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Hélio Eichbauer

HÉLIO EICHBAUER
(76 anos)
Cenógrafo

☼ Rio de Janeiro, RJ (21/10/1941)
┼ Rio de Janeiro, RJ (20/07/2018)

Hélio Eichbauer foi um cenógrafo brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 21/10/1941. Foi um dos principais renovadores da cenografia brasileira moderna. Transitou por várias gerações de artistas, colaborando com idéias arrojadas para muitas encenações importantes da produção nacional. Em lugar dos recursos ilustrativos ou descritivos, propunha a metáfora, a livre-interpretação, o papel autoral do cenário na concepção artística do espetáculo.

Entre 1962 e 1966 estudou com o cenógrafo Josef Svoboda, em Praga, na Tchecoslováquia, atual República Tcheca. Em 1965, acumulou alguns estágios por países da Europa, como Alemanha, França e Itália. Durante este período fez cursos sobre os diversos segmentos da cenografia como iluminação, marcenaria, figurino, entre outros.

No ano de 1967 trabalhou em Cuba, no Teatro Studio de Havana. De volta ao Brasil, realizou trabalhos em diversas áreas da arte brasileira, como óperas, teatro e shows de música popular.

Também em 1967 é premiado com o Molière pelo cenário de "Verão", de Romam Weingarten, sob a direção de Martim Gonçalves, com quem trabalhou novamente em "Álbum de Família", de Nelson Rodrigues, na Venezuela, em 1969. Nessa produção, o palco se tornou uma grande tela fracionada, superfície de projeção de imagens em fragmentos, que servia de contraponto ao diálogo, apresentando o mundo interior das personagens.

Hélio Eichbauer ganhou diversos prêmios, como a medalha de ouro pelo conjunto da obra em teatro, na cidade de São Paulo, no ano de 1969 e a Triga de Ouro em arquitetura teatral e cenografia, na 2ª Quadrienal de Praga, realizada em 1971


Hélio Eichbauer assinou a cenografia da antológica peça "O Rei da Vela", escrita em 1933 por Oswald de Andrade e encenada pelo Teatro Oficina em 1967, com a direção de José Celso Martinez Corrêa. Nessa montagem, Hélio Eichbauer fez da cenografia um grande marco na história do teatro. O cenário se renovava a cada ato. No primeiro, para compor o escritório de Abelardo I, o cenógrafo uniu o realismo ao expressionismo, que nesse caso não obedece as características do estilo, mas sim uma justaposição da obra ao ambiente intelectual na qual foi feita. No segundo ato fez uma alusão ao Teatro de Revista e mostrou em um telão pintado por ele mesmo a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. No terceiro e último ato, volta ao escritório de Abelardo I, mas com uma diferença: Há a presença de uma cortina vermelha em todo o cenário, simbolizando a morte de Abelardo I.

No cenário de "O Rei da Vela", Hélio Eichbauer inovou, trazendo para o palco elementos que se aproximavam muito da charge, da caricatura.

Encontrou as soluções mais inteligentes, usando o deslocamento de elementos no cenário, palco giratório, conseguindo passar para o público a complexa mensagem sem ser direto. Com a criação do cenário de "O Rei da Vela"Hélio Eichbauer ganhou os seguintes prêmios: Governador do Estado de São Paulo e Associação Paulista de Críticos Teatrais (APCT).


Quando completou 30 anos de profissão, na década de 1990, Hélio Eichbauer já tinha acumulado uma extensa lista de trabalhos, totalizando 130 em teatro, 13 exposições, além disso, reunia 28 prêmios.

Seu trabalho serve como exemplo para vários cenógrafos, pois renovou a cenografia brasileira com suas idéias arrojadas. Hélio Eichbauer modificou os recursos usados, propondo a metáfora, a livre interpretação e o papel autoral na concepção artística do espetáculo. Levou também suas criações a outras áreas artísticas, como vídeo e cinema. Ensinou cenografia em diversas universidades e escolas de teatro, como a Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Artes Visuais, Universidade do Rio de Janeiro, Ateneo de Caracas, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Escola de Teatro Martins Pena.

Quando completou 40 anos de carreira, em 2006, Hélio Eichbauer foi homenageado com uma bela exposição no Centro Cultural dos Correios.

Seus últimos trabalhos foram em 2017 como cenógrafo dos shows de Chico Buarque e Caetano Veloso.

Hélio Eichbauer foi casado com Dedé Gadelha Veloso, ex-esposa de Caetano Veloso.

