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Ibrahim Sued

IBRAHIM SUED
(71 anos)
Jornalista e Colunista Social

* Rio de Janeiro, RJ (23/06/1924)
+ Rio de Janeiro, RJ (01/10/1995)

Filho de imigrantes árabes, nasceu em família muito pobre, no bairro do Botafogo. Cresceu na Tijuca e em Vila Isabel, e morou muitos anos em quartos de pensão em Copacabana. Foi aluno de escola pública, onde concluiu o antigo Curso Ginasial e, aos 17 anos de idade, empregou-se no comércio. Devido aos frequentes atrasos, abandonou esse emprego.

Iniciou a sua carreira na imprensa como repórter fotográfico em 1946, fazendo plantão nas redações das sete horas da noite às sete da manhã. Adquiriu reputação ao cobrir a visita do então comandante das tropas aliadas na Segunda Guerra Mundial, general Dwight D. Eisenhower, ao Brasil. Na ocasião, fez uma fotografia em que Otávio Mangabeira parecia beijar a mão de Dwight D. Eisenhower, utilizada pelos críticos que, à época, combatiam o que chamavam de "servilismo" brasileiro em relação aos Estados Unidos da América.

Ainda da década de 1940, foi companheiro de boemia de personalidades como Carlinhos Niemeyer, Sérgio Porto, Paulo Soledade e Heleno de Freitas, com quem fundou o Clube dos Cafajestes.

Trabalhou com Joel Silveira na revista Diretrizes. Começou a conhecer gente, frequentar festas e a piscina do Hotel Copacabana Palace. De pequenas notícias na seção "Vozes da Cidade", no recém-fundado Tribuna da Imprensa de Carlos Lacerda, passou a fazer a coluna "Zum-Zum", no A Vanguarda (1951).


Em 1954, passou a trabalhar no O Globo, onde permaneceu até falecer, em 1995. Ali se destacou, assinando uma coluna social que marcou época e influenciou jornalistas como Ancelmo Gois e Ricardo Boechat.

Causou polêmicas com as suas listas das "Dez mais": as dez mais belas mulheres, as dez mais elegantes e as dez melhores anfitriãs da sociedade carioca. A sua coluna passou a ser lida por todas as camadas sociais a partir do final da década de 1950, tendo passado a conviver com personalidades famosas no Brasil e no exterior.

Casou-se em 1958, num evento que tornou-se um dos maiores daquele ano. Nessa época, passou a manter um programa exclusivo pela antiga TV Rio, "Ibrahim Sued e Gente Bem", onde apresentava entrevistas, reportagens filmadas e comentários sobre a sociedade em geral.

Em comemoração aos 30 anos de sua coluna em O Globo, em junho de 1983 teve lugar uma memorável recepção no Copacabana Palace, onde compareceram personalidades como Marta Rocha, Roberto Marinho, Emílio Garrastazu Médici, Dulce Figueiredo e mais 1500 convidados que consumiram, entre outros, 600 garrafas de champanhe, 300 litros de vinho tinto francês, 120 quilos de camarão, 60 quilos de lagosta, 10 quilos de foie gras, 210 patos além de copiosa variedade de frutas e saladas. O evento contou ainda com uma queima de fogos de artifício e com o desfile de passistas de escolas de samba calçadão da Avenida Atlântica.


Em 1985 foi homenageado no Carnaval carioca pela Acadêmicos de Santa Cruz com o enredo "Ibrahim, De Leve Eu Chego Lá". Ainda na década de 1980, Ibrahim Sued foi a figura principal do casamento de sua filha Isabel Cristina, um dos maiores acontecimentos sociais à época, com quatro mil convidados.

