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Djenane Machado

DJNANE VASCONCELOS MACHADO
(70 anos)
Atriz

☼ Rio de Janeiro, RJ (10/06/1951)
┼ Rio de Janeiro, RJ (23/03/2022)

Djenane Vasconcelos Machado foi uma atriz nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 10/06/1951.

Filha de Carlos Machado, o rei da noite carioca nos anos 50 e 60, e da figurinista Gisela Machado, ela cresceu entre a produção de shows e espetáculos de teatro, já que sua mãe também era membro ativo da companhia.

Na televisão, onde faria a maior parte da sua carreira, Djenane Machado estreou em junho de 1968, na TV Globo, com a novela "Passo dos Ventos" de Janete Clair com supervisão de Glória Magadan, vivendo a personagem Hannah. Era uma daquelas trágicas histórias de amor com toques de magia negra e estrelada por Carlos Alberto e Glória Menezes.

Em 1969, Djenane Machado faz três telenovelas na TV Globo, "Rosa Rebelde", "A Ponte dos Suspiros" e "Véu de Noiva" e um filme, "A Penúltima Donzela".


Em "Rosa Rebelde", estrelada pelo casal Glória Menezes e Tarcísio Meira, e a última novela estilo dramalhão mexicano ou cubano da TV Globo, ela viveu a personagem Conchita. Em "A Ponte dos Suspiros", a estréia de Dias Gomes como autor de novelas, Djenane Machado viveu Branca e a dupla central era Yoná MagalhãesCarlos Alberto. Em "Véu de Noiva", a novela de Janete Clair que marcou a estréia de Regina Duarte na TV Globo e um novo período dramatúrgico na emissora com textos mais atuais e arejados, Djenane Machado conquistou o público com sua Maria Eduarda.

No cinema, onde marcou presença constante, Djenane Machado estreou em "A Penúltima Donzela", uma fita dirigida por Fernando Amaral e com Paulo Porto, Adriana Prieto, Carlo Mossy e ela nos principais papéis.

A novela seguinte foi em julho de 1970, também de autoria de Dias Gomes e ainda na TV Globo, "Assim na Terra Como no Céu", a estréia de Francisco Cuoco e Renata Sorrah na emissora. Djenane Machado interpretou Verinha, nesta que foi uma novela que conquistou a crítica e o público, que se acostumou a partir dela a ver telenovelas às 22h00.

Mas a consagração chegou em 1971 com a Lucinha Esparadrapo de "O Cafona", novela de Bráulio Pedroso. Ela foi inclusive tema de uma das principais músicas da trilha da novela, cantada por Betinho. A personagem de Djenane Machado era uma hippie e vivia em uma comunidade ao lado de Ary Fontoura, Carlos Vereza e Marco Nanini.

Na Primeira Versão de "A Grande Família"

Em 1972, Djenane Machado viveu a irrequieta Glorinha de "O Primeiro Amor", novela das 19h00 da TV Globo, que ficou famosa por ter sido o último trabalho do ator Sérgio Cardoso e por ter lançado a dupla Shazam (Paulo José) e Xerife (Flávio Migliaccio). A personagem de Djenane Machado era justamente do núcleo da dupla e a atriz pôde colocar sua veia cômica em funcionamento. No mesmo ano ela também teve papel de destaque no especial "Somos Todos do Jardim da Infância".

A participação no seriado "A Grande Família" vivendo Bebel na primeira temporada (1973/1974) fez com que Djenane Machado ganhasse projeção nacional mas também se tornou seu primeiro problema com a TV Globo. Afastada das novelas nesse período, Djenane Machado acabou se cansando do seriado, começou a chegar atrasada às gravações e desistiu de fazer a segunda temporada, sendo substituída de um dia para outro por Maria Cristina Nunes. A atitude da atriz não caiu bem na direção da emissora e ela ficou por dois anos na geladeira.

Nesse período, aproveitou para fazer cinema mais uma vez e estrelou duas comédias no estilo pornochanchada. A primeira foi "As Alegres Vigaristas" (1974), de Carlos Alberto de Souza Barros com Luiz Armando Queiróz, Elza Gomes, Amândio, José Lewgoy e Íris Bruzzi, e a segunda, uma sucesso de bilheteria, foi "Já Não se Faz Amor Como Antigamente" (1976) uma comédia formada por três episódios dirigidos por Anselmo Duarte, John Herbert e Hélio SoutoDjenane Machado tem uma sequência na praia no episódio "O Noivo" com John Herbert, que interpreta um eterno noivo que sempre desiste do casamento na hora H. Ela faz uma das noivas dele e que não para de falar um instante, deixando-o completamente aturdido.

