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Lídio Toledo

LÍDIO TOLEDO
(78 anos)
Médico

* Rio de Janeiro, RJ (1933)
+ Rio de Janeiro, RJ (07/05/2011)

Médico ortopedista há cinco décadas, Lídio Toledo ficou conhecido pelo trabalho no Botafogo e na Seleção Brasileira. No entanto, ele permaneceu dando plantões na emergência de um hospital público do Rio de Janeiro por 40 anos. Os três filhos de Lídio Toledo também são ortopedistas. Lídio Filho, o mais velho, vítima de um assalto em 2008 que o deixou paraplégico, dividia uma clínica com o pai na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

Na  Seleção Brasileira, Lídio Toledo ficou marcado pelo corte de Romário, que se recuperava de lesão na panturrilha, nas vésperas da Copa do Mundo de 1998. Também foi o médico que liberou Ronaldo para a final do mesmo Mundial contra a França após uma convulsão no dia da partida. O episódio até hoje gera polêmica, pois não ficou esclarecido o que aconteceu com o jogador.

Lídio Toledo também teve passagem marcante em 1994. O ex-goleiro da Seleção Gilmar Rinaldi lembrou que foi Lídio Toledo quem bancou a permanência de Branco, que sentia dores nas costas. Mais tarde, o lateral se tornaria um dos principais jogadores do tetra ao marcar o gol da classificação sobre a Holanda.


Morte

Lídio Toledo faleceu na manhã de sábado, 07/05/2011, no Hospital Samaritano, na Zona Sul do Rio de Janeiro, vítima de problemas cardíacos e insuficiência renal.

Lídio Toledo, que estava com 78 anos, foi internado na sexta-feira, 06/05/2011, porém não resistiu. 

O corpo do ex-médico da Seleção Brasileira, Botafogo, Fluminense e Vasco foi velado na manhã de domingo, 08/05/2011, na Sede do Botafogo, em General Severiano. Na cerimônia estavam presentes seus três filhos com sua primeira esposa, Eliete Capelle Toledo, Lídio Toledo Filho, Lúcio Toledo e Luiz Fernando Toledo, além de sua última esposa, Neuka dos Santos Dionísio. Todos estavam bastante emocionados com a perda do ente.

Muitos amigos ilustres também compareceram ao velório do ortopedista. Entre eles, Zagallo, que é padrinho de seu segundo filho Lúcio Toledo, com quem conviveu por muitos anos trabalhando pela Seleção Brasileira e pelo Botafogo. Zagallo, com a voz embargada pela emoção, lembrou os momentos felizes com o companheiro e lamentou seu falecimento:

"A lembrança, evidentemente, é a amizade de muito tempo. A convivência aqui em General Severiano, conquistando títulos e vivendo dentro da Seleção Brasileira também. E aqui, em General Severiano, sempre vivemos momentos de alegria, mas hoje de tristeza. Uma pessoa comum, que era responsável em sua função. Infelizmente é um dia final, que nós todos vamos chegar!"


O ex-presidente do Fluminense Roberto Horcades, que é cardiologista e atendeu Lídio Toledo durante o período que que ficou internado, comentou:

"Eu operei o Lídio. Evoluiu muito bem durante um certo tempo, mas entrou em quadro de insuficiência renal, que foi o grande "X" de sua história. Ele sempre comeu muito, sempre gostou de alimentos fartos e a insuficiência renal não perdoa isso. Você deve estabelecer uma dieta extremamente rigorosa e tinha também de se cuidar pelo lado cardiológico. Tava cobrando da Eliete (ex-esposa) que ele não ia no consultório e passei a saber do Lídio por pacientes comuns. Foi uma perda para medicina esportiva em geral. Era uma pessoa extremente competente e capaz no mundo do esporte e futebol, principalmente."

Lídio Toledo foi enterrado no Cemitério São João Batista, também em Botafogo. 


Paulo Renato Souza

PAULO RENATO COSTA SOUZA
(65 anos)
Economista e Político

* Porto Alegre, RS (10/09/1945)
+ São Roque, SP (25/06/2011)

Paulo Renato Souza ocupou numerosos cargos públicos e executivos no Brasil e no exterior, incluindo o de gerente de operações do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em Washington, o de Secretário da Educação do Estado de São Paulo (1984-1986) no governo Franco Montoro e o de reitor da Universidade Estadual de Campinas (1987-1991) durante o governo de Orestes Quércia.

Durante os anos 1970 serviu à Organização Internacional do Trabalho (OIT) como diretor-associado do Programa Regional do Emprego Para a América Latina e o Caribe, e outras agências da Organização das Nações Unidas. Como funcionário da Organização Internacional do Trabalho, Paulo Renato tinha passaporte diplomático. Assim ajudou a livrar várias pessoas da prisão e da violência política no Chile - inclusive seu amigo José Serra -, após o golpe de estado no Chile em 1973.

"Nos três dias que se seguiram ao golpe, 17 pessoas ficaram escondidas em minha casa, que tinha uns 100 m² de área no máximo, enquanto mantínhamos contato com várias embaixadas em busca de asilo político. Meu passaporte diplomático da Organização Internacional do Trabalho era a salvação. Mas quase acabei preso", recordava.

Formado em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, obteve o seu mestrado na Universidade do Chile e o doutorado na Universidade Estadual de Campinas, na qual também tornou-se professor-titular de Economia.

Foi um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) em 1988, e foi o ministro da Educação durante o governo Fernando Henrique Cardoso de 1 de janeiro de 1995 a 31 de dezembro de 2002.

Dentre as suas maiores realizações à frente do ministério da Educação, estão a universalização do acesso no Ensino Fundamental, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB). Por outro lado, durante o tempo que este estava em ofício, a educação federal encarou uma enorme escassez de recursos, a qual resultou em uma greve com a participação de todas as instituições educacionais federais em todo Brasil, começando nos meados de 2001 e terminando no primeiro trimestre de 2002.

Em 2006 foi eleito deputado federal pelo PSDB paulista. No dia 27 de março de 2009 licenciou-se do mandato de deputado federal para assumir a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo no governo José Serra (PSDB), substituindo Maria Helena Guimarães de Castro.

