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Major Elza

ELZA CANSANÇÃO MEDEIROS
(88 anos)
Militar

* Rio de Janeiro, RJ (21/10/1921)
+ Rio de Janeiro, RJ (08/12/2009)

Major Elza era filha do médico sanitarista Tadeu de Araújo Medeiros, amigo de Alberto Santos Dumont e auxiliar direto de Oswaldo Cruz na campanha contra a febre amarela.

Com os pais, alagoanos aprendeu a atirar ainda na adolescência. Com as governantas alemãs que serviram a sua família na Copacabana da década de 30, aprendeu música e idiomas. Foi à primeira brasileira a se apresentar como voluntária, na Diretoria de Saúde do Exército, para lutar na Segunda Guerra Mundial, aos 19 anos de idade. Embora sonhasse em lutar na linha de frente, teve que se conformar em seguir como uma das 73 enfermeiras no Destacamento Precursor de Saúde da Força Expedicionária Brasileira, uma vez que o Exército Brasileiro, à época, não aceitava mulheres combatentes.

Com a criação do Quadro de Enfermeiras da Reserva do Exército pelo Decreto nº 6097 de 13/12/1943 e dado o pequeno número de enfermeiras profissionais existentes, foram aprovadas as instruções para o Curso de Emergência de Enfermeiras da Reserva do Exército (CEERE), do qual participou, na sua primeira turma, em 1944.

A instrução ministrada pelo Curso de Emergência de Enfermeiras da Reserva do Exército, na cidade do Rio de Janeiro, ocorria em três turnos ao longo do dia: logo cedo pela manhã, no Hospital Central do Exército, havia a prática hospitalar. A partir da 13 horas, instrução teórica no Quartel General do Exército e das 15 horas em diante, ordem unida, no Colégio Militar. Nos outros dias da semana, ocorriam os treinamentos de educação física na fortaleza de São João na Urca e de natação, na Tijuca.

A 25/03/1944, o Boletim Interno nº 70 publicava a relação da classificação intelectual da primeira turma de enfermeiras formadas pelo Curso de Emergência de Enfermeiras da Reserva do Exército. Foram três as primeiras colocadas no curso, todas com o grau de 9,5: Maria do Carmo Correa e Castro, Berta Moraes e Elza Cansanção Medeiros. Elza, por ser a mais nova dentre as três ficou em terceiro lugar na classificação final de curso. Coube a ela, porém, a honra de ser a oradora da turma e mais tarde, quando do envio das tropas brasileiras à Itália, foi ela a primeira convidada para integrar o Destacamento Precursor de Saúde que seguiu para aquele país, em 09/07/1944.

Concluído o Curso de Emergência de Enfermeiras da Reserva do Exército, as ex-alunas foram nomeadas Enfermeiras de 3º classe. Elza, e mais quatro colegas concluintes do curso foram integradas, em 22/04/1944, ao Destacamento Precursor de Saúde que tinha por missão embarcar a 08 de julho com destino à Nápoles, e lá chegando - o que ocorreu a 15 de julho - recepcionar os cinco mil brasileiros do 1º Escalão da Força Expedicionária Brasileira bordo do navio General Mann.

Mas na mesma noite de sua chegada à Nápoles, Elza havia sido informada que os alemães estavam cientes da movimentação brasileira e de que haviam prometido uma festa de boas vindas para a tropa que deveria chegar no dia seguinte. A noite inteira foi feita uma barragem de artilharia antiaérea. O espetáculo era muito bonito, uma vez que os disparos das antiaéreas eram com balas traçantes verde e vermelho.

"Depois de apreciar o espetáculo por algum tempo, resolvi ir deitar-me . Para abafar o barulho da artilharia, coloquei sobre a cabeça o travesseiro e dormi."

Na manhã do dia 16 de julho, deu-se o batismo de fogo da enfermeira Elza. Designada para a seção hospitalar brasileira do 45th Field Hospital, Elza foi incumbida de receber cerca de 300 brasileiros que chegaram baixados do General Mann e que para aquele hospital haviam sido encaminhados. Distribuídos nas várias enfermarias que compunham o 45th Hospital, os pracinhas ficaram também sob os cuidados das enfermeiras e dos médicos norte-americanos. Dado que os brasileiros e os norte-americanos não compreendiam o idioma um do outro, a enfermeira Elza foi também intérprete, tendo seu nome bradado pelos alto-falantes do hospital inúmeras vezes:

"Miss Medeiros, please, ward 5th! Miss Medeiros, Ward 9th!"

De volta ao Brasil, passou os dois anos seguintes viajando e, em 1947, ingressou, por concurso público, no serviço médico do Banco do Brasil, cargo que ocupou nos doze anos seguintes, período o qual se graduou jornalista, recebeu sua carta patente de 2º Tenente, além de vários elogios e medalhas pelo seus serviços de campanha, das quais a de Guerra, a de Bronze, a da Cruz Vermelha Brasileira e a de Santos Dumont. Publicou também seu primeiro livro sobre a odisséia da Força Expedicionária Brasileira nos campos da Itália: "Nas Barbas do Tedesco" (1955).

Por força da lei nº 3160, de 01/06/1957, as enfermeiras voluntárias da Força Expedicionária Brasileira que desejassem poderiam requerer sua reversão ao serviço ativo, no Serviço de Saúde do Exército, no posto de 2º Tenente. Elza, por ocasião da lei é convocada e, a 19/09/1957, reingressa no Exército, ficando adida à Diretoria Geral de Saúde.

De 1957 a 1962 serviu em várias unidades, foi condecorada pelo governo do Paraguai com a medalha Abnegacion y Constancia Honor al Merito, apresentou trabalhos em congressos de Medicina Militar e de Enfermagem e proferiu palestras às turmas de formação da Escola de Saúde do Exército. Em todas as atividades que participou destacou-se pelo profissionalismo e recebeu inúmeros elogios. Como resultado, a 21/09/1962, o Ministro da Guerra resolveu promovê-la ao posto de 1º Tenente Enfermeira, a contar de 25 de agosto daquele ano.

De 1963 a 1965 ficou agregada, a fim de reassumir suas funções no Banco do Brasil. Em janeiro de 1965 passou a disposição do Serviço Nacional de Informações lá permanecendo até junho de 1966. Reverteu uma vez mais ao serviço ativo do Exército em 22/11/1965. A 24 de outubro deste ano foi agraciada com a Medalha do Pacificador. Serviu na Policlínica Central do Exército e na Clínica de Cardiologia. Continuou a proferir palestras na Escola de Saúde e a receber elogios de todos que lhe privam da vida profissional.

Por força do agravamento de seu estado de saúde e de um diagnóstico confirmado de espondilo artrose anquilisante - moléstia adquirida em zona de combate - a 12/04/1976, aos 54 anos, a 1º Tenente Enfermeira Elza foi reformada dois postos acima na hierarquia militar, como Major. Atualmente, neste posto, foi reconhecida como a Decana das mulheres militares do Brasil.

Além de brilhante carreira militar, formou-se em Jornalismo, História das Américas, Psicologia, Parapsicologia, Turismo e Relações Humanas. Com conhecimentos de mecânica, escultura, pintura e tapeçaria, deu a volta ao mundo duas vezes, esteve na Antártida, aprendeu a pilotar ultraleves aos sessenta anos de idade.

Fundou e dirigiu duas revistas e assinou várias colunas em jornais do Rio de Janeiro e de Recife, tendo escrito três livros sobre a sua participação na Segunda Guerra. Apresentou ainda inúmeros trabalhos em congressos de medicina militar, com especial destaque para as Sugestões para a criação de um Corpo Auxiliar Feminino para as Forças Armadas, base para a abertura das Forças Armadas do Brasil à participação das mulheres.

Membro da Academia Alagoana de Cultura, atualmente, dedicava-se à preservação da memória fotográfica da Força Expedicionária Brasileira. Major Elza é detentora de 36 condecorações militares e paramilitares, destacando-se a:

  • Ordem do Mérito Militar - Nos graus de Cavaleiro e Oficial;
  • Medalha de Campanha da Força Expedicionária Brasileira;
  • Medalha do Mérito Tamandaré;
  • Meritorius Service United Plaque (Exército dos Estados Unidos);
  • Medalha de Guerra;
  • Medalha do Soldado Polonês Livre;
  • Medalha Ancien Combatant du Tatre du Operacion du L’Orope - França (única mulher a ser agraciada).

