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Wallace Souza

FRANCISCO WALLACE CAVALCANTE DE SOUZA
(51 anos)
Político e Apresentador de Televisão

☼ Manaus, AM (12/08/1958)
┼ São Paulo, SP (27/07/2010)

Francisco Wallace Cavalcante de Souza, mais conhecido como Wallace Souza, foi um político, apresentador de televisão nascido em Manaus, AM, no dia 12/08/1958.

Wallace Souza foi acusado de comandar o crime organizado no Estado do Amazonas, ao assassinar traficantes e viciados em drogas na Grande Manaus para exibir os casos em seu programa de televisão.

Nascido no Estado do Amazonas, Wallace Souza teve outros irmãos, Marlucia, Ulisses (também falecido) Carlos e Fausto Souza.

Wallace Souza ingressou na televisão com o programa Canal Livre na TV Rio Negro, hoje TV Bandeirantes Amazonas, em 1996. O programa mudou de emissora e foi para TV Manaus, hoje TV Em Tempo, com o novo nome Programa Canal Livre. Ao lado dos irmãos, Wallace Souza comandava o programa com casos policiais, mostrando assassinatos, sequestros e operações de repreensão ao tráfico.

Na política, Wallace Souza iniciou em 1996, como candidato a vereador por Manaus, obteve 898 votos e não foi eleito.

Em 1998 candidatou-se a deputado estadual pelo Estado do Amazonas e obteve 51.181 votos pelo Partido Liberal (PL).

Wallace Souza e Moacir Jorge Pereira da Costa, conhecido como Moa
Em 2008, o ex-policial militar Moacir Jorge Pereira da Costa, conhecido como Moa, denunciou que Wallace Souza e seu filho, Raphael Souza, comandavam uma quadrilha de esquadrão da morte e crime organizado no Estado do Amazonas. Em depoimento à polícia, disse que ao menos um assassinato foi cometido de acordo com determinação do deputado e gravado pela equipe de seu programa.

No dia 25/04/2009, a Polícia Civil, que investigava desde 2008 as suspeitas de associação ao tráfico e até assassinato de traficantes adversários para exibição no programa de televisão, entraram na casa do parlamentar e apreenderam grande quantidade de dinheiro e ouro, além de munição.

O filho, Raphael Souza, assumiu ser dono do material e recebeu voz de prisão. A operação foi muito tumultuada, pois Wallace Souza e os irmãos Carlos e Fausto Souza, ao chegarem ao local, tentaram impedir a ação da polícia.

Wallace Souza era investigado pelos crimes de formação de quadrilha, tráfico de drogas, ameaça a testemunhas e porte ilegal de armas. O trio dos irmãos foi logo acusado de associação ao tráfico, mandar matar traficantes adversários apenas para mostrar no programa de televisão para aumentar a audiência e liderarem o crime organizado no Estado do Amazonas.

Em julho de 2009, por determinação do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), Wallace Souza seria investigado por formação de quadrilha, associação ao tráfico de drogas, porte ilegal de armas e determinar a execução de crimes para exibição no programa Canal Livre.

Em 02/08/2009, o programa Fantástico, da TV Globo, através da reportagem feita da afiliada TV Amazonas, mostrou as graves denúncias, comparando ao "Caso Motosserra" do político no Acre Hildebrando Pascoal, com o nome do "Caso Wallace", tornando o caso conhecido mundialmente.

Canal Livre

Canal Livre foi um programa policial amazonense em 1996, ao estilo Programa do Ratinho, cuja apresentação era dividida por Wallace Souza e seus dois irmãos: O deputado federal Carlos Souza (PP) e Fausto Souza, este último era responsável pelas reportagens de rua.

O estúdio do programa era no Olímpico Clube, avenida Constantino Nery, e contava com um espaço para mais de 300 cadeiras. A produção do programa era da produtora Vanessa LimaCarlos Souza e Wallace Souza ganharam visibilidade política através do Canal Livre, que durante muitos anos foi apresentado na TV Rio Negro.

Reportagens de cunho policial, eram a marca registrada do Canal Livre.

Cassação

No dia 01/10/2009, a Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) iniciou a sessão de cassação do mandato de Wallace Souza. Vestido de branco e com uma Bíblia nas mãos, Wallace Souza chorou em plena Assembleia Legislativa, recebendo o apoio apenas do deputado Wilson Lisboa, presidente da sessão.

Mesmo assim, deputados da Assembleia Legislativa cassaram o mandato de Wallace Souza, por quebra de decoro parlamentar. Em votação secreta, 16 deputados votaram a favor da perda de mandato. O placar marcou quatro votos contra e três abstenções.

Após o resultado da cassação, Wallace Souza passou mal e foi levado em uma maca a uma audiência na Assembleia Legislativa.

Prisão

Sem foro por prerrogativa de função, por ter o mandato cassado, Wallace Souza teve a prisão preventiva decretada no dia 05/10/2009, por associação ao tráfico. Agentes da Polícia Civil e Federal procuraram o ex-parlamentar por toda cidade de Manaus, chegando a armar barreiras nos portos e aeroportos da capital. Após quatro dias foragido, Wallace Souza se entregou à polícia, em 09/10/2009.

Mesmo sem ter curso superior, Wallace Souza foi levado para uma cela especial no 1º Batalhão da Polícia de Choque, localizado no km 17 da AM 010. A polícia temia pela segurança do acusado.

Após a cassação de Wallace Souza surgiu o caso de Vanessa Lima, ex-produtora do programa Canal Livre. Ela foi denunciada por Patrícia Almeida, irmã do traficante Franquezinho do 40, preso no Mato Grosso do Sul, por manter associação com o tráfico de drogas no Amazonas.

Em 11/11/2009, Vanessa Lima foi ouvida por três horas na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Amazonas. No depoimento, a ex-produtora nega que tenha telefonado para Patrícia Almeida e diz que recebeu ligação da irmã do traficante após a prisão de Raphael Souza, filho do ex-deputado, condenado a 11 anos de prisão por associação ao tráfico.

No mesmo dia, o Ministério Público do Amazonas decretou pedido de prisão preventiva de Vanessa Lima, que foi indiciada por associação ao tráfico de drogas no Estado. Foi presa na tarde de 10/12/2009, também sob acusação de associação para tráfico de drogas.