Djenane Machado e o pai Carlos Machado
Sua volta à televisão se deu em 1976, em um papel escrito sob medida por Mário Prata para ela, na novela "Estúpido Cupido", um grande sucesso das 19h00 da TV Globo. Djenane Machado vivia mais uma Glorinha, a agora louca integrante da turma de jovens rebeldes da pequena cidade de Albuquerque, filha do delegado local, mas muito namoradeira e cheia de arrumar confusões com a turma e o namorado Caniço, interpretado por João Carlos Barroso. Para o grande público esse talvez tenha sido o seu papel mais marcante na televisão.

Entre uma novela e um filme, Djenane Machado participava de espetáculos montados pelo pai Carlos Machado como o show "Hip Hip Rio". Boa dançarina, ela também se arriscava como cantora, fez uma incursão na televisão como apresentadora do programa "Saudade Não Tem Idade", ao lado do ator Ney Latorraca, ainda na TV Globo.

Na TV Globo ela ainda fez duas novelas. Viveu Lenita Esper, filha de um palhaço decadente na novela "Espelho Mágico" (1977) de Lauro César Muniz, fazendo uma dupla perfeita com Lima Duarte, e a personagem Guiomar de "Ciranda de Pedra" (1981), uma adaptação de Teixeira Filho para a obra de Lygia Fagundes Telles.

A Carreira Longe da TV Globo

Com problemas para se afastar das drogas, Djenane Machado perdeu espaço na TV Globo e teve que procurar trabalho em outras emissoras. Entre uma novela e outra, ela ainda fez o filme "Sábado Alucinante", de Cláudio Cunha, ao lado de Sandra Bréa, outra atriz que começava a enfrentar problemas com a direção da TV Globo, por motivos semelhantes.

Em 1982, na TV Cultura, Djenane Machado teve a oportunidade de participar como atriz principal da novela "Música ao Longe", uma adaptação da obra de Érico Veríssimo, por Mário Prata.

Com dificuldades para voltar à televisão, por falta de convites, ela fez dois filmes, mas em papéis menores. O primeiro foi "Águia na Cabeça", de Paulo Thiago, em 1984, contracenando com Christiane Torloni e Nuno Leal Maia, e, dois anos depois, "Ópera do Malandro", do diretor Ruy Guerra, com Edson Celulari e Cláudia Ohana. No filme, Djenane Machado vive Shirley Paquete, uma das meninas do bordel de Otto Struedel, personagem vivida por Fábio Sabag.

A carreira de Djenane Machado encerrou na TV Manchete, com participações nas novelas "Tudo em Cima" (1985), de Geraldo Carneiro e Bráulio Pedroso, na qual vive Marilu, uma das principais personagens femininas, e interpretando Laureta, em "Novo Amor" (1986), de Manoel Carlos. A partir daí, Djenane Machado se retirou da carreira a fim de se submeter a tratamentos contra a dependência de álcool e anfetaminas. Ao mesmo tempo, dedicou-se a escrever um livro de poesia.

Djenane Machado foi casada duas vezes mas não teve filhos. Em maio de 2019, vivia de maneira simples e discreta, em seu apartamento, no Bairro Peixoto, Rio de Janeiro, em companhia de uma cuidadora.

Djenane Machado acompanhada de sua cuidadora
Morte

Djenane Machado faleceu na quarta-feira, 23/03/2022, aos 70 anos, de causas não reveladas, no Rio de Janeiro, RJ. Sua morte porém, só foi divulgada no dia 29/03/2022. Ela estava afastada da mídia há muitos anos.

Carreira

Televisão
  • 1986 - Tudo ou Nada ... Lourdes (Manchete)
  • 1986 - Novo Amor ... Laureta (Manchete)
  • 1985 - Tudo em Cima ... Maria Lúcia "Marilu" (Manchete)
  • 1982 - Música ao Longe ... Clarissa/Zulmira (Cultura)
  • 1981 - Ciranda de Pedra ... Guiomar (Globo)
  • 1978 - Saudade Não Tem Idade ... Apresentadora (Globo)
  • 1977 - Espelho Mágico ... Lenita Esper / Neide (Globo)
  • 1976 - Estúpido Cupido ... Glorinha (Globo)
  • 1972 - A Grande Família ... Maria Isabel "Bebel" (Globo)
  • 1972 - O Primeiro Amor ... Glorinha (Globo)
  • 1971 - O Cafona ... Lúcia Esparadrapo (Globo)
  • 1970 - Assim na Terra como no Céu ... Verinha (Globo)
  • 1969 - Véu de Noiva ... Maria Eduarda (Globo)
  • 1969 - Rosa Rebelde ... Conchita (Globo)
  • 1969 - A Ponte dos Suspiros ... Bianca (Globo)
  • 1968 - Passo dos Ventos ... Hanna (Globo)

