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Franz Netto

JOÃO AMBRÓZIO NETTO
(70 anos)
Jornalista e Repórter

* Marília, SP (12/04/1939)
+ Marília, SP (26/08/2009)

Franz Netto, que tinha os apelidos de "Repórter Voador" e "Abelhudo Cofap" ambos colocados por Hélio Ribeiro.

Nascido em Marília foi na capital que descobriu a paixão pelo rádio. Franz Netto se mudou para São Paulo no início da década de 70, onde trabalhou na Rádio Bandeirantes, Rádio Capital, Rádio América e em assessoria no Palácio dos Bandeirantes.

A paixão pelo rádio falou mais alto e em 1992 Franz retornava aos estúdios, desta vez pela Rádio Clube AM de Marília. Em 1999 passou a fazer parte da equipe Dirceu AM, onde trabalhou até seu penúltimo dia de vida como apresentador do Jornal da Cidade.

Ícone do rádio em Marília, Franz Netto foi o primeiro repórter aéreo de rádio e televisão do Brasil. Fez coberturas nacionais como do incêndio do Edifício Joelma, em fevereiro de 1974, em São Paulo.

Na década de 1970, do ar, fazia a cobertura do trânsito de São Paulo e entre 1970 e 1978 transmitiu aos paulistanos as informações dos céus da cidade.

Casou três vezes e teve seis filhos destes três casamentos.

Morte

Franz Netto sofria de Hipertensão e depois de passar mal pela manhã, pediu que sua esposa fosse até unidade de saúde em frente à casa do casal, no bairro de Lácio em Marília, para pedir ajuda. Ao retornar, por volta das 13hs., Marineusa Rocha, com quem Franz morava há 14 anos, o encontrou caído no corredor. Equipe de resgate foi acionada e levou radialista até o Hospital das Clínicas, onde deu entrada às 13:41hs. já sem vida. Franz Netto, morreu vítima de uma Parada Cardiorrespiratória.


Falcão

ANTÔNIO ROSA RIBEIRO
(53 anos)
Cantor

* Morrinhos, GO (1956)
+ Goiânia, GO (18/09/2009)

Falcão era o nome artístico de Antônio Rosa Ribeiro que fez dupla com Marcelo Justino de Moraes, conhecido artisticamente como Felipe.

Jornalista de formação, Falcão trabalhou em TV e apresentou festivais de música no começo de sua carreira. Foi em um desses festivais, no início da década de 1980, que conheceu Felipe. Assim surgiu a dupla Felipe & Falcão.

Figura querida no meio sertanejo, Falcão tinha 1,88m, diferente dos padrão dos cantores sertanejos, e a voz muito grave, com a qual brincava em algumas de suas canções. Entre os grandes sucessos da dupla, estão "Que Pena, Grito de Amor" e "Deixa Eu Te Amar, Por Favor".

Felipe & Falcão

Marcelo Justino de Moraes e Antônio Rosa Ribeiro, ou simplesmente Felipe & Falcão, nascidos em Jataí, GO e Morrinhos, GO, formaram uma dupla sertaneja brasileira que emplacou vários sucessos em 24 anos de carreira, até que, infelizmente no dia 18/09/2009, aos 53 anos, Falcão veio a falecer na cidade de Goiânia, vítima de uma infecção generalizada e erisipela.

O último show da inesquecível dupla sertaneja foi realizado em 20/08/2009 na cidade de Pedrinópolis, MG.

Antes do destino unir esses parceiros, Felipe trabalhou como verdureiro e caminhoneiro, mas envolvido com a música desde os 12 anos, quando começou a cantar no grupo escolar, sempre buscou sua realização na música participando de vários festivais.

Falcão por sua vez, formado em jornalismo, trabalhava como apresentador da TV Regional de Goiás e apresentava concursos de música da região, e foi em um desses concursos, onde Felipe participava como intérprete e Falcão como apresentador que foram apresentados por uma amiga em comum. Logo, a amizade não demorou a acontecer e Marcelo Moraes e Antonio Rosa descobriram a afinidade em cantar e compor juntos, ainda sem pretensão de fazer sucesso.

Recebendo o apoio de amigos e da grande incentivadora Fátima Leão, a dupla gravou o primeiro álbum em 1985, dando destaque para as músicas "Por Amor Se Morre" e "Gosto da Felicidade" obtendo grande repercussão no estado de Goiás e resultando em inúmeras apresentações pela região.

Em 1987 veio o segundo disco gravado em São Paulo e a dupla emplacou outros grandes sucessos como "Que Pena", "Você é Isso", "Homem Tem Que Ter Mulher", em todo território nacional. Esse álbum atingiu a marca de mais de 300 mil cópias vendidas e a partir daí a dupla lotou sua agenda e marcou a carreira com sucessos como "Deixa Eu Te Amar Por Favor", "Grito de Amor", "Comitiva dos Solteiros", "Nóis é Simprão de Tudo", "Hoje Não é Nosso Dia", entre outras.

Além de grande intérprete Felipe reúne em seu histórico como compositor, grandes sucessos gravados por artistas consagrados como Bruno & Marrone, Edson & Hudson, Daniel, Guilherme & Santiago e Alexandre Pires, além do talento como produtor musical.

Dupla Sertaneja Felipe & Falcão e Alcides Alves
Após a Morte de Falcão

Muito abatido com a morte de Falcão, Felipe parou de cantar por um período e, incentivado por fãs, amigos, parceiros e familiares, decidiu procurar um novo parceiro para dar continuidade à dupla. Chegou-se a cogitar um concurso, na TV, para selecionar aquele que seria o novo Falcão. Esse concurso acabou não acontecendo, pois Felipe foi apresentado por Elaine Scalon a Almiro Almeida de Oliveira, que integrava a dupla Frank & Jordão. Chamou atenção a semelhança tanto do seu porte físico, quanto da voz com o antigo Falcão.

Em maio de 2010, a nova formação foi apresentada pelo sertanejo Edson, no programa "Rota Sertaneja".

Discografia

A dupla Felipe & Falcão, em sua formação original, reuniu 14 CDs gravados e 2 DVDs. O último trabalho lançado, “Boteco”, foi produzido pelo cantor Edson, da dupla sertaneja Edson & Hudson, que também cantou ao lado de Felipe & Falcão e de Bruno, da também dupla sertaneja Bruno & Marrone.

Morte

Antônio Rosa Ribeiro morreu na noite de sexta-feira, 18/09/2009, vítima de infarto. Ele estava internado em estado grave no Hospital São Lucas, em Goiânia, por causa de uma erisipela, uma infecção causada por bactérias que começa na pele e se espalha pelos vasos linfáticos.