Morte

Hélio Eichbauer faleceu na sexta-feira, 20/07/2018, aos 76 anos, em sua casa, no Rio de Janeiro, vítima de um infarto fulminante. O velório aconteceu no domingo, 22/07/2018, na Capela 8 do Memorial do Carmo, das 10h00 às 16h00.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #HelioEichbauer

Mamede Paes Mendonça

MAMEDE PAES MENDONÇA
(80 anos)
Empresário

☼ Ribeirópolis, SE (05/08/1915)
┼ São Paulo, SP (21/10/1995)

Mamede Paes Mendonça foi um empresário brasileiro, nascido em Ribeirópolis, SE, no dia 05/08/1915, pioneiro no ramo de supermercados no Brasil e fundador do Paes Mendonça, uma das maiores redes varejistas do país.

Filho de Eliziário e de Maria da Conceição, membros de uma família pobre de agricultores, que sobreviviam do que plantavam e colhiam em um pequeno lote de terra, num povoado do Município de Ribeirópolis, estado de Sergipe, chamado Serra do Machado, localizado numa região sofrida pelas longas estiagens.

Ainda muito jovem, aos 15 anos de idade, Mamede descobriu o comércio, vendendo farinha na feira, em sua cidade natal. Disposto a abandonar a roça, juntou dinheiro embaixo do colchão durante seis anos.

No ano de 1936, aos 21 anos de idade, havia poupado 1500 réis, que foram empregados na compra de uma pequena padaria, no município de Ribeirópolis.

Os negócios na pequena padaria iam bem, mas Ribeirópolis era um pequeno distrito, e Mamede entendia que era preciso crescer, ir para um grande centro da região, com um comércio maior e mais desenvolvido.

Assim, quatro anos mais tarde, em 1940, abriria um armazém de secos e molhados na cidade de Itabaiana, SE.

Em Itabaiana, os negócios cresciam, e a região começava a ficar pequena, Mamede partiu, então, para a capital, Aracaju, onde, em 1947, abriu filial, também com um armazém de secos e molhados.


Desde o primeiro comércio em Ribeirópolis, Mamede viajava muito para a Bahia, uma vez que sua capital, Salvador, era o centro abastecedor da região. Lá comprava as mercadorias para revender no seu comércio.

A convivência frequente com Salvador foi se tornando muito sedutora, para Mamede, que percebeu que para crescer teria que ir para aquela cidade, o que fez, em 1951, instalando-se na Praça Marechal Deodoro, com um loja de atacado, vendendo secos e molhados. Neste momento, o grande passo tinha sido dado.

Na década de 50, quando chegou em Salvador, a cidade era abastecida pelos armazéns, a maioria deles pertencente a comerciantes espanhóis e portugueses. Havia também as feiras-livres, como Água de Meninos e a das Sete Portas, que eram as mais conhecidas e procuradas. Prevalecia na época o sistema de venda por caderneta. O consumidor comprava semanalmente, ou por mês, através de caderneta. O pagamento era feito logo, contra a entrega da mercadoria, ou quando ele recebia seu salário, no fim do mês.

Anos mais tarde, nos idos de 1959, em viagem à Argentina, para comprar alpiste - que, na época, andava em falta no Brasil - conheceu alguns supermercados. Na volta, passando por Montevidéu, Uruguai, observou outras lojas em formato semelhante. Gostou e se convenceu de que aquele era o futuro do comércio de alimentos, retornando decidido a ser o pioneiro daquela nova forma de vender, na Bahia.

Assim, em 1959, é aberta a primeira de auto-serviço, supermercado, na Bahia, uma ideia avançada a época.


No dia 02/12/1959, inaugurou um pequeno supermercado no bairro de Nazaré, em Salvador, mais precisamente à Rua Jogo do Carneiro. Nascia ali a loja 1.

Os resultados positivos da primeira loja de supermercados o animou a continuar expandindo o setor. Menos de um ano depois, em 27/08/1960, inaugurou a loja 2, no Edifício Oceania, na Barra.

Em 1961, era inaugurada a loja 3 da Rua Visconde de São Lourenço, no forte de São Pedro. Em seguida, a loja 4, na Baixa dos Sapateiros.

Quando completou 25 anos em Salvador, inaugurou a loja 25. E aí por diante, atingindo e passando em muito o sonho/meta que tinha de completar 100 lojas, chegando ao pico de 156, em 4 estados do Brasil, Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

A loja 100 foi inaugurada na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ, tida, na época, como o maior Hipermercado do Brasil e terceiro maior do mundo.

Mamede Paes Mendonça era casado com Lindaura Andrade, com quem teve seis filhos. Era irmão de Pedro Paes Mendonça e tio de João Carlos Paes Mendonça.

Em vida, foi condecorado com diversos títulos, tais como: Comendador, conferido pelo Governo de Portugal; Diploma da Fraternidade Sacerdotal de Sergipe e Amigo da Marinha. Em 1984, Mamede Paes Mendonça recebeu ainda o título de Cidadão Baiano, pela Assembleia Legislativa da Bahia.