Em 16 de dezembro de 2010, pediu demissão do cargo de Secretário da Educação de São Paulo. Havia a expectativa de que permaneceria no cargo, mas, diante da demora de o governador eleito Geraldo Alckmin definir o nome do secretário da pasta, Paulo Renato concluiu que seria substituído. Em seu lugar, assumiu o secretário-adjunto Paulo Renato Fernando Padula, que permaneceu apenas 2 semanas no cargo, até Geraldo Alckmin ser empossado como governador do Estado e nomear o novo Secretário da Educação, Herman Voorwald.

Paulo Renato também fez parte do Conselho Consultivo da Fundação Santillana, uma instituição espanhola com atuação também na América Latina.

Entre 2002 e 2009, Paulo Renato foi casado com a economista carioca Carla Grasso, ex-secretária da Previdência Complementar no governo Fernando Henrique Cardoso, e posteriormente diretora da Vale S.A., entre em 1997, logo após a privatização da empresa, até abril de 2011. 


Morte

Paulo Renato faleceu após sofrer um infarto, enquanto dançava com uma amiga, durante o feriado de Corpus Christi, em um resort na cidade de São Roque, no interior de São Paulo. Desmaiou e foi levado às pressas ao Hospital Unimed no Bairro de Lourdes, em São Roque, mas, quando lá chegou, já estava morto.

Paulo Renato deixou um filho, Renato, e duas filhas, Maria Tereza e Maria Luísa, do seu primeiro casamento, com a gaúcha Giovanna Xavier Souza, sua companheira por 32 anos.

Fonte: Wikipédia

Rogério Marinho

ROGÉRIO PISANI MARINHO
(92 anos)
Advogado, Jornalista e Empresário

* Rio de Janeiro, RJ (15/05/1919)
+ Rio de Janeiro, RJ (25/07/2011)

Rogério Pisani Marinho foi um advogado, jornalista e empresário brasileiro. Era irmão do empresário Roberto Marinho e filho mais novo de Irineu Marinho.

Rogério Marinho nasceu em 15 de maio de 1919, na Rua do Riachuelo, no Rio de Janeiro. Filho caçula de Irineu Marinho e Francisca Pisani de Barros, Rogério Marinho tinha apenas 6 anos quando o pai morreu. Na infância, morou na Rua Senador Vergueiro, em uma casa com ampla vista da cidade. Depois, por 22 anos, na Rua Haddock Lobo, na Tijuca. 

Começou a estudar aos 6 anos, no Instituto La-Fayette, na Tijuca, indo depois para o Colégio São Bento, onde fez o curso de admissão e o ginasial. Optou por fazer faculdade de Direito, segundo conta, apenas para ter um diploma, tendo sido "um péssimo aluno com ótimos professores". O primeiro ano do curso de Direito foi feito no Colégio Universitário e o segundo na Faculdade de Direito. Formou-se em 1943, mas nunca exerceu a advocacia.

Rogério Marinho começou a trabalhar em O Globo em 1938, quando o jornal já era dirigido por seu irmão Roberto Marinho, 15 anos mais velho, e no qual já trabalhava, desde 1933, seu outro irmão, Ricardo. Suas primeiras funções no jornal foram na seção de esportes, onde trabalhou sob orientação de Mário Filho. Logo passou a integrar a equipe de Alves Pinheiro, na qual fazia todo tipo de tarefa, da apuração de reportagens à tradução de telegramas. Ainda em 1938, teve a ideia de utilizar o "bonequinho" nas críticas de cinema, criando a seção "Bonequinho Viu", até hoje publicada no jornal.

Em 1940, passou a trabalhar como redator, atuando também nas mais diversas áreas: além de reportagens variadas, fez críticas de cinema, de ópera e teve uma coluna esportiva assinada por pseudônimo. Uma de suas primeiras entrevistas foi feita com Ary Barroso, que retornava dos Estados Unidos. Entre os profissionais com quem trabalhou à época, estavam José Lins do Rego, Thiago de Mello e Pinheiro Lemos.

Entre julho de 1944 e maio de 1945, dirigiu com Pedro Motta Lima o tabloide O Globo Expedicionário, destinado a elevar o moral dos pracinhas e a prestar serviços como troca de mensagens e publicação de cartas. Segundo Rogério Marinho, havia a preocupação editorial de buscar matérias que fossem de interesse dos soldados. Alguns números do Globo Expedicionário foram publicados após o término da 2ª Guerra Mundial.


Em 1952, foi designado por seu irmão para assumir o cargo de diretor substituto, passando mais tarde a vice-presidente do jornal. 

Quando Rogério Marinho ingressou em O Globo, o jornal era ainda um vespertino. Uma das "missões" confiadas a Rogério Marinho por seu irmão Roberto Marinho foi a de agilizar a saída do jornal, de forma a torná-lo o vespertino que primeiro chegasse ao público, fazendo frente a outros jornais, como Última Hora e Diário da Noite. Para isso, Rogério Marinho chegava ao jornal entre 3:30hs e 3:45hs, revisava todos os originais, ampliava ou condensava assuntos e, quando necessário, fazia alterações editoriais de última hora. Por volta de 1954, seus esforços conseguiram fazer com que O Globo passasse a chegar às ruas entre 7:00hs e 8:00hs.

Rogério Marinho teve a ecologia como uma de suas preocupações constantes. Foi membro do Conselho Deliberativo da Fundação Brasileira pela Conservação da Natureza entre 1975 e 1987, vice-presidente do Conselho de Curadores da Fundação Rio Congressos e Eventos - Rio Convention Bureau, entre 1984 e 1989, e membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente a partir de 1986, quando foi designado pelo então presidente José Sarney.

Também participou como membro do Conselho Superior da Associação Comercial do Rio de Janeiro, do Conselho da Associação dos Amigos do Museu Imperial e do Conselho do Museu Nacional de Belas Artes. Foi agraciado com as seguintes medalhas: Ordem Mérito Naval, Ordem ao Mérito Santos Dumont e Grande Oficial da Ordem do Mérito Brasília.