Por volta de 18:00 hs do sia 18/09/2009, o cantor sofreu um infarto e os médicos não conseguiram reanimá-lo. A morte foi anunciada às 23:00 hs. Falcão chegou no dia 03/09/2009 a um hospital na sua cidade natal, Morrinhos, GO, a 125 km de Goiânia, já com um quadro de infecção generalizada e suspeita de erisipela. No dia seguinte, foi levado para a UTI do Hospital São Lucas. Na última semana, seu quadro geral havia apresentado uma melhora, mas ele não resistiu à duas paradas cardíacas.

O velório e enterro ocorreram na cidade de Morrinhos.

Fonte: Notícia Sertaneja, Projeto VIP e Jornal do Povo

Antônio Olinto

ANTÔNIO OLINTO MARQUES DA ROCHA
(90 anos)
Escritor

* Ubá, MG (10/05/1919)
+ Rio de Janeiro, RJ (12/09/2009)

Sua obra abrange poesia, romance, ensaio, crítica literária, análise política, literatura infantil e dicionários.

Estudou Filosofia e Teologia nos seminários católicos de Campos, Belo Horizonte e São Paulo. Desistiu de ser padre.

Foi professor durante dez anos de Latim, Português, História da Literatura, Francês, Inglês e História da Civilização, em colégios do Rio de Janeiro.

Era, desde 1998, Professor Visitante do Curso de Letras da UniverCidade - Centro Universitário da Cidade do Rio de Janeiro.

Em 10/05/2004, o reitor Paulo Alonso inaugurou, no Campus Méier, a Biblioteca Antônio Olinto, com a presença do imortal que, em seu discurso, demonstrou o contentamento em estar podendo participar de uma inauguração dessa importância.

"Geralmente, as homenagens são prestadas in memoriam. O meu amigo Paulo Alonso está me fazendo a grande gentileza de me fazer mais feliz em poder estar aqui com ele e com tantos alunos e professores, neste dia e neste momento de extrema felicidade. É para mim uma enorme honra poder batizar essa bem equipada biblioteca com o meu próprio nome."

O acadêmico Antônio Olinto merece todos os nossos aplausos e todas as nossas homenagens, por ser um dos mais notáveis escritores e um dos mais importantes intelectuais brasileiros.

Traduzido em mais de 35 idiomas, Olinto contribuiu, dessa forma, para divulgar nossa cultura, nossa literatura e nossa gente em todos os cantos do mundo. Daí, a UniverCidade, no dia 10/05/2004, dia em que comemoria 85 anos, ter decidido prestar-lhe essa singela e mais do que merecida homenagem, acrescentou o reitor Paulo Alonso.

Grandes Paixões

Suas grandes paixões são a Música Africana e a Cultura Africana.

Quando na África, descobriu a cultura negra no Brasil e a presença brasileira na África. Na Bahia, foi escolhido, juntamente com Jorge Amado, para ser Obá de Xangô, no candomblé do Ilê Axé Opô Afonjá.

Academia Brasileira de Letras

É o quinto ocupante da cadeira 8 da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono é o poeta Cláudio Manuel da Costa. Foi eleito em 31 de julho de 1997, na sucessão de Antônio Callado e recebido em 12 de setembro de 1997 pelo acadêmico Geraldo França de Lima.

A causa de sua morte foi Falência Múltipla dos Órgãos.

Fonte: Wikipédia

Rui Viotti

RUI VILLARA VIOTTI
(79 anos)
Jornalista e Locutor Esportivo

* Caxambu, MG (26/09/1929)
+ São Paulo, SP (07/09/2009)

Rui Viotti iniciou a carreira como locutor esportivo em sua cidade natal, na Rádio Caxambu, com apenas 15 anos de idade. Em 1949, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde foi um dos três vencedores de um concurso coordenado por Ary Barroso, para substituí-lo na Rádio Tupi. Participou das transmissões esportivas da rádio.

Rui Viotti e Silvio Luiz (Foto Silvio Luiz Página Oficial)
Permaneceu por pouco tempo na Rádio Tupi, transferindo-se em seguida para a Rádio Nacional e, posteriormente, para a Rádio Tamoio, onde realizou a cobertura da Copa do Mundo de 1950, no Brasil. Participou do processo de implantação da televisão no país. Em meados da década de 1950, conciliava o trabalho da rádio com o da TV Tupi. Até apresentar seu próprio programa, sobre notícias esportivas, chegou a exercer as funções de caboman e cinegrafista. Em 1956, recebeu o Troféu Antenas de Prata, na categoria Melhor Narrador Esportivo.

Entre 1962 e 1966, abandonou a televisão para trabalhar no mercado publicitário. Após breve passagem pela TV Bandeirantes, retornou à TV Tupi Rio em 1970, para ocupar o cargo de diretor de programação. Em 1973, recebeu o convite para assumir a direção de esportes da Rede Globo. Na emissora, foi um dos criadores do programa Esporte Espetacular e pela organização da transmissão da Copa do Mundo de 1974, na Alemanha, no último ano em que atuou na emissora.

Em 1976, realizou a primeira transmissão de uma partida de tênis internacional para o Brasil, a final individual masculina do Torneio de Wimbledon. Ficou conhecido como a Voz do Tênis, devido a sua especialidade em narrar jogos do esporte.

Posteriormente, realizou as transmissões de torneios de tênis pela TV Manchete e Rede TV.

Com o final dos contratos com a televisão aberta, Rui Viotti se aposentou. Mais tarde, com problemas de saúde, só voltou a trabalhar para a BandSports em 2009, tendo narrado o torneio de Campos do Jordão em julho e vários torneios ATP e WTA da temporada.

Faleceu em setembro de 2009, aos 79 anos em São Paulo, vítima de Falência Múltipla dos Órgãos, em decorrência de uma Infecção Generalizada.

Fonte: Wikipédia

Menezes Direito

CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO
(66 anos)
Jurista

* Belém, PA (08/09/1942)
+ Rio de Janeiro, RJ (01/09/2009)

Bacharel em direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro em 1965, ali obteria em 1968 o título de doutor e posteriormente se tornaria também professor.

Nos anos 70 foi assessor do então ministro da educação Ney Braga e entre 1979 e 1980, chefe de gabinete do prefeito do Rio de Janeiro Israel Klabin, ocupando o cargo interinamente por dois curtos períodos.

Presidiria a Fundação de Artes do Estado do Rio de Janeiro e seria diretor do Banco do Estado do Rio de Janeiro antes de lançar-se candidato a deputado federal pelo Rio de Janeiro nas eleições de 1982, não logrando êxito.

Presidiria a Casa da Moeda do Brasil de 1985 a 1987, quando foi convidado pelo então governador do Rio de Janeiro, Moreira Franco, a ser Secretário Estadual de Educação.

Magistratura

Ao deixar a Secretaria foi designado por Moreira Franco a Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro em 1989 pelo quinto constitucional. Tornou-se ministro do Superior Tribunal de Justiça empossado em 27 de junho de 1996, permanecendo até sua nomeação a ministro do Supremo Tribunal Federal em 2007.