Em 1993, deixou o jornalismo diário e passou a publicar apenas uma coluna dominical no O Globo. A Faculdade da Cidade do Rio de Janeiro lhe fez a outorga do Título de Professor Emérito do Curso de Jornalismo, em evento que contou com a presença da nata da sociedade, além de políticos, sambistas, músicos e intelectuais. Ao entregar-lhe a comenda, o professor Paulo Alonso, Diretor Acadêmico dessa instituição carioca, fez um discurso marcado pela emoção, lembrando momentos marcantes da vida do colunista. Paulo Alonso, que também atuava no jornal O Globo, falou da sua amizade com Ibrahim Sued e ainda da capacidade do "Turco", apelido de Ibrahim Sued, em lidar com dificuldades e vencê-las. Foi uma solenidade que ganhou o noticiário brasileiro.

Ibrahim Sued cunhou expressões que se tornaram marcantes como "De leve", "Sorry periferia", "Depois eu conto", "Bola Branca", "Bola Preta", "Ademã que eu vou em frente", "Os cães ladram e a caravana passa", "Olho vivo, que cavalo não desce escada", dentre outras.

Considerado como um homem elegante, contou certa vez que, no início da sua carreira tinha apenas um terno, que deixava todo dia debaixo do colchão de sua cama, para que não perdesse o vinco.

Morte

Ibrahim Sued morreu aos 71 anos, vítima de um infarto agudo do miocárdio, no domingo, 01/10/1995, no Rio de Janeiro, RJ.

O velório aconteceu na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, e o corpo foi levado no carro do Corpo de Bombeiros até o cemitério. Cerca de cem pessoas, entre parentes, amigos e socialites, acompanharam o enterro.

O caixão foi coberto com a medalha da Legion d'Honneur, que Ibrahim Sued recebeu da França, e com as bandeiras do Brasil e da Confraria do Garoto, que celebra a boêmia carioca e da qual Ibrahim Sued era membro honorário.

O corpo de Ibrahim Sued foi sepultado na segunda-feira, 02/10/1995, às 11:30 hs, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, no jazigo da família da primeira mulher, Glória Drummond de Sued. Ela ficou o tempo inteiro ao lado da filha Isabel e da última mulher do colunista, Simone Rodrigues.

Um cartaz lembrava uma expressão usada pelo colunista: "Ademã", um abrasileiramento do francês "À demain" (até amanhã), que Ibrahim Sued usava para se despedir dos amigos.

Em 2003 Ibrahim Sued  foi homenageado com uma estátua em frente ao Hotel Copacabana Palace.

Fonte: Wikipédia

Yara Salles

MARIA DO ROSÁRIO SALLES
(75 anos)
Atriz, Radialista e Apresentadora

* Tietê, SP (27/07/1912)
+ Bananal, SP (23/06/1988)

Integrou o "Trio de Osso", ao lado de Lamartine Babo e de seu esposo Heber de Bôscoli. O trio apresentava o divertido programa "Trem da Alegria", nos áureos tempos da Rádio Nacional do Rio de Janeiro.

Na TV, Yara Salles trabalhou em "Coração Alado" (1980), "Cabocla" (1979) e "Nuvem de Fogo" (1963), entre outras novelas.

Fez apenas um filme, "Prá Lá de Boa" no início da década de 50.

Yara Salles era a mãe adotiva do ator Perry Salles.

Resistiu a ir para a TV por querer só se dedicar ao rádio, mas acabou chegando às novelas em 1979, para viver a Dona Generosa da novela "Cabocla". Depois, ao lado do filho e da nora, Vera Fischer, fez a novela "Coração Alado", onde viveu a personagem Dalva.

Ela morreu na cidade de Bananal após sofrer o terceiro infarto.

Yara Salles, Vitinho Binot e Heber de Bôscoli
Televisão

  • 1979 - Cabocla ... Dona Generosa
  • 1980 - Coração Alado ... Dalva Pitanga
  • 1983 - Eu Prometo ... Nilzete

Cinema

  • 1948 - Pra Lá de Boa


Fonte: Wikipédia e Gilberto

PC Farias

PAULO CÉSAR CAVALCANTE FARIAS
(50 anos)
Empresário

* Passo de Camarajibe, AL (20/09/1945)
+ Maceió, AL (23/06/1996)

PC Farias foi tesoureiro de campanha de Fernando Collor de Mello e Itamar Franco, nas eleições presidenciais brasileiras de 1989. Foi a personalidade chave que causou o primeiro processo de impeachment da América Latina, em 1992.

