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Tio Nilson

NILSON DE SOUZA PEREIRA
(89 anos)
Bancário, Telegrafista e Espírita

* Salvador, BA (26/10/1924)
+ Salvador, BA (21/11/2013)

Nilson de Souza Pereira, carinhosamente chamado de Tio Nilson, foi um espírita brasileiro. Junto com o seu amigo e "irmão" Divaldo Pereira Franco fundou o Centro Espírita Caminho da Redenção e a obra social Mansão do Caminho, que presidiu durante muitos anos. Ambos se conheceram na juventude, quando, na época da Marinha, Nilson frequentou aulas de português ministradas por Divaldo Franco.

Tio Nilson desempenhou as atividades de bancário, telegrafista do Ministério da Marinha e funcionário da Empresa de Correios e Telégrafos, conciliando as atividades profissionais com a assistência aos necessitados. Após a aposentadoria, e até a desencarnação, dedicou-se inteiramente ao próximo, nas tarefas diárias da Mansão do Caminho e nas viagens de iluminação doutrinária, quando acompanhava o irmão de ideal.

Divaldo Franco e Tio Nilson
Militância Espírita

Em 1945, junto com Divaldo Franco e orientados pela benfeitora Joanna de Ângelis começaram os trabalhos assistenciais que resultaram na fundação, em 07/09/1947, do Centro Espírita Caminho da Redenção, no bairro de Pau da Lima, em Salvador, BA.

Em 15/08/1952, Divaldo Franco e Nilson realizam outra empreitada em favor dos necessitados e fundaram a Mansão do Caminho, obra social do Centro Espírita Caminho da Redenção. Nesses trabalhos a experiência e dedicação de Nilson eram essenciais para o desenvolvimento dos trabalhos.

Enquanto Divaldo Franco viajava, pregando o Espiritismo pelo mundo, Nilson presidia as atividades das obras e dirigia os trabalhos doutrinários e gráficos. Prossegue, no plano espiritual, sua tarefa missionária.


Embaixador da Paz

Em 30/12/2005, Tio Nilson recebeu o título de Embaixador da Paz no mundo pela Ambassade Universelle Pour La Paix, em Genebra, Suíça, capital da Organização Mundial da Paz, braço da Organização das Nações Unidas (ONU), concedido pelos relevantes serviços prestados à humanidade. Portanto Nilson de Souza Pereira é o 206º Embaixador da Paz.

Divaldo Franco e Tio Nilson
Morte

O fundador da Mansão do Caminho, Nilson de Souza Pereira, desencarnou na madrugada de quinta-feira, 21/11/2013, às 4:40 hs, no Hospital Santa Isabel, em Salvador, BA, vítima de falência múltipla dos órgãos.

Tio Nilson, como era chamado pelos amigos e crianças da Mansão do Caminho, tinha 89 anos e fazia tratamento contra um câncer de próstata. A informação é de Miguel de Jesus Sardano, comunicador da Rede Boa Nova de Rádio e amigo pessoal de Tio Nilson, que na época estava em viagem pelo interior de São Paulo com Divaldo Franco.

Sabendo que a partida do amigo estava próxima e com uma série de palestras no interior de São Paulo, Divaldo Franco havia conversado com Tio Nilson, se despedido e orientado a equipe da Mansão do Caminho para o sepultamento.

Tio Nilson foi sepultado no Cemitério Bosque da Paz, em Salvador, BA.


Obra

Dando sua contribuição ao movimento espírita, Tio Nilson organizou os seguintes livros:
  • Terapia Espírita Para os Desencarnados
  • A Serviço do Espiritismo (Divaldo Franco na Europa)
  • ... E o Amor Continua
  • Exaltação à Vida
  • Depois da Vida
  • Vidas em Triunfo
  • Viagens e Entrevistas


Além de escrever para a revista Presença Espírita.


João Silva

JOÃO LEOCÁDIO DA SILVA
(78 anos)
Cantor, Compositor e Produtor Musical

* Arcoverde, PE (16/08/1935)
+ Recife, PE (06/12/2013)

João Leocádio da Silva, o Mestre João Silva, foi um compositor, cantor e produtor musical brasileiro. Foi um dos maiores parceiro de Luiz Gonzaga na produção de mais de cem músicas, entre elas sucessos tais como: "Danado de Bom", "Nem se Despediu de Mim", "Forró de Ouricuri", "Pagode Russo", "Arcoverde Meu" e "De Fiá Pavi". Sua participação foi de fundamental importância para que em 1984, Luiz Gonzaga recebesse seu primeiro disco de ouro, com o LP "Danado de Bom".

Aos 7 anos de idade começou a tocar pandeiro. Aos 9 anos ganhou um concurso como cantor. Aos 10 anos apresentou-se no programa no programa Ademar Paiva na Rádio Clube de Pernambuco tocando acordeom.

Um dos principais parceiros de Luiz Gonzaga a partir dos anos 1960, aos 17 anos mudou-se para o Rio de Janeiro com uma carta de recomendação de João Calmon. Apresentou-se no programa "Domingueira" apresentado por Arnaldo Amaral na Rádio Mayrink Veiga onde cantou "Crepúsculo Sertanejo", de sua autoria.

Em 1964, Luiz Gonzaga gravou no disco "A Sanfona do Povo" o baião "Não Foi Surpresa", de sua parceria com João do Vale. Em 1965, o Rei do Baião gravou a marcha junina "Piriri" (João Silva e Albuquerque). Em 1966 gravou "Crepúsculo Sertanejo" (João Silva e Rangel). No mesmo disco, "Óia eu Aqui de Novo", aparece sua primeira parceria com Luiz Gonzaga, "Garota Todeschini". Em 1968, no LP "São João do Araripe", aparecem duas composições da parceria entre os dois, "Lenha Verde" e "Meu Araripe", que se tornou um enorme sucesso.

