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Alfredo Halpern

ALFREDO HALPERN
(74 anos)
Médico e Professor

☼ São Paulo, SP (29/08/1941)
┼ São Paulo, SP (25/11/2015)

Alfredo Halpern nasceu na cidade de São Paulo, em 29/08/1941. Ele era médico e professor-livre docente da Faculdade de Medicina das Universidade de São Paulo (USP), e criador da "Dieta dos Pontos". Com este projeto ele se tornou um dos endocrinologistas mais respeitados do país.

Graduou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em 1966, na 49ª turma dessa prestigiada escola médica. Fez dois anos de residência em clínica médica (1967 e 1968) na 1ª Clínica Médica - no serviço do professor Antonio Barros de Ulhôa Cintra e, em 1969, iniciou seu aprendizado específico de endocrinologia e metabologia, no grupo chefiado pelo professor Bernardo Leo Wajchenberg.

Ao mesmo tempo tornou-se assistente do pronto-socorro do Hospital das Clínicas, tendo permanecido neste posto até 1973, quando foi contratado pelo Departamento de Clínica Médica, onde permaneceu até sua morte.

Defendeu doutorado em 1973 com uma tese sobre os "Efeitos da Fenformina e do Álcool em Indivíduos Obesos Diabéticos e Não Diabéticos".

Tornou-se professor livre-docente em clínica médica no Departamento de Clínica Médica da Universidade de São Paulo em 1986, com tese sobre "Imunoglobulinas Tireoativas no Bócio Endêmico".

Criou o grupo geral de endocrinologia em 1977 e o grupo de obesidade, agora chamado de grupo de obesidade e síndrome metabólica, em 1987. Era chefe desse grupo até o dia de sua morte. Criou também a disciplina "Obesidade" de pós-graduação da Universidade de São Paulo (USP).

Foi orientador de pós-graduação da endocrinologia e metabologia, tendo tido a oportunidade de formar doutores e mestres há mais de 15 anos.

Publicou vários livros médicos, mais de 200 artigos médicos (nacionais e internacionais) e tem capítulos escritos em mais de 30 livros médicos.

Suas atividades básicas eram o ensino, o atendimento aos pacientes e pesquisas clínicas. Tinha papel destacado como comunicador de assuntos médicos para o público leigo, tendo tido centenas de aparições em jornais, revistas, televisão e internet.

Livros

É autor dos seguintes livros para leigos:
  • Entenda a Obesidade e Emagreça
  • Obesidade, Pontos Para o Gordo
  • Desta Vez Eu Emagreço
  • Magro Para Sempre, Abaixo o Regime
  • A Dieta Dos Pontos
  • Pontos Para a Garotada
  • A Nova Dieta dos Pontos
  • Estômago Possuído


A credibilidade lhe trouxe o convite para ser consultor do programa "Bem Estar" da TV Globo.

Morte

Alfredo Halpern morreu na quarta-feira, 25/11/2015, aos 74 anos, vítima de câncer. Há um ano ele lutava contra um câncer de pâncreas. 

Indicação: Miguel Sampaio

Lomanto Júnior

ANTÔNIO LOMANTO JÚNIOR
(90 anos)
Político

☼ Jequié, BA (29/11/1924)
┼ Salvador, BA (23/11/2015)

Antônio Lomanto Júnior foi um político brasileiro, governador da Bahia de 1963 a 1967. Filho do italiano Antonio Lomanto, mais conhecido como Tote Lomanto, e de Almerinda Miranda Lomanto, formou-se em odontologia em 1946, sendo o orador da turma. Sua verdadeira vocação sempre foi a política, que exerceu no meio acadêmico.

Voltando para a terra natal, por pouco tempo exerceu a profissão, logo ingressando na política, primeiro como vereador.

Aliado ao governador Otávio Mangabeira, elegeu-se prefeito, servindo-se do cargo para atrair a atenção de políticos de expressão nacional, o que o colocou na proa do cenário estadual. Iniciou, para isto, uma campanha municipalista, pregando a reforma da Constituição, tendo presidido a Associação Brasileira dos Municípios.

Esta administração alavancou sua estatura política, de forma a eleger-se deputado estadual e novamente prefeito, até fazê-lo pleitear a candidatura ao Governo, em 1962.

Em Jequié, BA, tem sua base eleitoral, fazendo do filho, Leur Lomanto, e do neto, Leur Lomanto Júnior, herdeiros desse legado.

Após o Regime Militar, sua carreira desviou-se da oposição liberal, fazendo parte do grupo de lideranças que apoiaram a ditadura. Na Aliança Renovadora Nacional (ARENA), passou a ser mais uma das lideranças sob o comando de Antônio Carlos Magalhães, depois com a redemocratização integrando os quadros do Partido da Frente Liberal (PFL). Perdendo expressão estadual, voltou na década de 90 a ocupar o cargo de prefeito em sua cidade, não mais exercendo cargos públicos.

Visita de Lomanto Júnior a John Kennedy, na Casa Branca, em 02/07/1963
Governo da Bahia

Tomando posse em 07/04/1963, Lomanto Júnior encontrou sérias dificuldades para efetuar alguma realização. A crise econômica do governo de João Goulart refletia nos estados mais pobres, e Lomanto Júnior reuniu os demais Governadores. Desta reunião resultou um documento que só foi entregue após a queda da democracia ante o Golpe de 1964.

A mudança do regime, e a subsequente adesão de Lomanto Júnior à ditadura que se instalava, proporcionou ao seu governo a concretização na Bahia de algumas obras de destaque, tais como a Estrada Federal conhecida por Rio-Bahia, ainda em 1963, a estrada Feira de Santana-Juazeiro, o Teatro Castro Alves e ampliação da usina hidrelétrica de Paulo Afonso.

Cargos Públicos
  • 1947 a 1950 - Vereador (Jequié)
  • 1951 a 1955 - Prefeito (Jequié)
  • 1955 a 1959 - Deputado Estadual (Bahia)
  • 1959 a 1963 - Prefeito (Jequié)
  • 1963 a 1967 - Governador (Bahia)
  • 1971 a 1975 - Deputado Federal
  • 1975 a 1978 - Deputado Federal
  • 1979 a 1987 - Senador
  • 1993 a 1996 - Prefeito (Jequié)


Lomanto Júnior e a a neta Duda
Morte

Lomanto Júnior morreu em Salvador, na noite de segunda-feira, 23/11/2015, aos 90 anos. O ex-governador estava internado desde o dia 04/10/2015, no Hospital Português, onde faleceu vítima de insuficiência de múltiplos órgãos.

O velório será na terça-feira, 24/11/2015, no Palácio da Aclamação, em Salvador, BA, e na quarta-feira, 25/11/2015, na Catedral de Santo Antônio, em Jequié, no sudoeste da Bahia, cidade onde o político nasceu.

O sepultamento será ás 17h00min, no Cemitério São João Batista, também em Jequié.