Acusado por Pedro Collor de Mello, irmão do na ocasião Presidente da República do Brasil, em matéria de capa da revista Veja, em 1992, PC Farias seria o testa de ferro em diversos esquemas de corrupção divulgados de 1992 em diante. Em valores atuais, o "esquema PC" arrecadou exclusivamente de empresários privados o equivalente a US$ 8 milhões, equivalente a R$ 15 milhões, em dois anos e meio do governo Collor (1990-1992). Nenhuma destas contribuições teve qualquer ligação, com benefício ao "cliente" de PC, por conta de favor prestado por Fernando Collor. O "esquema PC" movimentou mais de US$ 1 bilhão dos cofres públicos.

PC Farias foi encontrado morto, junto com sua namorada Suzana Marcolino, na praia de Guaxuma em 1996. Investigações do legista Badan Palhares deram como resultado que Suzana Marcolino matou PC Farias e suicidou-se em seguida. O caso é considerado oficialmente apenas como um crime passional, mas para o médico-legista alagoano George Sanguinetti e o perito criminal Ricardo Molina de Figueiredo, o casal foi assassinado.

Cronologia do Caso PC Farias

15 de março de 1990 - Fernando Collor de Mello toma posse como presidente da República. Ex-prefeito de Maceió (AL) em 1979 e ex-governador de Alagoas de 1986 a 1990, Collor recebeu 35 milhões de votos, três milhões a mais do que o segundo colocado nas eleições presidenciais, Luiz Inácio Lula da Silva.

16 de março de 1990 - Um dia após a sua posse como presidente, Fernando Collor de Mello anuncia o Plano Collor, que retira US$ 100 bilhões da economia. Os brasileiros só podem fazer saques bancários no valor máximo de NCz$ 50 mil. O restante está sob controle do Banco Central (BC).

Outubro de 1990 - O então presidente da Petrobras, Luiz Octávio de Motta Veiga, pede demissão e denuncia pressões do empresário Paulo César Farias (PC Farias) e do secretário-geral da Presidência, Marcos Coimbra, para aprovar um empréstimo de US$ 40 milhões à companhia aérea VASP.

Janeiro de 1991 - O presidente anuncia o Plano Collor 2. Os preços são congelados e a economia, desindexada. Ações ordinárias da estatal Usiminas vão a leilão na Boverj (Bolsa de Valores do Rio de Janeiro). Eis a primeira empresa a ser privatizada.

Fevereiro de 1991 - Surgem as primeiras suspeitas de compras superfaturadas durante a administração Collor. As superintendências da LBA de São Paulo e do Amazonas detectam indícios de compras superfaturadas de cestas básicas.

Abril de 1991 - Ministros militares criticam os baixos salários dos militares.

8 de maio de 1991 - Zélia Cardoso de Mello, ministra da Economia, pede demissão após críticas e um escândalo amoroso com o ex-ministro da Justiça, Bernardo Cabral.

Junho de 1991 - O Banco do Brasil paga ao Midland Bank, de Londres, parte da dívida de US$ 85,9 milhões contraída por usineiros alagoanos.

Agosto de 1991 - Sob acusações de irregularidades, a presidente da LBA, primeira-dama Rosane Collor, abandona o cargo na entidade filantrópica.

Outubro de 1991 - Denúncias apontam que o Exército realizou concorrência superfaturada para a compra de fardas.

Fevereiro de 1992 - O ministro da Ação Social, Ricardo Fiúza, admite que ganhou um jet ski de presente da construtora OAS.

Março de 1992 - Surgem denúncias de que o ex-diretor do INSS Volnei DÁvila teria recebido propina para liberar verbas do FGTS.