Internações

Após a cassação, a saúde do ex-deputado Wallace Souza piorou desde então.

A primeira internação foi no dia 02/11/2009. Ele deixou a prisão e foi encaminhado à Beneficente Portuguesa, no centro de Manaus. Com dores no abdômen e no tórax, Wallace Souza ficou internado por três meses e meio, quando recebeu alta no dia 16/02/2010 e voltou para casa, para cumprir prisão em regime domiciliar.

No dia 18/03/2010, com doença crônica no fígado, foi transferido para o Hospital Bandeirantes, em São Paulo.

No dia 11/06/2010, o quadro clínico de Wallace Souza piorou, devido a complicações nos rins e nos pulmões. Wallace Souza deu entrada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), chegando a ficar sob coma induzido e respirando por aparelhos.

Durante todo esse período ele ficou sob guarda de agentes da Polícia Federal. A família de Wallace Souza tentou retirar a escolta policial e até transferi-lo para tratamento em Miami, nos Estados Unidos, mas a Justiça negou os pedidos.

Novas Denúncias

Paralelo a isso, no dia 11/05/2010, a produtora e repórter do Canal Livre, Gisele Vaz, afirmou em depoimento prestado na 2ª Vara Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecente (2ª VECUTE), que participou de pelo menos uma das reuniões em que Wallace Souza tramava, junto a mais três pessoas, o assassinato da juíza federal Jaiza Fraxe.

No dia 07/07/2010, o juiz responsável pela investigação do "Caso Wallace", Mauro Antony, declarou que o processo estava perto de chegar ao fim. Até aquela data, foram ouvidas 12 réus e testemunhas de defesa. Mauro Antony esperava encerrar o caso em dezembro daquele ano.

Na Mídia

Em 27/08/2018, o canal Space lançou a série "Pacto de Sangue", ficção que se assemelha ao caso que envolve o apresentador ao retratar um jornalista que provoca crimes em busca de audiência para seu programa de televisão. Wallace Souza e o programa Canal Livre também foram retratados no documentário "Bandidos na TV", lançado mundialmente em 31/05/2019 pelo serviço de vídeo sob demanda Netflix, que resume o escândalo criminoso no qual o apresentador esteve envolvido e o processo de cassação do seu mandato como parlamentar.

Morte

Sofrendo de ascite, acumulação anormal de líquido no abdômen, Wallace Souza foi internado em estado grave na UTI do Hospital Bandeirantes, São Paulo, vindo a morrer às 16h00 do dia 27/07/2010 em decorrência de uma parada cardíaca.

O hospital divulgou nota oficial:
"O ex-deputado estadual do Partido Progressista (PP-AM), Francisco Wallace Cavalcante de Souza, 51 anos, internado no Hospital Bandeirantes, em São Paulo desde o dia 18 de março de 2010, faleceu às 16h desta terça-feira (27/7), em decorrência de uma parada cardíaca. O paciente sofria de uma ascite refratária decorrente da Síndrome de Budd Chiari. Os médicos que acompanharam o paciente foram coordenados pelo diretor-clínico Drº Mário Lúcio Alves Baptista Filho."
(Hospital Bandeirantes)

Wallace Souza era casado e deixou três filhos.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #WallaceSouza #BandidosnaTV #PactodeSangue

Cláudia Wonder

MARCO ANTÔNIO ABRÃO
(55 anos)
Escritora, Cantora, Compositora, Colunista, Transexual e Militante Pelos Direitos LGBT

☼ São Paulo, SP (15/02/1955)
┼ São Paulo, SP (26/11/2010)

Marco Antônio Abrão, nome de nascimento de Cláudia Wonder, foi uma artista performer, escritora, cantora, compositora, colunista e militante pelos direitos LGBT, nascida em São Paulo, SP, no dia 15/02/1955.

Cláudia Wonder logo cedo descobriu sua identidade de gênero. Ainda na adolescência, começou a frequentar a noite e a se inserir no contexto transgênero, sendo contemporânea dos grandes nomes do undergound paulistano, como Andréa de Mayo, Telma Lipp, Nana Vogel, Brenda Lee, Roberta Close, Janaína Dutra, entre tantas outras.

Ícone da cena underground, começou sua carreira artística fazendo shows em boates e logo estreou no teatro e no cinema. Ainda adolescente contracenou com grandes nomes nacionais, entre eles, Tarcísio Meira e Raul Cortez.

Nos anos 1980 descobriu sua veia musical e estreou como letrista e vocalista da banda de rock Jardins das Delícias, com o show "O Vomito do Mito", no lendário clube paulistano Madame Satã. Depois formou a banda Truque Sujo e obteve sucesso junto a critica musical e ao público.

No final da década de 80 mudou-se para a Europa e lá ficou durante onze anos, onde trabalhou em shows e depois como empresária na área da estética, ela tinha formação como cabeleireira e maquiadora.


De volta ao Brasil, retomou a carreira artística, participando de duas coletâneas musicais em CD "Melopéia", do selo Rotten e "Sonetos do Poeta Glauco Mattoso", musicados por vários artistas, entre eles, Arnaldo Antunes e Itamar Assumpção. Para esse trabalho Cláudia Wonder musicou o "Soneto Virtual", no qual fez dueto o cantor Edson Cordeiro, seu amigo. Participou ainda da primeira coletânea de electronacional no CD "Body Rapture", do selo Lua Music, com a música "Tônica do Haligalle", e em setembro de 2007 lançou seu primeiro CD solo "FunkyDiscoFashion", pelo mesmo selo.

Cláudia Wonder também lançou o livro intitulado "Olhares de Claudia Wonder - Crônicas e Outras Histórias" em agosto de 2008 pelas Edições GLS do Grupo Editorial Summus.

Em junho de 2009, protagonizou o documentário "Meu Amigo Claudia", do cineasta Dácio Pinheiro, o qual conta sua trajetória e cuja première foi no Frameline Lesbian And Gay Film Festival Of San Francisco, na Califórnia.