Fonte: Wikipédia e G1
Indicação: Fadinha Veras

Sandra Moreyra

SANDRA MARIA MOREYRA
(61 anos)
Jornalista, Repórter, Apresentadora, Diretora de Programação e Editora

☼ Rio de Janeiro, RJ (28/08/1954)
┼ Rio de Janeiro, RJ (10/11/2015)

Sandra Maria Moreyra foi uma jornalista brasileira, nascida no Rio de Janeiro, em 28/08/1954, com o jornalismo correndo nas veias.

Era neta da jornalista Eugênia Moreyra e do poeta e escritor Álvaro Moreyra, membro da Academia Brasileira de Letras, e dirigiu importantes revistas nos anos 1950, como Fon-Fon e Paratodos. Seu pai, Sandro Moreyra, fez história como um dos mais importantes cronistas esportivos do jornalismo brasileiro. Sua mãe, Lea de Barros Pinto, era professora. Era mãe da também jornalista Cecília Moreyra. Foi casada com o arquiteto Rodrigo Figueiredo, tinha dois filhos, Cecilia e Ricardo, e um neto, Francisco. Ela era irmã da também jornalista e diretora da GloboNews, Eugenia Moreyra.

Começou no jornalismo em 1975. Após um concurso, começou seu primeiro estágio, no Departamento de Pesquisa do Jornal do Brasil.

Formou-se em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF), em 1976, foi contratada e, em 1978, foi para a reportagem geral do Jornal do Brasil, onde começou a carreira de repórter.

Em 1979, deixou o Jornal do Brasil para acompanhar o marido que trabalhava numa empresa de engenharia e foi transferido para a Argélia.

Engravidou, voltou para o Brasil e começou a trabalhar numa agência de publicidade, onde teve seu contato com o vídeo.

TV Globo

Após passagens pela TV Aratu, na época afiliada da TV Globo, pela TV Bandeirantes e pela TV Manchete, entrou na TV Globo em 1984, como repórter em Minas Gerais.

No ano seguinte, participaria ativamente da cobertura da eleição e morte de Tancredo Neves. No dia da morte do primeiro presidente civil eleito após a ditadura militar, Sandra Moreyra apareceu no Jornal Nacional acompanhando o cortejo fúnebre.

Em 1986, Sandra Moreyra deixou Minas Gerais e voltou para o Rio de Janeiro, se tornando uma das principais repórteres da editoria, cobrindo todo o tipo de pauta na região metropolitana, passando a fazer reportagens para o RJTV, Jornal Nacional, Globo Repórter e Bom Dia Brasil.

Entre 1999 e 2004, atuou na GloboNews na parte gerencial e administrativa do jornalismo. No canal, também apresentou o programa "Espaço Aberto Literatura".

Sandra Moreyra e Ricardo Boechat
40 Anos de Carreira

Com 40 anos de carreira, Sandra Moreyra participou de coberturas jornalísticas de importantes momentos do Brasil. Ela cobriu a morte de Tancredo Neves, o Plano Cruzado, o acidente radioativo em Goiânia com o Césio 137, a tragédia do iate Bateau Mouche, a Rio-92 e a ocupação do Complexo do Alemão.

A cobertura que a jornalista considerava mais marcante foi o enterro dos mortos na chacina de Vigário Geral, em 1993.

"Na hora de escrever o texto, a matéria tinha uma carga de emoção tão forte, da dor daquelas pessoas, da violência, que pensei: 'Tenho que botar isso nas palavras mais simples'. Quando a matéria entrou no ar, foi um soco no estômago!"
"Ela estava muito mais forte do que eu poderia imaginar, porque consegui exatamente isso, lidar com a realidade sem querer ser mais do que ela, sem querer aparecer mais. No dia em que fiz aquela matéria foi quando senti: 'Puxa vida, cresci. Que bom!'"
(Sandra Moreyra relatou ao site Memória Globo)

Já trabalhou como repórter, apresentadora, diretora de programação e editora. Nos anos 2000, apresentou a coluna de gastronomia "Arte da Mesa", no Bom Dia Brasil.

Dentre seus trabalhos na televisão destaca-se o especial "1808 - A Corte no Brasil", uma série de reportagens sobre os 200 anos da mudança da corte portuguesa para o Brasil.

No cinema, Sandra Moreyra trabalhou como roteirista no documentário "70" (2013), da diretora Emília Silveira. O filme refere-se a um episódio ocorrido no auge da ditadura militar do Brasil, quando um grupo de 70 presos políticos foi libertado e banido do país, em troca da libertação do embaixador suíço, Giovanni Enrico Bucher, que havia sido sequestrado por guerrilheiros da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).

Morte

Sandra Moreyra morreu na manhã de terça-feira, 10/11/2015, no Rio de Janeiro, aos 61 anos vítima de um câncer. O velório será na quarta-feira, 11/11/2015, às 12:00 hs, no Cemitério Memorial do Carmo, no Rio de Janeiro.

Sandra Moreyra tinha entre suas várias paixões o time Botafogo. Após a notícia da morte da jornalista, o clube carioca decretou luto de três dias. Na nota, eles manifestaram solidariedade aos familiares:

"Com profundo pesar e tristeza, o Botafogo lamenta o falecimento de Sandra Moreyra, aos 61 anos. A jornalista botafoguense morreu na tarde deste terça-feira no Hospital Samaritano, onde estava internada e lutava contra um câncer. Filha do botafoguense Sandro Moreyra, Sandra sempre demonstrava seu amor pelo Botafogo. Atualmente, era repórter da TV Globo, com 40 anos de experiência na profissão. O Botafogo decreta luto oficial de três dias e manifesta sua solidariedade a familiares e amigos neste momento tão triste e difícil."

Fonte: WikipédiaG1 e Ego 

Bob Lester

EDGARD DE ALMEIDA NEGRÃO DE LIMA
(102 anos)
Cantor, Sapateador e Dançarino

☼ Santa Maria, RS (17/01/1913)
┼ Rio de Janeiro, RJ (06/11/2015)

Edgard de Almeida Negrão de Lima, nome artístico Bob Lester, foi um cantor, dançarino e sapateador brasileiro que se destacou nas décadas de 30 e 40.

Bob Lester nasceu Edgard de Almeida Negrão de Lima, em 17/01/1913, na cidade de Santa Maria, RS. Suas tendências musicais surgiram desde muito cedo, pois sua mãe Maria do Carmo era musicista de uma orquestra em Porto Alegre. Em meados da década de 30, ainda com o pseudônimo de Almeida, participou do programa de rádio "A Hora do Gongo", apresentado por Ary Barroso. Nas duas primeiras participações, por estar muito nervoso, acabou sendo gongado. Quando já pensava em desistir, amigos o convenceram a fazer uma terceira tentativa. E foi desta vez que Edgard recebeu a nota máxima do programa, sendo contratado para cantar e sapatear no Cassino da Urca, apresentando-se ao lado de artistas como Oscarito, Grande Otelo e da famosa vedete Mistinguett.

Bob Lester foi o primeiro sapateador do Cassino da Urca e nessa mesma época, atuou também em vários espetáculos do Copacabana Palace e do Quintandinha, em Petrópolis, RJ, além de ser contratado pela Rádio Cajuti.