Major Elza faleceu vitima de complicações após uma queda em que o fêmur foi fraturado. O corpo da Major Elza foi cremado após o velório que aconteceu no salão nobre do Palácio Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

Fonte: Rota Aérea

Duse Nacaratti

DUSE NACARATTI
(67 anos)
Atriz

* Cataguases, MG (22/06/1942)
+ Rio de Janeiro, RJ (23/07/2009)

Duse Nacaratti era considerada uma grande dama do teatro brasileiro e musa do teatro besteirol.

Durante sua carreira, Duse pisou nos palcos interpretando diversas peças do dramaturgo Nelson Rodrigues. Ela participou de duas montagens diferentes de "Beijo no Asfalto", uma em 1967 e a outra em 2001. Atuou na versão de Luiz Artur Nunes para "Vestido de Noiva" estrelado por Malu Mader e fez "A Mulher Sem Pecado", na década de 1970.

No cinema, Duse Nacaratii participou dos filmes "Elvis & Madona" (2008); " O Grande Mentecapto" (1989); "Com Licença, Eu Vou à Luta" (1986); "Romance de Empregada" (1987); "Vento Sul" (1986); "Areias Escaldantes" (1985); "Bete Balanço" (1984).

Com poucos trabalhos em televisão e no cinema, Duse dizia que tinha virado uma "proletária do teatro" - dessas que "vivem vendo a geladeira vazia e que andam de ônibus" - nos últimos anos. Mas não trocaria sua carreira por outra e lembrava sempre de uma frase de Rubens Corrêa.

- Ele dizia que não há nada que se compare à felicidade e ao prazer de se estar no palco, nem sexo, nem dinheiro, nem um banho de mar, nem Londres - disse ela em entrevista ao Segundo Caderno, em 2004.

Na TV, Duse Nacaratti atuou em "Desejos de Mulher" (2002); "Brava Gente" (seriado de 2001); do programa "Você Decide" (1992); "Cambalacho" (1986); "Corpo a Corpo" (1984); "Sol de Verão" (1982); do programa "Chico Anysio Show" (1982); do seriado "Ciranda, Cirandinha" (1978).

Em 2007 ela participou do seriado infantil "Sítio do Picapau Amarelo", na Rede Globo, e em 2008 esteve em cartaz no Rio de Janeiro com a peça "A Falecida", de Nelson Rodrigues.

O último trabalho na televisão de Duse, chamada pelos amigos como a "Soberana da Comédia", foi no papel de Tia Saudade, na novela "Negócio da China".

Duse Naccarati morreu na madrugada do dia 23/07/2009, aos 67 anos. A atriz sofreu uma parada cardíaca em sua residência e deu entrada no hospital. Em seguida, teve uma série de paradas cardíacas até que, pela manhã, não resistiu. A causa da morte foi diagnosticada como Insuficiência Respiratória Consequente de Paradas Cardíacas.

A família declarou que aceitou bem a morte da parente, já que ela vinha apresentando uma saúde bem debilitada nas últimas semanas. A atriz estava acompanhada de sua irmã e alguns sobrinhos.

O corpo da atriz foi velado na São João Batista e cremado no Cemitério do Caju.

Fonte: Dramaturgia Brasileira - In Memoriam

Leina Krespi

LEINA PERELMAN DA MATTA
(70 anos)
Atriz

* Rio de Janeiro, RJ (18/12/1938)
+ Rio de Janeiro, RJ (27/05/2009)

Leina Krespi atuou em teatro, cinema e televisão. Os olhos azuis e a vocação para papéis humorísticos começaram a ser notados nos anos 60. Ela atuou em 12 filmes e 16 novelas, entre as quais "Guerra dos Sexos" (1983), "Roque Santeiro" (1985) e "Cambalacho" (1986).

No cinema, Leina Krespi fez filmes como "Amor e Desamor", "Mar Corrente", "Saravah", "As Duas Faces da Moeda", "A Casa Assassinada", "A Casa das Tentações", "Joanna Francesa", "A Queda", "O Ibrahim do Subúrbio", "Lua de Cristal" e "O Viajante".

Em televisão, fez novelas como "A Rainha Louca", "Os Miseráveis", "Pecado Capital", "Te Contei?", "O Sexo dos Anjos", "Bebê a Bordo", "Bambolê", "Corpo Santo", "Cambalacho", "Roque Santeiro", "Transas e Caretas", "Guerra dos Sexos", "Final Feliz", "Jogo da Vida" e "Baila Comigo".

Leina Krespi também atuou em programas humorísticos como o "Planeta dos Homens". Sua última participação na televisão foi na novela "Zazá", em 1997.

Leina Krespi viveu seus últimos anos no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro. No final de 2008 gravou um depoimento para o Memorial Norma Suely.

Leina Krespi faleceu vítima de um câncer de esôfago e fui sepultada no Rio de Janeiro. A atriz deixou duas filhas, Geórgia e Patrícia.

Regina Dourado e Leina Krespi (Roque Santeiro, 1985)
Televisão

  • 1997 - Zazá ... Nilda
  • 1993 - O Mapa da Mina ... Dona Zuleica (Participação Especial)
  • 1992 - Perigosas Peruas ... Ambrósia
  • 1990 - Lua Cheia de Amor ... Robertona
  • 1989 - O Sexo dos Anjos ... Jandira
  • 1988 - Bebê a Bordo ... Vespúcia
  • 1987 - Corpo Santo ... Carminda
  • 1987 - Bambolê ... Maria
  • 1986 - Cambalacho ... Dedé
  • 1985 - Roque Santeiro ... Maria Igarapé (Participação Especial)
  • 1984 - Vereda Tropical ... Violeta
  • 1983 - Guerra dos Sexos ... Semiramis
  • 1982 - Sítio do Pica-Pau Amarelo (Reinações de Narizinho) ... Alga Olga
  • 1981 - Jogo da Vida ... Ilse
  • 1981 - Sítio do Pica-Pau Amarelo (Rapunzel) ... Mãe da Rapunzel
  • 1981 - Baila Comigo ... Carmela
  • 1978 - Sítio do Pica-Pau Amarelo (O Minotauro) ... Aspásia
  • 1975 - Pecado Capital ... Elizete
  • 1975 - Roque Santeiro ... Rosaly
  • 1967 - A Rainha Louca ... Madaleine
  • 1967 - Os Miseráveis
  • 1967 - O Homem Proibido ... Helga


Leina Krespi e Jô Soares (Planeta dos Homens)
Filmes

  • 1966 - Amor e Desamor
  • 1967 - Mar Corrente
  • 1969 - As Duas Faces da Moeda
  • 1971 - A Casa Assassinada
  • 1973 - Joanna Francesa
  • 1975 - A Casa das Tentações
  • 1976 - A Queda
  • 1976 - O Ibraim do Subúrbio
  • 1990 - Lua de Cristal
  • 1999 - O Viajante
  • 2008 - A Guerra dos Rocha


Fonte: Wikipédia

Tavares da Gaita

JOSÉ TAVARES DA SILVA
(84 anos)
Compositor, Percussionista, Gaitista e Desenhista

* Taquaritinga do Norte, PE (10/03/1925)
┼ Caruaru, PE (08/04/2009)

José Tavares da Silva, mais conhecido como Tavares da Gaita foi um compositor, percussionista, gaitista e desenhista brasileiro nascido em Taquaritinga do Norte, PE, no dia 10/03/1925.

Quando criança já participava de bandas de forró, tocando triângulo, reco-reco e ganzá.

Trabalhou como alfaiate, sapateiro e marceneiro, mas teve contato com instrumentos musicais desde criança. Viveu a infância em sua cidade natal, fixando-se em Caruaru a partir de 1957.