Em virtude de sua identidade de gênero, por várias vezes foi detida, sexualmente molestada e enxotada de lugares. Segundo ela mesma revelou em entrevista, chegou a ser comparada aos mais perversos marginais "simplesmente por ser diferente das outras pessoas". Isso lhe causou grande revolta e ela fez de sua revolta o motor para lutar contra o que considerava uma barbárie. Um de seus feitos foi ter conseguido fazer shows e frequentar as páginas culturais de jornais e revistas mesmo em plena Ditadura Militar.

"Um travesti que emprega o poder transgressivo de sua personificação, com acuidade e extraordinária força cênica!"
(Alberto Guzik, crítico teatral)

Militância

Ícone da comunidade Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros (LGBT), foi escolhida como abre-alas da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo de 2001, além de madrinha do Festival Mix Brasil de Cinema e Vídeo da Diversidade Sexual, e foi incluída numa lista das 24 personalidades que marcaram 2010.

Foi também coordenadora do Grupo de Estudos da identidade de Gênero "Flor do Asfalto" e trabalhou como colunista e repórter da revista G Magazine e do site G Online até 2008.

Militante fervorosa, Cláudia Wonder ainda trabalhava como monitora de abordagem e comunicação do Centro de Referência da Diversidade, no projeto Cidade Inclusiva, uma parceria da prefeitura da cidade de São Paulo com a União Europeia.

Meses antes de falecer, em meados 2010, ela concedeu uma entrevista à revista Trip, cujos trechos gravados são transcritos abaixo:

Trabalhei de uns tempos pra cá, há uns dois anos me entreguei a uns projetos sociais em prol dos travestis. A gente inaugurou ali na Boca (do Lixo, zona boêmia decadente de São Paulo) mesmo o Centro de Referência da Diversidade, na Rua Major Sertório, e ali a gente fica sabendo das coisas: Virou meio que opção de marginal, sabe, cafetinar travesti. Dependendo da área pode ter um ou dois, que não são travestis. Tinha um cara que era o Malhação, era um cara, saído da cadeia que começou a atacar - eles brutalizam mesmo - batem na travesti, cortam o cabelo, pra todas ficarem com medo.

Quem aluga uma casa, até presta um serviço, digamos assim, porque não tá explorando de forma absurda. Hoje até que tá mais fácil mas antes pra um travesti alugar apartamento era muito difícil, ainda mais pra quem é puta na rua. "Vou sujar o prédio, causar com meus vizinhos?" É complicada a prostituição, e é só isso que as travestis têm pra fazer, né? Pelo menos as que tão lá. Tem muitas que não são putas, mas não se pode dizer; o que tá na rua você vê - as cabeleireiras, mas não importa, vira e mexe eu encontro.

Não dá pra saber se são tantas travestis que tão na rua são putas - mesma coisa que dizer que todo japonês é tintureiro. Mas é muito difícil pra uma travesti alugar apartamento - por causa dos documentos -; se estuda, se tá trabalhando é mais fácil. Mas se tá na rua tendo uma (casa da) cafetina onde ela possa dormir e comer, como a Andréa de Mayo... mas esse tipo de cafetão não dá nada, só vai lá e cobra o ponto.

A travesti que está na rua não é respeitada por ninguém. Eu escrevia pra G Magazine, fazendo trabalho de conscientização, falando que é possível ter uma outra forma de vida, mas pra chegar nelas não é através da revista porque nem todas compram. E tem travesti nova que aparece toda semana, porque tem vida curta, elas morrem cedo, morrem assassinadas, ninguém fala muito. Que nem escreveram: "Travesti é vítima dele mesmo", e é verdade.

No Fantástico apareceu a travesti que fez doutorado, pensei: "Ah, legal, as coisas tão mudando." Aí na terça vi aquele papelão da travesti do Rio batendo no cara (bêbado) indefeso, aí ninguém mais deu uma linha a respeito do assassinato. Travesti que tá na rua é vítima de transfobia, porque é como se fosse um escudo - de toda essa coisa gay, de diversidade sexual, é ele que tá ali, à mostra. Então é um esporte matar viado, aí mata, dá tiro (...)"
(Cláudia Wonder, em entrevista à revista Trip)

Morte

Claudia Wonder faleceu na sexta-feira, 26/11/2010, aos 55 anos. Ela estava internada em um hospital desde o fim de outubro de 2010 e faleceu vítima de uma infecção causada pelo fungo Cryptococcus neoformans, encontrado principalmente nas fezes de pombos.

Carreira

Filmografia
  • 2010 - Luz Nas Trevas - A Volta Do Bandido Da Luz Vermelha
  • 2009 - Meu Amigo Claudia (Documentário)
  • 2007 - Identidade (Documentário)
  • 2007 - Espeto
  • 2006 - Um Quatro Cinco, Disque Amizade
  • 2003 - Cláudia Wonder International Show
  • 2003 - Carandiru
  • 2000 - A Cama Do Tesão
  • 1995 - A Próxima Vítima
  • 1985 - Sexo Livre
  • 1984 - Sexo Dos Anormais
  • 1984 - Volúpia De Mulher
  • 1983 - Elas Só Transam No Disco
  • 1977 - A Mulata Que Queria Pecar
  • 1976 - O Mulherengo
  • 1974 - O Marginal

Teatro
  • As Gigoletes
  • O Que É Que A Boneca Tem?
  • As Gigolettes II
  • Depois Eu Conto
  • Nossa Senhora Das Flores
  • O Homem E O Cavalo
  • Acordes de Brecht
  • Erótica, Tudo Pelo Sensual
  • Mostra De Dramaturgia Do Pensamento Selvagem
  • Mostra De Dramaturgia Do Pensamento Selvagem II
  • Lês Grils 77

Participações Em Videoclipes
  • Trilogia Disco, do cantor Edson Cordeiro;
  • Memórias, da roqueira Pitty;
  • Eu Mesmo, da banda de rock Radikalez
  • Mina de Família, do grupo de funk Fulerô o Esquema

Fonte: Wikipédia
Indicação: Yuri S.
#famososquepartiram #claudiawonder

Francisco Sarno

FRANCISCO JOSÉ SARNO MATARAZZO
(85 anos)
Técnico e Jogador de Futebol

☼ Niterói, RJ (05/11/1924)
┼ São Paulo, SP (17/01/2010)

Francisco José Sarno Matarazzo foi um jogador e técnico de futebol brasileiro. Sarno, como ficou conhecido quando era jogador de futebol, nasceu na quarta-feira, 05/11/1924, na cidade fluminense de Niterói e começou sua carreira jogando no Botafogo carioca na década de 40.