João Silva e Luiz Gonzaga
Em 1973, no LP "Nova Jerusalém"Luiz Gonzaga gravou "O Vovô do Baião" (João Silva e Severino Ramos). Em 1974, Bastinho Calixto gravou a composição "Laura" (João Silva e Anatalício). Em 1978 compôs com Luiz Gonzaga "Umbuzeiro da Saudade". Em 1979 compôs com Pedro Maranguape "Adeus a Januário", em homenagem ao pai de Luiz Gonzaga recentemente falecido.

Em 1980, compôs com Pedro Maranguape a composição "Cego Aderaldo", gravada por Luiz Gonzaga. Em 1983, no disco "70 Anos de Sanfona e Simpatia"Luiz Gonzaga gravou três de suas parcerias, "Cidadão Sertanejo", "Forró de Ouricuri" e "Sequei os Olhos", esta uma pungente canção sobre a seca que assolou a região nordestina entre 1979 e 1983.

Em 1984, João Silva compôs com Luiz Gonzaga o forró "Pagode Russo", regravado nos anos 1990 pelo grupo Mastruz Com Leite. Em 1984, no LP "Luiz Gonzaga e Fagner", a composição de abertura do disco é "Sangue Nordestino", outra parceria de João Silva com Luiz Gonzaga.

Em 1985 no LP "Sanfoneiro Macho", o Rei do Baião gravou seis composições de parceria com João Silva, entre as quais "A Mulher do Sanfoneiro", além de "Maria Baiana" (João Silva e Zé Mocó) e "Amei à Toa" (João Silva e Joquinha Gonzaga).

Em 1986 compôs em parceria com Luiz Gonzaga "Forró de Cabo a Rabo", que deu nome ao disco de Luiz Gonzaga daquele ano e, no qual, aparecem mais duas parcerias entre os dois, e ainda "Xote Machucador" (João Silva e Dominguinhos), e "Passo Fome Mas Não Deixo"  (João Silva e Zé Mocó). No mesmo ano, Marinês em seu LP "Tô Chegando" gravou de João SilvaLuiz Gonzaga "Tá Virando Emprego", e "Amigo Velho Tocador" (João Silva e Zé Mocó).

Em 1987, mais uma de suas composições, "De Fia Pavi", feita em parceria com Oseinha, deu nome a um disco de Luiz Gonzaga, no qual aparecem ainda "Doutor do Baião", "Pobre do Sanfoneiro" e "Toca Pai", três parcerias suas com o Rei do Baião. No mesmo ano, Marinês gravou no LP "Balaio de Paixão" a canção "Danação de Gamação" (João SilvaChico Xavier), e "Olhos duidinhos" (João SilvaPedro Maranguape e Iranilson).

Em 1988 compôs com Luiz Gonzaga "Pra Que Mais Mulher", "Fruta Madura" e "Outro Amanhã Será", todas gravadas no LP "Aí Tem Gonzagão".


Em 1989, uma composição de sua parceria com Luiz Gonzaga, "Vou Te Matar De Cheiro", deu título ao último disco do Rei do Baião, no qual João Silva participou da gravação de três faixas, "Um Pra Mim, Um Pra Tu" e "Arcoverde Meu", em parceria com Luiz Gonzaga, e "Ladrão de Bode" (João Silva, Rui Moraes e Silva).

Ao todo compôs mais de 30 músicas com Luiz Gonzaga, todas gravadas pelo Rei do Baião. Teve ainda composições gravadas com sucesso pelo Trio Nordestino, entre as quais "Estou Roendo Sim" (João Silva e Anatalício), "No Galpão da Bulandeira" (João Silva e K-boclinho), "Intupidinho de Amor" (João Silva e J. B. de Aquino) e "Gamado Até Demais" (João Silva e Sebastião Rodrigues). Dominguinhos gravou, "Pode Morrer Nessa Janela", "O Galo Já Miudou" e "Cintura de Abelha".

João Silva tem cerca de 2000 composições. Entre seus parceiros estão João do Vale, Onildo Almeida, Rosil Cavalcante, Severino Ramos, Bastinho Calixto, Pedro Maranguape, Zé Mocó, Pedro CruzDominguinhos, Sebastião Rodrigues e outros.

Entre seus principais sucessos estão "A Mulher do Sanfoneiro", "Danado de Bom", "Pagode Russo", "Nem se Despediu de Mim", "Meu Araripe", "Uma Pra Mim Outra Pra Tu" e "Pra Não Morrer de Tristeza", que já teve cerca de 40 gravações.

Como produtor, produziu discos de Luiz Gonzaga, Trio Nordestino e Jackson do Pandeiro entre outros, E atuou também como arranjador.

Em 2006, o coco "Como Tudo Começou", de sua autoria, foi gravado por Dominguinhos, no CD "Conterrâneos".

Em 2012, participou da coleção tripla de CDs "Pernambuco Forrozando Para o Mundo - Viva Dominguinhos!!!", produzida por Fábio Cabral, cantando a música "Bodo Bodocó", (João Silva e José Maria Marques). A coletânea trouxe forrós diversos interpretados por 48 artistas, e que fazem referência aos 50 anos de carreira do seu inspirador: Dominguinhos. Interpretando músicas de compositores em sua grande maioria pernambucanos, fizeram parte do projeto também artistas como Acioly Neto, Adelzon Viana, Dudu do Acordeon, Elba Ramalho, Jorge de Altinho, Irah Caldeira, Liv Moraes, Hebert Lucena, Geraldo Maia, Sandro Haick, Spok, Jefferson Gonçalves, Chambinho, Joquinha Gonzaga, Maciel Melo, Luizinho Calixto, Silvério Pessoa, Walmir Silva, entre outros, além do próprio Dominguinhos.

João Silva foi agraciado com o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco em 2012.


Morte

João Leocádio da Silva foi encontrado morto, no apartamento em que morava, no Conjunto Pernambucano, em Boa Viagem. A provável causa foi um infarto. Ele estava sozinho em casa. Sua mulher e filha estavam em Aracaju para uma apresentação da enteada do compositor, Thaís Nogueira.