Atuação no Supremo Tribunal Federal

Indicado em 28 de agosto de 2007 pelo Presidente da República para integrar o Supremo Tribunal Federal na vaga do ministro Sepúlveda Pertence, seu nome foi aprovado pelo Senado Federal com 61 votos a favor, 2 contra e uma abstenção, sendo empossado em 5 de setembro de 2007.

Considerado um jurista conservador, de formação católica, costumava a pedir vistas em processos importantes como no processo que pedia a declaração de inconstitucionalidade do uso de células-tronco embrionárias em pesquisas científicas no Brasil, e da demarcação das terras indígenas da reserva Raposa Serra do Sol.

Faleceu em 1 de setembro de 2009 vítima de complicações devido a um Tumor no Pâncreas.

Fonte: Wikipédia

Doalcey Camargo

DOALCEY BUENO DE CAMARGO
(79 anos)
Radialista e Locutor Esportivo

* Itápolis, SP (1930)
+ Rio de Janeiro, RJ (29/08/2009)

Doalcey ganhou notoriedade nas grandes emissoras do Rio de Janeiro como Rádio Globo, Rádio Tupi, Rádio Nacional, Rádio Continental, Rádio Tamoio e Rádio Guanabara (atual Bandeirantes).

Desde 1965 estava na Super Rádio Tupi, onde acumulou o cargo de diretor do departamento de esportes. Atualmente não narrava mais, mais participava do programa Bola em Jogo aos domingos, que tem apresentação de Luiz Ribeiro.

Doalcey era torcedor confesso do America (RJ), começou sua carreira na Rádio Clube de Marília, no final da década de 1940. A convite do irmão Wolner Camargo, foi para o Rio de Janeiro, onde sua carreira deslanchou profissionalmente.

Narrou grandes clássicos dos clubes cariocas, copas do mundo, e foi ele quem criou a figura do comentarista de arbitragem. Por sinal, o primeiro que esteve ao seu lado na cabine de rádio foi o saudoso Mário Vianna. Outro comentarista que trabalhou ao lado de Doalcey, foi Benjamim Wright, pai do ex-árbitro José Roberto Wright.

Vários grandes locutores trabalharam ao lado de Doalcey, entre eles: Waldir Amaral, Júlio César Santana, Sérgio Moraes, Paulo César Tênius, José Carlos Araújo, Edson Mauro, César Rizzo, Garcia Júnior, Jota Santiago, entre outros.

Faleceu na madrugada do dia 29 de agosto de 2009, aos 79 anos, vítima de um Infarto.

Fonte: Wikipédia

Rudá de Andrade

RUDÁ PRONOMINARE GALVÃO DE ANDRADE
(78 anos)
Escritor e Cineasta

* São Paulo, SP (25/09/1930)
+ Bragança Paulista, SP (27/01/2009)

Filho de Oswald de Andrade e Patrícia Galvão, mais conhecida como Pagu.

Batizado como Rudá Poronominare Galvão de Andrade, por seus pais, com um ano de idade, carregou em seu nome o espírito antropofágico que marcou a história do modernismo brasileiro. Carla Caruso em seu trabalho sobre Oswald de Andrade esclarece que Rudá é o nome do deus do amor e Poronominare é o nome indígena para um um ser malicioso, humorístico. Os dois nomes são tirados de deuses da mitologia Tupiniquim, Rudá é o encarregado da reprodução de todos os seres vivos que tem a aparência de um guerreiro e vive nas nuvens. Poronominare é um herói mitológico que vive na bacia do Rio Negro, seria o primeiro ser humano criado, fundador das civilizações.

Biografia

Rudá formou-se em cinema na Itália, onde trabalhou com Vittorio de Sica. Foi também um dos criadores do Museu da Imagem e do Som, que dirigiu entre 1970 e 1981.

Na década de 1960, participou da fundação do curso de cinema da Universidade de São Paulo, onde lecionaria durante dez anos. Foi conservador da Cinemateca Brasileira, da qual era também conselheiro. Publicou também as obras completas do pai.

Na literatura, destacou-se em 1983, ao receber o Prêmio Jabuti, na categoria Biografia e Memórias, por "Cela 3 - A Grade Agride" (Ed. Globo, 2007), um livro autobiográfico de viagem a um mundo desconhecido: o das prisões europeias.

Faleceu em 27 de janeiro de 2009, em decorrência de problema cardíaco, aos 78 anos, em Bragança Paulista, estado de São Paulo. Estava internado, recuperando-se de uma fratura no fêmur sofrida em seu sítio.

Deixou a esposa Halina e três filhos.

Geraldo Blota

GERALDO BLOTA
(83 anos)
Jornalista, Radialista e Compositor

☼ Ribeirão Bonito, SP (25/10/1925)
┼ São Paulo, SP (15/01/2009)

Jornalista e radialista, marcou a história do rádio com suas inesquecíveis coberturas jornalísticas. Filho de José Blota e Amélia Queiroz, nascido em Ribeirão Bonito, interior de São Paulo, em 25/10/1925, irmão do célebre e saudoso comunicador Blota Júnior.

Fiel escudeiro de Joseval Peixoto na Rádio Jovem Pan AM de São Paulo nos anos 60 e 70. Geraldo Blota marcou época na Rádio Tupi, Rádio Capital, Rádio Bandeirantes e na TV Record e TV Gazeta, onde, nesta última, ajudou a criar o clássico programa esportivo "Disparada no Esporte".

Sorridente, com espírito alegre e sempre disposto a uma brincadeira, tinha verdadeira adoração pelo Corinthians, a ponto de jogar o microfone para o alto e dar cambalhotas atrás do gol do adversário quando o timão fazia gol.

Numa carreira de cinco décadas, passou pela Rádio Tupi do Rio de Janeiro, onde trabalhou com Ary Barroso.

Geraldo Blota e Milton Peruzzi
Foi amigo de grandes personalidades do rádio da época, como Ary Silva e Sagramor de Scuvero. Ganhou todos os principais prêmios de sua época, incluindo 11 Troféus Roquette Pinto. Na TV, se destacou durante muitos anos na TV Record, em programas como "A Discoteca do GB" e "Geraldo Blota e as Estrelas".

Foi pela Rádio Jovem Pan que Geraldo Blota teve o momento mais marcante da sua carreira. Ele era repórter da Jovem Pan no histórico jogo do milésimo gol de Pelé no Maracanã contra o Vasco da Gama, junto com ele estava o seu grande parceiro de transmissões esportivas, Joseval Peixoto. Para quem já viu esse gol na TV, aquele repórter que invade primeiramente o campo e entra dentro do gol é o Geraldo Blota.

Compositor da MPB, escreveu mais de 20 músicas, junto com célebres parceiros, como Joseval Peixoto, "Ói Nóis Aqui Tra Veis" (gravado pelos Demônios da Garoa), Adoniran Barbosa, Mirabeu, o maestro Poly, Cláudio de Barros, dentre outros.

