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Almir Guineto

ALMIR DE SOUZA SERRA
(70 anos)
Cantor e Compositor

☼ Rio de Janeiro, RJ (12/07/1946)
┼ Rio de Janeiro, RJ (05/05/2017)

Almir de Souza Serra, mais conhecido por Almir Guineto, foi um cantor e compositor brasileiro nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 12/07/1946. Fundador do Fundo de Quintal, Almir Guineto foi um dos maiores representantes do samba de raiz. Entre seus principais sucessos, destacavam-se "Caxambu", "Conselho", "Jibóia", "Lama Nas Ruas" e "Mel Na Boca".

Nascido e criado no Morro do Salgueiro, na cidade do Rio de Janeiro, Almir Guineto teve contato direto com o samba desde a infância, já que havia vários músicos em sua família. Seu pai Iraci de Souza Serra era violonista e integrava o grupo Fina Flor do Samba. Sua mãe Nair de Souza, mais conhecida como Dona Fia, era costureira e uma das principais figuras da Acadêmicos do Salgueiro. Seu irmão Francisco de Souza Serra, mais conhecido como Chiquinho, foi um dos fundadores dos Originais do Samba.

Na década de 1970, Almir Guineto já era mestre de bateria, um dos diretores da Salgueiro e fazia parte do grupo de compositores que frequentavam o bloco carnavalesco Cacique de Ramos. Nessa época, Almir Guineto inovou o samba ao introduzir o banjo adaptado com um braço de cavaquinho. O instrumento híbrido foi adotado por vários grupos de samba.

Em 1979, Almir Guineto mudou-se para a cidade de São Paulo para se tornar o cavaquinista dos Originais do Samba. Lá fez "Bebedeira do Zé", sua primeira composição gravada pelo grupo. A cantora Beth Carvalho gravou algumas composições de Almir Guineto, como "Coisinha do Pai", "Pedi Ao Céu" e "Tem Nada Não".

Fundo de Quintal e Carreira Solo

No início dos anos 80, Almir Guineto ajudou a fundar o grupo Fundo de Quintal junto com os sambistas Bira, Jorge Aragão, Neoci, Sereno, Sombrinha e Ubirany. Mas ele deixou o grupo logo após a gravação de "Samba é no Fundo de Quintal", primeiro LP do conjunto, e seguiu para carreira solo.

Almir Guineto conquistou fama com a premiação no Festival MPB-Shell, da Rede Globo, em 1981, em que interpretou o samba-partido "Mordomia" (Ari do Cavaco e Gracinha). Sua notoriedade como compositor e intérprete aumentaria ao longo daquela década.

Beth Carvalho gravou "É, Pois, É" (Almir Guineto, Luverci Ernesto e Luís Carlos) em 1981, "À Luta, Vai-Vai!" (Almir Guineto e Luverci Ernesto) e "Não Quero Saber Mais Dela" (Almir Guineto e Sombrinha) em 1984, "Da Melhor Qualidade" (Almir Guineto e Arlindo Cruz), "Pedi ao Céu" (Almir Guineto e Luverci Ernesto) e "Corda no Pescoço" (Almir Guineto e Adalto Magalha) em 1987.

Alcione gravou "Ave Coração" (Almir Guineto e Luverci Ernesto) em 1981 e "Almas & Corações" (Almir Guineto e Luverci Ernesto) em 1983. Jovelina Pérola Negra gravou "Trama" (Almir Guineto e Adalto Magalha) em 1987.

Em 1986, a gravadora RGE lançou o LP "Almir Guineto", que teve grande sucesso comercial. Nesse disco, Almir Guineto gravou algumas de suas parcerias com Adalto Magalha, Beto Sem Braço, Guará da Empresa, Luverci Ernesto e Zeca Pagodinho. Entre os grandes destaques, estão "Caxambu", "Mel na Boca", "Lama nas Ruas" e "Conselho".

Ainda naquela década, a RGE lançou os LPs "Perfume de Champanhe" (1987), que teve repercussão com "Batendo na Palma da Mão" (Almir Guineto e Guará da Empresa) e "Jeito de Amar" (1989).

Em 1991, a RGE lançou o disco "De Bem Com a Vida".

Canção em Marte

Em 1997, "Coisinha do Pai" foi programada pela engenheira brasileira da Nasa, Jacqueline Lyra, para acionar um robô norte-americano da missão Mars Pathfinder, em Marte. em 1998, Almir Guineto compôs com Arlindo Cruz, Sombrinha e Xerife, "Samba de Marte", que relata a história da chegada de "Coisinha do Pai" em solo marciano.

Em 2002, a gravadora Paradoxx lançou o CD "Todos os Pagodes". Ainda em 2002, Almir Guineto participou de "Bum-bum-baticum-Beto" e "Tributo a Beto Sem Braço", dois shows em homenagem a este sambista carioca, que ocorreram respectivamente no Bar Supimpa e Teatro João Caetano, ambos na cidade do Rio de Janeiro.

Em julho de 2007, Almir Guineto comemorou seu aniversário em um show, com diversos convidados, no Espaço Santa Clara, na cidade de São Paulo.

Em 2009, Almir Guineto fez parceria com o rapper Mano Brown, dos Racionais MC's, na música "Mãos".

Morte

Almir Guineto faleceu aos 70 anos, na manhã de sexta-feira, 05/05/2017, no Rio de Janeiro, RJ, após complicações de problemas renais crônicos e diabetes. Ele estava em tratamento no Hospital Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Nos últimos 15 meses, Almir Guineto lutava contra problemas renais crônicos, o que o impossibilitou de assumir compromissos em shows e apresentações.

O corpo de Almir Guineto será velado na quadra do Salgueiro, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, no sábado, 06/05/2017, a partir das 15h00.

O velório acontece até às 13h00 de domingo, 07/05/2017, quando o corpo será levado para o Cemitério de Inhaúma, também na Zona Norte do Rio de Janeiro. O enterro acontecerá às 15h00.

Discografia

  • 1981 - O Suburbano (Beverly/Copacabana)
  • 1982 - A Chave do Perdão (Copacabana)
  • 1985 - Sorriso Novo (RGE)
  • 1986 - Almir Guineto (RGE)
  • 1987 - Perfume de Champagne (RGE)
  • 1988 - Olhos da Vida (RGE)
  • 1989 - Jeito de Amar (RGE)
  • 1991 - De Bem Com a Vida (RGE)
  • 1993 - Pele de Chocolate (RGE)
  • 1995 - Acima de Deus, Só Deus (RGE)
  • 1997 - Pés (RGE)
  • 1999 - Almir Guineto (Universal)
  • 2002 - Todos os Pagodes (Paradoxx)
  • 2003 - Sambas de Almir (Vieira Records)
  • 2012 - Cartão de Visita (Radar Records)


Fonte: Wikipédia e G1

Belchior

ANTÔNIO CARLOS GOMES BELCHIOR FONTENELLE FERNANDES
(70 anos)
Cantor e Compositor

☼ Sobral, CE (26/10/1946)
┼ Santa Cruz do Sul, RS (30/04/2017)

Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes, conhecido simplesmente como Belchior, foi um cantor e compositor brasileiro nascido em Sobral, CE, no dia 26/10/1946. Belchior foi um dos primeiros cantores de Música Popular Brasileira do nordeste brasileiro a fazer sucesso nacional, em meados da década de 1970.