Por volta de 1937, Bob Lester recebeu convite para atuar na Espanha e Portugal, mas acabou por conhecer toda a Europa numa excursão que fez com a orquestra "Suspiro de Espanha". De volta ao Brasil, o artista não ficou muito tempo por aqui.

Em 1942, viajou novamente para Portugal, Espanha e, finalmente, chegou aos Estados Unidos onde passou a residir. Bob Lester também se apresentou nos cassinos da França, Suíça, Itália, Escócia, Monte Carlos e Filadélfia e atuou como dançarino em espetáculos de Frank Sinatra, Bob Hope e Doris Day, realizados em New York. Foi também nos Estados Unidos que, por sugestão de Bob Hope, adotou o pseudônimo Bob Lester.

Bob Lester permaneceu no exterior por um bom tempo, mas, atendendo ao chamado de sua mãe que estava enferma e gostaria de vê-lo, retornou a seu país. Com o falecimento de sua progenitora, o artista decidiu não mais voltar aos Estados Unidos, embora ainda tenha se apresentado no Uruguai, (Teatro Solis), Paraguai (Clube Biguá), e em cassinos e emissoras de televisão da Argentina e da Bolívia. No Brasil, atuou com sucesso ao lado de ídolos populares como Leny Eversong, Trigêmeos Vocalistas e na Companhia Teatral de Procópio Ferreira. Com relação à gravação de músicas, não se encontra nenhum registro em nome de Bob Lester.

Mudando-se para o Rio Grande do Sul, Bob Lester começou a encontrar dificuldades para se apresentar, embora atuasse como jurado numa emissora de rádio local. Em inícios dos anos 60, foi contratado pelo empresário Fernando Eiras Morales para uma temporada na Argentina e Uruguai, e foi neste país que recebeu a trágica notícia do falecimento de sua família, esposa e duas filhas, num acidente automobilístico. O cantor nem mesmo conseguiu chegar a tempo para o enterro. Traumatizado, iniciou um longo período de tratamento em hospital psiquiátrico de Porto Alegre e, posteriormente, no Rio de Janeiro. Parcialmente recuperado, mas já arruinado financeiramente por seu último empresário, tentou sem êxito retornar ao estrelato do anos 30 e 40, apresentando-se em programas de TV que lhe renderam algumas homenagens.

Na década de 80, mais uma fatalidade abalou a vida de Bob Lester: Uma enchente no bairro de Jacarepaguá onde morava, deixou sua residência inabitável e destruiu quase todos os seus pertences, inclusive instrumentos musicais de trabalho, reportagens e material fotográfico trazidos dos Estados Unidos.

Por um longo período que começou em meados dos anos 80, o cantor foi completamente esquecido pelos meios de comunicação, apresentando-se esporadicamente em uma ou outra emissora de televisão.

Após se recuperar de um tumor na bexiga, já no início da década de 2000, Bob Lester retomou seus trabalhos, sendo assunto principal de várias revistas e jornais das pequenas cidades por onde se apresentou em praça pública, com seus shows de música, sapateado e imitações dos quais ainda sobrevivia.

O artista também voltou a marcar presença em programas de TV de grande audiência como o "Programa do Jô", "Mais Você", "Pânico na TV", entre outros, além de ser convidado para participar de apresentações de cantores nos mais variados estilos tais como Lobão e Agnaldo Timóteo.

Entre 2002 e 2004, Hanna Godoy e Mariana Silveira começam a produzir o curta metragem "Bob Lester". O filme, cujo roteiro foi premiado, traz o ator Stênio Garcia no papel principal, e exibe cenas com apresentações do conjunto "Bando da Lua". Por falta de verba, no entanto, somente em 2010 é que se pôde concluí-lo. A estréia se deu no Cine Odeon, na 20ª edição do Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro, e contou com a presença do próprio Bob Lester e de Stênio Garcia.

Em dezembro de 2010, Bob Lester gravou a marchinha carnavalesca "Cuidado Com o Pereira", do cantor e compositor Luiz Henrique. A gravação foi um acontecimento inédito em sua carreira, já que o artista nunca havia gravado antes como solista.

Em 2011, com 98 anos, ao lado dos artistas Luiz Henrique e Marion Duarte, participou, cantando e sapateando, do show "Tributo ao Rei do Samba Sinhô", que foi apresentado em vários locais do Rio de Janeiro como o Salão Vip do Amarelinho da Cinelândia, o Teatro do SESC de Madureira e a Estudantina Musical da Praça Tiradentes.

Não tendo residência fixa, Bob Lester costumava viver entre Rio de Janeiro e São Paulo e, quando se encontrava no Rio de Janeiro, era de praxe que fizesse seus shows, aos finais de semana, na Praia do Arpoador. Segundo declarações do próprio Bob Lester, sobrevivia com a ajuda financeira de artistas amigos.

Morte

Bob Lester morreu na sexta-feira, 06/11/2015, vítima de insuficiência cardíaca, aos 102 anos de idade, no Rio de Janeiro. O enterro ocorreu no sábado, 07/11/2015, às 13:00 hs no Cemitério do Pechincha, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Bob Lester estava hospedado no Retiro dos Artistas, no Pechincha, com saúde debilitada. Foi internado na quarta-feira, 04/11/2015, no Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Zona Oeste. Segundo a administradora do Retiro dos Artistas, Cida Cabral, era a terceira vez que Bob Lester ficava no retiro:

"Ele era um cidadão do mundo e não gostava de ficar parado. Morava na quitinete de um amigo em Niterói, mas estava muito debilitado. Então, o trouxeram para cá, na terça-feira passada. Infelizmente, na madrugada de quarta-feira, precisamos levá-lo às pressas para a emergência."

Controvérsias

O primeiro ponto obscuro na carreira de Bob Lester seria com relação à atuação do músico no "Bando da Lua", acompanhando Carmen Miranda, quando da estada da cantora nos Estados Unidos. Ruy Castro, autor da mais recente biografia de Carmen Miranda, em estrevista dada ao jornalista Adriano Quadrado, do Jornal da Cidade, nega a participação do artista no renomado conjunto. Nos livros já publicados sobre Carmen Miranda, pouquíssimas são as referências ao nome Bob Lester. No entanto na obra "Carmen Miranda, a Cantora do Brasil", Abel Cardoso Júnior, a respeito do grupo, relata que, a partir de 1944, "a troca de elementos foi constante", inclusive com a participação de alguns componentes do conjunto "Anjos dos Inferno". Somente por volta de 1949 é que o conjunto liderado por Aloísio de Oliveira, já com formação completamente diferente, passa a usar novamente o nome "Bando da Lua", o que inclusive em muito desagradou os primitivos componentes do conjunto.