Abril de 1992 - Ministros do governo Collor renunciam em bloco. Apenas Antônio Cabrera, Marcílio Marques Moreira, José Goldemberg, os militares e os recém-nomeados permanecem.

Maio de 1992 - O irmão de Fernando Collor, Pedro Collor, acusa PC Farias de ser o "testa-de-ferro" do presidente.

1 de junho de 1992 - O Congresso Nacional instala uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os negócios de PC Farias no governo Collor.

4 de junho de 1992 - O irmão de Collor, Pedro, depõe à CPI e acusa PC Farias de montar uma rede de tráfico de influência no governo, com a conivência do presidente.

Julho de 1992 - O motorista de Collor, Eriberto França, vai ao Congresso e confirma os depósitos de PC Farias para a secretária do presidente, Ana Acioli. No mesmo mês, França declara à revista IstoÉ que PC Farias pagava as contas da Casa da Dinda.

3 de agosto de 1992 - O ex-secretário de Imprensa da Presidência, Pedro Luís Rodrigues, avisa que não pretende se despedir de Collor ao deixar o governo. A executiva nacional do PT decide promover uma série de comícios no país pela aprovação do impeachment.

4 de agosto de 1992 - O ex-ministro da Educação José Goldemberg declara que foi "enganado e burlado" por Collor.

5 de agosto de 1992 - O governo decide que o prazo ideal para enfrentar a oposição na votação do impeachment será depois das eleições de 3 de outubro.

15 de agosto de 1992 - Collor anuncia em cadeia nacional de rádio e TV a devolução da última parcela de cruzados novos bloqueados e do empréstimo compulsório cobrado no governo Sarney.

16 de agosto de 1992 - O preto domina na guerra das cores proposta pelo presidente. A OAB decide que a entidade pedirá o impeachment de Collor quando o relatório da CPI ficar pronto.

21 de agosto de 1992 - A CPI confirma que a reforma na Casa da Dinda foi paga pela Brasil Jet. Cerca de 40 mil estudantes cariocas, convocados pela UNE, pediram o impeachment de Collor. O jornal norte-americano The New York Times comenta em editorial a situação política do Brasil sob o título "Lágrima pelo Brasil".

22 de agosto de 1992 - Telefonemas anônimos afirmam que há bombas no auditório Petrônio Portella, do Senado, onde será apresentado o relatório da CPI. O senador Amir Lando (PMDB-RO) encontra um vírus no computador no qual redigia o relatório da CPI.

24 de agosto de 1992 - A CPI conclui que Collor desonrou a Presidência e tem ligações com o Esquema PC.

25 de agosto de 1992 - Multidões vão às ruas das capitais do país exigir a renúncia de Collor. Os ministros divulgam nota afirmando que vão permanecer para garantir a governabilidade. O ministro da Justiça Célio Borja enfatiza que não é uma manifestação de solidariedade ao presidente. Collor fala sobre a crise para uma emissora de TV argentina. Garante que seu mandato não corre risco e analisa as manifestações de rua como fatos provocados pela campanha eleitoral.

26 de agosto de 1992 - Depois de 85 dias de trabalho da CPI, o senador Amir Lando conclui seu relatório, que incrimina Collor. O texto é aprovado na comissão por 16 a favor e 5 contra.

Setembro de 1992 - A primeira-dama Rosane Collor é indiciada por irregularidades na LBA. O procurador-geral da República, Aristides Junqueira, aponta envolvimento de Collor em crimes.

1 de setembro de 1992 - Em meio a uma onda de manifestações por todo o país, os presidentes da ABI, Barbosa Lima Sobrinho, e da OAB, Marcello Laveniére, apresentam à Câmara o pedido de impeachment de Collor.

29 de setembro de 1992 - A Câmara dos Deputados vota a favor da abertura do processo de impeachment de Collor por 441 votos a favor e 33 contra.

1 de outubro de 1992 - O processo de impeachment é instaurado no Senado.