Durante sua infância, no Ceará, foi cantador de feira e poeta repentista. Estudou música coral e piano com Acácio Halley. Seu pai tocava flauta e saxofone e sua mãe cantava em coro de igreja. Tinha tios poetas e boêmios. Ainda criança, recebeu influência dos cantores do rádio Ângela Maria, Cauby Peixoto e Nora Ney. Foi programador de rádio em Sobral.

Em 1962, mudou-se para Fortaleza, onde estudou Filosofia e Ciências Humanas. Começou a estudar Medicina, mas abandonou o curso no quarto ano, em 1971, para dedicar-se à carreira artística. Ligou-se a um grupo de jovens compositores e músicos, como Fagner, Ednardo, Rodger Rogério, Teti, Cirino entre outros, conhecidos como o Pessoal do Ceará.


De 1965 a 1970 apresentou-se em festivais de música no Nordeste.

Em 1971, quando se mudou para o Rio de Janeiro, venceu o IV Festival Universitário da Música Popular Brasileira, com a canção "Na Hora do Almoço", interpretada por Jorge Melo e Jorge Teles, para um de seus futuros clássicos, com a qual estreou como cantor em disco, um compacto da etiqueta Copacabana.

Em São Paulo, para onde se mudou, compôs canções para alguns filmes de curta metragem, continuando a trabalhar individualmente e às vezes com o grupo do Ceará.

Em 1972 Elis Regina gravou sua composição "Mucuripe" (Belchior e Fagner).

Belchior e Luiz Carlos Gomes Sobrinho
Atuando em escolas, teatros, hospitais, penitenciárias, fábricas e televisão, gravou seu primeiro LP em 1974, na gravadora Chantecler.

Em 1976, o segundo, "Alucinação", pela gravadora Polygram, consolidou sua carreira, lançando canções de sucesso como "Velha Roupa Colorida", "Como Nossos Pais", que depois foram regravadas por Elis Regina, e "Apenas Um Rapaz Latino-americano". Outros êxitos incluem "Paralelas", lançada por Vanusa, e "Galos, Noites e Quintais", regravada por Jair Rodrigues.

Em 1979 no LP "Era Uma Vez Um Homem e Seu Tempo" (Warner) gravou "Comentário a Respeito de John", uma homenagem a John Lennon, também gravada pela cantora Bianca.

Em 1983 fundou sua própria produtora e gravadora, Paraíso Discos, e em 1997 tornou-se sócio do selo Camerati.

Polêmicas

Em 2005, Belchior abandonou a então mulher Ângela para passar a viver com a Edna Prometheu depois de conhecê-la no ateliê do amigo comum Aldemir Martins. Posteriormente Belchior deixou de fazer shows e abandonado inclusive bens pessoais. Ele vinha enfrentando processos judiciais relacionados a pensões alimentícias de duas filhas e um processo trabalhista. Por causa desses processos Belchior teve contas bancárias bloqueadas e por isso estava impedido de retirar o dinheiro relativo aos direitos de suas músicas. O cantor se encontrava em Porto Alegre, tendo morado em hotéis, casas de fãs e mesmo em uma instituição de caridade.

Em 2009 a TV Globo noticiou um suposto desaparecimento do cantor. Segundo a emissora, o cantor havia sido visto pela última vez em abril de 2009, ao participar de um show do cantor tropicalista baiano Tom Zé, realizado em Brasília. Turistas brasileiros afirmam terem-no encontrado no Uruguai em julho do mesmo ano. As suspeitas foram confirmadas quando Belchior foi encontrado no Uruguai, de onde concedeu entrevista para o programa Fantástico, da TV Globo. Na entrevista, o cantor revelou não haver desaparecido e estar preparando, além de um disco de canções inéditas, o lançamento de todas as suas canções também em espanhol.

No ano de 2012 ele novamente desapareceu, juntamente com a sua mulher, de um hotel 4 estrelas na cidade de Artigas, no Uruguai. Deixou para trás uma dívida de diárias e pertences pessoais. Ao ser identificado passeando por Porto Alegre afirmou que as noticias sobre a dívida no Uruguai não seriam verdadeiras.

Morte

Belchior faleceu na noite de sábado, 29/04/2017, em Santa Cruz do Sul, RS, aos 70 anos. Familiares confirmaram o falecimento, entretanto, não informaram a causa da morte. O corpo deve ser trazido para o Ceará ainda hoje, 30/04/2017. O sepultamento deve ocorrer em Sobral, CE.

Em nota, o governador do Estado do Ceará, Camilo Santana, decretou luto oficial de três dias no Estado e reconheceu a importância de Belchior para a música brasileira:
Recebi com profundo pesar a notícia da morte do cantor e compositor cearense Belchior. Nascido em Sobral, foi um ícone da Música Popular Brasileira e um dos primeiros cantores nordestinos de MPB a se destacar no País, com mais de 20 discos gravados. O povo cearense enaltece sua história, agradece imensamente por tudo que fez e pelo legado que deixa para a arte do nosso Ceará. Que Deus conforte a família, amigos e fãs de Belchior. O Governo do Estado decretou luto oficial de três dias. 
Camilo Santana 
Governador do Ceará

O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio também divulgou nota de pesar:
A cultura musical cearense e de todo o País, assim como outras expressões das nossas artes, perde uma das suas mais marcantes personalidades. Não há como aferir o tamanho dessa perda que, infelizmente, encerra um longo e grave período de ausência de Belchior entre nós. É hora de nos solidarizarmos com os parentes, amigos e fãs, dentre os quais me incluo, alem de manifestarmos a nossa eterna gratidão por este cearense ter trazido ao mundo uma poesia transcendente em todos os seus aspectos.
Roberto Claudio Rodrigues Bezerra
Prefeito de Fortaleza

A Associação Cearense de Imprensa também se manifestou em nota:
A Associação Cearense de Imprensa (ACI) expressa seu pesar pelo falecimento do cantor e compositor cearense Belchior. Suas canções constituem um legado representativo para a Música Popular Brasileira.

Excertos

"Só há uma coisa que o artista deve sempre fazer: desobedecer. Eu só acredito na dignidade do artista através da rebeldia."
"Quando a moçada pegou a mochila e meteu o pé na estrada, aí por 68, eu já vinha chegando de volta… Eu era pobre, vinha fugindo da escola, desde os 17 anos perambulava como andarilho e poeta apaixonado, dormindo embaixo das estrelas, transando com os cantadores, violeiros e loucos que vagam pela vida."
(Excertos da reportagem "Belchior, 12 anos de Música, Estrada e Rebeldia" - Revista Pop, 12/1975)

"Os artistas estão muito mesquinhos, tímidos, escolhendo lugares para cantar. Mas eu proponho uma ida para além dessas máscaras todas. Com um trabalho simples, direto, sem mistérios, minha preocupação é abrir um espaço em que se possam dizer coisas. O resto é papo furado."
"Não dou importância a essas críticas. São preocupações supérfluas, assim como é o sucesso, essa situação criada pelo público. Para mim, o que mais importa é que aparecendo na televisão, consigo mostrar a minha arte para milhões de pessoas. As pessoas exigem de mim um comportamento de superstar, mas eu prefiro seguir os ensinamentos da estrada."
(Depoimentos na reportagem Belchior: "Não visto máscara de superstar" - Revista Pop, 09/1977)