Rogério Marinho casou-se, em 1948, com Elizabeth Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, filha do marechal José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, idealizador da Academia Militar das Agulhas Negras. Os dois tiveram uma filha, Ana Luisa Pessoa Marinho, também jornalista, que lhe deu 2 netos, Eduardo Marinho Christoph e Bruno Marinho de Mello.


Morte

Rogério Pisani Marinho, faleceu às 06:48hs do dia 25/07/2011, segunda-feira, aos 92 anos, no Hospital Samaritano, em Botafogo, vítima de Insuficiência Respiratória AgudaRogério Marinho estava internado desde a última quarta-feira, 20/07/2011. O velório aconteceu no Cemitério São João Batista, a partir das 14:30hs, na capela 1, na Rua Real Grandeza, em Botafogo. 

Almira Castilho

ALMIRA CASTILHO DE ALBUQUERQUE
(86 anos)
Cantora, Compositora, Dançarina e Atriz

* Olinda, PE (24/08/1924)
+ Recife, PE (26/02/2011)

Almira Castilho foi parceira de Jackson do Pandeiro, com quem foi casada, em composições e apresentações no rádio e no cinema. Quando, em 1954, aceitou um convite para participar do coro da música "Sebastiana", que seria cantada por Jackson do Pandeiro, não imaginou o quanto aquilo iria afetar sua vida.

Natural de Olinda, a ex-professora iniciaria uma promissora carreira na Rádio Jornal do Commercio como rumbeira e radioatriz. Morena bonita, alta, corpo violão, olhos claros, descendente de espanhóis, dificilmente se poderia pensar que ela se enamorasse de Jackson do Pandeiro, um paraibano, baixinho, de físico mirrado, feio por qualquer padrão de beleza a que fosse comparado. E mais: nem era ainda famoso, estava contratado pela rádio como simples pandeirista.

Porém, assim como era exímio intérprete de frevos, cocos, xotes e o que mais viesse, o paraibano era também bom de papo e, logo, ele e Almira Castilho não apenas namoravam como começaram uma das mais famosas duplas da música brasileira. Uma parceria que durou 12 anos e foi responsável por uma série invejável de sucessos que até hoje ecoam pelo Brasil afora: "1x1", "A Mulher do Aníbal", "Forró em Limoeiro", dentre muitos outros.

Almira Castilho e Jackson do Pandeiro
Naquele mesmo ano a dupla começou a fazer apresentações. Quando viajavam ficavam em quartos separados, "Eu ainda era virgem", fazia questão de ressaltar Almira Castilho, garantindo que Jackson do Pandeiro só dormiu na mesma cama em que ela depois de casados, brincava e relembrava o cuidado que Jackson do Pandeiro dedicava à noiva, numa viagem que fizeram ao interior, para um show em uma vaquejada.

"Depois da apresentação nós fomos para o hotel. Quando me preparava pra dormir, avistei uma barata enorme e soltei aquele grito. Em um segundo, Jackson estava batendo na minha porta, abro e lá está ele com a maior peixeira na mão."

Recife era então a terceira maior cidade do país, e com um dos maiores conglomerados de comunicação do Brasil, comandado pelo senador Francisco Pessoa de Queiroz, que reunia dois jornais, uma TV e várias emissoras de rádio. Isto implicava que o artista que fazia sucesso aqui tinha fama espalhada por diversas regiões da federação. Dava para inclusive viver da profissão sem deixar o Recife.

Foi exatamente a fama da dupla que fez com que Almira Castilho e Jackson do Pandeiro fossem obrigados emigrar para o Rio de Janeiro.

Jackson do Pandeiro, Almira Castilho e o conjunto que os acompanhavam foram contratados para animar uma festa nos jardins da mansão do presidente do Náutico, Eládio Barros de Carvalho. O episódio que aconteceu naquela noite ficou meio lendário, e muita gente teima que aconteceu na sede do Clube Náutico.

Os rapazes estavam vidrados na dança de Almira Castilho, que usava por baixo da saia rodada, uma espécie de perneira, exigência do marido. Enquanto Jackson do Pandeiro desfiava seus sucessos, Almira Castilho dançava e os rapazes, aditivados por scotch e lança-perfume começaram a pegar nos tornozelos dela. Jackson do Pandeiro, enciumado, pediu para a mulher maneirar mais no rebolado e afastar-se dos "playboys".

 Mas não adiantou muito. O assédio continuou e de repente era como se o "Forró em Limoeiro" virasse um "Forró nos Aflitos". De repente, Jackson do Pandeiro e seu conjunto distribuíam pernadas entre o distinto público, mas estavam inferiorizados em número. Agredidos a pontapés, socos, cadeiradas eles foram obrigados a bater em retirada. Almira Castilho recorda que ela e o Jackson do Pandeiro escaparam do linchamento saltando o muro da mansão: "Quando chegamos do outro lado foi que notei que um dos olhos dele estava fora do globo ocular, pendurado."

O caso foi muito comentado na cidade mas discretamente abordado pela imprensa. Afinal, pela ótica conservadora de então, os agredidos tinham sido dois simples artistas de rádio, enquanto os demais envolvidos era a fina flor da high society pernambucana. De vítima a dupla passou a vilã.

Não houve nenhuma solidariedade vinda dos patrões de Almira Castilho e Jackson do Pandeiro. Os dois decidiram então rescindir contrato com a rádio, o que para o senador Pessoa de Queiroz foi tomado quase como uma afronta pessoal. Ele acabou liberando o casal, mas os discos deles durante muito tempo entraram no index da emissora, que ignorou os sucessos de Jackson do Pandeiro e Almira Castilho, mesmo quando eles viraram ídolos nacionais.

Jackson do Pandeiro e Almira Castilho mudaram-se para o Rio de Janeiro e foram trabalhar na Rádio Nacional. Com o grupo Os Borboremas, criado em 1958, ele lançou sucessos como "Chicletes Com Banana" e "O Canto da Ema". Chegaram a ser recordista de venda nas décadas de 50 e 60 e participaram de vários filmes da Atlântida.