Apesar da idade, Mamede Paes Mendonça estava à frente dos negócios. Exercia a presidência do grupo. O faturamento do grupo em 1994 foi de US$ 805 milhões. Para 1995 a previsão era de US$ 947 milhões.

Morte

Mamede Paes Mendonça faleceu no sábado, 21/10/1995, em São Paulo, SP, aos 80 anos, no Hospital Albert Einstein, onde estava internado há um mês. A causa da morte foi insuficiência respiratória em decorrência de câncer. Mamede Paes Mendonça tinha quatro pontes de safena.

O sepultamento ocorreu na segunda-feira, 23/10/1995, às 11h00 no cemitério Corpo Santo, em Salvador, BA.

Fonte: WikipédiaFolha de S.Paulo
#FamososQuePartiram #PaesMendonça

Major Elza

ELZA CANSANÇÃO MEDEIROS
(88 anos)
Militar

* Rio de Janeiro, RJ (21/10/1921)
+ Rio de Janeiro, RJ (08/12/2009)

Major Elza era filha do médico sanitarista Tadeu de Araújo Medeiros, amigo de Alberto Santos Dumont e auxiliar direto de Oswaldo Cruz na campanha contra a febre amarela.

Com os pais, alagoanos aprendeu a atirar ainda na adolescência. Com as governantas alemãs que serviram a sua família na Copacabana da década de 30, aprendeu música e idiomas. Foi à primeira brasileira a se apresentar como voluntária, na Diretoria de Saúde do Exército, para lutar na Segunda Guerra Mundial, aos 19 anos de idade. Embora sonhasse em lutar na linha de frente, teve que se conformar em seguir como uma das 73 enfermeiras no Destacamento Precursor de Saúde da Força Expedicionária Brasileira, uma vez que o Exército Brasileiro, à época, não aceitava mulheres combatentes.

Com a criação do Quadro de Enfermeiras da Reserva do Exército pelo Decreto nº 6097 de 13/12/1943 e dado o pequeno número de enfermeiras profissionais existentes, foram aprovadas as instruções para o Curso de Emergência de Enfermeiras da Reserva do Exército (CEERE), do qual participou, na sua primeira turma, em 1944.

A instrução ministrada pelo Curso de Emergência de Enfermeiras da Reserva do Exército, na cidade do Rio de Janeiro, ocorria em três turnos ao longo do dia: logo cedo pela manhã, no Hospital Central do Exército, havia a prática hospitalar. A partir da 13 horas, instrução teórica no Quartel General do Exército e das 15 horas em diante, ordem unida, no Colégio Militar. Nos outros dias da semana, ocorriam os treinamentos de educação física na fortaleza de São João na Urca e de natação, na Tijuca.

A 25/03/1944, o Boletim Interno nº 70 publicava a relação da classificação intelectual da primeira turma de enfermeiras formadas pelo Curso de Emergência de Enfermeiras da Reserva do Exército. Foram três as primeiras colocadas no curso, todas com o grau de 9,5: Maria do Carmo Correa e Castro, Berta Moraes e Elza Cansanção Medeiros. Elza, por ser a mais nova dentre as três ficou em terceiro lugar na classificação final de curso. Coube a ela, porém, a honra de ser a oradora da turma e mais tarde, quando do envio das tropas brasileiras à Itália, foi ela a primeira convidada para integrar o Destacamento Precursor de Saúde que seguiu para aquele país, em 09/07/1944.

Concluído o Curso de Emergência de Enfermeiras da Reserva do Exército, as ex-alunas foram nomeadas Enfermeiras de 3º classe. Elza, e mais quatro colegas concluintes do curso foram integradas, em 22/04/1944, ao Destacamento Precursor de Saúde que tinha por missão embarcar a 08 de julho com destino à Nápoles, e lá chegando - o que ocorreu a 15 de julho - recepcionar os cinco mil brasileiros do 1º Escalão da Força Expedicionária Brasileira bordo do navio General Mann.

Mas na mesma noite de sua chegada à Nápoles, Elza havia sido informada que os alemães estavam cientes da movimentação brasileira e de que haviam prometido uma festa de boas vindas para a tropa que deveria chegar no dia seguinte. A noite inteira foi feita uma barragem de artilharia antiaérea. O espetáculo era muito bonito, uma vez que os disparos das antiaéreas eram com balas traçantes verde e vermelho.

"Depois de apreciar o espetáculo por algum tempo, resolvi ir deitar-me . Para abafar o barulho da artilharia, coloquei sobre a cabeça o travesseiro e dormi."