"Não gosto de músicas ou letras apenas contemplativas, passivas. Eu falo – e devo falar – dos enganos que nós, os jovens, sofremos por ver as nossas esperanças caírem por terra. Assim, não abro mão da agressão. Acho que é preciso fazer um trabalho irreverente e insolente. Caso contrário, vira aquele negócio de música de fundo de restaurante, sabe como é? As pessoas estão comendo e a arte serve apenas de relaxante, entretenimento. Facilitador da digestão."
"Não me interessa, como artista, produzir e criar pensando na eternidade da obra. Eu quero dar toques. Isso é fundamental para mim, pois o homem é o fim e o objetivo de si mesmo. Eternidade não é um dado humano, comum. Aliás, em qualquer nível é uma farsa, uma mentira. Sou contra. Eternidade é o tédio dos deuses, que gostariam de ser mortais. Minha ligação é com a terra."
"O meu disco tem um título que eu gosto, 'Alucinação'. Sabe, viver é mais importante que pensar sobre a vida. É uma forma de delírio absoluto, entende? A alegria, a ironia, a provocação, são tão importantes quanto sorrir, brincar, amar. Acho importante provocar. Um trabalho novo só aparece através da agressividade. Eu estou tranquilo quanto às consequências do meu trabalho. Acho importante que ele cause polêmica. É para desafinar mesmo! Desafinar sempre, que esse é o desafio. Hoje em dia, já não se pode mais criar sem correr riscos. E eu quero enfrenta-los."
"Aos 16 anos, eu não aguentei a barra, saí de casa, tentando buscar uma alternativa… Não vejo mal nenhum em sair por aí, botar o pé na estada. O nordestino tem a alma de emigrante, é uma ave de arribação, como diz Luiz Gonzaga. Agora, quem põe o pé na estrada precisa estar preparado para aguentar a barra. De 1971 até hoje, o negócio não foi fácil. Dormi em muita calçada. Segurei de perto a barra da Lapa (RJ). Senti fome e frio. Fiquei de pires na mão, nas salas de espera das gravadoras."
(Excertos de "Belchior: O que me interessa é amar e mudar” - Entrevista para Eduardo Athayde - Jornal Hit-Pop, 06/1976)

"Optei pelo trabalho, pois não dá para ficar curtindo as mágoas. Sei que nós somos de uma geração de pavor, de medo. Mas eu não curto essa miséria. O negócio é criar, a despeito da dor, da ferida, do machucado. Talvez, por isso, o resultado seja uma arte agressiva – a criatividade é um risco, não dá para criar sem perigo. Mas, mesmo assim, me interesso muito mais pela vida que pela arte, sacou?"
(Excerto da reportagen "Belchior, Sem Medo do Perigo" - Revista Pop, 03/1976)

"Eu não faço música partidária. Eu sou a favor de um recrudescimento das qualidades individuais, diante de qualquer instituição e também da instituição política. Tem governo, eu sou contra. Tem partido, eu sou contra. Eu não quero pertencer a partido, igreja, escola, a nenhum grupo institucional. Se eu pertenço a algum é por estrita obrigação da qual eu não posso fugir. Nós, os homens desse tempo, estamos humilhados pelas injunções do poder. Eu não quero poder nenhum. O poder é corruptor. Por natureza, o poder é avarento."
(Excerto da reportagem "Belchior, Como o Diabo Gosta" - Revista Música, 09/1979)


Discografia

  • 1971 - Na Hora do Almoço (Copacabana - Compacto)
  • 1973 - Sorry, Baby (Copacabana - Compacto)
  • 1974 - Mote e Glosa (Continental - LP/K7)
  • 1976 - Alucinação (Polygram - LP/CD/K7)
  • 1977 - Coração Selvagem (Warner - LP/CD/K7)
  • 1978 - Todos os Sentidos (Warner - LP/CD/K7)
  • 1978 - Pop Brasil (Warner Music / WEA)
  • 1979 - Era Uma Vez Um Homem e Seu Tempo (Warner - LP/CD/K7)
  • 1980 - Objeto Direto (Warner - LP)
  • 1982 - Paraíso (Warner - LP)
  • 1984 - Cenas do Próximo Capítulo (Paraíso/Odeon - LP)
  • 1986 - Um Show: 10 Anos de Sucesso (Continental - LP)
  • 1987 - Melodrama (Polygram - LP/K7)
  • 1988 - Elogio da Loucura (Polygram - LP/K7)
  • 1990 - Projeto Fanzine (Polygram - LP/K7)
  • 1991 - Divina Comédia Humana (MoviePlay - CD)
  • 1991 - Acústico (Arlequim Discos - CD)
  • 1993 - Baihuno (MoviePlay - CD)
  • 1995 - Um Concerto Bárbaro - Acústico Ao vivo (Universal Music - CD)
  • 1996 - Vício Elegante (Paraíso/GPA/Velas - CD)
  • 1999 - Autorretrato (BMG - CD)
  • 2002 - Pessoal do Ceará (Continental / Warner - CD)
  • 2008 - Sempre (Som Livre - CD)

Participações Especiais

  • 1979 - Massafeira

#FamososQuePartiram #Belchior

Carlos Chagas

CARLOS CHAGAS
(79 anos)
Advogado, Professor e Jornalista

☼ Três Pontas, MG (20/05/1937)
┼ Brasília, DF (26/04/2017)

Carlos Chagas foi um advogado, professor e jornalista brasileiro, nascido em Três Pontas, MG, no dia 20/05/1937. Era o pai de Helena Chagas, ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo Dilma Rousseff.

Formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Carlos Chagas foi professor da Universidade de Brasília (UnB) durante 25 anos.

Iniciou no jornalismo como repórter de O Globo, em 1958. Depois passou pelo O Estado de S. Paulo, onde permaneceu durante 18 anos.

Apresentou o programa "Jogo do Poder", exibido pela CNT e que antes ia ao ar pelas Rede Manchete e RedeTV!. Apresentou também o programa "Falando Francamente".

Além de apresentador, era colunista de 12 jornais onde comentava e criticava a forma com que a imprensa brasileira atuava. Foi comentarista de política do Jornal do SBT em Brasília e na Jovem Pan.

Antônio Paes de Andrade e Carlos Chagas
Atualmente era comentarista do CNT Jornal em Brasília.

Em 29/12/2016, Carlos Chagas participou pela última vez do "Jogo do Poder", já que ele anunciou tanto sua saída da emissora como a aposentadoria da televisão. Na sua despedida estavam entre os convidados sua filha Helena Chagas.

Como escritor Carlos Chagas publicou, entre outros livros, "O Brasil Sem Retoque: 1808-1964", "Carlos Castelo Branco: O Jornalista do Brasil" e "Resistir é Preciso".

Carlos Chagas pertencia à Academia Brasiliense de Letras.

No período da Ditadura Militar, Carlos Chagas foi assessor de imprensa da Pre­si­dência da República no governo do general Costa e Silva, e dessa experiência nasceu o livro "A Ditadura Militar e os Golpes Dentro do Golpe: 1964-1969". Baseado nas suas próprias memórias e nos relatos de outros jornalistas, Carlos Chagas conta os bastidores do golpe de 1964, que tirou o presidente João Gou­lart e pôs o general Castelo Branco no poder.

Caso Sociedade dos Amigos de Plutão

Em 02/09/2006, Carlos Chagas publicou no site da revista "Brasília em Dia" uma notícia sobre a criação de uma Organização Não Governamental (ONG) chamada Sociedade dos Amigos de Plutão. Na notícia, Carlos Chagas divulgou detalhes sobre a suposta ONG apontando número de diretores, valores destinados à organização e uma ligação íntima entre o presidente da ONG, supostamente um ex-líder sindical, filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e ao Partido dos Trabalhadores (PT), e o então presidente Lula.