Ao serem entrevistados pela Revista Manchete, de 27/05/2000, o pesquisador musical Ricardo Cravo Albin, o percussionista Vadeco, integrante da primeira formação do "Bando da Lua", e Ricardo Quartin, produtor musical de Frank Sinatra, Tom Jobim e Vinícius de Moraes, endossam as palavras de Bob Lester, ao afirmarem que ele realmente tocou com Carmen MirandaRicardo Quartin inclusive não descarta a possibilidade de Bob Lester ter caído no ostracismo devido à grande inimizade entre ele e o líder do "Bando da Lua", Aloísio de Oliveira. Já Ricardo Cravo Albin esclarece que Bob Lester não foi uma figura permanente no grupo. Em matéria da Revista Contigo, publicada em 28/04/2010, Bob Lester confessa que não foi propriamente um componente do conjunto, com a seguinte afirmação sobre Carmen Miranda e o seu "Bando da Lua":

"É que eu subia ao palco com ela, acompanhado do Bando da Lua... isso sim... Fui amigo do pessoal todo."

E a essa conclusão também nos faz chegar a "Enciclopédia de Música Brasileira, Erudita e Folclórica Popular - Vol. 1" (Art Editora Ltda, 1977), em seu verbete sobre o artista:

"Em 1939, trabalhou em vários 'shows' nos cassinos da Urca, do Quitandinha de Petrópolis, RJ, e do Copacabana Palace Hotel. Acompanhou Carmen Miranda e o Bando da Lua quando a cantora foi para os Estados Unidos."

A segunda controvérsia é o fato de Bob Lester ter sido mesmo dançarino nos shows de Frank Sinatra. Alguns estudiosos contestam esta informação, no entanto, quando da vinda do astro americano ao Brasil, segundo matéria do jornal O Estado de S. Paulo, de 24/01/1980, Bob Lester, já em sua fase de penúria, foi reconhecido na rua pelo músico Shepard Coleman, da banda de Frank Sinatra. Jornalistas que presenciaram a cena, comoveram-se com a situação de Bob Lester e lhe compraram terno e sapatos para que ele pudesse assistir ao show de Frank Sinatra, e uma foto de Bob Lester sorrindo ao lado do grande artista americano foi imediatamente levada à suíte do cantor por um assessor zeloso, que também prometeu um encontro dos velhos companheiros, conforme reportagem da revista Veja, de 30/01/1980.

E, por fim, teríamos a polêmica no que se refere ao acidente automobilístico ocorrido com a família do cantor. Não é possível saber ao certo a data do ocorrido, muito menos quais os familiares que faleceram. As matérias que tratam sobre o assunto não são precisas. Acredita-se que o acidente tenha ocorrido antes de 1970, data em que a revista O Cruzeiro publicou uma grande reportagem sobre o artista e já relatando a fatalidade, cujos detalhes são narrados por um Bob Lester já abalado mentalmente. Outra hipótese seria a de que o próprio cantor é quem estaria dirigindo o automóvel e, por ter se sentido culpado pela morte da família, abdicou totalmente de sua existência, passando a viver como mendigo. Esta última hipótese, inclusive, justificaria a falta de precisão encontrada nas declarações do artista ao falar sobre este assunto.

Curiosidades

  • No inicio dos anos 90, Bob Lester passou por Blumenau e conseguiu com a prefeitura municipal, hospedagem, por três dias, no asilo municipal. Em retribuição, Bob Lester promoveu um show para todos os hospedes do asilo. Para que o show acontecesse a prefeitura de Blumenau pediu para que a banda Ximya de Ovo tocasse.
  • Com o falecimento do cantor de operetas Johannes Heesters, em 24/12-2011, Bob Lester passou a ser o mais velho cantor e sapateador em atividade no mundo.
  • De acordo com matéria publicada no jornal O Globo, de 22/05/2011, o hotel onde Bob Lester morava, era pago pelo cantor Roberto Carlos, fato que foi confirmado ao jornal pela assessoria de Roberto Carlos.
  • Em 24/08/2011, no Largo da Carioca, RJ, Bob Lester, aos 98 anos, levou uma surra de guardas municipais e foi parar no Hospital Souza Aguiar para tratar os ferimentos. Bob Lester tentava impedir que os guardas covardemente espancassem um camelô que estava trabalhando. O fato foi noticiado pelo jornal O Dia e pelas Rádio Globo e Rádio Nacional.
  • Em maio de 2013, Bob Lester deu entrevista ao programa de Antônio Carlos, da Rádio Globo do Rio de Janeiro, informando que, por ter sido cortada a ajuda que recebia da produção do cantor Roberto Carlos, não tendo mais como pagar sua hospedagem em hotel, conseguiu ser abrigado no Retiro dos Artista, em Jacarépagua, RJ, de onde teve que fugir logo em seguida, visto que lá não lhe davam a liberdade de sair quando quisesse.
  • Em 01/10/2013, Bob Lester foi assessorado por advogados voluntários na 5º DP, na Lapa, após sofrer devido a intoxicação por gás lacrimogênio ao participar de protesto na Câmara dos Deputados apoiando os professores. Ele emocionou a todos os presentes com a sua simpatia. 

Indicação: Miguel Sampaio

Lucídio Portella

LUCÍDIO PORTELLA NUNES
(93 anos)
Médico e Político

☼ Valença do Piauí, PI (08/04/1922)
┼ Teresina, PI (30/10/2015)

Lucídio Portela Nunes foi um médico e político brasileiro, governador do estado do Piauí de 1979 a 1983. Era o irmão mais velho do falecido Petrônio Portella Nunes, articulador da abertura política ocorrida nos governos de Ernesto GeiselJoão Baptista Figueiredo.

Filho de Eustáquio Portella Nunes e Maria Ferreira de Deus, era formado em Medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com especialização em Tisiologia pelo Ministério da Saúde e pós-graduação em Radiologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Era membro da Associação Piauiense de Medicina.

Durante pelo menos três décadas sua atividade política resumiu-se a acompanhar a carreira de seu irmão sempre recusando um papel mais ativo no cenário político estadual. Tal postura mudaria em 1978 quando foi referendado pela Aliança Renovadora Nacional (ARENA) para o cargo de Governador do Piauí, indicação feita pelo presidente Ernesto Geisel e confirmada pelo Colégio Eleitoral Estadual em 01/09/1978, sendo o último governador eleito pelo voto indireto. Com a morte de seu irmão em 1980 assumiu o comando do Partido Democrático Social (PDS) e presidiu as eleições gerais de 1982 nas quais seu partido conquistou uma ampla maioria.

Em 15/11/1982 o PDS elegeu o governador Hugo Napoleão, o vice-governador Bona Medeiros e o senador João Lobo. Além disso seus filiados conquistaram 6 das 9 vagas na Câmara dos Deputados e 17 das 27 cadeiras na Assembleia Legislativa, além de assegurar o controle de 102 das 113 prefeituras em disputa, número elevado para 104 por causa da nomeação de Freitas Neto para prefeito de Teresina por decisão de Hugo Napoleão e a manutenção de Júlio César como prefeito de Guadalupe, PI.


Dos 971 vereadores eleitos 774 pertenciam ao partido governista. O Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) apresentou a candidatura do senador Alberto Silva e elegeu 3 deputados federais, 10 deputados estaduais, 11 prefeitos e 194 vereadores. Já o Partido dos Trabalhadores (PT) elegeu 3 vereadores no município de Esperantina, PI, e teve José de Ribamar Santos como candidato a governador.