Ficou conhecido como Tavares da Gaita na década de 1970, quando encontrou um realejo (realejo, na Região Nordeste do Brasil significa uma gaita feita de folha-de-flandres) numa gaveta. Tornou-se um virtuose do instrumento, inventando uma maneira de tocar gaita invertida de modo que ela soasse como um acordeão.

Tavares da Gaita trabalhou numa companhia de teatro mambembe e criou vários instrumentos para a função. Continuou fabricando seus instrumentos e vendendo-os inclusive para o exterior.

Morte

Tavares da Gaita morreu no dia 08/04/2009, em Caruaru, PE, aos 84 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos. Ele estava em coma na UTI do Hospital Municipal Casa de Saúde Bom Jesus, depois de haver dado entrada no Hospital Regional do Agreste por causa de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico.

Discografia

  • 2003 - Sanfona de Boca

Fonte: Wikipédia

Maria Sílvia

MARIA SÍLVIA CORRÊA MOREIRA
(65 anos)
Atriz

* São Paulo, SP (16/02/1944)
+ Rio de Janeiro, RJ (26/07/2009)

A atriz Maria Silvia Corrêa Moreira, mais conhecida apenas por Maria Silvia, era um dos melhores exemplos de atriz essencialmente de cinema e que só veio para a TV depois de ser consagrada e premiada na telona.

Maria Silvia começou a carreira artística no fim da década de 60, no teatro. Em 1973, ela estreou no cinema, em "Joanna Francesa", sob a direção de Cacá Diegues. Mas, a consagração na Sétima Arte veio em sua segunda produção, "Perdida" (1976), do mineiro Carlos Alberto Prates Correia. No filme, Maria Silvia é Estela, moça simples que se prostitui. A partir daí, a atriz virou musa do cineasta, atuando em todos os seus filmes, como "Cabaret Mineiro", "Noites do Sertão" e "Minas-Texas".

Com extensa filmografia, a atriz atuou em mais 28 filmes, de diretores renomados, como Ruy Guerra, Paulo César Saraceni, Arnaldo Jabor e Walter Lima Jr. O último foi "Desejo" (2005), de Anne Pinheiro Guimarães.

Maria Sílvia estreou na TV no fim da década de 70, já consagrada no cinema e no teatro. Sua primeira novela foi "O Astro" (1977), na TV Globo. Trabalhou, depois, na extinta TV Manchete em "Olho por Olho", "Kananga do Japão"; "A História de Ana Raio e Zé Trovão" e "Amazonia".

De volta à Rede Globo, atuou em "Memorial de Maria Moura" (1994), "Torre de Babel" (1998), "Brava Gente" (2000), "Chocolate com Pimenta" (2003), "Alma Gêmea" (2005) e "Páginas da Vida" (2006), antes de se mudar para Record onde fez "Chamas da Vida" e "Vidas Opostas".

Cinema

1973 - Joanna Francesa
1976 - Perdida
1976 - A Queda
1976 - Gordos e Magros
1976 - Assuntina das Amérikas
1977 - FilhoAnchieta José do Brasil
1977 - Este Rio Muito Louco
1978 - Tudo Bem
1979 - Amor e Traição
1980 - Cabaret Mineiro
1981 - Eu Te Amo
1982 - Luz del Fuego
1983 - Janete
1983 - O Mágico e o Delegado
1984 - Noites do Sertão
1984 - Águia na Cabeça
1984 - Patriamada
1986 - A Ópera do Malandro
1987 - Ele O Boto
1989 - Minas-Texas
1995 - Sombras de Julho
1996 - Como Nascem os Anjos
1998 - Amor & Companhia
2001 - Uma Vida em Segredo
2005 - Desejo

Em 2007, a atriz participou da novela "Vidas Opostas" e, em 2008, das novelas "Chamas da Vida" e "Caminhos do Coração", ambas da Rede Record.

A atriz Maria Sílvia morreu, aos 65 anos, no dia 26 de julho de 2009. No início do ano, a paulistana descobriu um câncer no pulmão, mas perdeu a batalha contra a doença. O velório e o enterro aconteceram no dia seguinte, no Cemitério São João Batista, em Botafogo.

Fonte: Dramaturgia Brasileira - In Memoriam

Waldemar Levy Cardoso

WALDEMAR LEVY CARDOSO
(108 anos)
Militar e Servidor Público

☼ Rio de Janeiro, RJ (04/12/1900)
┼ Rio de Janeiro, RJ (13/05/2009)

Waldemar Levy Cardoso detinha a patente de Marechal do Exército Brasileiro.

Filho de uma judia de origem argelina e de pai descendente de portugueses, Waldemar Levy Cardoso ingressou na vida militar em 1914, no Colégio Militar de Barbacena. Saiu de lá em 1918, aos 17 anos de idade, como Coronel-Aluno, por ter sido o primeiro aluno da turma.

Em 1921 tornou-se Aspirante-a-Oficial da Arma de Artilharia. Sua primeira unidade foi o então 4º Regimento de Artilharia Montado (4º RAM), situado em Itu.

Em 1924 envolveu-se na revolta contra Artur Bernardes, quando foi preso e condenado a dois anos de prisão. Depois de cumprir a pena, o Supremo Tribunal Federal (STF) reviu seu caso e o condenou a mais três anos de detenção. Waldemar Levy Cardoso fugiu da pena e passou alguns anos escondido em Paranaguá, PR, usando nome falso. Anistiado, envolveu-se na Revolução de 30, já como tenente. Foi então promovido a capitão.

Em fevereiro de 1935, matriculou-se na Escola do Estado-Maior, no Rio de Janeiro, concluindo o curso em dezembro de 1937.

Em 1944, como tenente-coronel, seguiu com a Força Expedicionária Brasileira (FEB) para a Itália, para lutar na Segunda Guerra Mundial. Participou da Batalha de Monte Castello ao lado das tropas estadunidenses. Ele seria o co-autor da frase "Senta a Pua!", com o major-brigadeiro Fortunato Câmara de Oliveira, comandante da Esquadrilha Azul. Após a volta da guerra, Waldemar Levy Cardoso permaneceu na ativa do Exército.

Em 1951, foi enviado para a Europa como adido militar às embaixadas do Brasil na França e na Espanha. Retornando ao Brasil em 1953, foi comandar o 2º Regimento de Obuses 105 - Regimento Deodoro em Itu, onde permaneceu até ser promovido a general-de-brigada.

Em 1957, foi nomeado para a chefia do gabinete do ministro da Guerra, general Henrique Teixeira Lott.

Entre 1961 e 1963, foi o comandante da 2ª Divisão de Exército, em São Paulo. Após o Golpe de 1964, assumiu a chefia do Departamento de Provisão Geral (DPG) do Exército.

Passou para a reserva em 1966, com a patente de marechal.

Em abril de 1967, foi nomeado presidente do Conselho Nacional do Petróleo (CNP), cargo que manteve até março de 1969, quando assumiu a presidência da Petrobras. Deixou a presidência em 30/10/1969. Entre 1971 e 1985, foi conselheiro da Petrobras.

No dia 19/01/2008, já com 107 anos, esteve presente à cerimônia comemorativa dos 90 anos do Regimento Deodoro, hoje denominado 2º Grupo de Artilharia de Campanha Leve, unidade que comandou nos anos 50.

Waldemar Levy Cardoso foi durante muitos anos o último brasileiro detentor da patente de marechal.

Waldemar Levy Cardoso faleceu em 13/05/2009 aos 108 anos, no Hospital Central do Exército, vítima de insuficiência respiratória. No saguão principal do Palácio Duque de Caxias (PDC), familiares, autoridades civis e militares estiveram presentes, prestando sua última homenagem.

O sepultamento ocorreu no Cemitério São João Baptista, com todas as honras fúnebres a que fazia jus um Marechal que dedicou toda sua vida à nossa pátria. A guarda da câmara ardente foi composta por Cadetes da Arma de Artilharia da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), a mesma arma à qual pertenceu o Marechal, e também por soldados do 1º Batalhão de Infantaria Motorizado (Escola) - Regimento Sampaio, trajando uniforme histórico da Força Expedicionária Brasileira (FEB).