A notícia em questão gerou grande repercussão dentro e fora da internet, atingindo seu ápice quando o então senador piauiense Heráclito Fortes do então Partido da Frente Liberal (PFL), atual Democratas (DEM), propôs uma CPI para apurar a suposta criação da ONG.

Carlos Chagas publicou uma retratação no dia 02/10/2006 em sua coluna na Tribuna da Imprensa. Nela, afirmou que tudo aquilo não passava de uma metáfora que, entretanto, não estava devidamente caracterizada.

Carlos Chagas, filha e esposa
Morte

Carlos Chagas faleceu na quarta-feira, 26/04/2017, em Brasília, DF, aos 79 anos. Sua filha Helena Chagas avisou em sua página no Facebook sobre o falecimento do pai.


Jerry Adriani

JAIR ALVES DE SOUZA
(70 anos)
Cantor, Compositor e Ator

☼ São Paulo, SP (29/01/1947)
┼ Rio de Janeiro, RJ (23/04/2017)

Jerry Adriani, nome artístico de Jair Alves de Sousa, foi um cantor, compositor e ator brasileiro nascido no bairro do Brás, em São Paulo, SP, no dia 29/01/1947.

Jair Alves de Souza tornou-se artisticamente conhecido com o nome de Jerry Adriani e iniciou vida como cantor profissional em 1964, com o LP "Italianíssimo". No mesmo ano gravou o LP "Credi a Me".

Em 1965, Jerry Adriani estourou com "Um Grande Amor", primeiro LP gravado em português. Na mesma época, apresentou o programa "Excelsior a Go Go" pela TV Excelsior de São Paulo, em parceria com o comunicador Luiz Aguiar e tinha em seu set nomes como Os Vips, Os Incríveis, Prini Lorez, Cidinha Santos, dentre outros grandes cantores da época.

Comandou, entre 1967 e 1968, na TV Tupi, "A Grande Parada", junto com Neyde Aparecida, Zélia Hoffmann, Betty Faria e Marília Pera, um musical ao vivo que apresentava os grandes nomes da MPB, consagrando-se definitivamente como um dos cantores de maior popularidade em todo o país.

No cinema fez três filmes como ator e cantor, "Essa Gatinha é Minha" (1966), com Pery Ribeiro e Anik Malvil, "Jerry, a Grande Parada" (1967) e "Jerry em Busca do Tesouro" (1967), com Neyde Aparecida e os Pequenos Cantores da Guanabara. Nessa mesma época, final dos anos 60, ganhou o titulo de Cidadão Carioca com o projeto do deputado Índio do Brasil.


Jerry Adriani foi o responsável pela vinda de Raul Seixas para o Rio de Janeiro, de quem se tornou grande amigo ainda em Salvador. Raulzito e Os Panteras, como eram conhecidos, formavam a banda de apoio que tocou com Jerry Adriani durante 3 anos. "Tudo Que é Bom Dura Pouco", "Tarde Demais" e "Doce Doce Amor", foram algumas das músicas de Raul Seixas gravadas por Jerry AdrianiRaul Seixas foi produtor de Jerry Adriani entre 1969 e 1971, até iniciar sua carreira solo.

Na primeira metade da década de 70, Jerry Adriani já um artista consagrado, expandiu seu talento musical para vários países. O cantor gravou discos e fez shows que tiveram grande sucesso em países como Venezuela, Peru, Estados Unidos, México, Canadá, dentre outros.

Em 1975, Jerry Adriani participou do musical no Hotel Nacional, "Brazilian Follies", dirigido por Caribe Rocha, que ficou um ano e meio em cartaz.

Em 1985, lançou pela Polydor o LP "Tempos Felizes", no qual registrou antigos sucessos da Jovem Guarda, entre as quais "Festa de Arromba", "O Bom Rapaz" e "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno".

Em 1986, gravou, de sua autoria, "Planeta Amor" e "Antes do Adeus", com Cury e "Beijos Medrosos", com Carlos Colla.



No inicio da década de 90, Jerry Adriani gravou um disco que trazia de volta as origens do rock'n roll, "Elvis Vive", um tributo a Elvis Presley do qual sempre foi fã. "Elvis Vive" foi o 24° disco de sua carreira.

O ano de 1994 veio acompanhado de um convite do diretor Cecil Thiré para participar da novela "74.5 Uma Onda No Ar", produzida pela TV Plus e exibida pela Rede Manchete. A novela também foi exibida com grande sucesso em Portugal.

No final de 1995, Jerry Adriani se destacou com expressivo sucesso, no lançamento da coleção com "Os Maiores Sucessos dos 30 Anos da Jovem Guarda", pela gravadora Polygram, como convidado especial, onde foram lançados 5 Cds comemorativos ao movimento, relembrando grandes sucessos como "Broto Legal", "Namoradinha de Um Amigo Meu", "Querida" e "Doce Doce Amor".

Em 1996, lançou o CD "Io", com grandes clássicos da música italiana, produção de Roberto Menescal e arranjos e direção de Luizinho Avelar, disco esse que teve uma grande aceitação no mercado.

Em 1997, participou das trilhas sonoras das novelas "A Indomada" da TV Globo, com a música "Engenho", letra de Aldir Blanc e música de Ricardo Feghalli, e "Zaza Internacional" também da TV Globo, com a música "Con Te Partiró" com participação da cantora Mafalda Minozzi.


Participou em 1998 da gravação de "Mil Faces" um dos temas principais do programa infantil "Vila Esperança" da TV Record, e foi convidado para interpretar "Impossível Acreditar Que Perdi Você" (Márcio Greick) para o projeto de "Sucessos dos Anos 70", lançamento da Polygram.

Lançou pela Indie Records, em 1999, o CD "Forza Sempre" com músicas da Legião Urbana gravado em italiano, que Jerry Adriani considerava como um marco em sua carreira, ultrapassando as 200.000 cópias em número de vendagem.

"Forza Sempre" foi produzido por Carlos Trilha, também produtor de Renato Russo no disco "Equilíbrio Distante". Participaram também do trabalho outros músicos que acompanhavam os shows da Legião Urbana: Fred Nascimento e Jean Fabra também autor de sete versões das músicas para o italiano. As outras três ficaram a cargo do cantor e compositor italiano Gabriele de L’utre.

A canção "Santa Luccia Luntana", interpretada por Jerry Adriani, foi uma das mais executadas na trilha sonora da novela "Terra Nostra" (1999). Música incluída como bonus track no CD "Forza Sempre".

Nos anos de 2000/2001, Jerry Adriani gravou "Tudo Me Lembra Você", mesmo titulo da música de trabalho que também fez parte da trilha sonora da novela "Roda da Vida" (2001) exibida pela TV Record.


Em 2006 participou da trilha sonora da novela "Cidadão Brasileiro" novamente da TV Record, só que agora numa releitura atualizada da música "Jailhouse Rock", conhecida mundialmente na inconfundível voz de Elvis Presley.

Em outubro de 2007, gravou, no Canecão, RJ,  seu primeiro DVD, "Jerry Adriani Acústico Ao Vivo", também lançado em CD em formato acústico, no qual faz releitura de sucessos que se tornaram clássicos de sua carreira, apresentando também canções inéditas. Na ocasião deu entrevista a Tarik de Souza, publicada no Jornal do Brasil, na qual o crítico afirmou ter Jerry Adriani exercido influência no modo de cantar do cantor Renato Russo. Também na ocasião, o Canal Brasil transmitiu, em 4 dias e horários, o show da gravação do DVD/CD na íntegra, com a participação de Fernanda TakaiIvo Pessoa, Tavito e Vinimax.