O corpo foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, onde chegou por volta das 21:45 hs. 

A cantora Walkiria, muito amiga do compositor, que mora em um prédio próximo, disse que estranhou porque há um dia não o via: "Do meu apartamento dava para ver ele em casa. E, quando saía para fazer caminhada ou ir ao supermercado, sempre estava encontrando com ele", comentou a cantora, uma das primeira pessoas conhecidas a chegar ao apartamento de João Silva.

João Silva foi velado na Câmara Municipal Recife, sábado, 07/12/2013, a partir das 15:00 hs. O enterro ocorreu em Arcoverde, PE, no domingo, 08/12/2013.

Indicação: Miguel Sampaio

Fauzi Arap

FAUZI ARAP
(75 anos)
Diretor, Autor e Ator

* São Paulo, SP (1938)
+ São Paulo, SP (05/12/2013)

Sempre fora dos esquemas de produção tradicionais, Fauzi Arap imprimiu em seus trabalhos como diretor e autor uma expressão original, assimilando a poesia e a liturgia da contracultura dos anos 1970.

Formado em engenharia civil, sua trajetória profissional se consolidou no teatro. Começou como ator no fim dos anos 1950, ainda na fase amadora do Teatro Oficina, e participou da primeira montagem profissional do grupo em 1961, "A Vida Impressa em Dólar", de Clifford Odetts, direção de José Celso Martinez Corrêa, quando recebeu os prêmios Saci e Governador do Estado de melhor ator coadjuvante.

Afirma-se como ator tanto em montagens do Teatro Oficina como do Teatro de Arena, tais como: "José do Parto à Sepultura", de Augusto Boal, direção Antônio Abujamra, no Teatro Oficina, 1961; "A Mandrágora", de Maquiavel, direção Augusto Boal, no Teatro de Arena, 1962. No ano seguinte, em "Pequenos Burgueses", de Máximo Gorki, substituindo Raul Cortez, alcançou brilhante desempenho realista, transfigurando-se no bêbado Teteriev. Fez ainda "Andorra", de Max Frisch, 1964; ambas direções de  José Celso pelo Teatro Oficina. Junto ao Grupo Decisão, esteve em "O Inoportuno", de Harold Pinter, recebendo elogiosa crítica de Décio de Almeida Prado.


Estreou como diretor em 1965, levando ao palco o texto "Perto do Coração Selvagem", adaptado da obra de Clarice Lispector, adaptada por ele. Em 1967 dirigiu e interpretou, dividindo o palco com Nelson Xavier, "Dois Perdidos Numa Noite Suja", de Plínio Marcos. Em 1968, Tônia Carrero o convida para dirigi-la em "Navalha Na Carne", também de Plínio Marcos, peça que obteve estrondoso sucesso.

Aos 29 anos, abandonou a carreira de ator para dedicar-se à direção. Como diretor, lançou importantes nomes da dramaturgia nacional. Além do já citado Plínio Marcos, trouxe à cena "Abre a Janela e Deixa Entrar o Ar Puro e o Sol da Manhã", do então jovem estreante Antônio Bivar, produção do Teatro Maria Della Costa (TMDC), em 1968. Revelou ao público a poética contundente de José Vicente ao dirigir "O Assalto" em 1969, que contava com Ivan de Albuquerque e Rubens Corrêa. Projetou nacionalmente o nome de Maria Bethânia ao dirigi-la no show "Rosa dos Ventos", em 1971, valorizando a forte presença cênica da cantora.

A carreira como autor tem início com "Pano de Boca", 1975, na qual fez um balanço dos caminhos e descaminhos do teatro brasileiro nos anos 1960 e 1970, inspirando-se livremente nos fatos que dilaceraram o Teatro Oficina.


Recebeu os prêmios Molière de melhor autor e Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA), de melhor diretor por "O Amor do Não", 1977. Mais tarde, em 1983 levou o prêmio Mambembe de melhor autor em "Quase 84", dirigido por Ivan de Albuquerque.

Em 1986, voltou a chamar a atenção pela direção em "Uma Lição Longe Demais", de Zeno Wilde. Em 1987, é premiado à frente do "Risco e Paixão", "Projeto T.A.R.Ô Rosa dos Ventos" do Teatro Brasileiro, que ocupou o Teatro de Arena Eugênio Kusnet por dois anos, com o qual se mostraou um ativo fomentador da produção cultural. Nesse projeto dirigiu "Às Margens do Ipiranga", de sua autoria, na qual procurou reproduzir, sobre a trajetória do Teatro de Arena, uma análise afetiva semelhante à que realizou com relação ao Teatro Oficina em "Pano de Boca". No fim dos anos 1990, obteve êxitos na direção de diferentes gêneros, como no drama poético "Santidade", peça de José Vicente censurada em 1968, e na comédia "Caixa 2", de Juca de Oliveira, prêmios Shell de melhor direção por ambos os trabalhos.

Fauzi Arap é tido como pioneiro na direção de shows musicais no Brasil e também, reconhecidamente, um dos melhores diretores de ator do país. Em 1971 trabalhou como terapeuta voluntário na Casa das Palmeiras, centro psiquiátrico anti-convencional dirigido pela doutora Nise da Silveira, quando mergulhou nas obras de Jung. Sua autobiografia, "Mare Nostrum - Sonhos, Viagens e Outros Caminhos", 1998, revela a trajetória de um homem que buscou na vida e no teatro uma existência integral.


Morte

Fauzi Arap morreu, aos 75 anos, na madrugada de quinta-feira, 05/12/2013, em sua casa, no Paraíso, em São Paulo. Segundo a família, ele sofria de um câncer, que começou na bexiga mas já havia se espalhado. O enterro ocorreu no Cemitério São Paulo, na sexta-feira, 06/12/2013, às 11:00 hs.