Seu corpo foi transladado para o cemitério em uma viatura blindada e, no Monumento Nacional aos Mortos da 2ª Mundial, recebeu uma salva fúnebre de 19 tiros, realizada pelo 31º Grupo de Artilharia de Campanha (Escola). Chegando ao local de sepultamento, foi recebido por uma guarda fúnebre do 1º Batalhão de Guardas - Batalhão do Imperador.

Por ter sido o mais antigo militar combatente da Segunda Guerra, o Marechal Waldemar Levy Cardoso detinha o bastão de comando da Força Expedicionária Brasileira.

Fonte: Wikipédia

Giulite Coutinho

GIULITE COUTINHO
(87 anos)
Dirigente de Futebol

* Visconde do Rio Branco, MG (1922)
+ Rio de Janeiro, RJ (04/04/2009)

Presidente do América Futebol Clube (RJ) e da Confederação Brasileira de Futebol.

Presidiu a entidade máxima do futebol brasileiro durante dois mandatos, entre os anos de 1980 e 1986. Esteve à frente da seleção nacional durante a Copa do Mundo de 1982 e tem como símbolo de sua gestão a construção do centro de treinamentos da Confederação, localizado na Granja Comary (nome pela qual é conhecido o centro), em Teresópolis, no Rio de Janeiro.

Em sua homenagem, o América batizou seu estádio, inaugurado em 2000 e com capacidade para 15 mil torcedores, de Estádio Giulite Coutinho.

Coutinho foi um dos maiores críticos da atual gestão da Confederação Brasileira, e, por várias vezes, defendeu que um mesmo presidente não poderia ficar tanto tempo no cargo. O alvo das críticas é o atual presidente Ricardo Teixeira, eleito pela primeira vez em 1989 para dirigir a entidade.

Fora do esporte, Giulite também foi presidente da Associação Brasileira de Exportadores, por ser um empresário no ramo de móveis. Dono de uma empresa de importação e exportação, conhecia o comércio exterior e foi chefe de uma pioneira missão de empresários brasileiros na China.

Mas sua paixão se chamava América. Assim como seus 16 irmãos, era um torcedor fanático, mesmo antes de sair da cidade de Visconde do Rio Branco e se mudar para o Rio, onde morou desde em 1939. Além de torcedor fanático, foi diretor, vice-presidente e presidente nas décadas de 1950 e 60, além de conselheiro do clube.

Após ser submetido a uma cirurgia na boca, o ex-dirigente sofreu uma hemorragia e acabou sofrendo um Ataque Cardíaco. Ele foi cremado no dia 05/04/2009 em uma cerimônia reservada apenas os seus familiares. Em nota, a diretoria da CBF lamentou a morte.

Fonte: Wikipédia

Walter Bandeira

WALTER BANDEIRA
(67 anos)
Cantor e Ator

* Belém, PA (31/08/1941)
+ Belém, PA (02/06/2009)

Walter Bandeira foi um destacado artista paraense.

Cantor, locutor, pintor, ator e professor, surgiu na cena artística na época da ditadura militar, na década de 60. Começou cantando por volta de 1967/68 numa boate chamada Tic Tac e acompanhou o início da carreira de cantoras do primeiro time da MPB, como Fafá de Belém, Jane Duboc e Leila Pinheiro.

Nos anos 70, cantou na Assembleia Paraense. Foi crooner de Guilherme Coutinho e Álvaro Ribeiro. Fez história na noite paraense com o grupo Gema, no bar Maracaibo, ao lado de Nego Nelson, Kzan Gama e Dadadá. Gravou poucos discos. Não nutria ambições maiores de sair de Belém e ganhar o mundo. O universo de Walter Bandeira era o Pará.

Como cantor, Walter Bandeira ficou conhecido como a grande voz do Pará. Walter fez história nos mercados publicitário e do audiovisual, figurando como um dos mais requisitados e prestigiados locutores paraenses. Nos palcos, sua voz e suas performances sempre atraíram grande público. Como ator, participou de várias espetáculos e filmes. Participou do longa-metragem paraense Lendas Amazônicas (1998), ao lado de Cacá Carvalho e Dira Paes.

Nos últimos anos era professor de voz e dicção da Escola de Arte e Dança da Universidade Federal do Pará.

Faleceu após complicações por um câncer no esôfago. Tinha 67 anos de idade.

Fonte: Wikipédia

Emil Rached

EMIL ASSAD RACHED
(66 anos)
Jogador de Basquete

* Vera Cruz, SP (20/06/1943)
+ Campinas, SP (15/10/2009)

Emil Rached foi o mais alto jogador do basquete brasileiro, com 2,20 m. Ficou conhecido do grande público após a sua aposentadoria das quadras, interpretando o "gigante" do grupo Os Trapalhões.

Nasceu em Vera Cruz, SP, mas morava em Campinas quando foi descoberto para o basquete. Começou no Palmeiras e jogou entre 1964 e 1980. Com a seleção brasileira, ganhou duas medalhas: bronze no Mundial do Uruguai (1967), e ouro no Pan de Cali (1971).

Sua formação é em Educação Física. Em 2003 vivia como representante de vendas.


No basquete, ficou conhecido pelo papel de "boi de piranha": atraía os marcadores e os companheiros arremessavam livres. Tinha fama de lento, embora chegasse a marcar 15 pontos por partida, e recebesse diversas faltas, forçando a saída de diversos jogadores de equipes adversárias. Pela Seleção Brasileira, Emil Rached marcou 114 pontos em 18 jogos.

Na televisão, seu papel de gigante mal-humorado e desajeitado entusiasmava o público. Ficou conhecido pelo bordão "Pega no termômetro e verifica!", com o qual respondia à insistente pergunta "Está frio aí cima?".

No cinema, participou dos seguintes filmes: "O Trapalhão Nas Minas do Rei Salomão" (1977), "Os Trapalhões na Guerra dos Planetas" (1978) e "As Aventuras de Mário Fofoca" (1982).

Segundo o Guinness de 1974, Emil Rached era, provavelmente, o homem mais alto do Brasil, com 2,23 m, sendo também considerado o jogador de basquete mas alto do mundo.

Morte

Emil Rached sofria de uma embolia pulmonar e, estava internado havia 10 dias. Faleceu em 15/10/2009 no Centro Médico de Campinas, em Barão Geraldo, após sofrer uma Embolia Pulmonar e quatro paradas cardíacas.

Fonte: Wikipédia

Francarlos Reis

FRANCARLOS REIS
(67 anos)
Ator e Diretor Teatral

* Piracicaba, SP (27/12/1941)
+ São Paulo, SP (08/04/2009)

Ator e diretor, Francarlos Reis formou-se em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) em 1965 e, em seguida, foi estudar no Rio de Janeiro, sonhando em seguir a carreira de diplomata. Mas uma viagem a Londres, em 1969, onde viu o musical "Hair", provocou uma transformação radical em sua vida.

Abandonou os estudos e, como tinha formação também em música, passou a tocar piano numa boate em Copacabana. "Depois de ver 'Hair' eu não sabia mais o que queria fazer da vida, mas tinha certeza de que não seria advogado", contou Francarlos Reis em entrevista concedida em 2008.

Foi tocando piano na noite que recebeu, do ator Armando Bógus, o convite para fazer teste para um musical. Por uma dessas coincidências da vida, era justamente para a montagem de "Hair" no Rio de Janeiro. Francarlos fez o teste numa segunda-feira, na terça já ensaiava como integrante do coro do espetáculo. Nunca mais abandonou o teatro.

Com mais de 60 espetáculos teatrais no currículo, Francarlos Reis iniciou sua carreira em 1970. Quem viu, jamais esquece, por exemplo, da forma como expressava, em atuação a um só tempo contida e intensa, a dor e a indignação de um honesto e apagado funcionário público na peça "Em Moeda Corrente do País", que tinha texto de Abílio Pereira de Almeida, direção de Silnei Siqueira, e lhe valeu uma indicação para o Prêmio Shell.