Milésimo gol de Pelé e Geraldo Blota estava lá. Foi o primeiro a entrevistar o jogador.
Teve músicas gravadas por Carmen Costa, Wilson Simonal, Dircinha Costa, Germano Mathias, o humorista Rony Rios, Tonico & Tinoco, Ademilde Fonseca, Carlos Gonzaga, Waldirene, dentre outros.

Ex-vereador eleito duas vezes por São Paulo, em 1992 foi vice-presidente da Câmara Municipal, na gestão de Paulo Kobayashi. Líder e porta voz da classe dos radialistas, foi diretor do Sindicato dos Radialistas, ainda na fase da ARESP e da AFEU-Emissoras Unidas.

Mesmo com a idade avançada Geraldo Blota manteve até o final uma voz envolvente e que ainda faria muito sucesso no rádio se continuasse em atividade. Casado com Aidê Vieira, Geraldo Blota deixou seis filhos, dentre eles o ator Blota Filho.

Geraldo Blota faleceu aos 83 anos devido um câncer no reto, em 15/01/2009.

Xangô da Mangueira

OLIVÉRIO FERREIRA
(85 anos)
Cantor e Compositor

☼ Rio de Janeiro, RJ (19/01/1923)
┼ Rio de Janeiro, RJ (07/01/2009)

Xangô da Mangueira iniciou-se no samba na Escola de Samba União de Rocha Miranda, transferindo-se posteriormente para a Portela, onde foi discípulo do célebre Paulo da Portela.

Após a saída de Paulo da Portela da escola, no início da década de 40, Xangô seguiu Paulo por um tempo na Lira do Amor, porém, como também admirava a Mangueira, pediu permissão a seu mestre, sendo por ele indicado a diretoria mangueirense, onde Paulo da Portela também possuía grandes amigos.

Na Mangueira, Xangô permaneceu pelo resto da vida, notabilizando-se como diretor de harmonia, cargo que ocupou por várias décadas. Foi também o intérprete oficial do samba da escola até 1951, sendo antecessor de Jamelão.

Na década de 70, gravou quatro LPs pela gravadora Tapecar e desenvolveu extensa atividade artística, apresentando-se como cantor em todo o Brasil e no exterior. Como compositor, teve diversas obras gravadas por cantores como Clara Nunes e Roberto Ribeiro.

Morte

Xangô da Mangueira morreu na noite de quarta-feira, 07/01/2009, aos 85 anos, no Hospital de Irajá, na zona norte do Rio de Janeiro. Ele tinha infecção renal crônica, agravada pelo diabetes e também sofria de Mal de Parkinson.

Durante o período de internação, Xangô da Mangueira manteve-se lúcido. Com a piora do quadro, foi transferido para o Centro de Tratamento Intensivo, onde morreu. Baluarte da Mangueira, Xangô da Mangueira completaria 86 anos no dia 19/01/2009.

Bob Nelson

NELSON ROBERTO PEREZ
(90 anos)
Cantor

* Campinas, SP (12/10/1918)
+ Rio de Janeiro, RJ (26/08/2009)

Diplomou-se pela Escola de Comércio de Campinas e após, iniciou a carreira artística como cantor. Cantava em rádios, bailes e orquestras. Chegou a acompanhar Carmen Miranda em 1939, quando ela se apresentou em Campinas.

Em 1943 ganhou um prêmio na Rádio Cultura de São Paulo por sua interpretação de "Oh, Susana". Foi na Rádio Tupi que adotou o nome Bob Nelson, pois soava mais comercial. A música também lançou Bob Nelson para o sucesso no Brasil.

O cantor Roberto Carlos em sua infância ouvia Bob Nelson. Certa vez se declarou fã do "Vaqueiro Alegre", como era conhecido.

No final da década de 30 começou a cantar no Grupo Cacique. Com base no filme "Idílio Nos Alpes", começou a aplicar o ritmo Tirolês (também conhecido como Yodel) no início da década de 40.

Durante a Segunda Guerra Mundial, o dono do Diários Associados, Assis Chateaubriand, homenageou o comandante norte-americano general Douglas MacArthur com uma apresentação de Bob Nelson com a canção "Oh, Susana". Ao final da apresentação, o general subiu ao palco e abraçou o cantor, pois era de Arkansas e gostava do ritmo country, além da música falar de períodos de guerra. Assis Chateaubriand também patrocinou a primeira fantasia de Cowboy.

Gravou seu primeiro disco em 1944 com "Oh, Susana" e "Vaqueiro Alegre".

Na década de 40, apresentou-se em programas de rádio e gravou músicas usando o nome artístico Bob Nelson e Seus Rancheiros, época que ele se tornou o ídolo das estrelas da Jovem Guarda, Roberto Carlos e Erasmo Carlos. A dupla gravou uma música em sua homenagem: "A Lenda de Bob Nelson" (1974).

Bob Nelson é considerado um dos primeiros cantores a misturar a música sertaneja com o country norte-americano. Também desfilou no carnaval do Rio de Janeiro, sempre pela escola de samba Império Serrano.

Bob Nelson morreu em uma sexta-feira, 26/08/2009, aos 90 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória.

Carlos Arena

CARLOS ALBERTO ARENA
(64 anos)
Ator, Jornalista, Dublador, Diretor Teatral e Locutor

* Rio de Janeiro, RJ (21/12/1944)
+ São Paulo, SP (20/03/2009)

Carlos Alberto Arena nasceu em 21/12/1944, na cidade do Rio de Janeiro. Filho de paulistas, foi criado, estudou e sempre viveu e trabalhou na cidade de São Paulo.

De ascendência ítalo-portuguesa, desde cedo mostrou extraordinária sensibilidade e marcante inclinação para as artes, tendências certamente herdadas do ramo italiano: seu avô paterno era violinista e mestre da Haute Couture, seu pai exímio pianista e sua tia excelente pintora.

Assim, complementando os estudos regulares, passou a estudar piano clássico a partir dos 7 anos de idade com a renomada concertista Maria de Falco. No ano seguinte ficou órfão de pai.

Direcionou-se mais tarde, para o Direito, mas após algumas participações em programas infantis de televisão, sua natureza sonhadora e a paixão pelo espetáculo falaram mais alto e Carlos Arena deu o passo definitivo: entrou, sob orientação de Aracy Balabanian e Myriam Muniz, para a Escola de Arte Dramática de São Paulo, então dirigida por Alfredo Mesquita.

A partir de então passou a praticar todas as modalidades, estilos e vertentes da arte que foi sua vocação e sua vida, apresentando-se em todo o país e no exterior, até decidir que era chegado o momento de deixar os palcos, estúdios e sets de filmagem, para exercer outras atividades em que sua experiência poderia ser útil.