Principais Trabalhos

Autoria
  • 1975 - Pano de Boca
  • 1977 - O Amor do Não
  • 1977 - Um Ponto de Luz
  • 1979 - Mocinhos Bandidos
  • 1979 - Sol no Olho
  • 1980 - Parabéns Pra Você
  • 1981 - The Brazilian Tropical Super Star
  • 1983 - Quase 84
  • 1987 - Projeto T.A.R.Ô. Rosa dos Ventos
  • 1988 - Às Margens do Ipiranga
  • 1988 - Risco e Paixão
  • 1989 - Além do Círculo
  • 1991 - A História Acabou
  • 2003 - O Mundo é um Moinho
  • 2005 - Chega de História
  • 2007 - Chorinho


Direção
  • 1961 - São Paulo - O Balanço
  • 1965 - São Paulo - Perto do Coração Selvagem
  • 1967 - Rio de Janeiro - Dois Perdidos Numa Noite Suja
  • 1967 - São Paulo - Santidade
  • 1968 - Rio de Janeiro - Navalha na Carne
  • 1968 - São Paulo - Abre a Janela e Deixa Entrar o Ar Puro e o Sol da Manhã
  • 1969 - Rio de Janeiro - Falando de Rosas
  • 1969 - Rio de Janeiro - O Assalto
  • 1969 - São Paulo - Falando de Rosas
  • 1970 - São Paulo - Seu Tipo Inesquecível
  • 1970 - Rio de Janeiro - Macbeth
  • 1971 - Rio de Janeiro - Rosa dos Ventos. Show Encantado
  • 1974 - Rio de Janeiro - A Cena Muda - Show de Maria Bethânia
  • 1976 - São Paulo - Pano de Boca
  • 1977 - São Paulo - O Amor do Não
  • 1977 - São Paulo - Um Ponto de Luz
  • 1977 - Rio de Janeiro - Pássaro da Manhã
  • 1979 - Rio de Janeiro - Maria Bethania
  • 1979 - São Paulo - Mocinhos Bandidos
  • 1980 - São Paulo - Abajur Lilás
  • 1980 - Campinas - O Abajur Lilás
  • 1981 - Rio de Janeiro - Estranha Forma de Vida
  • 1986 - São Paulo - Uma Lição Longe Demais
  • 1987 - São Paulo - Dois Perdidos Numa Noite Suja
  • 1988 - São Paulo - Às Margens do Ipiranga
  • 1991 - São Paulo - A História Acabou
  • 1993 - São Paulo - Retrato Falado
  • 1994 - São Paulo - Adorável Desgraçada
  • 1995 - São Paulo - A Quarta Estação
  • 1996 - São Paulo - Perdidos na Praia
  • 1996 - São Paulo - Frida Kahlo
  • 1997 - São Paulo - Caixa 2
  • 1998 - São Paulo - Santidade
  • 2002 - São Paulo - Deve Ser do C... o Carnaval em Bonifácio
  • 2003 - São Paulo - O Mundo É um Moinho
  • 2005 - São Paulo - Chega de História
  • 2006 - São Paulo - Kerouac
  • 2007 - São Paulo - Chorinho5


Indicação: Miguel Sampaio e Fadinha Veras

Pedro Rocha

PEDRO VIRGÍLIO ROCHA FRANCHETTI
(70 anos)
Técnico e Jogador de Futebol

* Salto, Uruguai (03/12/1942)
+ São Paulo, SP (02/12/2013)

Pedro Virgilio Rocha Franchetti, mais conhecido apenas como Pedro Rocha, foi um jogador e técnico de futebol nascido no Uruguai e naturalizado brasileiro.

Pedro Rocha teve um desempenho brilhante vestindo a camisa do Peñarol, acumulando títulos da Copa Libertadores da América e do Mundial Interclubes, além de campeonatos uruguaios.

Em 1971, transferiu-se para o São Paulo, onde permaneceu até 1977, quando saiu com 34 anos de idade.

No Brasil, ficou mais conhecido por prenome e sobrenome, Pedro Rocha. Nesse meio tempo, Verdugo, um de seus apelidos, já que misturava a raça uruguaia e uma enorme habilidade com a bola, ajudou o São Paulo a chegar a dois títulos estaduais, em 1971 e 1975, e também chegou a ganhar o Brasileirão pelo mesmo São Paulo em 1977.

Pelé e Pedro Rocha
(Foto: Gazeta Press)
Pelo tricolor paulista, atuou 375 vezes, marcando 113 gols. Também jogou em outros clubes do futebol brasileiro, como Coritiba, Palmeiras e Bangu antes de encerrar a carreira, em meados da década de 1980 quando atuava pelo Al-Nassr, da Arábia Saudita.

Foi artilheiro do campeonato brasileiro em 1972 pelo São Paulo com 17 gols dividindo a artilharia com Dario, do Atlético Mineiro.

Também é lembrado pela admiração que Pelé tinha por seu futebol. Em 1968, em sua opinião, Pedro Rocha era um dos cinco melhores jogadores do mundo.


Morte

Pedro Rocha morreu na noite de segunda-feira, 02/12/2013, aos 70 anos, a apenas um dia de seu aniversário. Ele sofria de atrofia do mesencéfalo, uma doença cerebral degenerativa, um mal que afetava os seus movimentos e a fala, e passou por uma internação na Santa Casa de Misericórdia.

Títulos

Peñarol
  • Campeonato Uruguaio: 1959, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967 e 1968
  • Copa Libertadores da América: 1960, 1961 e 1966
  • Copa Europeia/Sul-Americana: 1961 e 1966
  • Recopa dos Campeões Intercontinentais: 1969


São Paulo
  • Campeonato Paulista: 1971 e 1975
  • Campeonato Brasileiro: 1977


Coritiba
  • Campeonato Paranaense: 1978


Artilharias

Peñarol
  • Campeonato Uruguaio: 1963 (18 gols), 1965 (15 gols) e 1968 (8 gols)
  • Recopa dos Campeões Intercontinentais: 1968 e 1969


Seleção Uruguaia
  • Eliminatórias Sul Americanas para a Copa do Mundo FIFA de 1966: 1965 (4 gols)


São Paulo
  • Campeonato Brasileiro: 1972 (17 gols)
  • Copa Libertadores da América: 1974 (7 gols)


Prêmios Individuais
  • Melhor jogador do Campeonato Su-Americano (atual Copa América): 1967
  • Bola de Prata (Revista Placar): 1973
  • 38º maior futebolista Sul-Americano do Século XX pela  Federação Internacional de Historias e Estatística do Futebol (IFFHS): 1999


Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio

Petrônio Corrêa

PETRÔNIO CORRÊA
(84 anos)
Publicitário

* São Sepé, RS (28/12/1929)
+ São Paulo, SP (01/12/2013)

Petrônio Corrêa foi um publicitário brasileiro, fundador da MPM Propaganda e considerado um dos mais importantes nomes da publicidade brasileira.