Cinco anos depois, mais uma interpretação marcante prova a versatilidade de seu talento. No musical "My Fair Lady" ele cantou, dançou e, mais que tudo, brilhou ao dar vida ao '"picareta" Alfred, um divertido bon vivant que é em tudo oposto ao citado funcionário e lhe valia aplausos calorosos do público ao fim de cada apresentação.


Atuou sob a batuta de grandes diretores brasileiros, entre eles José Renato, fundador do Teatro Arena, Jorge Takla, Flávio Rangel, Gianni Ratto, Antônio Abujamra, Fauzi Arap e Silnei Siqueira. Deu vida a personagens criados por Molière, Chekhov, Vianinha, Millôr Fernandes, José Vicente, Gogol, Gorki, Alcides Nogueira, Mário Viana e muitos outros.

Todo ator tem seus trabalhos prediletos, não necessariamente os de maior sucesso de público e crítica. Francarlos Reis tinha o seu, era "Pasolini, Morte e Vida", texto do francês Michel Azama, encenado no Brasil pelo norte-americano Stephan Yarian. Destacava também entre os espetáculos que mais prazer lhe proporcionaram como ator, "O Doente Imaginário", de Molière, dirigido por Silnei Siqueira.

Francarlos Reis atuou, também, em "A Capital Federal" (1972), "Os Órfãos de Jânio" (1981), "O País dos Elefantes" (1989), "O Inspetor Geral" (1994), "Abzoluta!" ( 2002), "Memórias do Mar Aberto: Medéia Conta Sua História" (2004), "Operação Abafa" (2006), dentre outros espetáculos.

Atuou pouco em televisão, fez a novela, "Venha Ver o Sol na Estrada" (1973), sob direção de Antunes Filho, na TV Record. Fez ainda algumas participações em teleteatros na TV Cultura, entre eles "Vestido de Noiva", mais uma vez sob direção de Antunes Filho e participou da série "As Cinco Panelas de Ouro" e do "Senta Que Lá Vem Comédia", ambos também na TV Cultura.


Ainda na televisão, Francarlos Reis chegou a participar da novela do SBT, "Chiquititas" (1997) e da série da TV Globo "Carandiru, Outras Histórias" (2006).

Em 2007, o ator também atuou no filme "Onde Andará Dulce Veiga?", longa dirigido por Guilherme de Almeida Prado, uma adaptação do livro de Caio Fernando Abreu.

Homem de hábitos muito simples e muito querido na classe teatral paulista, ele gostava de encontrar amigos para uma caipirinha no Restaurante Planeta’s. "Não quero chegar ao topo. Sou uma criança com um ideal inatingível: ser gente com todas as letras maiúsculas", declarou ele em uma entrevista.

Entre 2007 e 2008, Francarlos Reis esteve no musical "West Side Story" e anteriormente brilhou no elenco de "My Fair Lady". Participou da peça "A Cabra ou Quem é Sylvia?", dirigido por Jô Soares e ao lado de José Wilker e Denise Del Vecchio.

Aos 67 anos, Francarlos Reis foi encontrado morto por um amigo, em seu apartamento em São Paulo. Ele foi vítima de um infarto fulminante.

Ele estava no elenco do musical "A Noviça Rebelde", encenado no Teatro Alfa, em São Paulo, no papel de Max Detweiler. O espetáculo não interrompeu a temporada e o ator foi substituído por Dudu Sandroni. Francarlos foi homenageado por todo o elenco na sessão do espetáculo que aconteceu um dia após a sua repentina morte.

Em 2010, Francarlos Reis apareceu no longa metragem "A Guerra de Vizinhos" filmado em 2009, sob a direção de Rubens Xavier. No elenco estão também, dentre outros, Eva Wilma, Karin Rodrigues e Vera Mancini.

Andréa Maltarolli

ANDRÉA MALTAROLLI
(46 anos)
Autora de Telenovelas

* Rio de Janeiro, RJ (28/09/1962)
+ Rio de Janeiro, RJ (22/09/2009)

Escreveu novelas como Malhação e foi colaboradora do autor Sílvio de Abreu. Escreveu, em 2008, Beleza Pura, sua primeira e única novela como autora principal. Ela também colaborou com outros programas da TV Globo, como Escolinha do Professor Raimundo e Zorra Total.

Formada em História e em Comunicação Social, Andréa Maltarolli fez sua estreia na televisão um ano após chegar à Rede Globo, em 1995, na primeira fase do seriado Malhação, sendo uma das criadoras deste que tornou-se o maior seriado da televisão brasileira. Permaneceu na equipe de roteiristas até 2002. A partir daí passou a desenvolver outros projetos, entre eles sinopses de novelas.

Em 2005, teve a sinopse da novela Operação Vaca Louca aprovada. A trama, uma comédia rural,que acabou não sendo realizada. Em 2008, Andréa estreou sua primeira novela solo, Beleza Pura, no horário das sete da noite da Rede Globo.

Em setembro de 2009, Andrea Maltarolli faleceu em decorrência de um câncer, no Rio de Janeiro, aos 46 anos de idade.

Na época, Andrea estava preparando uma nova trama, com título provisório de "As Quatro Estações". Com a morte da autora, o projeto foi assumido por Maria Adelaide Amaral.

Fonte: Wikipédia

Anilza Leoni

ANILZA PINHO DE CARVALHO
(75 anos)
Atriz, Cantora, Bailarina, Vedete e Pintora

* Laguna, SC (10/10/1933)
+ Rio de Janeiro, RJ (06/08/2009)

Nascida em Santa Catarina, mudou-se com a mãe e os irmãos para o Rio de Janeiro, após a morte do pai, no fim dos anos 1940. Estudou no Colégio Ruy Barbosa, como aluna interna, até que a mãe adoece, e Anilza deixa os estudos para trabalhar, aos 15 anos, como datilógrafa e secretária. Aos 18 anos, é convidada para trabalhar num espetáculo de variedades, produzido por Renata Fronzi. Adota então o nome artístico de Anilza Leoni, em homenagem ao jogador de futebol Leônidas da Silva.

Nos anos 1950, será uma das maiores vedetes do teatro de revista - o chamado Teatro Rebolado -, participando de espetáculos produzidos por Carlos Machado e Walter Pinto.

Anilza figurou por três vezes na lista das Certinhas do Lalau - uma lista das mulheres mais bonitas do Brasil, elaborada anualmente pelo jornalista Sérgio Porto, nas décadas de 1950 e 1960.

Atuou também no cinema, participando de chanchadas produzidas por Herbert Richers, ao lado de Ankito, Grande Otelo e Wilson Grey.

Em 1961, estreou na extinta TV Tupi do Rio de Janeiro, participando da primeira adaptação televisiva do romance Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado. Também trabalhou em programas humorísticos e musicais - Noites Cariocas e Espetáculos Tonelux (1964). Na TV Globo, participou de várias novelas, com destaque para A Gata Comeu, na qual interpretou Ester, madrasta da personagem Jô (Christiane Torloni).

Nos últimos anos, Anilza Leoni morava sozinha, no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro e continuava trabalhando na televisão e no teatro. Em 1990, recebeu o Prêmio Mambembe.

Nos seus últimos dias de vida, a atriz se preparava para estrear o espetáculo Mário Quintana - O Poeta das Coisas Simples, em São Paulo, ao lado de Tamara Taxman, Monique Lafond, Selma Lopes e Sérgio Miguel Braga.

Faleceu aos 75 anos, em razão de um Enfisema Pulmonar, depois de ficar hospitalizada durante uma semana. Deixou uma filha, Angélica Virgínia (seu outro filho, Claubel, faleceu nos anos 1990), e uma neta, que vivem nos Estados Unidos.

Fonte: Wikipédia

Pedro Luís de Orléans e Bragança

PEDRO LUÍS MARIA JOSÉ MIGUEL GABRIEL RAFAEL GONZAGA DE ORLÉANS E BRAGANÇA E LIGNE
(26 anos)
Administrador de Empresas e Consultor Financeiro,
Príncipe do Brasil e Príncipe de Orléans e Bragança

☼ Rio de Janeiro, RJ (12/01/1983)
┼ Oceano Atlântico, (01/06/2009)

Dom Pedro era o filho mais velho de Dom Antônio João de Orléans e Bragança, príncipe do Brasil, e de Dona Christine de Ligne, princesa de Ligne, e descendente direto de Dona Isabel I, e do Conde d'Eu. Era o quarto na linha de sucessão ao trono do Brasil.