Lucídio Portella deixou o governo em 15/03/1983 mas conservou influência no meio político e se manteve afinado com o sucessor até que Hugo Napoleão e os membros da Frente Liberal no Piauí ignoraram a candidatura de Paulo Maluf à presidência da República em favor do oposicionista Tancredo Neves. O resultado foi a "implosão" do PDS e a criação do Partido da Frente Liberal (PFL), partido liderado por Hugo Napoleão e que contou com a adesão de quase a totalidade dos antigos despesistas. Para se ter uma ideia do estrago feito nas hostes do PDS, dos 17 deputados estaduais eleitos em 1982 apenas 01 ficou ao lado de Lucídio Portella, justamente seu sobrinho Marcelo Coelho.

Aturdido pelo golpe encorajou a candidatura de sua esposa Myriam Portella a prefeitura de Teresina em 1985 com o intuito de avaliar o quanto lhe restava de capital político. No ano seguinte avalizou a coligação de seu partido com o PMDB e foi eleito vice-governador do Piauí na chapa de Alberto Silva, até então o mais combatido inimigo político de sua família, em especial de seu irmão Petrônio Portella. Como resultado o PDS foi revigorado com a eleição de 03 deputados federais e 06 deputados estaduais.

Após a necessária convivência política com Alberto Silva, o PDS rompeu com o governador que ajudou a eleger e firmou uma aliança com o PFL, visando as eleições de 1990 e em meio as negociações para a formalização da coligação "Frente de Recuperação do Piauí", Lucídio Portella fez valer seu cacife ao assegurar a vaga de vice-governador para o seu então genro Guilherme Melo na chapa de Freitas Neto e apresentou-se como candidato a senador, união afinal vitoriosa ante o desgaste do bloco situacionista.

Lucídio Portella recebendo o papa João Paulo II em Teresina, PI
Extinto o PDS em 1993, Lucídio Portella migrou para seus sucedâneos, ora o Partido Progressista Reformador (PPR), depois o Partido Progressista Brasileiro (PPB) e por fim o atual Partido Progressista (PP). Apesar das mudanças, a condução de seu grupo político sempre coube ao próprio Lucídio Portella.

Seu familiar mais conhecido é Petrônio Portella Nunes, político que ao longo de trinta anos foi guindado de deputado estadual a Ministro da Justiça com passagens pelo Governo do Piauí e ainda pelo Senado Federal onde ocupou funções de destaque. Seu sobrinho, Marcelo Coelho, foi eleito deputado estadual em 1982, 1986, 1998 e 2002 sempre pelo PDS e pelas legendas que o sucederam, sem mencionar que sua esposa Myriam Portella, foi candidata a prefeita de Teresina em 1985, eleita deputada federal em 1986 e novamente derrotada na eleição para a prefeitura da capital piauiense em 1988, isso quando filiada ao PDS. A seguir seu então genro Guilherme Melo trocou o PMDB pelo PDS e foi eleito deputado estadual em 1986, vice-governador do Piauí em 1990 sendo efetivado em 1994 ante a renúncia de Freitas Neto.

Entre abril de 1998 e janeiro de 1999 seu irmão Elói Portella Nunes exerceu o mandato de senador enquanto Freitas Neto foi Ministro Extraordinário das Reformas Institucionais ao final do primeiro governo Fernando Henrique Cardoso. Atualmente, seu genro Ciro Nogueira exerce seu primeiro mandato como senador, e sua filha, Iracema Portella, é deputada federal.

O Terminal Rodoviário de Teresina é oficialmente "Terminal Rodoviário Governador Lucídio Portella" e uma escola da rede estadual de ensino localizada na referida cidade também leva o seu nome.

Morte

Lucídio Portella morreu no fim da tarde de sexta-feira, 30/10/2015, aos 93 anos. Segundo informações da assessoria de imprensa da deputada federal Iracema Portella, filha do ex-político, Lucídio Portella estava na clínica do filho, para onde ia todos os dias, quando passou mal e veio a falecer em questão de minutos. O velório aconteceu na Assembleia Legislativa do Piauí a partir das 21:00 hs e o enterro ocorreu no sábado, 31/10/2015, às 12:00 hs, no Cemitério Jardim da Ressurreição.

Fonte: Wikipédia e G1
Indicação: Fadinha Veras

Ada Chaseliov

ADA CHASELIOV
(63 anos)
Atriz

☼ Rio de Janeiro, RJ (30/03/1952)
┼ São Paulo, SP (27/10/2015)

Ada Chaseliov foi uma atriz de teatro, cinema e televisão. Nasceu no Rio de Janeiro, em 30/03/1952. Iniciou sua carreira com Maria Clara Machado, na escola de teatro O Tablado, em 1965, na montagem do infantil "A Volta de Camaleão Alface".

Em 1973, estreou no cinema, em "Um Virgem na Praça" e, no ano seguinte, ganhou um pequeno papel na novela "Supermanoela", escrita por Walther Negrão e dirigida por Gonzaga Blota e Reynaldo Boury, na TV Globo.

A atriz participou de diversas novelas na TV Globo, dentre elas destaques para "Guerra dos Sexos" (1983), onde interpretou a ciumenta e atormentada Manuela, e "Belíssima" (2005), ambas de Sílvio de Abreu. Sua grande conquista na TV foi a vilã Leonor, na minissérie "A Muralha", em 2000.

No teatro, atuou em "Murro Em Ponta De Faca", montagem de Paulo José para a peça de Augusto Boal, "El Dia Que Me Quieras", versão de Luiz Carlos Ripper para o texto de José Ignácio Cabrujas, "O Jardim das Cerejeiras", de Tchecov, com direção de Paulo Mamede, "A Gaivota", de Tchecov, "Mahagony - A Cidade dos Prazeres", de Bertold Brecht"Missa Leiga", de Chico de Assis, ambas direções de Ademar Guerra,  e "Grande e Pequeno", de Botho Strauss, sob a direção de Celso Nunes.

Atriz constante nas montagens dos musicais da dupla Charles Möeller e Cláudio Botelho, participou dos espetáculos: "As Malvadas", "O Abre Alas", "Cole Porter - Ele Nunca Disse Que Me Amava", "Cristal Bacharach", "Ópera do Malandro" e "A Noviça Rebelde". Em 2010, voltou em nova produção da dupla, "Gypsy", na qual interpretava a stripper Electra. Em 2011, estava no elenco do musical "Um Violinista No Telhado".

A atriz costumava trabalhar com a diretora Denise Saraceni e o autor Sílvio de Abreu.

Com Denise Saraceni trabalhou em "Felicidade" (1991), "Anjo Mau" (1997), "Torre de Babel" (1998), "A Muralha" (2000), "Sabor da Paixão" (2002), "Da Cor do Pecado" (2004), "Belíssima" (2005), "Tudo Novo de Novo" (2009), "Passione" (2010) e "Cheias de Charme" (2012).

Com Sílvio de Abreu trabalhou em "Guerra dos Sexos" (1983), "Anjo Mau" (1997), "Torre de Babel" (1998), "Da Cor do Pecado" (2004), "Belíssima" (2005) e "Passione" (2010).