Cinema
  • 1986 - Ópera do Malandro ... Shirley Paquete
  • 1984 - Águia na Cabeça ... Amiga de Rose
  • 1979 - Sábado Alucinante ... Baby
  • 1976 - Já Não Se Faz Amor Como Antigamente ... Helô (Segmento: "O Noivo")
  • 1974 - As Alegres Vigaristas
  • 1969 - A Penúltima Donzela ... Wanda

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #DjenaneMachado

Domingos de Oliveira

DOMINGOS JOSÉ SOARES DE OLIVEIRA
(82 anos)
Ator, Diretor, Cineasta, Poeta e Dramaturgo de Cinema e Teatro

☼ Rio de Janeiro, RJ (28/09/1936)
┼ Rio de Janeiro, RJ (23/03/2019)

Domingos José Soares de Oliveira foi um ator, diretor, dramaturgo de cinema e teatro, poeta e cineasta nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 28/09/1936.

Domingos de Oliveira iniciou no teatro e projeta-se no cinema e na televisão. A partir da década de 1980, não abandonou mais o palco, atuando como autor e diretor em pelo menos um espetáculo anual.

Licenciado em Engenharia pelo ENE, nunca trabalhou nessa área já que depois de se ter envolvido no teatro amador, começou a escrever e a realizar para cinema. Fez duas assistências de direção para Joaquim Pedro de Andrade, "Manuel Bandeira, O Poeta do Castelo" e "Couro de Gato".

Estreou como autor com "Somos Todos do Jardim da Infância", em 1963.

Em 1964, dirigiu outro texto seu, "A Estória de Muitos Amores". Chamou a atenção no cinema com os filmes "Todas As Mulheres do Mundo" (1966), que lançou Leila Diniz, e "Edu, Coração de Ouro" (1968), sendo já autor de mais de 20 peças teatrais e tendo dirigido vários filmes.

Nos primeiros anos da década de 1980, Domingos Oliveira se tornou um dos mais atuantes diretores do teatro carioca, voltando assim à atividade na qual dera seus primeiros passos na década de 1960.


Dirigiu grandes atores como Henriette Morineau em "Ensina-me a Viver" (1981), de Colin Higgins, Jorge Dória em "Amor Vagabundo" (1981), de Felipe Wagner, Tônia Carrero em "A Volta Por Cima" (1982), de Domingos de Oliveira e Lenita Plonczynski, Marília Pêra em "Adorável Júlia" (1983), de Somerset Maugham e Marc-Gilbert Sauvajon.

Em 1980, recebeu o Prêmio Mambembe de melhor autor com "Assunto de Família". Com direção de Paulo José, a montagem teve no elenco Fernanda Montenegro e Fernando Torres. O texto procurava fazer uma radiografia da alma pequeno-burguesa no cotidiano de uma família tradicional no início dos anos 1950, exemplar da mentalidade de uma classe social que decidiu em vários momentos os rumos da história brasileira. O crítico Yan Michalski analisou a peça, sequenciando pequenos e banais acontecimentos familiares:
"Essa pequenez dos episódios causa certa sensação de saturação [...]. Ao mesmo tempo, porém, é na manipulação dessa pequenez que reside uma das qualidades da obra. Com muita sensibilidade, Domingos transforma cada um desses inócuos incidentes do passado num autêntico mini-drama, que machuca surdamente os seus protagonistas. Mas, simultaneamente, cada draminha comporta a semente de uma mini-comédia. Com um espírito bem tchekhoviano, o autor mistura extrema simpatia pelas suas personagens com uma exposição bem-humorada dos seus ridículos."
Em 1983, Domingos de Oliveira escreveu o policial "No Brilho da Gota de Sangue", com o qual ganhou os prêmios de direção e cenografia, com Juarez Puig), com desempenhos elogiados dos atores, entre eles Carlos Vereza, Francisco Milani e Clemente Viscaíno.