Zagueiro de ofício, Sarno defendeu, além do Botafogo, o Palmeiras, o Vasco, o Santos e o Jabaquara Atlético Clube, último time que atuou como zagueiro e primeiro clube que trabalhou como técnico.

Em sua nova posição, no banco de reservas e atuando como técnico, foi conhecido como Francisco Sarno e trabalhou, além do Jabaquara, no Corinthians, Ponte Preta, Noroeste, Guarani, Coritiba, Atlético Paranaense, entre outros, e também dirigiu times na Colômbia.

Seu último trabalho em uma equipe de expressão foi no Campeonato Brasileiro de 1973 no comando do Clube Atlético Paranaense.

Polêmica

Francisco Sarno, por um breve período, foi comentarista esportivo na Radio Tupi de São Paulo em meados da década de 60, porém, não foi em palavras ditas aos ouvintes da rádio que o ex-zagueiro causou uma grande polêmica em 1965 e sim ao escrever e lançar, neste ano, o livro "Futebol, a Dança do Diabo" aonde relata os bastidores e o submundo da bola.

Francisco Sarno conquistou campeonatos como zagueiro e técnico em clubes brasileiros e os principais são:

  • 1951 - Campeão da Copa Rio pelo Palmeiras (Jogador)
  • 1955 - Campeão Paulista pelo Santos (Jogador)
  • 1968/1969 - Bi-campeão Paranaense pelo Coritiba (Técnico)

Falecimento

Francisco Sarno sofria, nos últimos anos, do Mal de Alzheimer e em decorrência deste mal faleceu no domingo, dia 17/01/2010, em São Paulo, SP, aos 85 anos.

Fonte: Wikipédia

José Janene

JOSÉ MOHAMED JANENE
(55 anos)
Empresário, Pecuarista e Político

☼ Santo Inácio, PR (12/09/1955)
┼ São Paulo, SP (14/09/2010)

José Mohamed Janene foi um empresário, pecuarista e político brasileiro. Dono de várias fazendas e negócios, principalmente na cidade de Londrina, PR, onde viveu, foi na política que Janene ganhou visibilidade como um dos pivôs do escândalo do Mensalão.

José Janene era o líder do Partido Progressista (PP) na Câmara dos Deputados na época do escândalo, sendo apontado como o destinatário de R$ 4,1 milhões repassados pelo esquema operado pelo publicitário Marcos Valério.

Dos 19 parlamentares acusados de envolvimento no chamado "Valerioduto", José Janene foi o último a ser julgado pelo plenário da Câmara. Mesmo com o processo instalado em 17/10/2005, a Comissão de Ética da Câmara dos Deputados demorou mais de treze meses para votar o parecer que recomendava a cassação de José Janene.

Desde setembro de 2005, quando entrou em licença médica, José Janene conseguiu por várias vezes atrasar o processo, alegando problemas de saúde. Chegou a pedir aposentadoria antes da votação, mas o pedido foi rejeitado pela direção da Câmara.

No dia 06/12/2006, o então deputado licenciado foi absolvido em uma sessão esvaziada. Na votação secreta, 210 deputados votaram pela cassação, 128 pela absolvição, cinco em branco e 23 abstenções. Para cassá-lo, seriam necessários pelo menos 257 votos, mas o baixo quórum da sessão ajudou a livrá-lo.

Em 31/12/2006, o Diário Oficial da União publicou decisão da Câmara Federal, que concedeu à José Janene aposentadoria de 12,8 mil reais por invalidez.

Em 15/09/2006, teve uma fazenda, a 3 Jota, que fica no distrito de Guaravera, em Londrina, invadida por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que alegavam que a propriedade havia sido adquirida com dinheiro proveniente de corrupção, devendo ser destinada à reforma agrária. Para muitos o uso do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra foi revanche do então presidente Lula, em resposta a extorsão que José Janene fazia ao presidente.

Em 2009 novas denúncias sobre lavagem de dinheiro voltaram a atormentar a vida de José Janene, agravando sua cardiopatia. Desde então José Janene vinha sendo investigado novamente.

Devido ao agravamento de seu estado de saúde causado por um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e da criação da Lei da Ficha Limpa, José Janene se viu obrigado a abandonar definitivamente sua carreira como político e passou a operar nos bastidores.

Morte

José Janene foi vítima de Acidente Vascular Cerebral (AVC) em fevereiro de 2010, quando então planejava sua volta à política. Ficou três meses aguardando na fila um transplante cardíaco, que não ocorreu, morrendo em 14/09/2010, no Instituto do Coração, na cidade de São Paulo.

Seu corpo foi enterrado no Cemitério Islâmico de Londrina.

A Volta

No ano 2014, José Janene voltou a mídia, quando o Ministério Público Federal (MPF) evidenciou que fora ele o mentor do esquema de propinas nas estatais brasileiras, beneficiando políticos do Partido Progressista (PP), segundo delação do doleiro Alberto Youssef. Desta vez integrantes de sua família são arrolados como réus em um dos inquéritos da Operação Lava Jato.

Após a viúva de José Janene, Stael Fernanda Janene, relatar que não viu o corpo do ex-marido após sua morte, o presidente da CPI da Petrobrás, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), afirmou em 20/05/2015 que pediria a exumação do corpo do ex-deputado.

Dois dias depois do deputado Hugo Motta afirmar que pediria a exumação do corpo, o site "O Antagonista" de Diogo Mainardi e o jornalista Mario Sabino publicou a certidão de óbito de José Janene, onde consta como declarante da morte do ex-deputado o doleiro Alberto Youssef, do Escândalo do Petrolão. Segundo os familiares de José JaneneAlberto Youssef era amigo da família.