Uma das principais recordações de Almira Castilho em relação a Jackson do Pandeiro é o ciúme: "Quando morávamos no Rio de Janeiro, ele nunca me deixou tomar banho de mar em Copacabana, porque não queria que eu colocasse maiô. A única vez que permitiu foi em um passeio de barco no Amazonas, onde estávamos fazendo show, mas biquíni nem pensar."

Almira Castilho ensinou o marido a ler e a escrever. Era o eixo dele em termos profissionais e emocionais. Era também empresária e tesoureira, e enquanto isso ele ficava livre para só pensar em música.

Almira Castilho e Jackson do Pandeiro separaram-se em 1967, após 12 anos de união. Com o fim do casamento, a dupla se desfez. Fizeram uma dupla de sucesso, ele cantando e ela dançando ao seu lado, tendo participado de dezenas de filmes nacionais. A paixão por Almira Castilho era tão grande que Jackson do Pandeiro chegou a colocar várias músicas no nome dela. Em seguida, ele casou-se com a baiana Neuza Flores dos Anjos, de quem também se separou pouco antes de falecer.

O autor da biografia de Jackson do Pandeiro, Fernando Moura, conta que existem mais de 30 composições atribuídas a Almira Castilho, algumas feitas depois do fim do casamento com Jackson do Pandeiro.

Embora ela não tenha continuado com a mesma projeção que tinha ao lado dele, a separação não interrompeu a carreira de Almira Castilho como cantora, comediante e dançarina, que morou muito tempo na Europa e que depois residiu no Recife.

Sobre a música "Chicletes com Banana", Fernando Moura perguntou a Almira Castilho da parceria. Ela confirmou e até narrou o encontro. Gordurinha chegou com a melodia e a letra já esboçadas. Jackson do Pandeiro ficou à parte e eles finalizaram a obra.

Almira Castilho e Jackson do Pandeiro
Por outro lado, ainda segundo Fernando Moura, Neuza Flores dos Anjos, a segunda mulher de Jackson do Pandeiro, diz que o compositor costumava registrar músicas no nome de parentes como um legado para garantir uma renda futura ao beneficiado. As de Neuza, que admite não entender nada de música, foram as composições com autoria atribuída a um tal de Mascote.

Outro aspecto que levava Jackson a "diversificar" a autoria das composições era a falta de confiança no sistema arrecadador das sociedades de autores. É por isso que ele tem obras registradas com o nome artístico e outras como José Gomes - em sociedades diferentes.

Almira Castilho faleceu enquanto dormia, aos 86 anos, na cidade de Recife, na madrugada de 26/02/2011. Sofria do Mal de Alzheimer há dois anos, e tinha acompanhamento médico em casa

Cinema

  • 1958 - Minha Sogra é da Polícia
  • 1958 - O Batedor de Carteiras
  • 1960 - Aí Vem a Alegria
  • 1960 - O Viúvo Alegre
  • 1960 - Pequeno Por Fora
  • 1960 - Cala a Boca, Etelvina
  • 1962 - Bom Mesmo é Carnaval
  • 1962 - Rio à Noite

Serginho Leite

SÉRGIO DE SOUZA LEITE
(55 anos)
Músico, Humorista e Radialista

* São Paulo, SP (03/09/1955)
+ São Paulo, SP (12/04/2011)

Serginho Leite sempre quis ser pianista, com dezoito anos ele se dedicava a música junto com Tom Zé, Carlinhos Vergueiro e outros, durante encontros em um bar.

Em 1978, Serginho Leite foi convidado por Estevam Sangirardi para apresentar o programa "Show de Rádio", na Rádio Jovem Pan. Junto com outros três colegas, ele apresentou o programa e trouxe grandes idéias para Estevam Sangirardi. Ficou muito conhecido após apresentar um quadro que parodiava o radialista Zé Béttio.

Enquanto esteve na rádio, ele ficou conhecido por fazer imitações de celebridades, como Pelé, Maguila, Vicente Matheus, Clementina de Jesus e Paulinho da Viola, e por paródias que criava com um violão.

Outros trabalhos do artista que também se tornaram muito conhecidos, foram os jingles e comerciais para rádio e TV do personagem Bond Boca, da Cepacol, do Tigre Tony, dos Sucrilhos Kellogg's, e do elefante Jotalhão, do molho de tomate Cica.

Serginho Leite em foto de 1984 (Foto: Agencia Estado)
Serginho Leite também trabalhou na televisão, no programa "A Praça é Nossa", do SBT, onde fez imitações e na TV Globo, onde ficou 2 anos (1998-2000) no quadro "Retratos de Domingo", do "Domingão do Faustão". Em 2006, Serginho Leite deu uma entrevista ao "Programa do Jô", que foi a sua última aparição na emissora.

Segundo informações de amigos, Serginho Leite tinha elaborado um espetáculo para o teatro e só aguardava a aprovação pela Lei Rouanet para estreá-lo.

Sergio de Souza Leite morreu aos 55 anos de idade, vítima de infarto. Ele foi levado ao Hospital das Clínicas de São Paulo, onde deu entrada às 11:15 hs da manhã de 12/04/2011 e faleceu às 14:50 hs vítima de Infarto do Miocárdio, informou a assessoria de imprensa do hospital.

Serginho Leite era casado com Tânia Leite e o casal tinha dois filhos: Pedro e João.

Fonte: Wikipédia e G1

Bernardo Jablonski

BERNARDO JABLONSKI
(59 anos)
Ator, Diretor Teatral, Escritor, Crítico e Roteirista

* Rio de Janeiro, RJ (01/01/1952)
+ Rio de Janeiro, RJ (28/10/2011)

Doutor em Psicologia Social, Bernardo Jablonski também era professor universitário e publicou diversos artigos e livros.

O ator, diretor, roteirista e professor do Departamento de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Bernardo Jablonski, morreu na sexta-feira, 28/10/2011, aos 59 anos. Em fevereiro de 2012, fariam 14 anos que Bernardo Jablonski lutava contra um câncer na tireoide. Ele estava internado desde o dia 3 de outubro de 2011, na Clínica São Vicente, na Gávea, Rio de Janeiro.

