santo Ângelo, RS (08/07/1940)
+ Rio de Janeiro, RJ (05/09/2008)

Fausto Wolff começou a trabalhar aos catorze anos de idade como repórter policial e contínuo do jornal Diário de Porto Alegre. De família humilde, mudou-se para o Rio de Janeiro aos dezoito anos.

No Rio de Janeiro, chegou a manter três colunas simultâneas, escrevendo sobre televisão no Jornal do Brasil, sobre teatro na Tribuna da Imprensa e sobre política no Diário da Noite. Suas opiniões polêmicas e independentes também começaram a aparecer na TV, com o Jornal de Vanguarda de Fernando Barbosa Lima a partir de 1963.

Em 1968, atingido pela censura da Ditadura Militar, Fausto Wollf exilou-se na Europa, onde passou 10 anos, na Dinamarca e na Itália. Ainda no exílio, foi um dos editores de O Pasquim, além de diretor de teatro e professor de literatura nas Universidade de Copenhague e Universidade de Nápoles.

Na volta ao Brasil, com a anistia de 1978, trabalhou em jornais como O Globo e Jornal do Brasil, mas em seguida passou a dedicar-se apenas à imprensa independente, em especial a O Pasquim.

Apoiou Leonel Brizola em sua eleição para o governo do estado do Rio de Janeiro em 1982 e, a partir dessa experiência, organizou o volume "Rio de Janeiro, um Retrato: a Cidade Contada por seus Habitantes" (1985), considerado um dos mais completos retratos sociológicos da cidade.

A partir daí, longe do cotidiano das redações de jornais, dedicou-se à literatura, também se responsabilizando pela tradução de algumas obras. Voltou a colaborar para O Pasquim através da reedição do periódico, lançada em 1 de abril de 2002 e rebatizada de Pasquim 21. Em 1999, participou da revista de humor e política intitulada Bundas, onde assinava uma irônica coluna com o pseudônimo de Nataniel Jebão, um colunista social direitista e defensor da corrupção do poder.

Em seus últimos anos, manteve uma coluna diária no Caderno B do Jornal do Brasil.

Prêmios

Fausto Wolff ganhou em 1997 o Prêmio Jabuti, concedido pela Câmara Brasileira do Livro, por seu romance À Mão Esquerda. Voltou a ficar entre os dez finalistas do Prêmio Jabuti em mais duas oportunidades: em 2004 na categoria Poesia e em 2006 na categoria Contos, com A Milésima Segunda Noite. Em 2008 foi finalista do Prêmio Portugal Telecom de Literatura.

Cinema

Fausto Wolff teve também algumas participações no cinema. Em 1977 foi co-roteirista do filme dinamarquês Jorden Er Flad, no qual igualmente foi ator. Fez ainda pequenos papéis em filmes dirigidos por amigos seus - como Tanga (Deu no New York Times?) (1987), do cartunista Henfil, Natal da Portela (1988) e O Viajante (1999), ambos de Paulo César Saraceni.

Morte

Internado em 31 de agosto de 2008 com hemorragia digestiva, morreu por Disfunção de Múltiplos Órgãos, no Rio de Janeiro, em 5 de setembro de 2008.

Fonte: Wikipédia

Dori Edson

ANTÔNIO DORIVAL ANGIOLELLA
(62 anos)
Cantor e Compositor

* São Paulo, SP (26/08/1946)
+ Campinas, SP (26/08/2008)

Antônio Dorival Angiolella, nasceu em 26/08/1947, em São Paulo, no bairro da Liberdade. Iniciou a carreira por volta de 1959 com o nome de Dori Angiolella, assinando contrato com o selo Young, especializado em música jovem e versões.

Em 1960 lançou sua primeira gravação, Danny Boy, lado A de um disco 78 rpm, que trazia no lado B o cantor Marcos Roberto. Este disco também foi lançado em compacto simples de 45 rotações, que estava em teste no Brasil naquele momento. Participou diversas vezes do programa Jovem Guarda, comandado por Roberto Carlos, na TV Record.

Dori Edson, Carlos Bandeira e Marcos Roberto
Em 1966, transferiu-se para a gravadora Continental e lançou um compacto simples com as músicas Veja Se Me Esquece e É Uma Brasa. Entre 1967 e 1968, o conjunto Os Caçulas lançou no disco, que levava o nome do grupo, duas músicas da autoria de Dori Edson e Marcos Roberto: Tente Perdoar e Tudo Isso Só Eu Sei.

Em 1967, já na RGE, lançou seu primeiro Long Play. Nesse mesmo ano, Marcos Roberto lançou seu primeiro Long Play com onze músicas em parceria com Dori Edson.