Fonte: Wikipédia

Elizabeth Darcy

NATÁLIA PEREZ DE SOUZA
(97 anos)
Atriz

* São Paulo, SP (02/12/1912)
+ São Paulo, SP (10/01/2010)


Natalia Perez de Souza mais conhecida como Elizabeth Darcy foi uma atriz e apresentadora brasileira. Era mãe da atriz Verinha Darcy, falecida ainda jovem, aos 34 anos, e também do locutor Silvio Luiz.

Começou a sua carreira na antiga TV Paulista, Canal 5, como apresentadora e garota-propaganda. Depois foi para a TV Tupi, e sempre foi considerada uma das figuras mais elegantes da televisão brasileira. Na sua época, participou de importantes programas e chegou a ganhar mais de um Troféu Roquete Pinto como a melhor do ano.

Elizabeth Darcy sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) cerca de quatro anos antes de sua morte, e desde então não falava e nem se locomovia mais.

Elizabeth Darcy faleceu na manhã de domingo, 10/01/2010, em São Paulo, aos 97 anos. O seu corpo foi velado na Beneficência Portuguesa, no bairro do Paraíso, em São Paulo.

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio

Gilda de Barros

Gilda de Barros
(82 anos)
Cantora e Atriz

* Teresópolis, RJ (28/06/1927)
+ Rio de Janeiro, RJ (05/03/2010)

Gilda de Barros foi uma cantora brasileira casada com o trombonista Raul de Barros.

Em 1953, gravou o baião "Remador" (Osvaldo Silva Melo e Hélio Sindô) e o bolero "Aquelas Frases Lindas", com Raul de Barros e Sua Orquestra. Gravou o samba-canção "Eu Sou a Outra" (Ricardo Galeno) e o fox "Peço Desculpas" (Hoffman, Goodhart e Lourival Faissal).

Em 1954 gravou "Ave-Maria no Morro" (Herivelto Martins), o baião "Leva Saudade" (Castro Perret e Osvaldo Silva) e o maracatu "Maracatucá" (Geraldo Medeiros e Jorge Tavares), com a orquestra de Raul de Barros.

É de 1955 as gravações dos sambas "Não Pode Ser" (Ricardo Galeno e Maria Lopez) e "A Felicidade Vem Depois" (Raul de Barros e Zé Kéti).

Em 1956, gravou pela Odeon o fox "Lavadeiras de Portugal" (Popp, Lucchesi e Joubert de Carvalho) e o samba-canção "Vem Viver Ao Meu Lado" (Alcides Fernandes e Tom Jobim), com acompanhamento da orquestra de Antônio Carlos Jobim.

Em 1957, passou para a gravadora Todamérica, onde estreou gravando o samba-canção "Domínio" (Jota Jr. e Oldemar Magalhães) e o bolero "Meu Xodó" (Oscar Bellandi e Cícero Nunes).

Seguiriam, em 1958, as gravações do samba-canção "Beijos Mentirosos" (Osmar Safeti e Jaime Florence) e do mambo "Covarde" (Getúlio Macedo e Lourival Faissal). Gravou pela Sinter a marcha "Tentação de Momo" e o samba "Sei Que Voltarás" (Alcebíades Nogueira e Luiz de França).

Em 1962, gravou pela Mocambo a marcha "Você Dá Sopa Demais" (Gracia, Tevê e J. Fonseca) e o samba "Mais Um Amor" (Buci Moreira, Arnô Canegal e Jorge Gonçalves).

São de 1964 as gravações, também pela Mocambo, da marcha "A Bola do Maracanã" (Gracia e Chavito) e do samba "O Outro Lado da Vida" (J. Piedade e Moacir Vieira).

Nos anos 60, gravou ainda pela pequena gravadora Agems os sambas "Do Leblon a Cascadura" (Elias Ramos, Nelinho e Arnaldo Morais) e "Resignação" (Elias Ramos e Nelinho).

Gilda de Barros faleceu no Rio de Janeiro, no dia 05/03/2010, aos 82 anos de idade após três meses de enfermidade.

Primeira apresentação de Gilda de Barros em sua carreira artística aos 17 anos.
Na foto aparecem Iara Sales e Lamartine Babo.
Discografia

  • S/D - Do Leblon a Cascadura / Resignação (Agemsa, 78)
  • S/D - Tem Caroço no Angu / Zumba-ê (Folia, 78)
  • 1964 - A Bola do Maracanã / O Outro Lado da Vida (Mocambo, 78)
  • 1962 - Você Dá Sopa Demais / Mais Um Amor (Mocambo, 78)
  • 1958 - Beijos Mentirosos / Covarde (Todamérica, 78)
  • 1958 - Tentação de Momo / Nunca é Tarde (Sinter, 78)
  • 1958 - Trágica Mentira / Sabes Fingir (Sinter, 78)
  • 1957 - Domínio / Meu Xodó (Todamérica, 78)
  • 1957 - Quem Está Com Mágoa... / Mamãe Já Vem Aí (Todamérica, 78)
  • 1956 - Lavadeiras de Portugal / Vem Viver a Meu Lado (Odeon, 78)
  • 1956 - Noite Feiticeira / Eu Sem Você (Odeon, 78)
  • 1955 - Não Pode Ser / A Felicidade Vem Depois (Odeon, 78)
  • 1955 - Conversa de Sofá / Mais Uma Noite (Odeon, 78)
  • 1955 - Empregada de Aliança / Menina-moça (Odeon, 78)
  • 1954 - Ave-Maria no Morro / Leva Saudade (Odeon, 78)
  • 1954 - Noite Sem Lua / Traço N'água (Odeon, 78)
  • 1953 - Remador (Odeon, 78)
  • 1953 - Eu Sou a Outra / Peço Desculpa (Odeon, 78)


Indicação: Miguel Sampaio

Maria Olívia

MARIA OLÍVIA DA SILVA
(130 anos)
Dona de Casa

* Varsóvia, Polônia (28/02/1880)
+ Astorga, PR (08/07/2010)

Maria Olívia da Silva foi uma dona-de-casa brasileira que alegava ter nascido em 28/02/1880 e desta forma ter morrido com 130 anos de idade, o que a tornaria a pessoa mais idosa da história, reconhecido pelo RankBrasil, mas não reconhecido pelo Guiness Book.