Segundo o crítico Macksen Luiz, o maior mérito da encenação é o cuidado com o acabamento:
"Há cuidados que chegam a ser comoventes, como um personagem manuseando um exemplar de 'O Correio da Manhã' ou o luto usado na lapela do delegado pela morte da esposa [...]. E esses cuidados se transferem para o trabalho dos atores [...]"
Domingos de Oliveira recebeu o Prêmio Molière de direção pelo conjunto de trabalhos - "Conversas Íntimas", "Escola de Mulheres" e "Irresistível Aventura" - realizados em 1984.

Em "Irresistível Aventura"Domingos de Oliveira reuniu quatro peças curtas - de Federico García Lorca, Artur Azevedo, Tennessee Williams e Anton Tchekhov - e, tendo Dina Sfat e José Mayer como atores centrais, conseguiu, na opinião do crítico Macksen Luiz, "manter aguçados os sentimentos e a inteligência para criar o verdadeiro jogo teatral".

Em 1985, Domingos de Oliveira dirigiu o texto de um autor estreante, "A Fonte da Eterna Juventude", de Tiago Santiago, e "Do Amor", nova coletânea de textos.


Em 1992, lançou "Confissões de Adolescente", espetáculo que foi sucesso de bilheteria e propôs um formato que o inspirava a escrever e dirigir, no ano seguinte, "Confissões das Mulheres de 30".

Na segunda metade da década de 1990, assumiu a direção do Teatro Planetário, onde realizou seus espetáculos até 2000. Ali escreveu, dirigiu, interpretou e organizou eventos. É dessa fase a sequência de cabarés filosóficos, em que misturava música, humor e crítica em espetáculos de diálogo direto com o público.

Domingos de Oliveira teve, durante anos, programas no Canal Brasil, que denominou de jornalismo autoral: "Todas as Mulheres do Mundo", "Todos os Homens do Mundo", "Swing", sempre em parceria com sua companheira, Priscilla Rozenbaum.

Domingos de Oliveira é pai da atriz e escritora Maria Mariana, a caçula da família. Foi casado também com Nazaré Ohana, mãe da atriz Claudia Ohana.

Morte

Domingos de Oliveira faleceu no sábado, 23/03/2019, aos 82 anos, no Rio de Janeiro, RJ. Ele estava em sua casa, no bairro do Leblon. Segundo familiares, ele sentiu falta de ar. Uma ambulância foi acionada, mas não chegou a tempo. Ele passou mal por volta das 14h00 e não resistiu.

Domingos de Oliveira foi diagnosticado com Mal de Parkinson há anos. O velório e o sepultamento ocorreram no próprio sábado, 23/03/2019, no Planetário da Gávea, no Rio de Janeiro, RJ.

Carreira Cinema

Como Diretor

  • 2017 - Os 8 Magníficos
  • 2016 - Barata Ribeiro, 716
  • 2014 - Infância
  • 2012 - Paixão e Acaso
  • 2012 - Primeiro Dia De Um Ano Qualquer
  • 2008 - Todo Mundo Tem Problemas Sexuais
  • 2008 - Juventude
  • 2006 - Carreiras
  • 2005 - Feminices
  • 2002 - Separações
  • 1997 - Amores
  • 1978 - Vida, Vida
  • 1977 - Teu Tua
  • 1973 - Deliciosas Traições do Amor
  • 1971 - A Culpa
  • 1970 - É Simonal
  • 1969 - As Duas Faces da Moeda
  • 1967 - Edu, Coração de Ouro
  • 1966 - Todas as Mulheres do Mundo

Como Roteirista

  • 2016 - Barata Ribeiro, 716
  • 2014 - Infância
  • 2012 - Primeiro Dia De Um Ano Qualquer
  • 2008 - Era Uma Vez...
  • 2008 - Todo Mundo Tem Problemas Sexuais
  • 2008 - Juventude
  • 2005 - Dois Filhos de Francisco
  • 2006 - Carreiras
  • 2005 - Feminices
  • 2002 - Separações
  • 1997 - Amores
  • 1975 - As Deliciosas Traições do Amor (Segmentos "Os Divinos Sons da Música do Prazer" e "O Olhar")
  • 1971 - A Culpa
  • 1970 - É Simonal
  • 1969 - As Duas Faces da Moeda
  • 1967 - Edu, Coração de Ouro
  • 1966 - Todas as Mulheres do Mundo
  • 1962 - Cinco Vezes Favela (Segmento "Couro de Gato")