Nesse período, Dori Edson lançou um compacto duplo pela Continental com as seguintes músicas: O Canguru, Veja Se Me Esquece, Rosa Maria e Dá o Dedinho, todas de sua autoria. No período de lançamento da música O Canguru, Dori Edson e Marcos Roberto ofereceram um prêmio de dois milhões de cruzeiros a quem lhes levasse um canguru vivo, que seria usado para promoção da referida música.

Dori Edson - Long Play (1968)
Em 1968, lançou seu segundo Long Play, com destaque para a música Perto dos Olhos, Longe do Coração, que ficou várias semanas nas paradas de sucesso. Por essa época, Dori Edson tinha 100 composições gravadas em parceria com Marcos Roberto, por diversos artistas da Jovem Guarda, entre os quais, Waldirene (Você Entendeu Meu Olhar), Mário Marcos (O Brinquedinho), Os Caçulas (Tente Perdoar) e Eduardo Araújo (Nunca Mais Adeus).

Em 1973, teve a música Separação, com Jean Pierre, gravada por Jerry Adriani na CBS.

Cantor de voz suave, Dori Edson foi, principalmente, um compositor de grande talento e sensibilidade. Ao lado do parceiro inseparável Marcos Roberto, formaram uma grande dupla de compositores cujas canções traduziam perfeitamente o sentimento do movimento Jovem Guarda. É deles o clássico O Tremendão, música-título do terceiro Long Play de Erasmo Carlos e que pegou como apelido para ele pelo resto da vida.

"Foram Dori Edson e Marcos Roberto que chegaram um dia com esse presente, dizendo: 'Erasmo, nós fizemos uma música pra você e que você vai gostar pra caramba!' Veja que eu já tinha essa personalidade de machão, que era passada para outras pessoas" – lembra Erasmo Carlos.

Como cantor, Dori Edson emplacou poucos sucessos, porém, a juventude brasileira jamais esquecerá músicas como Veja Se Me Esquece, Perto Dos Olhos, Longe Do Coração, Fingimento (1967) e Antigas Namoradas (1973), seu último grande hit.

Faleceu vítima de uma Parada Cardiorrespiratória, no mesmo dia do seu aniversário.


Moisés

MOISÉS MATHIAS DE ANDRADE
(59 anos)
Jogador de Futebol e Técnico

* Resende, RJ (30/11/1948)
+ Rio de Janeiro, RJ (26/08/2008)

Zagueiro de jogo viril e às vezes ríspido, era conhecido como Xerife pelos seus admiradores e como Moisés Paulada pelos adversários. Ficou conhecido por sua frase "Zagueiro que se preza não pode ganhar o Belfort Duarte", ironizando o prêmio que era dado aos jogadores mais disciplinados. Apesar disso, foi expulso poucas vezes em toda a sua carreira.

Começou no Bonsucesso e jogou em todos os grandes clubes cariocas, sendo campeão da Taça Brasil de 1968 pelo Botafogo e campeão brasileiro pelo Vasco em 1974. Conquistou ainda o Campeonato Paulista de 1977 pelo Corinthians. Teve rápida passagem pelo Paris Saint-Germain Football Club. Terminou sua carreira no Bangu, em 1983, imediatamente assumindo como treinador do clube.

Disputou uma partida em 1973 pela Seleção Brasileira de Futebol, quando jogava pelo Club de Regatas Vasco da Gama.

Como técnico do Bangu, foi responsável por alguns de seus grandes momentos, sagrando-se vice-campeão carioca e brasileiro em 1985, em duas decisões polêmicas contra o Fluminense e o Coritiba. Naquela época foi aventada até a possibilidade de treinar a Seleção Brasileira de Futebol.

Foi treinador do Atlético Mineiro e do America do Rio, tendo também trabalhado em Portugal e nos Emirados Árabes. Seu clube mais recente foi a Cabofriense, em 2006.

Em 2009, o Campeonato Estadual de Futebol da Primeira Divisão do Rio de Janeiro contou com uma taça que leva o seu nome. Ela foi disputada pelos 3º e 4º colocados de cada grupo, em semi-finas e finais. As partidas semi-finais foram preliminares às disputadas pela Taça Guanabara.

Apesar do estilo duro em campo, fora dele era conhecido pelo bom humor. Gostava muito de Carnaval e ajudou a fundar o Bloco das Piranhas, no qual jogadores de futebol desfilavam vestidos de mulher por ruas da zona norte do Rio de Janeiro.