O velório foi realizado no sábado, 29, no teatro O Tablado, do qual era presidente desde a morte da fundadora, Maria Clara Machado, e onde lecionava.

Professor da PUC desde 1979, Bernardo Jablonski destacou-se como pesquisador em temas relacionados à família e ao casamento e como roteirista e escritor dos programas Sai de Baixo, Zorra Total, Sob Nova Direção e O Belo e as Feras. Escreveu livros como Até Que a Vida Nos Separe: A Crise do Casamento Contemporâneo e Psicologia Social.

Como ator, Bernardo Jablonski ficou marcado por Aderbal, marido de Dirce (Mariana Santos), o seu papel por cinco anos no programa Zorra Total, na TV Globo, do qual era também roteirista. Ele atuou também no filme Tropa de Elite, como um professor de Direito.

Em outubro, quando Bernardo Jablonski foi operado e precisou de uma transfusão de sangue, amigos, alunos e ex-alunos fizeram uma campanha no Facebook que mobilizou dezenas de doadores.

Foi casado durante 13 anos com a atriz Maria Clara Gueiros, com quem teve dois filhos.


Carreira

Televisão:

  • 2008 - Beleza Pura (Telenovela)
  • 2006 a 2011 - Zorra Total
  • 1996 - Você Decide (1 episódio)
  • 1992 - Anos Rebeldes ... Juarez

Cinema:

  • 2009 - Tempos de Paz
  • 2007 - Tropa de Elite ... Professor de Direito
  • 1992 - Kickboxer 3: The Art of War ... Pai Bozano
  • 1990 - Orquídea Selvagem ... Roberto

Roteirista / Escritor:

  • 2007 a 2011 - Zorra Total
  • 2003 - Sob Nova Direção
  • 1999 - O Belo e as Feras
  • 1996 - Sai de Baixo

Fonte:  Wikipédia e Portal Puc-Rio Digital

Robson Lourenço

ROBSON LOURENÇO DA SILVA
Cantor
(60 anos)

☼ (24/08/1951)
┼ Rio de Janeiro, RJ (25/12/2011)

Robson Lourenço foi um cantor brasileiro nascido no dia 24/08/1951. Robson e suas irmãs Jussara e Jurema iniciaram a carreira na década de 1960 com o Trio Ternura. Participaram do programa "Jovem Guarda" da TV Record. Os três vinham de uma família musical seu pai era o compositor Umberto Silva.

Em 1970, acompanharam o cantor Tony Tornado no 5º Festival Internacional da Canção da Rede Globo. A canção "BR-3", interpretada na ocasião, levou o primeiro lugar.


No ano seguinte, em 1971, gravaram um disco de soul psicodélico pela CBS, "Trio Ternura", dirigido pelo cantor Raul Seixas.

Em 1974, o grupo se tornou Quinteto Ternura com a vinda de dois novos membros.

Robson Lourenço faleceu no dia 25/12/2011 no Rio de Janeiro, em decorrência de infarto fulminante, calando para sempre a voz masculina do Trio Ternura, grupo vocal cria de Realengo.

Fonte: Blog Pró-Realengo

Fernanda Lobo

FERNANDA LOBO
(51 anos)
Atriz

* Cataguases, MG (30/03/1960)
+ Cataguases, MG (05/08/2011)

Fernanda Lobo era formada em Artes Cênicas, pela Casa das Artes de Laranjeiras em 1987 e estreou na televisão neste mesmo ano. Estudava cinema na área de documentário e morava em Cataguases. Participou de dois clips musicais Copa 98 e Samba e Rabo de Saia, respctivamente de Nelson Gonçalves e Gabriel, o Pensador. Era praticante de budismo de Nitiren Daishonin na BSGI.

Participou de oficinas de documentários e do Festival Ver e Fazer Filmes como atriz, ganhando o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante com o personagem Rabo de Cavalo, dona de uma casa de tolerância no interior de Minas Gerais.

Em dezembro de 2010, Fernanda Lobo participou do longa metragem Meu Pé de Laranja Lima, como a diretora da Escola de Zezé, dirigido por Marcos Bernstein que também assina o roteiro com Melanie Dimantas, a ser lançado em 2011.

Era formada em:
  • Comunicação Social/Relações Públicas pela Faculdade de Comunicação e Turismo Hélio Alonso;
  • Contadora de Histórias pela Fundação Biblioteca Nacional;
  • Culturas Populares pela Oficina de Leitura e Culturas Populares com o folclorista Fernando Lébeis;
  • Teatro de Rua com o Grupo Tascábili de Bergamo;
  • Interpretação para Vídeo pela Atlântida Vídeo.

Fernanda Lobo faleceu aos 51 anos por complicações decorrentes de uma Gastroplastia (Cirurgia Para Redução de Estômago).

Televisão
  • 2010 - S.O.S. Emergência
  • 2007 - Linha Direta ... Marisete
  • 2006 - Pé na Jaca ... Macha
  • 2006 - Cobras & Lagartos ... Isaura
  • 2004 - Senhora do Destino ... Enfermeira
  • 2003 - Chocolate com Pimenta ... Mulher Barbada
  • 2001 - Porto dos Milagres ... Vênus
  • 2000 - Uga Uga ... Gorda na Lanchonete
  • 1999 - Você Decide ... Canta-Conto com Bia Bedran
  • 1999 - Flora Encantada ... Gana Ganância
  • 1997 - A Comédia da Vida Privada (Papai Foi à Lua)
  • 1996 - O Fim do Mundo ... Helô
  • 1995 - Irmãos Coragem ... Margarida
  • 1993 - Fera Ferida ... Belmira
  • 1993 - Mulheres de Areia
  • 1991 - Felicidade

Cinema
  • 2006 - Fotografia da Voz
  • 2003 - Apolônio Brasil, o Campeão da Alegria
  • 2001 - O Xangô de Baker Street
  • 1997 - For All - O Trampolim da Vitória
  • 1997 - Lulú Parmê
  • 1993 - Essas Tais Criaturas
  • 1990 - O Mistério de Hobin Hood
  • 1989 - A Princesa Xuxa e os Trapalhões
  • 1988 - Super Xuxa contra Baixo Astral
  • 1987 - Rádio Pirata
  • 1985 - A Espera