Em agosto de 2008, apresentou show na Modern Sound, em Copacabana, no Rio de Janeiro, lançando o CD/DVD "Acústico Ao Vivo" e interpretando hits da música pop nacional e internacional, como "Monte Castelo", da Legião Urbana e "As Tears Go By", dos Rolling Stones. O DVD foi gravado em Outubro de 2007, no Canecão, RJ, em parceria com o Canal Brasil. Em outubro de 2008, Jerry Adriani marcou retorno àquela casa em grande show de lançamento.


Em 2011, lançou o CD "Pop, Jerry & Rock", em que dividiu a produção e os arranjos com Reinaldo Arias. O disco homenageou Raul Seixas e Tim Maia na faixa "2012", e fez alusão à música "Rock Around The Clock", sucesso de Bill Haley, na faixa "Rock Around The Time", além de de ter contado com a parceria de Paulo Mendonça em "Fantasia" e "Highway Virtual".

Em 2012, apresentou o show "Jerry Toca Raul & Elvis", no Teatro Rival, no Rio de Janeiro, RJ. Na apresentação, fugiu do estilo da Jovem Guarda que o tornou nacionalmente conhecido, dando espaço ao repertório com músicas como "Are You Lonesome Tonight?", "Kiss Me Quick", "My Way", "Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás", "Medo da Chuva", canção, inclusive, que Raul Seixas compôs para a voz de Jerry Adriani, "Tente Outra Vez" e "Maluco Beleza".

Ainda em 2012, realizou apresentação no programa "Encontro Com Fátima Bernardes", na TV Globo, ao lado de Lafayette e Os Tremendões, Wanderléa, Marcelo Fróes e a banda Del Rey, numa emissão que teve como intenção relembrar a época da Jovem Guarda.

Em 2014 completou 50 anos de carreira com um show com seus maiores sucessos.

Morte

Em 10/04/2017, a família de Jerry Adriani anunciou que ele foi diagnosticado com um câncer e que o tratamento estava sendo iniciado. Não foram divulgados maiores detalhes sobre a doença.
"Jerry Adriani, 70 anos, e família vêm informar aos fãs, familiares amigos e imprensa, que encontra-se em tratamento contra a doença câncer descoberta após uma série de exames, ao longo das últimas semanas após ter dado entrada no hospital em março com um quadro de trombose venosa profunda. Jerry está começando tratamento para controle desta patologia. Pedimos a todos que independentemente de seus credos solicitem força e pronto restabelecimento ao querido amigo e cantor."
Jerry Adriani faleceu às 15h30 de domingo, 23/04/2017, aos 70 anos, no Rio de Janeiro, RJ. Ele enfrentava um câncer e estava internado no Hospital Vitória, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. Recentemente, Jerry Adriani havia sofrido uma trombose em uma das pernas.

O corpo de Jerry Adriani foi velado no Cemitério Francisco Xavier, no Caju, Zona Portuária do Rio de Janeiro, na manhã de segunda-feira, 24/04/2017. O enterro ocorreu às 17h00, no mesmo cemitério.

Carreira

Discografia
  • 1964 - Italianíssimo
  • 1964 - Credi a Me
  • 1965 - Um Grande Amor
  • 1966 - Devo Tudo a Você
  • 1967 - Vivendo Sem Você
  • 1967 - Dedicado a Você
  • 1968 - Esperando Você
  • 1969 - Jerry Adriani
  • 1970 - Jerry
  • 1971 - Jerry Adriani
  • 1971 - Pensa Em Mim
  • 1972 - Jerry
  • 1973 - Jerry Adriani
  • 1975 - Jerry Adriani
  • 1977 - Jerry Adriani
  • 1980 - Jerry Adriani
  • 1983 - Pra Lembrar de Nós Dois
  • 1985 - Tempos Felizes
  • 1986 - Outra Vez Coração
  • 1988 - Jerry
  • 1989 - Parece Que Foi Ontem
  • 1992 - Doce Aventura
  • 1995 - Elvis Vive
  • 1996 - Rádio Rock Romance
  • 1997 - Io
  • 1999 - Forza Sempre
  • 2000 - Tudo Me Lembra Você
  • 2002 - O Som do Barzinho Italiano
  • 2008 - Jerry Adriani Acústico e Ao Vivo
  • 2011 - Pop, Jerry & Rock
  • 2012 - Família

Outros Lançamentos
  • 1995 - Os 30 Maiores Sucessos da Jovem Guarda
  • 1997 - Trilha Sonora "A Indomada" da TV Globo
  • 2000/2001 - Trilhas sonoras de novelas e regrava músicas do Elvis

Televisão
  • 1994 - 74.5 Uma Onda no Ar ... Roberto
  • 1998 - Programa Mil Faces
  • 2001 - Malhação ... Bruno
  • 2010 - A Grande Família ... Celso Tadeu
  • 2011 - Macho Man ... Oliver
  • 2013 - A Grande Família ... Jerry Adriani

Filmografia
  • Essa Gatinha é Minha
  • Jerry, A Grande Parada
  • Jerry Em Busca Do Tesouro

Premiações
  • Prêmio Sharp - Foi indicado 4 vezes, na categoria Cantor Popular
  • 1989 - LP "Marcas da Vida" - Melhor Cantor
  • 1990 - LP "Elvis Vive" - Melhor Disco e Melhor Cantor
  • 1993 - LP "Doce Aventura" - Melhor Cantor
  • 1995 - LP "Radio Rock Romance" - Melhor Disco e Melhor Cantor

#FamososQuePartiram #JerryAdriani

Neuza Amaral

NEUSA GOUVEIA DA SILVA DO AMARAL
(86 anos)
Atriz e Política

☼ São José do Barreiro, SP (01/08/1930)
┼ Rio de Janeiro, RJ (19/04/2017)

Neusa Gouveia da Silva do Amaral, conhecida como Neuza Amaral, foi uma atriz e vereadora brasileira, nascida em São José do Barreiro, SP, no dia 01/08/1930.

Filha de pais analfabetos, começou a trabalhar aos 12 anos, entregando marmitas.

"Quando cheguei ao Rio de Janeiro, aos 4 anos, não tinha nem cama para dormir. Usava um monte de jornais para quebrar a friagem do chão. Foi assim, uma luta bem grande!"

Iniciou sua carreira de atriz na década de 50 na capital, trabalhando na Rádio Tupi do Rio de Janeiro, onde enfrentou muitas dificuldades. Transferiu-se, então, para São Paulo e, num belo dia, passando com uma amiga pela porta da Rádio Record, resolveu entrar para ver como funcionava uma rádio. O fato é que saiu dali contratada: Pediram para a atriz ler uns textos e gostaram tanto que, dois dias depois, ela já estava no ar. Fazia locução, programa de auditório, tudo. O trabalho na Rádio Record impulsionou a sua vida e o seu trabalho.

Com o corte de pessoal na rádio, Neuza Amaral foi convidada para estrear na televisão. A atriz recorda:

"Depois veio a televisão. Era 1957. 'Quem sabe fazer televisão aqui?' E a enxerida aqui, a ambiciosa, disse: 'Eu'. Nunca tinha visto um aparelho de televisão. Em 27 de setembro, eu estava no ar - doidinha de pedra, mas lá. E daí foi tudo acontecendo. Comecei como atriz e anunciadora!"


E, assim, em 1957 estreou na paulista TV Record nas novelas "Alma da Noite" e "A Mansão dos Daltons". Em seguida, foi para a TV Excelsior onde participou da primeira telenovela diária da televisão, "2-5499 Ocupado" (1963), ao lado de Tarcísio Meira, Glória Menezes e Lolita Rodrigues. Sobre a trama, conta: "Naquela época valia tudo, até varrer o estúdio. Porque era para desbravar mesmo!"