Na manhã do dia 16 de julho, deu-se o batismo de fogo da enfermeira Elza. Designada para a seção hospitalar brasileira do 45th Field Hospital, Elza foi incumbida de receber cerca de 300 brasileiros que chegaram baixados do General Mann e que para aquele hospital haviam sido encaminhados. Distribuídos nas várias enfermarias que compunham o 45th Hospital, os pracinhas ficaram também sob os cuidados das enfermeiras e dos médicos norte-americanos. Dado que os brasileiros e os norte-americanos não compreendiam o idioma um do outro, a enfermeira Elza foi também intérprete, tendo seu nome bradado pelos alto-falantes do hospital inúmeras vezes:

"Miss Medeiros, please, ward 5th! Miss Medeiros, Ward 9th!"

De volta ao Brasil, passou os dois anos seguintes viajando e, em 1947, ingressou, por concurso público, no serviço médico do Banco do Brasil, cargo que ocupou nos doze anos seguintes, período o qual se graduou jornalista, recebeu sua carta patente de 2º Tenente, além de vários elogios e medalhas pelo seus serviços de campanha, das quais a de Guerra, a de Bronze, a da Cruz Vermelha Brasileira e a de Santos Dumont. Publicou também seu primeiro livro sobre a odisséia da Força Expedicionária Brasileira nos campos da Itália: "Nas Barbas do Tedesco" (1955).

Por força da lei nº 3160, de 01/06/1957, as enfermeiras voluntárias da Força Expedicionária Brasileira que desejassem poderiam requerer sua reversão ao serviço ativo, no Serviço de Saúde do Exército, no posto de 2º Tenente. Elza, por ocasião da lei é convocada e, a 19/09/1957, reingressa no Exército, ficando adida à Diretoria Geral de Saúde.

De 1957 a 1962 serviu em várias unidades, foi condecorada pelo governo do Paraguai com a medalha Abnegacion y Constancia Honor al Merito, apresentou trabalhos em congressos de Medicina Militar e de Enfermagem e proferiu palestras às turmas de formação da Escola de Saúde do Exército. Em todas as atividades que participou destacou-se pelo profissionalismo e recebeu inúmeros elogios. Como resultado, a 21/09/1962, o Ministro da Guerra resolveu promovê-la ao posto de 1º Tenente Enfermeira, a contar de 25 de agosto daquele ano.

De 1963 a 1965 ficou agregada, a fim de reassumir suas funções no Banco do Brasil. Em janeiro de 1965 passou a disposição do Serviço Nacional de Informações lá permanecendo até junho de 1966. Reverteu uma vez mais ao serviço ativo do Exército em 22/11/1965. A 24 de outubro deste ano foi agraciada com a Medalha do Pacificador. Serviu na Policlínica Central do Exército e na Clínica de Cardiologia. Continuou a proferir palestras na Escola de Saúde e a receber elogios de todos que lhe privam da vida profissional.

Por força do agravamento de seu estado de saúde e de um diagnóstico confirmado de espondilo artrose anquilisante - moléstia adquirida em zona de combate - a 12/04/1976, aos 54 anos, a 1º Tenente Enfermeira Elza foi reformada dois postos acima na hierarquia militar, como Major. Atualmente, neste posto, foi reconhecida como a Decana das mulheres militares do Brasil.

Além de brilhante carreira militar, formou-se em Jornalismo, História das Américas, Psicologia, Parapsicologia, Turismo e Relações Humanas. Com conhecimentos de mecânica, escultura, pintura e tapeçaria, deu a volta ao mundo duas vezes, esteve na Antártida, aprendeu a pilotar ultraleves aos sessenta anos de idade.

Fundou e dirigiu duas revistas e assinou várias colunas em jornais do Rio de Janeiro e de Recife, tendo escrito três livros sobre a sua participação na Segunda Guerra. Apresentou ainda inúmeros trabalhos em congressos de medicina militar, com especial destaque para as Sugestões para a criação de um Corpo Auxiliar Feminino para as Forças Armadas, base para a abertura das Forças Armadas do Brasil à participação das mulheres.

Membro da Academia Alagoana de Cultura, atualmente, dedicava-se à preservação da memória fotográfica da Força Expedicionária Brasileira. Major Elza é detentora de 36 condecorações militares e paramilitares, destacando-se a:

  • Ordem do Mérito Militar - Nos graus de Cavaleiro e Oficial;
  • Medalha de Campanha da Força Expedicionária Brasileira;
  • Medalha do Mérito Tamandaré;
  • Meritorius Service United Plaque (Exército dos Estados Unidos);
  • Medalha de Guerra;
  • Medalha do Soldado Polonês Livre;
  • Medalha Ancien Combatant du Tatre du Operacion du L’Orope - França (única mulher a ser agraciada).