Seu último trabalho foi na novela "Amor à Vida" interpretando uma Juíza do julgamento da guarda de Paulinha.

Ada Chaseliov foi casada com o diretor de cinema Ney Sant'Anna, com quem teve uma filha.

Morte

A atriz Ada Chaseliov morreu na madrugada de terça-feira, 27/10/2015, aos 63 anos, em São Paulo, SP, decorrente de um linfoma. Ela morava no Rio de Janeiro, mas estava internada havia um mês no Hospital Sírio Libanês, tratando de um linfoma.

A atriz Thalita Lippi divulgou a noticia pelo Twiter e citou Betty Lago que também morreu vítima de câncer.  Thalita Lippi é fruto do relacionamento de Ney Sant'Anna com Nádia Lippi.


Televisão
  • 2013 - Amor à Vida ... Juíza
  • 2012 - Cheias de Charme ... Drª Jacobina
  • 2010 - Passione ... Matilde
  • 2009 - Tudo Novo de Novo ... Irany
  • 2007 - Sete Pecados ... Namorada de Marcelo
  • 2007 - Paraíso Tropical ... Guiomar
  • 2006 - Belíssima ... Ester Schneider
  • 2004 - Da Cor do Pecado ... Solange Vasconcelos
  • 2002 - Sabor da Paixão ... Yvone
  • 2002 - Desejos de Mulher ... Luiza
  • 2000 - A Muralha ... Leonor
  • 1998 - Torre de Babel ... Eliane Mauad
  • 1997 - Anjo Mau ... Dora
  • 1996 - Castelo Rá-Tim-Bum ... Bruxa da Bela Adormecida (Episódio "Bruxas Boas")
  • 1995 - Cara e Coroa
  • 1993 - O Mapa da Mina ... Olga
  • 1991 - Felicidade ... Ana
  • 1983 - Guerra dos Sexos ... Manuela Marino
  • 1974 - Supermanoela
  • 1974 - Fogo Sobre Terra ... Maria Paula


Cinema
  • 2010 - De Pernas Pro Ar ... Dona Luordes
  • 2006 - Ego e as Estrelas Também ... Dona Eugênia
  • 2006 - Brasília 18% ... Cacilda Becker
  • 2000 - Olhos Mortos ... Patroa
  • 1988 - Sonhei Com Você
  • 1984 - Memórias do Cárcere ... Olga Prestes
  • 1973 - Um Virgem na Praça


Teatro
  • Os Saltimbancos Trapalhões ... Zorastra (Direção: Charles Möeller e Cláudio Botelho)
  • Como Vencer na Vida Sem Fazer Força (Direção: Charles Möeller e Cláudio Botelho)
  • Um Violinista no Telhado ... Yente (Direção: Charles Möeller e Cláudio Botelho)
  • Gypsy - O Musical ... Electra (Direção: Charles Möeller e Cláudio Botelho)
  • A Noviça Rebelde ... Frau Schmidt (Direção: Charles Möeller)
  • Ópera do Malandro ... Dóris Pelanca (Direção: Charles Möeller e Cláudio Botelho)
  • Cole Porter, Ele Nunca Disse Que Me Amava ... Linda Porter (Direção: Charles Möeller)
  • Cistal Bacharach ... Lau N (Direção: Charles Möeller)
  • O Abre Alas (Direção: Charles Möeller)
  • As Malvadas ... Amanda Plummer (Direção: Charles Möeller e Cláudio Botelho)
  • A Gaivota (Direção: Jorge Tackla)
  • O Inspetor Geral (Direção: Antônio Abujamra)
  • Casamento Branco (Direção: Sérgio Britto)
  • Jardim das Cerejeiras (Direção: Paulo Mamede)
  • Sábado, Domingo e Segunda (Direção: José Wilker)
  • Grande e Pequeno (Direção: Celso Nunes)
  • El Dia En Que Me Quieras (Direção: Luis Carlos Ripper)
  • Ascensão e Queda da Cidade de Mahhagonny ... Anne Smith (Direção: Ademar Guerra)
  • A Volta do Camaleão Alface ... Lúcia (Direção: Maria Clara Machado)

Yoná Magalhães

YONÁ MAGALHÃES GONÇALVES MENDES DA COSTA
(80 anos)
Atriz

☼ Rio de Janeiro, RJ (07/08/1935)
┼ Rio de Janeiro, RJ (20/10/2015)

Yoná Magalhães Gonçalves Mendes da Costa foi uma atriz brasileira. Começou a sua carreira na Rádio e TV Tupi em 1954, desempenhando pequenos papéis e fazendo figuração. Depois de muito trabalho, teve a sua grande chance e surgiram os grandes papéis e personagens de destaque. Tudo isto ainda antes do vídeo-tape. Quando este surgiu, Yoná Magalhães já estava casada com o produtor Luís Augusto Mendes, pai do seu filho, Marcos Mendes.

Apesar de estar afastada do Rio de Janeiro, tendo ido morar na Bahia, não abandonou o trabalho. Em Salvador, com o grupo A Barca, formado por ex-alunos da escola de teatro e sob a direção de Luís Carlos Maciel, participou em grandes clássicos da TV Itapoã. Convidada por Glauber Rocha, participou também da gravação de "Deus e o Diabo na Terra do Sol", como Rosa, filmando em Monte Santo, na Bahia.

No teatro trabalhou com vários autores brasileiros como Vicente Pereira, Nelson Rodrigues, Plínio Marcos, Guilherme Figueiredo, Miguel Falabella, Pedro Bloch, Alcione Araújo e Carlos E. Neves. Contudo, dedicou-se mais à televisão, onde realizou a maioria dos seus trabalhos.

Em 1964 voltou ao Rio de Janeiro, grávida, tendo sido neste ano que nasceu Marcos Mendes. Ainda antes de voltar ao vídeo, foi dirigida por Sérgio Cardoso, tendo recebido um convite da atriz Nathália Timberg para trabalhar na peça "Vestido de Noiva", de Nelson Rodrigues, encenada no Teatro Municipal. Participou ainda nas montagens de "Terror e Miséria no Terceiro Reich", de Bertolt Brecht, e em "Os Físicos", de Dürrenmat, antes de criar sua própria Companhia, com a qual encenou "O Pecado Imortal" e "Os Inimigos Não Mandam Flores", de Pedro Bloch.

Popularidade: 1966-1978

A popularidade veio em março de 1966, quando foi convidada por Walter Clark para participar na novela "Eu Compro Esta Mulher" (1966), de Glória Magadan, onde formou par com o ator Carlos Alberto, sendo o primeiro par romântico da emissora. A atriz trabalhou ainda em outras novelas da mesma autora, tais como "O Sheik de Agadir" (1966), com Leila Diniz e Marieta Severo, "A Sombra de Rebecca" (1967), "O Homem Proibido" (1968), "A Gata de Vison" (1968/1969), onde contracenou com Tarcísio Meira e Geraldo Del Rey, e "A Ponte dos Suspiros" (1969). Com o ator Carlos Alberto Yoná Magalhães formou a dupla mais famosa da televisão brasileira.