Juventude

Nasceu em 12/01/1983 no Rio de Janeiro, sendo seus tios mais velhos, Dom Luís e Dom Bertrand, celibatários, e após seus próprio pai, era esperado que Dom Pedro viesse a se tornar em seu devido momento o Chefe da Casa Imperial do Brasil e herdeiro da extinta coroa brasileira. Era descendente não apenas dos imperadores brasileiros, mas também dos demais monarcas europeus e colateralmente de Maurício de Nassau, famoso governante holandês do Nordeste brasileiro durante o período colonial.

Com apenas dez anos de idade, era visto ao lado do pai na campanha pela restauração da monarquia durante o Plebiscito de 1993. Os próprios Dom Luís e Dom Bertrand reconheciam que Dom Pedro seria uma melhor opção como futuro imperador caso a opção pela monarquia fosse a mais votada pelos brasileiros, o que acabou não ocorrendo. 6.840.551 brasileiros, ou 13% dos votos válidos, votaram a favor da Monarquia Parlamentarista.

Sendo membro do "Ramo de Vassouras", não tinha direito aos proveitos do Laudêmio de Petrópolis, ao contrário de outro ramo de descendentes da Princesa Isabel que não fazem parte da Família Imperial, e vivia confortavelmente, mas "sem grandes luxos". Não possuía carro e andava de ônibus para se locomover pelo Rio de Janeiro. A respeito de sua condição como príncipe de um trono há muito extinto e da responsabilidade inerente afirmou:

"A gente carrega esse fardo e precisa dar exemplo."

A partir de 1999 tornou-se presidente de honra da Juventude Monárquica e detinha para si os títulos de Grã-Cruz das Imperiais Ordens de Pedro Primeiro e da Rosa.

Pedro Luiz com sua tia Dona Maria Thereza
Vida Adulta

Pedro formou-se em administração de empresas pelo Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC) no Rio de Janeiro e realizou uma pós-graduação em economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Desde 2005, vivia no Luxemburgo, onde trabalhava no Banco Paribas, um dos maiores bancos da Europa, e realizava consultoria financeira em algumas empresas. Também buscava encontrar uma potencial noiva que fizesse parte da realeza, visto que era obrigado a tanto por ser príncipe brasileiro e futuro Chefe da Casa Imperial do Brasil. A respeito de sua vida, declarou em entrevista:

"É normal. Somos cidadãos como os outros, temos que trabalhar para viver."

Era considerado pela maior parte dos monarquistas brasileiros como depositante de "todas as suas esperanças e aspirações" graças ao "vigor da juventude e a seriedade de seu caráter". A seu respeito, Dom Duarte, Duque de Bragança e herdeiro da extinta coroa portuguesa, afirmou:

"É uma pessoa muito inteligente. Tenho as melhores referências dele."

Acidente Aéreo

O príncipe estava retornando para Luxemburgo, onde morava, após visitar a família no Rio de Janeiro, quando desapareceu no acidente aéreo do voo Air France 447, no dia 31/05/2009. Dias mais tarde, seu corpo foi recolhido do mar pela Marinha do Brasil e sua identidade confirmada pelo IML de Recife.

Foi sepultado em 06/07/2009, no jazigo da família, no município de Vassouras, onde também está sepultado seu avô, Dom Pedro Henrique de Orléans e Bragança, ex-chefe da casa imperial do Brasil.

Devido a sua morte, seu irmão Rafael Antônio Maria de Orléans e Bragança o sucede na linhagem dinástica brasileira, visto este ser o quinto membro da linhagem imperial.

Fonte: Wikipédia

João Herrmann Neto

JOÃO HERRMANN NETO
(63 anos)
Político

* Campinas, SP (07/03/1946)
+ Presidente Alves, SP (12/04/2009)

Herrmann estava no seu quinto mandato como deputado federal. Ele assumiu o último mandato em 06/01/2009 após a renúncia do deputado Reinaldo Nogueira (PDT). Antes de se filiar do PDT, Herrmann foi do PMDB, PSB e PPS.

Ele também foi prefeito de Piracicaba no período de 1977-1982. Engenheiro agrônomo, Herrmann nasceu em Campinas. Ele era casado com Jussara Herrmann e deixa cinco filhos.

Aos 63 anos, o deputado federal João Herrmann Neto (PDT-SP) morreu na madrugada de domingo (12/04/2009) em Presidente Alves (397 km a noroeste de SP). Ele passava o final de semana prolongado de Páscoa com a família em sua fazenda, localizada no distrito de Guaricanga.

Os assessores de Herrmann informaram que ele sofreu um choque térmico e edema pulmonar após sair da sauna e mergulhar na piscina. Eles acreditam que Herrmann tenha se sentido mal e batido a cabeça na piscina. No entanto, segundo eles, o IML (Instituto Médico Legal) informou que a causa da morte foi natural.

O corpo de Herrmann foi velado a partir das 18h de 12/04/2009 na Prefeitura de Campinas. O enterro foi marcado para as 9h de amanhã, no Cemitério da Saudade, também em Campinas.

Fonte: www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u549495.shtml

Otto Stupakoff

OTTO STUPAKOFF
(73 anos)
Fotógrafo de Moda

* São Paulo, SP (28/06/1935)
+ São Paulo, SP (22/04/2009)

Otto Stupakoff estudou no Art Center College of Design de Los Angeles (1953-1955), época em que trabalhou como correspondente fotográfico da Revista Manchete.

De volta ao Brasil, em 1957 estabeleceu seu estúdio em São Paulo, atuando no campo da fotografia de moda e da publicidade. Fotografou a construção de Brasília a pedido do arquiteto Oscar Niemeyer.

Foi o percursor da fotografia de moda no Brasil, em 1958, ao fotografar a atriz Duda Cavalcanti, "a pioneira garota de Ipanema", com uma roupa do estilista Dener Pamplona.

"Jamais havia visto uma foto de moda publicada no Brasil, antes de eu fazer a primeira. É incrível, porque já éramos uns 100 milhões de habitantes. Pedi ao Dener um vestido emprestado. Coloquei na mala, peguei um ônibus para o Rio de Janeiro, combinei com minha namorada, Duda Cavalcanti, e fomos para a casa do Heitor dos Prazeres, amigo pintor e sambista, que morava numa casa art noveau. Nesse terraço, coloquei a Duda com o vestido do Dener, que ele havia feito, em 1955. Era um vestido branco e azul-marinho. Nesse dia, no terraço da casa de Heitor, a Duda vestindo Dener, foi feita a primeira foto de moda no Brasil. Essa foto, que fiz para mim, nunca foi publicada."

Em 1965, aos 30 anos e no auge de seu sucesso no Brasil, mudou-se para Nova York e colaborou com diversas publicações, como Life e Look . Além dos editoriais de moda, destacou-se pelos retratos de celebridades, mas também de pessoas anônimas. Seu trabalho foi marcado pela influência de Richard Avedon, seu mestre declarado, de Helmut Newton e da pintura de Balthus.

Stupakoff foi também responsável por centenas de ensaios para grandes revistas, como Vogue, Harper's Bazaar, Cosmopolitan, Elle e Esquire. Instalou-se em Paris, entre 1973 e 1976, onde fotografou para Vogue, Elle e Stern, entre outras publicações. Voltou ao Brasil em 1976, onde permaneceu até 1980. Em 1981, estabeleceu -se em Nova Iorque, tornando-se cidadão americano em 1984.

Recebeu o prêmio especial do júri do Art Directors Club (Paris, 1981) e o DuPont Award (Paris, 1986).

Fotografou várias personalidades como Truman Capote, o ex-presidente norte-americano Richard Nixon, a atriz Bette Davis, Grace Kelly, Jack Nicholson, Sharon Tate, Tom Stoppard, Leonard Cohen, Paul Newman, Sophia Loren, Jorge Amado, Antonio Carlos Jobim, Pelé, Kate Moss, entre outras. Foi um dos primeiros brasileiros a integrar o acervo do Museu de Arte Moderna (Nova Iorque).