Como Ator

  • 2008 - Juventude
  • 2006 - Carreiras
  • 2005 - Feminices
  • 2002 - Separações
  • 2004 - Redentor
  • 1997 - Amores
  • 1975 - Os Maniacos Eróticos
  • 1973 - Deliciosas Traições do Amor
  • 1972 - Sambizanga

Carreira Televisão

Como Diretor

  • 1994-1996 - Confissões de Adolescente (TV Cultura)

Como Roteirista

  • 2011 - Os Anjos do Sexo (Bandeirantes)
  • 2007 - Confissões de Mulheres de 30 (TVI)
  • 1994 - 74.5 Uma Onda no Ar (Manchete)
  • 1993 - Contos de Verão (TV Globo)
  • 1981 - Amizade Colorida (Episódio: 'Das Dificuldades de Ser Homem', TV Globo)
  • 1979 - Vestido de Noiva (TV Globo)
  • 1978 - Ciranda, Cirandinha (TV Globo)
  • 1977 - A Ordem Natural das Coisas (TV Globo)
  • 1973 - O Duelo (TV Globo)
  • 1972 - Somos Todos do Jardim de Infância (TV Globo)
  • 1972 - O Médico e o Monstro (TV Globo)
  • 1965 - 22-2000 Cidade Aberta (TV Globo)

Como Ator

  • 2006 - JK ... Jayme Ovalle
  • 1992 - As Noivas de Copacabana ... Indalécio Piolho
  • 1987 - Helena

Fonte: Wikipédia e Enciclopedia Itaú Cultural e Veja Abril
Indicação: Miguel Sampaio e Neyde Almeida
#famososquepartiram #domingosdeoliveira

Moacyr Scliar

MOACYR JAIME SCLIAR
(73 anos)
Escritor e Médico

* Porto Alegre, RS (23/03/1937)
+ Porto Alegre, RS (27/02/2011)

Foi um escritor brasileiro. Formado em medicina, trabalhou como médico especialista em saúde pública e professor universitário.

Filho de José e Sara Scliar, Moacyr nasceu no Bom Fim, bairro que concentra a comunidade judaica. Alfabetizado pela mãe, professora primária, a partir de 1943 cursou a Escola de Educação e Cultura, daquela cidade, conhecida como Colégio Iídiche. Transferiu-se, em 1948, para o Colégio Rosário (Católico).

Em 1963, após se formar pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, iniciou sua vida como médico, fazendo residência médica. Especializou-se no campo da saúde pública como médico sanitarista. Iniciou os trabalhos nessa área em 1969. Em 1970, frequentou curso de pós-graduação em medicina em Israel. Posteriormente, tornou-se doutor em Ciências pela Escola Nacional de Saúde Pública. Já foi professor na faculdade de medicina da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).

Carreira

Scliar publicou mais de setenta livros, entre crônicas, contos, ensaios, romances e literatura infanto-juvenil. Seu estilo leve e irônico lhe garantiu um público bastante amplo de leitores, e em 2003 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, tendo recebido antes uma grande quantidade de prêmios literários como o Jabuti (1988, 1993 e 2009), o Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) (1989) e o Casa de Las Americas (1989).

Suas obras frequentemente abordam a imigração judaica no Brasil, mas também tratam de temas como o socialismo, a medicina (área de sua formação), a vida de classe média e vários outros assuntos. O autor já teve obras suas traduzidas para doze idiomas.

Em 2002 ele se envolveu em uma polêmica com o escritor canadense Yann Martel, cujo famoso romance "A Vida de Pi", vencedor do prêmio Man Booker, foi acusado de ser um plágio da sua novela "Max e os Felinos". O escritor gaúcho, no entanto, diz que a mídia extrapolou ao tratar do caso, e que ele nunca teve o intuito de processar o escritor canadense.

Entre suas obras mais importantes estão os seus contos e os romances "O ciclo das Águas", "A Estranha Nação de Rafael Mendes", "O Exército de Um Homem Só" e "O Centauro no Jardim", este último incluído na lista dos 100 melhores livros de temática judaica dos últimos 200 anos, feita pelo "National Yiddish Book Center" nos Estados Unidos.