Ela nasceu na cidade de Varsóvia, Polónia, e, quando de seu falecimento, morava no distrito de Içara, em Astorga, no norte do Paraná. Sua casa de madeira tem as paredes tomadas por recortes de revistas e jornais de todo o mundo sobre o recorde de longevidade da ilustre moradora.

Veio para o Brasil aos 3 anos, sendo registrada em Itapetininga, SP, sendo desconhecido o seu nome original. Dona Maria Olívia da Silva teve dez filhos naturais e adotou mais quatro, mas o número de netos, bisnetos e trinetos não pode ser mensurado. Seriam cerca de 400, calcula Aparecido Honório Silva, 59 anos, adotado ainda quando bebê. Ele é um dos três filhos vivos dos 14 integrantes de sua prole.

Dona Maria Olívia viveu em mais de dez lugares diferentes como Porecatu, PR, Centenário do Sul, PR e Presidente Bernardes, SP, mas nunca abriu mão da vida no campo. Desde criança trabalhou na roça, ajudando a plantar feijão, capinar grama e a colher algodão e café.

Casou-se pela primeira vez aos 12 anos, mas foi abandonada pelo marido, que a deixou para ficar com outra mulher. Dessa união teve uma filha. Depois, aos 28 anos, casou-se novamente, e teve mais nove filhos. O segundo marido, Benedito Honório da Silva, morreu aos 84 anos.

Personagem de várias reportagens, Maria Olívia dizia que trabalhou muito na vida e atribuiu a longevidade a uma alimentação baseada em feijão e banana. Nos últimos anos, estava com grande dificuldade para se locomover.

Pesava cerca de 30 quilos, contava com 50% da visão e 20% da audição, e tinha problemas no rim, no coração e no pulmão. Por causa da saúde, Maria Olívia passava a maior parte do dia sentada em um sofá próximo à porta da casa, de onde observava o movimento da rua.

A determinação da idade de Maria Olívia da Silva poderá nunca ser resolvida dada a falta de documentação fidedigna. Segundo duas interpretações diferentes de dois dos seus filhos, a sua idade em 2007 oscilaria entre os 92 e os 104 anos, o que resultaria numa data aproximada do seu nascimento entre 1903 e 1915. Assim, Maria Olívia da Silva poderia nem ser centenária quando faleceu em 2010.

Apesar de não ser comprovado por documentação da época do nascimento, Maria Olívia da Silva possui oficialmente o ano de registro de 1880 conforme o seu registro civil e documento de identidade brasileiros, ambos documentos emitidos na década de 70, quando ela já teria mais de 90 anos.

No dia 09/06/2009 ela igualou o anterior recorde de Maria do Carmo Gerônimo, tornando-se a pessoa com a alegação de maior longevidade do Brasil dos últimos dez anos.

A 28/02/2010 cumpriu supostamente a idade de 130 anos. Ao atingir esta marca chegou ao limite da plausibilidade segundo os especialistas em gerontologia.


Idade Não Foi Reconhecida Fora do Brasil

Os documentos de Maria Olívia da Silva apontam que ela nasceu em 28/02/1880 em Itapetininga, interior de São Paulo. Com isso, em 2010, ela superaria a francesa Eugénie Blanchard, de 114 anos, que era na época reconhecida como a mulher mais velha do mundo pelo Grupo de Pesquisa de Gerontologia, dos Estados Unidos.

O problema de oficializar Maria Olívia com o recorde mundial está na falta informações mais precisas sobre seu nascimento. Existe a dúvida se ela nasceu ou se foi apenas registrada em Itapetininga, já que ela afirma ter vindo da Polônia com seus pais.

Além disso, seu filho contou que, na década de 1960, um incêndio na casa em que moravam, em Centenário do Sul, PR, destruiu todos os documentos da mãe. Mais tarde, uma nova certidão de nascimento foi tirada em Porecatu, PR, onde a família foi morar em 1970. Os documentos foram analisados e reconhecidos pelo RankBrasil, o livro dos recordes brasileiros.

Sendo ou não a mulher mais velha do planeta, Maria Olívia se tornou destaque em jornais, revistas e programas de TV do mundo todo. Entre os veículos que já divulgaram sua história, estão o Corriere Della Sera, da Itália, The Pueblo Chieftan, Tucson Citzen, dos Estados Unidos, Dagbladet, da Noruega, IOL da África do Sul. Até mesmo a renomada revista científica Live Science noticiou o fato.


Morte

Maria Olívia da Silva morreu no início da noite de quinta-feira, 08/07/2010, em Astorga, na região Noroeste do Paraná, aos 130 anos, considerada a pessoa mais velha do país. Um dos filhos da idosa, Aparecido Silva, contou que ela havia passado mal depois de jantar e não teve tempo de ser socorrida. O corpo foi velado na capela mortuária do distrito de Içara e o sepultamento ocorreu na sexta-feira, 09/07/2010, às 15 horas.


Bill Farr

ANTÔNIO MEDEIROS FRANCISCO
(84 anos)
Cantor e Ator

* Sapucaia, RJ (30/10/1925)
+ Rio de Janeiro, RJ (13/09/2010)

Antônio Medeiros Francisco, de nome artístico Bill Farr, foi um cantor e ator brasileiro. Passou a infância em Petrópolis, RJ, e, quando ainda estudante do Colégio Werneck, organizou um grupo vocal. Depois que terminou seu curso científico, ingressou na carreira artística.

Começou como vocalista no Hotel Quitandinha, em Petrópolis. Depois passou a atuar na Rádio Nacional do Rio de Janeiro por intermédio de César de Alencar, participando dos programas "Gente Nova", de Celso Guimarães, "Programa César de Alencar", "Um Milhão de Melodias" e "Orquestra Melódica". Tornou-se vocalista da orquestra de Ferreira Filho.

Em 1952, gravou seu primeiro disco, pela gravadora Sinter, com o samba "Abraça-Me" (Luís Bittencourt), e o bolero "Depois do Amor" (José Maria de Abreu e Osvaldo Santiago). No mesmo ano, foi lançado como galã no cinema por José Carlos Burle nos filmes "Carnaval Atlântida" e "Barnabé, Tu És Meu".