Yoná Magalhães foi a primeira mocinha do casting da Rede Globo.

Transferiu-se para a TV Tupi, de São Paulo, em 1971, junto com Carlos Alberto, tendo ambos participado na novela "Simplesmente Maria", dirigida por Walter Avancini.

Em 1972, de volta à TV Globo, Yoná Magalhães integrou a novela "Uma Rosa Com Amor", ao lado de Marília Pêra e Paulo Goulart. Escrita por Vicente Sesso, com a direção de Walter Campos, a novela contava a história da secretária Serafina Rosa Petroni, Marília Pêra, e do seu amor pelo patrão, Claude Antoine GeraldiPaulo Goulart. Na trama, Yoná Magalhães deu vida a Nara Paranhos de Vasconcelos, que rivalizava com Serafina pelo amor de Claude.

No ano seguinte, integrou o elenco de "O Semideus" (1973), de Janete Clair, sob a direção de Daniel FilhoWalter Avancini. Faziam parte do elenco, Tarcísio Meira, Glória Menezes, Francisco Cuoco, entre outros.

Em 1974, atuou em "Corrida do Ouro", de Lauro César Muniz, que teve a colaboração de Gilberto Braga e a direção de Reynaldo Boury.

Em 1975, a atriz atuou em duas novelas: "Cuca Legal", de Marcos Rey, sob a direção de Oswaldo Loureiro, e "O Grito", de Jorge Andrade, que foi dirigida por Walter Avancini, Roberto Talma e Gonzaga Blota.

Em 1976, Yoná Magalhães integrou o elenco de "Saramandaia", de Dias Gomes, sendo novamente dirigida pelo mesmo trio. Yoná Magalhães participou, ainda de "Espelho Mágico" (1977), de Lauro César Muniz, com direção de Daniel Filho, Gonzaga Blota e Marco Aurélio Bagno. No enredo, que retratava o quotidiano dos profissionais que trabalham na televisão, Yoná Magalhães interpretou Nora Pelegrini, uma ex-estrela que desempenhava papéis secundários.

"Sinal de Alerta", escrita por Dias Gomes e Walter George Durst, em 1978, apresentou a atriz no papel da jornalista Talita, proprietária da Folha do Rio, um jornal que liderava uma campanha contra a deterioração do meio ambiente. A novela teve direção de Jardel Mello, Gonzaga Blota e Paulo Ubiratan.

TV Tupi e Volta à Rede Globo:  1979-1989

No final da década de 70, mudou-se para São Paulo, onde trabalhou na TV Tupi, atuando na novela "Gaivotas" (1979), de Jorge Andrade, e na TV Bandeirantes, onde participou nas novelas "Cavalo Amarelo" (1980), de Ivani Ribeiro, "Os Imigrantes" (1981), de Benedito Ruy Barbosa, Wilson Aguiar Filho e Renata Palottini, e "Maçã do Amor" (1983), de Wilson Aguiar Filho.

Depois, de volta ao Rio de Janeiro e à TV Globo, Yoná Magalhães viveu a jovem americanófila Maria das Graças, na novela "Amor Com Amor Se Paga" (1984), escrita pela autora Ivani Ribeiro e dirigida por Atílio Riccó, Jayme Monjardim e Gonzaga Blota.

No ano seguinte, participou na novela de maior sucesso da história da TV Globo: "Roque Santeiro" (1985), de Dias Gomes e Aguinaldo Silva. Na trama, dirigida por Paulo Ubiratan, Jayme Monjardim, Gonzaga Blota e Marcos Paulo, a atriz deu vida a Matilde, dona de uma boate onde trabalhavam as dançarinas Ninon (Cláudia Raia) e Rosaly (Isis de Oliveira).

A seguir, Yoná Magalhães integrou a novela "O Outro" (1987), escrita por Aguinaldo Silva, na qual interpretou a exuberante Índia do Brasil, secretária do personagem Denizard, interpretado por Francisco Cuoco.

Em 1989 desempenhou um papel em "Tieta" (1989), de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares, tendo dado vida a Tonha, mulher de Zé Esteves (Sebastião Vasconcelos), pai de Tieta (Betty Faria).

1990-2013

Em 1990, atuou em "Meu Bem, Meu Mal", de Cassiano Gabus Mendes, no papel de Valentina, irmã de Dom Lázaro, desempenhado pelo ator Lima Duarte. Dois anos depois, participou da novela "Despedida de Solteiro" (1992), escrita por Walther Negrão, Rose Calza e Ângela Carneiro, sob a direção de Reynaldo Boury, Carlos Manga Júnior e Cláudio Cavalcanti.

Até o final da década de 90, participou ainda de outras três novelas do autor Walther Negrão: "Anjo de Mim" (1996), na qual interpretou Ivete, "Era Uma Vez..." (1998), no papel de Anita, e "Vila Madalena" (1998), quando viveu Abigail Rodriguez, a Bibiana.

Em 2001, a atriz participou de duas novelas: "A Padroeira", de Walcyr Carrasco, com a direção de Walter Avancini - em seu último trabalho - e Mário Márcio Bandarra. E "As Filhas da Mãe", escrita por Silvio de Abreu, Alcides Nogueira e Bosco Brasil, com direção de Jorge Fernando.

Do autor Silvio de Abreu, Yoná Magalhães trabalhou ainda em "A Próxima Vítima" (1995), no papel de Carmela Ferreto, Cacá, uma das quatro Irmãs Ferreto, as outras foram Filomena Ferreto (Aracy Balabanian), Francisca Ferreto (Tereza Rachel) e Romana Ferreto (Rosamaria Murtinho). A personagem de Yoná Magalhães era mãe de Isabella Ferreto (Cláudia Ohana), a vilã da novela e ex-esposa de Adalberto, interpretado por Cecil Thiré, o pai de Isabella, que no final viria a ser o serial-killer da trama. O personagem de Yoná Magalhães causou grandes discussões, por ter um relacionamento com um rapaz muito mais jovem do que ela - Adriano, interpretado pelo ator Lugui Palhares.

Em "Agora é Que São Elas" (2003), novela de Ricardo Linhares, a atriz viveu Sofia, sob a direção de Roberto Talma, Leandro Nery e Amora Mautner. No ano seguinte, a atriz interpretou Flaviana, sogra do personagem de José Wilker, Giovanni Improtta, em "Senhora do Destino", de Aguinaldo Silva. Na novela, a personagem Flaviana implicava com o personagem de José Wilker por ele se relacionar com uma garota muito mais jovem do que ele, a ninfa Bébé, interpretada pela atriz Ludmila Dayer.


Em 2007, Yoná Magalhães integrou o elenco da novela "Paraíso Tropical", de Gilberto Braga e Ricardo Linhares. Na trama, deu vida à ex-vedete Virgínia, mulher do malandro Belisário Cavalcanti (Hugo Carvana), com quem participava em pequenos golpes que visavam, sobretudo, manter o nível de vida do casal, agora decadente. O personagem de Yoná Magalhães teve brigas memoráveis com a personagem Iracema (Daisy Lúcidi), que era síndica do Edifício Copa Mara, em Copacabana, onde as personagens moravam.