2 de outubro de 1992 - Collor é afastado da Presidência até o Senado concluir o processo de impeachment. O vice-presidente Itamar Franco assume provisoriamente o governo e começa a escolher sua equipe ministerial.

29 de dezembro de 1992 - Começa o julgamento de Collor no Senado. O presidente renuncia por meio de uma carta lida pelo advogado Moura Rocha no Senado, para evitar o impeachment.

30 de dezembro de 1992 - Por 76 votos a favor e 3 contra, Fernando Collor é condenado à perda do mandato à inelegibilidade por oito anos.

19 de julho de 1993 - PC Farias foge do Brasil num bimotor acompanhado pelo piloto Jorge Bandeira de Mello, seu sócio na empresa de táxi aéreo Brasil-Jet. A rota de fuga começa em Ibimirim (PE), com escalas em Bom Jesus da Lapa (BA), Dourados (MS) e Assunção, no Paraguai, até chegar a Buenos Aires, na Argentina, no dia 20.

30 de junho de 1993 - O juiz Pedro Paulo Castelo Branco, da 10ª Vara Federal de Brasília, decreta a prisão preventiva de Paulo César Farias (PC Farias) por crime de sonegação fiscal.

20 de outubro de 1993 - PC é localizado em Londres, na Inglaterra.

Novembro de 1993 - O governo britânico concorda em decretar a prisão preventiva de PC, obrigando o empresário a deixar o país.

29 de novembro de 1993 - PC é preso em Bangcoc, na Tailândia.

2 de dezembro de 1993 - PC embarca no Boeing 747-400 da Varig que faz o voo de Hong Kong para São Paulo com escalas em Bangcoc (Tailândia) e Joanesburgo (África do Sul).

3 de dezembro de 1993 - PC é levado para um quarto-prisão na Superintendência da Polícia Federal (PF).

13 de dezembro de 1994 - O Supremo Tribunal Federal (STF) condena PC Farias a sete anos de prisão por falsidade ideológica.

22 de dezembro de 1994 - PC deixa Brasília e é transferido para uma cela no QG do Corpo de Bombeiros em Maceió (AL).

9 de junho de 1995 - PC deixa a prisão para cumprir o resto da pena em regime aberto, tendo de respeitar o horário de recolhimento à noite, nos fins de semana e feriados.

29 de agosto de 1995 - É exibido o programa SBT Repórter em que PC afirma que Collor tinha conhecimento de todas as suas atividades na campanha.

28 de dezembro de 1995 - O STF concede liberdade condicional ao tesoureiro da campanha de Fernando Collor.

23 de junho de 1996 - Os corpos de PC Farias e sua namorada Suzana Marcolino são encontrados na casa de praia de PC, em Maceió.

9 de agosto de 1996 - O legista Fortunato Badan Palhares endossa a versão de crime passional sobre a morte de PC Farias.

17 de dezembro de 1996 - Equipe de peritos que investigou o caso descarta o suicídio de Suzana Marcolino.

15 de setembro de 1999 - Vidente de PC Farias concede entrevista à revista IstoÉ e conta que as brigas entre PC e seu irmão Augusto aconteciam por causa de dinheiro.

18 de novembro de 1999 - A polícia encerra o inquérito sobre a morte de PC e indicia oito ex-funcionários de PC Farias.

Fonte: Wikipédia


Leandro

LUÍS JOSÉ COSTA
(36 anos)
Cantor e Compositor

☼ Goianápolis, GO (15/08/1961)
┼ São Paulo, SP (23/06/1998)

Luiz José Costa, mais conhecido pelo nome artístico Leandro, foi um cantor e compositor nascido em Goianápolis, GO, no dia 15/08/1961. Leandro formou com seu irmão mais novo Emival Eterno Costa, o Leonardo, a dupla sertaneja Leandro & Leonardo.