Seguiram-se outros sucessos na emissora com as novelas "As Solteiras" (1964), "A Moça Que Veio de Longe" (1964), "O Céu é de Todos" (1965) e "Pecado de Mulher" (1965).

Neuza Amaral voltou a morar no Rio de Janeiro em 1967 e por meio de um amigo comum, foi apresentada a José Bonifácio de Oliveira Sobrinho ou simplesmente Boni, que a convidou para trabalhar na TV Globo, na novela "A Sombra de Rebecca" (1967).

Na emissora, consolidou sua carreira com personagens memoráveis como a primeira grande vilã da televisão Veridiana Albuquerque Medeiros de "A Grande Mentira" (1968), onde relembra emocionada:

"Ela era ruim que nem uma cobra. Era rica, mas tinha uma origem de manicure. Então, punha aquela coisa em cima de todo mundo. Realmente, foi o meu maior trabalho em televisão. A novela teve como diretor Fabio Sabag e Marlos Andreucci, que morreu dirigindo uma cena!"


A determinada Maria Clara Taques em "Os Ossos do Barão" (1973), que lhe rendeu um troféu da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), Troféu APCA de melhor atriz. A sensível Nara de "Fogo Sobre Terra" (1974). A austera Fabiana di Lorenzo de "Bravo!" (1975), novela na qual submeteu-se a uma operação plástica, que foi levada ao ar como sendo uma situação vivida pela personagem.

"Eu sugeri: 'Janete, se você me enrola toda a cara e põe bandagem, quando tirar, vou ter a mesma cara. Por que não fazemos uma plástica?' - 'Você não acha ruim, não?', ela quis saber. 'Eu não. E ainda vou ganhar uma cirurgia. Duas vantagens, porque vou ser a primeira do mundo, numa novela de Janete Clair. Você documenta isso e, se eu morrer na operação, será um documento da morte de Neuza Amaral', argumentei. Janete Clair resolveu fazer, e assim foi feito!"

A doce Emerenciana em "Cabocla" (1979). A rica e insegura Bruna em "Plumas & Paetês" (1980) e a divertida Zefa em "Paraíso" (1982).


Neuza Amaral estreou na carreira cinematográfica em 1967 no filme "A Lei do Cão". No cinema, atuou em cerca de vinte produções nacionais, muitas das quais foram sucesso de crítica e público como "Memórias de um Gigolô" (1970), "Os Machões" (1972), "Como é Boa a Nossa Empregada" (1973), "Quem Tem Medo de Lobisomem?" (1975), "Dedé Mamata" (1987) e "O Que é Isso, Companheiro?" (1997).

Nos anos 90, Neuza Amaral foi eleita vereadora na cidade do Rio de Janeiro e se afastou, gradativamente, dos trabalhos na televisão, resumidos a pequenas participações. Vivia há cerca de dez anos no município de Araruama e trabalhava como controladora geral da cultura da cidade.

Nos últimos anos, lançou dois livros de memórias, "Deixa Comigo" (2008), cuja renda foi revertida para o Lar de São Francisco, asilo de idosos de Araruama, e "Isso Eu Vivi" (2012), onde destaca a sua trajetória na TV, as passagens pela política brasileira, a conversão ao judaísmo, a luta pela hemofilia e pelos direitos dos idosos.

Ela participou do primeiro capítulo da novela "Senhora do Destino" (2004).

Em 2006, fez participações nas novelas "Páginas da Vida", "Cobras & Lagartos" e no programa "Linha Direta"

Seu último trabalho na TV foi na série "Pé na Jaca", da TV Globo, em 2006. 

Morte

Neuza Amaral morreu na quarta-feira, 19/04/2017, no Rio de janeiro, RJ, aos 86 anos. A informação foi confirmada por familiares e pelo Hospital São Vicente de Paula, na Tijuca, onde ela estava internada desde sábado, 15/04/2017. Segundo parentes, a atriz sofreu uma embolia pulmonar. Ela deixou um filho e dois netos.

A morte de Neuza Amaral foi lamentada pela deputada estadual do Rio de Janeiro Cidinha Campos, que em redes sociais destacou que eram amigas havia 60 anos.

Trabalhos

Televisão
  • 1957 - Alma da Noite
  • 1957 - A Mansão dos Daltons
  • 1963 - 2-5499 Ocupado ... Neuza
  • 1963 - Aqueles Que Dizem Amar-Se ... Laura
  • 1964 - As Solteiras ... Andréa
  • 1964 - A Moça Que Veio de Longe ... Regina
  • 1964 - Uma Sombra em Minha Vida ... Jacqueline
  • 1965 - O Céu é de Todos ... Nelly
  • 1965 - Pecado de Mulher ... Neiva
  • 1967 - A Sombra de Rebecca ... Rebecca
  • 1967 - Sangue e Areia ... Encarnación Gallardo
  • 1968 - A Grande Mentira ... Veridiana Albuquerque Medeiros
  • 1969 - Véu de Noiva ... Lourdes Albertini
  • 1970 - Irmãos Coragem ... Branca
  • 1971 - O Homem Que Deve Morrer ... Orjana
  • 1972 - Selva de Pedra ... Walquíria
  • 1973 - Os Ossos do Barão ... Maria Clara Taques
  • 1974 - Fogo Sobre Terra ... Nara
  • 1975 - Bravo! ... Fabiana Di Lorenzo
  • 1976 - Duas Vidas ... Sara
  • 1976 - Estúpido Cupido ... Madre Superiora (PE)
  • 1976 - O Casarão ... Marisa
  • 1978 - O Pulo do Gato ... Lígia
  • 1978 - Pecado Rasgado ... Eunice
  • 1979 - Cabocla ... Emerenciana
  • 1980 - Olhai os Lírios do Campo ... Isabel Cintra
  • 1980 - Plumas & Paetês ... Bruna Sampaio
  • 1981 - Ciranda de Pedra ... Idalina
  • 1982 - Paraíso ... Josefa Barros (Zefa)
  • 1982 - Elas Por Elas ... Amiga de Mário Fofoca (PE)
  • 1983 - Voltei Pra Você ... Maruca
  • 1983 - Louco Amor ... Margarida Lins (PE)
  • 1985 - A Gata Comeu ... Ela Mesma (PE)
  • 1986 - Sinhá Moça ... Inez Fontes
  • 1987 - Brega & Chique ... Lucy
  • 1990 - Rainha da Sucata ... Dalva (PE)
  • 1990 - Delegacia de Mulheres ... Juíza (PE)
  • 1994 - Você Decide (Episódio: Abuso Sexual)
  • 1995 - Tocaia Grande ... Freira (PE)
  • 1996 - Você Decide (Episódio: Um Mundo Cão)
  • 1999 - Força de um Desejo ... Anita (PE)
  • 2004 - Senhora do Destino ... Dona Mena (PE)
  • 2006 - Páginas da Vida ... Amiga de Lalinha (PE)
  • 2006 - Cobras & Lagartos ... Socialite (PE)
  • 2006 - Linha Direta (Episódio: A Bomba do Riocentro)
  • 2006 - Pé na Jaca ... Gema
PE = Participação Especial

Cinema
  • 1967 - A Lei do Cão ... Mãe de Bebeto
  • 1969 - As Duas Faces da Moeda ... Isolda Canaverde
  • 1970 - Memórias de um Gigolô ... Madame Iara
  • 1971 - Rua Descalça
  • 1972 - Os Machões Madame Ribeiro
  • 1972 - Tormento - Mãe de Luís
  • 1973 - Como é Boa Nossa Empregada ... Esposa do Drº Roberto
  • 1973 - Café na Cama ... Zuma
  • 1973 - Obsessão
  • 1975 - Quem Tem Medo de Lobisomem? ... Dona Márcia
  • 1976 - Tem Folga na Direção ... Dona da Boutique
  • 1976 - E as Pílulas Falharam ... Drª Irene
  • 1978 - Amada Amante ... Tide
  • 1978 - Meus Homens, Meus Amores ... Ângela
  • 1979 - Os Trombadinhas ... Laura
  • 1979 - A Pantera Nua ... Marina
  • 1980 - A Deusa Negra
  • 1982 - Pra Frente, Brasil
  • 1984 - Amor Maldito ... Manicure
  • 1988 - Dedé Mamata
  • 1990 - Lua de Cristal
  • 1997 - O Que é Isso, Companheiro?