Morte

Faleceu na madrugada de 26 de agosto de 2008 vitimado por um Câncer Pulmonar. O corpo do ex-jogador foi enterrado no Cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia

Patrícia Bins

PATRÍCIA DOREEN BINS
(79 anos)
Jornalista, Romancista, Cronista, Tradutora, Artista Plástica e Escritora

* Rio de Janeiro, RJ (29/07/1928)
+ Porto Alegre, RS (04/01/2008)

Filha da inglesa Iris Holliday e do húngaro Andor Ströh, que vêm para o Brasil para se casar, pois os pais não aprovam a união entre pessoas de nacionalidades diferentes.

Durante a infância, fala inglês dentro de casa. Em 1933, passa a estudar numa escola particular inglesa, onde aprende a dançar, a tocar piano e a pintar. No ano seguinte, a família se muda para Belo Horizonte, e Patrícia é matriculada no Colégio Americano.

Escreve seu primeiro poema, O Beijo, em 1937, um soneto que deixa sua mãe assustada por abordar um tema adulto.

Três anos depois, a família se muda para Porto Alegre, e, mais uma vez, a escritora é matriculada no Colégio Americano.

Em 1950, forma-se em artes plásticas na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde conhece seu marido, então seu professor, o arquiteto Roberto Haroldo Bins, com quem teve dois filhos.

De 1968 a 1984, é responsável pelo suplemento cultural do jornal Correio do Povo. Termina sua segunda graduação, em jornalismo, em 1980. Lança, em 1982, seu primeiro livro, O Assassinato dos Pombos, organizado, ilustrado e publicado como presente de Natal por seu marido.

A partir de 1995, escreve com menos freqüência, dedicando-se ao marido doente, que morre dois anos depois (29/01/1997).

Obras

1982 - O Assassinato dos Pombos
1983 - Jogo de Fiar
1984 - Antes Que o Amor Acabe
1986 - Janela do Sonho
1989 - Pele Nua do Espelho
1991 - Theodora
1993 - Sarah e os Anjos
1995 - Caçador de Memórias
1995 - La Piel Desnuda Del Espejo
1996 - O Dia da Árvore
1997 - Pedro e Pietrina
1998 - Receitas de Criar e Cozinhar Vol. 1
1999 - Instantes do Mundo
2001 - Receitas de criar e Cozinhar Vol. 2

Faleceu devido a problemas cardíacos.

Zezé Gonzaga

MARIA JOSÉ GONZAGA
(81 anos)
Cantora

* Manhuaçu, MG (03/09/1926)
+ Rio de Janeiro, RJ (24/07/2008)

Iniciou a carreira aos 12 anos de idade, participando do programa de calouros de Ary Barroso. Apadrinhada por Victor Costa, foi contratada pela Rádio Nacional, passando a integrar em seguida diversos conjuntos vocais, como "As Moreninhas" e os "Cantores do Céu". Zezé chegou a ser a cantora mais tocada da Nacional e tornou-se uma das mais famosas intérpretes da Era do Rádio.

Estrelato e Abandono da Carreira

Estreou em LP no elogiado "Zezé Gonzaga", lançado pela Columbia, em 1956. Dona de uma bela voz soprano, Zezé sempre flertou com a música clássica. Chegou a estudar canto lírico, mas não seguiu carreira porque "o mercado é muito pequeno".

Mas ela deu suas escapadinhas de vez em quando. Na Rádio Nacional, era a preferida do maestro Radamés Gnatalli, de quem vez ou outra cantava temas eruditos, juntamente com obras de Villa-Lobos. Muitas vezes, para cantar sambas, ela baixava o tom da voz, para dar às músicas um caráter mais popular.

Aos 45 anos de idade, desanimada com os rumos que tomava sua carreira, atrelada ao comercialismo da gravadora Columbia (atual Sony Music), Zezé decidiu se aposentar. Passou 3 anos trabalhando numa creche em Curitiba, Paraná.

Recomeço

Um dia, Hermínio Bello de Carvalho - velho fã da época do rádio - reapareceu em sua vida com uma proposta irrecusável: voltar ao Rio para gravar um LP. Mas não um LP qualquer e sim um de canções do velho amigo Valzinho, acompanhadas pelo sexteto de Radamés.

Foi um dos melhores discos do ano (1979), com as honras de ter revelado ao grande público a arte de Valzinho, que morreria meses depois, e de ter provado que Zezé Gonzaga ainda era a mesma. Desde então, não parou mais: fez shows, recitais, viagens. Discos, mesmo, só em participações especiais.

Até que Hermínio voltou a ser seu anjo da guarda. Produziu o excelente CD "Clássicos", em que Zezé canta em dupla com Jane Duboc. A oportunidade de gravar o primeiro CD solo surgiu no início de 2002, quando a cantora mineira fez uma série de apresentações no Paço Imperial, no Rio de Janeiro.