Teatro
  • Adão e Nazareth
  • A Historieta Das Cartas Escritas Por Honorina Entristecida
  • Os Candidatos
  • Fernanda Lobo em: Ver, Eu Não Vi, Mas Que Tem, Tem!...
  • Ferro Em Brasa
  • Ode À Juventude
  • O Julgamento
  • A Salamanca do Jarau
  • O País Dos Mastodontes
  • Aladim
  • Romeu e Julieta
  • A Gata Borralheira
  • A Múmia da Verdade

Piska

CARLOS ROBERTO PIAZZOLI
(60 anos)
Instrumentista, Arranjador e Compositor

* (1951)
+ São Paulo, SP (30/12/2011)

Carlos Roberto Piazzoli mais conhecido como Piska, foi um guitarrista, arranjador e compositor brasileiro. Autodidata, começou cedo o seu contato com a música. Aprendeu a tocar baixo, teclados e, por fim, adotou a guitarra como instrumento. Piska foi considerado um dos maiores compositores de sucesso. Embora seu nome fosse desconhecido do público, suas músicas fizeram enorme sucesso, especialmente nas vozes das duplas sertanejas.

Paulistano, filho de um músico de quem ficou órfão cedo, seu pai foi violonista que durante muito tempo atuou na noite. Nos anos 70, fez parte de diversos grupos de rock, entre os quais, Joelho de Porco e Casa das Máquinas, atuando como guitarrista. Tocou ainda com o grupo Novos Incríveis.

No fim dos anos 70, disposto a mudar de estilo, foi para o Rio de Janeiro onde começou a conhecer diversos nomes ligados a MPB. Passou a apresentar-se como guitarrista, acompanhando nomes como Gal Costa, Zizi Possi, Caetano Veloso e Marina Lima realizando shows por todo o Brasil e, mais recentemente, com KLB. No primeiro disco do trio, de 2000, foi autor de sete das 13 músicas gravadas. Fez uma grande turnê com o cantor Ney Matogrosso, na qual percorreu diversos países, entre os quais França, Portugal, Suécia, Montreux e América Latina.

Gravou com Elis Regina o disco Trem Azul. Esteve ligado ao estilo MPB de 1977 até 1989, quando mudou novamente para São Paulo, disposto a seguir novos rumos em sua carreira e trabalhar com a música sertaneja. Por essa época conheceu o compositor e produtor César Augusto, que o convidou para fazer as produções e os arranjos da faixa Eu Juro, de Leandro e Leonardo, e que foi seu primeiro trabalho na música sertaneja.

Piska e KLB
Em 1977, como integrante do conjunto Casa das Máquinas, teve o nome envolvido na morte de um cinegrafista da TV Record, agredido por membros do grupo após uma briga em frente à emissora. Foi absolvido em dois julgamentos na década de 80.

Em 1993, foi um dos arranjadores e regentes do CD lançado pela dupla Chrystian e Ralf e que incluiu ainda suas composções Louco Por Ela e É Desse Jeito Que a Gente Se Ama, ambas com Eduardo e Adriano, e Loucura Demais, Menina e Pra Ficar Com Você, as três com César Augusto. No mesmo ano, fez os arranjos e a regência nas faixas Mais Uma Vez Comigo, Olhos de Lua e Mais do Que Eu, no terceiro disco da dupla Zezé di Camargo e Luciano, que incluiu ainda sua composição Mais do Que Eu, parceria com Eduardo e Adriano.

Em 1995, a dupla Chitãozinho e Xororó gravou a composição Bandido é o Coração, de sua autoria e César Augusto. Em 1998, a mesma dupla gravou Casa e Comida, com César Augusto e Xororó. Entre outros, teve composições gravadas por Leandro e Leonardo, Amores São Coisas da Vida e Dor de Amor Não Tem Jeito, ambas em parceria com César Augusto. Trabalhou nos discos de Zezé di Camargo e Luciano e João Paulo e Daniel.

Em 1999, trabalhou nos discos de Guilherme e Santiago, André e Adriano e Cleiton e Camargo.

Atraído pela música sertaneja, resolveu fazer uma fusão com o pop/rock. Tem como marca registrada em seus arranjos as guitarras roqueiras e pesadas.

Piska e o músico Renato Suski (Foto: Renato Suski)
Em 1999, montou um estúdio de gravação para novos valores e, a partir daí, começou a lançar o selo Piska Records.

Em 2001 foi um dos recordistas em músicas executadas segundo o ECAD. Em 2002, teve a sua música, Um Bom Perdedor, com César Augusto, gravada pela dupla Bruno e Marrone, no CD/DVD Acústico ao Vivo, lançado pela Sony/BMG.

Em 2009, teve a sua música, Dor de Amor Não Tem Jeito, com César Augusto, gravada pelo cantor Leonardo, no CD/DVD Esse Alguém Sou Eu, lançado pela Universal Music.

Segundo a família, sua composição favorita era Minha Estrela Perdida, gravada pelo cantor Daniel.

Há 13 anos, decidiu ir morar na Praia Grande, onde teve um estúdio. Havia se afastado do trabalho por causa da saúde. Portador de hepatite, estava na fila do transplante, que não chegou a realizar.

Morreu na sexta-feira (30/12/2011), aos 60, de Falência Múltipla dos Órgãos, decorrente de problemas hepáticos que já o acompanhavam há dois anos. Deixou duas filhas e muito material inédito, conta a família.

Fonte: Folha.com, Dicionário Cravo Albin da MPB e Ligeirinho do Rádio.
Fonte Fotográfica: Romildo Pereira e Renato Suski

Margot Louro

MARGARIDA TERESA DIAS
(95 anos)
Atriz

* Rio de Janeiro, RJ (23/11/1916)
+ São Lourenço, MG (28/12/2011)

Foi uma atriz brasileira viúva do comediante Oscarito, seu esposo por 35 anos, com quem teve dois filhos, entre eles, a também atriz e dubladora Miriam Teresa.