Fonte: Wikipédia

Vic Militello

VICÊNCIA MILITELLO MARTELLI
(73 anos)
Atriz

☼ São Paulo, SP (17/02/1943)
┼ São Paulo, SP (28/01/2017)

Vicência Militello Martelli, conhecida como Vic Militello, foi uma atriz brasileira nascida em São Paulo, SP, no dia 17/02/1943. Filha da atriz Dirce Militello e do ator Humberto Militello.

Filha de artistas circenses, aprendeu a atuar no picadeiro, com os pais, Dirce Militello e Humberto Militello, apresentando-se em viagens pelo interior do Brasil. Quando criança participou de várias peças de teatro infantil e shows de canto popular.

Durante a adolescência, se aproximou do teatro, destacando-se em "A Celestina" (1969) e em seguida foi convidada para participar da comédia "Deu a Louca no Cangaço" (1969), filme de Fauzi Mansur e Nelson Teixeira Mendes. Logo enveredou pelas pornochanchadas, sendo dirigida até por José Mojica Marin, o Zé do Caixão, no terror erótico "Como Consolar Viúvas" (1976).

Entre "O Poderoso Machão" (1974) e "Eu Faço… Elas Sentem" (1976), acabou encaixando um clássico do cinema brasileiro, "O Rei da Noite" (1975), de Hector Babenco, como uma das três irmãs apaixonadas pelo personagem-título, vivido por Paulo José.

A repercussão do filme de Hector Babenco lhe abriu as portas da TV Globo, onde foi logo escalada para viver seu papel mais famoso, como Joana D’Arc, a Daquinha, fazendo par romântico com Tony Ferreira na novela de época "Estúpido Cupido" (1976), sobre a juventude rebelde dos anos 1950.


Vic Militello ganhou os principais prêmios de interpretação e seus principais trabalhos no cinema foram em "Beijo 2348/72" (1990), "Bellini e a Esfinge" (2001) e "O Homem do Ano" (2003).

Na televisão participou de telenovelas como "Estúpido Cupido" (1976), "Vereda Tropical" (1984) e "Kubanacan" (2003), todas da TV Globo. Na TV Bandeirantes, participou de "Floribella" (2005). Atuou também em "Olho Por Olho" (1988), "Memorial de Maria Moura" (1994), "Uga Uga" (2000) e "Sítio do Pica-Pau Amarelo".

Vic Militello fez parte do Movimento Humanos Direitos, uma organização não-governamental formada sobretudo por artistas brasileiros. Seu propósito é a defesa de direitos humanos no Brasil, além de ser, em virtude da inversão da expressão "direitos humanos", uma conclamação para que os humanos sejam direitos, ou seja, decentes.

Nos palcos, fez fama com seu "Teatro de Terror" nos anos 1990, uma espécie de "Rock Horror Show" brasileiro.

Seu último trabalho foi na comédia "Amanhã Nunca Mais" (2011), de Tadeu Jungle. Como a sogra do protagonista, vivido por Lázaro Ramos, foi responsável pelas melhores tiradas da produção.

Morte

Vic Militello faleceu no sábado, 28/01/2017, aos 73 anos, devido a complicações de um câncer. Ela lutava contra um câncer desde 2013.

A morte de Vic Militello foi confirmada por sua neta Juliana Martelli Machado, no Facebook.

"Eh com muita tristeza que venho informar o falecimento da minha avó Vic Militello. Obrigada a quem rezou ou orou por ela. Agora ela descansou."
O velório da atriz aconteceu no Teatro de Arena de São Paulo, no sábado, 28/01/2017, às 20h30 e o sepultamento no domingo, 29/01/2017, no Cemitério do Araçá, em São Paulo.

Carreira

Televisão
  • 1967 - Sítio do Pica-Pau Amarelo
  • 1976 - Estúpido Cupido ... Joana d'Arc
  • 1980 - Um Homem Muito Especial ... Iolanda
  • 1980 - Drácula, Uma História de Amor ... Yolanda
  • 1980 - As Cinco Panelas de Ouro ... Dona Emília Mourão
  • 1984 - Vereda Tropical ... Teda Bara
  • 1988 - O Primo Basílio ... Carvoeira
  • 1988 - Olho Por Olho ... Otávia
  • 1994 - Memorial de Maria Moura ... Agatha
  • 1994 - Você Decide (1 Episódio)
  • 1995 - Tocaia Grande ... Dora Pão-de-Ló
  • 2000 - Uga Uga ... Dominatrix
  • 2003 - Kubanacan ... Vicky
  • 2005 - Floribella ... Helga Beethoven
  • 2005 - Sítio do Pica-Pau Amarelo ... Mulher-barbada

Cinema
  • 1969 - Deu a Louca no Cangaço
  • 1974 - Onanias, o Poderoso Machão
  • 1975 - O Rei da Noite ... Maria das Graças
  • 1975 - Eu Faço... Elas Sentem
  • 1976 - Como Consolar Viúvas ... Marieta
  • 1976 - Pesadelo Sexual de Um Virgem
  • 1981 - As Prostitutas do Drº Alberto ... Marta
  • 1987 - Romance da Empregada ... Amiga de Fausta
  • 1990 - Beijo 2348/72 ... Madame
  • 1996 - Correspondência ... Dona Maria
  • 2001 - Bellini e a Esfinge
  • 2002 - Xuxa e os Duendes 2 - No Caminho das Fadas ... Bruxa Desdêmona
  • 2003 - O Homem do Ano ... Tia Laura
  • 2005 - Mais Uma Vez Amor ... Vizinha em São Paulo
  • 2010 - A Guerra dos Vizinhos ... Dona Lurdes
  • 2011 - Amanhã Nunca Mais ... Olga

Prêmios:
  • 1996 - Melhor Atriz em Curta-metragem por "Correspondência" (Festival de Brasília)

Tibério Gaspar

TIBÉRIO GASPAR RODRIGUES PEREIRA
(73 anos)
Cantor, Compositor, Produtor Musical e Violonista

☼ Rio de Janeiro, RJ (11/09/1943)
┼ Rio de Janeiro, RJ (15/02/2017)

Tibério Gaspar Rodrigues Pereira foi um violinista, produtor musical e compositor brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 11/09/1943. Gaspar é autor de várias composições que foram sucessos na voz de Wilson Simonal, além de "Sá Marina", "BR-3" e "Teletema".