Petrônio Corrêa teve seu primeiro emprego no mercado de comunicação aos 20 anos, como redator do jornal A Nação, de Porto Alegre. Sua entrada para o setor de agências se deu em 1954, como gerente da filial gaúcha da Grant Advertising.

Em 1957, ao lado dos sócios Luiz Macedo e Antonio Mafuz, Petrônio Corrêa fundou a MPM Propaganda, que ganhou fôlego no Sul, transferiu sua sede para São Paulo em 1965 e, uma década depois, tornou-se a maior agência do país, liderando o ranking brasileiro por 15 anos. Depois disso, em 1991, a MPM Propaganda foi vendida para o Grupo Interpublic, que a fundiu com a Lintas. Nos anos 90, a marca deixou de existir.

No início dos anos 2000, já não usada mais pelo Interpublic, a marca MPM foi comprada pelo Grupo ABC, como parte do projeto do chairman Nizan Guanaes, que queria reeditar os anos de glória em uma nova operação com capilaridade nacional.

Petrônio Corrêa e Júlio Ribeiro
Em 2003, o Grupo ABC lançou a MPM, presidida pela empresária Bia Aydar. Em 2009, a holding nacional resolveu fundir a MPM com a Loducca. Inicialmente, a agência adotou o nome Loducca MPM, mas as três letras de Macedo, Petrônio e Mafuz foram aposentadas alguns meses depois. Atualmente a marca MPM não é mais usada pela Loducca.

Gaúcho da cidade de São Sepé, Petrônio Corrêa presidiu Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP) entre 1979 e 1981, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) entre 1981 e 1988 e atuava no Conselho Executivo das Normas-Padrão da Atividade Publicitária (CENP) desde 1998. Em agosto de 2013, ele se desligou do Conselho Executivo das Normas-Padrão da Atividade Publicitária, instância que presidia desde dezembro de 2009, quando passou a presidência executiva a Caio Barsotti, atual ocupante do cargo.

Em 2010, Petrônio Corrêa recebeu uma homenagem especial do Prêmio Caboré, por sua contribuição ao mercado brasileiro. Em 2012, Petrônio Corrêa teve sua biografia narrada no livro "No Centro do Poder", da jornalista Regina Augusto, diretora-editorial de Meio & Mensagem, lançado pela Editora Livros de Safra.

O nome do publicitário está ligado a importantes iniciativas em defesa de sua profissão e da liberdade de anunciar.


No Centro do Poder

Se a publicidade brasileira atingiu reconhecimento mundial e estágio quase tão elevado como nosso futebol e nossa música, o P da antiga MPM, maior agência nos anos 1980, tem um papel fundamental nisso.

Petrônio Corrêa, diferente de outras estrelas da profissão, não se destacou criando anúncios e se achando, ou declarando-se, genial. Mas, além de obter o primeiro lugar no ranking com filiais por várias cidades do Brasil e de conviver muito próximo a empresários e ao governo, conseguiu se reinventar depois de vender a empresas para a multinacional Lintas. A marca era tão emblemática que Nizan Guanaes resolveu comprá-la quase uma década depois, pagando 1 milhão de dólares pelas três letras.

O forte do Petrônio Corrêa sempre foi sua capacidade de articulação, de juntar as partes. E fez isso de forma magistral, no que deveria ser a aposentadoria de um bem-sucedido homem de negócios. Sem ele, o Conar teria um peso muito menor, a regulamentação do mercado publicitário estaria muito diferente e todos estariam ganhando menos dinheiro. Também depois de se beneficiar muito da proximidade com o governo, assumida no livro, ajudou a regulamentar, de forma bastante profissional, a relação das agências com a máquina pública.

O texto de Regina Augusto é primoroso, fluido e com a responsabilidade de manter sua marca de jornalista isenta. Ou seja, é uma biografia que não se exime de por o dedo em várias feridas.

Regina Augusto e Petrônio Corrêa
Morte

Petrônio Corrêa morreu no domingo, 01/12/2013, em São Paulo, SP, aos 84 anos, após sofrer uma parada cardíaca. Ele faria 85 anos no próximo dia 28/12/2013.

Segundo o filho Petrônio Filho, o publicitário sentiu uma forte dor no peito na manhã de domingo e foi levado ao Hospital Oswaldo Cruz, onde morreu às 12:12 hs. O filho diz que o pai sofreu uma queda há dois meses, quebrou uma costela e teve algumas complicações de saúde.

O corpo de Corrêa será velado na segunda-feira, 02/12/2013, no Cemitério Gethsêmani, em São Paulo, SP, a partir das 7:00 hs. O enterro será às 17:00 hs.

Fonte: G1 e Meio e Mensagem
Indicação: Miguel Sampaio e Neyde Almeida

João Araújo

JOÃO ALFREDO RANGEL DE ARAÚJO
(78 anos)
Empresário e Produtor Musical

* Rio de Janeiro, RJ (02/07/1935)
+ Rio de Janeiro, RJ (30/11/2013)

Caçula de uma família pernambucana com seis filhos, João Alfredo Rangel de Araújo nasceu no Leblon, Rio de Janeiro, em 02/07/1936 e começou sua carreira na indústria musical aos 14 anos, como auxiliar de imprensa na Copacabana Discos, que tinha em seu elenco estrelas como Ângela Maria e Elizeth Cardoso.