Em uma delas estava a cantora Olivia Hime, dona da gravadora Biscoito Fino. O convite para gravar foi imediato. Assim, nasceu "Sou Apenas Uma Senhora Que Ainda Canta", unindo canções do passado a novas composições, num repertório magnífico, esplendorosamente interpretado.

Zezé também se orgulha de ter muitos fãs entre jovens que conhecem boa música. "Ter uma cantora como Zezé é algo que o Brasil devia aproveitar bem mais. É uma grande referência, nos faz entender melhor quem somos", exalta Roberta Sá, uma das melhores intérpretes da nova geração.

Desde que sua filha de criação morreu, em 1999, Zezé vivia só num apartamento perto da praça da Bandeira, área simples da zona norte do Rio.

A cantora passou seus últimos anos de vida sem gravar ou fazer apresentações. Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 24 de julho de 2008.

Fonte: Wikipédia

Geraldo Casé

GERALDO CÉSAR CASÉ
(80 anos)
Produtor, Compositor, Escritor e Diretor de TV

* Rio de Janeiro, RJ (07/06/1928)
+ Rio de Janeiro, RJ (21/07/2008)

Geraldo César Casé nasceu de uma de família pernambucana. Era filho de Graziela e Ademar Casé, o pioneiro apresentador de rádio brasileiro (Seu pai, Ademar Casé, foi um homem famoso no rádio na década de 40, com o "Programa Casé"), irmão do arquiteto Paulo Casé e do publicitário Maurício Casé, além de pai da atriz Regina Casé.

Acompanhou desde moço seu pai auxiliando-o no Programa do Casé da Rádio Philips, onde trabalhou como sonoplasta, operador de áudio e, depois, diretor artístico. Além da Phillips, trabalhou na Rádio Mayrink Veiga e na Rádio Globo. Após algum tempo vai trabalhar também na televisão.

Trabalhou em quase todas as emissoras de televisão da época (TV Tupi, TV Rio, TV Excelsior, TV Continental, TV Educativa e TV Paulista, a um passo de se transformar numa sucursal da Rede Globo). Na área de entretenimento criou o programa de auditório Um Instante, Maestro, em que Flávio Cavalcanti apresentava.

Sempre ligado ao público infanto-juvenil criou programas como Teatro de Malasartes e Fantoche estrela. No teatro, dirigiu A fábrica dos sonhos. Mas a maior realização de Casé foi a adaptação das histórias do Sítio do Pica Pau Amarelo, de Monteiro Lobato, para uma série de televisão, entre 1977 e 1986.

Também compôs com Dori Caymmi as músicas da trilha sonora como "A Cuca Te pega", "Rabicó" e "Quindim".

Decorrente de um código de comunicação entre ele e Regina Casé, batizou o nome de um grupo teatral no qual sua filha trabalhava de Asdrúbal Trouxe o Trombone.

Também dirigiu o Setor Artístico da TV Bandeirantes e sua última ocupação era de Diretor Artístico da Divisão Internacional da Rede Globo.

Em 2002 lançou o livro de poesias "Um Dia Fui Pássaro".

Ele morreu, aos 80 anos, de Insuficiência Respiratória, depois de vários dias internado na Clínica São Vicente, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia e Dramaturgia Brasileira - In Memoriam



J.T. Meirelles

JOÃO THEODORO MEIRELLES
(67 anos)
Saxofonista, Arranjador e Compositor

* Rio de Janeiro, RJ (10/10/1940)
+ Rio de Janeiro, RJ (03/06/2008)

Foi um dos principais nomes do estilo samba-jazz - fusão dos gêneros musicais samba e jazz, que surgiu no Brasil na década de 1960.

Meirelles iniciou sua carreira profissional aos 17 anos, tocando saxofone no conjunto de João Donato. Mudou-se para São Paulo, onde atuou com o pianista Luís Loy.

Aos 23 anos, Meirelles foi o arranjador de canções do disco "Samba Esquema Novo" (1963), do então estreante Jorge Ben, entre as quais "Mas que Nada", o primeiro sucesso de Ben e uma das músicas brasileiras mais gravadas no mundo.

Com a grande repercussão no trabalho com Jorge Ben, Meirelles recebeu convite, por parte do produtor musical Armando Pittigliani, da Companhia Brasileira de Discos (atualmente Universal Music), para integrar o cast de artistas da gravadora. Desta maneira, Meirelles pôde fazer seus próprios discos instrumentais, sem pressões comerciais ou artísticas por parte de gravadora. De volta ao Rio de Janeiro, Meirelles recrutou talentosos músicos ligados à bossa nova - Luiz Carlos Vinhas, Dom Um Romão, Manoel Gusmão e Pedro Paulo - e formou o conjunto instrumental "Os Copa 5", que lançou o álbum "O Som" (1964) e com o qual se apresentou no Bottle's Bar do Beco das Garrafas, executando suas próprias composições.