Também realizou trabalhos importantes de fotojornalismo. Chegou a ser preso, interrogado e quase morto por soldados do Khmer Rouge, em 1994, ao fotografar as ruínas de Angkor Wat e os killing fields, nas selvas de Battambang. Suas fotos do Camboja foram exibidos na Academia de Ciências de Nova York e leiloadas para arrecadar fundos para as vítimas de minas terrestres.

Foi ao Ártico quatro vezes, e aprendeu com os inuítes a caçar focas com arpão e a construir um iglu.

Otto também foi professor de fotografia na Parsons The New School for Design, em Nova York .

Vivia em São Paulo desde 2005, ano em que, comemorando seus 50 anos de carreira, realizou-se uma exposição retrospectiva de sua obra, no prédio da Bienal, durante a São Paulo Fashion Week. A mostra, denominada Moda sem fronteiras, foi organizada pelos fotógrafos Bob Wolfenson e Fernando Laszlo. Um ano depois, foi lançado o livro Otto Stupakoff, pela editora Cosac & Naify.

Em 2008, sua obra fotográfica - um acervo de aproximadamente 16 mil fotos - foi incorporada pelo Instituto Moreira Salles.

Otto Stupakoff sofria de Alzheimer. Faleceu na madrugada do dia 22/04/2009, em um apart-hotel de São Paulo, dias após o encerramento de uma grande exposição dos seus trabalhos, no Centro Cultural do Instituto Moreira Salles, Rio de Janeiro. Tinha seis filhos, de três casamentos (um deles, com a Miss Universo 1966, Margareta Arvidsson) e onze netos.

Fonte: Wikipédia

Zé Carlos

JOSÉ CARLOS DA COSTA ARAÚJO
(47 anos)
Goleiro

* Rio de Janeiro, RJ (07/02/1962)
+ Rio de Janeiro, RJ (24/07/2009)

Foi um futebolista brasileiro, goleiro do Flamengo nas décadas de 80 e 90. Era membro da Ordem DeMolay, tendo iniciado no capítulo Rio de Janeiro 001 do Brasil e Mater da América Latina.

Carreira

No início de sua carreira, Zé Carlos atuou pelo Americano-RJ e Rio Branco-ES. Entretanto, sua carreira acabou sofrendo uma guinada em 1984, quando o goleiro foi contratado pelo Flamengo.

Entre 1986 e 1991, Zé Carlos foi o goleiro titular do Flamengo e, apesar de nunca ter sido uma unanimidade entre os torcedores, sempre se destacou por realizar defesas impossíveis, de puro reflexo e elasticidade.

Durante as eliminatórias da Copa do Mundo de 1990 atuou em duas partidas e, em seguida, foi convocado para disputar aquela Copa, na reserva de Taffarel e Acácio.

Em 1991, com a chegada de Gilmar, Zé Carlos perde espaço no time do Flamengo e deixa o clube.

Após deixar o Flamengo, teve rápida passagem pelo Cruzeiro e, em seguida, transferiu-se para o futebol português, onde defendeu o Vitória de Guimarães, o Farense, o Felgueiras e o FC Pedras Rubras.

No retorno ao Brasil, em maio de 1996, voltou a atuar pelo Flamengo. No entanto, pouco mais de um ano depois e a falha na final do torneio Rio-São Paulo de 1997, deixou a Gávea pela última vez e foi defender o Vitória.

Antes de sair do Flamengo, Zé Carlos foi o segundo goleiro da história do clube a marcar um gol, em cobrança de pênalti.

Antes de encerrar a carreira, Zé Carlos ainda jogou pelo XV de Piracicaba, América-RJ e Tubarão-SC. tilha 3 ilhos Davi de Abreu Fraga Araújo

Jogos Marcantes

No Campeonato Brasileiro de 1988, logo após retornar de seu compromisso com a Seleção Brasileira depois do término das Olimpíadas de Seul, Zé Carlos reestreou na equipe do Flamengo em uma partida contra o Grêmio e foi aplaudido e chamado de rei pela torcida do Flamengo, pois após sua equipe empatar em 0 a 0 com a equipe gaúcha e a partida ser decidida nos pênaltis (leia o regulamento do Campeonato Brasileiro de 88 para mais detalhes), o goleiro defendeu dois pênaltis e garantiu a vitória do Flamengo por 4 x 2.

Pós-Carreira

Em 2006, Zé Carlos ocupou o cargo de gerente de futebol no América-RJ.

Zé Carlos participou, em 27 de dezembro de 2007, do jogo comemorativo de 20 anos da conquista da Copa União de 1987. Zé Carlos e todos os titulares que venceram a equipe do Internacional no jogo final da Copa União de 87 (com exceção de Jorginho e Bebeto) atuaram contra o Time dos Amigos de Zico.

Morte

No dia 24/07/2009, Zé Carlos morreu devido a um Câncer no Abdômen. Foi sepultado no Cemitério São João Batista no dia seguinte.

Dentre várias homenagens, dois dias depois da morte de Zé Carlos, o amigo e companheiro de equipe no Flamengo e na Seleção Brasileira Andrade, estando interinamente no comando do Flamengo, dedicou ainda em campo e emocionado a primeira vitória do clube sobre o Santos em jogos oficiais dentro da Vila Belmiro ao falecido companheiro. Também foi homenageado pelo goleiro Bruno, que usou uma camisa com seu nome no dia do título de hexacampeão brasileiro do Flamengo(06/12/2009).

Fonte: Wikipédia


Márcio Moreira Alves

MÁRCIO MOREIRA ALVES
(72 anos)
Jornalista e Político

* Rio de Janeiro, RJ (14/07/1936)
+ Rio de Janeiro, RJ (03/04/2009)

Foi um jornalista e político brasileiro, filho do ex-prefeito de Petrópolis Márcio Honorato Moreira Alves. Sua família era proprietária do celebrado Hotel Ambassador, no Rio de Janeiro, onde funcionou o Juca's Bar, ponto de encontro de intelectuais e políticos na década de 1960.

Marcito, como era conhecido, participou em 1965 de uma manifestação promovida por intelectuais e estudantes no Rio de Janeiro em frente ao Hotel Glória, onde se reunia o Conselho da Organização dos Estados Americanos, a OEA. Esta entidade vinha servindo praticamente para facilitar o controle dos governos latino-americanos pelo governo norte-americano. Neste dia, estaria presente para a abertura da reunião o marechal Humberto Castello Branco, presidente imposto pelo golpe militar. Houve a manifestação e a polícia política prendeu várias personalidades. Márcio Moreira Alves não havia sido preso, mas logo correu atrás da kombi da polícia e exigiu seguir junto de seus companheiros de protesto e idéias.

É lembrado como o provocador do AI-5, ao proferir no início de setembro de 1968, como deputado, um discurso no Congresso Nacional em que convocava um boicote às paradas militares de celebração à Semana da Pátria e solicitava às jovens brasileiras que não namorassem oficiais do Exército. Em função deste discurso, o Ministro da Justiça à época enviou à Câmara de Deputados pedido de autorização para que o deputado Márcio Moreira Alves fosse processado. Assim dizia a Constituição, mesmo com todas as limitações: era preciso obter o consentimento da Câmara de Deputados para processar um membro seu. A crise foi se aguçando e por fim em 11 de dezembro de 1968 os deputados votaram o pedido, recusando-o. Foi um momento emocionante, em que todo o plenário da Câmara, após a conclusão da votação, levantou-se e cantaram todos o hino nacional. Em represália, o governo determinou o fechamento (recesso) da Câmara e os deputados tiveram que se retirar atravessando uma ameaçadora e humilhante fileira de soldados. Márcio Moreira Alves estava obviamente "jurado de morte" e teve que rapidamente exilar-se.

Márcio Moreira Alves aderiu ao MDB e foi eleito deputado federal pelo antigo Estado da Guanabara. Inicialmente apoiou o movimento militar de 1964, porém, quando foi proclamado AI-1, ele tornou-se opositor do regime.