Finalmente, nos seus últimos dez anos, quando suas viagens de estudo ou de lazer mantinham-no cada vez mais afastado do Brasil, dedicava seus momentos de ócio a hobbies que lhe traziam grande satisfação pessoal e que ele amava compartilhar com os amigos. Isso, até seu falecimento prematuro e inesperado.

Carlos Arena faleceu no dia 20/03/2009, vítima de um infarto agudo do miocárdio.

Poucos dias antes, Carlos Arena segredara aos íntimos com seu humor irreverente e irreprimível:

"Não temo a morte porque minha consciência está em paz. E posso morrer hoje, porque acho que já tive e já fiz tudo o que queria nesta vida. Se faltou alguma coisa, que fique para a próxima..."

Fonte: Carlos Arena

Zequinha

JOSÉ FERREIRA FRANCO
(74 anos)
Jogador de Futebol

* Recife, PE (18/11/1934)
+ Olinda, PE (25/07/2009)

Conhecido como Zequinha, integrou, como médio-volante, a Seleção Brasileira de Futebol que se sagrou bicampeã mundial no Chile em 1962. Conquistou, ainda, a Taça Atlântico (1960), a Taça Oswaldo Cruz (1962) e a Copa Rocca (1963), participando de 17 jogos pela Seleção Brasileira de Futebol, com 14 vitórias e 2 gols.

Começou sua carreira futebolística no Auto Esporte Clube, da Paraíba, em 1954.

Em 1955/1957, jogou no Santa Cruz, no qual foi campeão estadual em 1957.

Transferiu-se para o Palmeiras em 1958, clube que defendeu até 1969, conquistando o Torneio Rio-São Paulo (1965), a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, ambos em 1967, além dos Campeonatos Paulistas de 1959, 1963 e 1966.

Em 1969/1970 jogou pelo Atlético Paranaense, encerrando sua carreira, ainda em 1970, no Náutico, em Recife.

Morreu vítima de Infarto.

Fonte: Wikipédia

David Azulay

DAVID AZULAY
(56 anos)
Empresário e Estilista

* Belém, PA (1953)
+ Visconde de Mauá, RJ (09/02/2009)

Azulay, foi um dos pioneiros e principais divulgadores da moda praia do município do Rio de Janeiro, com destaque para o biquíni de lacinho. Criador do sungão e do sunkini, David era irmão de Simão Azulay, também do ramo da moda, falecido em 1988.

O estilista desenhou o primeiro biquíni no ano de 1972, para uma namorada. Fabricado de jeans, de dimensões pequenas, tornou-se muito popular nas praias cariocas. Depois Rose di Primo tornou-se garota propaganda da grife do estilista, espalhando a marca pelo litoral do país. Funda a Blue Man especializada em moda praia. A partir de 1979, estampas tropicais ganharam a Europa.

Morreu aos 56 anos, em sua casa em Visconde de Mauá, interior do Rio de Janeiro, segundo comunicado oficial da assessoria de imprensa. A causa da morte não foi divulgada.

Fonte: Wikipédia e www1.folha.uol.com.br

Juliana de Aquino

JULIANA FERREIRA BRAGA DE AQUINO
(29 anos)
Cantora e Atriz

☼ Brasília, DF (02/03/1980)
┼ Oceano Atlântico (01/06/2009)

Juliana de Aquino foi uma cantora e atriz nascida em Brasília, DF, no dia 02/03/1980.

Iniciou sua carreira profissional aos 4 anos de idade com educação musical. Ela estudou piano na Instituto de Música do Distrito Federal, cantando com maestro Marconi Araújo e cantando clássicos com Aeda Moreira e na Universidade de Brasília (UNB). Também participou de seminários com Richard Lissemore cantando e agindo em oficinas com Steve Markusfeld.

Aos 15 anos, Juliana de Aquino, teve sua estréia em carreira solo. Em 2001 lançou o seu primeiro CD "Primeira Vez".

Solteira, vegetariana, Juliana de Aquino contou em sua página, no site de relacionamento Orkut, que têm hábitos simples de uma mulher de sua geração: Assistir a seriados como "Friends" e "ER", gosta de filmes como "Ghost" e participa de comunidades no mesmo site como Pequeno Príncipe, Brasília, Marisa Monte e Estouradores de Plástico Bolha.

Juliana de Aquino participou de alguns papéis no Brasil, e teve a oportunidade de atuar na Alemanha na produção de "O Rei Leão" (Der König der Löwen), em Hamburgo, no ano de 2003 até 2007.

Em 2008, interpretou o papel de Maria Madalena em "Jesus Cristo Superstar" no Stadttheater Klagenfurt, Áustria.

Juliana de Aquino trabalhava em Stuttgart, na Alemanha, no musical "Wicked", como Madame Akaber.

Morte

Passageira do vôo Air France 447 que caiu no Oceano Atlântico região Sul próximo ao Arquipélago de São Pedro e São Paulo, morreu por ocasião deste acidente.

Fonte: Wikipédia

Jamil Haddad

JAMIL HADDAD
(83 anos)
Médico e Político

* Rio de Janeiro, RJ (02/04/1926)
+ Rio de Janeiro, RJ (11/12/2009)

Foi deputado estadual, prefeito, senador, deputado federal e ministro da Saúde.

Médico formado pela Universidade do Brasil (atual UFRJ) em 1949, com especialização em ortopedia, ingressou na vida política em 1966, quando foi eleito deputado estadual pela aliança entre o PTB e o PSB. Reeleito em 1966, filiou-se ao MDB, mas teve seu mandato cassado e seus direitos políticos suspensos por dez anos.

Em 1983, filiado ao PDT (desde 1979), foi indicado pelo governador Leonel Brizola para a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, permanecendo no cargo de março a dezembro daquele ano, quando renunciou, por discordar do projeto político executado pelo seu partido, que buscava maiores aproximações com o PMDB e o PTB.

Em 1985, com a eleição de Saturnino Braga como prefeito, assumiu uma cadeira no Senado na condição de suplente. Já era então filiado ao PSB, partido que presidiu entre 1986 e 1993. Em 1990, com o fim de seu mandato como senador, foi eleito deputado federal.

Em 1992, foi convidado pelo presidente Itamar Franco para assumir o ministério da Saúde, onde ampliou a abrangência do Sistema Único de Saúde e criou os medicamentos genéricos pelo Decreto nº 793, de 5 de abril de 1993 que determinava a existência da denominação do componente ativo nas embalagens dos medicamentos em tamanho maior que a marca. Em 1994, com o rompimento do PSB com o governo Itamar Franco, deixou o ministério.

Em 2003, já no governo Lula, assumiu a direção geral do INCA, cargo que ocupou durante cinco meses, sendo exonerado por pressões políticas.