Major Elza faleceu vitima de complicações após uma queda em que o fêmur foi fraturado. O corpo da Major Elza foi cremado após o velório que aconteceu no salão nobre do Palácio Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

Fonte: Rota Aérea

Alziro Zarur

ALZIRO ABRAÃO ELIAS DAVID ZARUR
(64 anos)
Jornalista, Radialista, Poeta, Escritor,
Fundador e Primeiro Presidente da Legião da Boa Vontade

* Rio de Janeiro, RJ (25/12/1914)
+ Rio de Janeiro, RJ (21/10/1979)

Filho de imigrantes árabes, Ássima e Elias Zarur, foi aluno brilhante do Colégio Dom Pedro II e já nesse tempo demonstrava seu pendor para o jornalismo e para a liderança: Depois de escrever em todos os órgãos do colégio, fundou o próprio jornal, O Atalaia, e foi chamado para dirigir o órgão oficial, Boletim do Colégio Pedro II.

Aos 15 anos, ingressou como jornalista profissional no matutino A Pátria, de João do Rio, sob a direção de Diniz Júnior.

Dono de uma voz tocante, participou da chamada "Era de Ouro" do rádio brasileiro. Criou os programas "Enciclopédia Literária", "Você Não Tem Consciência!", "Gatinhos e Sinucas", "Teatro de Gente Nova", "Policial Zarur" e "As Aventuras de Sherlock Holmes". Transcrevendo a obra de Arthur Conan Doyle para a linguagem radiofônica, Alziro Zarur lançou o programa policial educativo no país, encerrando todas as produções com a sentença: "O Bem nunca será vencido pelo Mal".

Tendo sido criado por sua avó no catolicismo Romano e frequentado diversos círculos religiosos - templos protestantes, centros espíritas, sociedades positivistas, etc - Alziro Zarur afastou-se dos círculos sociais durante um ano, entre 1948 e 1949, vivenciando um "exílio espiritual" para planejar, em pormenores, a obra que viria a fundar.


Assim, em 04/03/1949, criou o programa "A Hora da Boa Vontade" na Rádio Globo. O programa, de forte cunho religioso, destinava-se principalmente aos doentes do corpo e da alma. Obteve índices estrondosos de audiência, mas foi muito criticado por pessoas do meio radiofônico, que viam a iniciativa de Alziro Zarur ora como um mero modismo, ora como fanatismo, ou ainda como maneira de projetar-se para futuros empreendimentos políticos.

Em 1950, fundou a Legião da Boa Vontade (LBV), com o objetivo de promover o diálogo inter-religioso e contribuir para o desenvolvimento solidário por meio de ações nas áreas social, educacional, cultural e filosófica.

Com o estabelecimento da Legião da Boa VontadeAlziro Zarur iniciou a Cruzada de Religiões Irmanadas, em prol da união das crenças, na busca pela paz. Teve adesão de diversos padres, pastores, líderes espíritas e lideranças de outros segmentos doutrinários. No entanto, oito anos depois abandonou o projeto dessa Cruzada alegando o despreparo das autoridades religiosas para o ecumenismo. Porém, sua preocupação em respeitar as diferentes religiões foi reconhecida pelo Vaticano. Alziro Zarur recebeu do Núncio Apostólico Dom Sebastião Baggio a Medalha do Papa Paulo VI, "por serviços prestados à causa do Ecumenismo".

Em 1958, casou-se em cerimônia na Igreja Ortodoxa, religião de seus pais. A partir desta mesma data, concentrou a atuação da Legião da Boa Vontade na promoção da caridade.


Pelas ondas da Rádio Mundial, controlada por ele mesmo, Alziro Zarur motivou por todo o Brasil a formação de grupos particulares que promoviam ações beneficentes em nome da Legião da Boa Vontade.

Concedeu entrevistas em todas as emissoras de televisão da época. Realizou programas culturais, dentro da série "O Povo Quer Saber" e "O Show é Zarur", respondendo sobre os mais variados assuntos, com auditórios lotados. Dava grande ênfase ao Novo Mandamento dado por Jesus Cristo: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei".

Na Rádio Mundial, de 1956 à 1966, divulgou toda a Bíblia Sagrada, de meia em meia hora, durante as 24 horas do dia, fato único em todo o mundo.

E, 1965, quando o Rio de Janeiro comemorava 400 anos de sua fundação, Alziro Zarur foi homenageado com o título de "Radialista do IV Centenário". Recebeu também, com mais nove descendentes de sírios e libaneses, a Condecoração da Liga dos Estados Árabes (LEA), das mãos de seu ministro Plenipotenciário.