Márcio teve seu primeiro emprego aos 17 anos, no Correio da Manhã. Por esse jornal foi correspondente de guerra durante a Guerra de Suez, entre Inglaterra e Egito, que resultou na nacionalização do Canal de Suez. Também foi comentarista da Rede Manchete. Ultimamente, era colunista no jornal O Globo, todavia, devido a um acidente vascular cerebral, afastou-se e acabou falecendo.

Fonte: Wikipédia

Isolda Cresta

ISOLDA DA COSTA PINTO
(79 anos)
Atriz

* Rio de Janeiro, RJ (18/06/1929)
+ Rio de Janeiro, RJ (04/04/2009)

Isolda Cresta, algumas vezes creditada como Isolda Creste, teve participação importante na vida teatral carioca, tendo trabalhado com nomes como Paulo Autran e Procópio Ferreira.

Era formada pela Fundação Brasileira de Teatro (FBT), Escola de Artes Cênicas fundada em 1955 pela atriz Dulcina de Moraes, responsável pela profissionalização de várias gerações de artistas.

Em 1965, Isolda Cresta participava do espetáculo "Electra", com o Grupo Decisão. Em certa tarde, o teatro foi invadido pela polícia que prendeu o autor por incitação contra o regime, cumprindo ordens dos militares. Semanas mais tarde, Isolda Cresta foi detida pela polícia após uma apresentação. Ela foi presa por ter lido, na véspera, um manifesto contra a intervenção na República Dominicana.

Ela participou de importantes trabalhos no teatro, como as peças "Gota D'Água", "Bocage", "Electra", "Romanceiro da Inconfidência", "O Burguês Fidalgo".

No cinema, Isolda Cresta participou dos filmes "Viagem Aos Seios de Duilia" (1964), "A Rainha Diaba" (1974), "O Segredo da Rosa" (1974), "A Noiva da Cidade" (1979) e "O Homem da Capa Preta" (1986).

Na TV, Isolda Cresta participou de "O Bem Amado" (1973), "Escalada" (1975), "Pecado Capital" (1975), "O Feijão e o Sonho" (1976), "Duas Vidas" (1976) e "Bandidos da Falange" (1983) na TV Globo e da minissérie "Capitães da Areia" (1989) na TV Bandeirantes.

Em 2005, participou do vídeo "Chá! Ou Capota Mas Não Breca", ao lado de suas amigas Maria Lúcia Dahl, Maria Regina e Thaís Portinho. O vídeo foi uma produção de Carolina Teresa Zampar, José Marques Neto e Ayrton Luiz Baptista Junior.


Morte

Isolda Cresta faleceu no Hospital Ordem Terceira do Carmo, no centro do Rio de Janeiro, em 04/04/2009, vítima de infarto. Ela tinha 79 anos e deixou uma filha, quatro netos e três bisnetos.


Televisão

  • 1989 - Capitães da Areia
  • 1986 - Tudo ou Nada ... Adalgisa
  • 1984 - A Máfia no Brasil
  • 1983 - Bandidos da Falange ... Mãe de Rita
  • 1979 - Marron Glacê
  • 1976 - Duas Vidas ... Vera
  • 1976 - O Feijão e o Sonho ... Dona Aparecida
  • 1975 - Pecado Capital ... Mafalda
  • 1975 - Escalada ... Serafina
  • 1973 - O Bem-Amado ... Nancy

Cinema

  • 1964 - Viagens Aos Seios de Duília
  • 1965 - Um Ramo Para Luiza
  • 1974 - A Rainha Diaba
  • 1974 - O Segredo da Rosa
  • 1975 - O Monstro de Santa Teresa
  • 1977 - O Desconhecido
  • 1978 - O Namorador
  • 1979 - A Noiva da Cidade ... Dona Chiquinha
  • 1982 - Dôra Doralina
  • 1984 - Amor Maldito
  • 1986 - O Homem da Capa Preta

Fonte: Wikipédia e SP Escola de Teatro

Crodowaldo Pavan

CRODOWALDO PAVAN
(89 anos)
Biólogo e Geneticista

* Campinas, SP (01/12/1919)
+ São Paulo, SP (03/04/2009)

Foi um biólogo e geneticista brasileiro. Foi presidente do CNPq de 1986 a 1990. Foi professor-emérito da Universidade de São Paulo. Em 1978 foi indicado para a Pontifícia Academia das Ciências.

Seu bisavô era um especialista em tintura têxtil e militante anarquista, que foi muitas vezes perseguido e preso na Itália, assim como no Brasil. Quando menino, influenciado pela fábrica de porcelana de seu pai em Mogi das Cruzes, ele pretendia seguir a carreira de engenheiro, mas mudou de idéia quando teve a oportunidade na escola secundária de assistir a uma palestra do médico e professor francês, André Dreyfus.

Após aconselhamento de Dreyfus em 1938, ele se matriculou no curso de história natural da Universidade de São Paulo, e trabalhou na investigação biológica sob a tutela de Dreyfus. Sua tese de doutorado sobre o bagre-cego Typhlobagrus kronci foi concluída na mesma instituição. Em 1942, ele aceitou a posição de professor assistente na Universidade de São Paulo, e rapidamente se tornou professor titular, uma posição que ocupou até sua aposentadoria em 1978.

Em 1942, Pavan se envolveu no projeto pioneiro pesquisa sobre a genética, taxonomia e ecologia de Drosophila, a mosca das frutas, financiado pela Fundação Rockefeller sob a direção do biólogo russo-americano Theodosius Dobzhansky. Este assunto se tornou o interesse de sua vida e da fonte do seu reconhecimento internacional. Em particular o Dr. Pavan introduziu na biologia o estudo da citogenética de Rhynchosciara americana, uma mosca conhecida por seus cromossomos gigantes, facilitando assim a determinação de locus gênicos. Ele e seus colaboradores estavam entre os primeiros a provar que a estrutura dos genes e dos cromossomos não era fixa e podia ser alterado por infecções.

Em 1966, o Dr. Pavan aceitou um convite do Laboratório Nacional de Oak Ridge, EUA, para criar um laboratório de genética celular. Em 1968, ele aceitou um convite para se tornar professor na Universidade do Texas em Austin, EUA. Retornou ao Brasil em 1975, e, depois de se aposentar oficialmente de seu cargo na Universidade de São Paulo, ele aceitou a posição de professor titular na recém fundada Universidade Estadual de Campinas, trabalhando como diretor do Instituto de Biologia, até sua segunda aposentadoria. Ele foi professor emérito em ambas as universidades.

Como líder científico, o Dr. Pavan foi muito influente e se tornou um dos principais envolvidos no desenvolvimento da ciência e tecnologia no Brasil, na segunda metade do século 20. Ele foi presidente do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) de 1986 a 1990, e presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência de 1980 a 1986.

Dr. Pavan foi membro de várias sociedades científicas internacionais, tais como a Academia de Ciências do Terceiro Mundo, a Academia das Ciências de Lisboa, a Sociedade Real de Fisiografia de Lund e a Academia de Ciências do Chile. Recebeu condecorações, medalhas e prêmios de vários países. Ele foi um dos poucos brasileiros a se tornar membro da Pontifícia Academia das Ciências. Ele também era membro da Academia Brasileira de Ciências, um dos fundadores da Academia das Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP), da Academia de Medicina de São Paulo, da Academia de Educação de São Paulo e da Sociedade Brasileira de Genética, bem como um dos seus presidentes.

Durante a parte final da sua vida Dr. Pavan vivia em São Paulo, e esteve envolvido em várias atividades relacionadas com a compreensão pública da ciência. Ele foi um dos fundadores e diretores da Associação Brasileira de Divulgação Científica, e ainda era ativo na investigação sobre controle biológico de pragas agrícolas.

Seu último livro publicado é História Viva, organizado em parceria com Glória Kreinz, estando entre as 11 obras da Coleção Divulgação Científica do Núcleo José Reis.

Crodowaldo Pavan morreu de Falência Múltipla dos Órgãos, no hospital Universitário (HU), da USP.

Fonte: Wikipédia