Em 2008, atuou na novela "Negócio da China", de Miguel Falabella, interpretando Suzete, mãe da protagonista Lívia (Grazi Massafera) e avó do menino Théo (Eike Duarte).

Yoná Magalhães participou também em importantes minisséries da TV Globo, como "Grande Sertão: Veredas" (1985) e "Engraçadinha... Seus Amores e Seus Pecados" (1995), e atuou em diversas séries da emissora, entre as quais "A Vida Como Ela É", "Você Decide" e "Carga Pesada".

Em 2009, Yoná Magalhães participou na série "Tudo Novo de Novo" e da novela "Cama de Gato", ambos da Rede Globo, nesta última interpretando Adalgísa Monteiro de Brito, que armava trambiques com Severo, personagem de Paulo Goulart.

Yoná Magalhães foi protagonista de grandes sucessos da televisão como "O Sheik de Agadir" (1966), "Eu Compro Esta Mulher" (1966), "A Sombra de Rebeca" (1967), "Demian, o Justiceiro" (1967), "A Gata de Vison" (1968), "A Ponte dos Suspiros" (1969), "Simplesmente Maria" (1970), "Uma Rosa com Amor" (1972), "Cuca Legal" (1975), "Saramandaia" (1976), "O Grito" (1975), "Espelho Mágico" (1977), "Sinal de Alerta" (1978), "Gaivotas" (1979), "Cavalo Amarelo" (1980), "Maçã do Amor" (1983), "Amor Com Amor Se Paga" (1984), "O Outro" (1987) e "Vida Nova" (1988).

Com o enorme sucesso da sua personagem Matilde, a dona da boate, na novela "Roque Santeiro", foi convidada, em fevereiro de 1985, a posar nua na revista masculina Playboy, aos cinquenta anos de idade. Seu último trabalho foi na novela "Sangue Bom" (2013) interpretando a personagem Glória Pais.

Morte

Yoná Magalhães morreu no Rio de Janeiro, na manhã terça-feira, 20/10/2015, aos 80 anos. Ela estava internada desde o dia 18/10/2015 na Casa de Saúde São José, na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro. A atriz estava no CTI do hospital devido a um problema no coração. Foi submetida a uma operação, porém não resistiu e veio a falecer às 10:05 hs do dia 20/10/2015.

O velório aconteceu no Memorial do Carmo, no Rio de Janeiro, e seu corpo cremado no mesmo lugar às 13:30 hs.

Yoná Magalhães deixou o filho Marcos Mendes, fruto de seu casamento com o produtor Luis Augusto Mendes.

Isis de Oliveira, Yoná Magalhães e Claudia Raia na novela "Roque Santeiro"
Novelas

  • 2013 - Sangue Bom ... Glória Pais
  • 2011 - Tapas & Beijos ... Leda
  • 2009 - Cama de Gato ... Adalgisa
  • 2009 - Tudo Novo de Novo ... Esther (Episódios: "Sogras e Lagartos" e "Intimidades")
  • 2008 - Negócio da China ... Suzete Noronha
  • 2008 - Dicas de Um Sedutor ... Eliana (Episódio: "Amor e Amizade")
  • 2007 - Paraíso Tropical ... Virgínia Batista
  • 2005 - Carga Pesada ... Edna
  • 2005 - Sob Nova Direção ... Daslusa Fragoso
  • 2004 - Senhora do Destino ... Flaviana
  • 2004 - Um Só Coração ... Lígia do Amaral
  • 2003 - Agora é Que São Elas ... Sofia
  • 2001 - As Filhas da Mãe ... Violante Ventura
  • 2001 - A Padroeira ... Úrsula
  • 1999 - Vila Madalena ... Abigail Ramirez (Bibiana)
  • 1999 - Você Decide
  • 1998 - Era Uma Vez ... Anita
  • 1996 - Anjo de Mim ... Ivete
  • 1995 - A Próxima Vítima ... Carmela Ferreto de Vasconcellos
  • 1994 - Você Decide
  • 1993 - Sonho Meu ... Magnólia
  • 1992 - Despedida de Solteiro ... Lola
  • 1990 - Meu Bem, Meu Mal ... Valentina Venturini
  • 1989 - Tieta ... Tonha
  • 1988 - Vida Nova ... Lalá
  • 1987 - O Outro ... Índia do Brasil
  • 1985 - Roque Santeiro ... Matilde
  • 1984 - Amor Com Amor Se Paga ... Grace (Maria da Graça)
  • 1983 - Maçã do Amor ... Lia
  • 1982 - Os Imigrantes - Terceira Geração ... Mercedita
  • 1981 - Os Imigrantes ... Mercedes
  • 1980 - Dulcinéa Vai à Guerra ... Pepita
  • 1980 - Cavalo Amarelo ... Pepita
  • 1979 - Gaivotas ... Maria Emília
  • 1978 - Sinal de Alerta ... Talita
  • 1977 - Espelho Mágico ... Nora Pelegrini
  • 1976 - Saramandaia ... Zélia Tavares
  • 1975 - O Grito ... Kátia
  • 1975 - Cuca Legal ... Fátima
  • 1974 - Corrida do Ouro ... Valquíria
  • 1973 - O Semideus ... Adriana
  • 1972 - Uma Rosa Com Amor ... Nara Paranhos de Vasconcellos
  • 1970 - Simplesmente Maria ... Maria
  • 1969 - A Ponte dos Suspiros ... Leonor Dantolo
  • 1968 - A Gata de Vison ... Dolly Parker / Meggy Parker
  • 1968 - Demian, o Justiceiro ... Princesa Surama
  • 1967 - A Sombra de Rebeca ... Suzuki
  • 1966 - O Sheik de Agadir ... Janette Legrand
  • 1966 - Eu Compro Esta Mulher ... Maria Teresa
  • 1959 - Trágica Mentira
  • 1955 - As Professoras

Yoná Magalhães e Ney Latorraca em Grande Sertão: Veredas, 1985
Minisséries

  • 1995 - Engraçadinha... Seus Amores e Seus Pecados ... Geni
  • 1985 - Grande Sertão: Veredas ... Maria Mutema

Yoná Magalhães e Geraldo Del Rey em "Deus e o Diabo na Terra do Sol"
Filmes

  • 1958 - Alegria de Viver
  • 1958 - Pista de Grama
  • 1964 - Deus e o Diabo na Terra do Sol
  • 1965 - Society em Baby-Doll
  • 1967 - Opinião Pública

Miguel Falabella e Yoná Magalhães
Teatro

  • Terror e Miséria
  • Os Físicos
  • Socity em Baby
  • Os Inimigos Não Mandam Flores
  • Balbina de Inhansãn
  • Vestido de Noiva
  • Mulher Integral
  • Falcão Peregrino
  • Vagas Para Moças de Fino Trato
  • A Partilha
  • O Milagre da Santa

Fonte: Wikipédia