No ano seguinte, produziu "O Novo Som", com uma formação totalmente renovada, que teve Eumir Deodato, Edison Machado, Roberto Menescal e Waltel Branco.

Depois de 1965, Meirelles passaria um longo período sem compor. O músico voltou a cena somente em 2002, com o lançamento de "Samba-Jazz", com dez novas composições. Em 2005, veio "Esquema novo", com quatro faixas inéditas e regravações de sua carreira.

Em junho de 2008, aos 67 anos, João Theodoro faleceu em decorrência de problemas no estômago.

Fonte: Wikipédia

Badaró

MANÍLIO HAIDAR BADARÓ
(75 anos)
Humorista

* São Paulo, SP (23/04/1933)
+ Lisboa, Portugal (01/11/2008)

Foi um comediante de origem brasileira naturalizado português.

Badaró começou a sua carreira de ator no Brasil, onde nasceu, mas ainda muito novo viajou para Portugal onde se radicou.

Famoso por personagens como o "Chinezinho Lipópó" e ainda pela célebre expressão "Ó Abreu, Dá Cá o Meu", Badaró estava a preparar uma festa para comemorar os seus 50 anos de carreira. "Quero fazer um espectáculo que reúna todos os meus amigos, no Parque Mayer ou no Maria Vitória", um desejo que já não conseguiu cumprir.

Badaró morreu na madrugada do dia 01/11/2008 no Instituto Português de Oncologia de Lisboa, vítima de um Câncer no Estômago, contra o qual lutava há cerca de dois meses.

Badaró estava internado no serviço de Hematologia do Instituto Português de Oncologia de Lisboa desde o dia 18/10. Sofria também de Alzheimer, tendo vindo a perder significativamente a memória. Porém, e apesar da doença, nunca perdeu a boa disposição. Aliás, até costumava brincar com os temas mais trágicos da sua vida.

"Tenho tantos problemas de saúde que já perdi a conta: sofri um enfarte, um AVC, tive um linfoma e agora descobri que tenho mais um câncer e sofro de Parkinson."
(Entrevista ao 24 Horas, no mês de Maio)

A missa de corpo presente foi marcada para 02/11/2008 às 10h30, na Igreja de Paço de D'Arcos. O corpo do humorista, de 75 anos, seguirá depois para a Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, cumprindo assim o desejo do artista, que queria que o seu corpo fosse entregue à ciência.

Fonte: Wikipédia e www.portalsplishsplash.com


Mano Júnior

MANOEL PINHEIRO DE OLIVEIRA JÚNIOR
(29 anos)
Cantor

☼ Ceilândia, DF (1979)
┼ Ceilândia, DF (24/01/2008)

Mano Júnior foi um cantor brasileiro de música sertaneja. Ficou conhecido em 1999, quando apareceu no programa "Domingão do Faustão" com um cartaz pedindo uma oportunidade para apresentar suas músicas na televisão. Mano Júnior era de uma família de músicos, ele cantava música sertaneja, mas, atualmente, trabalhava na Administração da Ceilândia.

Mano Júnior conseguiu emplacar o sucesso "Jura" em rádios de todo o Brasil e assinou contrato com a gravadora Continental, lançando dois álbuns pela gravadora. No retorno ao programa "Domingão do Faustão", fez um dueto com o cantor Leonardo e com a cantora Carla Visi.


Mano Júnior foi encontrado morto na tarde de quinta-feira, 24/01/2008, aos 29 anos, em um quarto do Hotel Manchester, na Cidade Satélite de Ceilândia, cidade próxima a Brasília. De acordo com a polícia, não havia sinais de agressão e, aparentemente, a morte foi natural.

Segundo a família, Manoel Pinheiro estava desaparecido há um dia. "Ele saiu de casa por volta do meio-dia, mas não falou para onde ia. Todo mundo pensou que ele iria trabalhar. Passou o tempo, ele não chegou em casa e todos ficaram desesperados", conta o irmão do cantor.

O delegado Adval de Matos disse que não encontrou nenhum vestígio de violência.

"A porta estava trancada pelo lado de dentro e a chave estava no trinco. A janela estava fechada. O quadro não apresentava nenhuma violência, nenhum sinal de homicídio e sim de morte natural."

Fonte: Wikipédia e G1