Adaptação Para o Cinema

Em 1998, o romance "Um Sonho no Caroço do Abacate" foi adaptado para o cinema, sob a direção de Luca Amberg, com participação dos atores americanos Elliott Gould (Friends) e Talia Shire (Rocky, O Poderoso Chefão). Esse filme lançou atores, como Taís Araújo, Caio Blat, Mariana Ximenes, Fábio Azevedo e Edward Boggis. A versão nacional foi lançada com o título "Caminho dos Sonhos" e participou dos festivais de Gramado, Miami, Trieste e outros. O filme narra a história do filho de um casal de imigrantes judeus lituanos, que se estabelece no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, nos anos 1960. O jovem Mardo (Edward Boggis) se apaixona por Ana (Taís Araújo), uma estudante negra. Os jovens encontram no amor a força e a determinação para enfrentarem a discriminação na escola onde estudam e o preconceito entre as famílias.

Em 2002, o romance "Sonhos Tropicais" foi adaptado para o cinema sob a direção de André Sturm, com Carolina Kasting, Bruno Giordano, Flávio Galvão, Ingra Liberato e Cecil Thiré no elenco. O filme relata o combate à febre amarela no Rio de Janeiro, comandado pelo médico sanitarista Oswaldo Cruz, e a resistência da população à vacinação obrigatória, que resultou na chamada Revolta da Vacina. Em paralelo, é narrada a história de uma jovem judia polonesa, que imigra para o Brasil em busca de uma vida melhor, mas acaba por se prostituir.

Academia Brasileira de Letras

Foi o sétimo ocupante da cadeira 31 da Academia Brasileira de Letras. Foi eleito em 31 de julho de 2003, na sucessão de Geraldo França de Lima, e recebido em 22 de outubro de 2003 pelo acadêmico Carlos Nejar.

Morte

O escritor gaúcho Moacyr Scliar morreu por volta da 1h do dia 27 de fevereiro de 2011, aos 73 anos, de Falência Múltipla dos Órgãos. Ele estava internado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre desde o dia 11 de janeiro, quando deu entrada para a retirada de pólipos (formações benignas) no intestino. A cirurgia foi bem sucedida, mas o escritor acabou tendo um Acidente Vascular Cerebral (AVC) no dia 17 de janeiro, durante o período de recuperação, falecendo quase cinquenta dias depois de sua entrada no hospital.

Moacyr Scliar era torcedor do Cruzeiro, de Porto Alegre. Devido a sua morte, os jogadores do Cruzeiro fizeram uma homenagem para este torcedor-símbolo do clube, entrando de luto na partida contra o Grêmio, no dia 27 de fevereiro, que contou com um minuto de silêncio em homenagem a Scliar.

Fonte: Wikipédia



Luiz Vergílio

LUIZ ALGACIR VERGÍLIO DA SILVA
(36 anos)
Mesatenista Paraolímpico

* Curitiba, PR (23/03/1973)
+ Curitiba, PR (23/01/2010)

Luiz Vergílio participou de quatro jogos paraolímpicos: Atlanta 1996, Sydney 2000, Atenas 2004 e Pequim 2008.

Em 1988, na cidade de Foz do Iguaçu, sofreu uma queda após subir em uma árvore e como conseqüência deste acidente, perde os movimentos da perna. No início da década de 1990 a amiga Maria Luiza Passos convida Vergílio a participar de competições especiais a atletas com deficiência, e assim começa a treinar o tênis de mesa, competindo na classe 3 (cinco são as classes existentes, sendo divididas por grau de limitação física).

Sua primeira competição é em 1992, no V Campeonato Brasileiro de Tênis de Mesa, realizado na cidade de Recife. Nesta competição ganhou três medalhas de prata. No ano seguinte ganha a medalha de ouro na mesma competição realizada na cidade de São Paulo.

Em 1995 fez sua primeira competição internacional, quando viaja par a Inglaterra para participar do Stoke Mandeville Games. Nesta competição fica em 5° e 6° lugar em três categorias.

Sua primeira Paraolimpíada é em Atlanta, 1996, e de lá trás um resultado significativo, ficando em 9° na modalidade individual. Mas é nos jogos de Pequim, 2008, seu melhor resultado e até então a melhor conquista do Brasil e demais países do continente americano. Luiz Algacir ganhou a medalha de prata nas duplas em Pequim ao lado do também paranaense Welder Camargo Knaf.

Morte

Em 2008, alguns meses antes da sua maior conquista, Luiz Vergílio fez uma operação para conter um câncer localizado no cóccix. Em julho de 2009 teve que ser hospitalizado pelo mesmo problema. Esta doença, já sem controle, vitimou o mesatenista na manhã de sábado, dia 23 de janeiro de 2010 em sua cidade natal, aos 36 anos e dez meses.

Fonte: Wikipédia