Eles se conheceram no circo, quando começavam suas carreiras. Ela tinha 14 anos e cantava marchinhas de carnaval. Ele era bem mais velho, tinha 25 e divertia a platéia com suas palhaçadas profissionais.

Foi amor à primeira vista. A mãe dela não gostou nem um pouco de saber que a filha adolescente estava namorando um palhaço de circo, mais velho e sem uma situação financeira estável. Mas, depois de conhecer a família dele, e de um namoro de dois anos, a mãe aceitou o casamento da filha com o "palhaço", que viria a ser um dos humoristas mais famosos do Brasil.

Margot Louro, se tornou atriz e acompanhou o marido durante os 35 anos em que ficaram casados. A união rendeu dois filhos, cinco netos, um deles o também ator Carlos Loffler, e dois bisnetos. Inseparáveis, eles costumavam freqüentar cassinos, apresentavam-se juntos e tinham o mesmo tipo de pensamento: trabalhar, ganhar dinheiro e dar conforto para a família.

Nos últimos anos de vida de Oscarito, que morreu em agosto de 1970, eles viviam num apartamento de frente para a praia, na Avenida Atlântica, no Rio de Janeiro.

Anos depois da morte de Oscarito, Margot Louro preferiu o sossego e a paz da cidade de São Lourenço, em Minas Gerais, morando numa antiga casa que freqüentava com o marido. Sozinha, ela passeava por parques e reencontrava o pessoal da cidade, que sentava ao seu lado para relembrar os bons tempos e as divertidas histórias do rei da chanchada.
Oscarito e Margot Louro, 1938
Quando iam a São Lourenço, Oscarito ficava incomodado com o assédio dos fãs, dizendo à mulher que parecia um Papai Noel no trono, onde todo mundo queria chegar perto.

Segundo ela, ele era de um temperamento especial e em família não falava palavrões e nem gostava de imoralidade. "Tenho certeza de que se Oscarito ainda estivesse vivo, ficaria horrorizado com a onda de imoralidade na televisão", dizia Margot, que brincava dizendo que em seu tempo, o marido já ficava pasmo com o tamanho dos biquínis na praia de Copacabana: "Imagina se ele visse os de hoje em dia".

Para ela, não dava para comparar Oscarito com os humoristas atuais. Ela considerava todos muito iguais e repetitivos.

No teatro, dentre outras peças, Margot Louro atuou em Casa de Bonecas (1971).

Margot Louro estava internada na UTI do Hospital de São Lourenço desde 24/12/2011 e morreu no dia 28 em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral e Insuficiência Respiratória.

Ela morava há 20 anos na cidade mineira, mas seu corpo foi levado e cremado no Rio de Janeiro, onde moram seus filhos.

Oscarito, Margot Louro e filhos
Cinema
  • 1933 - A Voz do Carnaval
  • 1955 - Colégio dos Brotos
  • 1956 - Vamos Com Calma
  • 1956 - Guerra ao Samba
  • 1956 - O Golpe
  • 1957 - Papai Fanfarrão
  • 1957 - De Vento em Popa
  • 1959 - Esse Milhão é Meu
  • 1960 - O Cupim
  • 1976 - O Ibraim do Subúrbio
  • 1985 - Tropclip

Expedito Parente

EXPEDITO JOSÉ DE SÁ PARENTE
(70 anos)
Engenheiro Químico

* Fortaleza, CE (20/10/1940)
+ Fortaleza, CE (13/09/2011)

Foi um engenheiro químico inventor do Biodiesel. Era filho de José Nicolau Cavalcante Gomes Parente e Maria Isaura Silveira Sá. Tinha onze irmãos.

Seu pai, nascido em Sobral em 1897 e também conhecido como Zé Parente, teve grande atuação na economia cearense e foi fundador da Casa Parente em 1914. Foi também fundador do Banco dos Proprietários S/A, do Banco dos Importadores do Ceará e do Banco Mercantil de Crédito (BMC), que dirigiu por três décadas. Construíu a Igreja de Santa Filomena, na Praia do Meireles, e participou da construção da Igreja do Cristo Rei, em Fortaleza. Foi ainda presidente eleito da Federação das Associações Comerciais e Industriais do Ceará e também presidente da Phenix Caixeiral. Colaborou como articulista nos jornais cearenses com o pseudônimo de Zep.

Expedito Parente graduou-se na Escola Nacional de Química da então Universidade do Brasil (atualmente Universidade Federal do Rio de Janeiro), no ano de 1965, obtendo o mestrado em Ciências da Engenharia Química no ano seguinte, também na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Concluiu ainda cursos de especialização em tecnologia de óleos vegetais e em engenharia de óleos vegetais, no Instituto de Óleos do Ministério da Agricultura, e em Tecnologia de Couros, na École Française de Tannerie, em Lyon, na França.

A partir de 1967, Expedito Parente tornou-se professor assistente da Universidade Federal do Ceará, em Fortaleza, passando ao cargo de professor adjunto em 1975. Foi na Universidade Federal do Ceará, no final da década de 1970, que Parente desenvolveu o método de produção de Biodiesel que viria a submeter ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial em 1980, tendo sido garantida em 1983 a patente PI–8007957 (Processo de Produção de Combustíveis a partir de Frutos ou Sementes Oleaginosas), a primeira patente no mundo para um processo de produção em escala industrial de Biodiesel. Todavia, devido ao desinteresse do governo brasileiro na eṕoca (em parte devido ao esforço dedicado ao Pró-álcool), o processo desenvolvido por Parente nunca foi efetivamente utilizado, e tendo decorrido o prazo de validade da patente, ela entrou em domínio público.

Parente teve a idéia do Biodiesel num momento de descontração em seu sítio e, segundo ele, era apenas nessas horas que se podia ter boas inspirações. Após um banho de cachoeira acompanhado de cachaça, passou a prestar atenção no fruto de uma ingazeira, uma vagem linear com carocinhos, que lhe deu idéia de uma molécula. Depois disso, já no laboratório do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Ceará, contando com a ajuda de um servidor aposentado, Bernardo Gondim, que morava no campus, numa dependência onde tinha um motor antigo, concluiu experiências e fez com que esse velho motor fosse movido com o seu Biodiesel.