Filho de Avelino Virgulino da Costa e Carmem Divina Eterno da Silva, morou com os pais e mais oito irmãos na roça, onde estudou até o ensino fundamental. Desde criança, Leandro ajudava os pais numa pequena plantação de tomates e jilós. Mas aquela profissão nunca lhe agradou.

O primeiro emprego de Leandro, junto com o irmão mais novo Emival Eterno Costa, o Leonardo, foi no Mercado Central de Goiânia, como vendedor de sapatos, durante a época de Natal. Até que Leandro percebeu sua vocação para a música, e chegou a ser vocalista de uma banda chamada Os Dominantes, que fazia covers de músicas dos Beatles e de Roberto Carlos.

A dupla Leandro & Leonardo nasceu em 1983, depois que Leonardo, que era balconista da Farmácia São Benedito, em Goiânia, foi demitido. Depois de ser bóia-fria, Leonardo foi trabalhar como entregador de remédio. Foi promovido, mas não durou dez dias na nova função. Leonardo receitou um remédio errado para uma cliente que tinha micose. Foi despedido e, junto com seu irmão, resolveu formar a dupla.


No começo dos anos 80, os irmãos levaram suas violas a pequenos bares de Goianópolis e outras pequenas cidades de Goiás. Mas a dupla só nasceu comercialmente depois que chegou aos ouvidos dos diretores da gravadora Continental. Eles ficaram impressionados com uma fita mal gravada com uma música de apenas três acordes. Era a canção "Entre Tapas e Beijos", que se transformaria em grande sucesso.


O nome da dupla foi inspirado em filhos gêmeos de um amigo dos dois irmãos goianos. Com o nome de Leandro & Leonardo, os sertanejos começaram a batalhar no concorrido mercado da música.

Eles mostravam um ritmo sertanejo diferente da antiga moda de viola, que acabou sendo chamado de Sertanejo Moderno.

Em 1986, a dupla lançou o primeiro disco, que trazia a música "Contradição". O álbum não chegou a emplacar, mas vendeu a razoável quantia de 150 mil cópias.

Mas foi em 1989 que Leandro & Leonardo viraram estrelas. Com a música "Entre Tapas e Beijos", do terceiro álbum, os sertanejos venderam 1 milhão e 300 mil cópias.

Leandro fez parte dos apresentadores do show "Amigos" da TV Globo, juntamente com Zezé di Camargo & Luciano, Chitãozinho & Xororó, e seu irmão, Leonardo. O sucesso era tão grande que, no início dos anos 1990, os ex-plantadores de Goiás foram recebidos na casa do então presidente Fernando Collor de Mello para um show particular. Além das apresentações na Casa da Dinda, Leandro & Leonardo, fizeram shows no Palácio do Planalto.


O quarto álbum, que vendeu quase 3 milhões de cópias, confirmou a consagração dos astros com o sucesso "Pense em Mim", que marcaria para sempre a dupla sertaneja. Foi a primeira vez que uma dupla sertaneja alcançou essa marca de vendagem. Leandro, responsável pela segunda voz da dupla, nunca negou que sua música se afastava da tradição sertaneja.


Com a renda dos shows e dos discos, Leandro tornou-se um empresário agressivo e bem-sucedido. Formou um patrimônio sólido. Era dono de duas fazendas no Estado de Tocantins e de uma fazenda e uma chácara em Goiás. No total, possuía cerca de 4.000 alqueires de terra, nos quais criava 6.000 cabeças de gado. Além disso, tinha vários imóveis em Goiânia, entre eles um prédio de três andares que chegou a hospedar um shopping center e um terreno de 15 alqueires dentro da cidade, próximo ao aeroporto.

O grosso dos rendimentos do cantor vinha dos cachês de shows da dupla, que oscilavam entre R$ 35.000 e R$ 50.000 por apresentação. As várias campanhas publicitárias que Leandro & Leonardo protagonizaram também renderam um bom dinheiro.

Doença e Morte

Foi durante uma pescaria, numa de suas fazendas no Estado do Tocantins, em 19/04/1998, que a vida de Leandro começou a mudar.