Jamil Haddad, que tinha 83 anos, faleceu de causas naturais em sua residência no bairro da Tijuca, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia

Sílvio Barbato

SÍLVIO SÉRGIO BONACCORSI BARBATO
(50 anos)
Maestro e Compositor de Ópera e Balé

* Rio de Janeiro, RJ (11/05/1959)
+ Oceano Atlântico, (01/06/2009)

Silvio Sérgio Bonaccorsi Barbato foi um maestro e compositor de ópera e balé ítalo-brasileiro, importante personalidade da música erudita, estava a bordo do Airbus da Air France, que desapareceu no Oceano Atlântico durante o voo 447 de 01/06/2009.

Silvio Barbato era filho de Daniele Barbato e de Rosalba Bonaccorsi, filha de Silvio e Alvara Bonaccorsi e neta de Celestino e Luigi Bonaccorsi, primeiros descendentes dos irmãos Bonaccorsi, originarios de Fornaci di Barga, Itália, imigrados no Brasil no final do século XIX. Seus pais eram ambos médicos em Candeias. O pai faleceu em Brasília, vitima de infarto, na década de 1990, quando era professor na Universidade da capital.

Sílvio Barbato estudou composição e regência com Claudio Santoro. Em 1984 recebeu o diploma de mérito na Accademia Musicale Chigiana de Siena.

No Conservatório Giuseppe Verdi, em Milão, recebeu o Diploma de Alta Composição na classe de Azio Corghi, e foi homenageado com a Medalha de ouro em Alta Composição - tendo sido o único brasileiro depois de Carlos Gomes a receber tal honraria. Ainda na Itália freqüentou a classe de Franco Ferrara, colaborando com o maestro Romano Gandolfi no Teatro Alla Scala. Em Chicago, obteve seu PhD em Ópera Italiana sob a orientação de Philip Gossett.

Em 1985 foi contatado para ser Assessor Musical no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e regeu a primeira ópera, "Tosca", com apenas 25 anos, ganhando o apelido de "Menudo", porque usava cabelos compridos.

Em 1996, no centenário de Carlos Gomes, a convite de Plácido Domingo, foi o curador da ópera "O Guarani", que abriu a temporada da Washington Opera. A versão foi aquela do 1870, nunca mais apresentada desde a sua "prima" no Teatro Alla Scala de Milão.

Em 2001, foi premiado com o "Grande Prêmio Cinema Brasil" por seu trabalho como diretor musical do filme "Villa Lobos, Uma Vida de Paixão", na categoria de melhor trilha musical. Pelo trabalho que foi realizando na área cultural, em 2002 Silvio Barbato recebeu a Medalha da Ordem do Mérito Cultural da Presidência da República e foi promovido ao grau de Comendador da Ordem de Rio Branco.

O balé "Terra Brasilis", composto pelo maestro, teve sua estréia mundial em 30 de setembro de 2003, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, com coreografia de Antonio Gaspar, com o Ballet e a Orquestra Sinfônica Ópera Brasil, sob a regência do compositor e a direção geral de Fernando Bicudo. O balé foi apresentado também no Teatro Massimo Bellini de Catânia , na Itália, em 2005. Nesse histórico teatro siciliano é que foram esgotadas as lotações de suas nove últimas apresentações, com o Ballet Ópera Brasil e a Orquestra do Teatro Massimo Bellini, sob a regência do próprio Barbato.

Em 2006 regeu a primeira audição européia da ópera Colombo, poema coral sinfônico em quatro partes de Albino Falanca, musica de Antônio Carlos Gomes, no Teatro Massimo Bellini em Catania, Italia. Foi um evento muito importante, que chamou a atenção da imprensa internacional sendo que, em 114 anos, a opera nunca foi apresentada na Europa, mas somente no Continente Americano. Pela ocasião foi realizado um álbum pela "Edizioni Musicali Bongiovanni" de Bologna. Sempre no mesmo ano recebeu o encargo e de orquestrar o concerto que fechou o ano Mozartiano, no famoso Teatro Olímpico de Vicenza.

Desde 2006, Barbato era Diretor Musical da Sala Palestrina do Palazzo Pamphilj, sede da embaixada brasileira em Roma e lugar sagrado da música de concerto em Roma.

Em maio de 2008, em Brasília, regeu a Orquestra Camerata Brasil, formada por ele, no concerto "Tributo ao Pavarotti", com a participação de Luciana Tavares, Thiago Arancam, Andreas Kisser e Fernanda Abreu.

Em novembro estreou sua segunda ópera, Carlos Chagas, em versão pocket, na Sala Palestrina, com a presença de membros da Pontificia Accademia delle Scienze e de oito laureados com o prêmio Nobel.

Nos últimos anos, Sílvio Barbato dedicava-se muito à composição, tendo estreado duas óperas: "O Cientista", baseada na vida de Oswaldo Cruz, sob a direção do Maestro Eduardo Alvares, e "Chagas", sobre a vida de Carlos Chagas Filho. Estava elaborando sua terceira ópera, sobre Simon Bolívar.

Na Itália regeu em Roma, Catania, Spoleto, San Remo, Palermo, Vicenza, Lecce. Entre os artistas internacionais com quem trabalhou, destacam-se: Aprile Millo, Montserrat Caballé, Plácido Domingo, Roberto Alagna e Angela Gheorghiu.

Barbato foi Diretor Musical e Regente Titular da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro por duas vezes, de 1989 a 1992 e de 1999 a 2006.

Atualmente era Regente Titular da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Diretor Artistico do Teatro Nacional Cláudio Santoro em Brasilia e Diretor Musical da Sala Palestrina, em Roma.

O Maestro Silvio Barbato desapareceu tragicamente no dia 1° de junho de 2009, durante o voo 447 da Air France, quando estava a caminho de Kiev, Ucrânia (com conexão em Paris), onde iria fazer uma palestra sobre música russa e música brasileira e apresentar sua ópera "Carlos Chagas" em versão integral.

No dia 28 de abril 2010, o teatro do SESC "Presidente Dutra" de Brasilia, localizado no Setor Comercial Sul, foi nomeado "Teatro Silvio Barbato" em homenagem ao maestro. O tributo foi marcado com um concerto de músicas eruditas, tocada pela Orquestra Camerata Brasil e regida pelo maestro Joaquim França.

O presidente do SESC, Adelmir Santana destacou a importância do Maestro Silvio Barbato para o SESC: "Ao nomear o teatro, queremos lembrar de Silvio Barbato permanentemente".

Fonte: Wikipédia


Gilberto Mestrinho

GILBERTO MESTRINHO DE MEDEIROS RAPOSO
(81 anos)
Industrial, Auditor Fiscal e Político

* Manaus, AM (23/02/1928)
+ Manaus, AM (19/07/2009)

Gilberto Mestrinho era amazonense de Manaus, mas passou boa parte da infância dele em Lábrea, na região do Alto Purus, para onde foi com os pais Thomé de Medeiros Raposo e Balbina Mestrinho de Medeiros Raposo.