Passou por diversas gravadoras, incluindo a Odeon, que tinha entre suas estrelas na época Dorival Caymmi e João Gilberto, e a Philips, na qual foi diretor artístico e ajudou a lançar artistas como Caetano Veloso, Gal Costa, Jorge Ben e Djavan.

Participou da criação da Som Livre, em 1969. Na gravadora ligada às Organizações Globo, que comandou por quase quatro décadas, lançou bem-sucedidas trilhas de novelas e lançou fenômenos de venda como Xuxa. Na empresa, ele possibilitou a criação do disco "Acabou Chorare", dos Novos Baianos.

João Araújo ao lado do filho Cazuza
Sua história como empresário musical ficou em segundo plano a partir do sucesso de Cazuza, seu único filho, nascido do casamento de mais de cinco décadas com Lucinha Araújo.

Temendo acusações de nepotismo e favorecimento, João Araújo não quis ajudar o filho a princípio, mas foi convencido pelo produtor Guto Graça Melo e pelo jornalista Ezequiel Neves a lançar o disco de estreia do Barão Vermelho, em 1982.

A morte de Cazuza foi um baque do qual João Araújo jamais se recuperou. Ele evitava assistir a homenagens ao filho, como o musical teatral atualmente em cartaz.

João Araújo e Lucinha Araujo (Foto: Cristina Granato)
Além de presidir a Som LivreJoão Araújo também foi eleito presidente de honra da Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD), em 2007, no mesmo ano em que recebeu o prêmio Grammy Latino por sua contribuição à indústria musical.

"A trajetória de João Araújo confunde-se com a história da música brasileira moderna e seus principais movimentos musicais das últimas décadas, desde a Bossa Nova, Jovem Guarda, Tropicalismo e a consolidação do pop rock brasileiro. Sua contribuição para o fortalecimento da indústria da música no Brasil é inestimável."
(Paulo Rosa, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Discos na ocasião)

"Foi impossível não me lembrar do Cazuza. Ele teria feito alguma gozação, teria achado tudo ridículo, mas depois ia aplaudir e gostar de ver o pai ganhar esse prêmio. Cazuza não teve tempo de ter carreira internacional, ele morreu antes de ver o reconhecimento do seu trabalho fora do Brasil."
(Em entrevista a O Globo logo após ter recebido o Grammy)

João Araújo era bom apostador também no pôquer, uma de suas paixões. Tinha emoldurados, na sala de casa, os oito royal street flash -  sequência de dez ao sequências do dez ao ás, todas do mesmo naipe - que fez na vida. Um dos refúgios preferidos de Cazuza, a casa na Fazenda Inglesa, em Petrópolis, foi construída em um terreno ganho no jogo.

João Araújo foi representado por Reginaldo Faria no filme "Cazuza - O Tempo Não Para" (2004).


Morte

João Araújo morreu às 6:30 hs da manhã de sábado, 30/11/2013, em seu apartamento no Rio de Janeiro, vítima de um ataque cardíaco.

João Araújo estava com a saúde fragilizada desde que sofreu uma queda há três semanas, em Angra dos Reis, na qual fraturou a cabeça do fêmur. Internado para uma cirurgia, teve um problema nos rins detectado pelos médicos e passou por hemodiálise. Voltou para casa na segunda-feira, 25/11/2013.

"Há dois dias, fumou nove cigarros e tomou um uísque, já proibido pelos médicos. Ele já estava sentindo [que morreria]", disse o deputado federal Miro Teixeira (Pros, RJ), um dos amigos que compareceram ao velório, que aconteceu no cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul do Rio.

O enterro foi marcado para as 17:00 hs de 30/11/2013 no mesmo jazigo em que está Cazuza.

Sérgio Cabral e João Araújo no lançamento do livro "O Tempo Não Para - Viva Cazuza"
(Foto: Cristina Granato)
Em nota, a Som Livre lamentou a morte de João Araújo, a quem chamou de "o mais importante executivo" de sua história.

"Ao longo de mais de 35 anos de dedicação à empresa, João estabeleceu as bases da Som Livre, que deve a ele sua história e seu sucesso. João lançou as mais importantes trilhas sonoras da teledramaturgia brasileira e abriu portas para o sucesso de alguns dos principais nomes da música nacional como Novos Baianos, Djavan, Barão Vermelho e, claro, seu querido filho Cazuza. Seu legado como executivo e produtor para a música brasileira pode ser comparado, mas não será superado. Seus amigos, ex-funcionários e admiradores aqui reunidos lhe desejam descanso em paz por eternas e maravilhosas trilhas."
(Comunicado da Som Livre)

"Ele é uma pessoa muito querida. Era um amigo pessoal muito querido e uma pessoa de uma importância enorme para a música. É uma perda muito grande!"
(Gloria Perez)

"João vai deixar um legado para a música brasileira. Ele fez história"
(Leiloca, ex-As Frenéticas)

Cazuza e seu pai João Araujo
Entre amigos e familiares, estiveram no velório as apresentadoras Xuxa e Ana Furtado, o produtor musical Luís Carlos Miele, o escritor Zuenir Ventura, a atriz Rosamaria Murtinho, o autor de novelas Gilberto Braga, os diretores da TV Globo Daniel Filho, Boninho, Ali Kamel e José Frejat, pai do músico Frejat, que foi parceiro de Cazuza no Barão Vermelho.

Xuxa chegou ao velório por volta de 15:00 hs e deixou o cemitério após quase duas horas, chorando muito, ao lado do namorado. O cantor Caetano Veloso também foi ao velório de João Araújo. Ele chegou ao local por volta de 16:30 hs. Pouco depois, a atriz Glória Pires chegou ao velório, acompanhada pelo marido Orlando Morais.