Atendendo ao pedido dos senadores Petrônio Portella e Nelson Carneiro, analisou a Lei de Diretrizes e Bases Para o Ensino, sugerindo que ela fosse complementada por uma Lei de Diretrizes e Bases Para a Educação, baseada em valores morais e princípios espirituais.

Sócio remido da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Radiodifusão (ABR) e um dos pioneiros do Sindicato dos Jornalistas, Alziro Zarur criou a Associação Brasileira de Cronistas Radiofânicos (ABCR). Também lançou, em outubro de 1975, os fundamentos da Academia Brasileira de Escritores de Televisão, Rádio e Imprensa (ABETRI).


Em 24 de junho de 1964, fundou uma espécie de partido político, O Partido da Boa Vontade (PBV), que, no entanto, nunca chegou a funcionar como verdadeiro partido. O partido nasceu para "atender a uma exigência espiritual do povo brasileiro" segundo Alziro Zarur, que pretendia se lançar à presidência em 1965. O O Partido da Boa Vontade foi cassado em 1965, por força do artigo 18 do Ato Institucional Nº 2, de 27/10/1965, juntamente com vários outros partidos.

Em outubro de 1973, proclamou em Maringá a instalação na Terra da Religião de Deus, a 4ª Revelação de Deus aos Homens, as demais haviam sido a revelação a Moisés, a revelação a Jesus Cristo e a revelação dos espíritos superiores a Allan Kardec. Na ocasião, prometeu um Templo Ecumênico a ser erigido em Brasília, o qual foi concretizado anos depois por seu sucessor José de Paiva Netto.

Alziro Zarur também fundou a Agência Paz Promoções, que passou a ser responsável pelos lançamentos literários da Legião da Boa Vontade.

Em 1976, Alziro Zarur sagrou-se campeão mundial de permanência no ar, com a impressionante marca de 33 mil audições.

Após a morte de Alziro Zarur em 1979, sua esposa Iracy Zarur sucedeu-o juntamente com seus filhos Paulo e Pedro, tendo tomado posse numa Assembleia Magna em dezembro de 1979 (Jornal Última Hora de 05/12/1979). José de Paiva Netto tornou-se o presidente da instituição em 1980.

Fonte: Wikipédia

Milton Carlos

MILTON TACINO FANTUCCI FILHO
(21 anos)
Cantor e Compositor

* São Paulo, SP (13/11/1954)
+ São Paulo, SP (21/10/1976)

Irmão da compositora Isolda e seu grande parceiro musical. Começou a interessar-se pela música, ainda criança, fazendo estórias e músicas para teatrinhos de bonecos com a irmã.

Atuou com a irmã, Isolda, como backing vocal.

Gravou seu primeiro disco em 1970, tendo como destaque as músicas "Desta Vez Te Perdi", "Tudo Parou", "Eu Vou Caminhar" e "Um Presente Para Ela", parcerias com Isolda.

Em 1973, gravou "Samba Quadrado" e "Você Precisa Saber das Coisas", também parcerias com a irmã. Nesse mesmo ano, teve a primeira de suas composições gravadas por Roberto Carlos, "Amigos, Amigos".

Dois anos depois, lançou novo LP que trazia algumas de sua composições com Isolda, entre as quais, "Amanhã é Outro Dia", "Foi Ela Um Tema de Amor", "Eu Juro Que Te Morreria Minha" e "Tele-rodovia".

Em 1976, Roberto Carlos emplacaria dois grandes sucessos de Milton Carlos e Isolda: "Pelo Avesso" e "Um Jeito Estúpido de Te Amar".

Nesse ano, 1976, o quarto LP de Milton Carlos foi lançado, trazendo novas composições suas com Isolda, como "Uma Valsa", "Por Favor" e "Último Samba-Canção".

Seu último LP foi lançado em 1977, com novas parcerias com a irmã, tais como "Enredo", "Ana Cláudia", "Maria de Tal" e "Saudade do Bexiga". Quando faleceu, fazia grande sucesso nas rádios com a regravação da marchinha "Dorinha Meu Amor", de J. Francisco de Freitas.

Morte

Milton Carlos faleceu no dia 21/10/1976 vítima de um acidente automobilístico, mas deixou vários marcos musicais em parceria com sua irmã Isolda como: "Jogo de Damas", "Elas Por Elas", "Um Jeito Estúpido de Te Amar" e "Pelo Avesso", conhecida na voz do Roberto Carlos.

Milton Carlos está sepultado no Cemitério Quarta Parada, Quadra 105, Terreno 104-B, em São Paulo, SP.