No momento em que puxava o molinete de sua vara de pescar, ele sentiu uma dor aguda nas costas. Voltou para São Paulo, onde iria passar o feriado de 21/04/1998 com amigos, num sítio no município de Cotia, a 25 quilômetros da capital. Entre um churrasco e outro, constatou que a dor persistia. Resolveu ir, então, ao hospital da cidade para tirar uma radiografia do tórax. O diagnóstico foi divulgado no dia 27/04/1998, durante entrevista coletiva no Hotel Sheraton Mofarrej, em São Paulo.

Na radiografia, apareceu uma mancha sobre o pulmão direito, do tamanho de uma laranja. Era o primeiro indício do diagnóstico que seria confirmado cerca de duas semanas depois, no dia 08/05/1998, por médicos no hospital da Johns Hopkins University, em Baltimore, Estados Unidos, onde foi detectado que seu tumor era maligno e se desenvolveu em seu tórax.

Leandro sofria de um tipo de câncer raríssimo, conhecido por Tumor de Askin, localizado junto ao seu pulmão direito. Ele foi internado às pressas no final da tarde do dia 15/05/1998, na UTI do Hospital São Luiz, após sofrer uma parada cardiorrespiratória por volta das 18h00 em seu apartamento no Itaim Bibi, Zona Sudoeste de São Paulo, e foi levado imediatamente ao hospital.

Antes, Leandro havia sido internado no dia 22/04/1998, depois de sentir dores no peito e nas costas. Na ocasião, o cirurgião torácico do Hospital São Luiz, Alli Esgaib, disse que as dores não estavam relacionadas ao tumor.

No dia 18/05/1998, Leandro passou por duas cirurgias, além de reiniciar a terceira etapa do tratamento quimioterápico. Ele foi submetido à colocação de uma prótese no interior da veia cava superior (que leva o sangue venoso da cabeça ao coração), que estava sendo comprimida pelo tumor. Depois, passou por uma "embolização", para obstruir algumas artérias que alimentam o tumor no sangue. Fontes do Hospital São Luiz revelaram que não houve metástase, ou seja, o tumor não se espalhou por outros órgãos de Leandro.

A informação é de que os problemas foram causados pelo crescimento do Tumor de Askin que, situava na região de tórax. Na verdade, os médicos perceberam já no domingo que haviam perdido a luta para prolongar a vida de Leandro. Isso porque o tumor ficou fora de controle, comprometendo o coração e os pulmões de forma irremediável e extremamente rápida, afetando brônquios, veias e também as artérias do coração.


Leandro
faleceu às 0h10 de terça-feira, 23/06/1998, em São Paulo, SP, vítima de Falência Múltipla dos Órgãos, segundo médicos do Hospital São Luiz. Nos seus últimos momentos, Leandro respirava com extrema dificuldade, apesar da ajuda dos aparelhos.


A onda de comoção teve início na capital paulista. Na Assembléia Legislativa de São Paulo, o corpo foi velado por uma multidão. Mais de 16.000 fãs apareceram para dar o último adeus ao cantor. Políticos, como o senador Eduardo Suplicy e o então prefeito Celso Pitta, apresentadores de TV, como Hebe Camargo, AngélicaRatinho, além das duplas sertanejas Chitãozinho & Xororó e Zezé Di Camargo & Luciano estiveram lá também para a despedida.

Em Goiânia, onde foi sepultado, o corpo de Leandro foi levado ao cemitério por um cortejo de 150.000 pessoas. Estima-se que 60.000 delas passaram em frente do caixão do cantor durante o velório em Goiânia.

Sem pensar na carreira, o show "Amigos" deu problema na TV Globo: Não fez muito sucesso devido à ausência de Leandro. Assim, o cantor Leonardo e também as duplas sertanejas Chitãozinho & Xororó e Zezé Di Camargo & Luciano se alternavam.