"Ele era uma pessoa muito generosa e prestou muito serviço ao país e à música. Temos que reconhecer o trabalho dele. Eu o conhecia há quase tanto tempo quanto Cazuza conheceu Frejat."
(José Frejat)

Indicação: Fadinha Veras

Nílton Santos

NÍLTON SANTOS
(88 anos)
Jogador de Futebol

* Rio de Janeiro, RJ (16/05/1925)
+ Rio de Janeiro, RJ (27/11/2013)

Nílton dos Santos foi um futebolista brasileiro que atuava como lateral-esquerdo. Em 2000, foi eleito pela FIFA como o melhor lateral-esquerdo de todos os tempos. Foi o precursor em arriscar subidas ao ataque através da lateral do campo. Revolucionou a posição de lateral-esquerdo, utilizando-se de sua versatilidade ao defender e atacar, inclusive marcando gols, numa época do futebol que apenas tinha a função defensiva.

Integrou o plantel da seleção brasileira nos campeonatos mundiais de 1950, 1954, 1958 e 1962, tendo sido bicampeão nas duas últimas.


Botafogo

Enquanto cumpria serviço militar foi descoberto por um oficial da Aeronáutica. Levado para jogar no Botafogo em 1948, somente deixou General Severiano em 1964 quando abandonou os gramados. Sua estréia com a camisa do clube da estrela solitária aconteceu contra o América Mineiro. No campeonato carioca de 1948, disputou seu primeiro jogo contra o Canto do Rio Foot-Ball Club em Caio Martins. O Botafogo venceu de 4 x 2. O alvinegro de General Severiano foi o campeão carioca de 1948.

Nílton Santos atuou sua carreira toda no Botafogo, onde conquistou por quatro vezes o Campeonato Estadual, 1948, 1957, 1961 e 1962; o Torneio Internacional de Paris em 1963, além de vários outros títulos internacionais. Participou de 718 partidas pelo clube sendo o recordista.

Tão adorado quanto Garrincha, tão respeitado quanto Pelé. Com sua habilidade e categoria, Nilton Santos ultrapassou o conceito de maior lateral esquerdo da história do futebol mundial. Ao ser chamado de "A Enciclopédia do Futebol", teve de forma definitiva o merecido reconhecimento de sua incrível capacidade de encantar o torcedor. Em toda sua carreira jogou apenas no Botafogo e, além do Glorioso, a única camisa que usou foi a da Seleção Brasileira. No Botafogo, disputou 723 partidas, marcando 11 gols. Na Seleção Brasileira, fez 84 jogos, marcando 3 gols.

Segurança na marcação era uma de suas virtudes. Com sua dinâmica de jogo, tornou-se o precursor dos laterais que buscavam o ataque, tendo marcado um gol na Copa de 1958, contra a Áustria, fato raro na época em que lateral era apenas marcador de ponta. Se taticamente tinha sua importância para o esquema do Botafogo e da Seleção Brasileira, foi fora de campo que marcou um de seus mais belos gols: quando, após enfrentar Mané Garrincha num treino, Nílton Santos praticamente forçou o Botafogo a contratar o então desconhecido ponta-direita.

No Botafogo, Nílton Santos foi campeão carioca quatro vezes (1948, 1957, 1961 e 1962) e conquistou dois Torneios Rio-São Paulo (1962 e 1964). Foi bicampeão mundial pela Seleção Brasileira, em 1958 e 1962, e esteve também nas Copas de 1950 e 1954. Nunca perdeu uma decisão e, assim como Garrincha, foi eleito, em pesquisa feita pela FIFA em 1998, para a seleção de todos os tempos.


Seleção Brasileira

Nílton Santos estreou na Seleção Brasileira no sul-americano de 1949, a competição foi realizada no Brasil que acabou campeão. Participou da Copa do Mundo de 1950 onde foi vice-campeão. Ainda foi campeão com a seleção do Pan-Americano de 1952, bi campeão mundial em 1958 na Suécia e 1962 no Chile. Atuou em 75 partidas oficiais e 10 não oficiais. Sua despedida da Seleção Brasileira ocorreu na final da Copa de 1962. Marcou dois gols com a camisa da seleção2 .

Na Seleção Brasileira, Nílton Santos foi um jogador chave na defesa durante os campeonatos mundiais em que participou e ficou famoso internacionalmente por marcar um gol magnífico no torneio de 1958, quando o Brasil jogou com a Áustria. Trazendo a bola do campo de defesa e driblando o time adversário inteiro, e deixando doido o técnico Vicente Feola, finalizou com um ótimo chute.

Outra jogada de gênio sempre lembrada aconteceu contra a Espanha, na Copa do Mundo de 1962, no Chile, considerada a partida mais difícil daquela campanha. Nílton Santos derrubou o atacante espanhol muito perto da linha lateral da grande área, cometendo pênalti. Quando o juiz se aproximava, ele deu um passo à frente, saindo mansamente da grande área, sem estardalhaço. Para sorte do Brasil, enganado, o árbitro não percebeu e acabou marcando falta fora da área.

Garrincha e Nilton Santos
Garrincha

Nílton Santos também fez história no futebol brasileiro fora das quatro linhas. Já consagrado, teve de enfrentar em um treino do Botafogo um jovem desconhecido e malvisto por ter as pernas tortas. A dificuldade para marcar Mané Garrincha naquela atividade levou o lateral a convencer o Botafogo a contratar o homem que viria a ser o maior nome da história do clube.

Depois de encerrar a carreira, Nílton Santos chegou a fazer parte da cúpula do futebol do Botafogo, mas a carreira como dirigente chegou ao fim quando agrediu com um soco o então árbitro Armando Marques, após uma partida no Maracanã, em 1971.

Ele chegou a ter uma escolinha de futebol em Uberaba, MG, antes de se mudar para o Distrito Federal.


Vida Como Ex-jogador

Depois que parou de jogar, Nílton Santos se especializou em contar passagens divertidas da vida de Garrincha, seu compadre e amigo íntimo de muitos anos. Ele dizia, por exemplo, que na sua frente Garrincha, um contumaz alcoólatra, nunca havia tomado um gole, pedindo sempre um copo de água quando o via.