Expedito Parente recebendo uma homenágem do presidente Lula em 2006

Considerava muito importante a popularização de sua descoberta, em escala mundial. Para ele, a sua tecnologia tinha três missões a cumprir: ambiental (substituindo os derivados de petróleo), estratégica (colocando o Brasil em posição de destaque no cenário internacional na nova era da energia limpa) e, principalmente, social, "por se tratar de um combustível com potencial para gerar a paz, e não a guerra, além da distribuição da riqueza, ao invés de sua concentração", como disse o próprio em entrevista concedida à Revista Veja, em 2004. Em entrevista anterior, concedida em 2001, disse que durante passeio com seu filho, pelo interior da Alemanha, viu uma bomba de Biodiesel em um posto: "Fiquei alegre de ver minha invenção difundida, mas frustrado porque aquilo não estava ocorrendo ainda no Brasil", comentou.

Fato engraçado é que o país que foi berço do projeto, não o acolheu. Parente fundou uma empresa, a Tecbio, tendo vários clientes mundo à fora, dentre eles a Boeing, para a qual ele desenvolveu o bioquerosene, assim como tentou fazer para a FAB há 3 décadas.

Morte

Faleceu na madrugada de terça-feira (13/09/2011), no Hospital São Carlos, em Fortaleza. O professor da Universidade Federal do Ceará faleceu aos 70 anos, em decorrência de complicações durante uma cirurgia para tratar de Diverticulite, de acordo com informações da Universidade. O seu corpo foi cremado.

Fonte: Wikipédia e SevenWheels

Israel Gimpel

ISRAEL GIMPEL SZMAJSER
(78 anos)
Jornalista

* Rio de Janeiro, RJ (11/07/1933)
+ Rio de Janeiro, RJ (12/09/2011)

Jornalista, trabalhou trabalha mais de 40 anos na rádio Jovem Pan como correspondente no Rio de Janeiro, na cobertura da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do futebol carioca. Não foi por acaso que se tornou um dos homens do rádio mais respeitados do país.

Morava no Rio de Janeiro, no bairro de Jacarepaguá. Era torcedor do Madureira Esporte Clube, e era tio do do poeta e radialista Sérgio Orind. Fez também reportagens em desfiles da escolas de samba.

Ficha consular do Israel Gimpel e sua família. Não era incomum os estrangeiros registrarem seus filhos pequenos como brasileiros. Entre outras vantagens, isso fazia com que nunca mais pudessem ser deportados.
Israel Gimpel morreu na segunda-feira, 12/09/2011, no Rio de Janeiro, aos 78 anos. Ele teve complicações pulmonares e renais em decorrência de um câncer.

Confederação Brasileira de Futebol (CBF) emitiu uma nota de pesar após o falecimento de Israel Gimpel, pioneiro entre os correspondentes de rádio a fazer a cobertura da CBF e da Seleção Brasileira:

"O presidente Ricardo Teixeira, em nome dos diretores e funcionários da CBF, envia os pêsames aos familiares de Israel Gimpel", disse o comunicado oficial da CBF.

Fonte: Projeto VIP

Lacraia

MARCO AURÉLIO SILVA DA ROSA
(33 anos)
Dançarino e Cantor

* Rio de Janeiro, RJ (19/05/1977)
+ Rio de Janeiro, RJ (10/05/2011)

Ao convidar o menino homossexual pobre da comunidade do Jacarezinho para lhe acompanhar nos palcos Brasil afora, MC Serginho partiu para o tudo ou nada, em uma tacada de mestre.

Lacraia e MC Serginho
Numa área musical extremamente machista como o funk, dominado até então por homens brucutus e mulheres popozudas, MC Serginho elegeu um o rapaz franzino e de dança desengonçada para estar a seu lado.

O excesso de carisma de Lacraia afastou qualquer preconceito que pudesse vir sobre ele. Era tão autêntico e simpático no que fazia que afastava qualquer possibilidade de questionamento.

Lacraia abriu portas para a diversidade no funk. Não só para os gays, como também para as mulheres donas de seus narizes que surgiram depois dele, como Tati Quebra-Barraco.

Por isso, não foi surpreendente quando Lacraia invadiu as salas de estar de todas as casas brasileiras, dançando sua Eguinha Pocotó nas tardes dos programas de auditório de todas as emissoras. E, logo, todos queriam dançar como Lacraia, sobretudo as crianças.

Sua dança, absurda num primeiro olhar, logo se tornava uma manifestação da irreverência carioca e daquele sentimento tão brasileiro que faz qualquer um de nós tentar superar as situações mais adversas com alegria. Esta foi a lição de Lacraia e a plataforma de seu sucesso.

A notícia da morte de Lacraia, na verdade Marco Aurélio Silva da Rosa, aos 33 anos, no Rio de Janeiro, na terça-feira (10/05/2011), além de deixar o mundo do funk carioca mais triste, deixou a todos também aquela imagem que eternizou o dançarino: ele se saracoteando nos palcos dos programas de TV.

Lacraia estava internado desde o dia 06/06/2011, em coma induzido, no Hospital Universitário Gafrè Guinle, na Tijuca, no Rio de Janeiro. O hospital é ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Lacraia morreu às 05:00 hs. do dia 10/05/2011, vítima de Tuberculose, seguida de Insuficiência Respiratória e Falência Múltipla dos Órgãos.

Uma multidão acompanhou o cortejo fúnebre, que saiu da capela 1, do Cemitério de Inhaúma, no Rio de Janeiro. Na chegada do caixão à sepultura, houve uma longa salva de palmas e cantos do refrão de Éguinha Pocotó, hit que popularizou Lacraia.

Amigos contaram que um dos grandes desejos da dançarina não pôde ser realizado. Ela queria ser enterrada em um caixão rosa, tonalidade que marcou seus figurinos de shows. A família bem que tentou, mas não houve tempo de providenciar. A saída encontrada foi escolher flores rosas para decorar o caixão e todo o ambiente.

Fonte: R7 e O Fuxico