A única canção feita pela homenagem a ele foi "Canção da Amizade", que era uma música inédita. Assim Leonardo, mesmo triste com a perda, seguiu cantando com Chitãozinho a música "Um Sonhador" e com Luciano a música "Deu Medo", também feita pela homenagem a ele, as duas feitas pelo álbum "Um Sonhador", último trabalho da dupla antes do falecimento de Leandro.

Sua doença foi causada pelo fato de que Leandro fumava um maço de cigarros diariamente. Especulou-se que a exposição direta de Leandro a agrotóxicos, quando trabalhava como agricultor em sua juventude, também poderia ter contribuído decisivamente para a formação do tumor.

Sua mãe mantém uma instituição que ajuda pessoas que sofrem de câncer. Leonardo, ex-companheiro de dupla, está hoje em carreira solo. A TV Globo exibiu um programa especial sobre a vida de Leandro.

Relacionamentos

Leandro se casou com Célia Gonçalves nos anos 80 e teve um filho chamado Thiago, que hoje é cantor e faz parte da dupla Pedro & Thiago. Após alguns anos de casamento, os dois se separaram por desentendimentos.

Alguns anos depois começou a namorar e casou-se com a ex-modelo Andréa Mota. Em 1995 tiveram uma filha, que recebeu o nome de Lyandra Mota da Costa. Em 1998, ano de seu falecimento, nasceu o segundo filho do casal, Leandro Mota da Costa.

Em 2009 foi divulgada a existência de um outro filho de Leandro. O menino é fruto do relacionamento de Leandro com a empregada da casa de seus pais. Esse caso ocorreu nos anos 90. A menina era ainda adolescente, bem mais jovem que Leandro e ao engravidar pediu demissão, não contando que esperava um bebê, por medo da reação da família dos patrões.

Por exame de DNA foi reconhecido a paternidade, o que deixou todos emocionados. O garoto tem uma enorme semelhança com o pai e foi batizado pela mãe com o nome artístico do cantor, Leandro.

Outro caso ocorrido no ano de 1992, uma mulher afirmava ter tido um filho do cantor, devido as grandes semelhanças com seu filho, mas após ser pressionada a jovem acabou desmentindo, alegando que havia se enganado sobre o fato.

Em abril de 2011, Leonardo contou à uma emissora de TV que estariam produzindo um longa da dupla Leandro & Leonardo, intitulado "Não Aprendi Dizer Adeus". O cantor disse que a produção irá se iniciar em julho de 2011, escolhendo os atores para seus personagens, e consequentemente  iniciando as filmagens.

Discografia

  • 1983 - Leandro & Leonardo - (Independente) - 500 cópias
  • 1986 - Leandro & Leonardo Vol. 1 - (M3) - 38.000 cópias
  • 1987 - Leandro & Leonardo Vol. 2 - (M3) - 100.000 cópias
  • 1989 - Leandro & Leonardo Vol. 3 - (Chantecler) - 1.800.000 cópias
  • 1990 - Leandro & Leonardo Vol. 4 - (Chantecler) - 3.145.814 cópias
  • 1991 - Leandro & Leonardo Vol. 5 - (Chantecler) - 2.500.000 cópias
  • 1992 - Leandro & Leonardo Vol. 6 - (Chantecler) - 1.950.000 cópias
  • 1993 - Leandro & Leonardo Vol. 7 - (Chantecler / Warner Music) - 1.500.000 cópias
  • 1994 - Leandro & Leonardo Vol. 8 - (Chantecler / Warner Music) - 1.400.000 cópias
  • 1995 - Leandro & Leonardo Vol. 9 - (Chantecler / Warner Music) - 1.250.000 cópias
  • 1996 - Leandro & Leonardo Vol. 10 - (Chantecler / Warner Music) - 1.850.000 cópias
  • 1997 - Leandro & Leonardo Vol. 11 - (Chantecler / Warner Music) - 650.000 cópias
  • 1998 - Um Sonhador - (BMG Brasil) - 2.732.735 cópias

Fonte: Wikipédia
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