Uma Breve História
Por Bruno Negromonte

A década de 70 foi uma das mais profícuas para a Música Popular Brasileira em vários segmentos, foi a década que surgiu nomes como Belchior, Amelinha, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Ednardo, Zé Ramalho, Elba Ramalho, Djavan, isso para ficar só no Nordeste. Foi a década também que o já consagrado cantor e compositor Roberto Carlos entrou em definitivo para o hall dos grandes nomes da música mundial sendo eleito pelo povo brasileiro como o Rei de nossa música.

Enquanto no início da década o regime militar apertava o cerco contra artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque e tantos outros, alguns artistas ganhavam projeção nacional com músicas e letras que apesar de serem menos elaboradas, falavam daquilo que o povo vivenciava e aparentemente pouco eram análogas ao regime opressor da época. Além disso, diversos nomes surgiram nesse contexto musical encabeçado por artistas como Odair José, Waldick Soriano, Nelson Ned, Lindomar Castilho dentre outros. Surgiram também subgêneros musicais dentro do contexto existente como, por exemplo, o chamado "samba jóia" regido por Benito di Paula.

Dentro desse contexto de novos intérpretes e compositores em nossa música podemos destacar o nome do cantor e compositor Milton Carlos, que apesar de falecer precocemente foi um dos nomes mais representativos dessa década. Milton Carlos, assim como a sua irmã Isolda, começaram as suas respectivas carreiras ainda na adolescência, fazendo backing vocals. E embora muito jovens na época, eles já vinham sendo gravados por intérpretes como Antônio Marcos, Maria Creuza e a banda Os Incríveis no início dos anos 70. Mas, sem dúvida, foi a partir de 1973 depois de chegar à voz de Roberto Carlos que as canções dos irmãos Isolda e Milton Carlos ganharam projeção.

Milton Carlos vivia em um tempo, mas se identificando com outro, como expressou em composições como "1910", gravada pelos Incríveis, "Largo do Boticário", "Samba Quadrado" e "Memórias do Café Nice", gravadas por ele próprio.
"Milton sempre alugava meus tios perguntando como era São Paulo antigamente, como era o bairro do Bexiga, como era no tempo de vovô. Meus tios contavam, contavam e ele perguntava mais e mais!"
(Isolda)


Numa tarde de 1973, durante uma conversa no estúdio da RCA, Eduardo Araújo comentou com Milton Carlos que naquela semana iria à casa de Roberto Carlos mostrar-lhe uma composição que tinha feito para ele gravar. Milton Carlos então perguntou se Eduardo Araújo poderia levar também uma fita com uma composição dele com a irmã. "Mas o que eu vou ganhar com isso?", perguntou Eduardo Araújo, brincando. "Tudo que tenho é um fusca. Se Roberto Carlos gravar minha música, dou meu fusca pra você", prometeu Milton Carlos, que gravou numa fita sua composição "Amigos, Amigos".

Eduardo Araújo deixou as duas fitas com Roberto Carlos e foi passar uma temporada em sua fazenda em Minas Gerais. Na volta, ligou para o cantor:
- E aí, Roberto, vai gravar minha música ou não vai? - perguntou em tom descontraído.
- Dudu, sua música é bonita, mas acho que ela não é pra mim. Mas eu gostei daquela outra com uma mulher cantando - respondeu Roberto Carlos.
- Mulher cantando?
- É, bicho, aquela que fala de um cara apaixonado por uma amiga!
- Mas não é mulher, Roberto. É Milton Carlos, um rapaz que tem voz fina.
Não era falsete. Milton Carlos foi uma criança que não teve mudança de voz. Ele crescia, mas sua voz continuava infantil e com o tempo feminina. Era uma voz ímpar, bastante peculiar porque continha, além da beleza esfuziante, uma evidente androginia. E isso chamou a atenção das gravadoras, que logo o convidaram para gravar por volta de 1970. E o que podia ser uma coisa negativa se tornou positiva.

Depois de falar com Roberto Carlos, Eduardo Araújo telefonou para o autor de "Amigos, Amigos":
"Milton, você pode passar aqui em casa e deixar a chave do fusca porque Roberto Carlos vai gravar sua música!"
Milton Carlos ficou alguns segundos em silêncio, respirou fundo e perguntou:
"Isso não é brincadeira sua, não? Roberto Carlos vai mesmo gravar minha música?"
"Pra gente foi uma loucura, uma loucura. A gente não queria acreditar. E quando vimos a confirmação no jornal com a lista das músicas do novo disco de Roberto fizemos a maior comemoração. Chamamos os amigos, saímos, pagamos o chope para todo mundo."
(Isolda)

Outras canções da lavra dos irmãos Milton Carlos e Isolda, gravada por Roberto Carlos foram as canções "Um Jeito Estúpido De Te Amar" e "Pelo Avesso", música com um refrão de forte apelo popular:
"Eu quero seu amor a qualquer preço / quero que você me tenha até pelo avesso / pra me sentir envolvido em seus cabelos / faça de mim o que quiser / eu sou seu homem, minha mulher..."