Escreveu "Minha Bola, Minha Vida", livro que conta sua história através dos campos do mundo. Ele também foi homenageado no Cantinho da Saudade em dezembro de 1999, no Museu dos Esportes Edvaldo Alves de Santa Rosa - Dida, que fica localizado no Estádio Rei Pelé em Maceió, AL.

Nílton Santos faz parte do FIFA 100. E foi homenageado no Prêmio Craque do Brasileirão de 2007. Foi eleito pela International Federation Of Football History & Statistics (IFFHS), o 9º maior jogador brasileiro do século, o 28º da América do Sul, e o maior lateral esquerdo de todos os tempos pela Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA).


Falecimento

Nilton Santos faleceu às 15:50 hs de quarta-feira, aos 88 anos de idade, após uma infecção pulmonar. A morte do jogador na Clínica Bela Lopes, Zona Sul do Rio de Janeiro, foi confirmada por uma rede social do Glorioso.

O jogador sofria de Mal de Alzheimer há cinco anos e estava residindo na clínica em que morreu, porque precisava de acompanhamento de médicos e enfermeiros. O ídolo deixava a clínica em poucos momentos e, na maioria das vezes, era para tratar alguma emergência em um hospital ou pronto-socorro.

No último sábado, 23/11/2013, Nilton Santos foi internado em um hospital do Rio de Janeiro por causa de uma insuficiência respiratória. A informação foi confirmada no domingo, 24/11/2013, pela equipe de General Severiano.

Nílton Santos deixou a mulher Célia, que hoje luta contra um câncer no cérebro e mora em Aruarama, região dos Lagos, também no Rio de Janeiro. O velório ocorrerá na quarta-feira, 27/11/2013, às 22:00 hs, no Salão Nobre do Botafogo.

Fonte: Wikipédia, Gazeta Esportiva e Folha de S.Paulo

Jancarlos

JANCARLOS DE OLIVEIRA BARROS
(30 anos)
Jogador de Futebol

* Natividade, RJ (15/08/1983)
+ Petrópolis, RJ (22/11/2013)

Jancarlos de Oliveira Barros, mais conhecido apenas como Jancarlos, foi um futebolista brasileiro que atuava como lateral-direito.

Revelado pelo Fluminense, Jancarlos alternou bons e maus momentos com a camisa tricolor. Ganhou o título do Campeonato Carioca de 2002. Deixou o clube em 2004, quando foi atuar pelo Esporte Clube Juventude. No primeiro semestre de 2005 já atuou no campeonato gaúcho pelo Juventude, após o término se transferiu para o Clube Atlético Paranaense.

Em 2005, chegou ao clube onde obteria maior destaque, o Clube Atlético Paranaense. Logo em seu primeiro ano, ajudou o clube a ser campeão paranaense e vice da Libertadores da América. Suas assistências, gols e velocidade eram suas principais marcas pelo rubro-negro.

Por tais características, o São Paulo contratou o lateral em 2008 para ser titular. Entretanto, Jancarlos não obteve sua regularidade no começo e acabou a temporada sendo terceira opção de Muricy Ramalho, atrás de Zé Luís e Joílson.


Em 2009, com a necessidade de ter mais um lateral, o Cruzeiro Esporte Clube contratou Jancarlos. Com a camiseta celeste, Jancarlos não obteve a titularidade, cedendo à concorrência de Jonathan, no time que chegou à final da Libertadores da América de 2009. Ao final da temporada, o jogador foi dispensado pelo clube, já que o seu trabalho não agradou ao técnico Adilson Batista.

No dia 28/01/2010, Jancarlos acertou contrato de dois anos com o Botafogo, em seu retorno ao Rio de Janeiro. Depois de pouco atuar pelo alvinegro carioca, o jogador foi emprestado ao Bahia até o fim de 2010.

A maior carência do time do Bahia no ano de 2010 era a lateral-direita. Sete jogadores passaram pela posição, e nada acrescentaram ao time. Com isso, a diretoria tricolor, ao anunciar o empréstimo de Jancarlos, conseguiu cobrir a maior deficiência que existia, e que atrapalhava a evolução tricolor na Série B de 2010. No dia 16/10/2010, porém, o jogador recebeu uma violenta entrada do atleta Jeff Silva, do Clube Náutico Capibaribe, e acabou rompendo o ligamento cruzado anterior do joelho direito, ficando afastado do futebol por 6 meses.

Em 2012 acertou com o Ituano Futebol Clube para a disputa do Paulistão. Ainda em 2012 acertou com o America Football Club para a disputa da Copa Rio.

Em 2013, acertou com o Volta Redonda Futebol Clube para a disputa do Estadual de 2013.

O último clube que o jogador defendeu na vida foi o Rio Branco Atlético Clube do Espírito Santo.


Morte

Em 22/11/2013, o jogador veio a falecer após sofrer um acidente de carro em Itaipava, região serrana do Rio de Janeiro. O veículo Hyundai com placa de Duque de Caxias conduzido pelo jogador despencou em uma ribanceira localizada na BR-040, sentido capital, no bairro Itaipava. Socorrido pela equipe do Corpo de Bombeiros, Jancarlos faleceu a caminho do hospital. Ele só foi identificado no início da noite de 22/11/2013, pouco depois de ter sofrido o acidente.

Jancarlos viajava pelo interior do Rio de Janeiro para fechar com o Duque de Caxias. Desta forma, voltaria a atuar pelo Campeonato Carioca na próxima temporada.


Títulos

Fluminense
  • Rio de Janeiro Campeonato Carioca: 2002

Atlético Paranaense
  • Paraná Campeonato Paranaense: 2005

São Paulo
  • Brasil Campeonato Brasileiro: 2008

Cruzeiro
  • Minas Gerais Campeonato Mineiro: 2009
  • Uruguai Torneo de Verano: 2009

Botafogo
  • Rio de Janeiro Campeonato Carioca: 2010


Fonte: Wikipédia
Indicação: Neyde Almeida