Em 1953, por intermédio de Bené Nunes, transferiu-se para a gravadora Continental, pela qual lançou com sucesso, em 1954, o foxtrote "Oh" (Arnold Johnson e Byron Gay - com versão de Haroldo Barbosa), que foi, por vários meses, campeão de vendas. No mesmo período, gravou o samba "Podem Falar" (Antônio Maria e Ismael Neto), a cançoneta "Coisas de Paris" (Haroldo Barbosa), e o foxtrote "Zum-Zum-Zum" (Lúcio Alves).

Mary Gonçalves e Bill Farr
Em 1954 lançou a marcha "Tira a Boca do Caminho" (Mário Lago e Chocolate). Gravou também o fox-polca "A Casa do Nicola" (João de Barro) e o samba-canção "O Que é Amar" (Johnny Alf).

Em 1956, gravou com Emilinha Borba, com arranjos de João de Barro, o fox-marcha "Bate o Bife". No mesmo ano, gravou os sambas "Só Errando o Português" (Lúcio Alves), e "Sonho Desfeito" (Armando Cavalcanti, Paulo Soledade e Tom Jobim).

Em 1957, gravou os sambas "Vamos Beber" (Paquito, Nelson Boexi e Romeu Gentil), e "Não Me Jogue Fora" (Aldacir Louro e Avaré), a "Toada do Burrinho" (Catulo de Paula e Hermenegildo Francisco), e a valsa "Mulher Ideal" (Klécius Caldas e Armando Cavalcanti).

Em 1958 lançou o bolero "Vencida" (Eduardo Patané), e os sambas-canção "Eu Não Existo Sem Você" (Tom Jobim e Vinícius de Moraes), e "Canção Para Ninar Gente Grande" (Antônio Maria e Evaldo Gouveia).

Mary Gonçalves e Bill Farr
Em 1959, gravou "Mais Um Samba Popular" (Ataulfo Alves), e "Manhã de Carnaval" (Luiz Bonfá e Antônio Maria).

Em 1960, gravou o clássico samba "Mulher de Trinta" (Luiz Antônio).

Em 1961, lançou seu último disco, interpretando a marcha "Passarela" (Jota Jr. e Castelo), e o samba "Lá Vem Mangueira" (Paquito, Romeu Gentil e Paulo Gracindo).

Depois do Carnaval de 1961, Bill Farr abandonou a carreira artística, indo residir em Madrid, Espanha, trabalhar em um escritório brasileiro de comércio exterior.

Aos 80 anos, participou do septuagésimo aniversário da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, ao lado de antigos funcionários, produtores e artistas da rádio, como Marlene, Jorge Goulart, Ademilde Fonseca, Daisy Lúcidi e Gerdau dos Santos.

Bill Farr faleceu em 13 de setembro de 2010, aos 84 anos, no Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia

Wilson Martins

WILSON MARTINS
(88 anos)
Magistrado, Professor, Escritor, Jornalista, Historiador e Crítico Literário

* São Paulo, SP (03/03/1921)
+ Curitiba, PR (30/01/2010)

Wilson Martins foi um magistrado, professor, escritor, jornalista, historiador e crítico literário brasileiro e autor da coleção monumental "História da Inteligência Brasileira".

Com apenas 16 anos de idade, Wilson Martins já era revisor no jornal Gazeta do Povo como prestador de serviço, sendo contratado somente em 1945 como funcionário do jornal. Formou-se em Direito, mas após concluir um curso de especialização literária em Paris, passou a dedicar-se exclusivamente à literatura, como professor e crítico.

Wilson Martins foi também professor de Literatura Francesa na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e lecionou por 26 anos em Nova York, na New York University, aposentando-se deste cargo em 1992, quando foi homenageado com o título de Professor Emérito. No entanto, apesar da sólida carreira acadêmica, era na crítica literária jornalística que se sentia mais em casa.

Autor de diversas obras, destacou-se pela fundamental "História da Inteligência Brasileira", com diversos volumes. Igualmente fundamental é a "Crítica Literária no Brasil", história da atividade crítica no País. Com suas obras, Wilson Martins ganhou alguns dos principais prêmios literários nacionais. Recebeu prêmios como o Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, por duas vezes, por volumes do livro "História da Inteligência Brasileira", e o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, em 2002, pelo conjunto de sua obra.

Foi durante 25 anos crítico literário de O Estado de S.Paulo e também do Jornal do Brasil. Foi colunista da Gazeta do Povo e do O Globo.

Era um crítico de "linha de frente", que analisava obras no calor da hora, assim que os livros saem do prelo, ao contrário de colegas acadêmicos, que esperam décadas antes de se pronunciar.

Foi no âmbito jornalístico que se tornou conhecido e amealhou respeito geral - mesmo daqueles que desaprovavam suas opiniões.

Wilson Martins nunca deixou de escrever o que pensava, como quando desaprovou o romance "O Fotógrafo", de Cristóvão Tezza, que admirava, mas dizia conter palavrões em excesso.

Quando completou 80 anos, a editora Top Books lançou um volume em sua homenagem, significativamente intitulado "Mestre da Crítica". Nele, escrevem colegas ilustres como Affonso Romano de Sant"Anna, Moacyr Scliar, Edson Nery da Fonseca, Antonio Candido e outros, tendo por tema a carreira do crítico Wilson Martins ou assuntos literários em geral.

Mas o melhor dos ensaios do livro é assinado pelo próprio homenageado. Com o título de "O Crítico Por Ele Mesmo", Wilson Martins faz um resumo de sua vida profissional. O texto serve como testamento de uma carreira e também pode funcionar como inspiração a quem pretenda segui-la, apesar dos percalços atuais do jornalismo cultural.

Wilson Martins se dizia educado pelo "sistema antigo, de rigor, disciplina e obediência, sem excessos de complacência". Sua base cultural foi formada em especial pelo autodidatismo. Lia sem parar, desde criança, e, mais tarde, escrever sobre aquilo que lia lhe pareceu tão natural como beber um copo d"água.

Seu primeiro emprego como crítico foi no Estado, em substituição ao então mitológico Sérgio Milliet.