Filho do casal Tomé de Medeiros Raposo e Balbina Mestrinho de Medeiros Raposo. Industrial e auditor fiscal, foi prefeito de Manaus (1956-1958) durante o governo Plínio Coelho de quem foi Secretário de Economia e Finanças ao deixar a prefeitura. Filiado ao PTB foi eleito governador do Amazonas em 1958. Durante seu mandato transferiu seu domicílio eleitoral para o Território Federal do Rio Branco e foi eleito deputado federal em 1962 sem que precisasse renunciar ao governo.

Sua trajetória política, entretanto, foi interrompida pelo Ato Institucional Número Um que cassou o seu mandato em 9 de abril de 1964 na primeira leva de expurgos ditada pelos militares. Gilberto Mestrinho passou então a residir no Rio de Janeiro.

Com o fim do bipartidarismo mediante a reforma política aprovada pelo governo João Figueiredo em novembro de 1979, retornou ao meio político com uma breve passagem pelo PTB antes de integrar-se ao PMDB, mudança ocorrida em razão da proibição das coligações partidárias, o que tornou vulnerável sua opção anterior.

Em 1982 foi eleito governador do Amazonas no primeiro pleito direto em vinte anos. Sua ação como administrador permitiu a vitória de seu candidato Manoel Ribeiro à prefeitura de Manaus em 1985 e a eleição de Amazonino Mendes como seu sucessor em 1986. Tais fatos, porém, não o livraram de uma derrota em 1988 quando perdeu a prefeitura de Manaus para o então candidato do PSB, Artur Virgílio Neto.

Eleito para o seu segundo mandato de governador em 1990 cumpriu integralmente seu mandato e em 1998 foi eleito senador pelo Amazonas. Na Câmara Alta do Parlamento foi três vezes consecutivas (1999-2007) presidente da Comissão Mista de Orçamento.

Em sua última tentativa de concorrer a um cargo público lançou-se como candidato a reeleição ao Senado pelo PMDB do Amazonas, partido do qual era presidente estadual, mas ficou apenas em terceiro lugar ao final do pleito.

Foi recentemente homenageado pela Câmara Municipal de Manaus pelos relevantes serviços prestados à cidade de Manaus e ao Estado do Amazonas.

Em sua juventude, a fama de conquistador rendeu-lhe o carinhoso apelido, entre os amazonenses, de "Boto Tucuxi": em referência à lenda do boto que engravidava as caboclinhas pelo interior do Amazonas.

Morreu em 19/07/2009 no Hospital Prontocord onde estava internado havia quinze dias com Insuficiência Renal Crônica. Apesar da doença, Gilberto Mestrinho morreu por Complicações Cardíacas e há alguns meses, retirou um nódulo maligno do pulmão.

Fonte: Wikipédia


Mário Cravo Neto

MÁRIO CRAVO NETO
(62 anos)
Fotógrafo e Escultor

* Salvador, BA (20/04/1947)
+ Salvador, BA (09/08/2009)

Filho do escultor Mário Cravo Júnior, viveu em Nova Iorque entre 1968 e 1970, onde estudou na Art Student League. Participou da Bienal Internacional de São Paulo em 1971, 1973, 1975, 1977 e 1983 e recebeu diversos prêmios nacionais de fotografia. Sua obra faz referências à sua cidade natal e faz parte do acervo de diversos museus como o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e o Stedelijk Museum em Amsterdã, entre outros. Colaborou com as revistas Popular Photography e Câmera 35 e publicou onze livros.

Mário Cravo Neto, 62 anos, morreu vítima de um Câncer de Pele na tarde de 09/08/2009. Segundo informações de uma fonte que trabalha com o artista, Mário Cravo estava internado há três semanas no Hospital Aliança depois de ter piorado o seu quadro médico. Durante um ano ele permaneceu em São Paulo lutando contra um câncer. Em julho, retornou à capital baiana para dar continuidade ao tratamento.
O corpo foi velado na manhã do dia 10/08 no cemitério Jardim da Saudade, na capital baiana, onde foi cremado às 11h.

Fonte: Wikipédia e http://nildofreitas.com/v1/Bahia/5299.html


Raul de Barros

RAUL DE MACHADO DE BARROS
(93 anos)
Compositor, Maestro e Trombonista

* Rio de Janeiro, RJ (25/11/1915)
+ Itaboraí, RJ (08/06/2009)

É o autor do famoso choro "Na Glória". Um dos grandes trombonistas brasileiros, iniciou seus estudos musicais nos anos de 1930, tendo aulas de sax-horn com Ivo Coutinho. Pouco depois, passou para o trombone, instrumento com o qual se destacaria no meio musical. Seu professor nesse instrumento foi Eugênio Zanata.

Casou-se com a cantora Gilda de Barros, que era crooner de sua orquestra.

Faleceu aos aos 93 anos de idade no Hospital Desembargador Leal Junior, em Itaboraí, cidade da região metropolitana do Rio de Janeiro, de Insuficiência Renal e de Enfisema Pulmonar, tendo sido internado no dia 28 de maio.

Fonte: Wikipédia

Major Elza

ELZA CANSANÇÃO MEDEIROS
(88 anos)
Militar

* Rio de Janeiro, RJ (21/10/1921)
+ Rio de Janeiro, RJ (08/12/2009)

Major Elza era filha do médico sanitarista Tadeu de Araújo Medeiros, amigo de Alberto Santos Dumont e auxiliar direto de Oswaldo Cruz na campanha contra a febre amarela.

Com os pais, alagoanos aprendeu a atirar ainda na adolescência. Com as governantas alemãs que serviram a sua família na Copacabana da década de 30, aprendeu música e idiomas. Foi à primeira brasileira a se apresentar como voluntária, na Diretoria de Saúde do Exército, para lutar na Segunda Guerra Mundial, aos 19 anos de idade. Embora sonhasse em lutar na linha de frente, teve que se conformar em seguir como uma das 73 enfermeiras no Destacamento Precursor de Saúde da Força Expedicionária Brasileira, uma vez que o Exército Brasileiro, à época, não aceitava mulheres combatentes.

Com a criação do Quadro de Enfermeiras da Reserva do Exército pelo Decreto nº 6097 de 13/12/1943 e dado o pequeno número de enfermeiras profissionais existentes, foram aprovadas as instruções para o Curso de Emergência de Enfermeiras da Reserva do Exército (CEERE), do qual participou, na sua primeira turma, em 1944.

A instrução ministrada pelo Curso de Emergência de Enfermeiras da Reserva do Exército, na cidade do Rio de Janeiro, ocorria em três turnos ao longo do dia: logo cedo pela manhã, no Hospital Central do Exército, havia a prática hospitalar. A partir da 13 horas, instrução teórica no Quartel General do Exército e das 15 horas em diante, ordem unida, no Colégio Militar. Nos outros dias da semana, ocorriam os treinamentos de educação física na fortaleza de São João na Urca e de natação, na Tijuca.