Iniciou sua carreira profissional em 1967, trabalhando em parceria com Antônio Adolfo. As primeiras composições da dupla foram "Caminhada", finalista do II Festival Internacional da Canção (FIC), "Tema Triste" e "Rosa Branca". Ainda nesse ano, teve registrado pela primeira vez seu trabalho de compositor, com a gravação da composição "Caminhada", por Agostinho dos Santos.

Em 1968 "Sá Marina" (Tibério Gaspar e Antônio Adolfo) foi gravada, com enorme sucesso, por Wilson Simonal. Também nesse ano, trabalhou na produção e direção musical do evento "Música Nossa" (Teatro Santa Rosa, RJ), ao lado de Roberto Menescal, Mário Telles, Ugo Marotta e Paulo Sérgio Valle.

Em 1969 participou do IV Festival Internacional da Canção (FIC) com "Juliana" (Tibério Gaspar e Antônio Adolfo), defendida pelo conjunto A Brazuca e classificada em 2º lugar no evento.

Em 1970 representou o Brasil na Olimpíada da Canção de Atenas, na Grécia, com "Teletema" (Tibério Gaspar e Antônio Adolfo), defendida por Evinha e classificada em 2º lugar. Nesse mesmo ano, venceu o V Festival Internacional da Canção (FIC) com "BR3" (Tibério Gaspar e Antônio Adolfo), defendida por Tony Tornado e Trio Ternura.

Participou, como compositor, de trilhas sonoras para o cinema, com destaque para os filmes "O Matador Profissional" (1969), "Balada dos Infiéis" (1970), "Ascenção e Queda De Um Paquera" (1970), "Memórias De Um Gigolô" (1970), "O Enterro Da Cafetina" (1971), "Romualdo e Juliana" (1971) e "Beth Balanço" (1984).


Ainda como compositor, teve músicas incluídas em trilhas sonoras de novelas da TV Globo, como "Véu De Noiva" (1969), "Verão Vermelho" (1969), "Assim Na Terra Como No Céu" (1970), "Irmãos Coragem" (1970) e "O Cafona" (1971).

Classificou composições em vários festivais, tais como II Canta Rio-Sul, Festival de Alegre, Festival de São Silvério, Festival de São Simão, Festival de Pinheiros, Festival de Boa Esperança, XV Festival Antense da Canção, Festival de Ilha Solteira, Festival de Piraí, Festival de Juiz de Fora, Festival de Diamantina, Festival de Itumbiara e Festival de Montanha, além dos já citados. 

Tibério Gaspar participou da produção de discos de artistas como Antonio Adolfo & A Brazuca, Ruy Maurity, Tony Tornado, Cristina ConradoEudes Fraga, entre tantos outros, além de ter assinado, para a Prefeitura de Sapucaia, a produção do CD do "XV Festival Antense da Canção".

Trabalhou também na área publicitária, tendo ocupado, em 1977 e 1978, o cargo de diretor geral da Aquarius Produções, responsável pela produção de inúmeras peças publicitárias para todo o Brasil. Compôs jingles para clientes como Leite Gogó, Sérgio Dourado, Caixa Econômica Federal, Adidas, Caderneta de Poupança Letra, Caderneta de Poupança Delfim, Carrocerias Randon, Sudantex, Lanjal, Coca-Cola, dentre outros.

Criou e produziu, em 1986, o jingle institucional de fim de ano da Rede Manchete de Televisão.

Como produtor de televisão, atuou, com Lúcio Alves no III Festival Universitário (TV Tupi) e no programa "Som Livre Exportação" da TV Globo, no qual participou também como apresentador, ao lado de Elis Regina, Rita Lee, Suzana de Moraes e Ivan Lins.

Antonio Adolfo e Tibério Gaspar
Trabalhou na produção e direção de shows de artistas como Ruy Maurity e Belchior (Teatro Carioca), Antonio Adolfo & A Brazuca (Teatro Casa Grande), Johnny Alf (Teatro de Bolso), Tony Tornado (Teatro Copacabana Palace), Maria Alcina (Teatro Copacabana Palace), Nonato Buzar (Hotel Intercontinental), Leonardo Ribeiro (Vinicius Piano Bar), Cristina Conrado (People e Mistura Fina), além de ter dirigido a cantora Elza Soares no show "Passaporte" (Teatro Rival).

Como intérprete de suas composições, lançou, em 2002, o CD "Tibério Canta Gaspar".

Em 2004 o parceiro Sidney Mattos interpretou as faixas "Ia-Kekerê" e "Nossos Meninos", parceria de ambos, no CD "Boas Novas", de Sidney Mattos.

Em 2005 representou o Brasil no Festival Internacional de Viña del Mar com a composição "Matilde" (Tibério Gaspar e Guto Araújo), interpretada pela cantora Cristina Conrado.

No ano de 2015 lançou o CD "Caminhada", no qual interpretou as faixas "A Voz Da América" (Tibério Gaspar e Nonato Buzar), "Caminhada" (Tibério Gaspar e Antônio Adolfo), "Companheiro" (Tibério Gaspar e Naire Siqueira), "Coração Maluco", "Dança Mineira" (Tibério Gaspar e Aécio Flávio), "Dono Do Mundo" (Tibério Gaspar e Antônio Adolfo), "Luz Na Escuridão", "O Melhor Amigo", "Será Que Eu Pus Um Grilo Na Sua Cabeça?" (Tibério Gaspar e Guilherme Lamounier), "Sideral" (Tibério Gaspar, Durval Ferreira e Valdir Granthon), "Vê Ser Vê" (Tibério Gaspar e Rubão Sabino) e "Vitória Do Bem" (Tibério Gaspar).

Entre seus intérpretes constam Wilson Simonal, Erasmo Carlos, Leoni, Cristina Conrado, Elis Regina, Luiz Melodia, Denise Pinaud, Antonio Adolfo & A Brazuca, Agostinho dos Santos, Andréa Montezuma, Pery Ribeiro, Golden Boys, Paula Toller, Tim Maia, Marinês, Maysa, Emílio Santiago, Wanderléa, Tony Tornado, Regininha, Evinha, Claudette Soares, Dóris Monteiro, Luiz Cláudio, Luiz Camilo, Taiguara, Zizi Possi, Dalto, Leonardo Ribeiro, Toots Thieleman, Antoine, Herb Albert & Tijuana Brass, Sérgio Mendes & Brasil 77, Earl Klug, Joe CockerStevie Wonder, Márcio Lott, entre tantos outros.

Morte

No dia 29/01/2017, o músico passou mal no Teatro Glaucio Gill, na passagem de som para um show em homenagem a Tom Jobim, e foi levado para o Hospital Miguel Couto. No período em que ficou internado, sua saúde piorou com uma infecção e ele veio a falecer vítima de septicemia às 12h00 de quarta-feira, 15/02/2017, aos 73 anos, no Rio de Janeiro, RJ.

O velório de Tibério Gaspar aconteceu na quinta-feira, na capela 9 do Cemitério São João Batista. O sepultamento foi às 17h00.

Pelo Facebook, Antônio Adolfo lamentou a morte do artista:

"Profundamente triste com o falecimento de meu querido amigo e parceiro. Vamos ficar com a lembrança de Tibério, amigo de todas as horas, grande poeta, compositor, e tantas outras qualidades: justiça, raça, fibra, carisma, dedicação ao próximo etc. Gostaria de ter sua poesia para poder escrever coisas mais bonitas e profundas, como as que você sempre escreveu e mereceu!"

Discografia
  • 2015 - Caminhada (Selo Kriok Produções, CD)
  • 2002 - Tibério Canta Gaspar (Independente, CD)