Desde o início, Wilson Martins não negligenciou o fato de que para apreciar uma obra era preciso compará-la. E o cânone literário, hoje descartado como politicamente incorreto, seria a melhor tábua de comparação disponível. Mesmo porque ele não foi formado de maneira arbitrária, mas por um consenso que vem de um longo assentimento. Shakespeare, Proust, Machado de Assis não ocupam o lugar que ocupam por acaso.

O alvo dessas críticas de Wilson Martins era o multiculturalismo e o relativismo, que coloca toda e qualquer obra em pé de igualdade. Isso seria nivelar a cultura por baixo, segundo entendia. Portanto, é a qualidade da obra que deveria nortear a crítica, mesmo que seja tão difícil distinguir, no novo, o que é bom do que não é.

Tentá-lo, e chegar o mais próximo possível da "verdade", é a tarefa do crítico, como ele a concebia. E apontar o que é bom em sua época, o maior desafio daquele que escreve sobre obras alheias. O crítico faz suas apostas. A posteridade julga as obras, e o próprio crítico. Nesse ponto, Wilson Martins valorizava seu ofício de crítico "de fronteira", distinguindo-se claramente dos colegas de universidade.

Sempre provocativo, Wilson Martins se dizia "o último crítico literário em atividade". Talvez tenha sido mesmo.

Wilson Martins também foi um dos primeiros locutores da Rádio Clube Paranaense, nos anos de 1930 e 1940.


Morte

Wilson Martins faleceu após passar por uma cirurgia para retirada da bexiga, no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, PR, cidade onde ele era radicado havia muitos anos, apesar de nascido em São Paulo, em 1921.

O corpo do escritor foi cremado em 01/02/2010, em cerimônia reservada à família, no Crematório Vaticano, na capital paranaense.


Murilo Antunes Alves

MURILO ANTUNES ALVES
(90 anos)
Jornalista, Locutor, Comentarista Esportivo e Advogado

* Itapetininga, SP (28/04/1919)
+ São Paulo, SP (15/02/2010)

Murilo Antunes Alves nasceu em Itapetininga, São Paulo, em 28 de abril de 1919. Formou-se na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em 1943. Teve escritório de advocacia até 1961, em Brasília, especializando-se em direito esportivo. Integrou o Tribunal de Justiça Desportivo, e foi por mais de 40 anos, assessor jurídico da Federação Paulista de Futebol.

Murilo foi o primeiro aluno desde que ingressou no curso primário até o último ano da faculdade. Mas sua vocação era pelo jornalismo, manifestando-se logo aos 14 anos, quando foi redator chefe do jornal estudantil O Arauto, em Itapetininga. Também foi correspondente do jornal O Estado de São Paulo até 1929, mesmo depois de ter se estabelecido em São Paulo para estudar. Na época, o seu pagamento era uma assinatura do jornal. O seu primeiro registro na carteira profissional é como repórter do jornal Tribuna Popular de Itapetininga, em 1935.

Ao vir morar em São Paulo concretizou o desejo de trabalhar em rádio, ao ser contratado pela Rádio São Paulo, em 01/10/1938, onde ficou por 4 anos. Inicialmente como locutor e após, como comentarista esportivo, em parceria com Geraldo José de Almeida. Seu primeiro programa foi o "Brodway Melody", de música americana.

Em 1946 foi para a Rádio Bandeirantes, sendo o primeiro locutor esportivo da emissora. Posteriormente, trabalhou na Rádio Cultura, Rádio Gazeta e Rádio Tupi. Em 1946 foi contratado pela Rádio Bandeirantes como repórter  passando depois, para a Rádio Record em 1947, onde fez várias reportagens inclusive no exterior, e entrevistas com auditores e personalidades como: Adhemar de Barros, Samuel Wainer, Getúlio Vargas, Jânio Quadros, entre outros.

Cobriu acontecimentos importantes como as eleições italianas em 1948, o Ano Santo em 1949, no Vaticano e as eleições nos Estados Unidos em 1952. Ganhou por sete vezes o Prêmio Roquette Pinto como melhor repórter do rádio.

Murilo Antunes e Zacarias
Murilo Antunes Alves começou sua carreira na TV Record, no dia 23/09/1953, que foi o primeiro dia no ar da emissora, como encarregado da parte política do jornal, o "Última Edição". Depois, o jornal "Recod Notícias" como editor chefe e diretor em 1989. Na TV Record, fez também o "Repórter Esso", trabalhou como comentarista e repórter cobrindo vários acontecimentos importantes como o casamento do príncipe Charles e o enterro do ex-presidente Tancredo Neves.

Apresentou ao lado de Hélio Ansaldo o programa "Record em Notícias" (1973-1996), popularmente conhecido como "Jornal da Tosse", da década de 1970 até o final do jornalístico, em 1996.

Permaneceu na Rede Record após Sílvio Santos e o espólio de Paulo Machado de Carvalho venderem suas participações acionárias na emissora para Edir Macedo, bispo da Igreja Universal  do Reino de Deus (em 1990), até sua morte, era o contratado mais antigo da emissora. Trabalhava na produção dos telejornais da emissora.

Concomitante à carreira de jornalista há uma outra carreira de vida pública. Em 1946 foi candidato a deputado estadual pelo Partido Social Democrático (PSD), mas as eleições foram adiadas. Em 1953 foi o primeiro Chefe do Cerimonial da Assembléia Legislativa de São Paulo, onde se aposentou em 1985, como Diretor do Cerimonial e Relações Públicas.

Em 1961 foi nomeado Oficial do Gabinete da Presidência da República, pelo presidente Jânio Quadros. Entre 1971 e 1974 foi Chefe do Cerimonial do Governo do Estado de São Paulo, gestão de Laudo Natel. Exerceu mandado de vereador por São Paulo, até 31/12/1996, por dois anos e meio.


Morte

O jornalista Murilo Antunes Alves morreu aos 90 anos, na segunda-feira, 15/02/2010. Ele era o colaborador mais antigo da TV Record e trabalhava como editor-chefe da emissora. O corpo de Murilo Alves foi enterrado às 17:00 hs de terça-feira, 16/02/2010 na cidade de Itapetininga, no interior de São Paulo.

Fonte: Wikipédia, Net Saber e R7
Indicação: Simone Cristina