A 25/03/1944, o Boletim Interno nº 70 publicava a relação da classificação intelectual da primeira turma de enfermeiras formadas pelo Curso de Emergência de Enfermeiras da Reserva do Exército. Foram três as primeiras colocadas no curso, todas com o grau de 9,5: Maria do Carmo Correa e Castro, Berta Moraes e Elza Cansanção Medeiros. Elza, por ser a mais nova dentre as três ficou em terceiro lugar na classificação final de curso. Coube a ela, porém, a honra de ser a oradora da turma e mais tarde, quando do envio das tropas brasileiras à Itália, foi ela a primeira convidada para integrar o Destacamento Precursor de Saúde que seguiu para aquele país, em 09/07/1944.

Concluído o Curso de Emergência de Enfermeiras da Reserva do Exército, as ex-alunas foram nomeadas Enfermeiras de 3º classe. Elza, e mais quatro colegas concluintes do curso foram integradas, em 22/04/1944, ao Destacamento Precursor de Saúde que tinha por missão embarcar a 08 de julho com destino à Nápoles, e lá chegando - o que ocorreu a 15 de julho - recepcionar os cinco mil brasileiros do 1º Escalão da Força Expedicionária Brasileira bordo do navio General Mann.

Mas na mesma noite de sua chegada à Nápoles, Elza havia sido informada que os alemães estavam cientes da movimentação brasileira e de que haviam prometido uma festa de boas vindas para a tropa que deveria chegar no dia seguinte. A noite inteira foi feita uma barragem de artilharia antiaérea. O espetáculo era muito bonito, uma vez que os disparos das antiaéreas eram com balas traçantes verde e vermelho.

"Depois de apreciar o espetáculo por algum tempo, resolvi ir deitar-me . Para abafar o barulho da artilharia, coloquei sobre a cabeça o travesseiro e dormi."

Na manhã do dia 16 de julho, deu-se o batismo de fogo da enfermeira Elza. Designada para a seção hospitalar brasileira do 45th Field Hospital, Elza foi incumbida de receber cerca de 300 brasileiros que chegaram baixados do General Mann e que para aquele hospital haviam sido encaminhados. Distribuídos nas várias enfermarias que compunham o 45th Hospital, os pracinhas ficaram também sob os cuidados das enfermeiras e dos médicos norte-americanos. Dado que os brasileiros e os norte-americanos não compreendiam o idioma um do outro, a enfermeira Elza foi também intérprete, tendo seu nome bradado pelos alto-falantes do hospital inúmeras vezes:

"Miss Medeiros, please, ward 5th! Miss Medeiros, Ward 9th!"

De volta ao Brasil, passou os dois anos seguintes viajando e, em 1947, ingressou, por concurso público, no serviço médico do Banco do Brasil, cargo que ocupou nos doze anos seguintes, período o qual se graduou jornalista, recebeu sua carta patente de 2º Tenente, além de vários elogios e medalhas pelo seus serviços de campanha, das quais a de Guerra, a de Bronze, a da Cruz Vermelha Brasileira e a de Santos Dumont. Publicou também seu primeiro livro sobre a odisséia da Força Expedicionária Brasileira nos campos da Itália: "Nas Barbas do Tedesco" (1955).

Por força da lei nº 3160, de 01/06/1957, as enfermeiras voluntárias da Força Expedicionária Brasileira que desejassem poderiam requerer sua reversão ao serviço ativo, no Serviço de Saúde do Exército, no posto de 2º Tenente. Elza, por ocasião da lei é convocada e, a 19/09/1957, reingressa no Exército, ficando adida à Diretoria Geral de Saúde.

De 1957 a 1962 serviu em várias unidades, foi condecorada pelo governo do Paraguai com a medalha Abnegacion y Constancia Honor al Merito, apresentou trabalhos em congressos de Medicina Militar e de Enfermagem e proferiu palestras às turmas de formação da Escola de Saúde do Exército. Em todas as atividades que participou destacou-se pelo profissionalismo e recebeu inúmeros elogios. Como resultado, a 21/09/1962, o Ministro da Guerra resolveu promovê-la ao posto de 1º Tenente Enfermeira, a contar de 25 de agosto daquele ano.

De 1963 a 1965 ficou agregada, a fim de reassumir suas funções no Banco do Brasil. Em janeiro de 1965 passou a disposição do Serviço Nacional de Informações lá permanecendo até junho de 1966. Reverteu uma vez mais ao serviço ativo do Exército em 22/11/1965. A 24 de outubro deste ano foi agraciada com a Medalha do Pacificador. Serviu na Policlínica Central do Exército e na Clínica de Cardiologia. Continuou a proferir palestras na Escola de Saúde e a receber elogios de todos que lhe privam da vida profissional.

Por força do agravamento de seu estado de saúde e de um diagnóstico confirmado de espondilo artrose anquilisante - moléstia adquirida em zona de combate - a 12/04/1976, aos 54 anos, a 1º Tenente Enfermeira Elza foi reformada dois postos acima na hierarquia militar, como Major. Atualmente, neste posto, foi reconhecida como a Decana das mulheres militares do Brasil.

Além de brilhante carreira militar, formou-se em Jornalismo, História das Américas, Psicologia, Parapsicologia, Turismo e Relações Humanas. Com conhecimentos de mecânica, escultura, pintura e tapeçaria, deu a volta ao mundo duas vezes, esteve na Antártida, aprendeu a pilotar ultraleves aos sessenta anos de idade.

Fundou e dirigiu duas revistas e assinou várias colunas em jornais do Rio de Janeiro e de Recife, tendo escrito três livros sobre a sua participação na Segunda Guerra. Apresentou ainda inúmeros trabalhos em congressos de medicina militar, com especial destaque para as Sugestões para a criação de um Corpo Auxiliar Feminino para as Forças Armadas, base para a abertura das Forças Armadas do Brasil à participação das mulheres.

Membro da Academia Alagoana de Cultura, atualmente, dedicava-se à preservação da memória fotográfica da Força Expedicionária Brasileira. Major Elza é detentora de 36 condecorações militares e paramilitares, destacando-se a:

  • Ordem do Mérito Militar - Nos graus de Cavaleiro e Oficial;
  • Medalha de Campanha da Força Expedicionária Brasileira;
  • Medalha do Mérito Tamandaré;
  • Meritorius Service United Plaque (Exército dos Estados Unidos);
  • Medalha de Guerra;
  • Medalha do Soldado Polonês Livre;
  • Medalha Ancien Combatant du Tatre du Operacion du L’Orope - França (única mulher a ser agraciada).

Major Elza faleceu vitima de complicações após uma queda em que o fêmur foi fraturado. O corpo da Major Elza foi cremado após o velório que aconteceu no salão nobre do Palácio Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

Fonte: Rota Aérea