Por via das dúvidas, Milton Carlos foi ao estúdio da RCA, gravou as duas canções numa fita e a enviou para o escritório de Roberto Carlos em São Paulo. Agora era torcer e esperar. Pois foi uma agradável surpresa para os autores saber, algumas semanas depois, que Roberto Carlos iria gravar não apenas uma, mas as duas canções em seu álbum de 1976. O cantor gostou muito de "Pelo Avesso" e ainda mais de "Um Jeito Estúpido De Te Amar", que se emocionou assim que ouviu a fita enviada por Milton Carlos. O compositor, aliás, defendia muito bem seus temas, cantando sempre com sentimento e segurança, o que por certo contribuía para a boa aceitação das suas músicas. Até hoje poucas vezes aconteceu isso na discografia de Roberto, autores de fora entrarem com mais de uma música num mesmo disco do cantor.

Ele morreu aos 22 anos, na noite de 21 de outubro de 1976, quando vinha de Jundiaí para São Paulo a bordo de seu Passat. Viajava em companhia de sua noiva, a também cantora Mariney Lima e do empresário Genildo de Oliveira. O acidente ocorreu num trecho da via Anhanguera quando o Passat do cantor tentou ultrapassar uma carreta Scania Vabis e bateu em um caminhão Chevrolet. Com o choque, o carro do cantor desgovernou-se e foi colhido pela carreta. Milton Carlos e sua noiva morreram na hora. O empresário Genildo Oliveira, que viajava no banco de trás, teve apenas ferimentos leves, o ajudante do motorista do caminhão, o jovem Mário Alves de Araújo, que desceu para socorrer as vítimas, foi atropelado na pista e também morreu no local.

Sem ainda ser informada da real dimensão do acidente, Isolda foi imediatamente para Jundiaí. Ao parar na porta do hospital, ela ligou o rádio do carro no momento em que Milton Carlos cantava a canção "Elas Por Elas". Logo depois, o locutor informava que o cantor e compositor Milton Carlos havia falecido naquela noite.
"Eu abri a porta do carro e corri feito uma louca para a entrada do hospital. Mas aí não sei o que aconteceu, não sei se desmaiei ou se me deram uma injeção, porque eu só acordei no carro do meu tio já chegando em casa!"
Mesmo sem o irmão e parceiro, Isolda continuou compondo suas canções para os cantores gravarem. E no ano seguinte entregou a Roberto Carlos uma música que se constituiria num dos maiores sucessos no Brasil, em todos os tempos: "Outra Vez". Se a Música Popular Brasileira é repleta de musas, a história dessa composição revela a existência de um raro "muso":
"Acho que minha vida se divide em antes e depois desse dia. Pensei em voltar a estudar, em tomar outro rumo, mas no meio dessa tempestade encontrei vários amigos que me abrigaram, emocionalmente e, mesmo sem perceber, continuei fazendo sozinha o que sempre fiz desde menina: brincar de fazer músicas. Desse momento em diante, sem mais o meu amigo para brincar comigo. Foi assim que fiz, numa madrugada, uma música desprovida de qualquer ambição futura, uma confidência sincera: 'Outra Vez'. Gravei essa canção numa fita entre outras e entreguei para Roberto Carlos." 
(Isolda - Cantora, compositora e irmã de Milton Carlos)

Obra Musical

  • Amanhã é Outro Dia (Com Isolda)
  • Ana Cláudia (Com Isolda)
  • Desta Vez Te Perdi (Com Isolda)
  • Enredo (Com Isolda)
  • Eu Juro Que Te Morreria Minha (Com Isolda)
  • Eu Vou Caminhar (Com Isolda)
  • Foi Ela Um Tema De Amor (Com Isolda)
  • Maria De Tal (Com Isolda)
  • Pelo Avesso (Com Isolda)
  • Samba Quadrado (Com Isolda)
  • Saudade Do Bexiga (Com Isolda)
  • Tele-Rodovia (Com Isolda)
  • Tudo Parou (Com Isolda)
  • Último Samba-Canção (Com Isolda)
  • Um Jeito Estúpido De Te Amar (Com Isolda)
  • Um Presente Para Ela (Com Isolda)
  • Uma Valsa, Por Favor (Com Isolda)
  • Você Precisa Saber Das Coisas (Com Isolda)

Discografia

  • 1977 - Milton Carlos (LP)
  • 1975 - Milton Carlos (LP)
  • 1973 - Milton Carlos (LP)
  • 1970 - Milton Carlos (LP)

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB e Musicaria Brasil
Contribuição Especial: Anderson Cesarini
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